Capitulo 4 Residuos Solidos - Compress
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Resíduos sólidos
4.1. Considerações gerais
Protozoários
Entamoeba histolytica Amebíase 08 – 12
*Felsenfeld, (1965) em alimentos.
**Rey, (1976) em laboratório.
Fonte: Adaptado de Suberkropp (1974) In Lima (1995).
Vantagens Desvantagens
• maior resistência; • alto nível de ruído em sua manipulação;
• menor custo ao longo • perda de tempo do gari, decorrente da necessidade de
do tempo. recolocar o recipiente no lugar de origem;
• necessidade de lavagem constante;
• possibilidade de amassar/trincar;
• desgaste natural;
• derramamento provocado por animais.
Vantagens Desvantagens
• maior resistência em virtude da capacidade • necessita de lavagem constante;
de amassar e voltar ao seu formato anterior; • derramamento provocado por
• menor custo na aquisição; animais.
• não sofre corrosão;
• evita ruído durante a coleta;
• matéria-prima disponível e de baixo custo.
Vantagens Desvantagens
• facilidade de coleta; • custo ao longo do tempo mais elevado
• maior rapidez no trabalho de coleta; que o recipiente metálico e plástico;
• higiene no manuseio dos resíduos • possibilidade de problemas em aterros
sólidos; sanitários;
• mais leve; • possibilidade de aumento da poluição
• não sofre corrosão; atmosférica e visual.
• evita ruído durante a coleta;
• reduz problema da catação;
• não danifica o uniforme do gari;
• evita derramamento dos resíduos;
Vantagens Desvantagens
• maior resistência; • custo elevado;
• acondiciona grandes volumes; • dificulta a passagem de pedestres,
• fácil estacionamento na fonte quando colocadas em calçadas ou
geradora. passagens.
Quadro 23 – Carreta rebocada por trator - Capacidade das carretas mais usadas.
Produção
Faixa de população
kg/hab./dia
Até 100 mil 0,4
100 mil a 200 mil 0,5
200 mil a 500 mil 0,6
Acima de 500 mil 0,7
Observação: Média nacional de resíduos de serviços de saúde - 2,63kg/leito/dia.
Vantagens Desvantagens
• facilita melhor o acompanhamento dos serviços • prejudica o trânsito de veículos;
pela equipe de fiscalização; • menor produtividade em regiões de
• torna-se mais econômico; clima quente;
• recolhimento do recipiente pelo interessado; • maior desgaste do trabalhador.
• sinalização do veículo coletor pela buzina.
Vantagens Desvantagens
• maior abrangência da coleta (domiciliar e • provoca ruídos pela manipulação
comercial); dos recipientes e veículos coletores;
• os resíduos não atrapalham os transeuntes e • difícil fiscalização por parte da
propiciando dá um bom aspecto estético; equipe de serviço;
• não interfere no tráfego intenso durante o dia. • custo elevado da mão-de-obra em
virtude do adicional noturno.
Lc
Nf = –––– x Fr
Cv x Nv
onde:
Nf = Quantidade de veículo
Lc = Quantidade de resíduos a ser coletado em m³ ou t.
Cv = Capacidade de veículo em m³ ou ton (considerar 80% da capacidade).
Nv = Número de viagem por dia (máximo de três viagens).
4.3.1. Varrição
Varrição ou varredura, é a principal atividade de limpeza de logradouros públicos. Esta pode
ser realizada manual e mecanicamente. Cada tipo é indicado para uma situação específica.
- a varrição manual é a mais utilizada na maioria das cidades brasileiras;
- a varrição mecanizada é indicada para ruas com asfalto, concreto e para locais de
grandes tráfegos.
4.3.2. Capinagem
O objetivo da capina de logradouros públicos é mantê-los livres de mato e ervas
daninhas, de modo que apresentem bom aspecto estético.
4.3.3. Feiras
O funcionamento das feiras livres traz aos logradouros nos quais são realizadas,
considerável quantidade de resíduos e material putrescível, dando ao local aspecto
deplorável. Cabe ao órgão de limpeza, restabelecer no menor espaço de tempo possível a
limpeza dos logradouros atingidos, fazendo a coleta e transporte dos resíduos.
4.3.4. Eventos
Nos locais onde os mesmos são realizados, quer seja de pequeno ou grande porte,
são produzidos resíduos sólidos, causando uma poluição visual. Logo após a sua realização
deve-se iniciar a limpeza de toda a área, como também sua coleta e destinação final.
4.3.5. Praias
A limpeza das praias é feita manual e mecanicamente. A manual é realizada por turmas
de trabalhadores que recolhem principalmente papéis, embalagens e detritos volumosos.
Na limpeza mecânica utiliza-se máquinas especiais, resistentes à corrosão pela
maresia e a abrasão pela areia. Estes resíduos gerados são coletados e manuseados para os
logradouros , sendo transportados para destinação final.
4.3.7. Cemitérios
É importante proceder à roçagem, capinagem, limpeza e a pintura periodicamente.
Os resíduos produzidos devem ser coletados juntos com os da varrição de logradouros, e
dispostos conforme procedimento do município.
4.3.8. Monumentos
A limpeza é executada manualmente por um operário, com certa periodicidade.
4.3.10. Córregos
Efetuar a limpeza fazendo a capina junto ao nível d’água, não roçar as áreas superiores
das margens. A permanência de vegetais é salutar, pois evita o deslizamento dos resíduos
sólidos para o interior do córrego. Os resíduos são acumulados e posteriormente removidos
para a destinação final.
4.4.1. Reduzir
Todo o cidadão, quando possível, deve aprender a reduzir a quantidade dos resíduos
sólidos que gera. Deve entender que redução não implica padrão de vida menos agradável.
É simplesmente uma questão de reordenar os materiais que usamos no dia-a-dia.
Uma das formas de se tentar reduzir a quantidade dos resíduos sólidos gerada é
combatendo o desperdício de produtos e alimentos consumidos.
O desperdício resulta em ônus para o poder público e para o contribuinte. A sua
redução significa diminuição nos custos, além de fator decisivo na preservação dos recursos
naturais.
Menos lixo gerado também implicará em estrutura de coleta menor, e também em
redução de custos de disposição final.
4.4.2. Reutilizar
Existem inúmeras formas de reutilizar os objetos, até por motivos econômicos : escrever
nos dois lados da folha de papel, usar embalagens retornáveis e reaproveitar embalagens
descartáveis para outros fins são apenas alguns exemplos.
4.4.3. Reciclar
É uma série de atividades e processos, industriais ou não, que permitem separar,
recuperar e transformar os materiais recicláveis componentes dos resíduos sólidos urbanos.
Essas atividades levam a ação de reintroduzir os resíduos no ciclo produtivo.
4.4.3.1.1. Vidro
a) processo de reciclagem
• matéria-prima:
O vidro é feito de caco de vidro, areia, calcário, feldspato, barrilha e outros minerais
(corantes, descorantes, etc.).
4.4.3.1.2. Plásticos
a) processo de reciclagem
• matéria-prima
- resinas sintéticas derivadas do petróleo. Os plásticos são divididos em duas
categorias: os termoplásticos e termofixos.
- os plásticos termoplásticos constituem 90% do consumo, entre os mais
importantes destacam-se:
➣ PEBD: Polietileno de baixa densidade;
➣ PEAD: Polietileno de alta densidade;
➣ PVC: Cloreto de polivinil;
➣ PP: Polipropileno;
➣ OS: Poliestireno;
➣ PET: Polietileno tereftalato.
Como identificar os tipos de plásticos
Foi desenvolvido um sistema internacional para auxiliar na identificação, que consiste
na impressão em alto relevo do código correspondente a resina utilizada na fabricação dos
produtos.
4.4.3.1.3. Papel
a) processo de reciclagem
• matéria-prima: celulose e aditivos
A fabricação do papel constitue-se basicamente de duas partes: a preparação de massa
celulósica e a produção de papel propriamente dita.
Na preparação de massa, a pasta celulósica, previamente dispersa em água, é
submetida ao tratamento mecânico de refinação, depuração e aplicação de aditivos.
Na máquina de fabricação de papel ocorre a formação da folha, sua prensagem
mecânica para a retirada de água residual e a posterior secagem. Nesta fase ainda é possível
adicionar produtos a fim de conferir-lhe características específicas ao uso final.
No tocante a uma planta industrial que produza papel, com a utilização de aparas de
lixo como matéria-prima, tem-se que incorporar ao processo uma série de equipamentos
necessários ao tratamento desta matéria-prima. Na etapa inicial introduz-se um sistema de
desagregação com peneiras, depuradores centrífugos, e sistemas de hidrociclones para
retiradas de contaminantes.
Na segunda etapa do processo, é alterado o secador, no seu perfil e nas temperaturas
de operação.
As aparas, na usina de reciclagem, o papel/papelão são separados, prensados e
comercializados para a indústria de fabricação de papel.
Os papéis velhos ou aparas podem ser classificados em vinte e dois tipos diferentes,
mas podemos organizá-los em seis grupos - branco- kraft, cartolina, ondulado, mista e
outros.
4.4.3.1.5. Alumínio
a) processo de reciclagem
• matéria-prima: bauxita
Depois de prensadas, as latas e/ou artefatos de alumínio são derretidos e transformados
em placas, chamadas lingotes. No caso das latinhas, os lingotes passam por um processo
4.4.3.3. Mercado
É necessário identificar o mercado consumidor regional para comercializar os materiais
recicláveis, buscando a auto-sustentabilidade da usina.
Neste estudo deverá ser observado os seguintes itens:
• o conhecimento das reais oportunidades do mercado de consumo regional, para
cada um dos diversos produtos gerados pelo resíduo sólido;
• o dimensionamento do volume atualmente comercializado, as condições qualitativas
e preços de ofertas regionais;
• levantamento e proposição de soluções para os entraves de comercialização dos
materiais de difícil reciclagem ou destinados para outras aplicações;
• estimativas de ofertas e receitas totais, geradas pelos materiais potencialmente
recicláveis.
4.4.3.4. Cooperativismo
Cooperativa é uma sociedade de pessoas, sem fins lucrativos, de natureza civil, não
sujeitas à concordata ou falência, constituídas para prestar serviços aos seus cooperantes.
AZUL papel/papelão
VERMELHO plástico
VERDE vidro
AMARELO metal
PRETO madeira
LARANJA resíduos perigosos
BRANCO resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
ROXO resíduos radioativos
MARROM resíduos orgânicos
CINZA resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação
4.6. Compostagem
4.6.1.1. Umidade
O teor de umidade dos resíduos sólidos situa-se entre 50% a 60%. Se for muito baixa,
a atividade biológica fica comprometida e se for muito alta a oxigenação é prejudicada e
ocorre a anaerobiose, surgindo conseqüentemente um líquido escuro de odor desagradável,
denominado chorume ou sumeiro.
4.6.1.2. Aeração
4.6.1.4. pH
4.6.1.5. Nutrientes
4.7. Incineração
4.8.1. Aterro
É o enterramento planejado dos resíduos sólidos e controlado tecnicamente quando
os aspectos ambientais, de modo a evitar a proliferação de vetores e roedores e outros
riscos à saúde.
Ter uma área determinada; ficar a uma distância de 200m dos corpos d’água; os
ventos predominantes devem ser no sentido cidade-vala; estar a uma distância de 5km
dos aglomerados populacionais; para cidades abaixo de 20.000 habitantes; manter a área
cercada; fazer a impermeabilização de fundo.
4.8.5.2. Operação
Dimensões Variam de acordo com a vida útil. Variam de acordo com a vida útil.
Predominantemente argiloso,
Predominantemente argiloso,
Solo impermeável e homogêneo, deve ter
impermeável e homogêneo.
consistência que possibilite escavações.
Proteção contra
Não devem estar sujeitas às inundações. Não devem estar sujeitas às inundações.
enchentes
Distância dos
Distância mínima de 200m. Distância mínima de 200m.
corpos d’água
Deve estar o mais distante do fundo da
Deve estar o mais distante possível do
vala a ser escavada. Para solos argilosos
Lençol freático nível do terreno. Para solos argilosos 3m;
3m; para solos arenosos maior do que
para solos arenosos maior do que 3m.
3m.
Distância de Mínima de 500m das residências Mínima de 500m das residências isoladas
residências isoladas e de 2.000m das comunidades. e de 2.000m das comunidades.
Direção dos Não devem possibilitar o transporte de Não devem possibilitar o transporte de
ventos poeiras/odores para a comunidade. poeiras/odores para a comunidade.
Uso do solo e proteção dos recursos Uso do solo e proteção dos recursos
Legislação
materiais. materiais.
Acesso Fácil acesso em qualquer época do ano. Fácil acesso em qualquer época do ano.
4.9.1. Definição
Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são os restos provenientes de todo tipo de ope-
rações e atividades, oriundas da prestação de assistência médica, sanitária, farmacêuticas,
enfermagens, odontológicas, análises clínicas e áreas de atuação congêneres, no desenvol-
vimento normal de seus profissionais.
4.9.2.1. Grupo A
4.9.2.4. Grupo D
Resíduos comuns – são todos os resíduos gerados nos serviços de saúde e que,
por suas características, não necessitam de processos diferenciados relacionados ao
acondicionamento, identificação e tratamento, devendo ser considerados resíduos
sólidos urbanos – RSU. Por sua semelhança aos resíduos domiciliares, não apresentam
risco adicional à saúde pública.
• Enquadram-se neste grupo:
- espécimes de laboratório de análises clínicas e patologia clínica, quando não
enquadrados na classificação A5 e A7;
- gesso, luvas, esparadrapo, algodão, gazes, compressas, equipo de soro e outros
similares, que tenham tido contato ou não com sangue, tecidos ou fluidos
orgânicos, com exceção dos enquadrados na classificação A5 e A7;
- bolsas transfundidas vazias ou contendo menos de 50 ml de produto residual
(sangue ou hemocomponentes);
- sobras de alimentos não enquadrados na classificação A5 e A7;
- papéis de uso sanitário e fraldas, não enquadrados na classificação A5 e A7;
- resíduos provenientes das áreas administrativas dos EAS;
- resíduos de varrição, flores, podas e jardins;
- materiais passíveis de reciclagem;
- embalagens em geral;
- cadáveres de animais, assim como camas desses animais e suas forrações.
4.9.2.5. Grupo E
4.9.10. Disposição final adequada dos resíduos sólidos dos serviços de saúde
A disposição final dos RSS deve ser realizada em aterro controlado ou sanitário que
será implantado (dependendo do caso), pelo projeto técnico que siga rigorosamente a
Norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas que determina os procedimentos de
apresentação de projetos tanto de aterros controlados como de aterros sanitários de resíduos
sólidos urbanos.
4.10.1. Conceituação
Mobilizar é convocar vontades, decisões e ações para atuar na busca de um propósito
comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhados.
Participar ou não de um processo de mobilização é um ato de escolha. A participação
é um ato de liberdade, as pessoas são chamadas, mas participar é uma decisão de cada
um. Esta decisão depende essencialmente das pessoas se verem ou não como responsáveis
e como capazes de construir mudanças.
Toda mobilização é mobilização para alguma coisa, para alcançar um objetivo
pré-definido, um propósito comum, por isso é um ato de razão. Para que ela seja útil a
uma sociedade, tem que estar orientada para construção de um projeto futuro. Se o seu
propósito é passageiro, converte-se em um evento, uma campanha e não um processo de
mobilização.
4.10.2. Importância
É de fundamental importância porque além de permitir um grau de conscientização
das pessoas, no caso, em relação aos problemas dos resíduos sólidos, contribui para a
formação de uma visão crítica e participativa a respeito do uso do patrimônio ambiental.
4.10.3. Estratégias
Para se obter a mobilização comunitária recomenda-se:
• discutir a magnitude do problema e definir linhas de ação;
• compatibilizar as linhas de ação com as disponibilidades existentes na comunidade;
• definir as competências e responsabilidades de cada um (recursos humanos,
divulgação, transporte, etc.);
• levantamento dos recursos disponíveis na comunidade e que possam ser postos à
disposição das ações;
• organização de comissões para operacionalizar o programa (comissão de divulgação,
de multiplicadores, etc.);
• organização de grupos de discussão para avaliar o envolvimento das lideranças
comunitárias em função das soluções a serem alcançadas.