Administração Financeira
Administração Financeira
Administração Financeira
Francisco Junior
Objetivo da Administração Financeira
EQUILIBRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO
LAJIR = Q.(PV-CV)-CF
Margem de Contribuição= (PV – CV)
Q= Quantidade
CF= Custo Fixo
LAJIR = Q.(PV-CV)-CF
Margem de Contribuição= (PV – CV)
Q= Quantidade
CF= Custo Fixo
Análise Vertical
Já a análise vertical recebe esse nome porque
acontece de cima para baixo ou de baixo para cima,
indicando resultados em efeito cascata. Esse tipo de
análise também pode ser utilizado para identificar a
porcentagem de participação de determinado
indicador no resultados.
A partir do Planejamento Estratégico é importante pensar no
orçamento de investimento empresarial, por meio do
qual será possível definir as melhores formas de investir no
empreendimento, estabelecendo quantias e áreas específicas.
O que são investimentos?
Despesas
As despesas são os valores gastos com a estrutura administrativa e comercial da
organização, como aluguel, salários, encargos, benefícios, pró-labore, telefone,
propaganda e impostos. Elas podem ser fixas e variáveis: as fixas são aquelas cujo
valor a ser pago não depende do volume ou do valor das vendas, enquanto as variáveis
são aquelas em que o valor a ser pago está diretamente relacionado ao volume de
produtos ou serviços vendidos.
Custos
Já os custos podem ser entendidos como o valor gasto na aquisição das
mercadorias (comércio), na fabricação dos produtos, compreendendo matérias-
primas, insumos, mão de obra interna e externa (indústria). Ou, ainda, como o valor
gasto na execução dos serviços, compreendendo materiais, componentes e peças, bem
como a mão de obra interna e externa (serviços).
Os indicadores que medem a eficiência do orçamento de investimentos
VPL
Valor Líquido Atual ou Valor Presente Líquido é um método que consiste em trazer
para a data zero todos os fluxos de caixa de um projeto de investimento e somá-los
ao valor do investimento inicial, usando como taxa de desconto a Taxa Mínima de
Atratividade (TMA) da empresa ou projeto.
Com esse cálculo, é possível fazer os ajustes, descontando as taxas de juros para
obter a verdadeira noção do valor do dinheiro no futuro. Por isso, o VPL não faz
apenas uma comparação do investimento com o retorno que dele se espera. Indo
além, esse modelo leva em consideração a valorização do capital ao longo do
tempo.
O VPL traz ao valor presente um valor futuro. Ele representa a diferença entre os
recebimentos e os pagamentos de um projeto de investimento em valores monetários
atuais (de hoje).
Calculando o VPL
Antes de vermos as vantagens e desvantagens do Valor Presente Líquido, vamos ver como funciona seu
cálculo. Para fins de esclarecimento, a fórmula do VPL aborda:
1.Definição do valor do investimento inicial;
2.Definição do período de análise;
3.Definição da estimativa de entrada de caixa para cada período;
4.Definição da taxa de desconto apropriada;
5.Entradas de caixa descontadas;
6.Soma das entradas de caixa descontadas e subtração do investimento inicial;
7.Definição da viabilidade do investimento.
Onde:
VPL = Valor Presente Líquido
FC = fluxo de caixa
t = momento em que o fluxo de caixa ocorreu
i = taxa de desconto (ou taxa mínima de atratividade)
n = período de tempo
Exemplo:
Vamos imaginar uma empresa que esteja pensando em investir em cota de fundo
imobiliário que paga 0,7% ao mês por 2 anos. O valor dessa cota é de R$ 15.000,00.
#01 - Como primeiro passo, definimos o fluxo de caixa:
#02 - Feito isso, vamos definir a taxa de desconto, ou taxa mínima de atratividade.
Como fundos imobiliários oferecem mais risco quando comparados aos títulos de
governo, utilizaremos uma taxa de 12,1% ao ano.
#03 - Em seguida, calcularemos o valor presente de cada um dos fluxos:
#04 - Por fim, conforme a fórmula apresentada, somaremos os valores. No
nosso exemplo, teremos que:
Seguindo nosso exemplo, a pergunta é: vale a pena o investimento? Com um resultado negativo os
administradores nem precisam gastar saliva para defender a ideia. E isso faz todo o sentido,
considerando que o investimento rende 8,7% ao ano e a taxa de desconto adotada foi de 12,1% a.a.
Vamos calcular um investimento feito ao custo de R$ 15.000,00 e que
retorna fluxos de caixa anuais aos valores de R$ 3.500,00 por 5 anos. O
investidor considera que sua Taxa Mínima de Atratividade é de 4% ao
ano.
Somando cada fluxo de caixa utilizando os valores negativos para as
saídas e positivos
Período (j) para asFluxo
entradas,
de Caixa (FC) ficamos com:
Fórmula da VPL Fluxo de Caixa Atualizado
0
0 R$ - 15.000,00 -15.000/(1+0,04) R$ -15.000,00
1
1 R$ 3.500,00 3.500/ (1+0,04) R$ 3.365,38
2
2 R$ 3.500,00 3.500/ (1+0,04) R$ 3.235,95
3
3 R$ 3.500,00 3.500/ (1+0,04) R$ 3.111,49
4
4 R$ 3.500,00 3.500/ (1+0,04) R$ 2.991,81
5
5 R$ 3.500,00 3.500/ (1+0,04) R$ 2.876,74
VPL = R$ 581,38
Explicando a fórmula:
•O VP é sempre igual a zero (afinal a TIR calcula a taxa de desconto que deve ter um fluxo de
caixa para que seu VPL seja igual a zero).
•O capital equivale ao valor do investimento inicial e deve ser sempre negativo. Se você for
olhar o exemplo que demos acima verá que colocamos o valor de -R$ 100 na fórmula
(correspondente aos R$100 mil de investimento).
•O N é a quantidade de períodos a serem analisadas, por exemplo, 6 meses, 1 ano, etc.
•O Ft é o valor da entrada de dinheiro no período t, por exemplo, se no quarto mês entrar R$ 20
mil, informe esse valor.
Para avaliar a viabilidade de um projeto através da Taxa Interna de Retorno,
podemos usar uma calculadora científica ou a função TIR do Excel. O investimento
inicial será a base do cálculo, e virá acompanhado de uma série de fluxos de caixa
positivos.
Isso significa que se o retorno exigido for menor que 13,1%, o projeto será
viável. Caso seja maior que 13,1% o mesmo deverá ser rejeitado.
Exercício
Imagine que a sua empresa vai fazer um investimento de R$ 200 mil
inicialmente, e que a previsão aponta para um retorno de R$ 100 mil no
primeiro ano e de R$ 110 mil no segundo.
Em que:
•FC = investimento inicial, a entrada de capital.
•t = cada período
•T = período total
•VPL = Valor Presente Líquido
•TIR = Taxa Interna de Retorno.
Assim temos:
•VPL = 0 = – 200.000 + 100.000/(1+TIR) + 110.000/(1+TIR)2
Vamos imaginar que a TIR seja um valor qualquer entre 1% e 5%. Portanto,
vamos substituir a TIR por esses valores na fórmula.
Observando esses resultados, é possível concluir que, para que VPL seja igual a
zero, a TIR tem que estar em algum ponto entre 1% e 5%. Qual é o ponto?
Resultado:
Se o retorno exigido for menor do que 3%, então, o investimento é
viável. Por outro lado, se for igual ou maior que 3%, então, não há
viabilidade nele.
Payback
O Payback é um cálculo simples do tempo que levará para um investimento se
pagar. O método pode ser utilizado tanto por empreendedores iniciando um
negócio quanto por gestores que querem implementar uma ideia e precisam saber
o tempo de retorno do investimento.
Ao fazermos qualquer tipo de investimento temos que atravessar pelo período de
despesas, em que vemos o dinheiro sair do caixa. Mas, se tudo que vai, volta (pelo
menos é o que acontece com empresas que planejam, que fazem análise de
viabilidade de investimentos), chegará um momento em que as receitas
recuperarão o capital investido. E é este momento - apresentado em período de
tempo - que o método do Payback mostra.
Uma equipe de desenvolvimento de produtos de uma empresa tem a ideia de
diminuir em 10% o custo da fabricação de um determinado equipamento. Cada
equipamento tem um custo de R$ 500,00 e num mês são produzidos 10 mil. O
investimento dessa nova ideia é de R$ 800 mil. Para apresentar a ideia, o time
marcou uma reunião com a diretoria. Uma das primeiras perguntas que os
diretores farão será: “Qual será o Payback (Tempo de Retorno do Investimento)?”
0 -1500 -1500
1 150 -1350
2 1350 0
3 150
4 -80
5 -50
Vantagens do payback simples:
•Simplicidade e rapidez;
•É uma medida de risco do investimento, pois quanto menor o
período de payback, mais líquido é o investimento e, portanto menos
arriscado.
n FC VP VP Acumulado
1 0 0 0
2 0 0 0
Ou seja, além dos 4 anos, ainda será necessário mais 37% de um ano para que ocorra o
período de payback descontado, isto é, 4,37 anos!
Vantagens do payback descontado:
•Continua simples e prático, como o payback simples;
•Resolve o problema de não considerar o valor do dinheiro no tempo.
Payback descontado= Ultimo ano negativo + [Ultimo saldo negativo/ultimo saldo positivo]
Payback descontado= 4 + [-490,41/1372,35]
Juntamente com os outros relatórios contábeis presentes no balanço, essas empresas devem
apresentar o DFC pelo menos uma vez por ano. Já no caso das empresas de capital aberto,
aquelas que possuem ações na bolsa, a necessidade de divulgação ocorre a cada
trimestre. Tal periodicidade é fundamental para encontrar eventuais erros e fraudes
contábeis.
Estrutura da DFC
Referem-se às atividades relativas ao uso do dinheiro pela organização para aplicar naquilo que
vai gerar benefícios futuros e que tenha por objetivo manter o negócio em funcionamento. São
exemplos a compra ou venda de um ativo imobilizado para a empresa, a aquisição de um imóvel, o
recebimento de valores ou a aplicação de recursos.
Essas atividades estão relacionadas com o realizável a longo prazo, os investimentos, o
imobilizado e o intangível da empresa.
Atividades de financiamento:
Referem-se à captação de recursos, de terceiros ou dos sócios, devido às necessidades da
organização ou escassez de dinheiro.
Podem ser empréstimos ou financiamentos, aumentos de capital, emissões de ações, entre
outros. Além das entradas, existem as saídas com o pagamento dessas dívidas, os dividendos e a
distribuição de lucros.
Essas atividades estão relacionadas ao passivo não circulante e o patrimônio líquido da empresa.
Método direto
O método direto considera as entradas e saídas brutas de recursos, podendo ter registro
diário, semanal ou mensal, ficando a critério da empresa a escolha da periodicidade.
Esse é o método mais usado e, com ele, é possível evidenciar os pagamentos e
recebimentos, permitindo uma análise
imediata dos recursos, para indicar se há
necessidade de novas fontes de dinheiro
ou não.
Nesse caso, não entra a programação de
pagamentos a prazo, apenas o que entrou
e saiu de dinheiro do caixa.
Método indireto
Já o método indireto não considera e evidencia
os recebimentos e pagamentos reais. Nele, a
elaboração é feita por meio do ajuste do lucro
líquido conforme os itens que afetam o
resultado, mas que não modificam o caixa da
empresa.
Isso quer dizer que as informações são
buscadas indiretamente do caixa, por meio do
Balanço Patrimonial e da DRE. São analisados
valores de estoque e provisionamento, como
contas a pagar e receber, por exemplo.
Esse método inicia com o lucro operacional, mas pode haver despesas e receitas que não
passaram pelo caixa, como depreciação, amortização e até resultado de equivalência patrimonial.
Sendo assim, é preciso fazer o ajuste desses valores com os itens não monetários.
Justamente por estar relacionado aos lucros ou prejuízos que resultam no DRE, esse método é
chamado de indireto e é menos usado do que o direto, que falamos anteriormente. Entretanto é
com ele que se chega ao valuation.
A empresa consegue fazer comparações entre os meses do ano e pode identificar sazonalidades,
para saber qual período o recebimento de dinheiro é menor ou maior. Além disso, pode perceber
quando as despesas são mais elevadas e atuar estrategicamente para reduzi-las. Outra
possibilidade trazida pela análise da DFC é de realização de um comparativo entre o que foi
planejado e o realizado, validando, assim, se as metas estão sendo alcançadas. Alguns desvios
são normais, porém, se eles forem excessivos, a empresa precisa intervir rapidamente.
O mais importante na análise da DFC, contudo, é o que diz respeito ao resultado final do fluxo de
caixa que nada mais é que uma equação de:
O balanço deve ser positivo, caso contrário há aí um forte indicador de que os gastos estão
superando as receitas, levando a um desequilíbrio financeiro.