A Mae Das Prostituiçoes

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A

MÃE DAS
PROSTITUIÇÕES

Dr. Aníbal Pereira dos Reis


(ex-padre)

Edições Cristãs
ÍNDICE
A HISTÓRIA DO CRISTIANISMO EM DOIS LIVROS
“A GRANDE CIDADE”
A MULHER
O NOME
“A GRANDE BABILÔNIA”
“A MÃE DAS PROSTITUIÇÕES E ABOMINAÇÕES DA TERRA”
A IDOLATRIA NAS SAGRADAS ESCRITURAS
A IDOLATRIA
A DESCARADA MANCEBIA
O DECÁLOGO
TEIMOSIA ACINTOSA DA MULHER MISTÉRIO
O CULTO CATÓLICO
A MULHER QUE SE EMBRIAGA E QUE EMBRIAGA
IMAGENS CATÓLICAS E IDOLATRIA
A PALAVRA QUE NÃO VOLTA VAZIA
QUAL DOS DOIS PECADOS É O MAIS GRAVE?
ENFIM, O FIM
DOCUMENTOS EM ANEXO

.oOo.
A HISTÓRIA DO
CRISTIANISMO
EM DOIS LIVROS
O livro dos Atos dos Apóstolos registra os primeiros passos do
Cristianismo em sua missão de atingir TODOS os homens.
Invocando a Sua soberana autoridade no céu e na terra,
estabelecera nosso Senhor Jesus Cristo a Grande Comissão: “Ide,
portanto, fazei discípulos de TODAS as nações...” (Mateus
28.18-20).
“... de TODAS as nações...” porque de judeus e de gentios fez
um só povo, “derrubando a parede de separação que estava no
meio” (Efésios 2.14). No seio do Cristianismo, sem quaisquer
barreiras de raça, cultura, cor, nacionalidade, não há estrangeiros,
nem forasteiros. Todos quantos aceitam o Evangelho são
“cidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Efésios
2.19).
O Cristianismo jamais deveria se circunscrever aos limites do
judaísmo como se fosse uma seita sua. Aos discípulos, por
determinação do Mestre, incumbir-se-ia a ingente responsabilidade
de testemunhar de Cristo “tanto em Jerusalém, como em toda a
Judeia e Samaria, e até aos CONFINS DA TERRA” (Atos 1.8).
Para o cabal desempenho da árdua incumbência contariam com o
Poder do Alto.
Atos dos Apóstolos observa o agrado que entre os hebreus
cercava as testemunhas de Cristo: “O povo os tinha em grande
estima” (Atos 5.13), porque “caindo na graça de todo o povo”
(Atos 2.47).
Apesar das suspeitas do Sinédrio, “divulgava-se a Palavra de
Deus, de sorte que se multiplicava muito o número dos
discípulos em JERUSALÉM e muitos sacerdotes obedeciam à
fé” (Atos 6.7). E “da multidão dos que creram era um o coração
e a alma” (Atos 4.32).
A rejeição do Evangelho por parte dos judeus começou no
instante quando se percebeu a sua universalidade. Trancados em
seu nacionalismo exclusivista, os judeus se bloqueavam de
preconceitos raciais e repeliam qualquer insinuação quanto o ser a
Mensagem de Cristo para todos os povos.
Estaria tudo muito bem se o Cristianismo se limitasse a ser
simples facção do judaísmo.
Serviu-Se Deus do diácono Estêvão para arrebentar esta
comporta de exclusivismo judaico. Acusado perante o Sinédrio de
proferir palavras contra o Santo Lugar e contra a Lei porque
anunciava em Jesus Cristo, o Nazareno, Aquele que haveria de
destruir esse lugar e mudar os costumes mosaicos (Atos 6.13-14),
denunciado e condenado, Estêvão, com a sua vida imolada, deu
novo impulso à propagação do Evangelho.
Com o seu martírio, “levantou-se grande perseguição contra
a igreja que estava em Jerusalém” e os discípulos, acossados
pela violência, “dispersos pelas regiões da Judeia e de Samaria”
(Atos 8.1), estenderam a Mensagem além dos limites de Jerusalém.
Através de uma visão, Pedro foi movido a entrar em contacto
com os gentios na casa de Cornélio, enquanto “os dispersos pela
tribulação suscitada por causa de Estêvão passaram até a
Fenícia, Chipre e Antioquia” (Atos 11.19), regiões da gentilidade.
Entrementes, Deus convocou Paulo investindo-o do múnus de
ser o apóstolo entre os gentios ao confiar-lhe o Evangelho da
incircuncisão (Gálatas 2.7). “Constituído pregador e apóstolo,
mestre dos gentios na fé e na verdade” (1ª Timóteo 2.7),
chamados também estes para serem de Jesus Cristo (Romanos
1.6), Paulo consumiu suas energias no desempenho fiel de sua
missão.
Atos dos Apóstolos é o livro dessa arrancada epopeica da
expansão do Cristianismo, além dos limites judaicos porque
destinado a “TODAS as nações”.
Começa o seu relato em Jerusalém e o conclui em Roma, a
capital do Império, cenário final do profícuo ministério do apóstolo
dos gentios.
Se Atos dos Apóstolos abarca uns 35 anos da História do
Cristianismo nos tempos apostólicos, Apocalipse, o outro livro da
História do Cristianismo, abrange, através de símbolos e alegorias,
toda a sua marcha de sangue e de lutas ao longo dos séculos até a
consumação da Nova Jerusalém.
Apocalipse continua o heroísmo de Atos dos Apóstolos.
Heroísmo no testemunho da Mensagem e heroísmo na defesa da
Verdade do Evangelho, sempre ameaçada pelas insídias do erro.
Por isso Apocalipse é o registro antecipado da mais empolgante
jornada de bravura de toda a História. É a epopeia do “pequeno
rebanho” à extensão dos séculos, esmagado, mas
espetacularmente e em definitivo vitorioso ao final da derradeira
refrega.
Naqueles primórdios, Satanás serviu-se dos judeus incrédulos
para prejudicar a Obra de Cristo. Em Apocalipse vale-se de outros
recursos para promover a violência da guerra aos santos e a sub-
reptícia adulteração da Verdade.
À Trindade Santíssima contrasta a sua trindade malíssima
constituída do dragão (Apocalipse 12), da besta híbrida (Apocalipse
13.1-10) e da besta religiosa (Apocalipse 13.11-18).
Ao Cordeiro Jesus Cristo opõe ele a caricatura de um cordeiro
de dois chifres que se apresenta manso e submisso para enganar
os habitantes da terra (Apocalipse 13.11, 14).
Aos prodígios de Cristo resiste com os “grandes sinais” desse
cordeiro paródia (Apocalipse 13.13-14).
Ao Espírito Santo, o legítimo Vigário de Cristo nesta
Dispensação, opõe o Anticristo, ou seja, o diabólico substituto de
Cristo.
À Igreja verdadeira opõe a falsa.
A Verdadeira Igreja é simbolizada com uma cidade, a Santa
Cidade (Apocalipse 3.12; 21.2, 10) para cuja descrição as Sagradas
Escrituras empregam as figuras mais preciosas e as metáforas
mais incisivas (Apocalipse 21.9-22.5).
A igreja paródia é comparada à “grande cidade que domina
sobre os reis da terra” (Apocalipse 17.18). Cidade que, de tão
opulenta, nenhuma outra se lhe podia assemelhar (Apocalipse
18.18).
A Igreja Autêntica é comparada à Jerusalém, à Nova
Jerusalém (Apocalipse 21.2, 10). A igreja de Satanás se afigura
como a Babilônia (Apocalipse 17.5).
A legítima Igreja é assemelhada em Apocalipse à mulher
perseguida e sofredora (Apocalipse 12.1-17).
Aliás, durante toda a economia da Graça, a Igreja é o campo
da batalha entre os dois protagonistas: Jesus Cristo e Satanás.
Na conceituação de Paulo Apóstolo é a “virgem pura” (2ª
Coríntios 11.2), “gloriosa, sem mácula, nem ruga... santa e sem
defeito” (Efésios 5.27) por quem Cristo Se entregou (Efésios 2.25),
a qual Apocalipse vê vivificada pelo Sangue de Jesus (Apocalipse
1.5-6).
MULHER-NOIVA adereçada e ataviada para o seu Noivo
Jesus, cujas bodas com Ele celebrar-se-ão na culminância dos
últimos acontecimentos.
Sentar-se-á ela no Trono de Cristo (Apocalipse 3.21) e, vestida
de linho finíssimo, resplandecente e puro (Apocalipse 19.7-8),
glória tributar-lhe-ão os reis da terra (Apocalipse 21.7-10).
A falsa igreja, a do dragão Satanás, é orientada pelo
Anticristo, o plenipotenciário do Diabo e também é comparada com
uma mulher. Não mulher perseguida e sofredora, mas mulher rica,
vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras
preciosas e pérolas e portadora de um cálice também de ouro
(Apocalipse 17.4). Mulher dominadora porque assentada sobre
muitas águas, que são povos, multidões, nações e línguas
(Apocalipse 17.1, 15).
A falsa igreja é a mulher, a grande prostituta, em cuja testa se
inscreve o nome; “MISTÉRIO, A GRANDE BABILÔNIA, A MÃE
DAS PROSTITUIÇÕES E ABOMINAÇÕES DA TERRA” (Apocalipse
17.5).
E essa igreja alegorizada pela “grande cidade” (Apocalipse
17.18; 18.10, 16, 19, 21) e pela Mulher Mistério (Apocalipse 17.5) é
o CATOLICISMO ROMANO, antítese da Igreja de nosso Senhor
Jesus Cristo.

.oOo.

“A GRANDE CIDADE”
Identificam-se as pessoas por suas características pessoais e
pelo próprio nome. Dentre as características, os nomes dos pais, o
lugar de nascimento e certos dados físicos como a estatura, a cor
da pele, dos olhos, dos cabelos e as inconfundíveis impressões
digitais. E, com a ressalva dos homônimos, o nome é a grande
marca identificante.
O capítulo 17 de Apocalipse pormenoriza os caracteres da
igreja caricaturizada. Alegoriza-a à “Grande Cidade” (Apocalipse
17.18; 18.10, 16, 19, 21), à “Cidade Poderosa” (Apocalipse 18.10),
Cidade Ímpar, à qual nenhuma outra se assemelha (Apocalipse
18.18).
Grande, poderosa, ímpar é a CIDADE por antonomásia. Seu
governo está nas mãos do Anticristo ou falso profeta (Apocalipse
16.13; 19.20; 20.21), “o homem do pecado, o filho da perdição”,
“o iníquo” (2ª Tessalonicenses 2.3, 8), que não é outro senão o
“papa” do Catolicismo romano.
Minuciosos esclarecimentos acerca do Anticristo encarnado
na pessoa do “sumo pontífice” são apresentados em meu livro “A
BESTA DO APOCALIPSE”, cuja leitura se faz imprescindível para
quem deseja inteirar-se do assunto nessas páginas expostos com
critério e isento de interpretações fantasistas.
O Catolicismo se centraliza, como no passado ocorria com o
Império Romano alegorizado na besta híbrida de Apocalipse 13.1-
10, na cidade de Roma.
O Catolicismo, com efeito, com revivescência do antigo Império
Latino, qual amazona se escancha sobre uma besta de sete
cabeças (Apocalipse 17.3), figuração de sete montes (Apocalipse
17.9).
Roma, antiga capital do Império Romano e a atual sede do
Catolicismo, é a cidade das sete colinas: URBS SEPTI COLLIS. É a
cidade conjunto de sete montes: COMPLEXA SEPTEM MONTES
(Plínio, o Velho, Hist. Nat., 3, 9).
Em tendo Roma como sua capital, alcunha-se de ROMANO o
Catolicismo e igual designativo se atribui ao seu pontífice.
Roma é para o Catolicismo a GRANDE CIDADE, a CIDADE
PODEROSA, a CIDADE ÍMPAR, a CIDADE POR ANTONOMÁIA. A
CIDADE DESTACADA do resto do mundo!
Por isso, a solene “bênção” do “papa” é URBI ET ORBI (para a
CIDADE e para o mundo).
Sim, ele quer abençoar o mundo inteiro. Antes, porém,
abençoa a CIDADE. URBI ET ORBI!
É do latim URBS (URBI é o caso dativo da terceira declinação)
de onde procedem em nosso idioma os vocábulos urbano,
urbanidade, urbanismo, urbanizar. URBS quer dizer CIDADE. E
nesta locução própria dos corredores vaticanos (URBI ET ORBI) é
ROMA, a GRANDE CIDADE.
Esta expressão atribuída à “bênção” papal, ao distinguir a
CIDADE do restante do orbe, identifica o sistema católico regido
pelo Anticristo, o “papa”, como a GRANDE CIDADE de Apocalipse
17.18.

.oOo.
A MULHER
A falsa igreja, em contraste com a legítima Igreja, é a mulher
distinguida por suas QUATRO características muito próprias, que
a fazem figura exata da hierarquia católica romana.

PRIMEIRA: “Mulher montada numa besta escarlate, besta


repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres”
(Apocalipse 17.3).
Esta cavalgadura sobre a qual monta a mulher, com seus
pormenores concretos e plásticos, é a alegoria do Império Romano.
As sete cabeças são as sete colinas da sua capital, Roma
(Apocalipse 17.9). São também sete reinos sucessivos, dos quais
cinco (Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia) já caíram.
Um (Império Romano antigo do qual o escritor do Apocalipse era
contemporâneo) existe. O outro, o sétimo (o Sacro Império Romano
restaurado com Carlos Magno, aliás, de duração efêmera) ainda
(isto é, ao tempo de João, o escritor do Apocalipse) não é vindo, e ,
quando vier, deve permanecer pouco tempo. O oitavo reino, que é
dos sete, é o Império Latino a ser restaurado no desfecho da
História desta Dispensação da Igreja.
Se as sete cabeças são sete reis sucessivos, os dez chifres são
aqueles reis bárbaros simultâneos do velho Império Romano e os
reinos do Império reabilitado com a grande confederação na
derradeira fase da História.
A besta figural é de escarlata do sangue das suas vítimas, pois
é sanguinária como o leopardo e o urso (Apocalipse 13.2). Ela é
cheia de nomes de blasfêmia, os epítetos divinos tributados ao
imperador romano.
“Montada numa besta” é a expressão a denotar
subserviência da besta política à mulher amazona que, na sua
descomunal insolência, se glorifica como rainha dominadora
(Apocalipse 18.7).
A hierarquia católica alegorizada na amazona de Apocalipse
17.3 cavalga sobre a besta política. Subjuga-a aos seus caprichos.
Verga-a aos seus interesses.
“Montada numa besta” é a figura da hierarquia clerical
sempre a manipular a política, tendo em mira a prevalência do seu
poderio sobre as nações, conforme a segura e fundamentada
observação do Professor Nicolas Boer, da livre docência em
Sociologia da Educação, na Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo, em sua magistral tese “Militarismo e
Clericalismo em mudança e sua repercussão na Educação”,
apresentada em princípios de setembro de 1979.

SEGUNDA: “Achava-se a mulher vestida de púrpura e de


escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas”
(Apocalipse 17.4) porque a sua fabulosa riqueza sugada dos povos
excede à da besta política.
Na alegoria da suntuosa amazona recoberta de púrpura
caríssima e engalanada de gemas e joias preciosíssimas,
Apocalipse vaticina o sistema católico como a maior potência
econômico-financeira do mundo e em todos os tempos. Teocracia
do dinheiro, é o mais pujante e espoliador balcão internacional de
“mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas,
de linho finíssimo, de púrpura, de seda, de escarlata; e toda
espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim,
toda qualidade de móvel de madeira preciosíssima, de bronze,
de ferro e de mármore; e canela de cheiro, especiarias,
incenso, unguento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha,
trigo, gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até
almas humanas” (Apocalipse 18.12-13).
Mercadorias de imóveis em suas poderosas imobiliárias na
França, Alemanha e Estados Unidos; de anticoncepcionais em suas
fábricas e entrepostos da Dinamarca e na própria farmácia do
Vaticano; de bicicletas e máquinas fotográficas; de gás liquefeito e
de gasolina; de títulos, dólares e libras esterlinas nas Bolsas de
Valores da Itália, da França, da Alemanha e dos Estados Unidos;
de automóveis, de armas bélicas, de escolas, de Universidades, de
hospitais, de televisões e de emissoras radiofônicas,... E
mercadoria de fâmulos escravos espoliados com ínfimos salários,
do beatério servilizado às suas estapafúrdias doutrinas... E ainda
mercadorias das almas dos homens com as quais trafica através
dos seus sufrágios com as ignóbeis propostas de retirá-las do
mentiroso purgatório...
A hierarquia católica, figurada na mulher vestida de luxo e
adornada de riqueza desmedida, ventre insaciável, atinge o máximo
de sua opulência no mundo inteiro, inclusive neste pobre Brasil há
quatro séculos espoliado por ela.
Só um dos seus Bancos, o INSTITUTO PARA OBRAS
RELIGIOSAS, eufemismo sob o qual se esconde a poderosa
empresa de negócios financeiros, em 1977 movimentou 36 bilhões
de dólares com os seus apenas 7 mil depositantes, transações
essas que lhe renderam, no mínimo, à taxa de 10%: TRÊS
BILHÕES E SEISCENTOS MILHÕES DE DÓLARES.
TERCEIRA: “Achava-se a mulher... tendo na mão um cálice
de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da
sua prostituição” (Apocalipse 17.4).
“Vestida de púrpura e de escarlata...” Púrpura e escarlata
são as cores predominantes da hierarquia clerical, cujas mãos
alçam o cálice transbordante das abominações e da imundícia da
prostituição.
São palavras vigorosas com as quais as Escrituras Sagradas
tacham a idolatria.
O cálice é o objeto central do culto católico por ser a missa o
coração da sua liturgia, sempre celebrada com um cálice de rico
metal.
A missa, com efeito, é a máxima blasfêmia contra o Sangue de
Cristo, Cordeiro imaculado e incontaminado. De acordo com a
conceituação católica, a missa expõe na “hóstia” a presença real e
física de Deus. E com a sua celebração cobiça renovar ou repetir o
Sacrifício de Jesus Cristo.
E, se me fosse permitido, recomendaria a leitura do meu livro
“A MISSA”, em cujos capítulos desenvolvo um estudo
documentado acerca desse tema à luz das Sagradas Escrituras, e
desmonto todo o arcabouço da eucaristiolatria.

QUARTA: “Vi a mulher embriagada com o sangue dos


santos e com o sangue das testemunhas de Jesus” (Apocalipse
17.6).
A história da hierarquia católica se enche dos gritos
lancinantes das suas vítimas. A sua “Santa Inquisição” é a
sequência pavorosa de atrozes assassinatos e horripilantes crimes
de esmagamento de milhões e milhões de pessoas.
Se hoje o nefando tribunal eclesiástico romanista não assopra
suas fogueiras e não exibe suas masmorras... Se o clero, porque os
tempos são outros, não empunha pública e ostensivamente o
cutelo sanguinário, vale-se de recursos mais refinados para
perseguir, matar e espoliar a honra.
Usa os seus próprios meios mecânicos de comunicação e os
de outras empresas a ele sabujas para, com calúnias, desmoralizar
e vilipendiar os que escapam das suas garras de vampiro.
Odiento, sabe, mais do que ninguém, degradar do convívio
social as suas pobres vítimas.
Um famoso sacerdote de Curitiba, insigne professor da
Universidade Católica da capital paranaense, discordou do
arcebispo. Foi exonerado como no passado se fazia com os fâmulos
desamparados de qualquer legislação trabalhista. Seu crime? O de
divergir do prelado.
Na sua fina e repugnante crueldade, a hierarquia recorre até a
meios judiciários para, com denúncias caluniosas, perseguir seus
desafetos.
O meu livro “TORTURAS E TORTURADO” é o registro
documentado da sanha ainda e sempre em vigor da “Santa
Inquisição”, em plena capital de São Paulo, contra uma pobre
vítima massacrada em seu físico e em sua honra por haver tido a
audácia de se opor às imposturas clericais.
Não há por onde escapar! A hierarquia romanista, o sistema
idólatra da falsa igreja cujo centro de unidade é o “papa”, o
Anticristo, figurada na “grande cidade” é a MULHER.
CIDADE e MULHER duas alegorias de uma única realidade: a
falsa igreja identificada com a hierarquia romanista.

.oOo.

O NOME
Se as características pessoais e os elementos físicos
identificam as pessoas, o seu nome também satisfaz este objetivo.
Aliás, na mentalidade dos povos semitas o nome não se reduz
a mero apelativo. É o elemento mais típico e inconfundível da
personalidade. O nome e a pessoa se equivalem. É por isso que nas
Sagradas Escrituras a imposição do nome tem grande importância.
Nelas, o “Nome” indica Deus. Significa-O (Levítico 24.11, 16;
Deuteronômio 28.58). O próprio Deus dá nomes aos elementos da
Sua criação (Gênesis 1.5, 8, 10) e determina a Adão fazê-lo com os
animais (Gênesis 2.19). E esta foi a primeira ação intelectual do
homem.
É, por conseguinte, de fundamental relevância, apresentadas
as marcas inconfundíveis da falsa igreja simbolizada na “grande
cidade” e na “mulher”, o ato de Apocalipse 17.5 atribuir-lhe o
nome MISTÉRIO, desdobrado nos sobrenomes “Grande
Babilônia” e “Mãe das Prostituições e Abominações da terra”.
Conforme o testemunho de Sêneca e de Juvenal, as meretrizes
romanas adotavam levar na testa uma cinta de pano com o seu
nome ou o seu apelido gravado.
A mulher figuração da igreja falsa, a torná-la inequívoca,
ostenta no alto da testa, acima do sobrecenho, o seu nome:
“MISTÉRIO”.
O trabalho do Anticristo, de resto, é o de sustentar e
incrementar o “mistério da iniquidade” (2ª Tessalonicenses 2.7).
Sua intimidade com o “mistério da iniquidade” é tão essencial e
esse dele tanto depende que o MISTÉRIO se confunde com o
próprio Anticristo.
MISTÉRIO quer dizer “oculto” ou “escondido”.
As Sagradas Escrituras são sempre completas! Ao nome da
mulher “MISTÉRIO”, elas juntam os sobrenomes, aliás, em
destaque elucidativos. Com efeito, a locução “a Grande Babilônia”
patenteia-nos o profundo significado do nome próprio da mulher.
Em Babilônia nasceu a idolatria e o primeiro deus criado foi
TAMUZ.
Ora, Tamuz tinha tantos nomes que o antigo escritor Plutarco
os fez subir a dez mil (Wilkinson, Egytians, Vol. IV, p. 179).
Dentre esses muitos nomes se distinguia o de SATURNO, por
ser ele considerado o deus dos mistérios.
No vocabulário caldaico, as palavras SATUR e MISTÉRIO são
correlatas por terem ambas o mesmo significado de ESCONDIDO
ou OCULTO.
De Babilônia, naqueles primórdios da humanidade, a mãe da
idolatria e de onde se alastrou esse culto por todo o mundo antigo,
de Babilônia se espalhou o culto ao deus SATURNO e chegou
também à Península Itálica.
Nessa Península ele centralizou-se na região das sete colinas
que, por isso, foi chamada SATÚRNIA, ou seja, a cidade ou
residência de SATURNO.
Posteriormente, o nome foi substituído por ROMA.
E a Itália, dada a florescência em seus limites do culto a
Saturno, foi designada como a “terra saturnina” (Ovídio, Fasti, lib.
VI, 11; Plínio, Hist. Nat., 3, 5; Aurelius Victor, Origo Gent. Rom.,
II).
São dados inquestionáveis da História, intimamente ligados à
capital do Catolicismo.
MISTÉRIO era o sistema religioso de SATUR, o deus oculto!
O “papa” é a autêntica revivescência (prolongada em todos os
séculos da economia da Igreja) do deus SATURNO. Tem ele a sua
sede em Roma, a antiga SATÚRNIA, capital do culto a Saturno. E
sustenta, conserva e incrementa um SISTEMA DE RELIGIÃO
OCULTA. Em consequência, a sua entidade insiste em se designar
“Igreja” Católica ROMANA.
E tem toda a razão!
O Catolicismo só pode ser ROMANO. Sua origem histórica é
ROMANA ou SATURNINA. Sua doutrina é ROMANA ou
SATURNINA.
Como herdeiro inconfundível do culto oculto de Saturno, o
Catolicismo só pode, como seu prolongamento, ser ROMANO.
No Catolicismo tudo é escondido! Tudo deve ser ROMANO!
SATURNINO!
A pessoa do próprio “sumo pontífice”, na conformidade com
aquela dogmática, por considerar-se “vigário” de Cristo, esconde
nele o Espírito Santo (?).
Cabe-lhe ocultar aos outros os seus oráculos, revelando-os só
em ocasiões propícias. Revestido do dom da infalibilidade (?), seus
vaticínios são absolutamente certos e anunciados em
circunstâncias convenientes.
A “interpretação” das Sagradas Escrituras é vedada e vetada
aos fiéis por lhes ser oculta, misteriosa, competindo somente ao
“papa” por ser ele infalível (?).
O “sacramento” da eucaristia em função do qual se celebra a
“missa”, o coração da liturgia católica, o “sacramento” da eucaristia
oculta ou esconde sob as espécies do pão e do vinho, o próprio
Jesus Cristo, com o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Por
isso, Tomás de Aquino, num dos seus hinos chama a eucaristia de
“divindade escondida” (latens deitas). Em 1965, o “papa” Paulo VI
sobre o mesmo “sacramento” publicou uma Encíclica denominada
MYSTERIUM FIDEI (O Mistério da Fé), por principiar ela com essas
palavras.
No Catolicismo tudo é mistério. Tudo é OCULTO. TUDO É
SATURNO!!!
Saturno e SOTURNO!!!
Diz a astrologia, enquadrada e sincronizada às feitiçarias
romanistas, que as pessoas nascidas sob o signo de Saturno são
dotadas de temperamento sombrio, melancólico, ensimesmado,
enevoado, escurentado. São inclinadas a se manterem ocultas,
escondidas.
São pessoas SOTURNAS, taciturnas, lúgubres.
O Catolicismo é tudo isso aí!
Seus ritos são melancólicos. Sua liturgia é escurentada e
enevoada até pela fumaça do incenso. Seus dogmas escondem-se
nos mistérios das definições infalíveis do seu pontífice.
Seus fiéis são pessoas SOTURNAS na sua trágica
desesperança porque o plano de salvação do Catolicismo, baseado
em méritos provenientes de obras, é o cúmulo da insegurança
desesperadora.
Ainda noutro dia viajei de São Paulo, onde resido, a uma
pequena cidade do interior paulista a fim de, em atenção ao pedido
de um sacerdote amigo, falar do Evangelho a uma freira já de
avançada idade. Revelou-me ela o seu desespero, a sua sôfrega
ânsia de salvação. A sua alma perdida nos labirintos soturnos das
devoções católicas se debate no terrível desespero de encontrar
salvação onde jamais encontrará. Sua angústia atingiu o auge de
levá-la a beber a urina da “madre” superiora do seu convento. O
seu coração torturado e soturno move-a a tudo se sujeitar na
busca sofrida e sempre frustrada de vida eterna.
SOTURNOS os devotos católicos porque a salvação deles é
sempre um MISTÉRIO, um assunto escondido aqui na terra e
oculto num escuro purgatório do além.
No Catolicismo tudo é mistério porque o seu “sumo pontífice”,
em sendo o Anticristo, é o “mistério da iniquidade” (2ª
Tessalonicenses 2.7). E do “mistério da iniquidade” só pode
proceder o “engano da injustiça aos que perecem” (2ª
Tessalonicenses 2.10).
Conquanto aparente seriedade e nobreza de conduta, a alma
do seu clero (salvas raríssimas exceções) é de uma saturnal
espantosa pela lama de devassidão a transbordar, desde as
negociatas financeiras até a exploração mercantilista das almas
dos homens, desde as orgias políticas até as bacanais do sexo mais
vilipendiado...
Apesar de demonstrar mansidão, cordura e bondade, a
hierarquia saturnal atinge o máximo de saturnidade pela medonha
vilania com todas as inimagináveis e sombrias manifestações. Que
o diga a lúgubre “Santa Inquisição”, ainda atuante por meio de
recursos mais requintados e mais sinistros do que as antigas
fogueiras, os obsoletos cadafalsos, as medievais masmorras.
E há mais!
Apocalipse 17.5 alude ao nome da mulher alegoria:
“MISTÉRIO”.
Se no caldeu os vocábulos SATURNO e MISTÉRIO, por serem
sinônimos, se correlacionam, há um outro termo de ambos
também correlato por significar a mesma coisa.
É a palavra LAT (latin), de onde procede o vocábulo grego
LATEINOS.
LAT, SATURNO e MISTÉRIO, todos sinônimos por significarem
“escondido” ou “oculto”.
A evidência da sinonimia é clara e indiscutível a ponto de o
termo caldeu LAT originar o verbo latino LATEO, que, em
português, quer dizer precisa e exatamente “estar escondido” ou
“estar oculto”.
Das flexões deste verbo LATEO vieram para o nosso vernáculo
as palavras LATENTE (oculto, encoberto), LATÊNCIA (propriedade
ou capacidade de estar oculto), LATÍBULO (esconderijo).
Do LAT caldaico veio a palavra LATIUM (Lácio).
LATIUM quer dizer “jaz escondido”.
Lácio é o nome dado àquela região depois de haver sido
chamada Satúrnia ou “terra saturnina” (Ovídio, Fasti, Lib. I, 1;
Virgílio, Aeneid., Lib. VIII, 1).
De LATIUM procede LATINUS ou LATINO, em nosso
vernáculo.
O idioma do Lácio foi o LATIM (oculto, encoberto, escondido).
É em decorrência dessa significação que, figuradamente, em nosso
vernáculo “latim” quer dizer “coisa de difícil compreensão”.
O latim ainda peculiar à hierarquia romanista por ser a língua
de mistério, como mistério é Roma, a antiga Satúrnia, hoje sede da
“igreja” ROMANA ou LATINA, onde tudo é encoberto, oculto,
MISTÉRIO... Também as intenções dos seus enfatuados hierarcas
que são sempre subentendidas (latentes) no uso constante e
permanente como uma norma da sua RESTRICTIO MENTALIS, isto
é, restrição mental, ou seja, o ato de ocultar ou disfarçar parte do
pensamento ou da intenção para alterá-lo por completo.
Ainda há alguma dúvida quanto à justeza do nome
“MISTÉRIO” adaptar-se perfeitamente ao sistema católico romano
figurado pela MULHER?

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“A GRANDE BABILÔNIA”
No Velho Testamento tudo tipifica acontecimentos do Novo
Testamento. Recheiam-se as Antigas Escrituras de tipos de nosso
Senhor Jesus Cristo. Da Sua Pessoa. Do Seu sacrifício. Dos Seus
feitos.
Nas Escrituras Sagradas encontram-se duas Babilônias.
No Velho Testamento, a Babilônia edificada sobre muitas
águas do Rio Eufrates com as suas muitas derivações e canais
(Jeremias 51.13).
No Apocalipse, a Babilônia simbólica “que se acha sentada
sobre muitas águas” (Apocalipse 17.1), figuração de “povos,
multidões, nações e línguas” (Apocalipse 17.15). Águas notáveis
que, na simbologia bíblica, se comparam à força desses povos
(Isaías 8.7; Jeremias 47.2), força essa sobrepujada pela Babilônia
alegórica.
A Babilônia do Eufrates tipifica o sistema romanista porque
nesta se encontram em elevado grau todas as características
daquela.
A “Grande Babilônia” com que Apocalipse 17.5 sobrenomeia
a Mulher Mistério não pode ser a Babilônia histórica por razões
óbvias. Sobretudo porque aquela Babilônia do passado foi total e
absolutamente extinta. Sobre ela recaíram os tremendos juízos
divinos (Jeremias 50 e 51).
A “Grande Babilônia” é outra Babilônia. É a Babilônia
mística, antítipo daquela.
A fundamental característica a aproximar as duas Babilônias
é a de serem ambas fonte ou origem da idolatria. A da
Mesopotâmia, da antiga idolatria. A mística, a do culto falso a Deus
na vigência da Dispensação da Igreja.
A origem do culto idolátrico daquelas remotas eras finca suas
raízes em Cam, um dos três filhos de Noé.
De Cam, o amaldiçoado filho do patriarca (Gênesis 9.20-25)
procedeu NINRODE, fundador do reino de Babel (Gênesis 10.8,
11), a cidade da rebelião contra Deus (Gênesis 11.1-9).
Semíramis, esposa do monarca Ninrode, “o primeiro a ser
poderoso na terra” (Gênesis 10.8), criou em Babilônia a idolatria,
sendo a sua primeira sacerdotisa.
Por intermédio do seu marido Ninrode, Semíramis conhecia a
grande promessa do Messias Redentor feita por Deus: “Porei
inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu
descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar” (Gênesis 3.15).
E a rainha sacerdotisa tomou para si a promessa e apresentou
seu filho Tamuz como o salvador miraculosamente gerado em suas
entranhas.
Tamuz, recebido como libertador, passou a ser reverenciado e
adorado. Seu nascimento era todos os anos celebrado com pompa.
Em resultado de um acidente, ainda em plena mocidade, veio
a falecer. Então, cada ano comemorava-se a sua morte e a sua
ressurreição, de acordo com a lenda criada.
De Babilônia a religião idólatra se expandiu por todos os
países. Tamuz recebeu outros nomes, para mais de dez mil,
segundo Plutarco. Íris e Osíris no Egito; Eros e Afrodite na Grécia;
Vênus, Saturno e Cupido em Roma; Baal em Sidônia e Canaã.
Com efeito, a terminologia cúltica de todos os povos antigos
tem nos seus nomes o radical dos termos caldeus. E os deuses
salientes de cada nação são designados por nomes babilônicos.
Todas as manifestações da idolatria se reduzem a uma e à
mesma perversa e intencionada corrupção do Evangelho em
embrião na Escritura de Gênesis 3.15, transmitido mais tarde por
Noé a toda a humanidade e, ainda, naquelas eras remotas,
proclamado na experiência de Abraão.
De início, incubada na Caldeia e depois desenvolvida no
Império Babilônico, a sistematização religiosa pagã se transportou
até aos confins da terra, adaptando-se e evoluindo.
Na Dispensação da Igreja, a hierarquia romanista é “a Grande
Babilônia”, por repetir na vigência do Evangelho a trágica
incumbência da antiga Babilônia. Por isso é ela a Babel-Roma,
chafurdada na idolatria como a sua homônima histórica.
É a mais satânica corrupção do Evangelho e o seu útero gera
a aberrante idolatria do culto falso a Deus e na sua demoníaca
atuação se incumbe de alastrá-la por todo o mundo.
Da Babilônia histórica absorveu até o culto à “rainha do céu”.
Roma é a metrópole internacional da idolatria!
Nabucodonosor, o soberano babilônico, no delírio da
ostentação religiosa, mandou construir descomunal imagem de
ouro (Daniel 3.1). De 60 côvados de altura por 6 de largura. Em
correspondendo o côvado babilônico a 58 centímetros do nosso
sistema métrico, aquela estátua tinha 34 metros e 80 centímetros
de altura por 3 metros e 48 centímetros de largura.
A soberba imagem sobressaía em riqueza aos edifícios da
tentacular Babilônia, cuja construção se engrandecia com os mais
ricos e variados mármores, granitos e basaltos.
A suntuosa hierarquia clerical, como nenhuma outra entidade
religiosa, esbanja milhões no seu culto dotado da magia de
incentivar a sua arrogância e a sua prepotência.
Somente essa faustosa hierarquia pode ser “A GRANDE
BABILÔNIA” mística. Nenhuma outra organização preenche os
requisitos de semelhante identificação.
Quem espalha e mantém idolatria na forma de culto falso a Deus
como a religião da hierarquia? Quem como ela é responsável pelo
trucidamento dos santos, os crentes evangélicos? E qual outra
organização religiosa que exibe tão imensa riqueza material?
Se não for o Catolicismo romanista a “Grande Babilônia”
religiosa, pergunto aos insensatos ecumenistas, qual outro sistema
será?

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“A MÃE DAS PROSTITUIÇÕES


E ABOMINAÇÕES DA TERRA”
Eis o segundo sobrenome da MULHER MISTÉRIO! E o que
mais de perto nos interessa nesta análise.

1) - MÃE é a mulher que gera filhos.


Teima o Catolicismo em se chamar a “SANTA MADRE
IGREJA” ou “MÃE IGREJA”.
Releva observar-se a circunstância de a Verdadeira Igreja de
Jesus Cristo NÃO ser mãe. Nas Sagradas Escrituras inexiste
qualquer passagem que fundamentar possa essa maternidade.
Bem ao contrário! As bodas do Cordeiro com a Igreja dar-se-ão
entre os derradeiros atos da consumação escatológica.
Nesta Dispensação, a Igreja é a NOIVA de Jesus (Apocalipse
21.2, 9).
Ela não tem filhos! É “VIRGEM” (2ª Coríntios 11.2).
A hierarquia católica, contudo, tem toda a razão de se
apresentar como MÃE IGREJA.
Nisto concordo plenamente com os clérigos. Têm eles todos os
motivos justificáveis de assim anunciar. Até nisto o Catolicismo se
enquadra nas características da MULHER MISTÉRIO.
O sistema católico é a MÃE IGREJA!
Conquanto relute diante dos que a denunciam como aquela
mulher de Apocalipse 17.1-6, ela própria confirma a sua
identidade.
O Catolicismo é a MADRE ou a MÃE IGREJA!
É a MÃE IGREJA por ser o sistema idólatra fonte e origem de
todas as organizações idólatras disseminadas pelo mundo.
E, de fato, todas elas que se apresentam como participantes
do Cristianismo, têm o seu útero-fonte no romanismo e por ele,
direta ou indiretamente, são sustentadas.
Querer-se-á exemplo mais frisante do que o espiritismo em
todas as suas ramificações, incluindo-se a macumba?
O cordão umbilical que o prende ao Catolicismo é a idolatria.
Através dele, o espiritismo recebe da hierarquia a seiva e o
sustento nos meios populares.
Comprovam-no os fatos.
Escrevo este capítulo na cidade de Salvador, a capital do
Estado da Bahia, no dia 5 de dezembro de 1979. Desta cidade
tenho os jornais de hoje diante dos olhos. Estendem em suas
colunas os pormenores das festas ocorridas ontem em honra de
“santa” Bárbara, a Iansã da macumba, a “senhora das nuvens,
deusa dos relâmpagos, rainha dos raios”.
São as festas populares da Bahia que, do dia 4 de dezembro
vão até o Carnaval, marcadas por vários pontos altos. No dia 8 de
dezembro as festividade da senhora da Conceição, dia 13 desse
mesmo mês as de “santa” Luzia e em 1º de janeiro as do Bom
Jesus dos Navegantes. A programação atinge o seu auge e
arremata o período com a Festa do Rei Momo.
Nesses sessenta ou mais dias, aliam-se bispos, sacerdotes,
pais e mães de santo. Cada um com o seu ritualismo.
Repetem-se as procissões seguidas de “irmandades” católicas
e dos “terreiros” de candomblé. Confundem-se o “ave, ave-maria”
dos cânticos romanistas com os gritos histéricos dos “eparrê-
eparrê” e dos “saravás”. Missas com sermões da linguagem burra
de “padres”, samba-de-roda, capoeira e os famosos carurus.
(Caruru é um prato especial da cozinha baiana).
A título de curiosidade, um pormenor: Só num desses carurus
consumiram-se QUARENTA MIL QUIABOS. Façam-se as contas:
quarenta mil quiabos a cem cruzeiros o cento... Quarenta mil
cruzeiros só de quiabos... Mas, “valeu a pena, que santa Bárbara
merece”, entusiasmada esclareceu uma devota (Correio da Bahia,
Salvador, 6/12/79).
Nas solenidades sincretistas católicas em honra da “santa”
das tempestades não faltou a comilança. E nem cachaça, que deu
por meio das canelas.

2) - A hierarquia romanista é a MÃE IGREJA de cujas


entranhas procedem todas as corrupções do Evangelho. É a “mãe
das prostituições e abominações da terra”.
Aliás, ela é a “Grande Prostituta” com a qual se prostituem
os grandes da terra (Apocalipse 17.1-2).
Entendamos o significado do termo PROSTITUIÇÃO, se
quisermos compreender o vigor da alegoria apocalíptica.
Adultério é a prática sexual entre pessoas casadas ou entre
um solteiro e uma casada ou entre uma casada e um solteiro.
Quando os dois são solteiros não se dá o adultério. Há a
fornicação.
Na prostituição entram dois elementos característicos: a
sucessão de vários ou de muitos homens para uma só mulher e o
fator dinheiro ou pagamento.
Prostituição, por conseguinte, é o ato sexual praticado
mediante pagamento de taxa estipulada por uma mulher com
vários ou muitos homens seguidos. É o sexo por dinheiro.
É o mais nefando comércio! É a profanação vil do ato
destinado à prolongação da humanidade e à expressão do amor
conjugal. É a abjeção do ser humano. O aviltamento mais baixo e a
desonra mais sórdida da mulher.
A prostituta é a rameira, a marafona, a meretriz. Embora
podre, a sociedade e os homens libertinos que dela se utilizam
dedicam-lhe asco e desprezo.
Ao Catolicismo romano Apocalipse atribui o vocábulo mais
abjeto e nojento. É ele um imenso prostíbulo, um asqueroso
lupanar, um fétido bordel, um repugnante meretrício.
No alcouce da sua liturgia idólatra, a troco de dinheiro, a
prostituta se entrega aos grandes e aos pequenos da terra,
embebedando-os com o vinho da sua prostituição.
A MULHER MISTÉRIO, a “grande prostituta” vista por João,
é a “Mãe das prostituições e abominações da terra” porque, em
sendo “a grande prostituta”, de suas entranhas procedem todas
as prostituições e abominações.
É a “grande prostituta” por viver como rameira e é a “mãe
das prostituições e abominações” porque as gera.

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A IDOLATRIA
NAS SAGRADAS ESCRITURAS
Na linguagem profética da Bíblia, a prostituta é símbolo de um
povo ou de uma instituição que se prostituiu em sentido espiritual.
Em Isaías 1.21, por exemplo, encontramos Deus referindo-Se
a Jerusalém: “Como se fez prostituta a cidade fiel!”. E em
Jeremias 2.20 e 3.6 Ele chama de prostituta a nação de Israel. Em
Ezequiel 16 assemelha o povo de Israel a uma jovem, pobre e
desamparada, a quem Ele estendeu a mão e a tomou por esposa.
Mas, quando essa esposa, que no passado fora desvalida e
abandonada, se viu rica e como uma rainha, esqueceu-se do seu
grande benfeitor e se tornou meretriz. “Confiaste na tua
formosura e te entregaste à lascívia, graças à tua fama; e te
ofereceste a todo o que passava, para seres dele. Tomaste dos
teus vestidos e fizeste lugares altos adornados de diversas
cores, nos quais te prostituíste; tais cousas nunca se deram e
jamais se darão. Tomaste as tuas joias de enfeite, que Eu te dei
do Meu ouro e da Minha prata, fizeste estátuas de homens e te
prostituíste com elas” (Ezequiel 16.15-17). Com elas quem? Com
as imagens! Israel se prostituíra com as imagens!!!
Por intermédio do profeta Oséias, o Senhor Deus emprega
igual metáfora: “O Meu povo consulta o seu pedaço de madeira,
e a sua vara lhe dá resposta; porque um espírito de
prostituição os enganou, eles, prostituindo-se, abandonaram o
seu Deus” (Oseias 4.12).
Prostituta é a pessoa, instituição ou povo que se torna infiel
ao Deus verdadeiro, prestando culto a uma imagem.
A Judá, a Samaria, a Tiro, a Nínive atribuiu a Bíblia metáfora
deprimente, mas merecida pela prática do culto idolátrico e por
afastar o povo do verdadeiro culto a Deus.
Pelas Sagradas Escrituras a idolatria é assemelhada e
ilustrada com as mais vigorosas e brutais palavras.
Classificam-nas elas de VAIDADE (1º Reis 16.13; 2º Reis
17.15; Jeremias 2.5; 10.3, 15; 18.15; 51.18; Habacuque 2.16; Atos
14.15); de MENTIRA (Jeremias 10.14; 13.25; 16.19; 51.17;
Habacuque 2.18; Números 3.1; Isaías 28.15); de MAL (2º Reis
21.15, 16; 2º Crônicas 33.6; 34.33; Deuteronômio 4.25; 9.18;
17.2); de MALDADE (Deuteronômio 17.5; Jeremias 14.10; 23.11;
33.5; 44.3, 5, 9, 22; Ezequiel 6.9; 7.19; 36.23, 31, 33); de COISA
IMUNDA (Ezequiel 7.20); de COISA VERGONHOSA (Jeremias
3.24); de PECADO (Deuteronômio 9.21); de VENTO E NADA (Isaías
41.29); de OBRA DE ENGANOS (Jeremias 10.15); de FALSIDADE
(Isaías 28.15); de REBELDIA (Jeremias 14.7); de INFIDELIDADE
(Ezequiel 16.43); de IMPIEDADE (Jeremias 14.20); de MALÍCIA
(Jeremias 2.2); de CORRUPÇÃO (Deuteronômio 4.16; 9.12; 2º
Crônicas 27.2); de IMUNDÍCIA (2º Crônicas 29.5, 16; Ezequiel
36.29); de VIOLÊNCIA (Ezequiel 8.17); de PREVARICAÇÃO
(Miquéias 1.5); de CONTAMINAÇÃO (Ezequiel 20.7, 30, 31; 23.7,
12, 17); de IMPUDÊNCIA (Jeremias 11.13); de IMPUDICÍCIA
(Ezequiel 23.8, 14, 17); de DEVASSIDÃO (Ezequiel 23.7, 11, 18,
29, 35); de LASCÍVIA (Ezequiel 23.48); de LUXÚRIA (Ezequiel
23.21, 27, 29, 35); de ADULTÉRIO (Jeremias 3.8-9; 13.27;
Ezequiel 16.32; 23.37).
São vocábulos reveladores do conceito por Deus feito à
idolatria, à mentira religiosa.
Na simbologia da PROSTITUIÇÃO e da ABOMINAÇÃO, as
Sagradas Escrituras destacam o asco que Deus lhes devota.
A idolatria é PROSTITUIÇÃO (Êxodo 34.15-16; 2º Reis 9.22;
Jeremias 2.20; 3.2; 13.27; Ezequiel 16.15-17, 20-22, 25-29, 33-34,
36; 20.30; 23.19, 27, 29; 43.7-9; Miquéias 1.7).
É ABOMINAÇÃO (Deuteronômio 17.4; 21.18; 2º Crônicas
33.2; 36.14; Jeremias 13.27; 16.18; 32.34; 44.22; Ezequiel 6.9;
7.3, 4, 8, 9, 20; 14.6; 16.22, 36, 50, 51, 58; 20.7, 30, 36; 33.29;
36.31; 44.6, 7, 13).
E, afinal, em que consiste a ABOMINAÇÃO?
Abominação é a coisa que merece total desprezo e
condenação. É coisa repugnante, nojenta.
Prostituição, a idolatria é repugnante, asquerosa, nauseante.
Merece desprezo e repúdio.
À hierarquia católica calha com absoluta perfeição o nome
MISTÉRIO, a “grande Babilônia”, a “mãe das prostituições e
abominações da terra”.
Se não for ela essa mulher, qual outra instituição será?

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A IDOLATRIA
A eficiente didática requer a elucidação dos termos próprios
do assunto em estudo.

ORIGEM ETIMOLÓGICA
O vocábulo epigrafado procede de duas palavras gregas:
EIDOLON (imagem) e LATREIA (culto).
Por conseguinte, etimologicamente, “idolatria” é o “culto das
imagens”.
A palavra “imagem” tem como sinônimo muito adequado o
vocábulo “ícone”, originário do grego EIKON, que expressa o
sentido de “imagem religiosa”.
Nesse caso, idolatria e iconolatria são vocábulos sinônimos.
DEFINIÇÃO
Por conseguinte, IDOLATRIA é a ação pela qual se atribui à
criatura o culto exclusivamente devido a Deus. É adorar ou venerar
uma criatura tida como Deus.
Na antiguidade, os gentios tributavam homenagens religiosas
ao sol, à lua, ao fogo, ao relâmpago, como se fossem deuses. Os
egípcios dirigiam-nas de preferência aos animais (zoolatria), como
aos gatos, ao gavião, ao crocodilo e, de maneira especial, ao deus
Ápis, na forma de um touro negro com malha branca na cabeça, e
a Hator, a vaca símbolo da lua.

FORMAS
São duas as formas idolátricas, ambas por Deus abominadas.
A do CULTO A UM FALSO DEUS, como no caso do sol, da lua,
do boi Ápis, da vaca Hator.
E a do CULTO FALSO AO DEUS VERDADEIRO.
Esta distinção de formas da idolatria deve ficar solidamente
gravada em nossa mente.

AS CAUSAS
Dois motivos preponderantes influenciam a sua prática: o
desequilíbrio da natureza humana provocado pelo pecado desde os
primórdios da Humanidade, aliado a outras influências
psicológicas. E a ignorância do verdadeiro Deus. Ignorância essa
que também entra como fator preponderante neste contexto
cultural.

DEUS E A IDOLATRIA
A idolatria implica em blasfêmia por intentar subtrair a Deus
o culto e a honra que só a Ele competem.
Em sendo, por isso, crime de lesa-majestade divina, Deus a
execra. De todos os pecados é o que mais O injuria e agrava Sua
infinita Santidade.
Em consequência, exige de Seus servos radical afastamento
dela.
E, de feito, ao resolver executar os Seus desígnios salvíficos
em prol do homem, a Sua primeira iniciativa consistiu em separar
Abraão de sua parentela.
Abraão, nascido em Ur da Caldeia, ambiente de adoradores
dos deuses mesopotâmicos ou caldeus. Habitavam seus parentes
além do Rio Eufrates, onde serviam aos deuses da região (Josué
24.2), de onde procedeu e se expandiu toda a idolatria do mundo.
Separando o patriarca de sua parentela (Gênesis 12.1), Deus o fez
no propósito de estabelecê-lo no começo do monoteísmo.
Abraão era filho de Terá, da descendência de Sem, o filho mais
velho de Noé, portanto da décima geração do patriarca sobrevivente
do dilúvio. Quando ele nasceu em Ur da Caldéia, a idolatria
predominava. Com efeito, Ninrode, descendente de Cam, é da
terceira geração de Noé, medeando, pois, entre Ninrode e Araão,
um longo tempo de cerca de 400 anos.
Esse Ninrode fundou a Caldeia e Babilônia. Casou-se com
Semíramis, a criadora do nefando culto, do qual foi sacerdotisa.
Tudo isso, é evidente, se deu muito antes de Abraão.
A primeira iniciativa de Deus no sentido de desenvolver-se o
Seu Plano Redentor foi o de separar Abraão da sua terra e dos seus
parentes por estarem implicados em crassa idolatria.

OUTRA SEPARAÇÃO
De Abraão procedeu o povo escolhido. Este, tangido pela
adversidade de prolongada estiagem com a inerente carestia de
alimentos, fixou-se durante 420 anos no Egito, ambiente
profundamente idólatra, por representar em imagens os seus
deuses.
O longo contacto dos descendentes do patriarca com a religião
egipciana fê-los aceitar a presença dos ícones como normal nas
celebrações do culto, adquirindo, portanto, uma mentalidade
propensa à idolatria.
Deus decidiu retirar o Seu povo dos ergástulos egípcios e levá-
lo ao monoteísmo puro e à adoração isenta de representações
materiais.
A longa jornada de 40 anos pelos desertos, liderada por
Moisés, o herói das triunfais epopeias, serviu para criar a sua
consciência nacional embasada na fé em um único Deus, Espírito
transcendente. Com este propósito, o Senhor Deus convocou
Moisés ao cume do Sinai, onde lhe entregou as Suas leis e, no
Decálogo, um código suscinto e sobremodo completo que Êxodo
20.1-17 e Deuteronômio 5.7-21conservam.
Dos Dez Preceitos, no que mais Ele Se estende é no da
condenação à idolatria ou culto de imagens representação da
Divindade: “Não farás para ti imagem de escultura, nem
semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo
na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem
lhes darás culto; porque Eu sou o Senhor, teu Deus, Deus
zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira
e quarta geração daqueles que Me aborrecem e faço
misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e
guardam os Meus mandamentos” (Êxodo 20.4-6).

AMEAÇAS PARA OS TRANSGRESSORES


Por ser transcendente, o Senhor, neste Segundo Preceito,
exige uma concepção IMATERIAL de Deus e veta quaisquer
imagens ou símbolos de Sua Pessoa.
Em posteriores ocasiões e à farta, o Senhor repetirá a
condenação das práticas idolátricas.
Conhecia o Seu povo e reconhecia o seu pendor para elas,
sendo, por isso, rigoroso na eventualidade de alguma transgressão.
Quando, por exemplo, o povo se demorou em Sitim, misturou-
se com as mulheres moabitas e, por instigação delas, cultuou a
Baal-Peor. Sobreveio o terrível castigo de uma praga que dizimou
24 mil pessoas (Números 25.1-9).
Impunha o Senhor absoluta separação dos primitivos
habitantes da Terra Prometida a fim de não se contaminarem os de
Seu povo com os cultuadores de deuses estranhos ou de suas
imagens.
Ameaçava-os com terríveis castigos no caso de desobedecerem
o Seu Preceito: “Guardai-vos, não vos esqueçais da aliança do
Senhor, vosso Deus, feita convosco, e vos façais alguma
imagem esculpida, semelhança de alguma cousa que o Senhor,
vosso Deus, vos proibiu. Porque o Senhor, teu Deus, é fogo que
consome, é Deus zeloso” (Deuteronômio 4.23-24).
Prometera-lhes a Terra. Entre prodígios, conduzira-os pelos
desertos. Estabelecera-lhes Preceitos. No decurso dos 40 anos de
viagem formara-se a nacionalidade. Em vésperas de se apossarem
eles da terra, o Senhor Deus os admoesta com a máxima
severidade na circunstância de se corromperem com imagens de
escultura, provocando-O à ira: “Não prolongareis os vossos dias
nela; antes, sereis de todo destruídos. O Senhor vos espalhará
entre os povos e restareis poucos em número entre as gentes
aonde o Senhor vos conduzirá” (Deuteronômio 4.26-27). “Virás a
ser pasmo, provérbio e motejo entre todos os povos a que o
Senhor te levará” (Deuteronômio 28.37).
À transgressão do Preceito contra a idolatria dever-se-ia
cominar a pena de morte por apedrejamento (Deuteronômio 17.2-
5).
Ele, Deus, é ÚNICO! “Não terás outros deuses diante de
Mim” (Êxodo 20.3), preceituou.
A Sua Unicidade Transcendental recusa o contributo da Sua
representação plástica. “Guardai, pois, cuidadosamente, a vossa
alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o Senhor,
vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo; para que
não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na
forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher... Porque
o Senhor, teu Deus, é fogo que consome, é Deus zeloso”
(Deuteronômio 4.15-16, 24).

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A DESCARADA MANCEBIA
Nas páginas sagradas da Bíblia encontro o Catolicismo. Em
Atos dos Apóstolos 15 deparo-me com suas raízes na tese dos
“cristãos legalistas”.
Entre o Evangelho e o paganismo crasso a diferença
fundamental é esta: O Evangelho requer para a salvação do
pecador unicamente a fé em Jesus Cristo como único, porque todo-
suficiente Salvador, enquanto o paganismo exige méritos pessoais
do pecador decorrentes da prática de obras.
Entre o Catolicismo e o Evangelho a divergência recai em
outro aspecto. O Catolicismo anuncia a necessidade da fé em
Cristo para a salvação. Isto é verdade! A fé, no entanto, é
insuficiente. Exige ele também a prática de obras dentre as quais a
observância de determinados ritos e devoções. No contexto da
teologia católica, por conseguinte, a fé, como veículo da graça
salvadora, é insuficiente.
Essa tese básica do Catolicismo é a mais violenta adulteração
do Evangelho. E dela decorrem todos os absurdos e dislates do
ideário católico.
Prevendo as trágicas conclusões a que chegaria esse desvio
inicial do Evangelho, Paulo apóstolo saiu à liça em prol da toda-
suficiência do sacrifício de Cristo e em prol da fé evangélica como o
único instrumento pelo qual Deus ao pecador comunica a graça
salvadora.
Se ele se realça como pregador da Palavra da Verdade,
notabilizou-se muito mais como defensor da Verdade da Palavra.
“Estou incumbido da defesa do Evangelho”, identifica-se ele aos
filipenses (Filipenses 1.6).
Do seu insigne ministério de resistência às insídias das
falsificações do Evangelho procedem as suas duas luminosas
Epístolas aos Romanos e aos Gálatas, sobre as quais eminentes
inteligências vêm consumindo as melhores energias sem jamais
esgotar suas pesquisas.
Pela luta denodada do bravo batalhador se salvaguardou a
pureza doutrinal do Evangelho, mas não se conseguiu enfrear a
expansão do erro.
Nem a violência das perseguições obteve sufocar o Evangelho.
O sangue dos mártires sempre é semente de cristãos!
A virulência da heresia, entretanto, superou a fidelidade dos
crentes e incrementou o desenvolvimento do Catolicismo, a MÃE
em e de cujas entranhas corrompidas, sempre fecundadas pelo
“infalível” Anticristo, o “papa”, são geradas e despejadas em
contínuas e ininterruptas derivações as crias idolátricas.

PAI E MÃE
O Catolicismo, o sistema religioso construído sobre a
hierarquia clerical fundamentada no “sumo pontífice”, é com
incontestável razão a MÃE, a MÃE IGREJA.
Com indiscutível motivo, outrossim, o seu “pontífice”, seu
monarca supremo, é o “PAPA”.
Nesta Dispensação, a encarniçada guerra de Satanás é contra
a Igreja. E sua potente arma é a paródia.
A violência das perseguições esmagou multidões. A imitação
burlesca do Evangelho, contudo, tem, em irremediáveis prejuízos
para as almas, produzido rentabilidade de elevadíssimos
percentuais para Satanás.
A Cristo opõe ele o Anticristo. À Igreja contrapõe “a mãe das
prostituições”.
O Anticristo, seu plenipotenciário (que outro não é senão o
“papa”), apresenta-se cordeiro a operar grandes sinais no intento
de enganar e seduzir (Apocalipse 13.11-14).
Em meu livro, “A BESTA DO APOCALIPSE”, à luz de Daniel e
do Apocalipse, demonstro ser o “papa” o Anticristo. Por isto, a
leitura desta obra torna-se recomendável.
O Diabo, criador de ambos, do Anticristo e da Mulher
Mistério, celebrou a mancebia dos dois.
Amancebados, do seu leito imundo procriam todas as
adulterações e prostituições.
O Anticristo é o pai porque cabe-lhe a ação de, com seu
sêmen, enxertar a concubina, “a mãe das prostituições” .
Com efeito, o Anticristo é o “papa”.
“Papa” quer dizer pai por excelência. Pai soberano. O pai
inexcedível. O termo não é novo nas esferas religiosas. Os antigos
poetas, por admitirem Júpiter pai dos deuses, chamavam-no de
PAPPAS.
Este vocábulo grego inspirou o emprego da palavra PAPA,
formada pela junção das duas palavras latinas PATER PATRUM
(pai dos pais) porque, qual Júpiter, o “papa” quer ser o PAI DOS
PAIS, parodiando a posição de Deus, o verdadeiro Deus Soberano.
Também se designa ele de o “SANTO PADRE” porque de todos
os “padres” é ele o maioral.
“SANTO PADRE”, por ser ele o PADREADOR, o reprodutor
máximo, o garanhão, de sua aleivosa concubina.
Na postura de PAI, é ele o INFALÍVEL!
Infalível, seu sêmen se entranha no útero de sua MULHER
PROSTITUTA, sua concubina MISTÉRIO, e gera as práticas
idólatras e as mentiras religiosas.
A única diferença entre o Catolicismo e o paganismo que
sempre se identificou com a idolatria está em que o Catolicismo, o
sistema satânico do Anticristo, para enganar e seduzir, emprega
uma terminologia bíblica.
Com este disfarce, ele sustenta as práticas e crenças do velho
paganismo, do qual, aliás, é universal herdeiro e seguro
continuador.
Essa própria infalibilidade do “papa”, o pai amancebado com a
prostituta MISTÉRIO, procede do paganismo.
O pontífice católico tem a sua residência no VATICANO.
Ora, VATICANO também é um deus da mitologia latina que,
em um campo vizinho da Roma Antiga, proferia oráculos infalíveis.
Atribuía-se-lhe o nome Vaticano porque Vaticano é uma
palavra derivada do vocábulo latino VATICINIUM, que quer dizer
ORÁCULO, que, por sua vez, corresponde a INFALÍVEL.
Do substantivo VATICINIUM vem o verbo também latino
VATICINARE e lhe são correlatas as palavras VATICINANS,
VATICINATOR (vaticinante, vaticinador).
Vaticínio é predição, prognóstico.
Os adivinhos, sacerdotes do deus VATICANO, residiam
naquele campo próximo, mas fora de Roma, e ali davam as suas
consultas.
O imperador Calígula transformou parte daquele sítio em
jardins. O truculento imperador Nero, por sua vez, mandou depois
melhorá-lo e construir um circo ou estádio de esportes.
Constantino Magno, posteriormente, no local edificou a
Basílica de São Pedro e o vasto palácio da habitação do “bispo” de
Roma.
Em julho de 1870, com a unificação da Itália, o soberano
papal perdeu todos os territórios dos Estados Pontifícios, tornando-
se, perante as novas leis italianas, um cidadão comum. Em 11 de
fevereiro de 1929, Benito Mussolini tirou-o desta situação vexatória
para a sua empáfia, ao criar, com o Tratado de Latrão, o Vaticano
como nação independente da Itália e reconhecendo o “papa” como
o seu chefe político.
É daí que o “papa”, o deus vaticano, agora se tornou de novo
cabeça de uma nação, cercado de sua corte de áulicos, e pronuncia
os seus oráculos infalíveis. Com sua boca fala grandes coisas
(Daniel 7.8, 20), profere palavras contra o Altíssimo (Daniel 7.25) e
fala como dragão (Apocalipse 13.11).
Na condição de Vaticano, instalado no seu trono, o pontífice,
com os seus pronunciamentos em nome de Jesus Cristo, adultera
e corrompe o Evangelho. Na sua arrogância de “papa’ infalível,
vigário de Cristo, usurpador dos atributos de Deus, o Altíssimo,
com palavras grandiloquentes em nome do Evangelho degenera,
impugna e desdiz tudo quanto, em Sua Santa Palavra, Deus ensina
e diz.
É lá do Vaticano que o atual deus vaticano, o “papa”, o pai
fertilíssimo semental, com a sua “infalibilidade”, fecunda as
entranhas de sua concubina, “a mãe das prostituições”.

“MATER ET MAGISTRA”
MÃE E MESTRA é o título de uma carta encíclica do “papa”
João XXIII porque, segundo o costume vaticanista, com estas
palavras principia o escrito.
Ao tempo de sua publicação, causou enorme sucesso e
carreou imenso prestígio para o pontífice autor. Suas orientações,
na esperança generalizada, resolveriam todos os problemas sócio-
econômicos do mundo inteiro. Produziu na imprensa mundial uma
imensidão de elogios. Anos seguintes caiu no esquecimento e os
problemas do mundo, sobretudo nos países católicos, continuam
os mesmos, senão mais agravados.
MATER ET MAGISTRA é a “igreja” do “papa”. E com carradas
de razões!
Essa “igreja” é a MATER, “a mãe das prostituições e
abominações da terra” (Apocalipse 17.5).
Essa “igreja” é MAGISTRA, a “mestra de feitiçarias” (Naum
3.4).
João XXIII não podia, realmente, empregar outra locução que
calhasse melhor para a sua “igreja”: MATER ET MAGISTRA. Nisto
ele foi sábio. Inspirado por Satanás, ele acertou como nunca!
MATER ET MAGISTRA, a Mulher Mistério, em mancebia com
o Anticristo, o “papa”, o PAI, PATER PATRUM, enxertada pelo seu
“papa”, na ânsia de, em suas prostituições, reproduzir mais e mais,
indefinidamente, com soberba e contumácia desmedidas, obstina-
se em contrariar a Palavra de Deus.
Deus define a Unicidade e a toda-suficiência do sacrifício de
Cristo. Vem ela, deturpando, exigir, por meio da sua MISSA, a
repetição e a renovação daquele sacrifício.
Deus ensina sobre a fé ser ela o único e bastante veículo de
comunicação da Sua graça salvadora. Vem ela, adulterando a
Palavra de Deus, exigir obras, “sacramentos”, devoções, sacerdotes
e uma horda de “santos” e de “nossas senhoras” ...
MATER ET MAGISTRA, “mãe das prostituições” e “mestra
de feitiçarias”, recalcitra, com feroz obstinação, em contrariar a
Palavra de Deus e aviltar o Evangelho.
Nosso Senhor Jesus Cristo é a sua principal vítima na trama
de suas falsificações. Espezinha-Lhe o sangue ao, na prática,
negar-Lhe a toda-suficiência.
Nega-Lhe valor infinito a Seu sacrifício ao propor, através da
missa, a renovação ou repetição dele. Conspurca a legítima fé
evangélica nEle e por Ele requerida, quando exige prática de obras,
supostas causas de mérito.
E, como se não bastasse tudo isso, ainda expõe o Salvador a
situações de extremo ridículo perante as consciências sensatas.
As imagens que dEle fabrica e exibe nos seus altares, de em
extremo grotescas, transformam-nO em objeto de escárnio. A
semelhante situação expõem-nO as relíquias que dEle inventou.
Relíquias são aqueles objetos que estiveram em contacto com
Jesus Cristo, dizem os corifeus da prostituta.
Fragmentos de presépio conservam-se na Basílica de “santa”
Maria Maior, em Roma. A casa da Sagrada Família, de Nazaré,
onde Cristo passou Sua adolescência e mocidade,
miraculosamente, foi, em 1295, transportada pelos anjos para a
Itália, e até hoje se encontra em Loreto, onde, em fins de 1979, o
“papa” João Paulo II foi rezar e cumprir outras devoções em prol de
sua excursão aos Estados Unidos, confirmando desse modo o
contínuo e atual apreço clerical às relíquias engendradas pelo clero
mistificador.
A túnica inconsútil, segundo a lenda idólatra, está na
Catedral de Treveris, na França. Uma túnica de Jesus adolescente,
descoberta por Carlos Magno (tão analfabeto que nem riscava em
garranchos o próprio nome), está em Argentenil, também na
França. A mesa de cedro da última ceia pascal e também da
instituição da Ceia do Senhor, que a teologia romanista teima em
classificar de primeira missa, está na Basílica de “são” João de
Latrão. A toalha de linho dessa mesa da Ceia, em Munich-
Gladbach, na Alemanha. O sudário com o qual envolveu-se Cristo
morto, em Turim, na Itália. O véu usado por Verônica ao enxugar-
Lhe o rosto quando a caminho do Gólgota, na Basílica de “são”
Pedro, no Vaticano. A coroa de espinhos, em Paris. As faixas com
as quais Sua mãe O envolveu quando criança guardam-se na
França, na Aix-la-Chapelle, junto das quais há um vestido da
própria Maria.
A verdadeira cruz encontrada, segundo a lenda, por Helena,
mãe do imperador Constantino, foi repartida, de início, em duas
metades. Uma delas ficou em Jerusalém, na igreja do Santo
Sepulcro, e a outra foi levada para Roma. Posteriormente, dividida
em muitos e reduzidos pedaços, espalhou-se por todo o mundo.
Às mentes esclarecidas essas relíquias causam vergonha e,
quando não esclarecidas pelo Evangelho, as levam a menosprezar
a Pessoa Divina do Salvador.
Em vista da cognominada missa, da presença real e física de
Cristo na hóstia, da deturpação dos fundamentos do Evangelho e
das lendas ilusórias das relíquias, conclui-se que nenhuma outra
instituição avacalha tanto Jesus Cristo e Sua Obra salvífica como a
MATER ET MAGISTRA, “mãe das prostituições” e “mestra de
feitiçarias”!!! E, como nenhuma outra, ergue os mais dificultosos
óbices para a salvação das almas.

.oOo.

O DECÁLOGO
Encontramo-lo em Êxodo 20.3-17 e em Deuteronômio 5.7-21.
São os DEZ MANDAMENTOS da Santa Lei de Deus.
Pois bem, a “mãe das prostituições” retirou o Segundo
Preceito. Exatamente o da condenação do culto das imagens.
E, para justificar esta ablação, em seus catecismos, adota
uma simplificação total no enunciado dos outros Mandamentos.
Conservar um Decálogo de nove Preceitos seria uma
contradição de palavras. Então, para se safar, dela dividiu o último
Preceito em dois.
Eis os seus mandamentos divulgados pelo catecismo
aprendido de cor pelos seus fiéis:
“OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS SÃO DEZ:
1º - Amar a Deus sobre todas as coisas;
2º - Não tomar o Seu Santo Nome em vão;
3º - Guardar domingos e festas de guarda;
4º - Honrar pai e mãe;
5º - Não matar;
6º - Não pecar contra a castidade;
7º - Não furtar;
8º - Não levantar falso testemunho;
9º - Não desejar a mulher do próximo;
10º - Não cobiçar as coisas alheias”.

Na condição de infalível, o “papa”, padreador da “mãe das


prostituições”, julga-se acima da Palavra de Deus e assim
considera-se com autoridade de adulterá-la, rasurá-la, escamoteá-
la.
Certa feita, dois seminaristas do Seminário Teológico Batista
do Rio de Janeiro, hoje pastores, decidiram pregar o Evangelho a
monsenhor Álvaro Negromonte, autor de um punhado de livros de
instrução catequética para escolas.
As visitas se sucederam. A conversa acabou derivando para o
assunto: culto de imagens.
Os seminaristas respondiam com as Sagradas Escrituras
todas as objeções do clérigo. Este, completamente batido, anuiu: “É
verdade. Pela Bíblia não se pode adotar as imagens”.
E, sem se dar por vencido, na sua pertinácia de cego idólatra,
encerrou a questão: “Mas prefiro ficar com as imagens porque o
“papa” é infalível e as aprova e quer. Como infalível, ele está
autorizado e é capaz de corrigir a Bíblia, complementando-a em
suas deficiências e retirando dela tudo que é obsoleto”.
A versão do Instituto Pontifício Bíblico de Roma, elaborada
durante a realização do Concílio Ecumênico Vaticano II, traz em
rodapé da tradução portuguesa difundida por Edições Paulinas, a
seguinte explicação de Êxodo 20.4-5:
“Estes dois versículos (4 e 5) são a explicação ou a aplicação
prática do primeiro mandamento (vv. 2-3); por isso os católicos (e
também os protestantes e os judeus) comumente não os consideram
como mandamento distinto do precedente (...). É proibida qualquer
representação figurada de falsos deuses”.
A hierarquia romanista apela para o aval dos luteranos na
ideia de jogar fumaça nos olhos dos seus fiéis, os quais, fanáticos e
ignorantes das Escrituras, quando abordados por algum evangélico
no tocante aos ídolos, saem-se com esta: “Ah, mas os protestantes
também retiraram do Decálogo esse Mandamento”.
É verdade! Os protestantes luteranos assim fizeram! E daí?
Porque eles assim fizeram deixa de ser crime?
O clero católico matou os batistas também no início da Idade
Moderna. Os luteranos, de semelhante forma, praticaram esse
crime. Trucidaram os batistas. E os católicos estão absolvidos do
crime porque os luteranos também o perpetraram?
Hitler matou judeus na Alemanha Nazista. Na Idade Média e
no começo da Idade Moderna, o clero católico, para lhes roubar as
riquezas, também massacrou milhares e milhares de judeus. Esse
sanguinário clero romanista, porventura será absolvido só porque
Hitler copiou seu exemplo?
No caso da ablação do segundo Preceito, os protestantes
luteranos se igualam a Martinho Lutero, fundador deles. Eles
saíram do Catolicismo, mas o Catolicismo não saiu deles.
Eles também são uma seita católica!
E há radical diferença entre protestante e evangélico.
Eu sou evangélico e não protestante!
E, exatamente por isso, fico com a Bíblia, Palavra santa,
infalível e inerrante de Deus!!!

O SEGUNDO PRECEITO
É claro, límpido, afirmativo, categórico: “Não farás para ti
imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em
cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo
da terra. Não as adorarás nem lhes darás culto; porque Eu sou
o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos
pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que Me
aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que
Me amam e guardam os Meus mandamentos” (Êxodo 20.4-6;
Deuteronômio 5.8-10).
Imaterial, espiritual, Deus é invisível.
A rigorosa proibição de se representar Deus em imagens
materiais aparece aí no Decálogo íntima e essencialmente unida ao
monoteísmo.
Deus único (“não terás outros deuses...”) veta qualquer
representação plástica (“não farás para ti imagem... figura
alguma...”).
O culto aos falsos deuses e às imagens do verdadeiro Deus é,
ao mesmo tempo, radicalmente proibido.
Qualquer criança ou mobralista ao ler o Preceito entende o
seu sentido e o alcance da sua proibição.
Também aqui se trata de simplesmente entender o escrito.
Não se trata de questão de interpretação.
A gravidade da determinação divina se revela também pelas
sérias ameaças. Ao transgressor inflingem-se duros castigos: “Sou
Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a
terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem” .
Toda vez que leio estes versículos recordo-me de um
acontecimento muito triste. Em minhas férias de seminarista
católico, atendendo orientação de meus superiores clericais,
promovi a “consagração” de minha família a “nossa senhora”.
Na sala principal de nossa casa, lá no interior do Estado de
São Paulo, montei um altar todo coberto de azul (a cor de “nossa
senhora”), enfeitado com muitas flores e iluminado de velas.
À hora aprazada daquele dia 2 de fevereiro de 1943 chegou o
vigário a oficializar o ato. A sala e os quartos cheios de convidados
que alternavam com o seu vigário a reza do terço e das ladainhas.
Tudo entremeado de cânticos. À prédica do sacerdote seguiu-se o
ato consecratório. Meus pais, meus irmãos e eu, todos ajoelhados
ali, diante da imagem de “nossa senhora das graças”, lemos a
fórmula de consagração. E todos assinamos aquele papel. Guardo-
o até hoje e, de vez em vez, olho-o e sempre com grande tristeza.
Grande tristeza porque exatamente naquele dia principiou a
tragédia do nosso lar. Abateu-se o infortúnio sobre a nossa casa
até destruí-la por completo.
O Senhor, Deus zeloso, visitou a nossa iniquidade!
Dos sete irmãos que éramos, e eu sou o mais velho, restam
apenas três. E de todas as desgraças esta foi a mais suave.

.oOo.

TEIMOSIA ACINTOSA
DA MULHER MISTÉRIO
O Preceito é de uma clareza cristalina que não admite
subterfúgios. Categórico, recusa sofismas.
“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança
alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem
nas águas debaixo da terra”.
Lá vem a acintosa “mãe das prostituições”, a Mulher
Mistério, contrariando a determinante Palavra de Deus e ordena a
fabricação de imagens. Imagens de tudo e sob todas as desculpas,
inclusive a da arte. E a da didática!
E manda fazer imagens ou representações “de tudo o que há
encima nos céus...”
Manda fazer imagens ou representações do Pai como um velho
barbudo ou na forma de um olho arregalado no interior de um
triângulo. Do Filho, como uma criança, como homem feito de
coração de fora, com os braços amarrados ou estendidos, a
carregar a cruz ou nela cravado. Do Espírito Santo como uma
pomba.
De anjos, de serafins, de arcanjos, de querubins com asas
mais abertas ou mais fechadas e nas vestes das mais variadas
cores. Imagens dos espíritos angélicos em madeira, bronze, gesso e
também na forma de crianças que desfilam nas procissões ou
coroam as madonas no mês de maio.
Imagens do sol, da lua, de estrelas, de cometas sob os pés da
“virgem”, nas lapinhas de dezembro e nas cabeças esplendentes
dos ícones.
Contrariando a clara Palavra de Deus, “mãe das
prostituições”, “de tudo que há embaixo na terra” faz imagens...
De homens: santos patriarcas, profetas, apóstolos,
evangelistas... De mulheres e homens canonizados a peso de ouro
pela infalibilidade do “papa”, o supremo vértice da hierarquia
clerical, a imagem da besta... De mulheres, as mais impudicas, e
de homens, os mais truculentos, como Domingos de Gusmão,
elevado às honras dos altares, exatamente por haver, numa manhã
de domingo, durante a celebração da missa, ateado fogo ao templo
católico com as portas cerradas por haverem lá dentro se refugiado
alguns servos de Deus acossados pela sua sanha de ódio
inquisitorial.
Imagens de quadrúpedes, bípedes e répteis! Um boi para “são”
Mateus, um leão para “são” Marcos, um cachorro para “são” Roque
e outro para “são” Bernardo e mais um (e este peludo) para “santa”
Madalena. Uma águia para “são” João Evangelista, um cavalo para
“são” Jorge, um porco para “santo” Antão, um carneiro para “são”
João Batista, uma pomba para o Espírito Santo. Sob os pés da
“senhora” da Conceição uma serpente a espremer nas mandíbulas
arreganhadas uma fruta vermelha. Uma infinidade de bichos para
a sua infinita corte santoral...
Imagens até do próprio demônio conjuntamente com “são”
Miguel Arcanjo...
Imagens de objetos! De palmas, de salvas, de jarros, de
bordões, de cruzes, de lenços, de flores, de galhos...
Deus explicita Sua proibição também quanto aos peixes e
animais aquáticos: “nem nas águas...” A “mãe das
prostituições”, de ventre enxertado pelo seu amásio, o “papa”, e
em oposição ostensiva e arrogante à Palavra do Senhor, todavia,
determina fazerem-se imagens de crocodilos, de peixes. Peixes em
telas, peixes pintados ou bordados nas toalhas da sua liturgia.
Peixes na forma de distintivos para a lapela dos paletós.

O PARTEON
Para abrigar todos os deuses o edificou, no ano 25 a. C., o
pagão Marcos Vespasiano Agripa, genro do Imperador Augusto, e o
dedicou a Júpiter, depois a Marte e a Vênus. E acabou este templo
abrigando todos os deuses do Olimpo.
Mármores, pórfiros, granitos, bronze, ouro, prata, marfim,
tornaram o Parteon no mais rico dos templos do antigo
paganismo. A maior maravilha da velha engenharia, por sua
imponência e suntuosidade, perfeição arquitetônica e solidez.
Nos princípios do século VII, Focas, o Imperador tirano e
usurpador do Império, doara-o ao “papa” Bonifácio III, ao qual
outorgou, outrossim, o título de bispo universal do Catolicismo.
Focas não só deu imenso impulso ao culto das imagens como
também ao culto da pessoa do supremo hierarca de Roma porque
idolatria e papolatria sempre andam de mãos dadas.
Bonifácio III o transformou em templo romano em 608.
Bonifácio IV encheu-o de relíquias, em grande número, recebendo
a antiga morada de Júpiter o nome de “santa” Maria dos Mártires.
Aquele Parteon do antigo paganismo tornou-se relicário do
paganismo contemporâneo. Ele significa muito bem o Catolicismo:
o panteão de todos os deuses.
A grande prostituta, cuja nefanda missão é a de, com a
prostituição do seu culto aos ídolos, corromper a terra (Apocalipse
19.2).
Com efeito, o Catolicismo, o panteão de todos os ídolos, em
sendo a permanente revivescência de todas as manifestações de
idolatria, encampou e carrega no seu imenso e insuperável ventre
todos os deuses e semideuses do paganismo, pluralizando o
número deles, na sua corte de todos os “santos”.
Em Atenas comemoravam-se as dipolias, as festas anuais em
honra de Júpiter Policus, o padroeiro da cidade. O Catolicismo, à
imitação do velho paganismo, tem, para cada cidade, cada
província, cada país, cada vilarejo, um orago. “São” Jorge para a
Inglaterra, “senhora” Aparecida para o Brasil, “são” Sebastião para
o Rio de Janeiro, “senhora” do Carmo para o Recife... Os seus
deuses são tão numerosos como os países, as cidades, os vilarejos
(Jeremias 2.28).
No antigo paganismo atribuía-se um protetor para cada
doença, para cada órgão. Mercúrio para as doenças da garganta e
dos pés, Vesta para os ferimentos causados pelo fogo, Cupido para
as doenças dos olhos.
O Catolicismo sincretista segue a mesma rota. Na sua
farmacopéia mística tem um protetor para cada enfermidade e para
cada órgão do corpo humano. “São” Brás para a garganta. Para os
olhos “santa” Luzia. “São” Lázaro para a pele. As queimaduras têm
em “são” Vicente o seu aliviador.
Também para cada profissão um padroeiro. “São” Cristóvão
para os motoristas, “são” Sebastião para os pecuaristas, “são” José
para os carpinteiros, “santo” Tomás de Aquino para os filósofos,
“são” Francisco de Sales para os jornalistas, para os comerciantes
(sobretudo os desonestos) “são” Dimas. A “senhora” de Loreto para
os viajantes.
Os jornais de ontem, 9 de setembro de 1979, noticiam a ida
do “papa” João Paulo II ao santuário da “senhora” do Loreto pedir-
lhe a proteção para a sua viagem à Irlanda e aos Estados Unidos, a
ocorrer agora nos princípios de outubro. O próprio pontífice dá o
exemplo de recorrer aos “padroeiros” neste Catolicismo reformado e
renovado com o Concílio Vaticano II, como querem imaginar os
pascácios da boa vontade.
O Catolicismo é a revivescência do antigo paganismo! E, como
o velho paganismo não podia sobreviver sem imagens, o
Catolicismo com elas se identifica.
Na antiguidade, Flora era a deusa das flores. O Catolicismo do
“papa” tem a sua “santa” Rosa de Viterbo, a “santa” das rosas, com
um avental cheio delas. “São” Cosme e “são” Damião, os “santos”
das crianças, Castor e Pólux, os antigos gêmeos, a dupla dos
deuses da fecundidade. “Santa” Bárbara, invocada nas
tempestades e nos perigos dos raios. É a atualização da deusa
Fulgura.
“Santa” Rita de Cássia é a catolicização de Chera, a deusa das
viúvas, porque ambas exercem a mesma função.
“Santo” Antônio é honrado com a “trezena” numa lembrança
continuada da lapidaçan, as festas celebradas em treze dias
seguidos em honra de Damia e Auxência.
O culto católico, salada de todos os cultos pagãos da
antiguidade, é motivo de zombaria para as pessoas sensatas, como,
de resto, acontecia naqueles velhos tempos quando os pensadores
contemporâneos da época não poupavam o ridículo para as
devoções então em uso. Heráclito, Xenófanes, Antístenes, Zeão,
Sófocles, Plutarco, Sêneca, Heródoto... Todos chacoteavam a
proliferação de deuses. Diógenes, de certa feita, atirou ao fogo uma
imagem do deus Hércules, zombeteando: “Vamos, realiza a tua
décima terceira façanha, ajudando-me a cozinhar o meu prato de
lentilhas”.
A pregação dos profetas vergastava a propensão dos israelitas
em copiar os cultos cananeus, fenícios, assírios e caldeus (Oséias
2.10; 8.4; 10.5; 11.2; Isaías 2.8; 10.10; 17.7; 40.12-26; 44.9-20;
Jeremias 2.26-28; 10.1-16; Ezequiel 8.14, 16; 23.20).
Podemos fazer nossas sátiras do profeta Isaías e atirá-las à
face da devoção católica!
O ridículo das suas imagens, já pelo contorno em aberração à
anatomia do corpo humano, já pela cromática extravagante,
culmina, todavia, quando o seu escultor ou pintor imprime na sua
obra as suas tendência pessoais ou o seu temperamento. Leonardo
da Vinci, por exemplo, caricaturizou por essa forma o seu “são”
João Batista na figura de andrógino, com um sorrizinho “à
gioconda”, inconcebível no austero precursor de Cristo. É que da
Vinci, apaixonado da beleza feminina, nem sempre fugia à tentação
de velar a masculinidade...

.oOo.

O CULTO CATÓLICO
A idolatria é da sua estrutura. Dela vive e sobrevive.
Retirá-la seria a sua definitiva extinção.
Nesse contexto, subsistem todas as superstições.

1)- Mas o que é superstição?


Consiste ela em atribuir à criatura poderes sobrenaturais. Dar
a objetos materiais ou a gestos certo poder superior ao que eles,
por natureza, não têm.
Exemplifico!
Qual é a função da ferradura?
Essa peça de ferro, de forma curva, adapta-se, por meio de
cravos, ao casco dos animais para se firmarem suas patas no chão.
Outorgar-se a esse objeto uma função religiosa como a da proteção
contra “mau olhado” é levá-lo a um campo de ordem superior. Isso
é superstição.
Quais as finalidades naturais da água? Sabemo-las todos.
Ora, atribuir-lhe poder sobrenatural é obra de superstição,
pois em eventualidade alguma tem ela a capacidade de nos
transmitir a graça divina.
O “batismo” católico, portanto, é superstição porque,
consoante a doutrina romanista, ao se aplicarem as gotas de água
ao som das palavras rituais prolatadas pelo sacerdote na cabeça do
nenê dormindo, este, automaticamente, ex opere operato, se liberta
do pecado original, torna-se filho de Deus e se credencia à
salvação.
E assim todos os “sacramentos”, à semelhança do “batismo”,
são superstição.
A água é usada também nas bênçãos. Com ela muitas coisas
se benzem... Casas. Plantas. Pessoas. Animais. Velas...
É a água benta.
Nos meios supersticiosos há agora três espécies de água
poderosa: a benta romanista, a fluida espírita e a orada
pentecostal.
Por falar em água benta, ocorre-me um fato!
Nos templos católicos, logo ao lado da porta principal, há a pia
de água benta. Ao entrar, cada devoto mergulha as pontas dos
dedos e se persigna.
Certa tarde, precisei ir ao meu templo, à minha matriz
paroquial. Entrei pela porta principal e surpreendi, erguido nos
braços da babá, um menino de um ano e pouco, fazendo xixi na
pia de água benta.
Coitada da moça! Não sabia onde esconder a cara. E o pior é
que foi obrigada a segurar o garoto até chegar ele ao fim, ali na
presença do vigário que fazia descomunal esforço para não
estourar numa estrondosa gargalhada...
E eu sei lá quantas vezes isso aconteceu e com quantos
meninos?
Sabe lá quanta gente se persigna com xixi aí pelos templos
católicos?
As imagens ou ícones também entram no rol dos objetos de
superstição cultuados pelos devotos.

2)- O preceito proíbe a fabricação delas e toda e qualquer


manifestação cúltica a elas tributada. “Não te encurvarás a elas,
nem as servirás” (Êxodo 20.5).
“A mãe das prostituições”, contudo, em insolente rebeldia à
Palavra de Deus, impõe e divulga os mais ridículos e aberrantes
rituais litúrgicos em homenagem a elas.
Esborrifa-lhes o sacerdote água benta sob a prolação de
fórmulas estereotipadas e aquele ícone benzido adquire virtudes
benfazejas. Torna-se sagrado!
Sagradas as imagens, servem-nas os católicos tributando-lhes
ofertas ao estilo religioso dos antigos, os quais, às imagens dos
deuses ofereciam holocaustos (Oséias 4.13), libações (Jeremias
7.18), trigo, azeite, bolos e toda espécie de comidas (Jeremias 7.18;
Oséias 2.8). E até preparavam-lhes a mesa (Isaías 65.11).
Entronizam-nas seus atuais cultores em nichos, em oráculos
domiciliares e em altares.
Cercam-nas com flores e espalham ao seu redor chamas de
velas também bentas. E, via de regra, embute-se no oratório o cofre
para recolher os níqueis dos papalvos.
Diante delas genuflectem. Ajoelham-se. Fazem curvaturas.
Persignam-se. Contemplam-nas com olhares súplices ou piegas.
Os velhos idólatras assim se comportavam. Beijavam e
acariciavam os seus ícones (1º Reis 19.18; Oseias 13.2). Diante
delas também se ajoelhavam (1º Reis 19.18).
E com elas falam como se falassem ao próprio “santo”: Ah,
minha “nossa senhora”, valei-me! “Santo” Antonio, tem misericórdia
de mim.
É aquela ladainha de invocações em frases curtas... É a
repetição enfadonha das cinquenta “ave-marias” do rosário,
entremeadas de “pais nossos” e de “gloria patris”... São as rezas
dos manuais de devoções...
Passam-lhes as mãos. No rosto, nas mãos, nas vestes, na
cabeça...
Beijam-nas. Com fervor e carinho. É a ternura da devoção.
A uma imagem de “santa” Filomena morreu abraçado o “papa”
Pio X. Seu ardente devoto, à semelhança do “santo” cura d’Ars, o
João Batista Maria Vianney.
É a antiga concepção. A imagem não é apenas uma
semelhança do ser representado. Participa dele. Em certo sentido,
é ele mesmo.
Se se lhe quebrar uma imagem, queixar-se-á o católico de que
se lhe quebrou o “santo”. Repete ele o episódio de Labão que
lamentava o ter Raquel roubado os seus deuses e não apenas os
seus terafins (Gênesis 31.19, 31; 35.2, 4; Êxodo 32.1, 4; Juízes
18.20, 24).

3)- Diz o vulgo: Santo de casa não faz milagres. E não faz
mesmo!
A imagem da “senhora aparecida”, fac-símile, cópia fiel, em
madeira de cedro, da “verdadeira”, que está em sua Basílica em
Aparecida do Norte, benta lá na colina sagrada por sacerdote mais
santo do que os outros, porque vigário da igreja da “santa”,
permanece, de há muitos anos, no oratório doméstico. Diante dela
os familiares se prostram todas as noites para as rezas
costumeiras. As flores mais bonitas se destinam a perfumar o seu
oratório. A lâmpada votiva, dia e noite, bruxoleia no copo de óleo...
Santo de casa não faz milagre...
A promessa, na contingência de uma necessidade, é feita para
a “senhora aparecida” de Aparecida do Norte, a “verdadeira”.
Aquela, sim, é milagrosa. É a padroeira do Brasil!
Os sacerdotes incentivam as romarias até lá. Divulgam as
imagens da “senhora aparecida” para os templos, para as capelas
rurais, para os oratórios domésticos, mas a “verdadeira”, a
padroeira da Pátria, é aquela de Aparecida do Norte. Todas as
outras, mesmo as mais valorizadas por terem sido benzidas na
própria Basílica, servem somente para promover a “verdadeira” e
difundir a devoção a ela. Servem para estimular as romarias até
Aparecida do Norte.
A Basílica de Aparecida é muito mais importante do que todos
os templos e capelas dedicados à “senhora aparecida”, tanto assim
que ela está sob a jurisdição imediata e direta do “papa”, que
mantém lá um representante seu.
Taubaté e Lorena, grandes cidades vizinhas, são sede de
bispado. Distam uma da outra apenas 80 quilômetros. Entre as
duas, Aparecida do Norte é arcebispado. Lorena é muito maior do
que Aparecida. E Taubaté nem se fala. Aparecida nem condições
tem para ser simples bispado. E nem há necessidade alguma para
o atendimento de um eficiente pastoreio. A “santa” Sé instalou lá a
arquidiocese para fomentar o culto aparecidolátrico.
A mesma supervalorização e a mesma dependência do
Vaticano ocorrem com as outras “nossas senhoras” surgidas de
aparições prodigiosas como Luordes e Salete na França, Loreto na
Itália, Fátima em Portugal. Só para mencionar uns poucos
exemplos.
Se alguém ridiculariza o culto desses santuários com o
contingente de suas esdruxulidades e feitiçarias, não falta católico
“esclarecido” que diga ser coisa do povo ignorante. Mas por que a
hierarquia supervaloriza Aparecida, guindando-a à condição de
arquidiocese e consagra o seu templo como Basílica? Por que os
sacerdotes se revezam nas celebrações das cerimônias, sobretudo
em tempos de romarias intensas?
Duas moças discutem. Solteiras, anelam casar-se quanto
antes. Os rapazes, seus pretendentes, já escasseiam. Residem
ambas na Capital de São Paulo. Ambas, sob o receio de um
celibato imposto pelo “destino”, são devotas, devotíssimas!, de
“santo” Antonio, o “santo” casamenteiro, o cupido católico. Uma,
contudo, é devota do “santo” Antonio do Pari. A outra, do da Praça
do Patriarca. Cada uma, para defender o seu “santo” Antonio conta
prodígios. Um mais mirabolante do que o outro.
E a presença dos sacerdotes no altar de “santo” Antonio tanto
do Pari como da Patriarca oficializa a rivalidade dos devotos.

4)- A hierarquia romanista incentiva o recurso às imagens,


sobretudo por meio das chamadas promessas. Com elas querem
condicionar a eficácia das rezas.
Promessas de acender velas. Velas de todos os tamanhos e de
todas as grossuras. Sobretudo de cor amarelada e, às vezes,
vermelha. Enormes brandões se o beneficiário da promessa for de
alta estatura. Brandões do tamanho do devoto...
Certos templos reservam lugares especiais para queimá-las. E
é aquele fogaréu dia e noite. O calor das chamas amolece o
espermacete ou a estearina, que escorre gota a gota, caindo em
recipientes apropriados para mais um ganho da hierarquia, que a
vende a quem com essa matéria fabrica novas velas.
Em outros templos, os ‘vigários” proíbem, acendê-las. Lá em
Aparecida, um aviso afixado nas paredes recomenda sejam as velas
depositadas numa caixa com a garantia de, em lugar apropriado,
serem queimadas. Sem que isso ocorra, as velas intactas e
inteirinhas, são levadas para a loja dos “reverendos” de portas
escancaradas bem ali, ao lado da Basílica. Uma mesma vela circula
o ano inteiro, rendendo o seu valor sempre atualizado para os
bolsos dos clérigos.
E os ex-votos? Em geral feitos de cera. Cabeças, mãos, pés,
dedos... Lotam as prateleiras das salas dos milagres. Pagam eles
promessas por causa de uma dor de cabeça, dum inchaço nos pés,
dum talho na mão...
E as fotografias? Postam-se uma ao lado da outra ou se
encostam nos ex-votos. Homenageiam o “santo” milagroso e
revelam a cara do miraculado.
E as tranças dos cabelos? Cabelos de crianças cujas mães só
os cortaram na idade de sete anos. Cabelos de moças que os
deixaram crescer como promessa para conseguirem um namorado
e os cortaram na véspera do casamento.
Cabelos de barbas também em promessas deixadas crescer.
Os sacerdotes tudo vendem. A cera das velas. As velas
intactas. Derretem os ex-votos e os passam nos cobres. Os cabelos
para as fábricas de perucas.
Só não vendem uma coisa! As fotos. Ah, também não vendem
as muletas, que se empilham nos cantos das salas dos milagres.
No tempo em que não havia fogão de gás liquefeito, serviam-lhes
para acender o fogo. Agora, quebram-nas e jogam-nas fora, se
algum marceneiro não as compra.
Promessas de dar dinheiro para o “santo”... Essas são as mais
frequentes por serem de cumprimento mais fácil.
Tudo isso entra no bojo do culto às imagens, culto esse
condenado por Deus.

.oOo.

A MULHER QUE SE EMBRIAGA


E QUE EMBRIAGA
Embriaga-se ela “com o sangue dos santos e com o sangue
das testemunhas de Jesus” (Apocalipse 17.6).
Maravilhou-se “com grande admiração” o vidente
apocalíptico...
Estonteada e entorpecida pela embriaguez, a Mulher Mistério
prossegue a sustentar a sua Inquisição, o seu nefando tribunal,
responsável pelo sacrifício de milhões e milhões de vítimas.
Bêbada com o sangue de seus mártires, ela, “a mãe das
prostituições”, às mãos um cálice de ouro transbordante,
embriaga os habitantes da terra com as suas abominações e
imundícias da sua prostituição (Apocalipse 17.2, 4). Sobre a massa
ignora dos seus desgraçados fiéis despeja os seus vis sofismas na
almejada defesa do seu culto idolátrico.

1)- Argumenta ela nos alfarrábios da sua sofismática: Você


não conserva o retrato de seu pai ou de sua mãe? Ao contemplá-lo,
não se recorda deles e nesses instantes não experimenta a
sensação de simpatia, de afeto e de gratidão por eles? Pois é! As
imagens são retratos de Jesus, de “nossa senhora” e dos santos.
Lembramo-nos deles através delas. Por elas os nossos sentidos são
impressionados e a “igreja” quer que “em nossos templos sejam
expostas as imagens dos santos, movida sempre da mesma
preocupação: que imitemos as virtudes daqueles cujas imagens
veneramos”, conforme ensina Pio XII em sua Encíclica Mediator
Dei, 162.
a) Esse argumento da hierarquia, que fala como dragão, não é
o argumento de Deus.
O argumento de Deus é: “Não farás para ti imagem de
escultura, nem alguma semelhança... Não te encurvarás a elas
nem as servirás” (Êxodo 20.4, 5). “Guardai, pois com diligência
a vossa alma, pois semelhança alguma vistes no dia em que o
Senhor, vosso Deus, em Horebe, falou convosco, do meio do
fogo; para que não vos corrompais e vos façais alguma
escultura, semelhança de imagem...” (Deuteronômio 4.15-16).
Eis aí!
O funcionário público que exige propinas é corrupto. O
cidadão que rouba o erário do Estado é corrupto. O devoto de
imagens também é corrupto!!!
O culto a Deus através de ícones é corrupção!
A Deus não interessam os nossos pontos de vista (Ah, eu
penso assim...). Interessa-Lhe que cumpramos a Sua
soberaníssima vontade e acatemos os Seus preceitos e estatutos.
b) Deus é Espírito. É imaterial. Por conseguinte não pode ser
retratado!
Ele próprio pergunta: “A quem, pois, fareis semelhante a
Deus ou com quem O comparareis?” (Isaías 40.18).
Nem uma imagem de ouro pode representá-lO!
Por isso Ele quer que O adoremos em ESPÍRITO e em verdade
(João 4.23-24). Cultuá-lO por meio de objetos materiais é, não só
contrariar-Lhe a vontade, mas incorrer num contra-senso.
c) E essas imagens são de Cristo? Pobre Cristo! Se fossem
retratos dEle, teria sido horrivelmente feio ou um efeminado!
(Perdão e misericórdia, Senhor!).
E Maria? Teria sido a mulher mais horrorosa do mundo.
Você é católico? Se for um pouco inteligente, um pouquinho
só, repelirá esse argumento estúpido do “retrato” impingido aos
ignaros pelo clero.
Aliás, em todo o Novo Testamento e de modo particular nos
Evangelhos, jamais encontramos qualquer sinal, qualquer
indicação, qualquer indício físico de Jesus Cristo e de Maria. Nem
de Sua estatura. Nem da conformação do Seu rosto. Nem das
condições dos Seus cabelos. Não encontramos qualquer referência
aos Seus traços fisionômicos.
Como se pode fazer, então, uma imagem Sua?
E, se a tentarmos fazer, estaremos fazendo uma mentira, uma
obra de engano.
Deus quis mesmo que nas Sagradas Escrituras, sobretudo do
Novo Testamento, a omissão desses pormenores fosse total e
absoluta. Precisamente para não incorrermos em transgressão do
Seu preceito, do qual Ele é em extremo cioso.

2)- Os teologastros da “mãe das prostituições”, na luta de


ajudar a Mulher Mistério em seu vil trabalho de entornar a taça de
suas imundícias sobre a humanidade por ela infortunada, esses
teologastros engendraram uma tríplice distinção de culto: o de
DULIA, o de HIPERDULIA e o de LATRIA.
O primeiro atribuído por eles aos “santos”, aos anjos e às
imagens. O segundo à “virgem” Maria e o terceiro somente a Deus.
Trata-se também neste caso de uma cópia servil do paganismo
antigo habituado a distinguir o culto aos deuses maiores e aos
deuses menores.
a) Dizem os pregadores da “mãe das prostituições” que os
apóstolos e o anjo do Apocalipse repeliram os atos de culto que
lhes quiseram prestar por serem atos de culto de latria ou culto
supremo, o qual só a Deus é devido. Com podem os teólogos supor
haverem sido essas as intenções de Cornélio ao prostrar-se diante
de Pedro adorando-o (Atos 10.26), das turbas de Listra quando
quiseram sacrificar em honra de Paulo e de Barnabé (Atos 14.11-
16) e de João ao se ajoelhar diante do anjo com a intenção de
adorá-lo (Apocalipse 19.1; 22.8)?
b) Além disso, a acepção dos vocábulos DULIA e LATRIA que o
Catolicismo lhes dá não tem qualquer fundamentação bíblica. Pelo
contrário! As Sagradas Escrituras quando os empregam dão-lhes
sentido por completo diferente do da teologia romanista.
DULIA é termo derivado do verbo grego DOULEÚO, que
significa: SERVIR, SER ESCRAVO, SER SERVIL ou
SUBSERVIENTE.
Nas Escrituras o verbo DOULEÚO é usado para expressar o
nosso DEVER DE SERVIR A DEUS, como nosso Senhor.
Em Mateus 6.24 disse Jesus: “Não podeis servir a Deus e às
riquezas”, onde o original grego emprega o verbo DOULEUEIN.
Por conseguinte, DULIA quer dizer SERVIÇO A DEUS,
SUJEIÇÃO A DEUS, o nosso único Senhor.
Já se vê que oculto de HIPERDULIA (super-servir) é aplicado a
Maria por ser considerada superior ao próprio Deus.
c) A palavra LATREIA também é encontrada nas Sagradas
Escrituras para significar o serviço exterior dos sacerdotes no
Templo, ou seja, toda a religião externa dos judeus, as cerimônias
do seu culto exterior. Por exemplo, falando das cerimônias da
Páscoa, Deus recomenda: “Guardareis esse culto (LATREIA). E
acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto
(LATREIA) é este vosso?...” (Êxodo 12.25-26).
Portanto, filologicamente e também no uso das Escrituras, o
vocábulo LATREIA, por expressar as exterioridades rituais da
religião, é de consistência assaz inferior para expressar a realidade
do nosso compromisso de, quais servos, prestar culto a Deus nosso
Senhor.
É óbvio, por conseguinte, que os teologastros romanistas
querem que se dê aos “santos”, através das suas imagens, um
culto superior ao que se deve a Deus.

3)- Na sua adega de mistificações, o clero despeja sobre as


suas pobres vítimas outro sofisma: Nós não ADORAMOS, mas
VENERAMOS as imagens.
Argumento fabuloso! Fabuloso na sua idiotice!
a) Abra-se qualquer dicionário que se preze. Encontramos lá,
como sinônimos, adorar e venerar. ADORAR é o mesmo que
VENERAR!
b) O próprio clero, de resto, admite a sinonimia entre ADORAR
e VENERAR.
Provo também esta minha alegação!
Existe na hinologia católica romana um cântico em latim
intitulado “tantum ergo” composto por Tomás de Aquino a ser
usado em determinadas ocasiões. Sua letra é dirigida à hóstia ou
“santíssimo sacramento”. E diz: “Tantum ergo sacramentum
BENEREMUR cercui...”, cuja versão vernácula é: “A este tão
grande sacramento ADOREMOS (ou VENEREMOS)
humildemente...” Os devocionários romanistas quando trazem esse
hino apresentam também a sua tradução.
Ora, segundo a teologia católica, o culto atribuído à hóstia é
aquele mesmo que deve ser tributado a Deus.
Se Tomás de Aquino, o supremo dos teólogos católicos,
aceitava a sinonimia dos dois verbos, o “papa” Paulo VI, o pontífice
que presidiu as três últimas sessões do Concílio Vaticano II e, ao
encerrá-lo, apôs sua infalível assinatura em seus documentos,
também reconhece serem sinônimos os dois verbos. E de fato! Na
sua encíclica Mysterium Fidei, de 3 de setembro de 1965,
precisamente sobre a “eucaristia”, emprega-os indistintamente com
o mesmo sentido (55-57).
c) Oficial e ostensivamente, a Mulher Mistério pratica a
adoração - ADORAÇÃO mesmo!!! - de imagens. Na sexta-feira
apelidada de “santa”, nem se esconde no sofisma de sua
estapafúrdia distinção entre VENERAR e ADORAR.
Há, nas cerimônias litúrgicas desse dia em comemoração da
morte de Cristo, uma parte cognominada de “ADORAÇÃO DA
CRUZ”.
Abra-se qualquer missal. Encontra-se lá essa solenidade,
“ADORAÇÃO DA CRUZ”, que consiste na exposição da cruz diante
da qual o sacerdote celebrante e seus fiéis se prostram de joelhos
em ADORAÇÃO ao madeiro!!!

4)- O “papa” Pio XII recomendava as imagens à devoção dos


seus fiéis com o argumento de que, venerando-as, os devotos
imitam as virtudes dos “santos” por elas representados.
De duas uma! Ou os “santos”, embora são canonizados
depois de longo, meticuloso e exaustivo processo, oportunidade em
que o cognominado “advogado do diabo” vasculha a vida do
candidato à honra dos altares, virando-a pelo avesso no afã de lhe
descobrir falhas morais, ou os “santos” não têm virtude alguma,
tendo levado uma vida tão imunda como a da totalidade dos seus
devotos, ou esse motivo de liceidade desse culto é um argumento
furado.
Aquele bodegueiro é devotíssimo de “santa” Terezinha e exibe
sua imagem num nicho de madeira iluminado com permanente
lâmpada vermelha, mas no seu balcão rodam copos de cachaça
para a clientela das tardezinhas. Ou Terezinha se dava ao etilismo
e tem no devoto bodegueiro um fiel imitador. Ou o argumento do
“papa” é falso.
Aquela prostituta é devota de “santa” Rita de Cássia cuja
imagem está ali na cômoda do seu quarto a presenciar o seu
comércio. Ou a “santa”, sua inspiradora, também traficou suas
carnes ou o argumento do pontífice é falho.
Se o argumento do “papa” valesse para o Brasil seria o paraíso
dos homens e mulheres de excelente conduta moral porque as
imagens dos “santos” de toda a corte celeste é que não lhe faltam.
E a Itália? Nem se fala!
A Aparecida, a capital mariana do Brasil, afluem multidões e
multidões em romarias de devoção à “santa” padroeira da Pátria.
Aparecida, contudo, a contrariar o argumento idiota do
“papa”, Aparecida, levadas em conta as devidas proporções de sua
população, é o maior centro de ladrões e de meretrizes de todo o
País.
O contrário seria absolutamente impossível porque idolatria,
meretrício e roubo estão sempre juntos. Entre si se alimentam e se
incrementam...

5)- E lá despeja a “mãe das prostituições” sobre ignara


humanidade embriagada com o vinho das suas imundícias um
outro embuste. Com ele cobiça apresentar-se com ares de quem
segue as normas das Sagradas Escrituras.
Deus mandou fazer imagens! Imagens de querubins para o
propiciatório da Arca e para as paredes do Templo de Jerusalém.
Mandou Moisés fazer a serpente metálica, por sinal, milagrosa.
Pronto! A Bíblia autoriza o culto das imagens!
E lá vem a sua “interpretação” de Êxodo 20.4-6 e de
Deuteronômio 5.8-10! “Interpretação” própria da “mãe das
prostituições” porque consentânea com seus interesses
desonestos.
Esse preceito não trata de proibição absoluta. É uma
proibição relativa! Eis como argumentam aos teologastros.
Aliás, na imoralíssima teologia moral católica todos os
preceitos divinos são relativos. A proibição de adultério não é
absoluta, segundo ela. Em certas circunstâncias, o indivíduo pode
adulterar. A proibição de roubar, de mentir, de matar, de
semelhante forma não é absoluta, diz aquela imoral moral. Em
certos casos, a própria prostituição carnal é aceitável, elucida a
imoralíssima moral romanista. No Estado de Alagoas, em Atalaia,
há um “vigário” que promove missa e lanche festivos para as
meretrizes locais no dia de “santa” Madalena, de acordo com o
Catolicismo, padroeira das meretrizes. O “vigário” faz apenas uma
exigência: que naquela noite as moças poupem seus corpos. No dia
seguinte tudo continua na velha rotina...
É por isso que sempre se cumpre a constante lei da História:
Onde o clero católico predomina e lidera, a moral pública é sempre
baixa!
Aquelas imagens de querubins jamais foram objeto de culto.
E, pelo fato de haverem os hebreus passado a cultuar a imagem
metálica da serpente, o piedoso e reto rei Ezequias reduziu-a a pó e
a chamou, não de imagem venerável ou sagrada, chamou-a sim de
um pedaço de bronze (2º Reis 18.4).
Os querubins das paredes do Templo serviam de enfeite, bem
como a essa finalidade se prestavam as flores e os animais entre
aqueles querubins esculpidos.
Os querubins da Arca, outrossim, nunca foram cultuados.
Eles simplesmente assinalavam o lugar da Presença Real de Deus.
Embriagados com o vinho das prostituições derramado pela
grande mãe, os devotos, narcotizados e insensibilizados, sem
qualquer raciocínio, preferem semelhantes sofismas e recusam “o
amor da Verdade para serem salvos” (2ª Tessalonicenses 2.10).

.oOo.

IMAGENS CATÓLICAS
E IDOLATRIA
Distinguem-se duas formas de idolatria: a do CULTO AOS
DEUSES FALSOS e a do CULTO FALSO AO DEUS VERDADEIRO.
Idolatria é cultuar o sol, a lua, Tamuz, Baal, Baco, Vênus, Ísis,
Osíris, Júpiter... Todos os deuses do velho paganismo. Os deuses
do atual paganismo do Extremo Oriente.
O culto falso e vão ao Deus verdadeiro, contudo, também é
idolatria, embora os sacerdotes da MATER ET MAGISTRA relutem
em ensinar o contrário.
E nesse culto vão incluem-se as imagens.
Deus abomina as duas manifestações idolátricas. Abomina
com maior intensidade e com maior repulsa o das imagens em Sua
honra porque elas em extremo O desonram.
Ofende muito mais a Deus o chamado cristão que Lhe oferece
culto através dessas “representações” do que o pobre indígena que
venera o sol, se curva diante de uma árvore frondosa ou imola seus
próprios filhos a qualquer Moloque.

A VONTADE DE DEUS
Em Êxodo 20.4-5 ela é expressa e clara: “Não farás para ti
imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em
cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo
da terra. Não te encurvaras a elas nem as servirás” (veja
também Deuteronômio 5.8-9).
Neste mandamento, o Senhor Deus condena não só as
imagens de deuses pagãos, mas também os ícones em Sua
devoção.
O Cristianismo legítimo é o culto sem imagens exatamente por
crer em Deus VIVO, invisível, imaterial, por ser puro espírito.
As Sagradas Escrituras não definem Deus e nem se
preocupam em demonstrar a Sua existência.
Princípio supremo de inteligibilidade, é Ele uma realidade que
se impõe. A Sua manifestação é o mais real e concreto de todos os
fatos, de tal modo que se torna impossível entender o Universo e a
História se dEle se abstrair.
Espiritualmente puro, puríssimo, que transcende a matéria,
Deus jamais pode ser representado em figuras plásticas.
Omitem-se as Sagradas Escrituras de qualquer tentativa de
defini-lO, porque seria limitá-lO. Intranscendentalizá-lO!
Ante a pergunta ansiosa de Moisés quando da experiência da
sarça ardente, por desejar conhecer-Lhe o Nome, Deus respondeu:
“Eu sou o que sou” (Êxodo 3.14).
A resposta deixa Moisés na incompreensão... Na
incompreensão consentânea com a finitude e as limitações
humanas perante a Divindade.
Deus é o Deus VIVO, em contraposição aos ídolos, inertes e
mortos.
“Eu sou o que sou”, com toda a determinação que esta
fórmula implica.
Definir Deus ou definir-Se Deus é absolutamente impossível.
Como se atreve a “mãe das prostituições” representá-lO
plasticamente com a matéria?
O absurdo das imagens de Deus é tão gritante e escandaloso
que, não tendo por onde escapar, a própria versão católica da
Bíblia, “A BÍBLIA MAIS BELA DO MUNDO”, divulgada pela Editora
Abril (São Paulo), depois de autorizada pelo Imprimatur canônico
da Arquidiocese de São Paulo, em nota de rodapé, no tocante a
Êxodo 20.4-5, elucida: “Com o Segundo Preceito não se proibia
apenas o culto idolátrico, mas também o próprio culto de Javé, sob
qualquer forma de imagem. A tentação de confundir e identificar a
imagem com a realidade constitui o fundamento dessa proibição”.
Deus é transcendente! E, em decorrência, Isaías pergunta: “A
quem, pois, fareis semelhante a Deus ou com que o
comparareis?” (Isaías 40.18). A ninguém e a nenhuma figura.
Aliás, o próprio Deus, por intermédio desse profeta, interroga:
“A quem, pois, Me comparareis para que Eu lhe seja igual?”
(Isaías 40.25).
A resposta decisiva vem dEle mesmo: “Eu sou o Senhor, este
é o Meu Nome; a Minha glória, pois, não a darei a outrem, nem
a Minha honra, às imagens de escultura” (Isaías 42.8).
Só um bêbado pode repetir a oração modelo do “Pai nosso”
suplicando a Deus: “Seja feita a Tua vontade assim na terra
como no céu” (Mateus 6.10) e, ao mesmo tempo, crer em imagens
e prestar-lhes reverência.
É uma inimaginável injúria prostrar-se perante um ícone e
rezar: “Seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu”.
Pois é precisamente da vontade de Deus o repúdio total dessas
figuras.
O idólatra está tão embriagado pelo cálice da “mãe das
prostituições” a ponto de ter sua mente por completo bloqueada,
incapacitando-o de reconhecer a abjeta corrupção.

UM FATO CONFIRMANTE
Deus entrega a Moisés o Seu Decálogo e outras Leis. É a mais
solene manifestação de Deus no Antigo Testamento.
Descreve-a Êxodo 19.16-18: “Ao amanhecer do terceiro dia,
houve trovões, e relâmpagos, e uma espessa nuvem sobre o
monte, e mui forte clangor de trombeta, de maneira que todo o
povo que estava no arraial se estremeceu. E Moisés levou o
povo fora do arraial ao encontro com Deus; e puseram-se ao pé
do monte. Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor
descera sobre ele em fogo; a sua fumaça subiu como fumaça de
uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente”.
Sinais impressionantes em torno de um notável
acontecimento! Contemplam-no os hebreus atônitos, impedidos,
porém, de ver Deus.
Por que não podem vê-lO?
Elucida o próprio Moisés: “Guardai, pois, cuidadosamente, a
vossa alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o
Senhor, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo;
para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem
esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem ou de
mulher, semelhança de algum animal que há na terra,
semelhança de algum volátil que voa pelos céus, semelhança
de algum animal que rasteja sobre a terra, semelhança de
algum peixe que há nas águas debaixo da terra. Guarda-te não
levantes os olhos para os céus, e, vendo o sol, a lua e as
estrelas, a saber, todo o exército dos céus, sejas seduzido a
inclinar-te perante eles e dês culto àqueles, cousas que o
Senhor, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos
os céus” (Deuteronômio 4.15-19).
A espiritualidade de Deus impede-nos assemelhá-lO a
qualquer figura de homem, de animal, de ave, de réptil, de peixe,
de sol, lua ou estrelas. Fazê-lo é corrupção!
Quem malversa os dinheiros públicos é corrupto. Corrupto é
quem dilapida o patrimônio alheio. Consoante as Sagradas
Escrituras, também é corrupção a idolatria do culto falso a Deus
por meios plásticos, porquanto no Sinai Ele não Se revelou em
figura alguma.

OS QUERUBINS
A Arca da Aliança, centro de gravitação do culto nos
primórdios do Antigo Testamento, foi sempre considerada pelos
israelitas como o Trono vazio de Deus. Os querubins, que não eram
representativos da Divindade, apenas a ornamentavam e faziam
parte do Trono, como outras peças dele, sobre o qual Deus Se
assentava. “Ó pastor de Israel... que estás entronizado acima
dos querubins” (Salmo 80.1). “Ali [no propiciatório] virei a ti [a
Moisés], e, de cima do propiciatório, do meio dos dois
querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei
contigo acerca de tudo o que Eu te ordenar para os filhos de
Israel” (Êxodo 25.22).
Com efeito, os querubins na Arca e nas paredes do Templo e
os touros que sustentavam a bacia de bronze nunca foram objeto
de culto.

O BEZERRO DE OURO
Enquanto Moisés permanecia soabre o Monte Sinai ouvindo a
Palavra de Deus e recebendo a Lei, o povo, atendendo sugestões de
Arão, juntou joias de ouro e com elas esculpiu um bezerro de
fundição.
Edificado o altar e a imagem nela entronizada, ofereceram-se
em sua honra e devoção holocaustos e ofertas pacíficas, seguindo-
se grande festança. É o registro de Êxodo 32.1-6.
Surpreendendo o povo em semelhantes celebrações, Moisés, o
homem “mui manso, mais do que todos os homens que havia
sobre a terra” (Números 12.3), tomado de cólera, arremessou das
mãos as Tábuas e as despedaçou ao pé do monte. Então, sem
qualquer respeito pelas convicções religiosas dos outros, “pegando
no bezerro que tinham feito, queimou-o, e o reduziu a pó, que
espalhou sobre a água, e deu de beber aos filhos de Israel”
(Êxodo 32.19-20) e ordenou a execução sumária de três mil
homens (Êxodo 32.28).
A imagem do bezerro fora fabricada em honra do verdadeiro
Deus. Os hebreus, durante 430 anos no Egito, imbuídos da idéia
de que o boi figurava a força e o poder dos deuses pagãos,
quiseram empregar o mesmo conceito neste seu culto a Deus na
figuração plástica do bezerro de ouro.
Na sua ardente e sincera devoção, se despojaram de suas jóias
porque anelavam oferecer a Deus o melhor e simbolizá-lO numa
imagem de ouro, o metal precioso.
Quiçá não teria sido a imagem consagrada um deus egipciano
à semelhança do deus Ápis, poder-se-ia perguntar.
A ideia divulgada pelos sacerdotes da Mulher Mistério é essa:
A de que os israelitas esculpiram aquela estátua em homenagem a
um deus falso do Egito.
A regra áurea para a compreensão das Escrituras quando nos
deparamos com uma passagem obscura ao nosso intelecto é a
seguinte: A BÍBLIA ESCLARECE A PRÓPRIA BÍBLIA.
Apliquemo-la neste caso, se desejamos desaprender as
informações erradas quanto àquele bezerro ser uma imagem de um
deus pagão.
Verificamos a informação exata quanto ao real propósito do
povo naquela ocorrência, qual seja o de cultuar o Verdadeiro Deus
que os tirara da escravidão do Egito.
Na fundição da imagem empregaram ouro, o metal mais
precioso. Esculpiram-na na forma de um bezerro, porque lá no
Egito era o animal símbolo do poder, da força, da resistência.
Almejavam com um metal rico representar o Poder de Deus na
figura de um touro, símbolo da resistência e do poder.
O salmista, mencionando o acontecimento, assegura:
“Fizeram um bezerro em Horebe e adoraram a imagem fundida.
E converteram a Sua glória [de Deus] na figura de um boi que
come erva” (Salmo 106.19-20).
Neemias, de semelhante sorte, assegura ter sido uma imagem
de Deus aquele bezerro. “Fizeram para si um bezerro de fundição
e disseram: Este é o teu Deus, que te tirou do Egito, e
cometeram grandes blasfêmias” (Neemias 9.18).
Cometeram os israelitas o pecado de idolatria! Reconheceu-o
Estêvão: “Naqueles dias, fizeram o bezerro, e ofereceram
sacrifícios ao ídolo, e se alegraram nas obras das suas mãos”
(Atos 7.41). Admitiu-o com idêntica clareza Paulo Apóstolo quando,
lembrando a ocorrência do bezerro de ouro em Horebe, exortou os
coríntios a que não se tornassem idólatras como aqueles hebreus
(1ª Coríntios 10.7).
Imagem representativa de Deus é pecado!
Ao recordar Moisés as murmurações e as infidelidades dos
israelitas em sua viagem pelos desertos, menciona o bezerro que
tinham feito e o chama de PECADO (Deuteronômio 9.21).
É certo! Perante a proibição taxativa de Deus nosso Senhor,
plastilizá-lO constitui-se em PECADO, pecado de IDOLATRIA,
CORRUPÇÃO.

OUTROS DOIS BEZERROS


Em breves frases rememoraremos fatos. Salomão, induzido
pelas mulheres que lhe perverteram o coração, resvalou para a
idolatria. Seguido do povo, cultuou Astarote, deusa dos sidônios,
Quemós, deus dos moabitas, e Milcom, dos amonitas.
As consequências trágicas da idolatria recaíram sobre toda a
nação. Falecido o monarca, executaram-se os juízos divinos ao ser
cindido o reino. A tribo de Judá e parte considerável de Benjamim
permaneceram fiéis ao filho de Salomão, Roboão, posto em
Jerusalém qual lâmpada de Davi diante do Senhor.
As outras dez tribos, rebeladas contra o novo soberano,
aderiram ao comando do efrateu Jeroboão, estranho da
descendência real.
Perseguido por Salomão, refugiara-se Jeroboão, até a morte do
rei, no Egito, onde assistira às solenidades pomposas em honra ao
deus Ápis, simbolizado na escultura de um boi.
Retornado à terra é, de acordo com a profecia de Aías,
investido no trono das tribos rebeldes.
No início do seu reinado, as nações do Norte continuaram, sob
a anuência do monarca, a frequentar as festas no Templo de
Jerusalém. Este contacto, porém, punha em ameaça a fidelidade
do Setentrião ao soberano que, havendo por oportuno evitar essas
peregrinações, mandou edificar dois santuários nos territórios do
seu domínio: Betel e Dã, neles entronizando duas imagens na
forma de bezerro esculpidas em ouro.
Queria o novo rei representar nas duas estátuas o Poder de
Deus. Do Deus verdadeiro e não de Ápis.
Ensinara-lhe a permanência no Egito, quando lá estivera
exilado, como ocorrera a seus antigos patrícios, o hábito dos
egipcianos de simbolizar a divindade na figura de um boi,
representação do vigor e da força.
Na ausência da Arca, os dois animais em ouro representariam
a presença de Deus entre eles. “Disse ao povo: Basta de subirdes
a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram
subir da terra do Egito!” (1º Reis 12.28).
Estabeleceu, ainda, à semelhança dos costumes de Judá,
solenidades religiosas com holocaustos e ofertas de incenso.
Constituiu um sacerdócio espúrio com homens que não eram da
descendência araônica.
Ressalte-se a intenção do efrateu Jeroboão! Os bezerros,
esculturas da Força e do Poder, construídos em metal precioso,
eram símbolos e imagem de Deus Verdadeiro. Alheia de seu
objetivo a intenção de cultuar Ápis ou um deus estranho qualquer.
Conquanto o ideal do monarca fosse o mais puro possível e
embora por sua mente não passasse o desejo sequer de remoto de
trocar o Deus Verdadeiro por deuses dos gentios, Jeroboão se
desviou do Senhor. As suas imagens se tornaram em pecado e em
ídolos (1º Reis 12.30).
Os bezerros de Betel e de Dã se transformaram em tropeço
para o povo e causa de grave decadência espiritual e social.
Muito depois, ainda os dois ícones motivaram rude polêmica
do profeta Oséias, quando o povo, fascinado pelo esplendor da
veneração dos bezerros de ouro, oferecia-lhes sacrifícios,
acariciava-os e atirava-lhes beijos (Oseias 13.2).
Este profeta Oséias combateu tenazmente este culto e
lembrou, outrossim, a ignomínia da mudança de BETEL em BETE-
ÁVEN (Oséias 5.8; 10.5).
BETEL é a Casa de Deus, a Porta do Céu, onde, em remoto
passado, Jacó tivera a visão da escada, lutara vitoriosamente com
Deus e recebera do Senhor a confirmação da Grande Promessa
feita a Abraão.
BETE-ÁVEN era Casa da Vaidade porque o culto falso a Deus
é vaidade, como vaidade é a idolatria (Jeremias 10.15; 18.15;
51.18).
O vilipêndio da idolatria jeroboaneica acompanhou sempre a
história desditosa do reino setentrional, fazendo-o pecar e se
constituiu em causa da sua destruição (1º Reis 13.34).
Jeroboão não só apartou o seu povo de seguir a Deus no
cumprimento dos seus deveres religiosos para com Ele, mas,
levando-o à prática do culto falso a Deus, o fez “cometer GRANDE
PECADO” (2º Reis 17.21), pois as imagens do bezerro, por
representarem a Deus, em si próprias, se constituíam PECADO (1º
Reis 12.30).
Com efeito, a própria imagem é pecado e o culto a Deus
por meio dela é “GRANDE PECADO”.
Se a idolatria, de si mesma, é pecado, e o seu exercício é
grande pecado, constitui-se este uso em CAUSA de pecado e
motivo dos juízos divinos (1º Reis 13.34).
O grande pecado das práticas idólatras do culto falso a Deus
nunca está sozinho. Acompanha-o sempre o cortejo de outros
pecados. E clamam aquelas práticas as vinganças dos céus!
Cometera o rei das dez tribos o mal, pior do que todos os
males cometidos por seus antepassados (1º Reis 14.9). Sim, a
idolatria do culto falso a Deus é mal mais grave do que a dos
deuses falsos.
Nem as desgraças e nem os prodígios de se secar sua mão
quando da profecia da destruição do altar idolátrico de Betel (1º
Reis 13.1-10) demoveram Jeroboão de seu malvado e ímpio
propósito de cultuar vãmente a Deus.
E aquela Betel, a Casa de Deus, das magníficas bênçãos do
Senhor a Jacó, para irrisão, se transformou em BETE-ÁVEN, a
Casa do nada, da ilusão, da mentira (Oséias 4.15; 5.6; 10.5).
Betel, mudada em cada da mentira, será como castigo,
“desfeita em nada” (Amós 5.5).

.oOo.

A PALAVRA
QUE NÃO VOLTA VAZIA
Sempre a Palavra de Deus executa os Seus objetivos (Isaías
55.11). Cumpre-se à risca!
Ao proclamar o Seu Decálogo, o Senhor Deus Se alonga no
enunciado do Segundo Preceito. E, dentre todos os dez, é o único
ao qual, em sua promulgação, são vinculadas severas ameaças de
duros castigos: “Porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus
zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e
quarta geração daqueles que Me aborrecem” (Êxodo 20.50).
A advertência do Senhor é muito clara. Jeroboão, contudo,
pessoalmente foi admoestado por intermédio do profeta Aías.
Nestas condições, nunca poderia alegar ignorância ou isenção de
sua pessoa quanto às ameaças do Decálogo. “Trarei o mal sobre a
casa [família] de Jeroboão e eliminarei de Jeroboão todo e
qualquer do sexo masculino, tanto o escravo com o livre, e
lançarei fora os descendentes da casa de Jeroboão, como se
lança fora o esterco, até que, de todo, ela se acabe” (1º Reis
14.10).
E, como demonstração da seriedade de Suas ameaças, feriu-
lhe de imediato o Senhor Deus a casa com a morte de Abías, seu
filho.
Não foi preciso chegar à terceira ou quarta descendência do
monarca para o cumprimento das advertências de punição.
Sucedeu-o Nadabe, seu próprio filho, no trono do reino do
Norte. Nem bem completara dois anos de governo, Baasa, de
origem alheia ao sangue do soberano, conspira contra ele. Mata-o e
assume a coroa real. “Logo que começou a reinar, matou toda a
descendência de Jeroboão; não lhe deixou ninguém com vida,
a todos exterminou, segundo a palavra do Senhor, por
intermédio de Seu servo Aías, o silonita, por causa dos pecados
que Jeroboão cometera e pelos que fizera Israel cometer, por
causa da provocação com que irritara ao Senhor, Deus de
Israel” (1º Reis 15.9-30).
Conquanto Baasa de tudo soubesse, procrastinou nos
caminhos idólatras de Jeroboão.
Sobrevieram-lhe as mesmas desgraças de seu antecessor.
Idênticas desgraças para idênticas transgressões
Sucedeu-lhe no trono seu filho Elá que, nos anos do seu
reinado, conservou o pecado de Jeroboão.
Zinri, um dos seus servos, contra ele rebelou-se e, matando-o
bêbado, assentou-se no trono. Feriu todos os descendentes de
Baasa, já na segunda geração. Não lhe deixou homem algum, nem
de seus parentes, nem de seus amigos (1º Reis 16.9-13).
No seu curtíssimo governo de apenas sete dias, sustentou o
culto blasfemo instituído por Jeroboão. Rebelou-se o povo contra
ele e constituiu Onri rei sobre Israel. Zinri suicidou-se.
Onri governou dez anos. Edificou a cidade de Samaria.
Conservou o culto falso dos bezerros nos moldes estabelecidos pelo
primeiro monarca do reino rebelde. Sua morte foi natural.
Seguiu-se-lhe na coroa o rei Acabe.
Acabe adotou uma religião sincretista. É, por isso, um dos
predecessores do eclético culto católico. Tendo casado com a ímpia
Jezabel, dos sidônios, filha de Etbaal, sacerdote de Astarte, além
de conservar o culto adotado por Jeroboão, promoveu e incentivou
o culto a Baal.
Acabe, além de conservar o culto falso a Deus por meio dos
dois bezerros esculpidos pelo seu antigo predecessor, instigado por
sua mulher, a sidônia Jezabel, promoveu o culto a Baal,
hebraização de Astarte, a divindade do sacerdócio de seu pai, que,
por sua vez, era um desdobramento do deus Tamuz da Babilônia, a
fonte de todos os deuses da antiguidade. Edificou Jezabel um
templo em Samaria, a nova capital do seu reino, e incrementou o
seu culto, oficiado por sacerdócio próprio também criado pela
rainha e por ela sustentado.
Foi nessa negra conjuntura que Deus suscitou o profeta Elias,
cujo ministério se tornou em paradigma de fidelidade a Deus nosso
Senhor.
A experiência ocorrida no Monte Carmelo, quando Elias
desafiou Baal e os seus profetas (1º Reis 18.20-40), empolga pela
sua têmpera no combate à mentira e pela sua ilimitada confiança
em Deus.
Cumpriu-se a ira divina contra Acabe quando, em luta com os
sírios, em Ramote-Gileade, foi ferido. Transportado para Samaria,
veio a morrer e, enquanto se lavava o seu carro nas águas em que
as prostitutas se banhavam, os cães lamberam-lhe o sangue (1º
Reis 22.38).
E sobre a sua memória execranda as Sagradas Escrituras
erguem o triste epitáfio: “Ninguém houve, pois, como Acabe, que
se vendeu para fazer o que era mau perante o Senhor, porque
Jezabel, sua mulher, o instigava; que fez grandes abominações,
seguindo os ídolos...” (1º Reis 21.25-26).
Jezabel, porventura, escapara ilesa da ira divina?
Embora ela se enfeitasse, pintando até as voltas dos olhos,
para receber o monarca Jeú, mandou este lançá-la da janela do
alto prédio abaixo, sendo ela pisoteada pelas patas dos cavalos. E
nem puderam sepultá-la porque os cães lhe devoraram as carnes e
ela se tornou em esterco sobre o campo (2º Reis 9.30-37).
Acazias, filhos de Acabe, herdou o poder. Sustentou o
sincretismo religioso imposto pelo pai. Acidentou-se gravemente e,
como castigo por haver recorrido ao deus Baal-Zebube, morreu
sem deixar um filho que o sucedesse.
Por isso ascendeu ao trono o seu irmão Jorão, cuja
administração se destacou pelo combate parcial ao ecletismo
religioso estabelecido por seu pai Acabe. Embora removesse o ídolo
de Baal do templo deste, prosseguiu o culto falso dos bezerros de
ouro.
Elieu, o profeta, ungiu Jeú, um dos seus discípulos, para rei
de Israel, com a incumbência específica de matar Jorão e Jezabel.
Jeú matou os dois e todos os filhos de Acabe, extinguindo-lhes
por completo a família e os amigos íntimos.
As ameaças contra os violadores do Segundo Preceito
recaíram em brutal realidade também sobre os descendentes de
Acabe, os quais, no trono, não passaram da primeira geração.
Tendo conquistado o poder, Jeú exterminou completamente o
culto de Baal. Matou os seus sacerdotes e os seus fiéis. Queimou
os seus altares e derrubou o seu templo, transformando-o numa
latrina.
Seu iconoclastismo, contudo, não o conduziu a executar
idêntica operação com a estátua de Asera, construída por Acabe, e
com os bezerros de Jeroboão. Combateu com tenacidade o culto
aos deuses falsos, mas se omitiu quanto ao combate do culto falso
ao Deus Verdadeiro.
Como galardão da sua intransigência na luta de extermínio do
culto a Baal, garantiu-lhe o Senhor a permanência dos seus filhos
no trono real até a quarta geração (2º Reis 10.30).
Com efeito, na ordem direta dos seus descendentes,
sucederam-no na coroa: seu filho Jeoacaz, seu neto Jeoás (filho de
Jeoacaz), seu bisneto Jeroboão II (filho de Joás) e seu tataraneto
Zacarias (filho de Jeroboão II).
Com este Zacarias completara-se o prêmio prometido por
Deus a Jeú. Zacarias foi assassinado por Salum, filho de Jabes,
que se apossou do governo. “Esta foi a palavra que o Senhor
falou a Jeú: Teus filhos, até a quarta geração, se assentarão no
trono de Israel. E assim sucedeu” (2º Reis 15.12).

MALDIÇÕES QUE SE CONSUMAM


Se Deus premiara Jeú ao permitir a presença dos seus
descendentes até a quarta geração na soberania do Reino
Setentrional pelo fato de haver exterminado por inteiro o culto a
Baal, contudo, Sua bênção foi incompleta, pois não se alargou
além do seu tataraneto e já nos dias de Jeú os limites de Israel
passaram a sofrer arranhaduras da parte dos sírios.
É a ira do Senhor por causa dos pecados de Jeroboão,
conservados pelo próprio Jeú, tão ardoroso na refrega contra Baal.
Já ao tempo de Jeú principiaram a se cumprir as previsões do
seu mestre, o profeta Eliseu.
De fato, quando Hazael, a mandado de Ben-Hadade, rei da
Síria, foi encontrar-se com Eliseu, fixando-lhe os olhos e em
pranto, o profeta asseverou: “Porque sei o mal que hás de fazer
aos filhos de Israel; deitarás fogo às suas fortalezas, matarás à
espada os seus jovens, esmagarás os seus pequeninos e
rasgarás o ventre de sua mulheres grávidas” (2º Reis 8.12).
Hazael matou o seu soberano Ben-Hadade e se apossou do
reinado sírio. Tornou-se no grande verdugo de Israel, cuja missão
começou a executar sob o governo de Jeú.
Cumprir-se-iam inexoráveis as ameaças do Senhor fuziladas
por meio do profeta Oseias: “Israel desprezou o bem; o inimigo o
perseguirá... da sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si,
para serem destruídos... é obra de artífice, não é Deus; mas em
pedaços será desfeito o bezerro de Samaria. Porque semeiam
ventos e segarão tormentas” (Oseias 8.3-7). “Os moradores de
Samaria serão atemorizados por causa do bezerro de Bete-
Áven; o seu povo se lamentará por causa dele, e os sacerdotes
idólatras tremerão por causa da sua glória, que já se foi”
(Oseias 10.5; confira Amós 4.6-11).
A mão vingadora de Deus santo deveria pesar sobre o reino
das Dez Tribos em consequência de suas abominações do culto
falso a Ele.
Jeoacaz, filho de Jeú, seguiu o exemplo do pai no tocante à
preservação dos bezerros de Dã e de Betel, “pelo que se acendeu
contra Israel a ira do Senhor, o qual os entregou nas mãos de
Hazael, rei da Síria, e nas mãos de Ben-Hadade, filho de
Hazael, todos aqueles dias” (2º Reis 13.3).
Conquanto Jeroboão II restabelecera os termos de Israel,
resgatando-os da dominação síria, permitiu ainda a presença do
culto falso a Deus.
Depois de Zacarias, poucos reis cingiram a coroa do Reino do
Norte: Salum, assassino de Zacarias, governou apenas um mês e
foi morto por Menaém, que o sucedeu; e Pecaías, filho do seu
imediato sucessor, tendo governado dois anos, foi deposto por
Peca. Este, por seu turno, foi morto por Oséias, que se tornou seu
sucessor.
Todos eles conservaram os bezerros do culto falso a Deus.
Nos dias de Peca, o rei da Assíria, Tiglate-Pileser, invadiu
muitas cidades de Israel e levou seus habitantes cativos para a
Assíria.
Pretendeu o rei Oséias aliar-se a Sô, rei do Egito, no intuito de
se libertar do domínio assírio. Salmanasar, o novo rei assírio,
descobriu a conspiração e encerrou Oséias agrilhoado na prisão.
Sitiou Samaria por três anos, depois dos quais conquistou-a e
transportou em cativeiro para a Assíria todos os seus moradores,
preenchendo estas vagas com os gentios trazidos de Babilônia e de
outras terras.
Tantas desgraças consumaram as maldições de Deuteronômio
4.23-28 cominadas contra os rebeldes.
Com efeito, todas as angústias do povo resultaram das
práticas idolátricas pelos rebeldes israelitas: “Seguiram os ídolos,
e se tornaram vãos, e seguiram as nações que estavam em
derredor deles, das quais o Senhor lhes havia ordenado que
não as imitassem” (2º Reis 17.15).
Imitaram-nas a ponto de deixarem “todos os mandamentos
do Senhor, seu Deus, e fizeram para si imagens de fundição,
dois bezerros; fizeram um poste-ídolo, e adoraram todo o
exército do céu, e serviram a Baal” (2º Reis 17.16).
Apesar de haver Jeú, no passado, extinto o culto aos deuses
dos gentios, como Baal, o povo, contudo, não abandonara a
idolatria porque prosseguiu no culto falso a Deus através dos
bezerros. E o trágico resultado da contumácia ocorreu com a
consumação de tamanhos e horríveis castigos.

.oOo.

QUAL DOS DOIS PECADOS


É O MAIS GRAVE?
O da idolatria do culto a um deus falso ou o da idolatria do
CULTO FALSO AO DEUS VERDADEIRO?
Qual desses dois mais agrava e mais ultraja a Santidade
infinita de Deus?
A Salomão condicionara o Senhor a permanência dos seus
descendentes como herdeiros sucessivos na condução do Seu povo,
descendentes esses que no trono real seriam como uma lâmpada
de Davi: “Não te faltará sucessor sobre o trono de Israel” (1º
Reis 9.4-5).
E, por haver falhado o soberano, após a sua morte, dividiu
Deus o reino.
A Jeroboão, monarca das tribos rebeldes, estabelecera
idêntica promessa da continuidade de sua descendência na coroa:
“Eu serei contigo, e te edificarei uma casa estável, como
edifiquei a Davi, e te darei Israel” (1º Reis 11.38).
O protótipo de ambas descendências é a fidelidade de Davi ao
Senhor.
Davi, apesar dos seus graves pecados de adultério com Bate-
Seba e de homicídio contra Urias, marido daquela mulher, jamais,
todavia, se permitiu resvalar para a idolatria, sustentando-se
sempre na lealdade a Deus.
Jerusalém em iniquidades se excedeu a Samaria e Sodoma
(Ezequiel 16.47, 51). Os seus reis ímpios praticaram
desbragadamente o culto a deuses falsos, chegando ao extremo da
iniquidade e da corrupção de instalar imagens no recinto sagrado
do próprio Templo.
Os terríveis juízos do Senhor pesaram implacáveis sobre esses
monarcas corruptos.
No trono de Jerusalém, contudo, permaneceu a descendência
de Davi. Os sucessores de Salomão foram do seu sangue.
No trono do Reino do Norte ocorreu o contrário. Logo o
primeiro sucessor de Jeroboão, o seu próprio filho Nadabe, nem
bem completara dois anos de governo, quando Baasa, de origem
alheia ao sangue do monarca e do próprio Salomão, mata-o e se
apossa do cetro real.
E nem a descendência de nenhum outro soberano, sempre de
sangue espúrio, ultrapassou a quarta geração, fato este, aliás,
sucedido somente com os sucessores de Jeú na pessoa de
Zacarias, de sua quarta descendência.
Por que esta discriminação entre Judá e o Reino do Norte?
E mais! Os de Judá em 1948 retornaram ao próprio território.
E Samaria não.
A diferença de tratamento da parte de Deus tem uma
explicação simples e lógica.
Jerusalém jamais praticou o culto falso a Deus por meio de
imagens, como fez o Reino do Norte com os seus bezerros em Betel
e em Dã.
São fatos comprovantes e comprobatórios da maior
abominação votada por Deus ao culto falso a Ele por intermédio de
imagens, apesar de detestar Ele também o culto aos deuses falsos.
À vista da Palavra insofismável de Deus quanto à condenação
das imagens em Sua honra e dos castigos infligidos aos
transgressores do Seu Preceito, torna-se inconcebível a relutância
do Catolicismo em suas devoções aos ídolos.
Ele é o responsável pelas mais graves deturpações do
Evangelho e pela adoção da própria idolatria enaltecida por sua
aberrante sofismática.
Em consequência, a MADRE IGREJA é a causadora de todas
as desgraças que pesam sobre a humanidade.

DEUS NÃO MUDA


Tantas vezes ouvi! O Deus do Antigo Testamento era um Deus
de ira e de vingança. Criador, sim, mas não Se revelava como Pai.
O Deus do Novo Testamento, revelado por e em Jesus Cristo, é
um Deus de amor. De misericórdia. É o Pai compassivo e
perdoador.
Que Deus por e em Jesus Cristo revelado seja o Deus Amor,
Amor Infinito, Misericórdia ilimitada, é incontestável.
Depreciar o Deus revelado nas Escrituras do Velho
Testamento, porém, significa ignorá-las e, pior ainda, como
consequência desta ignorância, desconhecer o próprio Deus.
Único, eterno, onipotente, Ele é IMUTÁVEL!
Jamais seria Deus se Se sujeitasse a mutações.
O Seu amor se manifesta constante em cada página das
Sagradas Escrituras também do Antigo Testamento, como nas
páginas do Novo. Elas revelam o Seu juízo e a Sua justiça tão
infinita quanto o amor e a misericórdia.
Amor sem justiça é cumplicidade. Justiça sem amor pode se
tornar em violência.
Deus, em todos os tempos do Antigo e do Novo Testamentos,
nunca mudou. Sua imutabilidade se apresenta em gestos de amor,
em ameaças de juízo e no cumprimento da justiça.
Deus é amor revelado em Jesus Cristo, que invectou os judeus
por quererem segui-lO sem deixar as falsidades religiosas dos
fariseus: “Invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa
tradição. Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito,
dizendo: Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração
está longe de Mim. E em vão Me adoram, ensinando doutrinas
que são preceitos de homens” (Mateus 15.6-9).
Deus é amor revelado em Jesus Cristo que, em Apocalipse
22.15, assevera: “Fora [dos céus] ficam os cães [os falsos
cristãos], os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras,
e todo aquele que ama e pratica a mentira”.
Também para nosso Senhor Jesus Cristo, o revelador do Pai-
Amor, amor não significa conluio ou conivência com o mal. Amor
está longe de significar desprezo da justiça para com os
rejeitadores do amor quando tripudiam sobre a vontade soberana
de Deus.
Segundo o Novo Testamento, o testamento revelação total do
amor de Deus, o pior castigo do pecado da idolatria do falso culto é
o próprio pecado.
Paulo Apóstolo é o teólogo inexcedível do amor de Deus, de
cuja pena procede o mais belo hino de exaltação do amor (1ª
Coríntios 13).
Pois bem, dessa mesma pena inspirada provém o mais
enérgico ataque ao culto falso por meio de representações
concretas de Deus. Encontramo-lo em Romanos 1.18-32.
“Os atributos invisíveis de Deus, assim o Seu eterno
poder, como também a Sua própria Divindade, claramente se
reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos
por meio das cousas que foram criadas. Tais homens são, por
isso, INDESCULPÁVEIS”. São os “homens que detêm a verdade
pela injustiça”.
Por que são inescusáveis? Indesculpáveis? Sem perdão? Por
quê?
Por duas razões:

PRIMEIRA – Porque “tendo conhecimento de Deus, não O


glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças; antes, se
tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-
lhes o coração insensato”.

SEGUNDA – Porque “mudaram a glória do Deus


incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis”.

São “INDESCULPÁVEIS” por terem subvertido a Verdade em


injustiça. A injustiça da impossível representação de Deus em
semelhança de imagens.
“O juízo de Deus é segundo a verdade” (Romanos 2.2), como
também a Sua graça, a Sua misericórdia e a Sua paz só serão
conosco na verdade (2ª João 3). E porque a verdade é
imprescindível à salvação, Deus quer que o pecador chegue “ao
pleno conhecimento da verdade” (1ª Timóteo 2.4).
O juízo de Deus também é aplicado dentro desta verdade!
Se no Antigo Testamento encontramos um Moisés, o homem
“mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a
terra” (Números 12.3), a vindicar a honra divina ultrajada com o
culto ao bezerro de ouro a ponto de passar a fio da espada cerca de
três mil homens (Êxodo 32), em o Novo Testamento o castigo de
Deus contra os idólatras ultrajadores da Sua honra se manifesta
mais implacável do que o dos antigos tempos.
Na exigência do Novo Testamento para os que “trocaram a
verdade de Deus pela mentira”, a dureza do castigo recai nos
próprios pecados causados pelo pecado da idolatria. Os pecados
mais abjetos e mais degradantes do ser humano. É a vingança do
pecado pelo próprio pecado, recebendo assim o prevaricador, em si
mesmo, “a devida recompensa do seu erro”.
“Mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança
da imagem de homem corruptível, bem como de aves,
quadrúpedes e répteis. POR ISSO, Deus entregou tais homens à
imundícia, pelas concupiscências do seu próprio coração, para
desonrarem o seu corpo entre si... POR CAUSA DISSO, os
entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres
mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro,
contrário à natureza; semelhantemente, os homens também,
deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram
mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza,
homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida
punição do seu erro”.
Com tal sentimento depravado encheu-se “de toda injustiça,
malícia, cobiça, maldade, inveja, homicídio, contenda, dolo,
malignidade, sendo murmuradores, detratores, aborrecedores
de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de
males, desobedientes aos pais, néscios, infiéis nos contratos,
sem afeição natural, sem misericórdia,...”
Enfileira o Apóstolo os pecados mais abjetos como o do
homossexualismo, os mais deprimentes contra os próprios
pecadores. Todos eles causados como castigo do culto falso a Deus
por meio de imagens.
Ora, o pecado que serve de castigo de outro pecado é menos
grave do que este último.
Sim, as paixões infames, o homossexualismo, as injustiças, as
desonestidades nos negócios, a violência e todos os demais
relacionados por Paulo são menos graves do que a idolatria do
culto falso a Deus.
Maior exatidão no retrato do mundo hoje é absolutamente
impossível. Nessa descrição, Paulo Apóstolo estampa a situação de
total descalabro moral da nossa sociedade contemporânea.
É o trágico resultado da idolatria em sua expressão mais
abominável, ou seja, a do culto falso a Deus, culto esse criado,
divulgado e incrementado pela MULHER MISTÉRIO, “a grande
Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra”, a
MÃE IGREJA cujas entranhas são sempre diabolicamente pejadas
pelo seu amásio, o “papa”, o Anticristo.
Em resultado, ninguém deve mais à pobre humanidade por
ela imbecilizada do que a mulher prostituta, essa MÃE IGREJA.

.oOo.

ENFIM, O FIM...
A Mulher Mistério, “a grande Babilônia, a mãe das
prostituições e abominações da terra”, enfim terá o seu fim... A
sua definitiva destruição!
Certo sacerdote a quem evangelizei, um dia perguntou-me:
“Como se explica esse fabuloso predomínio multissecular da
hierarquia católica, a organização mais bem organizada de todos os
tempos, sobre tantos povos e sobre a política internacional? Como se
explica o seu tripúdio sobre a Verdade do Evangelho mediante uma
dogmática forjicada em sofismas?”
Ao desconhecedor do Apocalipse a pergunta embaraça.
A hierarquia católica tem uma missão a cumprir à extensão
dos séculos. Vil missão!
Incumbência por ela executada a pleno contento de Satanás,
seu criador, seu inspirador e seu incrementador.
O seu poderio e o seu predomínio, entretanto, já se avizinham
do fim.
Deparamo-nos em Apocalipse 14.6-12 com três anjos
anunciadores de juízos divinos. Um deles, no estilo de anunciar
um acontecimento futuro como se já houvesse ocorrido, antecipa a
sua insólita notícia: “Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado
a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua
prostituição”.
Um sétimo anjo derramará a sua taça das mais horríveis
pragas: relâmpagos, trovões e um terremoto, único em sua
proporções dantescas. Fender-se-á em três partes “a grande
cidade”. Lembrar-se-á Deus “da grande Babilônia para dar-lhe o
cálice do vinho do furor da Sua ira” (Apocalipse 16.17-19).
Grandes abalos sísmicos têm sacudido a terra e destruído
cidades inteiras. Jesus, de resto, menciona em Seu sermão
escatológico os terremotos como um dos sinais da Sua volta. Os
tempos do fim se aproximam com a marca impressionante deles a
ponto de ser o ano de 1976 cognominado o ANO DOS
TERREMOTOS.
O derradeiro deles, porém, superará em proporções e estragos
todos os anteriores. Destruirá as ilhas e os montes (Apocalipse
16.20). Fender-se-á em três partes a grande cidade de Roma, a
Babilônia (Apocalipse 14.8) sobre a qual Deus despejará “o cálice
do vinho do furor da Sua ira” (Apocalipse 16.19). Roma, “a
grande cidade que reina sobre os reis da terra” (Apocalipse
17.18).
A terribilíssima tempestade de relâmpagos, trovões e o
incomparável terremoto alastrar-se-á por toda a terra, culminando
com uma grande saraivada de intensidade e efeitos maiores do que
a acontecida como praga do Egito (Êxodo 9.18-25). Saraivada
impressionante e arrasadora a jogar das alturas das nuvens pedras
de quase um talento ou 20 quilos (Apocalipse 16.21). São os
trágicos preparativos da definitiva destruição do Catolicismo, o
sistema mãe de todas as feitiçarias disfarçadas sob o nome de
cristão.
Aqueles reis simbolizados nos dez cornos (Apocalipse 13.1;
17.3, 7, 12-14) incumbir-se-ão na oportunidade daqueles tempos
do fim de prestigiar a confederação de nações do restaurado
Império Romano (Apocalipse 17.13) “porque em seu coração
incutiu Deus que realizem o seu pensamento, o executem à
uma e deem à besta o reino que possuem, até que se cumpram
as palavras de Deus” (Apocalipse 17.17).
Essa Besta é a alegoria do Império Romano restaurado
(Apocalipse 13.1-10).
Nesta fase, esses reis viverão com “a mãe das prostituições”
e com ela se prostituirão.
Cumpridas as palavras de Deus, esses reis passarão a odiar
“a meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as
carnes, e a consumirão no fogo” (Apocalipse 17.16).
Desses reis, seus inimigos, servir-se-á Deus para destruir a
“grande cidade”, a hierarquia católica.
“Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos:
morte, pranto e fome; e será consumida no fogo, porque
poderoso é o Senhor Deus, que a julgou” (Apocalipse 18.8).
Os crentes evangélicos, em sua maioria, quando se lembram
da Grande Tribulação, limitam-se a mencionar as pavorosas
guerras contra os judeus e os horrorosos cataclismos. Nem se dão
conta do terrível julgamento da “mãe das prostituições” (a
hierarquia católica) e do seu extermínio definitivo.
Ao anjo de grande autoridade coube pormenorizar a
destruição da Babilônia mística, “a grande cidade”, figura da
hierarquia católica. É o seu anúncio solene, “com voz forte”: “Caiu,
caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil
de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo
gênero de ave imunda e detestável; pois todas as nações têm
bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se
prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra
se enriqueceram à custa da sua luxúria” (Apocalipse 18.2-3).
Esta proclamação no estilo de um fato passado para referir
um acontecimento do futuro próximo, esta proclamação tem na
sua fraseologia uma estrutura densíssima por manifestar a
suprema vingança de Deus contra o sistema máximo de corrupção
do Evangelho.
Far-se-á muitíssimo bem, se se quiser entender essa
densidade magnífica, interromper esta leitura a fim de ler as
quatro lamentações do profeta Jeremias por causa da queda de
Jerusalém (Lamentações 1 a 4) e, pelo motivo de afinidade,
também os vaticínios da queda da Babilônia histórica anotados no
livro de Isaías (Isaías 13.14; 21.1-10; 47) e de Jeremias (Jeremias
50 e 51), o prognóstico de Isaías contra Edom (Isaías 34) e o
pronunciamento por Ezequiel contra Tiro (Ezequiel 26 e 27).
Além da semelhança literária desses protótipos do Antigo
Testamento com o registro de Apocalipse, essas Escrituras frisam a
justíssima ira de Deus contra os responsáveis pela divulgação da
idolatria, o pecado por Ele mais abominado.
Cumpriram-se com a Babilônia do Eufrates as ameaças
divinas. “O Senhor abriu o Seu arsenal e tirou dele as armas da
Sua indignação; porque o Senhor, o Senhor dos Exércitos, tem
obra a realizar na terra dos caldeus... Eis que ela será a última
das nações, um deserto, uma terra seca e uma solidão. Por
causa da indignação do Senhor, não será habitada; qualquer
que passar por Babilônia se espantará e assobiará por causa de
todas as suas pragas... E nunca mais será povoada, nem
habitada de geração em geração... Cada um dos desígnios do
Senhor está firme contra Babilônia... Se tornará em montões
de ruínas, morada de chacais, objeto de espanto e assobio, e
não haverá quem nela habite... Como se tornou Babilônia
objeto de espanto entre as nações” (Jeremias 50.25, 12-13, 39;
51.29, 37, 41). “Babilônia, a joia dos reinos, glória e orgulho dos
caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as
transtornou” (Isaías 13.19).
A destruição da Babilônia histórica foi anunciada por homens,
os profetas, mas o extermínio da Babilônia Roma é vaticinado pelo
anjo de grande autoridade e cuja glória ilumina a terra (Apocalipse
18.1).
Se a destruição da antiga Babilônia, em todos os seus
horrores, é o tipo da queda da Babilônia Roma, também se
constitui na prova provada, irrecusável do cumprimento do juízo
de Deus sobre a “mãe das prostituições”, a falsa “igreja” do
Anticristo.
Naqueles recuados tempos, o Senhor Deus convocava os Seus
servos para a rebelião e destruição de Babilônia: “Atirai-lhe, não
poupeis as flechas; porque ela pecou contra o Senhor”
(Jeremias 50.14).
A nós outros, servos Seus, fugitivos da grande Babel Roma
desde o momento maravilhoso da nossa conversão evangélica, a
nós outros o Senhor nos incita à obra de participar da Sua
vingança contra a mestra das feitiçarias: “Dai-lhe em retribuição
como também ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as
suas obras e, no cálice em que ela misturou bebidas, misturai
dobrado para ela. O quanto a si mesma se glorificou e viveu em
luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto”
(Apocalipse 18.6-7).
Será que nós, ex-católicos, convertidos a Jesus Cristo por
graça inaudita de Deus, nos empenhamos em atender esta
conclamação do Senhor?
Omitir-nos-emos no cumprimento do nosso dever de vergastar
a Mulher Mistério?
Se, à luz das Sagradas Escrituras, tivermos a real
compreensão de como Deus abomina a idolatria, sairemos do
nosso comodismo e desfecharemos, em retribuição de suas obras
de prostituição, as flechas do arsenal da Palavra de Deus contra a
MATER ET MAGISTRA, a hierarquia romana.
MATER... “Mãe das prostituições e abominações da terra”.
MAGISTRA... “Mestra das feitiçarias”.
Asseteá-la-emos para apressar a VOLTA GLORIOSA de nosso
Senhor Jesus Cristo, “Rei dos reis e Senhor dos senhores”
(Apocalipse 19.16), “o Deus dos deuses, e o Senhor dos
senhores, o Deus grande, poderoso e terrível” (Deuteronômio
10.17), o “Fiel e Verdadeiro” (Apocalipse 19.11), a Pedra tornada
grande montanha a encher toda a terra (Daniel 2.35), a Quem será
dado domínio e glória, e um Reino para que todos os povos, nações
e línguas O sirvam... O Seu domínio eterno, que não passará, e o
Seu reino que jamais será destruído (Daniel 7.14).
Asseteá-la-emos para apressar a VOLTA GLORIOSA de nosso
Senhor Jesus Cristo quando dar-se-ão as Bodas do Cordeiro com a
Sua NOIVA, a Igreja, vestida de alvinitente linho fino,
resplandecente e puro, de cuja Ceia, exultantes e bem-
aventurados, participaremos (Apocalipse 19.7-9).

.oOo.

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