O Significado Do Namoro - Jean Francesco
O Significado Do Namoro - Jean Francesco
O Significado Do Namoro - Jean Francesco
Prefácio
Introdução
1 — Uma cultura descartável
2 — Um ensaio para o casamento
3 — Adolescentes e o namoro
4 — Sexo e virgindade
5 — Namoro entre luz e trevas
6 — Até onde vai a intimidade?
7 — Histórias e depoimentos
"Com uma inteligência que gera bastante interesse e com uma sabedoria que
premia este interesse com reflexões certeiras, bem contextualizadas e relevantes
para vida de quem decidiu construir um relacionamento centrado em Jesus, o
pastor Jean nos convida para uma conversa franca sobre o que queremos fazer
com a vida que Cristo nos confiou. Recomendo estas páginas com a certeza de
que delas surgem diagnósticos precisos do nosso tempo e uma proposta bíblica
para quem não deseja ver as patologias deste mundo envenenando o amor que
vem de Deus."
THIAGO GRULHA
CANTOR
"A Bíblia não fala de 'namoro', mas fala muito sobre o relacionamento amoroso
entre um homem e uma mulher. Por isso, Jean Francesco procura analisar essa
prática comum no mundo ocidental à luz de princípios bíblicos e oferece
sugestões práticas para uma juventude que tem perdido parâmetros de santidade
e sabedoria. Leia esse livro buscando de Deus exatamente essas duas coisas:
santidade e sabedoria."
HÉBER C. DE CAMPOS JR.,
PASTOR DA IGREJA PRESBITERIANA ALIANÇA, EM LIMEIRA, SP
HUGO LEME
PASTOR DA IGREJA PRESBITERIANA MOVIMENTO, EM AMERICANA, SP
"Este não é apenas mais um livro sobre namoro, é sim uma obra muito especial e
diferenciada. Uma abordagem contemporânea sem deixar de ser bíblica. O autor
aborda o tema com eficiência e abrangência, partindo de uma leitura do contexto
em que vivemos indo até os limites da intimidade numa relação de namoro. Cada
tema é abordado de forma profunda, e numa linguagem que adolescentes e
jovens podem compreender. Recomendo esta leitura a todos os adolescentes,
jovens, pais e líderes de ministérios dessa faixa etária. Com certeza, irá equipar e
ajudar a todos os leitores a lidar com essa matéria tão sensível em nossas
famílias, igrejas e sociedade como um todo."
AMAURI OLIVEIRA,
PASTOR DA IGREJA PRESBITERIANA DA PENHA
Dedicatória
À minha esposa e eterna namorada, Gesiê, a qual viveu comigo o processo
de dois anos de namoro e mais um de noivado na presença de Deus. Ela, com
toda a sua ternura, amizade, conselhos e atitudes fez com que me tornasse um
homem muito melhor do que eu achava que era. A mulher que me fez – e ainda
faz – reconhecer meus pontos fracos, que exalta minhas virtudes e me leva para
mais perto de Jesus Cristo todos os dias, semanas, meses e anos. Dedico este
livro a você, pois a maior parte dele escrevi enquanto aprendia a te namorar e,
enquanto te namorava, aprendi a escrever sobre namoro.
Prefácio
Outro fato interessante dessa época era a figura da alcoviteira. Era uma
mulher, prima, amiga ou tia da moça que se responsabilizava por mediar a
relação de um casal. Ela fazia de tudo um pouco. Se a moça queria entregar uma
carta de amor ao rapaz, chamava a alcoviteira. Se o rapaz queria marcar um
encontro para tomar um sorvete ou assistir à matinê no cinema, tinha que fazer o
mesmo. O acesso direto era algo muito raro.
Nas décadas de 1910-1930, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, se um
rapaz se encantasse por uma moça, teria que pedir o consentimento dos pais dela
para namorar. Se o consentimento fosse dado, os dois já podiam sair juntos. O
rapaz, então, buscava a moça em casa e, depois, a levava de volta. Porém, havia
um detalhe: os passeios deviam ser acompanhados por algum membro da família
e só podiam durar até nove horas da noite. Depois disso, cada um ia para a sua
casa.
Aproveitar a vida
Ficar o mais louco possível, fazer sexo com desconhecidos, beber para
causar constrangimentos, dirigir alcoolizado, ter “o privilégio” de não se lembrar
das loucuras que fez na última balada, emprestar os lábios para qualquer pessoa
ou entregar-se para qualquer um como um produto a ser consumido são maneiras
que vários homens e mulheres da nossa geração encontraram para curtir a vida.
Nossa geração quer felicidade a qualquer custo. Quantas vezes você já
ouviu a frase: "O que importa é se sentir bem?" Nada contra os sentimentos, eu
amo me sentir bem, mas, nem tudo que nos dá boas sensações é necessariamente
bom. É isso mesmo que você leu. Nem tudo o que nos dá prazer traz por si só
benefícios significativos no final das contas.
Tome, por exemplo, os diabéticos, pessoas diagnosticadas com altos índices
de açúcar no sangue. Não há dúvidas de que um diabético possa se empanturrar
com guloseimas de todos os tipos e sentir muito prazer nisso, todavia, cultivar
esse hábito será uma maneira "gostosa" de levar a si mesmo à morte. Em outras
palavras, viver em busca dos prazeres de forma irresponsável pode ser uma
maneira prazerosa de morrer mais cedo e destruir a si mesmo.
O mesmo pode estar por detrás da forma como escolhemos ser felizes em
nossos relacionamentos. Você e eu podemos cair na armadilha de achar que
todas as nossas aventuras amorosas que dão prazer, são, de fato, boas. Uma noite
de muito prazer no sábado pode trazer muitas lágrimas no domingo. Na
descoberta de uma doença sexualmente transmissível, por descobrir que o
"amor" fazia parte de uma aposta entre amigos, por trazer culpa à consciência,
por envolver mentiras, traição e quebra de confiança. O fato é que podemos
sentir muito prazer na forma como nos relacionamentos amorosamente sem
percebermos que, na verdade, estamos sendo canalhas.
Relacionamentos sem responsabilidade podem dar prazer e, ao mesmo
tempo, podem matar: sonhos, planos, famílias e principalmente, corações. Me dá
muita tristeza saber que milhões de jovens atualmente embarcam em
relacionamentos em busca de prazer e felicidade quando, na verdade, estão
apenas sendo usados. Para alguns é difícil admitir que suas melhores noites de
paixão não passaram, de fato, de pura ilusão. Mas, afinal, o que isso tem a ver
com namoro?
O aspecto consumista do namoro
Grosso modo, os namoros de hoje em dia são orientados pela filosofia do
consumo. Essa lógica funciona mais ou menos assim: 1. Você procura o produto;
2. Compra pelo menor preço possível; 3. Faz uso dele; 4. Descarta e compra um
novo. Importante sempre é que o consumidor precisa ter todas as suas
necessidades satisfeitas, caso contrário mudará de produto ou supermercado.
Por analogia, namoro hoje é isso: 1. Você procura uma pessoa; 2. Fica com
ela pelo menor preço, custo ou risco possível; 3. Faz uso emocional, físico e
sexual; 4. Descarta a pessoa e vai em busca da próxima. Importante é que você
precisa ter todas as suas necessidades satisfeitas, caso alguém não consiga supri-
las, é hora de mudar de namorado(a). O problema com essa lógica é que ela nos
reduz a produtos ao invés de nos tratar como pessoas. Produtos tem prazo de
validade, pessoas jamais perdem o seu valor. Produtos a gente usa, pessoas a
gente ama. Produtos a gente compra, pessoas a gente respeita.
Infelizmente, estamos nos acostumando com a ideia de sermos tratados
como produtos ao invés de gente. Como o personagem bíblico Esaú trocou o seu
direito de primogenitura por um prato de lentilhas , por analogia, a nossa geração
troca o seu inestimável valor por uma passageira noite de prazer. Portanto, a
forma como nos relacionamos atualmente revela que por detrás da nossa suposta
felicidade e prazer, reside um profundo sentimento de desvalorização.
A luz no fim do túnel é que, apesar do nosso rebaixamento de pessoas para
produtos, ainda sonhamos paradoxalmente no fundo de nossos corações com um
relacionamento que seja à prova de coração partido. Ainda gostamos da frase: "e
viveram felizes para sempre". Nos porões da nossa alma existe o ideal de que os
relacionamentos foram feitos para durar. Ao invés de ficar, sabemos que o ideal
seria permanecer.
Como pastor de jovens, fiz várias vezes a pergunta: “Você deseja viver uma
grande paixão que dure para sempre?” E, com raras exceções, ouço não como
resposta. Parece que nós realmente sonhamos em nos sentir completos a partir
do encontro com o outro.
O filósofo Martin Buber desenvolveu esse conceito de realização no outro
(alteridade) como uma filosofia do encontro. Ele defende que existem dois
modos de presença, ou dois tipos de relacionamentos entre os seres humanos.
O primeiro ele chama de relação Eu-Tu, marcado por uma autenticidade
verdadeira onde duas pessoas se encontram reciprocamente, os dois mundos se
fundem e os sentimentos se complementam. O segundo, entretanto, ele chama de
relação Eu-Isso. Como o nome já diz, é uma tentativa de encontro e realização
por meio da relação pessoa e objeto. Buber defende que nós não podemos ser
realmente autênticos numa relação de pura absorção. Pelo contrário, por detrás
desse tipo de amor, esconde-se um desejo de poder, manipulação e imposição.
Em outras palavras, não há alteridade, desejo de me encontrar no outro, do Eu se
ver no Tu, mas de um Eu tentando possuir o Isso. Portanto, uma vez que pessoas
não são objetos, elas não podem fundirem-se, completarem-se e realizarem-se
uma na outra. Tudo, por fim, não passa de uma tentativa ilusória de encontrar a
si mesmo numa relação consumista.
A sabedoria bíblica já insiste nessa ideia há milênios. Jesus traduziu isso
muito bem ao ensinar que a busca do ser humano por sentido só é possível
quando este embarca numa vivência de amor a Deus e amor ao próximo. Em
outras palavras, o que dá sentido a vida humana são os seus relacionamentos
verticais e horizontais, com Deus e com os próprios humanos.
Se realmente só podemos ser nós mesmos numa relação de aliança
autêntica, por que continuamos a investir em nossos relacionamentos com a
mesma motivação de irmos ao mercado fazer compras? A não ser que você
queira ficar solteiro — e realmente não há nenhum problema com isso — invista
em seus relacionamentos como um laço inseparável, uma aliança inquebrável.
Os nossos corações foram programados para relacionamentos duradouros.
Busque alguém, busque um amor; mas busque um que não tenha prazo de
validade, afinal, você é gente, não produto.
O namoro poderia perfeitamente ser um bom preparo para um
relacionamento duradouro, como ensaiar uma dança a fim de dançar para sempre
com seu par. Entretanto, o namoro como está atualmente não passa de uma
conexão frágil, ou se você preferir, a uma relação meramente instantânea e
descartável.
Vampiros em busca de pescoços
Gosto de ilustrar essa ideia consumista dos relacionamentos com a febre
contemporânea dos vampiros. Está na moda relacionar vampiros e romance,
especialmente após a explosão do livro/filme Crepúsculo. O filme narra a
história de uma menina que se muda de cidade e acaba se apaixonando por um
rapaz, ou melhor, um vampiro de maquiagem branca chamado Edward. Talvez
precisaríamos de outro livro – e já há alguns no mercado literário – para avaliar
se o filme é bom ou ruim. Não é nosso objetivo fazer nenhuma crítica literária ou
cinematográfica aqui. O fato é que, consciente ou inconscientemente,
associamos romance com alguma forma de vampirismo.
Eu explico. O que realmente está na moda é o estilo vampiro de amar. O
que seria esse tipo de amor? É aquele que nunca se doa, mas sente prazer
enquanto suga. É aquele que jamais se satisfaz nas diferenças do outro, pelo
contrário, suga do outro o que lhe convém. É um estilo de amor que não
consegue aceitar decepções, mas, ama o sangue fresco. Como um bem de
consumo, as pessoas amadas são apenas objetos da satisfação dos consumidores.
É o tipo de amor que não é feliz apesar de, mas apenas à custa de. É o que
acontece com o fenômeno do ficar. Não se olha para quem o outro é. Muitas
vezes, não existe nem a preocupação em saber o nome da pessoa, quanto mais a
dor. O que se quer é a parte fresca: o sangue. Exclui-se a cumplicidade e o
relacionamento em si, pois o que vale é apenas e tão somente absorção. Isso
ilustra bem o aspecto consumista dos nossos relacionamentos.
Você já passou por essa experiência? Já se sentiu "absorvido" por alguma
relação? Invertamos a situação. Podemos dizer que você é um consumidor de
pescoços que não está interessado em relacionamentos verdadeiros, mas em
apenas satisfazer suas necessidades imediatas por prazer? Sejamos honestos.
Não apenas agimos assim, muitos de nós se orgulham de terem mordido dezenas
de pescoços em uma só noite. Alguns rapazes se sentem como heróis devido a
tal empreendimento. Mal sabem — ou sabem e já se acostumaram — que estão
trocando a oportunidade de fazer um relacionamento ser duradouro por um prato
de lentilhas.
Você foi feito para ficar, beijar e largar? Isso resume o sentido da sua vida?
Isso é tudo o que você vale? Se sua resposta é não, por que, então, continua
vivendo uma mentira como se fosse uma verdade? É hora de mudarmos o nosso
estilo de vida. Deus criou você e eu para algo maior, mais profundo e mais
prazeroso. Ele nos criou para experimentarmos o prazer sem culpa, num
ambiente de segurança e liberdade. Você pode me chamar de maluco, mas muita
gente experimenta esse tipo de satisfação no casamento.
A kriptonita da nossa geração é o compromisso
Por razões diversas, convenceram a nossa geração de que o casamento é
uma espécie de kriptonita que enfraquece a nossa força ou de alguma forma
reduz nosso potencial amoroso. Uma vez perguntei a um amigo chegado se ele
tinha interesse em casar. Para minha surpresa ele respondeu que sim. Curioso, fiz
outra pergunta: "Com que idade você pensa em realizar este sonho?" Então veio
a confirmação de minha suspeita. Ele respondeu: "Depois dos quarenta, com
certeza". Dei algumas risadas, e questionei: "Por que esperar tanto assim?" Ele
concluiu: "Sou muito novo. Tenho muito tempo ainda para aproveitar a vida.
Depois de viver tudo o que eu puder, experimentar todos os prazeres possíveis
que me são disponíveis, ai sim, acho que é hora de casar!" Em suma, o
casamento para ele é como o fim da carreira, uma espécie de aposentadoria do
vigor relacional.
A resposta dele sintetiza o que muita gente pensa. Acreditam que ser jovem
e casar parecem ser duas ideias que não foram feitas para andar de mãos dadas.
É coisa de gente conservadora, uma instituição falida. Em troca do casamento,
embarcam num rodízio de relações curtas, baratas e instantâneas.
Como estão errados! Depois de alguns anos casado e vivendo os melhores
anos da minha vida, não me vem outra imagem na cabeça para representar essa
filosofia de vida a não ser os castelinhos de areia. Imagine que você tem duas
opções. A primeira é estar numa praia deserta, paisagem deslumbrante, um mar
limpo, cristalino e refrescante a sua disposição. Ao invés de mergulhar de cabeça
e se banhar por inteiro, o sujeito fica sentado na areia fazendo castelinhos de
areia achando que chegou ao seu limite máximo do prazer.
Acredito que isso exemplifica o que é viver de paixão em paixão. Você
pode até chegar em uma quantidade grande de emoções (muitos castelinhos),
mas nenhuma delas com a profundidade que está a sua disposição; afinal, você
não mergulhou no mar. O casamento, se bem nutrido e cultivado, equivale a ter
vivido com uma só pessoa, mas com muito mais intensidade e profundidade.
Viver de paixão e paixão, por mais que pareça ser uma grande aventura, te
permite apenas ficar boiando na superfície do amor. Por outro lado, o casamento,
por mais que pareça ser uma aventura limitada, te possibilita mergulhar mais
fundo no amor do que quaisquer experiências já vividas antes.
Tenho uma história que ilustra bem isso. Um amigo de infância, não cristão,
namorou uma moça por mais de doze anos. Obviamente, ele teve todo tipo de
experiências sexuais com ela e vice-versa. Um dia, depois dele saber que eu
havia me casado, nos encontramos por acaso e ele me fez uma pergunta muito
curiosa: “Como é fazer sexo depois do casamento?” Antes de dar a minha
resposta, fiz outra pergunta a ele: “Por que você quer saber?” Então, ele
respondeu: “Faz doze anos que namoro, fazemos sexo rotineiramente, e para
falar a verdade, tenho experimentado mais prazer na masturbação do que junto
com a minha namorada”.
De fato, ele abriu o coração e tivemos uma boa conversa. Pude compartilhar
que quando o sexo não está debaixo da benção de Deus, da segurança, liberdade
e confiança – que geralmente há no casamento – o sexo se torna uma experiência
que vale muito pouco, um castelinho de areia. São relações marcadas por culpa,
às escondidas, sem a aprovação dos pais, sem propósitos definidos, em qualquer
lugar, sem preparação, sem graça e muitas vezes causam uma gravidez
indesejada.
Sei que para alguns pode ser humilhante ou radical demais, mas alguns
jovens se comportam como animais. Como o sexo dos cães, coelhos ou aves,
alguns veem a intimidade sexual como um comportamento de instinto. É pobre,
é rápido, é vazio, nem digno de ser lembrado. É pouco perto daquilo que Deus
preparou para nós, seres criados à sua imagem.
Amor ou masturbação?
Além disso, por detrás dessa filosofia consumista, habita um coração
carregado de egoísmo. Quando alguém diz: "Para que casar e ter uma pessoa só,
se eu posso ser livre e ter quantas eu quiser?" Na verdade, o que ela está dizendo
é: "Não quero o seu choro, não quero dores de cabeça, não quero cuidar da tua
doença, o que eu quero é absorver de você até onde eu puder para me fazer
feliz”.
Em quem estamos pensando ao defendermos essa ideologia consumista de
supermercado? Apenas em nós mesmos. E por não haver espaço para o outro em
nossos relacionamentos, ele deixa de ser um "relacionamento". O melhor nome
que eu encontrei para chamar esse tipo de relacionamento egoísta é masturbação,
pois o meu parceiro não é outra coisa senão uma imagem para me propiciar
prazer. Não o quero pelo que ele realmente é, mas o quero pelo que pode me
oferecer.
Faça um favor, nunca mais chame esse tipo de relacionamento egoísta de
amor, porque não é. No amor a gente se doa para o outro pelo que o outro é, não
pelo que ele é capaz de oferecer. É doação, não absorção. É oferta, não um
recibo. Muito cuidado com as filosofias que você defende, Sr. egoísta! O fim de
todo egoísta é um só: morrer triste e sozinho. Como nas lendas medievais, o
trágico desfecho dos vampiros é morrer engasgado com o próprio sangue.
"O homem que conheceu apenas a sua mulher e a amou, sabe mais de mulheres
que aquele que conheceu mil."
É muito mais fácil ser pastor de mil igrejas do que durante a vida inteira
pastorear uma só igreja. É muito mais fácil jogar em vários times de futebol do
que durante toda a carreira permanecer em apenas um time. Da mesma forma, é
muito mais fácil ter mil mulheres do que amar a mesma mulher por toda a vida.
Relacionamentos assim exigem amor sacrificial, superação de crises, dores de
cabeça, noites mal dormidas, a construção de respeito mútuo, tolerância diante
das diferenças, organização, muita paciência, entre muitas outras coisas. São
relacionamentos assim que nos mantém mais seguros, confiantes, autênticos e
preparados para qualquer maré contrária.
“Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade [...]
Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas
carícias".
Sexo é pagão? Sem dúvidas, isso não passa de uma mentira diabólica. Sexo
é um presente divino para a sua criação. O problema, como eu já disse, é que
temos empobrecido o sexo. Na compreensão bíblica, o sexo é um mergulho
profundo numa praia paradisíaca e deserta do relacionamento, não uma curtição
banal. Alguns amigos enxergam o sexo como uma rapidinha, um jeito de livrar-
se dos problemas, um refúgio ou uma ida ao prostíbulo. O projeto de Deus,
porém, é santo e ao mesmo tempo maravilhoso.
O sexo é mais santo do que você imagina
Vamos falar um pouco sobre o sexo. Peço permissão a você leitor para
contar por experiência própria. Na minha primeira vez com a minha esposa, em
nossa lua de mel, antes de qualquer coisa, demos as mãos e fizemos uma oração
agradecendo a Deus por aquele dia. Antes que você comece a rir, vou dizer com
todas as palavras: o sexo é mais santo do que você imagina. Pelo que me lembro,
a oração foi mais ou menos assim:
“Deus, obrigado porque agora ela é totalmente minha e eu sou totalmente dela.
Nós estamos sentindo a tua liberdade e segurança aqui. Faça essa noite entrar
para a história de nossas vidas. Capacita-nos a fazer aquilo que não sabemos
fazer. Que seja uma noite prazerosa não apenas para nós, mas que o Senhor, o
autor do sexo e arquiteto da alegria se alegre com a nossa alegria. Em nome de
Jesus. Amém”.
Sexo é maravilhoso, mas para quem o pratica do jeito adequado. Meu medo
é que poucos jovens, ou mesmo adultos, têm tido o privilégio de experimentar
essa liberdade, satisfação e segurança no sexo. Geralmente os sentimentos são
culpa, medo e insegurança. E, inclusive cristãos casados, ainda não descobriram
o quanto essa prática pode ajudar a melhorar a relação a dois em todas as áreas.
Infelizmente, milhares de casais se separam porque não negligentes nessa área.
O casamento é uma aliança que deve ser mantida, entre outras coisas, pela
relação sexual. Leia o livro de Cânticos dos cânticos para você ter uma ideia do
que estou falando. Sexo não é qualquer coisa. Não é como ir à padaria comprar
pães. Não é coisa banal. Sexo é uma benção sagrada, procriativa e recreativa
para os casados.
Dentro do casamento, espera-se que o exercício da intimidade sexual seja
sempre criativo e frequente. O apóstolo Paulo deixa isso muito claro:
“Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum
tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que
Satanás não vos tente por causa da incontinência" 1 Coríntios 7.5).
4. Sexo
Infelizmente, a realidade que vemos tanto dentro como fora das igrejas
geralmente é outra:
1. Ficar ou namorar sem propósito
2. Sexo livre
Passatempo ou compromisso?
Imagine que você está numa bifurcação e precisa fazer uma escolha. Dois
caminhos diferentes e opostos jamais levarão ao mesmo lugar. Vale a mesma
coisa para o namoro. Para ser bem direto ao ponto, você necessariamente precisa
escolher entre dois caminhos, a saber, o passatempo ou o compromisso.
Na primeira opção, o namoro é um jeito de passar o tempo. O namoro
existe para curtir e isso é o que realmente importa. As pessoas que namoram
para a recreação entendem que namorar não é nada mais do que “pegar uma
pessoa emprestada”, “ficar” com ela para viver bons momentos. Escrevi alguns
versos que exemplificam isso:
Ficar:
É estar para curtir, não para durar.
É estar para ter prazer, não para crescer.
É querer apenas ficar, não viver.
É querer sem razão, estar por estar.
É tomar emprestado o que não é seu e nunca será.
É beijar com gosto de despedida.
É abraçar sabendo que não terá mais depois.
É entregar-se e depois dizer “tchau!”
É uma curtição de curto tempo.
É usar o outro como produto, não como gente.
Ficar é diluir o amor:
"Amo você pelo que posso receber,
não pelo que posso oferecer"
Ficar é diminuir a dignidade do ser,
Pois diz: "Consumo até onde puder,
depois descarto você."
Aqueles que entregam seus corações mais vezes para mais pessoas não são
os que têm mais amor ou os que são mais amados, são justamente os mais
carentes por serem os mais vazios e infelizes.
Podemos dizer que esse relacionamento se dá à base de um amor à moda
vampiro. É aquele relacionamento que nunca se doa, pelo contrário, suga. É um
relacionamento que só deseja a parte fresca da pessoa e não partes amargas e
azedas. Não se deseja cumplicidade, apenas absorção. É um relacionamento de
amizade curta e de conversas superficiais. É um relacionamento de troca e não
de partilha e que, portanto, está fadado à morte. Não se entregue para esse tipo
de relacionamento. Eles são uma armadilha contra a sua própria satisfação.
Relacionamentos foram feitos para durar.
Na segunda opção, o namoro é um ensaio para o casamento. Na Bíblia, não
há espaço para relacionamentos descartáveis e instantâneos, pois Deus deseja
que vivamos relacionamentos duradouros. O projeto de Deus para as nossas
vidas é que encontremos alguém não para ficar, mas durar.
Namoro não é pegar alguém emprestado, é um vestibular para ter alguém
para sempre. Namoro não existe para beijar e dizer tchau no dia seguinte. No
namoro, ensaiamos um beijo porque pretendemos beijar para sempre. O namoro
não é um fim em si mesmo, não devemos namorar por namorar, namoramos para
casar. O fim principal do namoro é ensaiar bem todos os passos da dança até
entendermos que estamos prontos para dançar com o nosso par para a vida toda.
Namoro não é absorção, mas doação. Namoro é um tempo especial para
desenvolvermos a amizade, conversas longas, sonhos, crescimento, divisão de
problemas e multiplicação de alegrias. É um momento de desenvolver o amor.
Um amor que realmente esteja pronto para o sacrifício. Gravemos a ordem do
apóstolo Paulo:
"Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo
se entregou por ela" (Efésios 5.25).
Com base no texto acima eu diria aos namorados: "Homens, amem suas
namoradas, sim, aprendam a amá-las como Cristo amou o seu povo, se
entregando à morte por ele". Em suma, quem ama deve estar preparado para
morrer pelo outro. O namoro é uma boa etapa preparatória para avaliarmos a
genuína manifestação do nosso amor.
A palavra-chave para o namoro é preparação. É um momento de
amadurecer, conhecer, pensar, analisar, ensaiar, testar, errar até você concluir que
essa pessoa realmente é um homem ou uma mulher com quem vale a pena se
casar. Namoro é um ensaio para o casamento.
Vamos responder a segunda pergunta, qual seria a melhor hora para
começar um namoro?
7º Procure alguém que o ajude a ser uma pessoa melhor e não apenas "mais
feliz"
O casamento existe para somarmos na vida um do outro e experimentarmos
mais de Deus. Procure alguém que te torne uma pessoa melhor no caráter e mais
parecida com Jesus. Reflita se ela te torna mais “feliz” momentaneamente, mas
te aproxima do pecado e te afasta de Deus frequentemente. Isso diminuiria
muitos aconselhamentos pastorais.
8º Procure alguém que tenha objetivos para casamento
Como dito anteriormente, a maioria das pessoas hoje quer namorar para
passar tempo e aproveitar o que as outras têm de bom: Boca, corpo, coisas e
sexo. Procure alguém para compartilhar a sua vida, coisas boas e ruins e não
apenas o prazer 1,99 de beijar, dar uns “amassos” e fazer sexo fora do
casamento. Isso, no casamento, é cem mil vezes mais sensacional, dou minha
palavra.
Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a
sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos
proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam
ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para
si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da
verdadeira vida (1 Timóteo 6.17-19).
Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá
passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que
sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece
por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser,
não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo (Tiago 4.13-15).
Está claro como cristal. Não sabemos o que será do nosso amanhã, por isso,
não podemos ter segurança de estabilidade financeira nesta vida. Somos como
neblina que hoje aparece e logo se dissipa. Assim, se o Senhor quiser, faremos
isso ou aquilo. Em plena concordância com o apóstolo Paulo, a sabedoria de
Tiago nos encoraja a depositar nossa esperança de sustento apenas na
providência divina.
"Eu acho que eles (jovens) necessariamente não devem comprar casa própria...
Mais perto dos 40 anos, a renda é maior, você acumulou FGTS e pode entrar no
financiamento para quitar o imóvel em 10 anos, ao invés de ficar 30 anos
pagando. Meu convite é para os que jovens diminuam o gasto fixo, continuem
aproveitando o que motivou o casamento, como romantismo, lazer, cuidado de
um com o outro, e experimentem a vida para criar condições de ganho."
Esse texto é simplesmente fantástico. Podemos tirar pelo menos três lições
dele. Primeira, Deus nos criou e nos conhece melhor do que a nós mesmos. A
sabedoria bíblica nos ensina a ter apenas um cônjuge. Isso é como “tirar água do
próprio poço”. Será que você quer chegar um dia em casa e encontrar o seu
barril vazio? Seu manancial é só seu; não divida com ninguém. É a monogamia,
a fonte de prazer, não a poligamia. Isso vale especialmente para os homens.
Quem tem intimidade com várias não tem intimidade com nenhuma.
Segunda, ele nos desafia a redescobrirmos como viver nossa juventude. O
sábio Salomão quer lembrar os mais velhos de seu casamento, especialmente da
companheira que entrou em sua vida na juventude. Talvez ainda não sejam tão
velhos, pois ele faz elogios ao seu corpo, em especial, os seios – na velhice isso
seria mais difícil. Sem dúvida, a juventude é a época mais adequada para o
casamento porque é a estação da força corporal, da gestação, da beleza, entre
outros fatores.
Terceira, ele nos encoraja a buscar um prazer sólido e durável. Note bem a
referência às carícias que ambos trocam entre si, o enlace de seus corpos, os
beijos, a sensualidade e o sexo em um contexto de amor e intimidade profunda.
O sábio faz bem ao alertar: “Por que trocar a intimidade verdadeira por prazer
momentâneo com uma prostituta?”. O prazer é, novamente, alicerçado na aliança
durável e não em sua fugacidade.
Ainda que muitos só consigam casar-se um pouco mais maduros, após os
30 e poucos anos, não há razão para desejar um casamento tardio. O livro de
Provérbios incentiva o casamento no período da juventude. Nossa cultura
narcisista é que nos ilude apresentando o casamento como algo chato e para
velhos. Precisamos mudar radicalmente essa nossa visão. Deus está mais
interessado em nossa alegria e satisfação do que nós imaginamos, mas para isso
se tornar uma realidade, é necessário ouvir melhor o que ele está nos dizendo.
4 — Sexo e virgindade
Em nossa cultura o conceito virgindade pode ser tudo, menos um elogio. Quando
um jovem ouve de outro jovem: "Você é virgem?" Isso soa como algo tão
contundente que pode ser comparado a um insulto. A geração que valoriza a
liberdade sexual acredita, acima de tudo, que manter-se virgem é uma maneira
conservadora de desperdiçar a vida. É coisa para "certinhos", ou como vimos no
primeiro capítulo, coisa de gente que não sabe aproveitar seu pouco tempo de
vida. Neste capítulo, eu vou ter a difícil tarefa de remar contra essa maré.
Estatísticas sobre a virgindade perdida
Os números não deixam dúvidas, a geração atual de jovens tem buscado a
primeira experiência sexual cada vez mais cedo. Quando é que um adolescente
no Brasil começa suas relações sexuais? A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar
(PeNSE) 2012 do IBGE concluiu que:
“O propósito do sexo é entregar-se por inteiro para a vida toda… Aliás, o sexo
é, talvez, o meio mais poderoso que Deus criou para ajudar você a se entregar
inteiramente a outro ser humano. É o modo designado por Deus para que duas
pessoas digam uma a outra: ‘pertenço completa, inteira e exclusivamente a
você’”.
“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois
uma só carne” (Gênesis 2.24).
“Porém, se isto for verdade, que se não achou na moça a virgindade, então, a
levarão à porta da casa de seu pai, e os homens de sua cidade a apedrejarão até
que morra, pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim,
eliminarás o mal do meio de ti” (Deuteronômio 22.20-21).
Esse texto talvez seja o mais rico sobre o assunto. Perceberam a relação
com o texto de Deuteronômio? Paulo afirma que os cristãos foram chamados
para a santificação e devem, portanto, fugir da prostituição. E nós já sabemos o
que isso significa. Ele está dizendo: “Fujam de entregar o corpo de vocês para
alguém fora ou antes da aliança!”, “fujam de vender ou comprar o corpo por
dinheiro!”
Quando pensamos em prostituição, a primeira coisa que vem à nossa mente
é uma mulher, rodando sua bolsa em alguma esquina movimentada nas altas
horas da noite, esperando algum homem para entregar o seu corpo em troca de
alguns reais. Porém, a Bíblia não diz que apenas isso é prostituição. Não.
Prostituição é todo ato sexual, espiritual ou relacional – serve também para
beijos, amassos, nudez – fora de algum compromisso.
Além dos princípios que nós já mencionamos antes, nesse texto em
especial, aprendemos algumas razões por que vale a pena ser santo e virgem.
A virgindade é um sinal de valorização do próprio corpo
Paulo nos convoca a possuir o próprio corpo. O que isso significa?
Entender que o seu corpo é sagrado, pois nele habita o Espírito Santo (1Coríntios
6.19). Você e eu temos muito valor para Deus. Nós não somos objetos
descartáveis para serem usados e depois jogados na lata do lixo. Quem se
valoriza não se entrega para prostituição ou a qualquer relacionamento sem
compromisso. Leia com muita atenção o que Paulo diz:
“O corpo não é para a impureza, mas para o Senhor, e o Senhor, para o corpo.
Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará a nós pelo seu poder. Não
sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria
os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou
não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela?
Porque, como se diz, serão os dois uma só carne. Mas aquele que se une ao
Senhor é um espírito com ele.
Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do
corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo.
Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em
vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque
fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”
(1Coríntios 6.13-20).
A virgindade é uma alternativa à cultura da sensualidade
Se, como já vimos, a cultura da sexualidade sem compromisso é uma forma
de prostituição, a virgindade consequentemente é uma opção alternativa para
quem busca um relacionamento sério e duradouro. A sensualidade é permitida
dentro dos limites da aliança do casamento, fora dela não passa de uma tentativa
falsa à verdadeira realização amorosa. Deus não nos criou para termos desejos
não correspondidos. Ter um desejo ardente pela intimidade sexual é
perfeitamente saudável, o problema é quando tentamos suprir nossa carência na
hora e formas erradas. Se você tem problemas com sensualidade, ouça o
conselho de Paulo em 1 Coríntios 7.9: “Se vocês não podem dominar o desejo
sexual, então casem, pois é melhor casar do que ficar queimando de desejo”
(NTLH).
A virgindade é um sinal de honra pelo próximo
Não devemos defraudar ninguém, isto é, iludir, enganar, ou abusar da
inocência de ninguém. Para Cristo, “o outro faz parte de mim”. Devo amar o
próximo como a mim mesmo, e quem se ama não se engana, não se trata como
lixo, não se empresta. Não devemos, diz o sábio, “despertar o amor enquanto ele
não o quiser” (Cânticos dos Cânticos 8.4).
Eu sou um exemplo vivo de como é duro frustrar e magoar alguém por não
entender esse princípio. Certa vez, tentei despertar o amor em mim por uma
garota que gostava de mim, mas no final, por não haver amor, machuquei
gravemente o seu coração quando, após poucos meses, pedi para terminar.
Aprendi a lição. Não comece algo com alguém se você realmente não quer.
Seja honesto logo de início, antes que você crie falsos sonhos que não
conseguirá tornar realidade no coração de alguém. Mário Quintana entendeu
bem o princípio de Salomão em seu poema Sobre o Coração. Ele diz aos que
gostam de paquerar:
“Com respeito às virgens... se a virgem se casar, por isso não peca... O que
realmente eu quero é que estejais livres de preocupações... Também a mulher,
tanto a viúva como a virgem, cuida das coisas do Senhor, para ser santa, assim
no corpo como no espírito; a que se casou, porém, se preocupa com as coisas do
mundo, de como agradar ao marido... E, assim, quem casa a sua filha virgem
faz bem” (1 Coríntios 7.25-40).
“Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula;
porque Deus julgará os impuros e adúlteros” (Hebreus 13.4).
Esse texto tem passado despercebido por muitos cristãos. Ele expressa três
ensinos básicos. Primeiro, o matrimônio deve ser sempre estimado, exaltado e
estimulado entre os cristãos – coisa que, naquela época, estava caindo em
descrédito e, hoje, acontece o mesmo.
Segundo, o sexo deve ser praticado em pureza. Leito sem mácula pode
significar várias coisas, mas sem dúvidas um de seus significados é o de que o
sexo (estar no leito, cama) não deve ser jamais manchado, denegrido ou aviltado.
Deve haver fidelidade entre os cônjuges, para que a honra de ambos não seja
destruída.
Mas, além deste significado, claramente é possível inferir que macular o ato
sexual está relacionado também com todo tipo de relacionamento fora da aliança
de compromisso. Isso será comprovado pelas duas classes nas quais o autor de
Hebreus se refere: os impuros e adúlteros.
A primeira classe, os impuros, como já vimos quando percorremos alguns
textos da Bíblia, sempre está associado a um conceito: prostituição. São irmãos
gêmeos que sempre andam juntos, pois simbolizam o amor falsificado,
instantâneo, vazio e irresponsável.
Terceiro, o mesmo alerta que já vimos em 1 Tessalonicenses 4.3-7
reaparece aqui, a saber, que Deus julgará os imorais. Eu acredito que o pior juízo
de todos seja viver de paixão em paixão e continuar com o coração seco e
deserto. Quem vê por fora pode até pensar que você é feliz, mas só você sabe por
dentro que viver assim só te deixa mais faminto e sedento por experimentar vida
de verdade. Deus está pronto a perdoar e consertar aqueles que se arrependeram
triste, sincera e profundamente dos seus pecados, mas é um fogo consumidor
para aqueles que ainda continuam repetindo os velhos hábitos (Hebreus 12.29).
Colocando tudo em ordem
O meu desejo é que, por meio deste capítulo, tenha ficado claro qual é a
vontade de Deus para nós no que diz respeito à sexualidade. Deus ama a pureza,
por isso ele deseja a nossa santificação e total dependência dele. Para nos
guardarmos puros diante dele precisamos de algo simples e difícil ao mesmo
tempo, zelarmos pelo nosso corpo. Fazendo assim o nome dele será honrado
através de nós. Lembre-se, os que esperam em Deus sempre renovam as suas
forças (Isaías 40.31). Vamos recapitular alguns princípios sobre virgindade e
sexo:
1. Ser virgem é estar em harmonia com a vontade de Deus. A virgindade é
celebrada por Deus, e todo aquele que se preserva virgem para o casamento
receberá bênçãos extremamente maiores do que os que se contaminaram antes
da hora. Deus honra quem se purifica. Aprenda a esperar, e você verá que
esperar nele não é ilusão.
2. Ser virgem significa não se entregar para a prostituição. A virgindade
perdida antes do casamento é exatamente igual a um ato de prostituição.
Representa a humilhação, vergonha e loucura dos seres humanos longe da
vontade de Deus.
3. Ser virgem é valorizar o próprio corpo. Quem escolhe esperar até o
casamento para praticar o sexo, glorifica a Cristo com o seu próprio corpo.
Pessoas que adiantam esse momento evidenciam que os seus corpos têm
pouquíssimo valor.
4. Ser virgem é ter aprovação e alegria de Deus. Já aqueles que praticam a
prostituição, adultério e toda a sorte de impurezas sexuais estão em grave perigo,
pois Deus está irado e irá julgá-los com severidade.
5. Ser virgem não é apenas valorizar o próprio corpo, mas elevar a honra do
corpo alheio. Já os que praticam a impureza, evidenciam que não dão o devido
valor aos seus corpos e muito menos consideram honrados os corpos dos demais.
6. Ser virgem também significa fugir da aparência do mal e, da mesma
forma, fugir da sensualidade. Ser sensual é uma forma de desprezar a dignidade
dada por Deus. O verdadeiro filho de Deus valoriza o seu corpo não apenas
fugindo da prostituição e dos relacionamentos descartáveis, mas vestindo-se e
comportando-se com toda a modéstia e discrição. O único lugar onde a
sensualidade é totalmente liberada por Deus é no casamento.
Uma palavra final aos leitores. Se você é alguém que ainda se mantém
puro, virgem, e por esse motivo é zombado pelos amigos sendo insultado de
todas as formas possíveis, tenha coragem! Manter-se puro é a vontade de Deus
para a sua vida. Vale a pena ser virgem, pois Deus promete bênçãos mil vezes
maiores para os puros. Continue firme! Não se envergonhe de ser aquilo que
Deus planejou para você. Siga valorizando o seu corpo e sua santidade.
Agora, se você não liga para isso, é cristão, e continua, antes de se casar, na
prática deliberada do sexo, você está concordando que não se dá valor, não quer
santidade, não teme a Deus e não percebe que, enquanto assim for, estará
debaixo não da graça de Deus, mas de sua ira e juízo. Eu realmente espero que,
pelos textos bíblicos apresentados e pelo Espírito Santo, sua consciência esteja
no mínimo chacoalhada. Não tarde em se arrepender. Faça isso agora.
Por outro lado, se você já perdeu a honra de permanecer virgem até o
casamento e o fez isso sendo cristão, mas já houve arrependimento sincero e
lágrimas, tenho uma boa notícia: Deus pode curar você. A graça de Deus é
maravilhosa e transforma os corações sujos dos pecadores em uma obra de arte
sem igual. Sim, Ele pode fazer que você experimente o sexo no casamento como
se fosse a sua primeira vez. Busque cada vez mais a obediência, pois Deus pode
renovar o seu coração a ponto de trazer grande paz a ele. Espere pelo casamento.
Os puros não se envergonham de Jesus, eles escolhem obedecer e, por isso,
esperam. Pois, “qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele
se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do Pai”
(Lucas 9.26).
Esse assunto não é nada fácil. No próximo capítulo, vamos falar sobre o
namoro entre cristãos e não cristãos, outro assunto espinhoso e polêmico. Será
que é sábio namorar, noivar e se casar com alguém que não conhece a Cristo?
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade
pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as
trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o
incrédulo?” (2Coríntios 6.14).
Uma das crises que os namorados de hoje em dia têm é a intimidade. Na verdade
não é a intimidade, mas até onde ela pode ir. Pode beijar? Quais tipos de carícias
são permitidas? Podemos ficar sozinhos? Como nós podemos responder a essas
perguntas com os princípios das Escrituras? Várias respostas têm sido dadas para
essa questão.
A partir dessa explicação, não seria radical demais voltar para os anos 1900
e proibir namorados que buscam o casamento de se beijar de forma comedida?
Obviamente, os namorados não devem se beijar eroticamente como fazem os
amantes em Cântico dos Cânticos 7.9: “Mel e leite estão debaixo da tua língua”.
Esse tipo de beijo, hoje em dia, seria aquele tipo “aspirador”, com as línguas
dando voltas na boca. O beijo erótico é aquele reservado aos casados, é uma
preliminar do sexo. Por outro lado, o beijo como uma demonstração de afeto,
compromisso e respeito, sem o “efeito aspirador”, creio ser aceitável entre os
namorados e noivos antes do casamento.
O carinho
Vamos pular do beijo para as carícias. Em 1 Tessalonicenses 2.7, fica claro
que o carinho é uma prática diferencial dos cristãos. Quando o Espírito Santo
habita em nós, ele acaba nos tornando pessoas mais carinhosas do que éramos
antes. Contudo, obviamente, existe o carinho entre pais e filhos, carinho entre
irmãos espirituais, carinho entre familiares, carinho entre marido e esposa, e por
que não carinho entre namorados e noivos? A questão é delimitarmos qual é a
carícia adequada para cada um.
Começando pelos casados, fica evidente na Bíblia que os casados devem
trocar carícias entre si. O rei Abimeleque percebeu que Isaque era casado, pois
“Isaque acariciava a Rebeca” (Gênesis 26.8). Em Provérbios 5.19, lemos que o
homem casado com a mulher da sua juventude se sacia em seus seios e se
embriaga com suas carícias. Obviamente, esse tipo de carinho é proibido entre
namorados e noivos, pois ainda não pertencem um ao outro. Namorados e noivos
ainda não são "uma só carne", por isso não tem direito ao sexo.
Paulo reafirma esse ensino dizendo que “a mulher não tem poder sobre o
seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não
tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher”. Por isso, ele aconselha a
prática frequente do sexo aos casados: “Não vos priveis um ao outro... para que
Satanás não vos tente por causa da incontinência” (1 Coríntios 7.4-6).
Embora a carícia deva ser praticada pelos casais, carinho não é uma prática
exclusiva do casamento. Carícias, afeto e ternura são indicadas no
relacionamento entre pais e filhos, irmãos em Cristo, família como um todo, e
sem dúvida entre noivos. Até porque não existe outra forma de você saber se a
pessoa é carinhosa ou não senão pelo namoro/noivado. Podem acariciar as mãos,
o cabelo, os pés, os ombros, o rosto. Respeite os limites. Aprenda a amar com as
palavras e gentileza. Mas, o que fazer com as preliminares? Morar juntos não
seria uma opção mais segura que o casamento?
Sexo e o mito de morar juntos
É muito comum namorados experimentarem uma intimidade tão aberta, a
ponto de parecer que, na verdade, estão vivendo como se já fossem casados.
Alguns argumentam que "se você morar junto antes do casamento, descobrirá
mais facilmente se é compatível com a pessoa ou não". É mais seguro que casar,
eles acreditam. Entretanto, essa crença foi refutada por um artigo publicado pelo
New York Times, intitulado The Downside of Cohabiting Before Marriage.
Nele, a psicóloga clínica Meg Jay verificou que as pessoas que decidem morar
juntas são geralmente mais infelizes no casamento e mais propensas ao divórcio
do que as pessoas que decidem casar.
De acordo com sua experiência clínica, ela descobriu que os homens e as
mulheres concordam que seus padrões para morar juntos são menores do que em
relação a um cônjuge. Ela diz que as mulheres tendem a pensar que estão sendo
testadas pelo parceiro que mora junto com elas. Perguntam a si mesmas: "Será
que eu posso fazer melhor do que isso para agradá-lo?", diz Meg Jay. Casais que
moram juntos vivem a tensão de tentar de tudo para provarem que são bons o
suficientes para casar. Ela alega que as mulheres são mais propensas a ver o sexo
como um passo em direção ao casamento, enquanto os homens são mais
propensos a vê-lo como uma maneira de testar um relacionamento ou adiar o
compromisso.
Novamente, o que está por trás da sexualidade fora dos limites da aliança?
Consumismo. Ao invés de nos entregamos um ao outro num ambiente seguro e
autêntico de amor, agimos como consumidores testando a qualidade de um
produto. É uma relação Eu-Isso, não Eu-Tu.
Eu geralmente aconselho jovens namorados a pensar na influência e
presença dos pais dentro da relação deles. O que os pais da moça aprovaria que
vocês fizessem? Obviamente, eu me refiro a pais cristãos que defendem a moral
bíblicas. Meu pai, por exemplo, seria uma exceção a essa regra. Ele não era
cristão e me aconselhava a ter minhas primeiras experiências íntimas com
apenas doze anos. Portanto, cuidado com a opinião dos pais que não tem um
referencial bíblico. Mesmo assim, é um bom conselho não ficar namorando
sozinho, em lugares fechados. Busque estar perto de pessoas que te deem
segurança e limites.
Uma palavra para quem cruzou o sinal vermelho
Sei que muitos leitores deste capítulo certamente cruzaram o sinal vermelho
em seus namoros e noivados. Eu quero terminar este capítulo não com palavras
de juízo, mas com uma palavra de encorajamento. Arrependa-se sinceramente,
volte a ser santo, ore com o seu(sua) namorado(a), perdoem-se. Talvez o mais
sábio não seja terminar a relação e arrancar a planta da raiz. Conversem sério um
com o outro. Se vocês tem as condições mínimas que já tratamos neste livro,
casem-se. Aos olhos de Deus, é muito mais nobre casar-nos com poucos
recursos do que abrirmos mão da santidade. Deus, certamente, irá honrar o
casamento de vocês se a pureza for prioridade.
Se vocês já têm condições mínimas para viverem juntos, alugar um local
para morar, não percam tempo querendo viver no luxo. Optem pelo caminho de
crescerem juntos financeiramente. Constituam uma família pobre, mas jamais
uma família impura. Deus pode fazer vocês prosperarem juntos em todas as
áreas.
Conheço amigos que cruzaram o sinal vermelho, mas foram fortes para
reparar seus erros. Casaram. Na época, com as condições mínimas, mas hoje
vivem com muito mais tranquilidade. Infelizmente, alguns continuam no mesmo
erro e colhem diariamente as frustrações de uma espiritualidade sem alegria.
O sexo é o jeito mais incrível que Deus criou para ajudar você a se entregar
inteiramente a outra pessoa. Prepare-se, guarde-se, valorize-se, estabeleça a
vontade de Deus como prioridade em sua vida. O casamento te dará um
ambiente mais seguro para desenvolver e se entregar ao prazer que você tanto
procura.
7 — Histórias e depoimentos
A repercussão do livro tem sido maior do que eu esperava. Antes da publicação,
fiz muitas viagens falando em igrejas sobre o assunto e acabei distribuindo a
prévia do livro para muitas pessoas. Descobri que, após uma palestra ou leitura
do livro, alguns tomaram coragem e se pediram em casamento. Outros estavam
namorando e perceberam que não tinha futuro, terminaram.
Adolescentes abriram mão de seguir a cultura do descartável e “namorar
por namorar” e estão amadurecendo antes de iniciar uma relação. Amigos que
namoravam para passar tempo descobriram e estão vivendo um namoro como
um verdadeiro ensaio para o casamento, que é o que defendo como um namoro
para a glória de Deus, crescendo e sonhando com o grande dia do “Sim”.
Os testemunhos são vários, de cristãos e não cristãos. A seguir, deixo alguns
depoimentos de quem já leu o livro:
Fabiana de Sá
“Conclui a leitura, e aliás, que leitura gostosa, jovem, atual, sem ‘papas na
língua’. Parabéns! Quero apenas lhe dizer que foi muito edificante entender um
pouco melhor sobre o namoro cristão. Me fez entender alguns pontos, até então,
inexplicáveis para mim. Vou compartilhar com a UPA e UMP da minha igreja e
espero que seja tão abençoador para eles quanto foi para mim! Há pouco mais de
um ano, terminei um relacionamento que durou quase seis anos. Sofri muito,
pois não foi uma decisão minha. Mas hoje vejo o propósito de Deus na minha
vida com o término desse relacionamento. Era um namoro longe dos princípios
de Deus e nada cristão.
Comecei a namorar com 17 anos, era muito nova, muito imatura e,
certamente, não tinha independência financeira/emocional para ingressar um
namoro que visasse o casamento! Sou muito grata a Deus pelo cuidado e por ter
‘aberto os meus olhos’. Os planos do Senhor são maravilhosos em nossas vidas,
temos apenas que crer e confiar. Me arrependi de todos os pecados que cometi
durante relacionamento e hoje espero em Deus. Eu tinha medo de iniciar um
novo namoro, hoje vejo que isso é plenamente possível pois Deus me restaurou.
Quero que seja um namoro cristão e peço para Deus me preparar para um
próximo e único namoro com o objetivo de casar, e que, dessa vez, seja um
relacionamento a três, sendo Deus o centro!
Obrigada, pastor! Que Deus continue a te abençoar, e que suas palavras
possam chegar em muitos corações.”
Vinicius Prince
Esse livro, sem dúvida, mudou a minha maneira de compreender
relacionamentos. Após assistir as palestras do Pr. Jean sobre o assunto, comprei
o livro. Porém, sabe aquele livro que você compra e depois vira enfeite e nunca
mais pega para ler? É, o livro era um enfeite, na verdade, eu só o tirava da
estante para mostrar para os outros a dedicatória que o pastor Jean havia feito pra
mim. Mas, quando me interessei por uma garota da comunidade em que
congrego, você deve imaginar, "agora sim, ele vai ler o livro!" É... não. Eu fui
pedir o conselho direto da fonte, e como sempre com as mesmas palavras que
estão escritas nestas páginas, ele me explicou o verdadeiro significado e a
verdadeira motivação para namorar, e me fez cair por terra ao entender a
fraqueza da minha teoria de "estou fazendo a coisa certa".
Após esse acontecimento, depois de muito paquerar o livro empoeirado em
minha estante, resolvi ter, de fato, um encontro com ele e comecei a passear por
suas folhas. Após me apaixonar pela escrita, e entender os meus erros em
tentativas anteriores, conheci uma nova garota, mas dessa vez eu aprendi o que
deveria ser feito.
Bem, hoje posso dizer que estou finalmente... esperando o tempo certo de
namorar com ela, pois agora entendi o que devo fazer antes de partir para o
"próximo passo". Uma honra ler a obra, e aprender o que é ter um
relacionamento sério, com a benção de nosso Senhor Jesus Cristo.
Giulia Lima
“O livro deixa claro que o namoro padrão de hoje é bem diferente de 60
anos atrás, e tem "evoluído" de forma assustadora, mas considerada totalmente
normal. Convivemos com isso e estamos cada vez mais esse padrão nos
pressiona e nos impõe relacionamentos superficiais e egoístas. O livro nos dá
uma base bíblica e histórica sobre o namoro, esclarecendo sua real finalidade,
muito diferente de um prazer momentâneo como vemos ao nosso redor; um
relacionamento para vida toda, um amor sincero e perseverante como é o amor
do Pai por nós. É uma orientação de Deus que nos permite encarar as situações
de pressão, insegurança e desejo, confrontar os valores do resto do mundo e
viver um namoro e, enfim, casamento para glória e honra dele.”
Fátima Alves
“Jean, seu livro não é nenhuma história de amor, não é nenhum conto nem
nada... Na verdade, nem história é! Ele é verdade, é humano e é o plano mais
lindo e mais bem escrito de Deus que existe. Eu sempre me considerei uma
pessoa com bons princípios e fiquei muito feliz em me identificar em algumas
coisas que o seu livro passa e, por mais que minha alma esteja perdida (pelo
menos no momento), seu livro com certeza me colocou para pensar em coisas
que nunca nem passaram pela minha cabeça.
Eu realmente quero encontrar alguém na minha vida capaz de salvar minha
alma. Parabéns pelo livro. Ele não me salvou, mas tenha certeza que tocou meu
coração de várias formas.”
Rafael Pizzolato
“Gosto muito de como o Rev. Jean Francesco lida com os assuntos
pertinentes aos adolescentes de nossa época, ainda mais sobre namoro. Vivemos
num mundo cheio de propostas tentadoras que, ao meu ver, têm influenciado
grande parte dos jovens cristãos nos seus relacionamentos. Diante desse fato, o
Jean soube trabalhar muito bem esse assunto, apresentando fatos e verdades
bíblicas que destroem qualquer tipo de relacionamento pautado nos prazeres da
carne. Por isso, se você namora ou pretende namorar algum dia, recomendo essa
leitura, pois, com certeza, você será muito abençoado!”
Aianne Santos
“Este livro é maravilhoso. É sincero, prático e, acima de tudo, bíblico. Ele
nos mostra como glorificar a Deus com nossas vidas e, principalmente, na
relação com o cônjuge. A maneira como as páginas foram escritas instiga-nos a
querer ler cada vez mais e ser abençoados com um relacionamento centrado nos
princípios de Cristo. Certamente, Deus abençoou muito minha vida com o Rafa
por meio de sua vida. Estamos aprendendo dia após dia com o livro, é
sensacional. Já espalhei para os meus amigos.”
Luan Martins
“Vale a pena ler o livro ‘Namoro: Um ensaio para o casamento’ por
algumas razões: O livro trata de um tema extremamente necessário de ser
abordado com a juventude cristã, que precisa de um referencial bíblico para o
namoro. O livro traz o interessante relato da história do namoro desde os tempos
mais remotos, desconhecida pela maioria de nós.
A linguagem na qual foi escrito é totalmente acessível para a juventude,
uma vez em que o autor faz uso de termos atuais para ilustrar, além dos links que
ele faz do tema com filmes, reality shows e redes sociais, tornando assim, os
princípios bíblicos para o namoro ainda mais vivos e palpáveis para os jovens e
adolescentes da atualidade.”
Owairan Maia
“Rev. Jean, me chamo Owairan Maia, tenho 17 anos, e conclui a leitura do
seu livro agora. Foi extremamente edificante para mim o capítulo sobre o jugo
desigual. Esse capítulo, em especial, me tocou pois me fez lembrar da minha
única e última experiência com uma garota não cristã. Em uma parte do livro,
você relata que muitos podem demorar alguns meses para descobrir o quanto
essa escolha pode machucar ou, em alguns casos, descobre-se em questão de
semanas. Eu faço parte desse último grupo e agradeço muito por ter saído dessa
situação. Não imagino como seria a minha vida se eu ainda estivesse com ela...
nada de namoro por enquanto!
E como você disse na palestra que se nós nos envolvêssemos com alguém
de fora da igreja, você nos mataria, isso deu um pouco de medo! Como
presidente da federação de UPA (União Presbiteriana de Adolescentes) vou
passar a todos os adolescentes. Mais uma vez obrigado, e até mais.”
Cadu Lopes
(Mensagem de áudio enviada pelo Whatsapp)
“Estou gravando esse áudio para compartilhar algo com você. Preciso dizer
que você fez muita diferença na minha vida, cara. Estava em Santo André na
palestra sobre o seu livro “Namoro: Um ensaio para o casamento” e, naquela
noite, em especial, você focou muito na questão da confiança que falta nos
homens em geral. Eu sou um deles.
Tenho 28 anos, e sempre fui inseguro quando o assunto era relacionamento.
Peguei a sua palestra para mim e, na semana seguinte, orei muito e até jejuei
porque percebi que falta alguém na minha vida. E cara, eu tomei uma decisão,
fui falar com uma garota de quem eu gosto na minha igreja. Eu confesso para
você: Eu fui pronto para levar um “não”, correndo o risco de ficar na friendzone!
Eu sou amigo dela há um tempinho. Esperava pelo pior, mas aconteceu o
contrário. Depois que eu abri o meu coração e disse que gostava dela, ela me
respondeu: “Você não percebeu que eu estou gostando de você também, Cadu?”
E tudo aconteceu, estamos namorando. A sua palestra me fez tomar uma atitude.
Você não sabe o quanto eu estou feliz.
Eu queria agradecer a você e, assim que tiver oportunidade, quero ir na tua
igreja, levá-la junto para te dar um abraço. Foi muito importante para mim ouvir
tudo aquilo. Valeu!”
Elias Martins
“Nessa longa história, os protagonistas somos nós, eu e a Jake. Quando
recebi a prévia do livro, logo nas primeiras folheadas, percebi como ele iria me
ajudar aperfeiçoar da forma correta o meu sentimento por ela, e também,
esclarecer alguns aspectos em minha mente referente a namoro. Mas ela não
poderia ficar de fora, então a convidei para ler comigo. Ela, de cara, aceitou e
então começamos a ler...
Cada um na sua ‘telinha’ do celular e afastados por uma longa distância...
No fim do primeiro capítulo, vimos as perguntas que existiam no final de cada
um deles e, então, decidimos respondê-las. Cada um deveria enviar para o outro
as respostas para, tanto eu como ela, saber o que o outro pensava sobre o
assunto. E assim fomos, lendo e respondendo, lendo e respondendo... E cada um
salvando no seu bloquinho de notas do celular essas respostas (e elas estão
salvas com a gente até hoje).
Até agora só contei história, né? A respeito do livro, cara, ele me esclareceu
e aperfeiçoou tantas coisas que eu achava que sabia sobre relacionamento, mas
que, na verdade, nada sabia. Logo de cara, percebi que se eu quisesse ter algo
com a Jake, eu deveria parar de pensar demais em mim e começar a pensar
nela... Pois, caso contrário, eu seria um vampiro, que só sugava e pensava na
minha satisfação. Então pensei: “Vamos melhorar Sr. Elias”.
Houve um capítulo que me fez refletir bastante: Ele falava sobre o foco
principal de um namoro. Isso me fez pensar: “Pra que eu quero namorar? Por
que eu gosto dela? Qual é o meu foco?”, e esse capitulo mostrava que o namoro
deve sempre visar o casamento. E, como cristão, o livro esclareceu ainda mais
que o meu alvo deveria, desde o começo, ser esse. E assim fomos, Jean, e, aos
poucos, sem perceber, estávamos crescendo juntos e eu, principalmente, me
tornei um homem muito melhor. Alguns dos temas do livro eram sempre
lembrados em algumas de nossas conversas.
E, recentemente, aconteceu uma das melhores coisas nessa fase da minha
vida: Pedi a Jake em namoro, cara! E hoje somos namorados! A felicidade em
saber que Deus me ajudou a melhorar por ela, que consegui seguir padrões para
que o nosso namoro seja para honra e glória de Deus me faz ser um cara mais
grato ainda, e ela me faz o cara mais feliz. Esses padrões foram muito bem
esclarecidos pelo livro. E o que me impressionou demais no dia em que eu a pedi
em namoro foi ela usar uma frase do livro para demostrar a sua felicidade por ter
se tornado minha namorada. Ela disse: ‘[...] como nós aprendemos no livro
lembra? ‘o amor não suga, ele doa’ e é isso que temos feito um pelo outro, mais
você do que eu [...]’
Ter recebido essa mensagem me fez chorar demais. Chorar por saber que
tudo valeu a pena, por saber que Deus se manteve no centro do nosso
sentimento, e agora vai continuar com a gente, só que nessa nova fase: No nosso
ensaio. E estaremos nos doando e orando juntos um pelo outro, com foco no alvo
principal. Obrigado pelo livro! Fica com Deus!
Abaixo, Jean, segue o depoimento do outro lado da história! O depoimento
da minha Jake.”
Ana Jake Cavalcante
Olá, Jean. Eu sou a tal Jake, namorada do Elias! E, antes de qualquer coisa,
eu quero agradecer, primeiramente, a Deus e depois a você que, com certeza, foi
um instrumento usado por Deus para que eu e o Elias estivéssemos juntos hoje.
Que Deus continue abençoando sua vida e que, por meio dela, você possa
continuar transmitindo a importância do nosso Pai em nossas vidas.
Bom, eu e o Elias nos conhecemos e, durante um bom tempo, passamos por
muita coisa ruim, brigas, discordância, desunião, egoísmo, entre muitas outras
coisas que não devem existir em um relacionamento (nós não namorávamos,
estávamos nos preparando para isso).
Eu cresci com uma base de um bom e saudável relacionamento, sempre fui
aquela garota que esperava o príncipe encantado, sempre fui olhada com olhares
estranhos quando contava meu pensamento (baseado na Bíblia) sobre
relacionamentos. Sei que não existe príncipe encantado, mas também sei que
Deus prepara o melhor para aqueles que confiam nEle. Já o Elias tinha o
pensamento diferente, e por isso sempre brigávamos, um não aceitava e não
entendia o pensamento do outro.
Mesmo sem sermos namorados, nós sempre gostamos muito um do outro,
mas nunca soubemos viver com os defeitos alheios, apenas queríamos sugar um
ao outro... Brigas, brigas e mais brigas... Enfim... Depois de muita oração, o
Elias voltou com determinação. Ele mudou, e foi aí que eu conheci o cara mais
incrível que Deus poderia me dar. Nos perdoamos. O seu livro apareceu, e foi
uma parte importante em todo o processo, porque, assim como o livro o ajudou a
entender tudo, também me ensinou mais e me corrigiu sobre o que eu pensava
saber.
Eu e o Elias tivemos o privilégio de ler seu livro e, mesmo distantes um do
outro, pudemos sentir sinceridade em cada mensagem, além do aprendizado.
Aprendemos a exercitar, a cada dia, um relacionamento baseado nas leis do
Senhor; aprendemos a aceitar um ao outro, conhecer um ao outro e nos doar um
pelo outro. Enfim, pude aprender tanto que, por meio dele, pude orientar amigos,
conseguir argumentos no momento em que as pessoas ‘modernas’ me
questionaram e, repito, com a ajuda do seu livro pude encontrar o meu
companheiro de viagem no preparo para o casamento! Aleluia!”
Elias – “Jean, meu velho, espero que, por meio de nosso testemunho, você
possa perceber (mais do que você já deve saber) o quanto você é uma benção, e
que instrumento importante para Deus você é. Mais uma vez, eu e a Jake
agradecemos a Deus e a você, Jean! Fique com Deus e que Ele continue te
usando como instrumento para que Ele seja glorificado.”
Gabriel Bastos
É impressionante a proposta bíblica do homem figurado em Cristo e a
mulher como figura da igreja. Para os que estão, pelo menos no presente
momento, solteiros igual a mim, aprendemos que temos um papel ativo na busca
de um caráter e competência semelhante ao mestre Jesus. Ao ler e estudar essas
ideias expostas pelo pastor Jean, que são nada mais que a expressão da Bíblia em
relação ao assunto, percebi que um namoro ou casamento bem sucedido começa
muito antes do que esperamos.
Matheus Bessornia
Primeiramente, gostaria de agradecer o Pr. Jean pela oportunidade de ler
este livro, um livro que agregou muito em minha vida, não só no âmbito da fé,
mas também em relação a atitudes como ser humano.
Bem, esse livro foi recomendado para mim em um momento de transição
na minha vida. Eu estava mudando de igreja, e assim, mudando algumas
convicções em minha vida cristã, e uma delas sem dúvidas, com a leitura deste
livro, foi a área dos relacionamentos! Aprendi com ele que o relacionamento tem
sim um objetivo, o casamento. Isso fica bem claro com o título do livro, mas
aborda áreas amplas e necessárias principalmente para os jovens, desde o
trabalho conjunto até a objetificação do corpo e a banalidade do prazer, que são
assuntos pertinentes a serem tratados.
Com uma linguagem bem acessível ao público, porém direta ao ponto, o
livro com certeza traz uma base muito boa para um relacionamento firme e
agradável perante Deus.
E eu, Jean, também espero que este pequeno livro faça diferença na sua
vida, adolescente, jovem, adulto, idoso. É para todas as idades. Você pode ler
junto com o(a) seu(sua) namorado(a), estudar em grupos pequenos de
adolescentes e jovens, e até mesmo vocês, pais, podem discipular seus filhos,
capítulo por capítulo, em assuntos que eles realmente querem conhecer.
A minha oração é que Deus abençoe muito a sua vida e seus
relacionamentos. Deus não é contra a nossa alegria, ele é a favor dela. Uma vida
investida em comunhão com ele e em obediência a sua vontade é, sem dúvidas,
uma jornada de verdadeira alegria e satisfação.