LC 152 - 2018 - Corregedoria Atual

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 28

ESTADO DA P ARAjDA

LEI COMPLEMENTAR N° 152


AUTORIA: PODER EXECUTIVO

Cria e disciplina o Sistema Geral de


Disciplina da Secretaria de Estado e
Segurança Pública - SESDS, dispõe sobre
a competência eas atribuições da
Corregedoria Ge.ral da Secretaria de
Estado da Segurança e da Defesa Soeial -
SESDSfPB, órgão superior de controle
disciplinar interno e dá outras
providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DA PARAÍBA:

Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° A presente Lei cria o Sistema Geral de Disciplina


da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social - SESDS, defme a
competência e as atribuições da Corregedoria Geral da Secretaria de Estado da
Segurança e da Defesa Social - COGER e das Corregedorias Auxiliares dos
Órgãos Operativos e do DETRAN, que compõem o sistema visando o
incremento da transparência da gcS;tão governamental, o combate à corrupção,
ao abuso no exercício da atividade policial, buscando o aprimoramento e a
eficiência dos serviços prestados por essas instituições à sociedade.

§ 1Q A Corregedoria Geral da Secretaria de Estado da


Segurança e da Defesa. Social-- COGER, órgão superior de controle disciplinar
interno, caberá a execução e coordenação das ações disciplinares e correcionais,
com o objetivo e finalidade de apurar a responsabilidade disciplinar dos
servidores integrantes da polícia judiciária, da polícia militar, do bombeiro
militar, do DETRAN e demais servidores vinculados à Secretaria de Estado da
Segurança e da Defesa Social.

§ 20 As Corregedorias dos órgãos operativos integr~O o


Sistema Geral de Disciplina e funcionarão como Corregedorias AUX~S à
ESTADO DA PARAíBA

Corregedoria Geral, para fins desta Lei, consideram-se órgãos operativos ou


vinculados a Polícia Militar, Bombeiro Militar, Polícia Civil e DETRAN.

Art. 2- À Corregedoria Geral da SESDS desenvolverá


suas atividades de fonna preventiva, educativa e por meio de auditorias
administrativas, inspeções in loco, correições, sindicâncias, processos
administrativos disciplinares, civis e militares, visando sempre à preservação e a
melhoria da disciplina, a regularidade e a eficácia dos serviços prestados à
populaçãot o respeito ao cidadãot às nonnas, regulamentos, direitos humanos, o
combate dos desvios de condutas e à corrupção dos servidores abrangidos por
esta Lei Complementar. .

Art. 3° São atribuições institucionais da Corregedoria


Geral da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social- SESDS;

I - exercer as funções de orientação e controle,


acompanhamento, inspeções, investigações e auditorias das atividades
desenvolvidas pelos servidores integrantes da polícia civil, da poHcia militar; do
bombeiro militar, do DETRAN e demais servidores vinculados ã SESDS, sem
prejuízo das atribuições institucionais desses Órgãos, previstas em lei;
II - homologar os relat6rios finais das comissões de
processo e de sindicâncias e acompanhar o cumprimento das sanções aplicadas;
UI - realizar, inclusive de oficio, correições, inspeções,
vistorias pedagógicas, ordinárias e extraordinárias, investigações e auditorias,
visando à verificação da regularidade e eficácia dos serviços, bem como, propor
medidas e sugestões e providências necessárias ao seu aprimoramento;
IV - propor ao Secretário de Estado da Segurança e da
Defesa Social os atos de afastamento previstos no art. 27, desta Lei,
relacionados aos servidores do DETRAN, policiais civis, policiais militares e
bombeiros militares e acompanhar o seu fiel cumprimento;
V - detenninar~ de oficio, ou por determinação do
Governador do Estado, do Secretário de Segurança e da Defesa Social, ou das
autoridades competentes de acordo com as leis de regência, a instauração e o
processamento por meio das comissões permanentes civis e militares, dos
Processos Administrativos DiscipUnares- PAD, Conselhos de Justificação e
Disciplina e prorrogá-los, se necessário;
VI - requisitar e acompanhar as apurações realizadas por
meio de Fonnulário de Apuração de Transgressão Disciplinar - F A TD,
Investigações Preliminares· - IP e Sindicâncias Acusatórias - SA/\realizadas
nas Corregedorias Auxiliares dos Órgãos vinculados a SESDS/PB;
ESTADO DA PARAíBA

VII - avocar quaísquer processos administrativos


disciplinares. em andamento, passando a conduzi-los a partir dafàse em que se
encontrarem, podendo determinar novas diligências para suprir vícios sanáveis
ou anulá-lo total ou parcialmente, ficando a cargo da COGER a condução dos
respectivos processos administrativos disciplinares;

VIII - requisitar diretamente aos órgãos da SESDS toda e


qualquer infonnação ou documentação necessária ao desempenho de suas
atividades de orientação, auditoria,controle, acompanhamento, investigação,
fiscalização e processamento disciplinar;
IX - acessar diretamente quaisquer bancos de dados
funcionais dos órgãos vinculados a SESDS para fins de investigação~ auditoria,
controle~ acompanhamento e fiscalização, bem como, locais que guardem
pertinência com suas atribuições;
X - representar pela instauração de inquérito policial civil
ou militar;
XI- requisitar dos órgãos civis e militares que integram o
sIstema de segurança públi.ca~ as pesquisas e exames necessários ao subsídio das
investigações, fiscalização, correiçoos e auditorias procedidas pela Corregedoria
Geral da SESDS;
XII - requisitar informações aos órgãos integrantes da
SESDS para instruir demandas oriundas do Poder Judiciário) do Ministério
Público e do cumprimento de cartas precatórias e demandas da Ouvidoria;
XIII - criar grupos de trabalho ou comissões na COGER,
pard atuar em projetos e programas específicos, podendo contar com a
participação de outros órgãos e enu.d ades da Administração Pública estadual.
federal e municipal;
XIV ~ expedir provimentos~ portarias e instruções
nonnativas gerais, correcionais, cogentes ou de cunho recomendatório,
destinadas ao aperfeiçoamento e regulamentação das ações da Corregedoria
Geral e, no que couber, dos órgãos vinculados à SESDS;
XV - executar atividades preventivas, educativas, de
auditorias administrativas~ inspeções, correições, sindicân.cias; processos
administrativos disciplinares civis e militares, visando sempre à melhoria e o
aperfeiçoamento da disciplin~ a regularidade e eficácia dos serviços prestados fi
população, o respeito ao cidadão, às nonnas e regulamentos, aos direitos
humanos, o combate aos desvios de condutas e corrupção envolvendo os
servidore.s da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social e..
órgãos operativos; r~
r
r..·.seus

\ .
ESTADO DA PARAíBA

XVI - auxiliar os órgãos vinculados da Secretaria de


Estado da Segurança e da Defesa Social nas atividades de investigação social
dos candidatos aprovados em concurso púbJico para provimento de cargos;
XVII - receber sugestões, reclamações, representações e
informações de irregularidades em desfavor dos integrantes da Policial Civil.
dos Policiais 'Militares, dos Bombeiros Militares, do DETRAN e demais
servidores da. SESDS, dando a elas o devido encaminhamento, com vistas ao
esclarecimento dos fatos e a responsabilização de seus autores, sem prejuízo da
competência institucional da Ouvidoria da Secretaria de Segurança e Defesa
Social;
XVIII - avaliar, para todos os fins, os servidores civis e
militares lotados na COGER;

XIX - participar ecolaoorar com as Academias de


formação e capacitação profissional dos órgãos vinculados à Secretaria de
Estado da Segurança e da Defesa Social - SESDS, especialmente na elaboração
de planos de capacitação, bem como na promoção de cursos de formação,
aperfeiçoamento e especialização relacionados com as atividades desenvolvidas
peloCOGER,

Art. 4° A oposição, o retardamento t a resistência


injustificada e o não atendimento às requisições da Corregedoria Geral
sujeitarão os servidores da Polícia Civil, MUitares estaduais, DETRAN/PB e
demais servidores vinculados à Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa
Social à aplicação de sanção administrativa disciplinar, sem prejuízo da
responsabilidade penal e improbidade administrativ~ estabelecida na Lei
Nacional n Q 8.429, de 02 de junho de 1992, quando couber, e demais disposições
legais aplicáveis.

§ 10 O prazo para cumprimento das requisições é de até


15 (quinze) dias corridos, podendo ser prorrogado, a juizo da autoridade
requisitante, sob pena de responsabilidade do infrator.

§ 2° Tratando-se de documento de caráter sigiloso,


reservado ou confidencial, será feito seu encaminhamento com tais anúncios de
classificação, observadas .r igorosamente as normas legais, sob pena de
responsabilidade de quem as violar.

Art. 5° A Corregedoria Geral, no âmbito da Secretaria de


Estado da Segurança e da Defesa Social, poderá investigar e analisar, sempre
que julgar necessário, a evolução patrimonial do agente púhl~o, a fim de
~\.tl
\(~,
ESTADO DA PARAÍBA

verificar a compatibilidade desta com os recursos e disponibilidades que


compõem o seu patrimônio, na forma prevista na Lei nO 8.429, de 1992.

Parágrafo único. Verificada a i.ncompatibilidade


patrimonial, ainda que indiciariamente, a Corregedoria Geral instaurará
SiodicânciaPatrimonial - SP, nos termos do Decreto Federal 0° 5A83, de 30 de
junho de 2005.

Art. 61) A Corregedoria Geral da Secretaria de Estado da


Segurança e da Defesa Social terá a seguinte estrutura organizacionaL

I - Corregedoria Geral:

a) Chefe de Gabinete da Corregedoria Geral;


b) Secretário da Corregedoria Geral;
c) Assessoria Técnica da Corregedoria.

II - Corregedor Geral Adjunto;


IH - Gerente Executivo de Disciplina Militar;
IV - Gerente Executivo de Disciplina Civil;
V - Gerente Executivo de Disciplina do DETRAN;
VI - Gerente Executivo de Correição e Registros
Cartorários;
VII Gerente Executivo de Apoio Administrativo;
VIII - Gerente Executivo do Grupo Tático de
Assuntos Internos ~ GTAI;
IX Assessor Técnico de Tecnologia da
Intbnnaçio e Estatística.

Parágrafo único. A estrutura administrativa da


Corregedoria Geral da SESDS é a constante do Anexo I, desta Lei, cujos cargos
serão i.ncorporados como "Tabela Ílnica" ao item 11 do An.exo IV da Lei nO
8.186~ de 16 de março de 2007.

Art. 7<1 A Corregedoria Geral da SESDS será dirigida


por um Corregedor Geral, bacharel em direito, de conduta .i1ibada e notável
saber, nomeado em comissão pelo Governador do Estado,preferencialmente
dentre pessoas sem vínculo funcional com a Secretaria de Estado da Segurança e
da Defesa Social ou seus órgãos operativos, a quem cabe planejar, coordenar,
executar e supervisionar as atividades da Corregedoria Geral e Corregedo .
Auxiliares.
ESTADO DA PARAíBA

Art. 8° São atribuições do Corregedor Geral:

I - homologar os relatórios finais das comissões.


promover o controle, assegurar a devida e regular instrução dos procedimentos
administrativos disciplinares, acompanhar a investigação e o processamento dos
desvios de condutas dos policiais civis, militares, do DETRAN e demais
servidores vinculados à SESDS, bem como fiscalizar suas respectivas atividades
funcionais. visando assegurar, quando for o caso, a correta, pedagógica e
razoável aplicação de sanções;
II - dirigir, detinir, planejar, controlar, orientare
estabelecer as políticas, as diretrizes e as normas de organização interna, bem
como opinar sobre eventuais. propostas de alterações legislativas relativas às
atividades desenvolvidas pelo Orgia;
IH - assessorar o Secretário de Estado da Segurança e da
Defesa Social nos assuntos de sua competência, elaborando pareceres e estudos
ou propondo normas, medidas e diretrizes} Ínc1usive medidas de caráter
administrativo/disciplinar;
IV ~ unificar a jurisprudência administrativa disciplinar
de sua competência, garantindo a correta aplicação das leis, prevenindo e
dirimindo as eventuais controvérsias, na sua área de atribuição, entre setores ou
Órgãos Operativos à Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social;
V - propor o Regimento Interno da Corregedoria Geral,
que será encaminhado pelo titular da SESDS ao Governador para aprovação por
decreto;
VI - convocar quaisquer servidores, no âmbito da SESDS,
para prestareminformaç3es e esclarecimentos, no exercício de sua competência,
configurando infração disciplinar o não comparecimento sem motivo justificado,
nos tetmoS das legislações a que estiverem vinculados os servidores;
VII - representar pela instauração de inquérito policial
civil ou militar para apuração de ilícitos;
VITI - determinar a instauração, acompanhar e prorrogar
procedimento administrativo disciplinar em relação aos integrantes da Polícia
Militar, do Bombeiro Militar, da Polícia Civil e do DE1RAN, sem prejuízo de
iguai.s poderes para as autoridades competentes, previstos nas leis de regência, e,
ao final da apuração, expedir despacho homologatório para envio ao titular da
SESDS ou para autoridade competente para fim de decisão;
IX - detetminar a instauração, acompanhar e prorrogar
Conselhos de Justificação e Disciplina, sem prejuízo de iguais poderes para as
autoridades competentes, previstos nas leis de regência, e, ao final da apura
expedir despacho homologatório para envio ao Secretário de Segurança e
Social ou para autoridade competente;
ESTADO DA PARAÍBA

x - acompanhar ou avocar quaisquer processos


administrativos, disciplinares e sindicâncias, civil ou militar, em andamento,
passando a conduzi..lo a partir da fase em que se encontrar;
XI -requisitar aos órgãos civis e militares integrantes da
SESDS. as pesquisas e exames necessários para subsidiar as investigações
procedidas pela Corregedoria Geral da SESDS;
XII ~ requisitar infonnações aos órgãos civis e militares
integrantes da SESDS acerca do fiel cumprimento das requisições do Poder
Judiciário} do Ministério Público e de Cartas Precatórias;
XIII -criar grupos de trabalho ou comissões, para atuar
em projetos e programas específicos, podendo contar com a participação de
outros órgãos e entidades da administração pública estadual, federal ou
municipal;
XIV - acessar ou indicar servidores da Corregedoria
Geral para acessar arquivos de qualquer natureza, com dados relativos aos
integrantes da SESDS e órgãos operativos, que estejam ou estiveram
respondendo a procedimentos administrativos disciplinares, civis ou militares,
bem como a processos judic.íais, inquéritos policiais;
XV - expedir provimentos, portarias e instruções
normativas gerais,correcionais, cogentes ou de cunho recomendatório,
destinadas ao aperfeiçoamento e regulamentação das ações da Corregedoria
Geral e, no que couber dos órgãos vinculados à SESDS;
XVI - participar e colaborar com as academias de
formação e capacitação profissional dos órgãos vinculados à SESDS,
especialmente na elaboração de planos de capacitação, ensmo e promoção de
cursOs de formação, aperfeiçoamento e especialização relacionados com as
atividades desenvolvidas pela COGER;
XVII - determinar a execução de atividades preventivas e
educativas, visando à melhoria e o aperfeiçoamento da disciplina$a regularidade
e eficácia dos serviços prestados à população, o respeito ao cidadão, às normas e
regulamentos, o combate aos desvios de condutas e corrupção envolvendo os
servidores da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social;
XVIII - designar servidores para auxiliar os órgãos
operativos da SESDS nas atividades de investigação;
XIX - disciplinar a coordenação, gerenciamento e a
atuação das comissões;
XX - determinar o saneamento dos procedimentos
administrativos disciplinares, homologar o resultado destes e de eventuais
diligências realizadas;
XXI - emitir parecer nos Processos Di~oares;
ESTADO DAPARAIBA

XXII - acompanhar a administração dos recursos


materiais e humanos da COGER;
XXIII - Poderá determinar diligências complementares
ou outras providências necessárias à adequada instrução; sem possibilidade de
recurso, especialmente, quando o relatório da comissão contrariar as provas dos
autos ou deixar de observar as garantias legais do contraditório e da ampla
defesa, poderá ainda, sugerir, motivadamente, ao Secretário ou a outra
autoridade competente de acordo com as leis de regência, agravar a penalidade
proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade;
XXIV - visando a continuidade e razoável duração dos
processos, o Corregedor Geral fonnatará tabela de substituição automática entre
os membros das Comissões/Conselhos.

Parágrafo único. Caberá ao Corregedor Geral Adjunto


na qualidade de substituto, as atribuições deste artigo, bem como outras que lhe
forem delegadas pelo Corregedor Geral.

Art. 90 A Gerência Ex.ecutiva de Disciplina de Militar


será ocupada por um oficial, preferencialmente, do último posto da Polícia
Militar ou do Corpo de Bombeiro Militar, cabendo--lhe, dentro outras
atribuições:

I - coordenar e gerenciar a atuação das Comissões


Permanentes de disciplina militar;
II - realizar o sanea:rnento nos processos oriundos dos
Conselhos de Disciplina e de Justificação, dando os devidos encaminhamentos;
UI - emitir parecer nos processos oriundos dos Conselhos
de Disciplina, de Justificação e demais procedimentos formais para despacho
com o Corregedor Geral;
IV - emitir pareceres quando solicitados pelo Corregedor
Geral ou por outra autoridade competente;
V - realizar vistorias ordinárias e extraordinárias nas
Unidades da Polícia Militar, bem como no Corpo de Bombeiro MUitar,
especialmente nas instalações de prevenção contra incêndio e pânico e nas
edificações Já vistoriadas pejo Corpo de Bombeiros;
VI - realizar, em col1iunto com o GTAI, atividades de

t
fiscalização operacional, investigações, bem como outras necessárias ao
cumprimento da missão Institucional da COGER, da Polícia Militar ou do Corpo
de Bombeiros.
ESTADO DAPARAiBA

Parágrafo único. O poder disciplinar imediato é


inerente ao oficialato~ cabendo-lhes, ao tomar conhecimento de falta ou desvios
de condutas t adotar as providências disciplinares imediatas que couber.

Art. 10. A Gerência Executiva de Disciplina da Polícia


Civil será ocupada por um Delegado de Polícia Civil e lhe caberá dentre outras
atribuições:

I - coordenar e gerenciar a atuação das Comissões


Pennanentes de Disciplina;
II - realizar o saneam.ento dos processos administrativos
disciplinares e Investigações Preliminares-IP, dando os devidos
encaminhamentos;
III - emitir parecer nos processos administrativos
disciplinares e Investigações Preliminares-IP, para despacho do Corregedor
Geral;
IV - emitir pareceres, quando solicitado pelo Corregedor
Geral ou outra autoridade competente;
V - realizar,em conjunto com o GTA1t atividades de
fiscalização operacional, investigações, correições, auditorias, bem como outras
necessárias ao cumprimento da missão Institucional da COGER, ou da Polícia
Civil.

Parágrafo único. O poder disciplinar imediato é


inerente ao exercício do cargo de Delegado, cabendo-Jhe~ ao tomar
conhecimento de falta ou desvios de condutas, adotar as providências
disciplinares imediatas que couber.

Art. 11. A Gerência Executiva de Disciplina do


DETRAN .será ocupada por servidor efetivo e estável, bacharel em Direito, e de
conduta ílibada~ cabendo..lhe) entre outras atribuições;

1- coordenar e gerenciar a atuação das Comissões


Pennanentes de Disciplina;
Il - realizar o saneamento dos Processos Administrativos
e Investigações Preliminares-IP, dando os devidos encaminhamentos;
III - emitir parecer nos Processos Disciplinares e

t
Investigações Preliminares-IP, para despacho com o Corregedor Geral;
IV - e.m
..•itir pareceres quando solicitadql pelo Corregedor
Geral ou outra autoridade competente.
EST ADO DA PARAíBA

V -realizar, em conjunto com o GTAI, atividades de


fiscalizaçãooperacionaJ, investigações, correições, auditorias, bem como outras
necessárias ao cumprimento da missão Institucional da COGERt ou DETRAN.

Art. 12. A Gerência Executiva de Correição e Registros


Cartorários será ocupada por um servidor efetivo da Secretaria de Estado da
Segurança e da Defesa Social ou dos órgãos vinculados e lhe caberá dentre
outras atribuições:

I - coordenar, gerenciar e manter os registros de


procedimentos a cargo da COOER, inclusive, os dados estatísticos atualizados e
digitalizados em sintonia ao apoio da Assessoria Técnico de Tecnologia da
Infonnação;
II - gerenciar os sistemas digitais de controle e registro
dos processos administrativos no âmbito da SESDS;
III -realizar os .serviços cartoriais. emitir certidões no
âmbito da Corregedoria Geral;
IV - emitir pareceres quando solicitado pelo Corregedor
Geral e realizar outras tarefas ou encargos determinados pelo Corregedor Geral.

Art. 13. A Gerência Executiva de Apoio Administrativo


será ocupada por servidor efetivo da Secretaria de Estado da Segurança e da
Defesa Social ou dos órgãos vinculados e lhe caberá dentre outras atribuições:

I - administrarJ gerenciar e manter os registros,


preferencialmente digitalizados, dostecUfsos materiais e humanos da. COGER;
II - fornecer às demais gerências, os meios necessários
para o desempenho de suas atividades;
III - realizar outros serviços ou tarefas de natureza
administrativa ou não, quando as circunstânciasexigirern, detenninadas pelo
Corregedor GeraL

Art.l4. A Gerência Executiva do Grupo Tático para


Assuntos Internos - GTAI~ com a missão de exercer apoio e fiscalização ao
efetivo dos órgãos operativos da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa
Social, será ocupada por Utn Delegado de Policia ou Oficial da ativl1t efetivo e
estável, cabendo:

I - dirigir e coordenar o Grupo Tático para.. . ~


... . . ssuntos
Internos - OTAI; \\1
\1/
'"
ESTADO DA PARAIBA

II - realizar, isoladamente ou conjunto com demais


setores ou órgãos, atividades de fiscalização operacional, auditorias,
investigaçê)es1 inspeções em viaturas e unidades dos órgãos vinculados, bem
como, outras necessárias ao cumprimento da missão Institucional da COGER;
III - apurar, em sede de Investigação Preliminar - IP e
Sindicância Patrimonial, condutas dos servidores integrantes da policia
judiciária., militar, bombeiro, do DETRAN e demais servidores vinculados à
Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social;
IV -fiscalizar a utilização regular e adequada de bens e
equipamentost especialmente aqueles de proteção à defe~ .armamento., munição
e viaturas;
V - exercer outras atribuições que lhes forem
determmadaspelo Corregedor Geral ou Adjunto da SESDS.

Art. 15. O OTAI contará com 16 (dezesseis) equipes,


ocupadas por servidores efetivos) sendo cada uma delas composta por O1 (um)
chefe e 03 (três) membros, civis, militares ou mistas, conforme o caso, podendo
acumular as gratificações e vantagens da instituição de origem.

Art.l6. Assessoria Técnica de Tecnologia da


Informação e Estatística será ocupada por pessoa com conhecimento em
Tecnologia da Informação e conduta ilibada, cabendo-lhe, entre outras
atribuições:

I - a gestão dos recursos de tecnologia da


informação no âmbito da COOER;
11 - coordenar e disciplinar as atividades digitais
relacionadas à padronização e à disponibilização de serviços digitais
interoperáveis~ de acessibilidade digital e de abertura de dados e zelar
pela segurança da informação em sintonia com a Gerência de
Tecnologia da Informação da SESDS;
IH - exercer outras atribuições que lhe forem
determinadas pelo Corregedor Geral.

Art. 17. São competentes para imposição de pena


disciplinar:

I - o Governador do Estado, privativamente, nos casos de


demissão. exclusão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade de p
militares;
ESTADO DA PARAíBA

II - o Secretário de Estado da Segurança e da Defesa


Social em todos os casos, de servidores do DETRAN, policiais civis e militares
estaduais e demais servidores vinculados à Secretaria de Segurança e da Defesa
SociaJ, ressalvada a competência do Governador.

Art. 18. Das decisões proferida.! pelo Secretário de


Estado da Segurança e da Defesa Social ou pelas autoridades competentes ou
por delegação, nos Processos Administrativos
DiscipIinareslConselbos/Sindicâncias, caberá Recurso de Reconsideração,
dirigidos a estes no prazo de 10 (dez) dias corridos.

§ 1(} O prazo será contado a partir do primeiro dia útil)


após a pubUcação da decisão em Boletim da SESDS ou Diário Oficial.

§ 2Q O recurso não tem efeito suspensivo.

§ 3° A autoridade competente ou delegada poderá, de


oficio ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso, desde que haja justo receio
de prejuÍzo de dlficU reparação decorrente da execução da pena imposta.

§ 4° A decisão final do recurso que trata este artigo


deverá ser dada dentro do prazo máximo de 60 (sessenta.) dias, contados da data
da juntada do recurso aos autos, podendo ser prorrogado mediante justificativa.

§ 5° Depois de decorrido o prazo recursal ou julgado o


recurso, será certificado nos autos e encaminhado à Instituição li qual pertence o
servidor para as devidas providências.

Art. 19. Fica autorizada a criação, por ato do Secretário


de Estado da Segurança e da Defesa Social, de Comissões Civis Permanentes de
Processos Disciplinares, composta por 03 (tres) membros, indicados por ato do
Corregedor Geral, dentre Delegados de Polícia ou Servidores Públicos Efetivos
e Estáveis, sendo:

I - um presidente;
II - um secretário;
IH - um membro.

Parágrafo único. Os relatórios finais dos processos


administrativos disciplinares serão decididos pelo Sec,retário de Estado da
Segurança e da Defesa Social ou autoridade competente ou delegada, antes do
EST ADO DA PARAjOA

envio para publicação no Boletim Eletrônico da SESDS ou, se for ocaso, o


envio aos de competência do Governador do Estado, podendo estes determinar
quaisquer outras providências que se fizerem necessárias 11 regularidade do
processo e decisão.

Art. 20. Fica autorizada a criação, por ato do Secretário


de Estado da Segurança e da Defesa Social. de:

I - Conselhos Militares Permanente de Justificação,


compostos, cada um, por 03 (três) Oficiais, Militares e/ou Bombeiros Militares
Estaduais, tendo, no mínimo. 01 (um) Oficial Superior, recaindo sobre o mais
antigo a presidência da comissão, um assistente e o mais moderno que se.rvirá
como secretário;
II - Conselhos Militares Permanentes de Disciplina,
compostos, cada um, por, no mínimo, 03 (três) Oficiais, sejam MUitares e
Bombeiros Militares Estaduais, tendo, no mínimo, O1 (um) Oficial
intermediário, recaindo sobre o mais antigo a presidência da comissão, um
assistente e o mais moderno que servirá como secretário.

§ 10 Por requisição do titular da SESDS, os Comandantes


Gerais da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros apresentarão a relação dos
militares para comporem as Comissões Permanentes de Conselho de
Justificação e Disciplina, ouvido o Corregedor Geral em razão da demanda e
hierarquia.

§ 2° Quando a apuração dos fatos praticados por poHciais


militares e bombeiros militares estaduais envolver praças estáveis e nioestáveis,
11 competência para apuração será do Conselho de Disciplina, cuja composição
está previsto no caput deste artigo.

§ 3° Quando o posto do justificante excluir de modo


absoluto a existência de outro oficial da ativa, deverão ser convocados oficiais
da reserva mais antigos para compor Conselho de Justificação, na forma da Lei.

. § 4° Quando se tratar de Praça Especial, o proces~"erá


realIZado por um Collllelho formado por oficiais da ativa e estáveis. \tV
Art. 21.. Os policiais civis, militares e bombelros
militares estaduais e outros servidores que desempenhem suas atividades na
Corregedoria. Geral da SESDS, especialmente os presidentes, membros e
secretários das Comissões Civis Permanentes e dos Conselhos de Disciplina e de
EST ADO DA PARAÍBA

Justificação, terão seu desempenho e produtividade avaliados mensalmente e


consolidado anualmente., com base nos seguintes critérios, sem prejuízo de
outros estabelecidos em regulamento:

I - assiduidade, urbanidade, pontualidade e produtividade;


II - correção formal e jurídica dos processos
administrativos~ sindicâncias, investigações preliminares. auditorias, correições,
inspeções, investigações e tarefas administrativas;
IH - cumprimento dos prazos processuais administrativos;
IV - cumprimento dos planos de metas e das tarefas
deteTnÚnadas pelo Controlador Geral.

§ 10 Sempre que o interesse do serviço exigir aos


policiais civis e militares, lotados na Corregedoria Geral da SESDSIPB, poderá
ser conferido, em caráter temporário, encargos de apoio aos trabalhos
desenvolvidos nas organizações policiais civis e militares estaduais.

§ 2° O Corregedor Geral poderá para fins de manutenção


ou substituição determinar, a qualquer tempo, a reavaliação de desempenho e
produtividade dos servidores em atividade na Corregedoria Geral.

Art.. 22. Cabe ao Secretário de Estado da Segurança e da


Defesa. Social, aos Comandantes Gerais da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militara informação do servidor~ oficial ou da praça a ser submetido
a Conselho de Justificação e de Disciplina respectivamente, acompanhada da
documentação necessária, sem prejuízo que seja feito por ato de oficio do
Corregedor Geral.

Parágrafo único. Não existindo nos conselhos ou


comissões permanentes IJ.l,ilitares que atendam aos requisitos da hierarquia e
precedência no posto, caberá ao Secretário de Estado da Segurança e Defesa
Social, aos Comandantes Gerais da Polícia e do Corpo de Bombeiro Militar
indicar servidor para tal fim, no prazo de 02 (dois) dias, contados da publicação
da portaria de instauração.

Art. 23. Cabe ao Secretário de Estado da Segurança e da


Defesa. Social, e quando for o caso, ao Delegado Geral, ao Diretor do DETRAN,
respectivamente, a informação do servidor civil a ser submetido à sindicância
acusatória ou a processo administrativo disciplinar, acompanhada da
documentação necessária sem prejufzo que seja feito por ato de oo.·.•C•... do
Corregedor Geral.
i(.
"~".•
\
~
'*

Art. 24.
'"
ESTADO DA PARAíBA

A Sindicância Acusatória (SAD) é o


instrumento processual adequado para apurar fatos irregulares imputados aos
servidores civis e militares, e eventual aplicação das penalidades previstas nas
respectivas legislações civis e militares pelas autoridades competentes ou
delegadas.

§ 10 Da sindicância Acusatória poderá resultar:

I - para os militares:

a) arquivamento, por inexistência do fato, insuficiência de


provas ou negativa de autoria;
b) absolvição;
c) instauração de processo administrativo disciplinar,
conselho de disciplinar ou conselho de justificação;
d) a aplicação da penalidade de advertênciat repreensão,
detenção ou prisão até 30 (trinta) dias.

II - para os civis:

a) arquivamento t por inexistência do fato, insuficiência de


provas ou negativa de autoria;
b) absolvição;
c) instauração de processo administrativo disciplinar;
d) a aplicação da penalidade de advertência ou suspensão
até 30 (trinta) dias.

§ 2° O prazo para conclusão da Sindicância Acusatória -


SAD não excederá 30 (trinta) dias; podendo ser prorrogado, em caso de
necessidade devidamente fundamentada, por até 30 (trinta) dias, mediante
autorização do COGER ou da autoridade competente que determinou sua
instauração.

§ 3° Serão design.ados como sindicantes militares,


preferencialmente Oficiais, Aspirante a Oficial e Subtenente~ em caso de
necessidade, a critério dos Comandantes Gerais, Sargentos aperfeiçoados) para
singularmente, apurarem ' fatos . ou tranSgres.sac.s. .diSC.iPl.illlU'e!l que enV. •lO
...varo
militares estaduais, respeitada a hierarquia e precedência militar. . I
~'
\
ESTADO DA PARAÍBA

§ 4° Serão designados como sindicantes CIVIS, para


apurarem fatos ou transgressões disciplinares que envolvamPoticial Civil,
servidor do DETRAN e servidores civis da SESDS, aqueles que ocupem os
cargos efetivos e sejam estáveis~ preferencialmente) Delegado e Perito Oficial.

§ 5° Poderá ser delegada aos integrantes da Policial Civil


e do DETRAN, por meio de portaria do Corregedor Geral da SESDS, atribuição
para instaurar e apurar através de Sindicância Acusatória, transgressões
disciplinares., cujo .r elatóno deverá ser homologado pejo Corregedor Geral, antes
do envio à autoridade competente ou delegada para decidir.

§ 6° No caso da não homologação do relatório, o


Corregedor Geral poderá:

I - determinar diligências complementares ou outras


providências necessárias à adequada instrução, sem possibilidade de recurso,
especialmente quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos ou
deixar de observar as garantias legais do contraditório e da ampla defesa;
II - redistribuir para outra comissão nos casos em que o
relatório confronta as provas dos autos ou não observou (} contraditório e a
ampla defesa;
UI - sugerir, motivadamente, ao Secretário ou a outra
autoridade competente de acordo com as leis de regência, agravar a penalidade
proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

§ 1° O prazo para conclusão da Investigação Preliminar -


IP será de 20 (vinte) dias úteis, podendo ser prorrogado por até mais 20 (vinte)
dias úteis, pela autoridade instauradora.

Art. lS. Fica criado o Tenno Circunstanciado


Administrativo - TeA no âmbito da SESDS, como mecanismo pelo qual o
agente público interessado se compromete a ajustar a sua conduta e reparar o
dano, na forma prevista nesta Lei e em regulamento.

Art. 26. O TCA será aplicado quando o dano ou o


extravio do bem público resultarem de conduta culposa do agente, o prejuízo for
de pequeno valor e possibilitar a reposição ou reparação do bem extraviado ou
danificado ou o ressarcimento ao erário do valor correspondente ao prejuízo
causado, feito pelo servidor público causador do fato, encerrando assim a
apuração para fins disciplinares.
ESTADO DA P ARAiBA

Parágrafo único. Para os fins do displlsto neste artigo,


considera-se prejuízo de pequeno valor aquele cujo preço de mercado para a
aquisição, reposição ou reparação do bem extraviado ou danificado seja igualou
inferior ao limite estabelecido como de licitação dispensável~ nos termos do art.
24, inciso 11, da Lei nO 8.666, de 21 dejunho de 1993.

Art 27. Compete ao Secretário de Estado da Segurança


e da Defesa Social, de oficio ou por proposta do Corregedor Geral, do Delegado
Geral, do Diretor do DETRAN, do Cornandante da Policia Militar, e do
Comandante do Corpo de Bombeiros MiUtar, afastar preventivamente das
funçôes, por meio de portaria, os servidores de seus respectivos quadros
funcionais vinculados à Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social,
submetidos a processo administrativo disciplinar/conselhos, por prática de ato
incompatível com a função pública ou quando necessária à garantia de ordem
pública, à instrução regular do processo administrativo disciplinare~ à
viabilização da correta aplicação de sanção disciplinar, sem prejuízo da
remunef"dção.

§ 10 O afastamento das funções implicará na suspensão


das prerrogativas funcionais dos servidores, policiais civis, dos militares
estaduais e servidores do DETRAN~ perdurando pelo prazo de até 90 (noventa)
dias, prorrogável automaticamente, uma única vez, por igual período.

§ 2° Os policiais civis, os militares estaduais e servidores


do DETRAN, afastados das funções ficarão à disposição da unidade de Recursos
Humanos a que estiverem vinculados, devendo ser retida a identificação
funcional., distintivo, arma, algema ou qualquer outro instrumento que esteja em
posse do servidor, nos termos da portaría de que trata o caput deste artigo..
remetendo à Corregedoria Geral da SESDS, por meio eletrônico,cópia do ato de
retenção, relatório de sua frequência e sumário de atividades por estes
desenvolvidas no período.

§ ]0 Os Procedimentos Administrativos
Disciplinares/Conselhos instaurados contra policiais civis. os militares estaduais
e servidores do DETRAN, afastados por força do disposto no f)Oput deste artigo,
tramitarão em regime de prioridade nas respectivas Comissões/Conselhos de
Disciplina/Justificação.

§ 4° Findo o prazo do afastamento sem a conclusão do


processo administrativo disciplinar, os policiais civis. os militares estaduais e
servidores do DETRAN afastados, retomarão às ativi ramente
ESTADO DA PARAiBA

administrativas, com restrição a posse e ao porte de anna,. até decisão do mérito


disciplinar, devendo o referido setor competente remeter à Corregedoria Geral
relatório de frequência e sumário das atividades desenvolvidas por meio
eletrônico, salvo manifestlição do Secretário de Estado da Segurança e Defesa
Social, considerando o interesse público.

§ 5° Na hipótese de decisão de mérito favorável aos


policiais civis f aos militares estaduais e servidores do DETRAN, afastados,
cessarão, após a publicação, as restrições impostas, sendo o tempo de
afastamento preventivo computado para todos os efeitos legais, como de efetivo
exercicio,

§ 6° A autoridade que presidir procedimento


disciplinar/conselho, poderá, a qualquer tempOt propor a aplicação de
afastamento preventivo ou cessação de seus efeitos, ouvido previamente o
Corregedor Geral.

Art.. 28. O Secretário de Estado Segurança e da Defesa


Social poderá requisitar dos órgãos operativos, por solicitação do Corregedor
Gerai, servidores, policiais civis, os militares estaduais e servidores do
DETRAN, para exercício na Corregedoria Geral, sem que tal requisição importe
em transferência ou remoção automática.

§ 1 Os policiais civis, os militares estaduais e servidores


I)

do DETRAN, enquanto servirem na Corregedoria Geral da SESDS, serão


considerados, para todos os efeitos, como no exercício regular de suas funções,
de natureza policial civil, policial militar, bombeiro militar ou servidor do
DETRAN.

§ 2° Para fins de agregação, as funções desempenhadas


pelos militares, enquanto servirem na Corregedoria Geral SEBDS serão
consideradas de natureza policial militar.

§ 3° A atividade desenvolvida pela Corregedoria Geral


da SESDS por policiais civis ou os militares estaduais é atividade fim de
Segurança Pública e Defesa Social .

Art. 19. Os responsáveis pela instauração de inquéritos


policiais ou policiais militares, em que se apurem fatos delituosos cometidos ou
que envolvam policiais civis. os militares estaduais e servidores do DETRAN.
deverão remeter, preferencialmente por meio eletrônico, no prazo d 48
.,
ESTADO DA PARAíBA

(quarenta e oito) horas, à Corregedoria Geral, cópia da respectiva portaria ou do


auto de prisão em flagrante delito e~ após a conclusão, cópia integral dos
respectivos autos.

Art. 30. Os policiais civis. os militares estaduais e


servidores do DETRAN, designados para servirem na Corregedoria Geral da
SESDSIPB devem ter, no mínimo, os seguintes pré-requisitos:

I - ser,preferencialmente. bacharel em Direito, em


Administração ou Gestão Pública;
II - se militar ou policial civil, possuir, preferencialmente,
no mínimo 03 (três) anos de serviço operacional prestado na respectiva
Instituição;
lU -não estar respondendo a qualquer sindicãncia,
processo administrativo ou criminal;
IV - possuir conduta ilibada;
V- não haver sidô·punido nos últimos 03 (três) anos em
sindicância, processo administrativo ou criminal..

Parágrafo único. O Secretário de Estado da Segurança e


da Defesa Social poderá por Portaria definir outros critérios.

Art. 31. Os policiais civis, os militares estaduais e


servidores do DETRAN, lotados na Corregedoria Geral, em exercício nas
Comissões de Disciplina, no Grupo Tático de Assuntos Internos, na Assessoria,
serão gratificados conforme o Anexo I desta Lei, cujos valores set"ão atualizados
confonne a lei geral de aumento.

Art.32. O Sistema Geral de Disciplina da SESDS será


coordenado e dirigido pela Corregedoria Geral e c.omposto pelas Corregedorias
Auxiliares da Polícia Militar,. Co.rpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil e
DETRAN visando à atuação integrada~

§ 1U O Corregedor Auxiliar da Policia Civil e o Delegado


Geral poderão designar Delegados e Peritos efetivos~ para presidir Investigações
Preliminares - IP~ sem prejuízo de suas atribuições legais específicas, tendo tais
procedimentos o controle por meio de numeração e registro feitos pela COGER.

§ 2° No caso do § I" antecedente t os autos com o


relatório final serão rem~tidos à Corregedoria Geral para homologaçã ou
ESTADO DAPARAfBA

instauração do Procedimento Administrativo adequado e Sindicância


P·atrimonial, quando for o caso.

§ 3° Considerando a necessidade. celeridade e


conveniência da Administração, o Corregedor Gera} poderá designar Delegados
e Peritos para presidir Sindicância Acusatória - SAD ou Sindicâncias
Patrim.oniais - SP, sem prejuÍ7n de suas atribuições legais espec.íficas, ao final
remetida à Corregedoria Geral para análise e providencia que couber.

§ 4° O Corregedor Auxiliar da Polícia Civil e o Delegado


Geral poderão determinar a realização de correições extraordinária nas unidades
da Polícia Civil} cujo relatório será enviado ã. Corregedoria Geral para as
medidas cabiveis.

§ 5° As Corregedoria Auxiliares da Polícia Militar e do


Corpo de Bombeiros Militar,por meio dos respectivos Comandantes Gerais
ficarão encarregadas de:

I - instaurar, proceder e decidir os Processos


Administrativos Disciplinares relativos às Praças com menos de 10 anos de
servIço;
II - instaurar, proceder e decidir as Sindicâncias
Acusatórias;
lU - instaurar, proceder e decidir a Apuração por meio de
Formulário de Apuração de TransgressloDisciplinar - F Aro;
IV ... realizar isoladamente ou conjunto com a GOGER
atividades de fiscalização operacional, auditorias, investigações, bem como
outras necessárias ao cumprimento da missão Institucional da Polícia Militar e
do Corpo de Bombeiros. '

§ 6° No caso dos itens n e IV do § 5° deste artigo, deverá


ser enviada, logo após, à Corregedoria Geral, apHcando-se, finque couber, a
regra do § 6° do art. 24.

§ 7° Os casos de Conselho de Disciplina, de Justificação


e Sindicâncias Patrimoniais - SP semo processados exclusivamente no âmbito
da Corregedoria Geral por uma das Comissões Permanentes de Disciplina, de
Justificação ou Oficial designado~ conforme o caso.

§ 8° As Corregedorias Auxiliares deverão concluir t.


os Processos e Sindicâncias instaurados no prazo máximo de 60 (se.s sen
EST ADO DA PARAiBA

§ ~ As Corregedorias Auxiliares deverão efetuar o


inventário de todos os procedimentos em andamento visando o registro na
COOER e processamento pelas Comissões Permanentes de Justificação e
Disc.iplina previstas nesta Lei

§ 10. A guarda e manutenção de todo o acervo constante


nas Corregedorias Auxiliares são de responsabilidade dos respectivos dirigentes
até que seja disponibilizado local e pessoal adequado para arquivo.

§ 11. Enquanto nio for instalado o Sistema Integrado de


Gestão de Processos Administrativos Disciplinares - SIGPAD, as Corregedorias
Auxiliares enviarão mensalmente à COOER, por meio eletrônico, relat6rio das
atividades desenvolvidas no período.

§ 12. Os casos omissos, quanto à atuação das


Corregedorias Auxiliares integrantes do Sistema Integrado de Gestão de
Processos Administrativos Disciplinares - SIGPAD, serão definidos por ato do
Corregedor Geral.

Art.33. Quando da homologação dos relatórios finais,


restar constatada a prática de infração penal, deverá o Corregedor Geral
comunicar o fato a. autoridade competente civil, federal ou militar, pugnando
pela instauração do competente inquérito ou, conforme o caoo, proceder à
remessa de cópias dos processos à Procuradoria Geral do Estado, Ministério
Público Estadual ou Federal para as providências pertinentes.

Art. 34. A SESDSpoderá constituir, de acordo com a


necessidade de cobertura e expansão da Corregedoria Geral, comissões,
unidades avançadas, temporárias ou permanentes, para atender demandas da
COGER.

Art. 35. Fica criada a Delegacia Especializada de


Assuntos Internos - DAI, subordinada administrativamente â Polícia Civil, e
vinculada funcionalmente à Corregedoria Geral da Secretaria de Estado da
Segurança e da Defesa Social - SESDS, cujas competências e instalação serão
definidas em Decreto.

Parágrafo IÍnico. Os integrantes da Policia Civil, lotad


e em exercício na Delegacia Especialízada de Assuntos Internos - DAl. pre

-~,-
ESTADO DAPARAiBA

no capm, gozarão de todas as prerrogativas de seus cargos previstas em Lei,


podendo acumular as gratificações e vantagens da Instituição.

Art. 36. Nas hipóteses em que não se contrarie esta Lei e


outras correlatas, a Corregedoria GeraI da SESDS, obedecendo aos p.rincípios
constitucionais da legalidade, finalidade, motivação, razoabmdade~
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório., segurança jurídica,
publicidade, eficiência, economia processual e, em especial, a razoável duração
do processo, competirá adotar e atualizar, por meio de instrução normativa, os
ritos dos procedimentos administrativos disciplinares, as normas gerais
procedimentais, os prazos, instituir os registros eletrônicos e outros atos
necessários relativamente aos Processos Administrativos Disciplinares - PAD,
gênero das espécies Conselhos de Justificação - CJ, Conselhos de Disciplina-
CD, Processos Administrativo Disciplinar para praças sem estabilidade,
Processo Administrativo Disciplinar Civil e S.indicâncias Patrimoniais.
instaurados e em andamento no âmbito da Corregedoria Geral da SEDS/PB e
nos órgãos Operativos aplicáveis aos servidores civis, aos militares do Estado e
servidores do DETRANt submetidos a esta Lei.

Art. 37. Os Processos Administrativos Disciplinares de


que trata esta Lei deverão ser registrados no Sistema Integrado de Gestão de
Processos Administrativos Disciplinares - SrGPAD, de uso obrigatório,
software que visará armazenare disponibilizar, de forma rápida e segura, as
informações sobre os procedimentos disciplinare..q. instaurados, em andamento e
fmdos no âmbito da Corregedoria Geral e nos órgãos Operativos da SEDS.
devendo ser implantado no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da publicação
desta Lei.

Art. 38. Os atos referentes aos Procedimentos


Administrativos Disciplinares previstos nesta Lei serão publicados em Boletim
Eletrônico no site da SESDS, se constituindo em meio oficial de divulgação, a
todos acessível, podendo facultativamente ou por imperativo legal, ser
publicados no Diário Oficial do E.stado, semprejuizo de sua divulgação no
Boletim Eletrônico no sire da SESDS ou dos órgãos Operativos.

Art. 39. Na instrução dos procedimentos disciplinares


civis e mUitares proceder-se-á à inquirição das testemuM.as arroladas pela
Comissão ou Sindicante e pela defesa, nesta ordem J bem como aos
esclarecimentos dos peritos. às acareações e ao reconhecimento de pessoas e
coisas, interrogando-se, em seguida, () imputado/aconselhado. devendo
Comissão ou Sindicante, mediante registro no próprio termo da audiência
ESTADO DA PARAíBA

qualificação e intelTogatório, promover a intimação do imputado/aconselhado


.oferecer alegações finais, no prazo de 05 (cinco) dias.

Art. 40.. A testemunha que morar fora do Estado ou em


outra circunscrição será inquirida por meio de carta precatória, com prazo
razoável, intimadas as partes.

§ 1 As cartas precatórias só serão expedidas se


(I

demonstrada previamente a sua imprescindibiHdade e a sua expedição não


suspende a instrução.

§ 2° Na hipótese prevista no caput deste artigo, a oitiva de


testemunha. poderá ser realizada por meio de videoconferência ou outro recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real,pem1itida a
presença do defensor e podendo ser realizada, inclusive, durante a realização de
audiências.

Art. 41. É facultada a criação de estágio acadêmico na


COlTegedoria Geral para estudantes do curso de graduação em Direito,
Administração, Gestão Pública, Estatísticas, Sociologia, Psicologia, Informática,
através de seleção isonômica, conforme portaria do titular da SESDS.

Art. 42. Aplica-se o TCA aos procedimentos em


andamento que se enquadrem no disposto nos artigos 25 e 26 desta lei.

Art, 43. Será definida no orçamento da Sec.retana de


Estado da Segurança e da Defesa Social e do DETRAN, rubrica específica para
custeio e investimento da Corregedoria Geral - COGER.

Art. 44. Fica criado o Colar do Mérito Correicional da


Corregedoria Geral da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social,
cujo regulamento pertinente à confecção, quantidade, concessão, entrega, uso e
o modelo gráfico serão definidos em Decreto.

Art.. 45. Ficam convalidados todos os atos praticados


pela Corregedoria Geral e pelas Corregedorias Auxiliares da Polícia Militar,
Civil, Corpo de Bombeiros e do DBTRAN, desde a edição da Lei Complementar
124/2014.

Art. 46. Fica criada a COlTegedoria da Secretária de


Administração Penitenciári~ com a estrutura de cargos constante do Anexo I
ESTADO DA PARAíBA

desta Lei) cujos cargos serão incorporados ao item 12 do Anexo IV da Lei n°


8.186, de 16 de março de 2007.

Art. 47. A estrutura administrativa da Ouvidaria Geral


da SESDS passa a ser a constante no Anexo IH desta Lei, devendo tais cargos
serem incorporados ao item 11 do Anexo IV da Lei nO 8.186, de 16 de março de
2007.

Art. 48. O art. l ° e os incisos VIII e IX do art 2°, da Lei


8.574, de 10 de julho de 2008, passam a ter a seguinte redação:

uArt. 10 Fica criada a Ouvidoria da Secretaria de


Estado Segurança e Defesa Social - SESDS, subordinada ao titular da
referida pasta, dirigida por um Ouvidor Geral, com curso superior,
nomeado em. comissão pelo Governador do Estado, dentre pessoas sem
vínculo funcional com a Secretaria de Segurança e da Defesa Social, a
quem cabe planejar, coordenar e supervisionar as atividades da Ouvidaria
Gerar'

II - os incisos VIII e IX do art. 2°:

"VIU - elaborar e remeter ao Secretário de


Segurança e da Defesa Social, semestralmente, relatório das atividades da
Ouvidoria;

IX - encaminhar cópia do relatório mencionado no


item anterior, após o visto do Secretário ao Corregedor, Comandantes e
Chefes dos órgãos vinculados, naquilo que lhe diga respeito, com vistas à
implementação de medidas educativa.,> visando inibir condutas desviantes:t
independente dos encaminhamentos que demandem medidas investigativas
imediatas."

Art. 49. Esta Lei entra em vigor na data de sua


publicação.

Art. 50. Ficam revogados:

I - o art. 4° da Le.i 8.574, de 10 de junho de 2008;


ESTADO DA PARAIBA

II • os incisos IV e V do art. 181 e os arts. 191, 193, 217,


todos da Lei Complementar n° 85, de 12 de agosto de 2008;

III - a Lei Complementar n° 124, de 03 de outubro de


2014.

,
('" PALACIO o DA
PARAÍB~ em JdJloLssoa, :lB da .Htctelamação
da República. ..\\ "
.42.JJ"'- "'-. .u...p
RI.ÇARDO VIEIRA
Governador
ESTADO DA P ARAiBA

ANEXO I
1...6 i COv\l'Le Nº
CARGO ADE

CORREGEOOR GERAL 1
CORREGEOOR GERAI, ADJUNTO CDS-2 1
HEFE DE GABINETE DO CORREGEDOR
1
GERAL
SECRETÁRIO DO CORREGEDOR GERAL CAD-3 1
ASSESSOR CNICO DA
4
CORREGEDORIA GERAL
GERENTE EXECUTIVO DE DISC
2
MILITAR
ERENTE EXECUTIVO DE DISCIPLINA
CGS-
CIVIL
GERENTE EXECUTIVO DE DISCIPLINA
CGS- I
DODETRAN
GERENTE EXECUTIVO DO GRUPO
TÁTICO PARA ASSUNTOSlNTERNOS .~ CGS-l 1
GTAI
GERENTE EXECUTIVO DE CORREIÇ O E
CGS-I 1
REGISTROS CARTORARIOS
GERENTE EXECUTIVO DE APOIO
CGS-l 1
ADM1NISTRATIVO
ASSESSORCNICO DE TECNOLOGIA
CAD-6 1
DAINFORMA ÃOEESTATíSTICA
ASSESSOR CNICO DA GERNCIA
EXECUTIVA DE DISCIPLINA MILITAR
CAD-li 09
ASSESSOR CNICO DA GERENCIA
CAD-6 4
EXECUTIVA DE DISCIPLINA CIVIL
ASSESSOR TECNICO DA GER NCIA
EXECUTIVA DE DISCIPLINA DO CAD 6w
2
DETRAN
ASSESSOR CNICO DA GERÉNCIA
EXECUTIVA DE CORREIÇÃO E CAD-6 2
REGISTROS CARTORÁRlOS
ESTADO DA PARAÍBA

ASSESSOR TÉCNICO DA GERÊNCIA


EXECUTIVA DE APOIO CAD-6 2
ADMINISTRATIVO
ASSESSOR TECNICO DA GERENCIA
EXECUTIVA 00 GRUPO TÁTICO DE CAD-6 2
ASSUNTOS INTERNOS - GTAI
MEMBRO DE COMISSÃO PERMANENTE CSP~2 83
CHEFE DE EQUIPE DA GERENCIA
EXECUTIVA DE ASSUNTOS INTERNOS - CSP-2 15
OTAI
ESTADO DA PARAíBA

ANEXO 11

GERENTE EXECUTIVO DE DISCIPLINA


CGF-l
DO SISTEMA PRISIONAL
ASSESSOR TECNICO DA GERÊNCIA
EXECUTIVA DE DISCIPLINA 00 1
SISTEMA PRISIONAL
,MEMBRO DE COMISSAO
CSP-2 6
PERMANENTE

ANEXO 111

OUVIDOR GERAL CDS-3 1

SECRETÁRIO DA OUVlDORIA GERAL COI..3 1

Você também pode gostar