Apostila - PASTORAL Matrimonio 3

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PASTORAL FAMILIAR

DIOCESE DE GUARAPUAVA

GRUPO BOM PASTOR


SETOR CASOS ESPECIAIS
2011 / 2013
PASTORAL FAMILIAR

CASAIS EM SEGUNDA UNIÃO

A Pastoral Familiar abraçar a família na sua situação real, em todos


os seus aspectos e se dirige a todos os tipos de família: as
regularmente constituídas como também as que se encontram em
alguma situação de irregularidade. No Evangelho, Jesus deixa bem
claro que veio salvar a todos, sem discriminação de ninguém. Esta é a
vontade de Deus: “Deus quer que todos os homens se salvem”.
Também o Papa João Paulo II nos lembra que a “Igreja foi instituída
para a salvação de todos, sobretudo dos batizados”. E afirma: “Um
empenho pastoral ainda mais generoso, inteligente e prudente, na
linha do exemplo do Bom Pastor, é pedido para aquelas famílias que
muitas vezes, independente da própria vontade ou pressionadas por
outras exigências de natureza diversa se encontram em situações
objetivamente especiais. Portanto, a Pastoral Familiar precisa
estruturar bem e fazer funcionar com eficiência o seu Grupo Bom
Pastor – Casais em Segunda União, para cumprir totalmente seus
objetivos e atender aqueles “casos especiais” que lista o “Familiaris
Consortio”.

“DEUS QUER A MISERICÓRDIA, NÃO O SACRIFICIO”. (MT. 9,13)

CASAIS EM SEGUNDA UNIÃO - O trabalho da Igreja junto aos


divorciados e recasados, em todos os seus níveis, tem como objetivo
acolher e evangelizar os casais em 2ª união, a fim de que eles não se
sintam separados da Igreja. É necessário dar-lhes condições de

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refletirem sobre a situação e sobre o amor misericordioso de Deus,
para integrá-los na comunidade paroquial, onde, como batizados,
podem crescer na fé e no amor e devem participar da vida e da
missão da Igreja bem como dar assistência e trabalhar junto com o
casal responsável do Bom Pastor, se necessário caso não exista na
equipe de pastoral, e de competência dos casos especiais darem inicio
aos trabalhos.
Queremos destacar que por decisão da Assembléia Regional da
Pastoral Familiar do Paraná, que aconteceu em Guarapuava no final
de 2010, ficou decidido que casais de segunda união serão a
prioridade n°1 nos próximos 3 anos, de 2011 à 2013.
GRUPO BOM PASTOR

O que é?
É formado por pessoas que anteriormente foram
casadas, unidas pelo sacramento do matrimônio na igreja católica,
que se separaram, divorciaram e que realizaram uma nova união
estável e que desejam, precisam voltar a participar da vida da igreja,
através de um acolhimento da Pastoral Familiar, da comunidade
paroquial, dos padres, integrando-se para atender o apelo do Papa
João Paulo II na Exortação Apostólica ’’Familliares Consortio’’
número 84. que diz:

‘’ Exorto vivamente os pastores e a inteira comunidade dos fiéis a


ajudar os divorciados, procurando, com caridade solícita, que eles
não se considerem separados da igreja, podendo, ou melhor,
devendo, enquanto batizados, participar da sua vida. Sejam exortados
a ouvir apalavra de Deus, a freqüentar o sacrifício da missa, a
perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as

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iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na
fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência, para assim
implorarem, dia a dia, a graça de Deus. Reze por eles a igreja,
encoraje-os, mostre-se mãe misericordiosa e sustente-os na fé e na
esperança. ’’

QUAL O CLAMOR DO BOM PASTOR?


“Eu sou o Bom Pastor, conheço as minhas ovelhas e elas me
conhecem”.
(Jo. 10,16)
Como casais de 2ª união vamos atender este clamor de
Jesus e participar da vida da paróquia através das pastorais e
movimentos, aproveitando esta graça concedida pela igreja
atendendo o apelo do Papa João Paulo II. A pastoral familiar onde
estamos inseridos, como casais que vivem uma 2ª união , é uma ação
da igreja, tendo como objetivo a evangelização da família, capaz de
oferecer instrumentos necessários para a sua formação, orientação e
vivência familiar, levando a Boa Nova do matrimônio e buscando
transformar a sociedade pela obra da evangelização humana e cristã.
A pastoral familiar visa atingir todas as famílias, todos os tipos de
família e todas as pessoas que integram a família. Por esse motivo
acolhe também os chamados casais de 2ª união.

Afinal que trabalhos podem ser feitos na igreja como


membros, pessoas, cristãos, enfim, como discípulos missionários de
Jesus?
Praticamente tudo, principalmente se já tivermos uma
caminhada ou estamos iniciando uma caminhada em nossa
comunidade. Por exemplo:

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- trabalhos nas pastorais e movimentos da igreja
- pastoral familiar
- pastoral do Batismo
- catequese da 1ª Eucaristia e da Crisma
- catequese com adultos
- grupo de liturgia e de canto
- e tantos outros movimentos que fazem parte da comunidade
paroquial.

Mas como acolher estas pessoas, famílias que na maioria das vezes
pedem socorro, pois estão feridas, desiludidas, com medo, vergonha,
até mesmo de participar da Celebração Eucarística, porque se
excluem de tanto ouvir só o que não podem fazer na sua comunidade
paroquial?
Como abordá-los?
- identificar casos de segunda união que muitas vezes encontramos
em nossa própria família;
- através de convite para participar da Pastoral Familiar;
- através de casais que já vivenciaram encontro ou retiro de casais;
- através de casais que já pertencem a movimentos e pastorais da
igreja;
- através de seleção de fichas de inscrição das crianças para o
Batismo, catequese de 1ª Eucaristia e Crisma;
- na divulgação das missas e eventos da paróquia;
- junto às escolas existentes na paróquia e associações de pais e
mestres da escola;
- na divulgação através dos meios de comunicação: jornal, rádio,
televisão, internet, boletins paroquiais, etc.

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ENCONTRO PARA CASAIS DE SEGUNDA UNIÃO

Para podermos acolher os casais no seio da igreja, é preciso realizar


também um encontro com os mesmos, que terá como objetivos
principais:

Acolher os casais de 2º união, que se consideram


excluídos e marginalizados do seio da Igreja, levando a eles as
palavras do Evangelho de Jesus Cristo e as palavras acolhedoras do
Magistério da Igreja, apresentando-lhes um Deus que é puro amor,
cheio de misericórdia, que ama tanto o justo como o pecador, e que
está sempre pronto a perdoar. Objetiva, igualmente, refletir com esses
casais sobre a situação que eles se encontram nesta segunda união,
mostrando-lhes o verdadeiro sentido da vida, o Amor pleno e
misericordioso de Deus, o perdão, a beleza da vida em oração, a
prática e a vivência da Comunhão Espiritual, a mensagem de Jesus o
Bom Pastor, criando oportunidade de crescimento na sua vida de Fé,
de amor, de casal e de família.

PALESTRAS DEFINIDAS PARA A PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO:

1. O SENTIDO DA VIDA - Mostrar a realidade do mundo de

hoje em relação ao sentido da vida, que sentido que as pessoas

realmente procuram dar as suas próprias vidas, centrado na

aquisição de bens materiais, do gozo e do prazer. Questionar qual é o

verdadeiro sentido da vida para os casais. O que queremos para

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nossas vidas?

2. O AMOR DE DEUS - Focar principalmente o amor


misericordioso de Deus, pois Deus é rico em misericórdia, e o Amor
vem de Deus e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor (1 Jo
4,7-8).

3. O PERDÃO - Mostrar aos casais de 2ª união a importância do


perdão, de perdoar-se a si mesmo, pois em muitos casos, ainda
existem mágoas, rancores, traumas, e feridas que não se apagaram
ou cicatrizaram.

4. COMUNHÃO ESPIRITUAL - Apresentar o que é a Comunhão


Espiritual, sua importância, qual é o seu verdadeiro sentido e como
se faz essa Comunhão Espiritual. O que a Igreja e os Santos nos
dizem sobre a comunhão espiritual?

5. SETOR CÂMARA ECLESIÁSTICA/NULIDADE – Todas as


Dioceses têm o seu Tribunal Eclesiástico, que é presidido por
um vigário Judicial, que representa o Bispo, e mais três a
cinco juízes que podem ser sacerdotes, diáconos, homens ou
mulheres leigos, que se distingam pelos bons costumes,
prudência e conhecimento da doutrina cristã.

CAUSAS DE NULIDADE MATRIMONIAL

As causas que podem tornar inválido o contrato matrimonial são de


três espécies:

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1 - presença de impedimento

2- defeitos de consentimento

3- falta de forma canônica

1 – Presença de Impedimento –

Os impedimentos são obstáculos que impossibilitam contrair o


matrimônio validamente e que não depende de vontade e do
consentimento, e a igreja como tal os configura para evitar que
possam ocorrer matrimônios inconvenientes ou prejudiciais.

O código de direitos canônicos de 1983 estabelece 12


impedimentos dirimentes:

a) Idade – os rapazes não podem casar validamente antes dos


16 anos completos, nem as moças antes dos 14;

b) Impotência – a relação sexual de modo humano é


considerada pela legislação como consumação daquilo que se
prometeu no ato do casamento. Por isso, as pessoas que são
incapazes de ter relação sexual autêntica não podem casar
validamente;

c) Vínculo – a igreja católica afirma que o matrimônio é


indissolúvel. Por isso, se alguém que está validamente casado e
realizasse uma cerimônia de casamento com outra pessoa, essa
cerimônia não teria nenhum valor;
d) Disparidade de Culto – entre um católico e uma pessoa não
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batizada (por exemplo: um muçulmano ou um judeu) existe
diferença tão grande de religião, que dificilmente vão conseguir
realizar uma comunhão de vida plena. Por isso o matrimônio entre
eles está proibido, sob pena de nulidade;

e) Ordem Sagrada – os que receberam o sacramento da ordem,


ou seja, os diáconos, os presbíteros, e os bispos não podem casar
validamente;

f) Profissão Religiosa Perpétua – religiosos membros de certas


instituições que têm um gênero de vida especial aprovado pela
igreja fazem votos de castidade, pobreza e obediência;

g) Rapto – uma mulher retida pela força não pode casar


validamente com quem está exercitando está violência contra ela,
enquanto não for posta em liberdade em lugar seguro.

h) Crime – a fim de proteger a vida do homem ou da mulher


traídos, a igreja declara que os que matam seu cônjuge para
facilitar um matrimônio posterior, ficam impedidos de realizar
validamente este casamento;

i) Consanguinidade – a legislação canônica atual estabelece


que este impedimento atinge todos os ascendentes e descendentes,
ou seja, pai com filha, avô com neta e também até o 4º grau da
linha colateral, ou seja, primos legítimos ou primeiros primos entre
si, etc.;
j) Afinidade – em razão deste impedimento um viúvo ou viúva
não podem casar validamente com os respectivos: sogra,

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sogro, enteada, enteado, ou ascendentes e descendentes deste
para proteger a moral familiar;

k) Honestidade Pública – afete quem está vivendo uma união


não legalizada pela igreja e torna invalido o casamento com
os filhos ou os pais do parceiro. Para conferir o respeito ao
vínculo familiar, ou seja, concubino não pode casar com as
filhas da concubina;

l) Parentesco Legal – Não está permitido o casamento entre o


adotante e o adotado ou entre um destes ou um parente mais
próximo do outro

2 – Defeitos de Consentimento –

O ato constitutivo do casamento é o consentimento pelo qual os


noivos se dão um ao outro formalizando uma aliança
irrevogável, isto é, um contrato de adesão consciente e livre. O
matrimônio depende diretamente do consentimento e da
vontade.
Os defeitos de consentimento mais comuns são:

1º da parte do intelecto:

a) Defeitos da mente –
- falta de uso da razão: débeis mentais, os que sofrem transtorno
quando vão prestar o consentimento. Ex: bebeu demais antes do
casamento, ingeriu tóxico e outros;
- Imaturidade Psicológica: grave defeito de discrição de juízo que

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tira a responsabilidade e a ponderação suficiente para casar. Ex:
pessoa não estimou as dificuldades inerentes ao casamento –
convivência íntima, deveres da casa, ajuda mútua, etc.;

- Incapacidade para assumir as obrigações essenciais do


matrimônio: podem acontecer nos casos de alcoolismo,
toxicomania, homossexualismo e outras anomalias.

a) Ignorância – carência de ciência mínima necessária para o


casamento que é um consórcio para toda a vida.

b) Erro de fato

- Sobre a identidade da pessoa com quem se casa;


- Sobre certas qualidades morais com quem se casa, ou seja,
antes do casamento é uma pessoa educada e após o casamento de
torna uma pessoa cruel e sádica, casar com uma mulher fecunda
e não se cumprir essa qualidade de fecundidade, entre outros.

2º da parte da vontade (que tiram a liberdade) –

a) Simulação
– Total: quando se finge o consentimento com rejeição do
casamento. Ex: casamento por interesse financeiro ou quando
não quer ter filhos deliberadamente;
- Parcial: quando exclui propriedade ou elemento essencial do
contrato matrimonial. Ex: casa mais continua a ter “casos”,
infidelidade, está excluindo um bem fundamental que é a
fidelidade.

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b) Medo – casar sob pressão, medo grave externo, torna nulo o
casamento quando é indeclinável. Ex: casa por medo dos
pais.

c) Condição – Por uma condição sem a qual valerá o


consentimento, em caso de não cumprimento, é inválido o
casamento. Precisa da licença escrita do bispo.

3 – Falta de Forma Canônica –

Habitualmente acontece quando se celebra perante um ministro


assistente que não tem jurisdição sob os nubentes e não recebeu a
oportuna delegação por falta das duas testemunhas exigidas, ou
por alteração substancial de forma ritual do matrimônio.

6. JESUS, O BOM PASTOR - Refletir sobre a pessoa de JESUS e


seu amor misericordioso. Apresentar Jesus como o Bom Pastor. “Eu
sou o Bom Pastor, conheço minhas ovelhas, e elas me conhecem.
Olhar com carinho a figura de Jesus, o Bom Pastor (Jô. 10 14-16).
Também a Ovelha perdida e encontrada (Lc 15,4-7). Apresentar
aos casais de segunda união, a verdade, pois a verdade os libertará
(Jô 8-32). Expressar a fé da Igreja no Sacramento do Matrimônio e
sua indissolubilidade, sinal da aliança entre Cristo e a Igreja. FALAR
CLARAMENTE PORQUE OS CASAIS DE SEGUNDA UNIÃO NÃO
PODEM RECEBER A COMUNHÃO EUCARÍSTICA. A Eucaristia é o
grande meio de encontrar o Senhor, mas não é o único. Apresentar
uma redescoberta das múltiplas presenças salvadoras do Senhor,
que não se podem reduzir à Comunhão Eucarística, mas é extensiva

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à oração, À meditação da palavra, à comunhão Espiritual, e sobre
tudo a caridade. Aquele Jesus que o cristão encontra na hora da
Comunhão Eucarística é o mesmo que se encontra também na
oração pessoal e da família. “Eu estou no meio de vocês” (MT
18,20), - Na Palavra: “Se alguém escutar a minha voz... cearei com
ele e ele comigo”(AP 3,20) – Na Caridade: “Tive fome, estava com
sede e necessitado e me ajudastes”. (Mt25,31-46).
Destacar especialmente a EXORTAÇÃO APOSTÓLICA
FAMILIARIS CONSÓRTIO, EM SEU NÚMERO 84, onde fala sobre os
divorciados novamente casados, e como a Igreja deve acolher estes
casais.

ENFOQUE – Esta palestra constitui-se o tema principal do


encontro, de Reflexão, como o mais importante conteúdo de todo o
trabalho de acolhimento e evangelização dos casais em segunda
união. Deve ser uma palestra transmitida com muita segurança,
dinamismo, otimismo, caridade e misericórdia.

CONTEÚDO - Com relação ao conteúdo pode-se refletir


como dissemos no inicio as Parábolas de Jesus, o Bom Pastor, A
Ovelha Perdida.. E também o Filho Pródigo, mostrando que Deus ama
sempre, não questiona, não impõe condições. Ama
incondicionalmente, e perdoa sempre, basta pôr-se a caminho.

A IGREJA COMO CONTINUAÇÃO DA OBRA DE JESUS


CRISTO - São Pedro Apóstolo recebeu de Jesus. A missão de continuar
a obra da salvação e a misericórdia do Pai: Tu és Pedro e sobre esta
pedra edificarei a minha igreja, e as portas o inferno não
prevalecerão contra ela. Eu darei as chaves do Reino dos Céus, e Tudo

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que ligares sobre a terra, será ligado no Céu, e tudo o que desligares
na terra, será desligado no Céu (mt16, 18-19).

O MATRIMÕNIO NA BÍBLIA - finalidade principal – Deus


criou o homem e a mulher a sua imagem e
semelhança, e Deus os abençoou e disse: cresceu e multiplicai-vos, e
dominai a terra. O que importa é que cada um de vós, ame a sua
mulher como a si mesmo, e a mulher respeite seu marido (EFS, 25-
33).

O QUE CRISTO DISSE SOBRE O MATRIMÕNIO?

Não lestes que o Criador no começo, fez o homem e a mulher e disse:


por isso, o homem deixará seu pai e sua mão e se unirá a uma
mulher e os dois formarão uma só carne. Assim, já não são dois, mas
uma só carne. Portanto, não separe o homem, o que Deus uniu. Eu
vos declaro que todo aquele que rejeita a sua mulher, exceto em caso
de matrimônio falso, e esposa uma outra, comete adultério. E aquele
que esposa uma mulher rejeitada, comete também adultério. È
interessante apresentar o que diz Jesus em Mateus (19,3-9).

LEMBREM-SE sempre que na palavra de Cristo está a


verdade, e no coração do homem mora a FRAQUEZA, A INCERTEZA,
e muitas vezes a falta de discernimento.
A Igreja diante da palavra de Deus ensina que Deus é
infinitamente misericordioso diante de caminhos irreversíveis.
Acreditemos sinceramente na misericórdia de Jesus, O Bom Pastor.

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Destacamos também a proposta da Igreja aos casais em segunda
união, contida nos principais documentos do Magistério da Igreja.

O QUE DIZ O MAGISTÉRIO DA IGREJA:

O Código de Direito Canônico estabelece: O pacto matrimonial, pelo


qual o homem e a mulher constituem entre si o consórcio de toda a
vida, por sua índole natural ordenado ao bem dos cônjuges e à
geração e educação da prole, entre batizados, foi por Cristo Senhor
elevado à dignidade de SACRAMENTO; São pelas suas propriedades
essenciais do matrimônio a Unidade e a Indissolubilidade, que no
matrimônio Cristão alcançam particular firmeza em razão do
sacramento.

Está claro pelos termos desses cânones, que a unidade e a


indissolubilidade são propriedades essenciais do matrimônio natural,
por serem características do Direito natural. No matrimônio cristão,
elas adquirem um vigor todo especial, porque são elevadas pelo
sacramento à ordem da graça. Por INDISSOLUBILIDADE, entende-se
que o matrimônio não se pode dissolver, que dura a vida toda, até a
morte. O matrimônio é irrevogável e para sempre. O casal é livre
para aceitar ou não: mas, se aceitar, compromete-se pelo
matrimônio, a viver esta situação: permanecer unido até que a morte
os separe.

Papa João Paulo II na Exortação Apostólica “Reconciliatio Et


Paenitentia nº34”.

Existem hoje, com muita freqüência, certas situações em que vêem a


encontrar - se cristãos desejosos de continuar a prática religiosa
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sacramental, mas que disso estão impedidos pela própria condição
pessoal, em contraste com os compromissos assumidos livremente
diante de Deus e da Igreja. São situações que se apresentam
particularmente delicadas e quase inextrincáveis. Para todos aqueles
que não se encontram, atualmente em condições objetivas
requeridas, Haja: demonstração de maternal bondade por parte da
Igreja - apoio de atos de piedades diversos dos atos sacramentais,
esforço sincero para se manter em contato com o Senhor, A
participação na Santa Missa, repetição freqüente dos atos de fé,
esperança e caridade, quanto possível perfeitos, poderão preparar o
caminho para uma plena reconciliação no momento que só a
Providência conhece.

CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ carta aos Bispos da


Igreja Católica sobre os DIVORCIADOS NOVAMENTE CASADOS: È
necessário esclarecer aos fiéis interessados que não considerem sua
participação na vida da Igreja reduzida à recepção da Eucaristia. Os
fiéis hão de ser ajudados a aprofundar sua compreensão do valor da
participação no sacrifício de Cristo na Missa, da COMUNHÃO
ESPIRITUAL, da oração, da medicação da palavra de Deus, das obras
de caridade e de justiça, Papa Bento XVI.
A própria PASTORAL FAMILIAR, abarca a família em todos os seus
aspectos. Pretende atingir todos os seus integrantes nas diferentes
idades e diversas situações. Dirige-se a todos os tipos de família: bem
constituídas, irregulares e também os casos especiais, como por
exemplo, os casais em segunda união - documentos estudos da CNBB
nº 65.
Referência:

16
Textos retirados e adaptados do Manual de Instruções Pastoral
Familiar Casais em Segunda União – Grupo Bom Pastor da
Arquidiocese de Porto Alegre – RS.

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MODELO DE PROGRAMAÇÃO
ENCONTRO DE CASAIS DE 2ª UNIÃO.

8:00 hrs – AB. ORAÇÃO INICIAL – Apresentação dos participantes


8:30 hrs – ACOLHIDA DA IGREJA NA PASTORAL FAMILIAR, através
do Grupo Bom Pastor – O trabalho desenvolvido pela ótica da
Exortação Apostólica Familiaris Consortio nº 84 Que trabalhos
podem ser feitos na igreja como membros, cristãos, enfim como
discípulos missionários de Jesus?

9:00 hrs – O SENTIDO DA VIDA


9:30 hrs – DISCUSÃO EM GRUPO SOBRE PALESTRA.
9;45 hrs – lanche rápido
10:00 hrs – O AMOR DE DEUS
10:45 hrs – O PERDÃO
11:30 hrs – MÚSICAS/INTERVALO
12:00 hrs – ALMOÇO
13:30 hrs – DINÂMICA - Perseverança
14:00 hrs – SETOR CÂMARA ECLESIÁS/NULIDADE
14:30 hrs – música
14:45 hrs – JESUS, O BOM PASTOR – Parábolas da misericórdia,
refletir sobre a pessoa de Jesus...
15:30 hrs – LANCHE
16:00 hrs – COMUNHÃO ESPIRITUAL - MISSA EXPLICADA –
ESPIRITUALIDADE E ADORAÇÃO AO SANTISSÍMO COM PADRE
Observações: Deverá ser agendado no próprio encontro um pós-
encontro de avaliação e acolhimento desses casais.
Lembramos que este encontro não deverá ter nenhum custo para
o casal.

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MODELO DE CONVITE

Caríssimo Casal:

A vida em comunhão e em comunidade é, hoje em dia,


necessidade de todos. Compartilhar as experiências e buscar a
evangelização são fatos que nos aproximam de Deus. Viver a
vida de com os ensinamentos de Cristo nos deixa mais
próximos da santidade.

Muitas vezes ficamos desorientados, sem saber como


compartilhar nossos sentimentos com a comunidade ou ainda
com nosso (a) companheiro (a). Essa desorientação acaba nos
afastando enquanto casal e da própria comunidade e,
conseqüentemente, de Jesus.

Preocupados com isso, o Grupo Bom Pastor da


Paróquia............... promove o Encontro de Casais de 2º união,
com o objetivo de inserir o casal ainda mais na vida da
comunidade.
Sinta-se especialmente convidado a participar do
encontro. Se você é separado ou divorciado e vive uma segunda
união estável, venha participar. Temos a certeza de que
podemos contribuir para melhorar sua vida, pessoal e
espiritual, para que possamos juntos, trilhar o caminho que
Jesus traçou para nossa vida.

19
O encontro ocorrerá de acordo com a programação abaixo:
Local:
Data:
Horário: A partir das 08:00 hrs.
Outras informações poderão ser obtidas junto à
Secretaria Paroquial da Paróquia.............. ou fone ...................

Lembre-se sempre: “Todos somos iguais perante Deus,


que nos ama profundamente. Sua misericórdia e eterna, e está
ao alcance de todos nós!”

Contamos com tua presença.


“Sejamos, a videira que dá bons frutos!”

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MODELO DE FICHA DE INSCRIÇÃO
ENCONTRO DE CASAIS SEGUNDA UNIÃO

Casal:

Nome:_____________________________________________
___________________________
Nome:_____________________________________________
___________________________

Endereço:

Rua:________________________________ n°:________

Bairro:_____________________________________________
Contato:

Fone:_______________________
Celular:______________________
E-mail:___________________________________________

Filhos:

Dele:__________ Dela:_________Do Casal:____________

Há quanto tempo estão juntos?_________________________


Participam ativamente de alguma Pastoral ou
Movimento? Se sim Qual?

___________________________________________________
____________________________

Deus pode fazer também neles uma nova obra, pois “para Deus nada é
impossível” (Lc 1,37) e “Eis que eu faço novas todas às coisas” (Apc 21, 5).

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Grupo Bom Pastor – Diocese de Guarapuava
Casal Referência: Luis Góes e Ivonete Martins
Fone: 42 3622-9676 E-mail:
luisgoesgoes@ig.com.br

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