A Mae Das Prostituiçoes
A Mae Das Prostituiçoes
A Mae Das Prostituiçoes
MÃE DAS
PROSTITUIÇÕES
Edições Cristãs
ÍNDICE
A HISTÓRIA DO CRISTIANISMO EM DOIS LIVROS
“A GRANDE CIDADE”
A MULHER
O NOME
“A GRANDE BABILÔNIA”
“A MÃE DAS PROSTITUIÇÕES E ABOMINAÇÕES DA TERRA”
A IDOLATRIA NAS SAGRADAS ESCRITURAS
A IDOLATRIA
A DESCARADA MANCEBIA
O DECÁLOGO
TEIMOSIA ACINTOSA DA MULHER MISTÉRIO
O CULTO CATÓLICO
A MULHER QUE SE EMBRIAGA E QUE EMBRIAGA
IMAGENS CATÓLICAS E IDOLATRIA
A PALAVRA QUE NÃO VOLTA VAZIA
QUAL DOS DOIS PECADOS É O MAIS GRAVE?
ENFIM, O FIM
DOCUMENTOS EM ANEXO
.oOo.
A HISTÓRIA DO
CRISTIANISMO
EM DOIS LIVROS
O livro dos Atos dos Apóstolos registra os primeiros passos do
Cristianismo em sua missão de atingir TODOS os homens.
Invocando a Sua soberana autoridade no céu e na terra,
estabelecera nosso Senhor Jesus Cristo a Grande Comissão: “Ide,
portanto, fazei discípulos de TODAS as nações...” (Mateus
28.18-20).
“... de TODAS as nações...” porque de judeus e de gentios fez
um só povo, “derrubando a parede de separação que estava no
meio” (Efésios 2.14). No seio do Cristianismo, sem quaisquer
barreiras de raça, cultura, cor, nacionalidade, não há estrangeiros,
nem forasteiros. Todos quantos aceitam o Evangelho são
“cidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Efésios
2.19).
O Cristianismo jamais deveria se circunscrever aos limites do
judaísmo como se fosse uma seita sua. Aos discípulos, por
determinação do Mestre, incumbir-se-ia a ingente responsabilidade
de testemunhar de Cristo “tanto em Jerusalém, como em toda a
Judeia e Samaria, e até aos CONFINS DA TERRA” (Atos 1.8).
Para o cabal desempenho da árdua incumbência contariam com o
Poder do Alto.
Atos dos Apóstolos observa o agrado que entre os hebreus
cercava as testemunhas de Cristo: “O povo os tinha em grande
estima” (Atos 5.13), porque “caindo na graça de todo o povo”
(Atos 2.47).
Apesar das suspeitas do Sinédrio, “divulgava-se a Palavra de
Deus, de sorte que se multiplicava muito o número dos
discípulos em JERUSALÉM e muitos sacerdotes obedeciam à
fé” (Atos 6.7). E “da multidão dos que creram era um o coração
e a alma” (Atos 4.32).
A rejeição do Evangelho por parte dos judeus começou no
instante quando se percebeu a sua universalidade. Trancados em
seu nacionalismo exclusivista, os judeus se bloqueavam de
preconceitos raciais e repeliam qualquer insinuação quanto o ser a
Mensagem de Cristo para todos os povos.
Estaria tudo muito bem se o Cristianismo se limitasse a ser
simples facção do judaísmo.
Serviu-Se Deus do diácono Estêvão para arrebentar esta
comporta de exclusivismo judaico. Acusado perante o Sinédrio de
proferir palavras contra o Santo Lugar e contra a Lei porque
anunciava em Jesus Cristo, o Nazareno, Aquele que haveria de
destruir esse lugar e mudar os costumes mosaicos (Atos 6.13-14),
denunciado e condenado, Estêvão, com a sua vida imolada, deu
novo impulso à propagação do Evangelho.
Com o seu martírio, “levantou-se grande perseguição contra
a igreja que estava em Jerusalém” e os discípulos, acossados
pela violência, “dispersos pelas regiões da Judeia e de Samaria”
(Atos 8.1), estenderam a Mensagem além dos limites de Jerusalém.
Através de uma visão, Pedro foi movido a entrar em contacto
com os gentios na casa de Cornélio, enquanto “os dispersos pela
tribulação suscitada por causa de Estêvão passaram até a
Fenícia, Chipre e Antioquia” (Atos 11.19), regiões da gentilidade.
Entrementes, Deus convocou Paulo investindo-o do múnus de
ser o apóstolo entre os gentios ao confiar-lhe o Evangelho da
incircuncisão (Gálatas 2.7). “Constituído pregador e apóstolo,
mestre dos gentios na fé e na verdade” (1ª Timóteo 2.7),
chamados também estes para serem de Jesus Cristo (Romanos
1.6), Paulo consumiu suas energias no desempenho fiel de sua
missão.
Atos dos Apóstolos é o livro dessa arrancada epopeica da
expansão do Cristianismo, além dos limites judaicos porque
destinado a “TODAS as nações”.
Começa o seu relato em Jerusalém e o conclui em Roma, a
capital do Império, cenário final do profícuo ministério do apóstolo
dos gentios.
Se Atos dos Apóstolos abarca uns 35 anos da História do
Cristianismo nos tempos apostólicos, Apocalipse, o outro livro da
História do Cristianismo, abrange, através de símbolos e alegorias,
toda a sua marcha de sangue e de lutas ao longo dos séculos até a
consumação da Nova Jerusalém.
Apocalipse continua o heroísmo de Atos dos Apóstolos.
Heroísmo no testemunho da Mensagem e heroísmo na defesa da
Verdade do Evangelho, sempre ameaçada pelas insídias do erro.
Por isso Apocalipse é o registro antecipado da mais empolgante
jornada de bravura de toda a História. É a epopeia do “pequeno
rebanho” à extensão dos séculos, esmagado, mas
espetacularmente e em definitivo vitorioso ao final da derradeira
refrega.
Naqueles primórdios, Satanás serviu-se dos judeus incrédulos
para prejudicar a Obra de Cristo. Em Apocalipse vale-se de outros
recursos para promover a violência da guerra aos santos e a sub-
reptícia adulteração da Verdade.
À Trindade Santíssima contrasta a sua trindade malíssima
constituída do dragão (Apocalipse 12), da besta híbrida (Apocalipse
13.1-10) e da besta religiosa (Apocalipse 13.11-18).
Ao Cordeiro Jesus Cristo opõe ele a caricatura de um cordeiro
de dois chifres que se apresenta manso e submisso para enganar
os habitantes da terra (Apocalipse 13.11, 14).
Aos prodígios de Cristo resiste com os “grandes sinais” desse
cordeiro paródia (Apocalipse 13.13-14).
Ao Espírito Santo, o legítimo Vigário de Cristo nesta
Dispensação, opõe o Anticristo, ou seja, o diabólico substituto de
Cristo.
À Igreja verdadeira opõe a falsa.
A Verdadeira Igreja é simbolizada com uma cidade, a Santa
Cidade (Apocalipse 3.12; 21.2, 10) para cuja descrição as Sagradas
Escrituras empregam as figuras mais preciosas e as metáforas
mais incisivas (Apocalipse 21.9-22.5).
A igreja paródia é comparada à “grande cidade que domina
sobre os reis da terra” (Apocalipse 17.18). Cidade que, de tão
opulenta, nenhuma outra se lhe podia assemelhar (Apocalipse
18.18).
A Igreja Autêntica é comparada à Jerusalém, à Nova
Jerusalém (Apocalipse 21.2, 10). A igreja de Satanás se afigura
como a Babilônia (Apocalipse 17.5).
A legítima Igreja é assemelhada em Apocalipse à mulher
perseguida e sofredora (Apocalipse 12.1-17).
Aliás, durante toda a economia da Graça, a Igreja é o campo
da batalha entre os dois protagonistas: Jesus Cristo e Satanás.
Na conceituação de Paulo Apóstolo é a “virgem pura” (2ª
Coríntios 11.2), “gloriosa, sem mácula, nem ruga... santa e sem
defeito” (Efésios 5.27) por quem Cristo Se entregou (Efésios 2.25),
a qual Apocalipse vê vivificada pelo Sangue de Jesus (Apocalipse
1.5-6).
MULHER-NOIVA adereçada e ataviada para o seu Noivo
Jesus, cujas bodas com Ele celebrar-se-ão na culminância dos
últimos acontecimentos.
Sentar-se-á ela no Trono de Cristo (Apocalipse 3.21) e, vestida
de linho finíssimo, resplandecente e puro (Apocalipse 19.7-8),
glória tributar-lhe-ão os reis da terra (Apocalipse 21.7-10).
A falsa igreja, a do dragão Satanás, é orientada pelo
Anticristo, o plenipotenciário do Diabo e também é comparada com
uma mulher. Não mulher perseguida e sofredora, mas mulher rica,
vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras
preciosas e pérolas e portadora de um cálice também de ouro
(Apocalipse 17.4). Mulher dominadora porque assentada sobre
muitas águas, que são povos, multidões, nações e línguas
(Apocalipse 17.1, 15).
A falsa igreja é a mulher, a grande prostituta, em cuja testa se
inscreve o nome; “MISTÉRIO, A GRANDE BABILÔNIA, A MÃE
DAS PROSTITUIÇÕES E ABOMINAÇÕES DA TERRA” (Apocalipse
17.5).
E essa igreja alegorizada pela “grande cidade” (Apocalipse
17.18; 18.10, 16, 19, 21) e pela Mulher Mistério (Apocalipse 17.5) é
o CATOLICISMO ROMANO, antítese da Igreja de nosso Senhor
Jesus Cristo.
.oOo.
“A GRANDE CIDADE”
Identificam-se as pessoas por suas características pessoais e
pelo próprio nome. Dentre as características, os nomes dos pais, o
lugar de nascimento e certos dados físicos como a estatura, a cor
da pele, dos olhos, dos cabelos e as inconfundíveis impressões
digitais. E, com a ressalva dos homônimos, o nome é a grande
marca identificante.
O capítulo 17 de Apocalipse pormenoriza os caracteres da
igreja caricaturizada. Alegoriza-a à “Grande Cidade” (Apocalipse
17.18; 18.10, 16, 19, 21), à “Cidade Poderosa” (Apocalipse 18.10),
Cidade Ímpar, à qual nenhuma outra se assemelha (Apocalipse
18.18).
Grande, poderosa, ímpar é a CIDADE por antonomásia. Seu
governo está nas mãos do Anticristo ou falso profeta (Apocalipse
16.13; 19.20; 20.21), “o homem do pecado, o filho da perdição”,
“o iníquo” (2ª Tessalonicenses 2.3, 8), que não é outro senão o
“papa” do Catolicismo romano.
Minuciosos esclarecimentos acerca do Anticristo encarnado
na pessoa do “sumo pontífice” são apresentados em meu livro “A
BESTA DO APOCALIPSE”, cuja leitura se faz imprescindível para
quem deseja inteirar-se do assunto nessas páginas expostos com
critério e isento de interpretações fantasistas.
O Catolicismo se centraliza, como no passado ocorria com o
Império Romano alegorizado na besta híbrida de Apocalipse 13.1-
10, na cidade de Roma.
O Catolicismo, com efeito, com revivescência do antigo Império
Latino, qual amazona se escancha sobre uma besta de sete
cabeças (Apocalipse 17.3), figuração de sete montes (Apocalipse
17.9).
Roma, antiga capital do Império Romano e a atual sede do
Catolicismo, é a cidade das sete colinas: URBS SEPTI COLLIS. É a
cidade conjunto de sete montes: COMPLEXA SEPTEM MONTES
(Plínio, o Velho, Hist. Nat., 3, 9).
Em tendo Roma como sua capital, alcunha-se de ROMANO o
Catolicismo e igual designativo se atribui ao seu pontífice.
Roma é para o Catolicismo a GRANDE CIDADE, a CIDADE
PODEROSA, a CIDADE ÍMPAR, a CIDADE POR ANTONOMÁIA. A
CIDADE DESTACADA do resto do mundo!
Por isso, a solene “bênção” do “papa” é URBI ET ORBI (para a
CIDADE e para o mundo).
Sim, ele quer abençoar o mundo inteiro. Antes, porém,
abençoa a CIDADE. URBI ET ORBI!
É do latim URBS (URBI é o caso dativo da terceira declinação)
de onde procedem em nosso idioma os vocábulos urbano,
urbanidade, urbanismo, urbanizar. URBS quer dizer CIDADE. E
nesta locução própria dos corredores vaticanos (URBI ET ORBI) é
ROMA, a GRANDE CIDADE.
Esta expressão atribuída à “bênção” papal, ao distinguir a
CIDADE do restante do orbe, identifica o sistema católico regido
pelo Anticristo, o “papa”, como a GRANDE CIDADE de Apocalipse
17.18.
.oOo.
A MULHER
A falsa igreja, em contraste com a legítima Igreja, é a mulher
distinguida por suas QUATRO características muito próprias, que
a fazem figura exata da hierarquia católica romana.
.oOo.
O NOME
Se as características pessoais e os elementos físicos
identificam as pessoas, o seu nome também satisfaz este objetivo.
Aliás, na mentalidade dos povos semitas o nome não se reduz
a mero apelativo. É o elemento mais típico e inconfundível da
personalidade. O nome e a pessoa se equivalem. É por isso que nas
Sagradas Escrituras a imposição do nome tem grande importância.
Nelas, o “Nome” indica Deus. Significa-O (Levítico 24.11, 16;
Deuteronômio 28.58). O próprio Deus dá nomes aos elementos da
Sua criação (Gênesis 1.5, 8, 10) e determina a Adão fazê-lo com os
animais (Gênesis 2.19). E esta foi a primeira ação intelectual do
homem.
É, por conseguinte, de fundamental relevância, apresentadas
as marcas inconfundíveis da falsa igreja simbolizada na “grande
cidade” e na “mulher”, o ato de Apocalipse 17.5 atribuir-lhe o
nome MISTÉRIO, desdobrado nos sobrenomes “Grande
Babilônia” e “Mãe das Prostituições e Abominações da terra”.
Conforme o testemunho de Sêneca e de Juvenal, as meretrizes
romanas adotavam levar na testa uma cinta de pano com o seu
nome ou o seu apelido gravado.
A mulher figuração da igreja falsa, a torná-la inequívoca,
ostenta no alto da testa, acima do sobrecenho, o seu nome:
“MISTÉRIO”.
O trabalho do Anticristo, de resto, é o de sustentar e
incrementar o “mistério da iniquidade” (2ª Tessalonicenses 2.7).
Sua intimidade com o “mistério da iniquidade” é tão essencial e
esse dele tanto depende que o MISTÉRIO se confunde com o
próprio Anticristo.
MISTÉRIO quer dizer “oculto” ou “escondido”.
As Sagradas Escrituras são sempre completas! Ao nome da
mulher “MISTÉRIO”, elas juntam os sobrenomes, aliás, em
destaque elucidativos. Com efeito, a locução “a Grande Babilônia”
patenteia-nos o profundo significado do nome próprio da mulher.
Em Babilônia nasceu a idolatria e o primeiro deus criado foi
TAMUZ.
Ora, Tamuz tinha tantos nomes que o antigo escritor Plutarco
os fez subir a dez mil (Wilkinson, Egytians, Vol. IV, p. 179).
Dentre esses muitos nomes se distinguia o de SATURNO, por
ser ele considerado o deus dos mistérios.
No vocabulário caldaico, as palavras SATUR e MISTÉRIO são
correlatas por terem ambas o mesmo significado de ESCONDIDO
ou OCULTO.
De Babilônia, naqueles primórdios da humanidade, a mãe da
idolatria e de onde se alastrou esse culto por todo o mundo antigo,
de Babilônia se espalhou o culto ao deus SATURNO e chegou
também à Península Itálica.
Nessa Península ele centralizou-se na região das sete colinas
que, por isso, foi chamada SATÚRNIA, ou seja, a cidade ou
residência de SATURNO.
Posteriormente, o nome foi substituído por ROMA.
E a Itália, dada a florescência em seus limites do culto a
Saturno, foi designada como a “terra saturnina” (Ovídio, Fasti, lib.
VI, 11; Plínio, Hist. Nat., 3, 5; Aurelius Victor, Origo Gent. Rom.,
II).
São dados inquestionáveis da História, intimamente ligados à
capital do Catolicismo.
MISTÉRIO era o sistema religioso de SATUR, o deus oculto!
O “papa” é a autêntica revivescência (prolongada em todos os
séculos da economia da Igreja) do deus SATURNO. Tem ele a sua
sede em Roma, a antiga SATÚRNIA, capital do culto a Saturno. E
sustenta, conserva e incrementa um SISTEMA DE RELIGIÃO
OCULTA. Em consequência, a sua entidade insiste em se designar
“Igreja” Católica ROMANA.
E tem toda a razão!
O Catolicismo só pode ser ROMANO. Sua origem histórica é
ROMANA ou SATURNINA. Sua doutrina é ROMANA ou
SATURNINA.
Como herdeiro inconfundível do culto oculto de Saturno, o
Catolicismo só pode, como seu prolongamento, ser ROMANO.
No Catolicismo tudo é escondido! Tudo deve ser ROMANO!
SATURNINO!
A pessoa do próprio “sumo pontífice”, na conformidade com
aquela dogmática, por considerar-se “vigário” de Cristo, esconde
nele o Espírito Santo (?).
Cabe-lhe ocultar aos outros os seus oráculos, revelando-os só
em ocasiões propícias. Revestido do dom da infalibilidade (?), seus
vaticínios são absolutamente certos e anunciados em
circunstâncias convenientes.
A “interpretação” das Sagradas Escrituras é vedada e vetada
aos fiéis por lhes ser oculta, misteriosa, competindo somente ao
“papa” por ser ele infalível (?).
O “sacramento” da eucaristia em função do qual se celebra a
“missa”, o coração da liturgia católica, o “sacramento” da eucaristia
oculta ou esconde sob as espécies do pão e do vinho, o próprio
Jesus Cristo, com o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Por
isso, Tomás de Aquino, num dos seus hinos chama a eucaristia de
“divindade escondida” (latens deitas). Em 1965, o “papa” Paulo VI
sobre o mesmo “sacramento” publicou uma Encíclica denominada
MYSTERIUM FIDEI (O Mistério da Fé), por principiar ela com essas
palavras.
No Catolicismo tudo é mistério. Tudo é OCULTO. TUDO É
SATURNO!!!
Saturno e SOTURNO!!!
Diz a astrologia, enquadrada e sincronizada às feitiçarias
romanistas, que as pessoas nascidas sob o signo de Saturno são
dotadas de temperamento sombrio, melancólico, ensimesmado,
enevoado, escurentado. São inclinadas a se manterem ocultas,
escondidas.
São pessoas SOTURNAS, taciturnas, lúgubres.
O Catolicismo é tudo isso aí!
Seus ritos são melancólicos. Sua liturgia é escurentada e
enevoada até pela fumaça do incenso. Seus dogmas escondem-se
nos mistérios das definições infalíveis do seu pontífice.
Seus fiéis são pessoas SOTURNAS na sua trágica
desesperança porque o plano de salvação do Catolicismo, baseado
em méritos provenientes de obras, é o cúmulo da insegurança
desesperadora.
Ainda noutro dia viajei de São Paulo, onde resido, a uma
pequena cidade do interior paulista a fim de, em atenção ao pedido
de um sacerdote amigo, falar do Evangelho a uma freira já de
avançada idade. Revelou-me ela o seu desespero, a sua sôfrega
ânsia de salvação. A sua alma perdida nos labirintos soturnos das
devoções católicas se debate no terrível desespero de encontrar
salvação onde jamais encontrará. Sua angústia atingiu o auge de
levá-la a beber a urina da “madre” superiora do seu convento. O
seu coração torturado e soturno move-a a tudo se sujeitar na
busca sofrida e sempre frustrada de vida eterna.
SOTURNOS os devotos católicos porque a salvação deles é
sempre um MISTÉRIO, um assunto escondido aqui na terra e
oculto num escuro purgatório do além.
No Catolicismo tudo é mistério porque o seu “sumo pontífice”,
em sendo o Anticristo, é o “mistério da iniquidade” (2ª
Tessalonicenses 2.7). E do “mistério da iniquidade” só pode
proceder o “engano da injustiça aos que perecem” (2ª
Tessalonicenses 2.10).
Conquanto aparente seriedade e nobreza de conduta, a alma
do seu clero (salvas raríssimas exceções) é de uma saturnal
espantosa pela lama de devassidão a transbordar, desde as
negociatas financeiras até a exploração mercantilista das almas
dos homens, desde as orgias políticas até as bacanais do sexo mais
vilipendiado...
Apesar de demonstrar mansidão, cordura e bondade, a
hierarquia saturnal atinge o máximo de saturnidade pela medonha
vilania com todas as inimagináveis e sombrias manifestações. Que
o diga a lúgubre “Santa Inquisição”, ainda atuante por meio de
recursos mais requintados e mais sinistros do que as antigas
fogueiras, os obsoletos cadafalsos, as medievais masmorras.
E há mais!
Apocalipse 17.5 alude ao nome da mulher alegoria:
“MISTÉRIO”.
Se no caldeu os vocábulos SATURNO e MISTÉRIO, por serem
sinônimos, se correlacionam, há um outro termo de ambos
também correlato por significar a mesma coisa.
É a palavra LAT (latin), de onde procede o vocábulo grego
LATEINOS.
LAT, SATURNO e MISTÉRIO, todos sinônimos por significarem
“escondido” ou “oculto”.
A evidência da sinonimia é clara e indiscutível a ponto de o
termo caldeu LAT originar o verbo latino LATEO, que, em
português, quer dizer precisa e exatamente “estar escondido” ou
“estar oculto”.
Das flexões deste verbo LATEO vieram para o nosso vernáculo
as palavras LATENTE (oculto, encoberto), LATÊNCIA (propriedade
ou capacidade de estar oculto), LATÍBULO (esconderijo).
Do LAT caldaico veio a palavra LATIUM (Lácio).
LATIUM quer dizer “jaz escondido”.
Lácio é o nome dado àquela região depois de haver sido
chamada Satúrnia ou “terra saturnina” (Ovídio, Fasti, Lib. I, 1;
Virgílio, Aeneid., Lib. VIII, 1).
De LATIUM procede LATINUS ou LATINO, em nosso
vernáculo.
O idioma do Lácio foi o LATIM (oculto, encoberto, escondido).
É em decorrência dessa significação que, figuradamente, em nosso
vernáculo “latim” quer dizer “coisa de difícil compreensão”.
O latim ainda peculiar à hierarquia romanista por ser a língua
de mistério, como mistério é Roma, a antiga Satúrnia, hoje sede da
“igreja” ROMANA ou LATINA, onde tudo é encoberto, oculto,
MISTÉRIO... Também as intenções dos seus enfatuados hierarcas
que são sempre subentendidas (latentes) no uso constante e
permanente como uma norma da sua RESTRICTIO MENTALIS, isto
é, restrição mental, ou seja, o ato de ocultar ou disfarçar parte do
pensamento ou da intenção para alterá-lo por completo.
Ainda há alguma dúvida quanto à justeza do nome
“MISTÉRIO” adaptar-se perfeitamente ao sistema católico romano
figurado pela MULHER?
.oOo.
“A GRANDE BABILÔNIA”
No Velho Testamento tudo tipifica acontecimentos do Novo
Testamento. Recheiam-se as Antigas Escrituras de tipos de nosso
Senhor Jesus Cristo. Da Sua Pessoa. Do Seu sacrifício. Dos Seus
feitos.
Nas Escrituras Sagradas encontram-se duas Babilônias.
No Velho Testamento, a Babilônia edificada sobre muitas
águas do Rio Eufrates com as suas muitas derivações e canais
(Jeremias 51.13).
No Apocalipse, a Babilônia simbólica “que se acha sentada
sobre muitas águas” (Apocalipse 17.1), figuração de “povos,
multidões, nações e línguas” (Apocalipse 17.15). Águas notáveis
que, na simbologia bíblica, se comparam à força desses povos
(Isaías 8.7; Jeremias 47.2), força essa sobrepujada pela Babilônia
alegórica.
A Babilônia do Eufrates tipifica o sistema romanista porque
nesta se encontram em elevado grau todas as características
daquela.
A “Grande Babilônia” com que Apocalipse 17.5 sobrenomeia
a Mulher Mistério não pode ser a Babilônia histórica por razões
óbvias. Sobretudo porque aquela Babilônia do passado foi total e
absolutamente extinta. Sobre ela recaíram os tremendos juízos
divinos (Jeremias 50 e 51).
A “Grande Babilônia” é outra Babilônia. É a Babilônia
mística, antítipo daquela.
A fundamental característica a aproximar as duas Babilônias
é a de serem ambas fonte ou origem da idolatria. A da
Mesopotâmia, da antiga idolatria. A mística, a do culto falso a Deus
na vigência da Dispensação da Igreja.
A origem do culto idolátrico daquelas remotas eras finca suas
raízes em Cam, um dos três filhos de Noé.
De Cam, o amaldiçoado filho do patriarca (Gênesis 9.20-25)
procedeu NINRODE, fundador do reino de Babel (Gênesis 10.8,
11), a cidade da rebelião contra Deus (Gênesis 11.1-9).
Semíramis, esposa do monarca Ninrode, “o primeiro a ser
poderoso na terra” (Gênesis 10.8), criou em Babilônia a idolatria,
sendo a sua primeira sacerdotisa.
Por intermédio do seu marido Ninrode, Semíramis conhecia a
grande promessa do Messias Redentor feita por Deus: “Porei
inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu
descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar” (Gênesis 3.15).
E a rainha sacerdotisa tomou para si a promessa e apresentou
seu filho Tamuz como o salvador miraculosamente gerado em suas
entranhas.
Tamuz, recebido como libertador, passou a ser reverenciado e
adorado. Seu nascimento era todos os anos celebrado com pompa.
Em resultado de um acidente, ainda em plena mocidade, veio
a falecer. Então, cada ano comemorava-se a sua morte e a sua
ressurreição, de acordo com a lenda criada.
De Babilônia a religião idólatra se expandiu por todos os
países. Tamuz recebeu outros nomes, para mais de dez mil,
segundo Plutarco. Íris e Osíris no Egito; Eros e Afrodite na Grécia;
Vênus, Saturno e Cupido em Roma; Baal em Sidônia e Canaã.
Com efeito, a terminologia cúltica de todos os povos antigos
tem nos seus nomes o radical dos termos caldeus. E os deuses
salientes de cada nação são designados por nomes babilônicos.
Todas as manifestações da idolatria se reduzem a uma e à
mesma perversa e intencionada corrupção do Evangelho em
embrião na Escritura de Gênesis 3.15, transmitido mais tarde por
Noé a toda a humanidade e, ainda, naquelas eras remotas,
proclamado na experiência de Abraão.
De início, incubada na Caldeia e depois desenvolvida no
Império Babilônico, a sistematização religiosa pagã se transportou
até aos confins da terra, adaptando-se e evoluindo.
Na Dispensação da Igreja, a hierarquia romanista é “a Grande
Babilônia”, por repetir na vigência do Evangelho a trágica
incumbência da antiga Babilônia. Por isso é ela a Babel-Roma,
chafurdada na idolatria como a sua homônima histórica.
É a mais satânica corrupção do Evangelho e o seu útero gera
a aberrante idolatria do culto falso a Deus e na sua demoníaca
atuação se incumbe de alastrá-la por todo o mundo.
Da Babilônia histórica absorveu até o culto à “rainha do céu”.
Roma é a metrópole internacional da idolatria!
Nabucodonosor, o soberano babilônico, no delírio da
ostentação religiosa, mandou construir descomunal imagem de
ouro (Daniel 3.1). De 60 côvados de altura por 6 de largura. Em
correspondendo o côvado babilônico a 58 centímetros do nosso
sistema métrico, aquela estátua tinha 34 metros e 80 centímetros
de altura por 3 metros e 48 centímetros de largura.
A soberba imagem sobressaía em riqueza aos edifícios da
tentacular Babilônia, cuja construção se engrandecia com os mais
ricos e variados mármores, granitos e basaltos.
A suntuosa hierarquia clerical, como nenhuma outra entidade
religiosa, esbanja milhões no seu culto dotado da magia de
incentivar a sua arrogância e a sua prepotência.
Somente essa faustosa hierarquia pode ser “A GRANDE
BABILÔNIA” mística. Nenhuma outra organização preenche os
requisitos de semelhante identificação.
Quem espalha e mantém idolatria na forma de culto falso a Deus
como a religião da hierarquia? Quem como ela é responsável pelo
trucidamento dos santos, os crentes evangélicos? E qual outra
organização religiosa que exibe tão imensa riqueza material?
Se não for o Catolicismo romanista a “Grande Babilônia”
religiosa, pergunto aos insensatos ecumenistas, qual outro sistema
será?
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A IDOLATRIA
NAS SAGRADAS ESCRITURAS
Na linguagem profética da Bíblia, a prostituta é símbolo de um
povo ou de uma instituição que se prostituiu em sentido espiritual.
Em Isaías 1.21, por exemplo, encontramos Deus referindo-Se
a Jerusalém: “Como se fez prostituta a cidade fiel!”. E em
Jeremias 2.20 e 3.6 Ele chama de prostituta a nação de Israel. Em
Ezequiel 16 assemelha o povo de Israel a uma jovem, pobre e
desamparada, a quem Ele estendeu a mão e a tomou por esposa.
Mas, quando essa esposa, que no passado fora desvalida e
abandonada, se viu rica e como uma rainha, esqueceu-se do seu
grande benfeitor e se tornou meretriz. “Confiaste na tua
formosura e te entregaste à lascívia, graças à tua fama; e te
ofereceste a todo o que passava, para seres dele. Tomaste dos
teus vestidos e fizeste lugares altos adornados de diversas
cores, nos quais te prostituíste; tais cousas nunca se deram e
jamais se darão. Tomaste as tuas joias de enfeite, que Eu te dei
do Meu ouro e da Minha prata, fizeste estátuas de homens e te
prostituíste com elas” (Ezequiel 16.15-17). Com elas quem? Com
as imagens! Israel se prostituíra com as imagens!!!
Por intermédio do profeta Oséias, o Senhor Deus emprega
igual metáfora: “O Meu povo consulta o seu pedaço de madeira,
e a sua vara lhe dá resposta; porque um espírito de
prostituição os enganou, eles, prostituindo-se, abandonaram o
seu Deus” (Oseias 4.12).
Prostituta é a pessoa, instituição ou povo que se torna infiel
ao Deus verdadeiro, prestando culto a uma imagem.
A Judá, a Samaria, a Tiro, a Nínive atribuiu a Bíblia metáfora
deprimente, mas merecida pela prática do culto idolátrico e por
afastar o povo do verdadeiro culto a Deus.
Pelas Sagradas Escrituras a idolatria é assemelhada e
ilustrada com as mais vigorosas e brutais palavras.
Classificam-nas elas de VAIDADE (1º Reis 16.13; 2º Reis
17.15; Jeremias 2.5; 10.3, 15; 18.15; 51.18; Habacuque 2.16; Atos
14.15); de MENTIRA (Jeremias 10.14; 13.25; 16.19; 51.17;
Habacuque 2.18; Números 3.1; Isaías 28.15); de MAL (2º Reis
21.15, 16; 2º Crônicas 33.6; 34.33; Deuteronômio 4.25; 9.18;
17.2); de MALDADE (Deuteronômio 17.5; Jeremias 14.10; 23.11;
33.5; 44.3, 5, 9, 22; Ezequiel 6.9; 7.19; 36.23, 31, 33); de COISA
IMUNDA (Ezequiel 7.20); de COISA VERGONHOSA (Jeremias
3.24); de PECADO (Deuteronômio 9.21); de VENTO E NADA (Isaías
41.29); de OBRA DE ENGANOS (Jeremias 10.15); de FALSIDADE
(Isaías 28.15); de REBELDIA (Jeremias 14.7); de INFIDELIDADE
(Ezequiel 16.43); de IMPIEDADE (Jeremias 14.20); de MALÍCIA
(Jeremias 2.2); de CORRUPÇÃO (Deuteronômio 4.16; 9.12; 2º
Crônicas 27.2); de IMUNDÍCIA (2º Crônicas 29.5, 16; Ezequiel
36.29); de VIOLÊNCIA (Ezequiel 8.17); de PREVARICAÇÃO
(Miquéias 1.5); de CONTAMINAÇÃO (Ezequiel 20.7, 30, 31; 23.7,
12, 17); de IMPUDÊNCIA (Jeremias 11.13); de IMPUDICÍCIA
(Ezequiel 23.8, 14, 17); de DEVASSIDÃO (Ezequiel 23.7, 11, 18,
29, 35); de LASCÍVIA (Ezequiel 23.48); de LUXÚRIA (Ezequiel
23.21, 27, 29, 35); de ADULTÉRIO (Jeremias 3.8-9; 13.27;
Ezequiel 16.32; 23.37).
São vocábulos reveladores do conceito por Deus feito à
idolatria, à mentira religiosa.
Na simbologia da PROSTITUIÇÃO e da ABOMINAÇÃO, as
Sagradas Escrituras destacam o asco que Deus lhes devota.
A idolatria é PROSTITUIÇÃO (Êxodo 34.15-16; 2º Reis 9.22;
Jeremias 2.20; 3.2; 13.27; Ezequiel 16.15-17, 20-22, 25-29, 33-34,
36; 20.30; 23.19, 27, 29; 43.7-9; Miquéias 1.7).
É ABOMINAÇÃO (Deuteronômio 17.4; 21.18; 2º Crônicas
33.2; 36.14; Jeremias 13.27; 16.18; 32.34; 44.22; Ezequiel 6.9;
7.3, 4, 8, 9, 20; 14.6; 16.22, 36, 50, 51, 58; 20.7, 30, 36; 33.29;
36.31; 44.6, 7, 13).
E, afinal, em que consiste a ABOMINAÇÃO?
Abominação é a coisa que merece total desprezo e
condenação. É coisa repugnante, nojenta.
Prostituição, a idolatria é repugnante, asquerosa, nauseante.
Merece desprezo e repúdio.
À hierarquia católica calha com absoluta perfeição o nome
MISTÉRIO, a “grande Babilônia”, a “mãe das prostituições e
abominações da terra”.
Se não for ela essa mulher, qual outra instituição será?
.oOo.
A IDOLATRIA
A eficiente didática requer a elucidação dos termos próprios
do assunto em estudo.
ORIGEM ETIMOLÓGICA
O vocábulo epigrafado procede de duas palavras gregas:
EIDOLON (imagem) e LATREIA (culto).
Por conseguinte, etimologicamente, “idolatria” é o “culto das
imagens”.
A palavra “imagem” tem como sinônimo muito adequado o
vocábulo “ícone”, originário do grego EIKON, que expressa o
sentido de “imagem religiosa”.
Nesse caso, idolatria e iconolatria são vocábulos sinônimos.
DEFINIÇÃO
Por conseguinte, IDOLATRIA é a ação pela qual se atribui à
criatura o culto exclusivamente devido a Deus. É adorar ou venerar
uma criatura tida como Deus.
Na antiguidade, os gentios tributavam homenagens religiosas
ao sol, à lua, ao fogo, ao relâmpago, como se fossem deuses. Os
egípcios dirigiam-nas de preferência aos animais (zoolatria), como
aos gatos, ao gavião, ao crocodilo e, de maneira especial, ao deus
Ápis, na forma de um touro negro com malha branca na cabeça, e
a Hator, a vaca símbolo da lua.
FORMAS
São duas as formas idolátricas, ambas por Deus abominadas.
A do CULTO A UM FALSO DEUS, como no caso do sol, da lua,
do boi Ápis, da vaca Hator.
E a do CULTO FALSO AO DEUS VERDADEIRO.
Esta distinção de formas da idolatria deve ficar solidamente
gravada em nossa mente.
AS CAUSAS
Dois motivos preponderantes influenciam a sua prática: o
desequilíbrio da natureza humana provocado pelo pecado desde os
primórdios da Humanidade, aliado a outras influências
psicológicas. E a ignorância do verdadeiro Deus. Ignorância essa
que também entra como fator preponderante neste contexto
cultural.
DEUS E A IDOLATRIA
A idolatria implica em blasfêmia por intentar subtrair a Deus
o culto e a honra que só a Ele competem.
Em sendo, por isso, crime de lesa-majestade divina, Deus a
execra. De todos os pecados é o que mais O injuria e agrava Sua
infinita Santidade.
Em consequência, exige de Seus servos radical afastamento
dela.
E, de feito, ao resolver executar os Seus desígnios salvíficos
em prol do homem, a Sua primeira iniciativa consistiu em separar
Abraão de sua parentela.
Abraão, nascido em Ur da Caldeia, ambiente de adoradores
dos deuses mesopotâmicos ou caldeus. Habitavam seus parentes
além do Rio Eufrates, onde serviam aos deuses da região (Josué
24.2), de onde procedeu e se expandiu toda a idolatria do mundo.
Separando o patriarca de sua parentela (Gênesis 12.1), Deus o fez
no propósito de estabelecê-lo no começo do monoteísmo.
Abraão era filho de Terá, da descendência de Sem, o filho mais
velho de Noé, portanto da décima geração do patriarca sobrevivente
do dilúvio. Quando ele nasceu em Ur da Caldéia, a idolatria
predominava. Com efeito, Ninrode, descendente de Cam, é da
terceira geração de Noé, medeando, pois, entre Ninrode e Araão,
um longo tempo de cerca de 400 anos.
Esse Ninrode fundou a Caldeia e Babilônia. Casou-se com
Semíramis, a criadora do nefando culto, do qual foi sacerdotisa.
Tudo isso, é evidente, se deu muito antes de Abraão.
A primeira iniciativa de Deus no sentido de desenvolver-se o
Seu Plano Redentor foi o de separar Abraão da sua terra e dos seus
parentes por estarem implicados em crassa idolatria.
OUTRA SEPARAÇÃO
De Abraão procedeu o povo escolhido. Este, tangido pela
adversidade de prolongada estiagem com a inerente carestia de
alimentos, fixou-se durante 420 anos no Egito, ambiente
profundamente idólatra, por representar em imagens os seus
deuses.
O longo contacto dos descendentes do patriarca com a religião
egipciana fê-los aceitar a presença dos ícones como normal nas
celebrações do culto, adquirindo, portanto, uma mentalidade
propensa à idolatria.
Deus decidiu retirar o Seu povo dos ergástulos egípcios e levá-
lo ao monoteísmo puro e à adoração isenta de representações
materiais.
A longa jornada de 40 anos pelos desertos, liderada por
Moisés, o herói das triunfais epopeias, serviu para criar a sua
consciência nacional embasada na fé em um único Deus, Espírito
transcendente. Com este propósito, o Senhor Deus convocou
Moisés ao cume do Sinai, onde lhe entregou as Suas leis e, no
Decálogo, um código suscinto e sobremodo completo que Êxodo
20.1-17 e Deuteronômio 5.7-21conservam.
Dos Dez Preceitos, no que mais Ele Se estende é no da
condenação à idolatria ou culto de imagens representação da
Divindade: “Não farás para ti imagem de escultura, nem
semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo
na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem
lhes darás culto; porque Eu sou o Senhor, teu Deus, Deus
zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira
e quarta geração daqueles que Me aborrecem e faço
misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e
guardam os Meus mandamentos” (Êxodo 20.4-6).
.oOo.
A DESCARADA MANCEBIA
Nas páginas sagradas da Bíblia encontro o Catolicismo. Em
Atos dos Apóstolos 15 deparo-me com suas raízes na tese dos
“cristãos legalistas”.
Entre o Evangelho e o paganismo crasso a diferença
fundamental é esta: O Evangelho requer para a salvação do
pecador unicamente a fé em Jesus Cristo como único, porque todo-
suficiente Salvador, enquanto o paganismo exige méritos pessoais
do pecador decorrentes da prática de obras.
Entre o Catolicismo e o Evangelho a divergência recai em
outro aspecto. O Catolicismo anuncia a necessidade da fé em
Cristo para a salvação. Isto é verdade! A fé, no entanto, é
insuficiente. Exige ele também a prática de obras dentre as quais a
observância de determinados ritos e devoções. No contexto da
teologia católica, por conseguinte, a fé, como veículo da graça
salvadora, é insuficiente.
Essa tese básica do Catolicismo é a mais violenta adulteração
do Evangelho. E dela decorrem todos os absurdos e dislates do
ideário católico.
Prevendo as trágicas conclusões a que chegaria esse desvio
inicial do Evangelho, Paulo apóstolo saiu à liça em prol da toda-
suficiência do sacrifício de Cristo e em prol da fé evangélica como o
único instrumento pelo qual Deus ao pecador comunica a graça
salvadora.
Se ele se realça como pregador da Palavra da Verdade,
notabilizou-se muito mais como defensor da Verdade da Palavra.
“Estou incumbido da defesa do Evangelho”, identifica-se ele aos
filipenses (Filipenses 1.6).
Do seu insigne ministério de resistência às insídias das
falsificações do Evangelho procedem as suas duas luminosas
Epístolas aos Romanos e aos Gálatas, sobre as quais eminentes
inteligências vêm consumindo as melhores energias sem jamais
esgotar suas pesquisas.
Pela luta denodada do bravo batalhador se salvaguardou a
pureza doutrinal do Evangelho, mas não se conseguiu enfrear a
expansão do erro.
Nem a violência das perseguições obteve sufocar o Evangelho.
O sangue dos mártires sempre é semente de cristãos!
A virulência da heresia, entretanto, superou a fidelidade dos
crentes e incrementou o desenvolvimento do Catolicismo, a MÃE
em e de cujas entranhas corrompidas, sempre fecundadas pelo
“infalível” Anticristo, o “papa”, são geradas e despejadas em
contínuas e ininterruptas derivações as crias idolátricas.
PAI E MÃE
O Catolicismo, o sistema religioso construído sobre a
hierarquia clerical fundamentada no “sumo pontífice”, é com
incontestável razão a MÃE, a MÃE IGREJA.
Com indiscutível motivo, outrossim, o seu “pontífice”, seu
monarca supremo, é o “PAPA”.
Nesta Dispensação, a encarniçada guerra de Satanás é contra
a Igreja. E sua potente arma é a paródia.
A violência das perseguições esmagou multidões. A imitação
burlesca do Evangelho, contudo, tem, em irremediáveis prejuízos
para as almas, produzido rentabilidade de elevadíssimos
percentuais para Satanás.
A Cristo opõe ele o Anticristo. À Igreja contrapõe “a mãe das
prostituições”.
O Anticristo, seu plenipotenciário (que outro não é senão o
“papa”), apresenta-se cordeiro a operar grandes sinais no intento
de enganar e seduzir (Apocalipse 13.11-14).
Em meu livro, “A BESTA DO APOCALIPSE”, à luz de Daniel e
do Apocalipse, demonstro ser o “papa” o Anticristo. Por isto, a
leitura desta obra torna-se recomendável.
O Diabo, criador de ambos, do Anticristo e da Mulher
Mistério, celebrou a mancebia dos dois.
Amancebados, do seu leito imundo procriam todas as
adulterações e prostituições.
O Anticristo é o pai porque cabe-lhe a ação de, com seu
sêmen, enxertar a concubina, “a mãe das prostituições” .
Com efeito, o Anticristo é o “papa”.
“Papa” quer dizer pai por excelência. Pai soberano. O pai
inexcedível. O termo não é novo nas esferas religiosas. Os antigos
poetas, por admitirem Júpiter pai dos deuses, chamavam-no de
PAPPAS.
Este vocábulo grego inspirou o emprego da palavra PAPA,
formada pela junção das duas palavras latinas PATER PATRUM
(pai dos pais) porque, qual Júpiter, o “papa” quer ser o PAI DOS
PAIS, parodiando a posição de Deus, o verdadeiro Deus Soberano.
Também se designa ele de o “SANTO PADRE” porque de todos
os “padres” é ele o maioral.
“SANTO PADRE”, por ser ele o PADREADOR, o reprodutor
máximo, o garanhão, de sua aleivosa concubina.
Na postura de PAI, é ele o INFALÍVEL!
Infalível, seu sêmen se entranha no útero de sua MULHER
PROSTITUTA, sua concubina MISTÉRIO, e gera as práticas
idólatras e as mentiras religiosas.
A única diferença entre o Catolicismo e o paganismo que
sempre se identificou com a idolatria está em que o Catolicismo, o
sistema satânico do Anticristo, para enganar e seduzir, emprega
uma terminologia bíblica.
Com este disfarce, ele sustenta as práticas e crenças do velho
paganismo, do qual, aliás, é universal herdeiro e seguro
continuador.
Essa própria infalibilidade do “papa”, o pai amancebado com a
prostituta MISTÉRIO, procede do paganismo.
O pontífice católico tem a sua residência no VATICANO.
Ora, VATICANO também é um deus da mitologia latina que,
em um campo vizinho da Roma Antiga, proferia oráculos infalíveis.
Atribuía-se-lhe o nome Vaticano porque Vaticano é uma
palavra derivada do vocábulo latino VATICINIUM, que quer dizer
ORÁCULO, que, por sua vez, corresponde a INFALÍVEL.
Do substantivo VATICINIUM vem o verbo também latino
VATICINARE e lhe são correlatas as palavras VATICINANS,
VATICINATOR (vaticinante, vaticinador).
Vaticínio é predição, prognóstico.
Os adivinhos, sacerdotes do deus VATICANO, residiam
naquele campo próximo, mas fora de Roma, e ali davam as suas
consultas.
O imperador Calígula transformou parte daquele sítio em
jardins. O truculento imperador Nero, por sua vez, mandou depois
melhorá-lo e construir um circo ou estádio de esportes.
Constantino Magno, posteriormente, no local edificou a
Basílica de São Pedro e o vasto palácio da habitação do “bispo” de
Roma.
Em julho de 1870, com a unificação da Itália, o soberano
papal perdeu todos os territórios dos Estados Pontifícios, tornando-
se, perante as novas leis italianas, um cidadão comum. Em 11 de
fevereiro de 1929, Benito Mussolini tirou-o desta situação vexatória
para a sua empáfia, ao criar, com o Tratado de Latrão, o Vaticano
como nação independente da Itália e reconhecendo o “papa” como
o seu chefe político.
É daí que o “papa”, o deus vaticano, agora se tornou de novo
cabeça de uma nação, cercado de sua corte de áulicos, e pronuncia
os seus oráculos infalíveis. Com sua boca fala grandes coisas
(Daniel 7.8, 20), profere palavras contra o Altíssimo (Daniel 7.25) e
fala como dragão (Apocalipse 13.11).
Na condição de Vaticano, instalado no seu trono, o pontífice,
com os seus pronunciamentos em nome de Jesus Cristo, adultera
e corrompe o Evangelho. Na sua arrogância de “papa’ infalível,
vigário de Cristo, usurpador dos atributos de Deus, o Altíssimo,
com palavras grandiloquentes em nome do Evangelho degenera,
impugna e desdiz tudo quanto, em Sua Santa Palavra, Deus ensina
e diz.
É lá do Vaticano que o atual deus vaticano, o “papa”, o pai
fertilíssimo semental, com a sua “infalibilidade”, fecunda as
entranhas de sua concubina, “a mãe das prostituições”.
“MATER ET MAGISTRA”
MÃE E MESTRA é o título de uma carta encíclica do “papa”
João XXIII porque, segundo o costume vaticanista, com estas
palavras principia o escrito.
Ao tempo de sua publicação, causou enorme sucesso e
carreou imenso prestígio para o pontífice autor. Suas orientações,
na esperança generalizada, resolveriam todos os problemas sócio-
econômicos do mundo inteiro. Produziu na imprensa mundial uma
imensidão de elogios. Anos seguintes caiu no esquecimento e os
problemas do mundo, sobretudo nos países católicos, continuam
os mesmos, senão mais agravados.
MATER ET MAGISTRA é a “igreja” do “papa”. E com carradas
de razões!
Essa “igreja” é a MATER, “a mãe das prostituições e
abominações da terra” (Apocalipse 17.5).
Essa “igreja” é MAGISTRA, a “mestra de feitiçarias” (Naum
3.4).
João XXIII não podia, realmente, empregar outra locução que
calhasse melhor para a sua “igreja”: MATER ET MAGISTRA. Nisto
ele foi sábio. Inspirado por Satanás, ele acertou como nunca!
MATER ET MAGISTRA, a Mulher Mistério, em mancebia com
o Anticristo, o “papa”, o PAI, PATER PATRUM, enxertada pelo seu
“papa”, na ânsia de, em suas prostituições, reproduzir mais e mais,
indefinidamente, com soberba e contumácia desmedidas, obstina-
se em contrariar a Palavra de Deus.
Deus define a Unicidade e a toda-suficiência do sacrifício de
Cristo. Vem ela, deturpando, exigir, por meio da sua MISSA, a
repetição e a renovação daquele sacrifício.
Deus ensina sobre a fé ser ela o único e bastante veículo de
comunicação da Sua graça salvadora. Vem ela, adulterando a
Palavra de Deus, exigir obras, “sacramentos”, devoções, sacerdotes
e uma horda de “santos” e de “nossas senhoras” ...
MATER ET MAGISTRA, “mãe das prostituições” e “mestra
de feitiçarias”, recalcitra, com feroz obstinação, em contrariar a
Palavra de Deus e aviltar o Evangelho.
Nosso Senhor Jesus Cristo é a sua principal vítima na trama
de suas falsificações. Espezinha-Lhe o sangue ao, na prática,
negar-Lhe a toda-suficiência.
Nega-Lhe valor infinito a Seu sacrifício ao propor, através da
missa, a renovação ou repetição dele. Conspurca a legítima fé
evangélica nEle e por Ele requerida, quando exige prática de obras,
supostas causas de mérito.
E, como se não bastasse tudo isso, ainda expõe o Salvador a
situações de extremo ridículo perante as consciências sensatas.
As imagens que dEle fabrica e exibe nos seus altares, de em
extremo grotescas, transformam-nO em objeto de escárnio. A
semelhante situação expõem-nO as relíquias que dEle inventou.
Relíquias são aqueles objetos que estiveram em contacto com
Jesus Cristo, dizem os corifeus da prostituta.
Fragmentos de presépio conservam-se na Basílica de “santa”
Maria Maior, em Roma. A casa da Sagrada Família, de Nazaré,
onde Cristo passou Sua adolescência e mocidade,
miraculosamente, foi, em 1295, transportada pelos anjos para a
Itália, e até hoje se encontra em Loreto, onde, em fins de 1979, o
“papa” João Paulo II foi rezar e cumprir outras devoções em prol de
sua excursão aos Estados Unidos, confirmando desse modo o
contínuo e atual apreço clerical às relíquias engendradas pelo clero
mistificador.
A túnica inconsútil, segundo a lenda idólatra, está na
Catedral de Treveris, na França. Uma túnica de Jesus adolescente,
descoberta por Carlos Magno (tão analfabeto que nem riscava em
garranchos o próprio nome), está em Argentenil, também na
França. A mesa de cedro da última ceia pascal e também da
instituição da Ceia do Senhor, que a teologia romanista teima em
classificar de primeira missa, está na Basílica de “são” João de
Latrão. A toalha de linho dessa mesa da Ceia, em Munich-
Gladbach, na Alemanha. O sudário com o qual envolveu-se Cristo
morto, em Turim, na Itália. O véu usado por Verônica ao enxugar-
Lhe o rosto quando a caminho do Gólgota, na Basílica de “são”
Pedro, no Vaticano. A coroa de espinhos, em Paris. As faixas com
as quais Sua mãe O envolveu quando criança guardam-se na
França, na Aix-la-Chapelle, junto das quais há um vestido da
própria Maria.
A verdadeira cruz encontrada, segundo a lenda, por Helena,
mãe do imperador Constantino, foi repartida, de início, em duas
metades. Uma delas ficou em Jerusalém, na igreja do Santo
Sepulcro, e a outra foi levada para Roma. Posteriormente, dividida
em muitos e reduzidos pedaços, espalhou-se por todo o mundo.
Às mentes esclarecidas essas relíquias causam vergonha e,
quando não esclarecidas pelo Evangelho, as levam a menosprezar
a Pessoa Divina do Salvador.
Em vista da cognominada missa, da presença real e física de
Cristo na hóstia, da deturpação dos fundamentos do Evangelho e
das lendas ilusórias das relíquias, conclui-se que nenhuma outra
instituição avacalha tanto Jesus Cristo e Sua Obra salvífica como a
MATER ET MAGISTRA, “mãe das prostituições” e “mestra de
feitiçarias”!!! E, como nenhuma outra, ergue os mais dificultosos
óbices para a salvação das almas.
.oOo.
O DECÁLOGO
Encontramo-lo em Êxodo 20.3-17 e em Deuteronômio 5.7-21.
São os DEZ MANDAMENTOS da Santa Lei de Deus.
Pois bem, a “mãe das prostituições” retirou o Segundo
Preceito. Exatamente o da condenação do culto das imagens.
E, para justificar esta ablação, em seus catecismos, adota
uma simplificação total no enunciado dos outros Mandamentos.
Conservar um Decálogo de nove Preceitos seria uma
contradição de palavras. Então, para se safar, dela dividiu o último
Preceito em dois.
Eis os seus mandamentos divulgados pelo catecismo
aprendido de cor pelos seus fiéis:
“OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS SÃO DEZ:
1º - Amar a Deus sobre todas as coisas;
2º - Não tomar o Seu Santo Nome em vão;
3º - Guardar domingos e festas de guarda;
4º - Honrar pai e mãe;
5º - Não matar;
6º - Não pecar contra a castidade;
7º - Não furtar;
8º - Não levantar falso testemunho;
9º - Não desejar a mulher do próximo;
10º - Não cobiçar as coisas alheias”.
O SEGUNDO PRECEITO
É claro, límpido, afirmativo, categórico: “Não farás para ti
imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em
cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo
da terra. Não as adorarás nem lhes darás culto; porque Eu sou
o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos
pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que Me
aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que
Me amam e guardam os Meus mandamentos” (Êxodo 20.4-6;
Deuteronômio 5.8-10).
Imaterial, espiritual, Deus é invisível.
A rigorosa proibição de se representar Deus em imagens
materiais aparece aí no Decálogo íntima e essencialmente unida ao
monoteísmo.
Deus único (“não terás outros deuses...”) veta qualquer
representação plástica (“não farás para ti imagem... figura
alguma...”).
O culto aos falsos deuses e às imagens do verdadeiro Deus é,
ao mesmo tempo, radicalmente proibido.
Qualquer criança ou mobralista ao ler o Preceito entende o
seu sentido e o alcance da sua proibição.
Também aqui se trata de simplesmente entender o escrito.
Não se trata de questão de interpretação.
A gravidade da determinação divina se revela também pelas
sérias ameaças. Ao transgressor inflingem-se duros castigos: “Sou
Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a
terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem” .
Toda vez que leio estes versículos recordo-me de um
acontecimento muito triste. Em minhas férias de seminarista
católico, atendendo orientação de meus superiores clericais,
promovi a “consagração” de minha família a “nossa senhora”.
Na sala principal de nossa casa, lá no interior do Estado de
São Paulo, montei um altar todo coberto de azul (a cor de “nossa
senhora”), enfeitado com muitas flores e iluminado de velas.
À hora aprazada daquele dia 2 de fevereiro de 1943 chegou o
vigário a oficializar o ato. A sala e os quartos cheios de convidados
que alternavam com o seu vigário a reza do terço e das ladainhas.
Tudo entremeado de cânticos. À prédica do sacerdote seguiu-se o
ato consecratório. Meus pais, meus irmãos e eu, todos ajoelhados
ali, diante da imagem de “nossa senhora das graças”, lemos a
fórmula de consagração. E todos assinamos aquele papel. Guardo-
o até hoje e, de vez em vez, olho-o e sempre com grande tristeza.
Grande tristeza porque exatamente naquele dia principiou a
tragédia do nosso lar. Abateu-se o infortúnio sobre a nossa casa
até destruí-la por completo.
O Senhor, Deus zeloso, visitou a nossa iniquidade!
Dos sete irmãos que éramos, e eu sou o mais velho, restam
apenas três. E de todas as desgraças esta foi a mais suave.
.oOo.
TEIMOSIA ACINTOSA
DA MULHER MISTÉRIO
O Preceito é de uma clareza cristalina que não admite
subterfúgios. Categórico, recusa sofismas.
“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança
alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem
nas águas debaixo da terra”.
Lá vem a acintosa “mãe das prostituições”, a Mulher
Mistério, contrariando a determinante Palavra de Deus e ordena a
fabricação de imagens. Imagens de tudo e sob todas as desculpas,
inclusive a da arte. E a da didática!
E manda fazer imagens ou representações “de tudo o que há
encima nos céus...”
Manda fazer imagens ou representações do Pai como um velho
barbudo ou na forma de um olho arregalado no interior de um
triângulo. Do Filho, como uma criança, como homem feito de
coração de fora, com os braços amarrados ou estendidos, a
carregar a cruz ou nela cravado. Do Espírito Santo como uma
pomba.
De anjos, de serafins, de arcanjos, de querubins com asas
mais abertas ou mais fechadas e nas vestes das mais variadas
cores. Imagens dos espíritos angélicos em madeira, bronze, gesso e
também na forma de crianças que desfilam nas procissões ou
coroam as madonas no mês de maio.
Imagens do sol, da lua, de estrelas, de cometas sob os pés da
“virgem”, nas lapinhas de dezembro e nas cabeças esplendentes
dos ícones.
Contrariando a clara Palavra de Deus, “mãe das
prostituições”, “de tudo que há embaixo na terra” faz imagens...
De homens: santos patriarcas, profetas, apóstolos,
evangelistas... De mulheres e homens canonizados a peso de ouro
pela infalibilidade do “papa”, o supremo vértice da hierarquia
clerical, a imagem da besta... De mulheres, as mais impudicas, e
de homens, os mais truculentos, como Domingos de Gusmão,
elevado às honras dos altares, exatamente por haver, numa manhã
de domingo, durante a celebração da missa, ateado fogo ao templo
católico com as portas cerradas por haverem lá dentro se refugiado
alguns servos de Deus acossados pela sua sanha de ódio
inquisitorial.
Imagens de quadrúpedes, bípedes e répteis! Um boi para “são”
Mateus, um leão para “são” Marcos, um cachorro para “são” Roque
e outro para “são” Bernardo e mais um (e este peludo) para “santa”
Madalena. Uma águia para “são” João Evangelista, um cavalo para
“são” Jorge, um porco para “santo” Antão, um carneiro para “são”
João Batista, uma pomba para o Espírito Santo. Sob os pés da
“senhora” da Conceição uma serpente a espremer nas mandíbulas
arreganhadas uma fruta vermelha. Uma infinidade de bichos para
a sua infinita corte santoral...
Imagens até do próprio demônio conjuntamente com “são”
Miguel Arcanjo...
Imagens de objetos! De palmas, de salvas, de jarros, de
bordões, de cruzes, de lenços, de flores, de galhos...
Deus explicita Sua proibição também quanto aos peixes e
animais aquáticos: “nem nas águas...” A “mãe das
prostituições”, de ventre enxertado pelo seu amásio, o “papa”, e
em oposição ostensiva e arrogante à Palavra do Senhor, todavia,
determina fazerem-se imagens de crocodilos, de peixes. Peixes em
telas, peixes pintados ou bordados nas toalhas da sua liturgia.
Peixes na forma de distintivos para a lapela dos paletós.
O PARTEON
Para abrigar todos os deuses o edificou, no ano 25 a. C., o
pagão Marcos Vespasiano Agripa, genro do Imperador Augusto, e o
dedicou a Júpiter, depois a Marte e a Vênus. E acabou este templo
abrigando todos os deuses do Olimpo.
Mármores, pórfiros, granitos, bronze, ouro, prata, marfim,
tornaram o Parteon no mais rico dos templos do antigo
paganismo. A maior maravilha da velha engenharia, por sua
imponência e suntuosidade, perfeição arquitetônica e solidez.
Nos princípios do século VII, Focas, o Imperador tirano e
usurpador do Império, doara-o ao “papa” Bonifácio III, ao qual
outorgou, outrossim, o título de bispo universal do Catolicismo.
Focas não só deu imenso impulso ao culto das imagens como
também ao culto da pessoa do supremo hierarca de Roma porque
idolatria e papolatria sempre andam de mãos dadas.
Bonifácio III o transformou em templo romano em 608.
Bonifácio IV encheu-o de relíquias, em grande número, recebendo
a antiga morada de Júpiter o nome de “santa” Maria dos Mártires.
Aquele Parteon do antigo paganismo tornou-se relicário do
paganismo contemporâneo. Ele significa muito bem o Catolicismo:
o panteão de todos os deuses.
A grande prostituta, cuja nefanda missão é a de, com a
prostituição do seu culto aos ídolos, corromper a terra (Apocalipse
19.2).
Com efeito, o Catolicismo, o panteão de todos os ídolos, em
sendo a permanente revivescência de todas as manifestações de
idolatria, encampou e carrega no seu imenso e insuperável ventre
todos os deuses e semideuses do paganismo, pluralizando o
número deles, na sua corte de todos os “santos”.
Em Atenas comemoravam-se as dipolias, as festas anuais em
honra de Júpiter Policus, o padroeiro da cidade. O Catolicismo, à
imitação do velho paganismo, tem, para cada cidade, cada
província, cada país, cada vilarejo, um orago. “São” Jorge para a
Inglaterra, “senhora” Aparecida para o Brasil, “são” Sebastião para
o Rio de Janeiro, “senhora” do Carmo para o Recife... Os seus
deuses são tão numerosos como os países, as cidades, os vilarejos
(Jeremias 2.28).
No antigo paganismo atribuía-se um protetor para cada
doença, para cada órgão. Mercúrio para as doenças da garganta e
dos pés, Vesta para os ferimentos causados pelo fogo, Cupido para
as doenças dos olhos.
O Catolicismo sincretista segue a mesma rota. Na sua
farmacopéia mística tem um protetor para cada enfermidade e para
cada órgão do corpo humano. “São” Brás para a garganta. Para os
olhos “santa” Luzia. “São” Lázaro para a pele. As queimaduras têm
em “são” Vicente o seu aliviador.
Também para cada profissão um padroeiro. “São” Cristóvão
para os motoristas, “são” Sebastião para os pecuaristas, “são” José
para os carpinteiros, “santo” Tomás de Aquino para os filósofos,
“são” Francisco de Sales para os jornalistas, para os comerciantes
(sobretudo os desonestos) “são” Dimas. A “senhora” de Loreto para
os viajantes.
Os jornais de ontem, 9 de setembro de 1979, noticiam a ida
do “papa” João Paulo II ao santuário da “senhora” do Loreto pedir-
lhe a proteção para a sua viagem à Irlanda e aos Estados Unidos, a
ocorrer agora nos princípios de outubro. O próprio pontífice dá o
exemplo de recorrer aos “padroeiros” neste Catolicismo reformado e
renovado com o Concílio Vaticano II, como querem imaginar os
pascácios da boa vontade.
O Catolicismo é a revivescência do antigo paganismo! E, como
o velho paganismo não podia sobreviver sem imagens, o
Catolicismo com elas se identifica.
Na antiguidade, Flora era a deusa das flores. O Catolicismo do
“papa” tem a sua “santa” Rosa de Viterbo, a “santa” das rosas, com
um avental cheio delas. “São” Cosme e “são” Damião, os “santos”
das crianças, Castor e Pólux, os antigos gêmeos, a dupla dos
deuses da fecundidade. “Santa” Bárbara, invocada nas
tempestades e nos perigos dos raios. É a atualização da deusa
Fulgura.
“Santa” Rita de Cássia é a catolicização de Chera, a deusa das
viúvas, porque ambas exercem a mesma função.
“Santo” Antônio é honrado com a “trezena” numa lembrança
continuada da lapidaçan, as festas celebradas em treze dias
seguidos em honra de Damia e Auxência.
O culto católico, salada de todos os cultos pagãos da
antiguidade, é motivo de zombaria para as pessoas sensatas, como,
de resto, acontecia naqueles velhos tempos quando os pensadores
contemporâneos da época não poupavam o ridículo para as
devoções então em uso. Heráclito, Xenófanes, Antístenes, Zeão,
Sófocles, Plutarco, Sêneca, Heródoto... Todos chacoteavam a
proliferação de deuses. Diógenes, de certa feita, atirou ao fogo uma
imagem do deus Hércules, zombeteando: “Vamos, realiza a tua
décima terceira façanha, ajudando-me a cozinhar o meu prato de
lentilhas”.
A pregação dos profetas vergastava a propensão dos israelitas
em copiar os cultos cananeus, fenícios, assírios e caldeus (Oséias
2.10; 8.4; 10.5; 11.2; Isaías 2.8; 10.10; 17.7; 40.12-26; 44.9-20;
Jeremias 2.26-28; 10.1-16; Ezequiel 8.14, 16; 23.20).
Podemos fazer nossas sátiras do profeta Isaías e atirá-las à
face da devoção católica!
O ridículo das suas imagens, já pelo contorno em aberração à
anatomia do corpo humano, já pela cromática extravagante,
culmina, todavia, quando o seu escultor ou pintor imprime na sua
obra as suas tendência pessoais ou o seu temperamento. Leonardo
da Vinci, por exemplo, caricaturizou por essa forma o seu “são”
João Batista na figura de andrógino, com um sorrizinho “à
gioconda”, inconcebível no austero precursor de Cristo. É que da
Vinci, apaixonado da beleza feminina, nem sempre fugia à tentação
de velar a masculinidade...
.oOo.
O CULTO CATÓLICO
A idolatria é da sua estrutura. Dela vive e sobrevive.
Retirá-la seria a sua definitiva extinção.
Nesse contexto, subsistem todas as superstições.
3)- Diz o vulgo: Santo de casa não faz milagres. E não faz
mesmo!
A imagem da “senhora aparecida”, fac-símile, cópia fiel, em
madeira de cedro, da “verdadeira”, que está em sua Basílica em
Aparecida do Norte, benta lá na colina sagrada por sacerdote mais
santo do que os outros, porque vigário da igreja da “santa”,
permanece, de há muitos anos, no oratório doméstico. Diante dela
os familiares se prostram todas as noites para as rezas
costumeiras. As flores mais bonitas se destinam a perfumar o seu
oratório. A lâmpada votiva, dia e noite, bruxoleia no copo de óleo...
Santo de casa não faz milagre...
A promessa, na contingência de uma necessidade, é feita para
a “senhora aparecida” de Aparecida do Norte, a “verdadeira”.
Aquela, sim, é milagrosa. É a padroeira do Brasil!
Os sacerdotes incentivam as romarias até lá. Divulgam as
imagens da “senhora aparecida” para os templos, para as capelas
rurais, para os oratórios domésticos, mas a “verdadeira”, a
padroeira da Pátria, é aquela de Aparecida do Norte. Todas as
outras, mesmo as mais valorizadas por terem sido benzidas na
própria Basílica, servem somente para promover a “verdadeira” e
difundir a devoção a ela. Servem para estimular as romarias até
Aparecida do Norte.
A Basílica de Aparecida é muito mais importante do que todos
os templos e capelas dedicados à “senhora aparecida”, tanto assim
que ela está sob a jurisdição imediata e direta do “papa”, que
mantém lá um representante seu.
Taubaté e Lorena, grandes cidades vizinhas, são sede de
bispado. Distam uma da outra apenas 80 quilômetros. Entre as
duas, Aparecida do Norte é arcebispado. Lorena é muito maior do
que Aparecida. E Taubaté nem se fala. Aparecida nem condições
tem para ser simples bispado. E nem há necessidade alguma para
o atendimento de um eficiente pastoreio. A “santa” Sé instalou lá a
arquidiocese para fomentar o culto aparecidolátrico.
A mesma supervalorização e a mesma dependência do
Vaticano ocorrem com as outras “nossas senhoras” surgidas de
aparições prodigiosas como Luordes e Salete na França, Loreto na
Itália, Fátima em Portugal. Só para mencionar uns poucos
exemplos.
Se alguém ridiculariza o culto desses santuários com o
contingente de suas esdruxulidades e feitiçarias, não falta católico
“esclarecido” que diga ser coisa do povo ignorante. Mas por que a
hierarquia supervaloriza Aparecida, guindando-a à condição de
arquidiocese e consagra o seu templo como Basílica? Por que os
sacerdotes se revezam nas celebrações das cerimônias, sobretudo
em tempos de romarias intensas?
Duas moças discutem. Solteiras, anelam casar-se quanto
antes. Os rapazes, seus pretendentes, já escasseiam. Residem
ambas na Capital de São Paulo. Ambas, sob o receio de um
celibato imposto pelo “destino”, são devotas, devotíssimas!, de
“santo” Antonio, o “santo” casamenteiro, o cupido católico. Uma,
contudo, é devota do “santo” Antonio do Pari. A outra, do da Praça
do Patriarca. Cada uma, para defender o seu “santo” Antonio conta
prodígios. Um mais mirabolante do que o outro.
E a presença dos sacerdotes no altar de “santo” Antonio tanto
do Pari como da Patriarca oficializa a rivalidade dos devotos.
.oOo.
.oOo.
IMAGENS CATÓLICAS
E IDOLATRIA
Distinguem-se duas formas de idolatria: a do CULTO AOS
DEUSES FALSOS e a do CULTO FALSO AO DEUS VERDADEIRO.
Idolatria é cultuar o sol, a lua, Tamuz, Baal, Baco, Vênus, Ísis,
Osíris, Júpiter... Todos os deuses do velho paganismo. Os deuses
do atual paganismo do Extremo Oriente.
O culto falso e vão ao Deus verdadeiro, contudo, também é
idolatria, embora os sacerdotes da MATER ET MAGISTRA relutem
em ensinar o contrário.
E nesse culto vão incluem-se as imagens.
Deus abomina as duas manifestações idolátricas. Abomina
com maior intensidade e com maior repulsa o das imagens em Sua
honra porque elas em extremo O desonram.
Ofende muito mais a Deus o chamado cristão que Lhe oferece
culto através dessas “representações” do que o pobre indígena que
venera o sol, se curva diante de uma árvore frondosa ou imola seus
próprios filhos a qualquer Moloque.
A VONTADE DE DEUS
Em Êxodo 20.4-5 ela é expressa e clara: “Não farás para ti
imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em
cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo
da terra. Não te encurvaras a elas nem as servirás” (veja
também Deuteronômio 5.8-9).
Neste mandamento, o Senhor Deus condena não só as
imagens de deuses pagãos, mas também os ícones em Sua
devoção.
O Cristianismo legítimo é o culto sem imagens exatamente por
crer em Deus VIVO, invisível, imaterial, por ser puro espírito.
As Sagradas Escrituras não definem Deus e nem se
preocupam em demonstrar a Sua existência.
Princípio supremo de inteligibilidade, é Ele uma realidade que
se impõe. A Sua manifestação é o mais real e concreto de todos os
fatos, de tal modo que se torna impossível entender o Universo e a
História se dEle se abstrair.
Espiritualmente puro, puríssimo, que transcende a matéria,
Deus jamais pode ser representado em figuras plásticas.
Omitem-se as Sagradas Escrituras de qualquer tentativa de
defini-lO, porque seria limitá-lO. Intranscendentalizá-lO!
Ante a pergunta ansiosa de Moisés quando da experiência da
sarça ardente, por desejar conhecer-Lhe o Nome, Deus respondeu:
“Eu sou o que sou” (Êxodo 3.14).
A resposta deixa Moisés na incompreensão... Na
incompreensão consentânea com a finitude e as limitações
humanas perante a Divindade.
Deus é o Deus VIVO, em contraposição aos ídolos, inertes e
mortos.
“Eu sou o que sou”, com toda a determinação que esta
fórmula implica.
Definir Deus ou definir-Se Deus é absolutamente impossível.
Como se atreve a “mãe das prostituições” representá-lO
plasticamente com a matéria?
O absurdo das imagens de Deus é tão gritante e escandaloso
que, não tendo por onde escapar, a própria versão católica da
Bíblia, “A BÍBLIA MAIS BELA DO MUNDO”, divulgada pela Editora
Abril (São Paulo), depois de autorizada pelo Imprimatur canônico
da Arquidiocese de São Paulo, em nota de rodapé, no tocante a
Êxodo 20.4-5, elucida: “Com o Segundo Preceito não se proibia
apenas o culto idolátrico, mas também o próprio culto de Javé, sob
qualquer forma de imagem. A tentação de confundir e identificar a
imagem com a realidade constitui o fundamento dessa proibição”.
Deus é transcendente! E, em decorrência, Isaías pergunta: “A
quem, pois, fareis semelhante a Deus ou com que o
comparareis?” (Isaías 40.18). A ninguém e a nenhuma figura.
Aliás, o próprio Deus, por intermédio desse profeta, interroga:
“A quem, pois, Me comparareis para que Eu lhe seja igual?”
(Isaías 40.25).
A resposta decisiva vem dEle mesmo: “Eu sou o Senhor, este
é o Meu Nome; a Minha glória, pois, não a darei a outrem, nem
a Minha honra, às imagens de escultura” (Isaías 42.8).
Só um bêbado pode repetir a oração modelo do “Pai nosso”
suplicando a Deus: “Seja feita a Tua vontade assim na terra
como no céu” (Mateus 6.10) e, ao mesmo tempo, crer em imagens
e prestar-lhes reverência.
É uma inimaginável injúria prostrar-se perante um ícone e
rezar: “Seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu”.
Pois é precisamente da vontade de Deus o repúdio total dessas
figuras.
O idólatra está tão embriagado pelo cálice da “mãe das
prostituições” a ponto de ter sua mente por completo bloqueada,
incapacitando-o de reconhecer a abjeta corrupção.
UM FATO CONFIRMANTE
Deus entrega a Moisés o Seu Decálogo e outras Leis. É a mais
solene manifestação de Deus no Antigo Testamento.
Descreve-a Êxodo 19.16-18: “Ao amanhecer do terceiro dia,
houve trovões, e relâmpagos, e uma espessa nuvem sobre o
monte, e mui forte clangor de trombeta, de maneira que todo o
povo que estava no arraial se estremeceu. E Moisés levou o
povo fora do arraial ao encontro com Deus; e puseram-se ao pé
do monte. Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor
descera sobre ele em fogo; a sua fumaça subiu como fumaça de
uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente”.
Sinais impressionantes em torno de um notável
acontecimento! Contemplam-no os hebreus atônitos, impedidos,
porém, de ver Deus.
Por que não podem vê-lO?
Elucida o próprio Moisés: “Guardai, pois, cuidadosamente, a
vossa alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o
Senhor, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo;
para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem
esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem ou de
mulher, semelhança de algum animal que há na terra,
semelhança de algum volátil que voa pelos céus, semelhança
de algum animal que rasteja sobre a terra, semelhança de
algum peixe que há nas águas debaixo da terra. Guarda-te não
levantes os olhos para os céus, e, vendo o sol, a lua e as
estrelas, a saber, todo o exército dos céus, sejas seduzido a
inclinar-te perante eles e dês culto àqueles, cousas que o
Senhor, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos
os céus” (Deuteronômio 4.15-19).
A espiritualidade de Deus impede-nos assemelhá-lO a
qualquer figura de homem, de animal, de ave, de réptil, de peixe,
de sol, lua ou estrelas. Fazê-lo é corrupção!
Quem malversa os dinheiros públicos é corrupto. Corrupto é
quem dilapida o patrimônio alheio. Consoante as Sagradas
Escrituras, também é corrupção a idolatria do culto falso a Deus
por meios plásticos, porquanto no Sinai Ele não Se revelou em
figura alguma.
OS QUERUBINS
A Arca da Aliança, centro de gravitação do culto nos
primórdios do Antigo Testamento, foi sempre considerada pelos
israelitas como o Trono vazio de Deus. Os querubins, que não eram
representativos da Divindade, apenas a ornamentavam e faziam
parte do Trono, como outras peças dele, sobre o qual Deus Se
assentava. “Ó pastor de Israel... que estás entronizado acima
dos querubins” (Salmo 80.1). “Ali [no propiciatório] virei a ti [a
Moisés], e, de cima do propiciatório, do meio dos dois
querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei
contigo acerca de tudo o que Eu te ordenar para os filhos de
Israel” (Êxodo 25.22).
Com efeito, os querubins na Arca e nas paredes do Templo e
os touros que sustentavam a bacia de bronze nunca foram objeto
de culto.
O BEZERRO DE OURO
Enquanto Moisés permanecia soabre o Monte Sinai ouvindo a
Palavra de Deus e recebendo a Lei, o povo, atendendo sugestões de
Arão, juntou joias de ouro e com elas esculpiu um bezerro de
fundição.
Edificado o altar e a imagem nela entronizada, ofereceram-se
em sua honra e devoção holocaustos e ofertas pacíficas, seguindo-
se grande festança. É o registro de Êxodo 32.1-6.
Surpreendendo o povo em semelhantes celebrações, Moisés, o
homem “mui manso, mais do que todos os homens que havia
sobre a terra” (Números 12.3), tomado de cólera, arremessou das
mãos as Tábuas e as despedaçou ao pé do monte. Então, sem
qualquer respeito pelas convicções religiosas dos outros, “pegando
no bezerro que tinham feito, queimou-o, e o reduziu a pó, que
espalhou sobre a água, e deu de beber aos filhos de Israel”
(Êxodo 32.19-20) e ordenou a execução sumária de três mil
homens (Êxodo 32.28).
A imagem do bezerro fora fabricada em honra do verdadeiro
Deus. Os hebreus, durante 430 anos no Egito, imbuídos da idéia
de que o boi figurava a força e o poder dos deuses pagãos,
quiseram empregar o mesmo conceito neste seu culto a Deus na
figuração plástica do bezerro de ouro.
Na sua ardente e sincera devoção, se despojaram de suas jóias
porque anelavam oferecer a Deus o melhor e simbolizá-lO numa
imagem de ouro, o metal precioso.
Quiçá não teria sido a imagem consagrada um deus egipciano
à semelhança do deus Ápis, poder-se-ia perguntar.
A ideia divulgada pelos sacerdotes da Mulher Mistério é essa:
A de que os israelitas esculpiram aquela estátua em homenagem a
um deus falso do Egito.
A regra áurea para a compreensão das Escrituras quando nos
deparamos com uma passagem obscura ao nosso intelecto é a
seguinte: A BÍBLIA ESCLARECE A PRÓPRIA BÍBLIA.
Apliquemo-la neste caso, se desejamos desaprender as
informações erradas quanto àquele bezerro ser uma imagem de um
deus pagão.
Verificamos a informação exata quanto ao real propósito do
povo naquela ocorrência, qual seja o de cultuar o Verdadeiro Deus
que os tirara da escravidão do Egito.
Na fundição da imagem empregaram ouro, o metal mais
precioso. Esculpiram-na na forma de um bezerro, porque lá no
Egito era o animal símbolo do poder, da força, da resistência.
Almejavam com um metal rico representar o Poder de Deus na
figura de um touro, símbolo da resistência e do poder.
O salmista, mencionando o acontecimento, assegura:
“Fizeram um bezerro em Horebe e adoraram a imagem fundida.
E converteram a Sua glória [de Deus] na figura de um boi que
come erva” (Salmo 106.19-20).
Neemias, de semelhante sorte, assegura ter sido uma imagem
de Deus aquele bezerro. “Fizeram para si um bezerro de fundição
e disseram: Este é o teu Deus, que te tirou do Egito, e
cometeram grandes blasfêmias” (Neemias 9.18).
Cometeram os israelitas o pecado de idolatria! Reconheceu-o
Estêvão: “Naqueles dias, fizeram o bezerro, e ofereceram
sacrifícios ao ídolo, e se alegraram nas obras das suas mãos”
(Atos 7.41). Admitiu-o com idêntica clareza Paulo Apóstolo quando,
lembrando a ocorrência do bezerro de ouro em Horebe, exortou os
coríntios a que não se tornassem idólatras como aqueles hebreus
(1ª Coríntios 10.7).
Imagem representativa de Deus é pecado!
Ao recordar Moisés as murmurações e as infidelidades dos
israelitas em sua viagem pelos desertos, menciona o bezerro que
tinham feito e o chama de PECADO (Deuteronômio 9.21).
É certo! Perante a proibição taxativa de Deus nosso Senhor,
plastilizá-lO constitui-se em PECADO, pecado de IDOLATRIA,
CORRUPÇÃO.
.oOo.
A PALAVRA
QUE NÃO VOLTA VAZIA
Sempre a Palavra de Deus executa os Seus objetivos (Isaías
55.11). Cumpre-se à risca!
Ao proclamar o Seu Decálogo, o Senhor Deus Se alonga no
enunciado do Segundo Preceito. E, dentre todos os dez, é o único
ao qual, em sua promulgação, são vinculadas severas ameaças de
duros castigos: “Porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus
zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e
quarta geração daqueles que Me aborrecem” (Êxodo 20.50).
A advertência do Senhor é muito clara. Jeroboão, contudo,
pessoalmente foi admoestado por intermédio do profeta Aías.
Nestas condições, nunca poderia alegar ignorância ou isenção de
sua pessoa quanto às ameaças do Decálogo. “Trarei o mal sobre a
casa [família] de Jeroboão e eliminarei de Jeroboão todo e
qualquer do sexo masculino, tanto o escravo com o livre, e
lançarei fora os descendentes da casa de Jeroboão, como se
lança fora o esterco, até que, de todo, ela se acabe” (1º Reis
14.10).
E, como demonstração da seriedade de Suas ameaças, feriu-
lhe de imediato o Senhor Deus a casa com a morte de Abías, seu
filho.
Não foi preciso chegar à terceira ou quarta descendência do
monarca para o cumprimento das advertências de punição.
Sucedeu-o Nadabe, seu próprio filho, no trono do reino do
Norte. Nem bem completara dois anos de governo, Baasa, de
origem alheia ao sangue do soberano, conspira contra ele. Mata-o e
assume a coroa real. “Logo que começou a reinar, matou toda a
descendência de Jeroboão; não lhe deixou ninguém com vida,
a todos exterminou, segundo a palavra do Senhor, por
intermédio de Seu servo Aías, o silonita, por causa dos pecados
que Jeroboão cometera e pelos que fizera Israel cometer, por
causa da provocação com que irritara ao Senhor, Deus de
Israel” (1º Reis 15.9-30).
Conquanto Baasa de tudo soubesse, procrastinou nos
caminhos idólatras de Jeroboão.
Sobrevieram-lhe as mesmas desgraças de seu antecessor.
Idênticas desgraças para idênticas transgressões
Sucedeu-lhe no trono seu filho Elá que, nos anos do seu
reinado, conservou o pecado de Jeroboão.
Zinri, um dos seus servos, contra ele rebelou-se e, matando-o
bêbado, assentou-se no trono. Feriu todos os descendentes de
Baasa, já na segunda geração. Não lhe deixou homem algum, nem
de seus parentes, nem de seus amigos (1º Reis 16.9-13).
No seu curtíssimo governo de apenas sete dias, sustentou o
culto blasfemo instituído por Jeroboão. Rebelou-se o povo contra
ele e constituiu Onri rei sobre Israel. Zinri suicidou-se.
Onri governou dez anos. Edificou a cidade de Samaria.
Conservou o culto falso dos bezerros nos moldes estabelecidos pelo
primeiro monarca do reino rebelde. Sua morte foi natural.
Seguiu-se-lhe na coroa o rei Acabe.
Acabe adotou uma religião sincretista. É, por isso, um dos
predecessores do eclético culto católico. Tendo casado com a ímpia
Jezabel, dos sidônios, filha de Etbaal, sacerdote de Astarte, além
de conservar o culto adotado por Jeroboão, promoveu e incentivou
o culto a Baal.
Acabe, além de conservar o culto falso a Deus por meio dos
dois bezerros esculpidos pelo seu antigo predecessor, instigado por
sua mulher, a sidônia Jezabel, promoveu o culto a Baal,
hebraização de Astarte, a divindade do sacerdócio de seu pai, que,
por sua vez, era um desdobramento do deus Tamuz da Babilônia, a
fonte de todos os deuses da antiguidade. Edificou Jezabel um
templo em Samaria, a nova capital do seu reino, e incrementou o
seu culto, oficiado por sacerdócio próprio também criado pela
rainha e por ela sustentado.
Foi nessa negra conjuntura que Deus suscitou o profeta Elias,
cujo ministério se tornou em paradigma de fidelidade a Deus nosso
Senhor.
A experiência ocorrida no Monte Carmelo, quando Elias
desafiou Baal e os seus profetas (1º Reis 18.20-40), empolga pela
sua têmpera no combate à mentira e pela sua ilimitada confiança
em Deus.
Cumpriu-se a ira divina contra Acabe quando, em luta com os
sírios, em Ramote-Gileade, foi ferido. Transportado para Samaria,
veio a morrer e, enquanto se lavava o seu carro nas águas em que
as prostitutas se banhavam, os cães lamberam-lhe o sangue (1º
Reis 22.38).
E sobre a sua memória execranda as Sagradas Escrituras
erguem o triste epitáfio: “Ninguém houve, pois, como Acabe, que
se vendeu para fazer o que era mau perante o Senhor, porque
Jezabel, sua mulher, o instigava; que fez grandes abominações,
seguindo os ídolos...” (1º Reis 21.25-26).
Jezabel, porventura, escapara ilesa da ira divina?
Embora ela se enfeitasse, pintando até as voltas dos olhos,
para receber o monarca Jeú, mandou este lançá-la da janela do
alto prédio abaixo, sendo ela pisoteada pelas patas dos cavalos. E
nem puderam sepultá-la porque os cães lhe devoraram as carnes e
ela se tornou em esterco sobre o campo (2º Reis 9.30-37).
Acazias, filhos de Acabe, herdou o poder. Sustentou o
sincretismo religioso imposto pelo pai. Acidentou-se gravemente e,
como castigo por haver recorrido ao deus Baal-Zebube, morreu
sem deixar um filho que o sucedesse.
Por isso ascendeu ao trono o seu irmão Jorão, cuja
administração se destacou pelo combate parcial ao ecletismo
religioso estabelecido por seu pai Acabe. Embora removesse o ídolo
de Baal do templo deste, prosseguiu o culto falso dos bezerros de
ouro.
Elieu, o profeta, ungiu Jeú, um dos seus discípulos, para rei
de Israel, com a incumbência específica de matar Jorão e Jezabel.
Jeú matou os dois e todos os filhos de Acabe, extinguindo-lhes
por completo a família e os amigos íntimos.
As ameaças contra os violadores do Segundo Preceito
recaíram em brutal realidade também sobre os descendentes de
Acabe, os quais, no trono, não passaram da primeira geração.
Tendo conquistado o poder, Jeú exterminou completamente o
culto de Baal. Matou os seus sacerdotes e os seus fiéis. Queimou
os seus altares e derrubou o seu templo, transformando-o numa
latrina.
Seu iconoclastismo, contudo, não o conduziu a executar
idêntica operação com a estátua de Asera, construída por Acabe, e
com os bezerros de Jeroboão. Combateu com tenacidade o culto
aos deuses falsos, mas se omitiu quanto ao combate do culto falso
ao Deus Verdadeiro.
Como galardão da sua intransigência na luta de extermínio do
culto a Baal, garantiu-lhe o Senhor a permanência dos seus filhos
no trono real até a quarta geração (2º Reis 10.30).
Com efeito, na ordem direta dos seus descendentes,
sucederam-no na coroa: seu filho Jeoacaz, seu neto Jeoás (filho de
Jeoacaz), seu bisneto Jeroboão II (filho de Joás) e seu tataraneto
Zacarias (filho de Jeroboão II).
Com este Zacarias completara-se o prêmio prometido por
Deus a Jeú. Zacarias foi assassinado por Salum, filho de Jabes,
que se apossou do governo. “Esta foi a palavra que o Senhor
falou a Jeú: Teus filhos, até a quarta geração, se assentarão no
trono de Israel. E assim sucedeu” (2º Reis 15.12).
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ENFIM, O FIM...
A Mulher Mistério, “a grande Babilônia, a mãe das
prostituições e abominações da terra”, enfim terá o seu fim... A
sua definitiva destruição!
Certo sacerdote a quem evangelizei, um dia perguntou-me:
“Como se explica esse fabuloso predomínio multissecular da
hierarquia católica, a organização mais bem organizada de todos os
tempos, sobre tantos povos e sobre a política internacional? Como se
explica o seu tripúdio sobre a Verdade do Evangelho mediante uma
dogmática forjicada em sofismas?”
Ao desconhecedor do Apocalipse a pergunta embaraça.
A hierarquia católica tem uma missão a cumprir à extensão
dos séculos. Vil missão!
Incumbência por ela executada a pleno contento de Satanás,
seu criador, seu inspirador e seu incrementador.
O seu poderio e o seu predomínio, entretanto, já se avizinham
do fim.
Deparamo-nos em Apocalipse 14.6-12 com três anjos
anunciadores de juízos divinos. Um deles, no estilo de anunciar
um acontecimento futuro como se já houvesse ocorrido, antecipa a
sua insólita notícia: “Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado
a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua
prostituição”.
Um sétimo anjo derramará a sua taça das mais horríveis
pragas: relâmpagos, trovões e um terremoto, único em sua
proporções dantescas. Fender-se-á em três partes “a grande
cidade”. Lembrar-se-á Deus “da grande Babilônia para dar-lhe o
cálice do vinho do furor da Sua ira” (Apocalipse 16.17-19).
Grandes abalos sísmicos têm sacudido a terra e destruído
cidades inteiras. Jesus, de resto, menciona em Seu sermão
escatológico os terremotos como um dos sinais da Sua volta. Os
tempos do fim se aproximam com a marca impressionante deles a
ponto de ser o ano de 1976 cognominado o ANO DOS
TERREMOTOS.
O derradeiro deles, porém, superará em proporções e estragos
todos os anteriores. Destruirá as ilhas e os montes (Apocalipse
16.20). Fender-se-á em três partes a grande cidade de Roma, a
Babilônia (Apocalipse 14.8) sobre a qual Deus despejará “o cálice
do vinho do furor da Sua ira” (Apocalipse 16.19). Roma, “a
grande cidade que reina sobre os reis da terra” (Apocalipse
17.18).
A terribilíssima tempestade de relâmpagos, trovões e o
incomparável terremoto alastrar-se-á por toda a terra, culminando
com uma grande saraivada de intensidade e efeitos maiores do que
a acontecida como praga do Egito (Êxodo 9.18-25). Saraivada
impressionante e arrasadora a jogar das alturas das nuvens pedras
de quase um talento ou 20 quilos (Apocalipse 16.21). São os
trágicos preparativos da definitiva destruição do Catolicismo, o
sistema mãe de todas as feitiçarias disfarçadas sob o nome de
cristão.
Aqueles reis simbolizados nos dez cornos (Apocalipse 13.1;
17.3, 7, 12-14) incumbir-se-ão na oportunidade daqueles tempos
do fim de prestigiar a confederação de nações do restaurado
Império Romano (Apocalipse 17.13) “porque em seu coração
incutiu Deus que realizem o seu pensamento, o executem à
uma e deem à besta o reino que possuem, até que se cumpram
as palavras de Deus” (Apocalipse 17.17).
Essa Besta é a alegoria do Império Romano restaurado
(Apocalipse 13.1-10).
Nesta fase, esses reis viverão com “a mãe das prostituições”
e com ela se prostituirão.
Cumpridas as palavras de Deus, esses reis passarão a odiar
“a meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as
carnes, e a consumirão no fogo” (Apocalipse 17.16).
Desses reis, seus inimigos, servir-se-á Deus para destruir a
“grande cidade”, a hierarquia católica.
“Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos:
morte, pranto e fome; e será consumida no fogo, porque
poderoso é o Senhor Deus, que a julgou” (Apocalipse 18.8).
Os crentes evangélicos, em sua maioria, quando se lembram
da Grande Tribulação, limitam-se a mencionar as pavorosas
guerras contra os judeus e os horrorosos cataclismos. Nem se dão
conta do terrível julgamento da “mãe das prostituições” (a
hierarquia católica) e do seu extermínio definitivo.
Ao anjo de grande autoridade coube pormenorizar a
destruição da Babilônia mística, “a grande cidade”, figura da
hierarquia católica. É o seu anúncio solene, “com voz forte”: “Caiu,
caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil
de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo
gênero de ave imunda e detestável; pois todas as nações têm
bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se
prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra
se enriqueceram à custa da sua luxúria” (Apocalipse 18.2-3).
Esta proclamação no estilo de um fato passado para referir
um acontecimento do futuro próximo, esta proclamação tem na
sua fraseologia uma estrutura densíssima por manifestar a
suprema vingança de Deus contra o sistema máximo de corrupção
do Evangelho.
Far-se-á muitíssimo bem, se se quiser entender essa
densidade magnífica, interromper esta leitura a fim de ler as
quatro lamentações do profeta Jeremias por causa da queda de
Jerusalém (Lamentações 1 a 4) e, pelo motivo de afinidade,
também os vaticínios da queda da Babilônia histórica anotados no
livro de Isaías (Isaías 13.14; 21.1-10; 47) e de Jeremias (Jeremias
50 e 51), o prognóstico de Isaías contra Edom (Isaías 34) e o
pronunciamento por Ezequiel contra Tiro (Ezequiel 26 e 27).
Além da semelhança literária desses protótipos do Antigo
Testamento com o registro de Apocalipse, essas Escrituras frisam a
justíssima ira de Deus contra os responsáveis pela divulgação da
idolatria, o pecado por Ele mais abominado.
Cumpriram-se com a Babilônia do Eufrates as ameaças
divinas. “O Senhor abriu o Seu arsenal e tirou dele as armas da
Sua indignação; porque o Senhor, o Senhor dos Exércitos, tem
obra a realizar na terra dos caldeus... Eis que ela será a última
das nações, um deserto, uma terra seca e uma solidão. Por
causa da indignação do Senhor, não será habitada; qualquer
que passar por Babilônia se espantará e assobiará por causa de
todas as suas pragas... E nunca mais será povoada, nem
habitada de geração em geração... Cada um dos desígnios do
Senhor está firme contra Babilônia... Se tornará em montões
de ruínas, morada de chacais, objeto de espanto e assobio, e
não haverá quem nela habite... Como se tornou Babilônia
objeto de espanto entre as nações” (Jeremias 50.25, 12-13, 39;
51.29, 37, 41). “Babilônia, a joia dos reinos, glória e orgulho dos
caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as
transtornou” (Isaías 13.19).
A destruição da Babilônia histórica foi anunciada por homens,
os profetas, mas o extermínio da Babilônia Roma é vaticinado pelo
anjo de grande autoridade e cuja glória ilumina a terra (Apocalipse
18.1).
Se a destruição da antiga Babilônia, em todos os seus
horrores, é o tipo da queda da Babilônia Roma, também se
constitui na prova provada, irrecusável do cumprimento do juízo
de Deus sobre a “mãe das prostituições”, a falsa “igreja” do
Anticristo.
Naqueles recuados tempos, o Senhor Deus convocava os Seus
servos para a rebelião e destruição de Babilônia: “Atirai-lhe, não
poupeis as flechas; porque ela pecou contra o Senhor”
(Jeremias 50.14).
A nós outros, servos Seus, fugitivos da grande Babel Roma
desde o momento maravilhoso da nossa conversão evangélica, a
nós outros o Senhor nos incita à obra de participar da Sua
vingança contra a mestra das feitiçarias: “Dai-lhe em retribuição
como também ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as
suas obras e, no cálice em que ela misturou bebidas, misturai
dobrado para ela. O quanto a si mesma se glorificou e viveu em
luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto”
(Apocalipse 18.6-7).
Será que nós, ex-católicos, convertidos a Jesus Cristo por
graça inaudita de Deus, nos empenhamos em atender esta
conclamação do Senhor?
Omitir-nos-emos no cumprimento do nosso dever de vergastar
a Mulher Mistério?
Se, à luz das Sagradas Escrituras, tivermos a real
compreensão de como Deus abomina a idolatria, sairemos do
nosso comodismo e desfecharemos, em retribuição de suas obras
de prostituição, as flechas do arsenal da Palavra de Deus contra a
MATER ET MAGISTRA, a hierarquia romana.
MATER... “Mãe das prostituições e abominações da terra”.
MAGISTRA... “Mestra das feitiçarias”.
Asseteá-la-emos para apressar a VOLTA GLORIOSA de nosso
Senhor Jesus Cristo, “Rei dos reis e Senhor dos senhores”
(Apocalipse 19.16), “o Deus dos deuses, e o Senhor dos
senhores, o Deus grande, poderoso e terrível” (Deuteronômio
10.17), o “Fiel e Verdadeiro” (Apocalipse 19.11), a Pedra tornada
grande montanha a encher toda a terra (Daniel 2.35), a Quem será
dado domínio e glória, e um Reino para que todos os povos, nações
e línguas O sirvam... O Seu domínio eterno, que não passará, e o
Seu reino que jamais será destruído (Daniel 7.14).
Asseteá-la-emos para apressar a VOLTA GLORIOSA de nosso
Senhor Jesus Cristo quando dar-se-ão as Bodas do Cordeiro com a
Sua NOIVA, a Igreja, vestida de alvinitente linho fino,
resplandecente e puro, de cuja Ceia, exultantes e bem-
aventurados, participaremos (Apocalipse 19.7-9).
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