Peças Penal

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NOTICÍA CRIME (art.

5º, CPP)

Serve para dar início ao Inquérito Policial

Peça mais simples, que não precisa ser elaborada por advogado e que tem o único intuito de
comunicar um eventual delito para que a polícia judiciaria tenha condições mínimas de iniciar
as investigações. Trata-se de um requerimento de abertura de IP e que NÃO gera
obrigatoriedade na autoridade policial em iniciar o procedimento investigativo. Sua forma de
elaboração não segue rigores muitos técnicos, inclusive sendo possível na prática sua
apresentação oral. Não é essencial para a investigação de crime de Ação Penal Pública, tendo
em vista a possibilidade do delegado iniciar as investigações de ofício. Entretanto, pode
funcionar como representação nos crime de Ação Penal Pública Condicionada à Representação
e fazer o papel de anuência da vitima nos crime de Ação Penal Privada. As testemunhas serão
arroladas, evidentemente se tivermos subsídios para inserirmos. A capitulação jurídica pode
ser colocada, apesar de não ser exigido pelo noticiante conhecimento jurídico.

Excelentíssimo Sr. Dr. Delegado de Polícia Titular da Delegacia XX do Estado XX

(nome + qualificação), vem por seu advogado infra-assinado, com fundamento no art. 5º, II,
CPP apresentar pelos motivos abaixo aduzidos,

NOTÍCIA CRIME

I – Dos Fatos

II – Dos Fundamentos

III – Do Pedido

Diante do exposto, requer, abertura do Inquérito Policial com intuito de se iniciarem as


devidas investigações com o objetivo de se obter os indícios de autoria e materialidade do
direito. Requer, ainda a notificação das testemunhas abaixo arroladas.

Nesse Termos

Pede Deferimento

Município, Data

Advogado

Rol de testemunhas

REALXAMENTO DE PRISÃO (Artigo 5, LXV, CF/Artigo 310, I, CPP)

Contracautela específica de uma prisão ilegal

Peça jurídica apresentada ao poder judiciário na qual deve ser demonstrada a ilegalidade da
prisão. Muito utilizada para flagrantes considerados ilegais, tais como o forjado ou até mesmo
em desrespeito ao art. 306, CPP. Neste instante não se deve analisar o mérito da questão, e
sim apenas o título prisional. Seu objetivo é o alvará de soltura.

Ao juízo da XX Vara Criminal da Comarca (ou Circunscrição judiciária nos casos de cidades do
DF) XX do Estado XX
(nome + qualificação), vem por seu advogado infra-assinado, com fundamento no art. 5º, LXV,
CF c/c art. 310, I, CPP, requerer, por ser medida de justiça, com base nos fatos e fundamentos
abaixo,

RELAXAMENTO DE PRISÃO

I – Dos fatos

II – Dos fundamentos (demonstração da ilegalidade da prisão)

III – Do pedido

Isto posto, requer, imediatamente que seja reconhecida a ilegalidade da prisão e, concedido o
presente Relaxamento de Prisão, nos termos do já citado artigo constitucional, com a
consequente expedição de alvará de soltura.

Nos termos

Pede deferimento,

Município, data

Advogado

LIBERDADE PRIVISÓRIA COM E SEM FIANÇA (art. 5º, LXVI, CF/ art. 310, III, CPP/ arts. 321 e 322,
CPP)

Contracautela específica de uma prisão em flagrante legal, porém não necessária.

Mais uma peça jurídica direcionada ao judiciário e que tem por objetivo possibilitar que o
indiciado ou acusado possa responder em liberdade. Não uma liberdade plena, mas uma
liberdade vinculada, principalmente com o comprometimento de comparecer a todos os atos
processuais. Esta peça também se reveste de certe simplicidade em sua feitura, pois exige
apenas a demonstração dos requisitos autorizadores da medida de liberdade provisória. Não
se enfrenta o mérito da questão. Vale a pena lembrarmos que temos duas espécies de
liberdade provisória: com e sem fiança. Esta última é muito mais utilizada.

LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA (art. 321, CPP/ art. 312, CPP)

Fundamentar no art. 321, CPP e falar da ausência dos requisitos do art. 312, CPP que diz
respeito a prisão preventiva.

Liberdade provisória SEM FIANÇA e crimes hediondos: É permitido, tendo em vista a Lei
11.464/07, que alterou o art. 2º da Lei 8.072/90 (tortura, tráfico ilícito de entorpecentes, e
drogas e terrorismo.)

Ao juízo da XX Vara Criminal da Comarca XX do Estado XX

(nome + qualificação), vem por de seu advogado infra-assinado, com fundamento no art. 5º,
LXVI, CF c/c art. 321, CPP, requerer, com base nos fatos e fundamentos abaixo

LIBERDADE PROVISÓRIA

I – Dos Fatos
II – Dos Fundamentos (demonstração da possibilidade de responder em liberdade provisória)

III – Do Pedido

Isto posto, requer, imediatamente, que seja concedida a liberdade provisória, nos termos dos
já citado artigo constitucional, com a consequente expedição do alvará de soltura. Caso v. Ex.ª
entenda cabível, que se determine também a aplicação de medida cautelares diversas da
prisão do art. 319, CPP.

Nesses Termos

Pede Deferimento

Município, Data

Advogado

REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA (art. 316, CPP)

Contracautela específica de uma prisão preventiva legal, porém desnecessária, tendo em vista
o desaparecimento dos requisitos desta.

Utilizada para demonstrar que os requisitos ensejados da prisão preventiva desapareceram.


Este, na verdade, é o único objetivo dessa medida judicial, que também tem como
consequência o pedido de alvará de soltura. Mais uma vez não se questiona o mérito da
questão e sim apenas o título prisional. Transcrevemos os requisitos do art. 312, CPP

Ao juízo da XX Vara Criminal da Comarca XX do Estado XX

(nome + qualificação), vem por seu advogado infra-assinado, com fundamento no art. 310, II,
CPP c/c art. 316, CPP, requer com base nos fatos e fundamentos abaixo

REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

I – Dos Fatos

II – Dos Fundamentos (demonstração do desaparecimento dos requisitos da prisão preventiva)

III – Do Pedido

Isto posto, requer, imediatamente, que seja concedida revogação da prisão preventiva, nos
termos do já citado artigo, com a consequente expedição do alvará de soltura.
Subsidiariamente, caso v. Ex.ª entenda necessária e adequada que se adotem medidas
cautelares diversas da prisão insculpidas no art. 319, CPP

Nesses Termos

Pede Deferimento

Município, Data

Advogado
QUEIXA CRIME (art. 38 e 44, CPP)

Prazo (decadencial art. 10, CPP) de 6 meses a contar da data do conhecimento da autoria do
crime, art. 38 CPP, ou no caso do art. 29 CPP no que se refere ao dia em que se esgotar o prazo
para o oferecimento da denúncia.

O art. 41, CPP traz questões formais, ou seja, o querelante (vítima) deve preencher os
requisitos desse artigo para fazer a petição inicial. Também é nesse momento que se deve
colocar o rol de testemunhas sob pena de preclusão e ainda pedir a condenação do querelado,
sob pena de perempção.

No art. 44, CPP nos mostra que a petição deve ser apresentada por procurador (a procuração
do advogado deve conter: o nome do querelante e mencionar o fato criminoso),

Serve para iniciar a fase processual da persecução criminal para aqueles crimes passíveis de
ação penal privada.

Peça privativa do advogado para os crimes de ação penal privada, ou seja, aqueles que
expressamente o legislador informa somente procedem mediante queixa. Sua elaboração é
bem simples (art. 41, CPP), pois se trata de uma breve apresentação dos fatos narrados com
sua devida demonstração da capitulação jurídica e final pedido de condenação. Exige-se,
ainda, a menção da procuração com poderes especiais (art. 44, CPP) e, se possível, o rol de
testemunhas, pois é nesse momento oportuno para a acusação. Vale ainda observar que é
possível, na queixa-crime, no caso de concurso de crimes, mencionar, no mérito da peça, a
modalidade de concurso, ou seja, material, formal ou crime continuado (arts. 69, 70 e 71,
CPP). Já se a queixa-crime for de competência do Juizado Especial Criminal, muito comum
também se pedir designação de audiência preliminar.

Exemplos de crimes que se processão mediante Ação Penal Privada: Calúnia (art. 138, CP),
difamação (art. 139, CP), injúria (art. 140, CP), esbulho possessório em propriedade particular
sem violência (art. 161, II, CP), dano por motivo egoístico (art. 163, IV e 167, CP), abandono de
animais (arts. 164 a 167, CP), fraude à execução (art. 179, CP), violação dos direitos do autor
(arts. 184 a 186, CP), exercício arbitrário das próprias razões sem violência (art. 345, CP).

QUEIXA CRIME PERSONALISSÍMA - Único exemplo em nossa legislação desse tipo de ação
penal, que não admite substituição processual (art. 31, CPP). Induzimento a erro essencial e
ocultação de impedimento, art. 236, CP.

Ao juízo da (Vara, JECrim, ...) XX da Comarca XX do Estado XX

(nome + qualificação), vem, por seu advogado infra-assinado, cuja procuração com poderes
especiais no moldes do art. 44, CPP se apresenta, com fundamento nos arts. 30 e 41 do Código
de Processo Penal combinado com o art. 100, §2º do Código Penal, oferecer,
tempestivamente, a presente

QUEIXA-CRIME

em face de (qualificação do acusado) pelos motivos a seguir aduzidos:

I – Dos Fatos (narrar os fatos de forma simples, reduzida, com descrição de todas as
circunstâncias em que o crime ocorreu fornecidas no enunciado da questão)

II – Dos Fundamentos (adaptação do que ocorreu no mundo dos fatos com preceitos legais.
Colocar os dispositivos da lei)
III – Dos pedidos

Diante o exposto, tendo o acusado infringido o(s) art. (s) XX da Lei Penal Brasileira, requer a
Vossa Excelência:

a) Recebimento da presente ação;


b) Que seja dada vista ao representante do Ministério Público;
c) Seja o mesmo citado para oferecimento de resposta;
d) Processado e ao final condenado criminalmente;
e) Que se determine a indenização a título do art. 387, IV, CPP
f) Notificação das testemunhas abaixo arroladas.

Termos em que,

Pede Deferimento

Município/Data

Advogado

Rol de Testemunhas:

QUEIXA -CRIME SUBSIDIÁRIA OU SUPLETIVA OU AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA


PÚBLICA (art. 5º, LIX, CF/ arts. 29, 41 e 44, CPP / art. 100, §3º, CP)

Prazo, de natureza decadencial, de 6 meses a contar da inércia do Ministério Público; arts. 29 e


38, CPP.

Serve para iniciar a fase processual da persecução criminal.

Cabível quando o Ministério Público, na pessoa do Promotor de Justiça/ Procurador da


República, fica inerte tendo em vista sua obrigação em ajuizar a ação penal no prazo legal
(princípio da obrigatoriedade). Eis o prazo: art. 46, CPP: O prazo para o oferecimento da
denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do MP receber
os autos do IP, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. Neste último caso, se houver
devolução do IP à autoridade policial (art.16, CPP), contar-se-á o prazo da data em que o órgão
do MP receber novamente os autos. Quanto à elaboração, a única diferença em relação à
queixa-crime vista no capítulo anterior é colocarmos um parágrafo referente à perda do prazo
por parte do órgão oficial da pretensão punitiva estatal.

Ao juízo da (Vara, JECrim, ...) XX da Comarca XX do Estado XX

(nome + qualificação), vem, por seu advogado infra-assinado, com fundamento no art. 5º, LIX,
da Constituição Federal, e nos arts. 41 e44 do Código de Processo Penal combinado com o art.
100, §3º, do Código Penal, oferecer a presente, cuja procuração com poderes especiais
anexada

QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA

em face de (qualificação do acusado) pelos motivos a seguir aduzidos:

DA PERDA DE PRAZO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Preliminarmente vale expor que a presente ação se justifica, tendo em vista a inercia do órgão
de pretensão punitiva estatal, que neste instante não cumpre com a sua obrigação
institucional. O prazo oficial, segundo diretriz do art. 46, CPP, é de 5 dias para réu preso e de
15 dias para réu solto.

(destacar dia do conhecimento dos indícios de autoria pelo Ministério Público, geralmente
com o recebimento das peças de informação)

I – Dos Fatos (narrar os fatos de forma simples, reduzida, com descrição de todas as
circunstâncias em que o crime ocorreu fornecidas no enunciado da questão)

II – Dos Fundamentos (adaptação do que ocorreu no mundo dos fatos com preceitos legais.
Colocar os dispositivos da lei)

III – Dos pedidos

Diante o exposto, tendo o acusado infringido o(s) art. (s) XX da Lei Penal Brasileira, requer a
Vossa Excelência:

a) Recebimento desta queixa-crime;


b) Que seja dada vista ao representante do Ministério Público;
c) Seja o mesmo citado para oferecimento de resposta;
d) Processado e ao final condenado criminalmente;
e) Que se determine a indenização a título do art. 387, IV, CPP
f) Notificação das testemunhas abaixo arroladas.

Termos em que,

Pede Deferimento

Município/Data

Advogado

Rol de Testemunhas:

RESPOSTA À ACUSAÇÃO (art. 396 e 396-A, CPP)

Prazo de 10 dias (processual, ou seja, o prazo começa a ser contado no momento em que ele
foi citado excluindo-se o dia da citação e começa a contar o dia subsequente e termina no 10
dia útil)

Peça essencial para a defesa, em que deverão ser abordados TODAS as teses defensivas,
seguindo sempre aquela linha já estipulada da melhor tese em primeiro lugar. A melhor
orientação no momento de elaboração desta peça processual é analisarmos se temos
exceções (art. 95, CPP) e preliminares. Observamos que as exceções na prática podem e
devem vir em apartado, como reza o art. 396-A, §1º, CPP. Entretanto, para efeitos desta
elaboração elas deverão ser inseridas antes das preliminares. Vimos que configuram as
preliminares as extinções de punibilidade (art. 107, CP), as nulidades (art. 563, CPP) e as
proteções constitucionais do art. 5º, CF. No art. 396-A, CPP, temos a exata profundidade desta
peça, quando o próprio legislador informa que tudo deve ser colocado, além do oferecimento
de documentos e justificações, especificar provas e arrolar testemunhas. Todavia, o ideal é que
apresentemos subsídios necessários para que o magistrado no momento seguinte possa
absolver sumariamente.
Explica-se: o momento procedimental seguinte é o da absolvição sumária, assim, se
conseguirmos demonstrar alguns dos geradores dessa absolvição, melhor será para o acusado,
ver art. 397, CPP.

Ao juízo da XX Vara Criminal da Comarca XX do Estado XX

Processo nº: XX (Optativo)

(nome), já qualificado por ser advogado infra-assinado, com fundamento nos arts. 396 e 396-A
do Código de Processo Penal, apresentar

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

Pelos motivos a seguir aduzidos.

1 – Dos Fatos
* 2 – Das Exceções (art. 95, CPP – suspeição, incompetência do juízo, litispendência,
ilegitimidade de parte.)

* 3 – Pelo não recebimento da ação penal (art. 395, CPP) (Apenas no rito especial de defesa
preliminar de crime praticado por funcionário público)

* 4 – Das Preliminares (de nulidade: ex falta de citação do acusado)


5 – Do Direito

6 – Das Provas

7 – Do Pedido

8 – Das Testemunhas

Termos em que, pede deferimento

Município, data

Advogado – OAB

EXCEÇÕES (art. 95, CPP)

Prazo de 10 dias conforme os artigos 396 e 396-A, CPP.

Serve como meio de defesa para impedir ou retardar a ação penal.

Inicialmente, cumpre destacar que numa prova prático-profissional as exceções geralmente


são inseridas na resposta do acusado. Na pratica forense, o advogado pode optar por
apresentar em apartado, assim como autoriza o código. Temos, segundo o art. 95, CPP cinco
hipóteses de exceções que podem ser arguidas no mesmo momento da Resposta do Acusado.
As exceções podem ser divididas em peremptórias ou dilatórias, sendo a primeira utilizada
para encerrar o processo, e a segunda para postergar a duração do processo. Entre as
exceções peremptórias estão: litispendência e a coisa julgada; já nas dilatórias estão: a
suspeição, a ilegitimidade de parte e a incompetência do juízo.

Os casos de suspeição servem para proteger a imparcialidade e, consequentemente, proteger


e garantir ainda mais o princípio acusatório. A suspeição, segundo o art. 254, CPP também é
aplicada aos promotores de justiça, peritos, oficiais de justiça.
Ao juízo da XX Vara Criminal da Comarca XX

(nome), já qualificado nos autos do processo nº XX, vem por seu advogado infra-assinado, com
fundamento no art. 95, inciso XX, do Código de Processo Penal, opor

EXECEÇÃO DE XX

Pelos motivos a seguir aduzidos.

1 – Dos Fatos

2 – Do Direito

3 – Do Pedido (aqui vai depender da modalidade de exceção)

EX: a – Suspeição: reconhecimento e remessa ao juiz substituto (art. 99, CPP);

B – Incompetência: reconhecimento e remessa ao juízo competente (art. 108, CPP)

C – Litispendência: reconhecimento e extinção (art. 110, CPP)

D – Ilegitimidade de parte: reconhecimento e anulação (art. 110, CPP)

E – Coisa Julgada: Reconhecimento e extinção (art. 110, CPP)

Termos em que, pede deferimento

Município, data

Advogado, OAB

ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS (ART. 403, §3º E 404, CPP)

Prazo de 5 dias.

Serve na exposição final das teses de acusação e defesa.

Ao juízo da XX Vara Criminal da Comarca XX do Estado XX

Processo nº

(Nome), já qualificado nos autos do processo, vem por seu advogado infra-assinado, com
fundamento no art. 403, §3º ou 404 do Código de Processo Penal, apresentar

ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS

Pelos motivos abaixo aduzidos.

1 – Dos Fatos

2 – Das Preliminares (de nulidade)

3 – Do Direito (colocação de teses defensivas, sempre começando pela melhor tese em forma
de títulos e com dispositivos da lei)

4 – Do Pedido

Diante do exposto requer:

A – O reconhecimento ... com a consequente ...


B – Caso V. Exa. Não entenda pela tese acima exposta que ...

C – Ainda, se, porventura, as teses acimas expostas não prosperarem que ...

Termos em que pede deferimento.

Município/Data

Advogado/OAB

SISTEMA RECURSAL

Os recursos em processo penal têm disposição legal a partir do art. 574, CPP. Vale observar
que, caminhando pelos artigos referentes ao Capítulo I (Disposições gerais) do Título II (Dos
Recursos em Geral), encontramos duas falhas do legislador: inserir a Revisão Criminal (art. 621,
CPP) e o Habeas Corpus (art. 647, CPP) no presente capítulo. Isso porque suas respectivas
naturezas jurídicas são de ações autônomas de impugnação. Vejamos algumas diferenças
entre os recursos e essas ações.

RECURSOS AÇÕES AUTÔNOMAS


Taxativo Taxativo
Tempestividade Sem prazo
Voluntário HC pode ser de ofício
HC preventivo nem sempre acontece em
Inconformismo
constrição à liberdade
Impedem do Trânsito em Julgado Revisão Criminal só após trânsito em julgado
Mero desdobramento da mesma relação
Uma nova relação processual
processual
Possibilidade de um novo objeto jurídico
Reexame da Decisão
sendo discutido
Interposição no Juízo que proferiu a decisão Regras de competências próprias
Elaboração de Folha de Rosto (juízo de
admissibilidade) e Folha de Razões (juízo de
Peça única.
mérito), salvo embargos de declaração e
carta testemunhável

 Ações autônomas: Hebeas Corpus e Revisão Criminal

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (art. 581, CPP)

Prazo 5 dias ou por instrumento + 2 razões

Serve para impugnar as decisões interlocutórias do art. 581, CPP.

Recurso cuja particularidade é a possibilidade do juízo de retratação por parte do juízo que
proferiu a decisão. Veja o art. 589, CPP

Além disso, algumas decisões do art. 581 atualmente são impugnadas por outro recurso, o
Agravo em Execução, que segue, na verdade, o mesmo rito procedimental do RESE. Isso ocorre
porque a legislação acerca do tema de Execução Penal é posterior aos antigo Código datado de
1941. A LEP (Lei 7,210) é de 1984. Vejamos quais seriam essas decisões: incisos XI-XII-XVII-XIX-
XX-XXI-XXII-XXIII no mais, alertamos para um recente novidade trazida pela reforma do CPP,
Lei 11.689/2008, que alterou a sistemática recursal para as decisões de impronuncia e
absolvição sumaria no Tribunal do Júri, agora atacadas pelo recurso de apelação, conforme o
arrt. 416, CPP.

Ao juízo da XX Vara Criminal da Comarca XX do Estado XX

(nome), já qualificado nos autos processo, vem por seu advogado infra-assinado,
tempestivamente, não se conformando, com a referida decisão de fls. XX, que XX (descrever o
valor da decisão), com fundamento no art. 581, inciso XX, do CPP, interpor

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Pelos fatos e fundamentos jurídicos que se seguem nas anexas razoes.

Isto posto, se porventura Vossa Excelência entenda que deve manter a decisão, requer o
recorrente que este recurso seja remetido ao Tribunal competente, com base no art. 589, CPP.

Termos em que, requerendo seja ordenado o processamento do presente recurso, com as


anexas razões, pede deferimento.

MUNICÍPIO/DATA

ADVOGADO/ OAB

RAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

RECORRENTE:

RECORRIDO:

ORIGEM:

PROCESSO Nº:

EGRÉGIO TRIBUNAL,

COLENDA XX

Excelentíssimos Senhores Desembargadores,

No caso em tela, XX, é necessária a reforma da decisão, consequentemente vem dela recorrer
em sentido estrito, esperando que ao final seja reformada pelas razões ora expostas:

1 – DOS FATOS

2 – DAS PRELIMINARES

3 – DO DIREITO

4 – DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer seja conhecido e dado provimento ao presente recurso, para tornar
sem efeito a decisão impugnada.

Nestes termos, pede deferimento

MUNICÍPIO/DATA

ADVOGADO/OAB
APELAÇÃO (art. 416, 593, CPP | art. 82, Lei 9.099/95)

Prazo 5 dias por termo (art. 593, CPP) + 8 (crimes) ou 3 (contravenções penais) para razões
(art. 600, CPP). E 10 dias se for JECRIM (art. 82, Lei 9.099/95)

Serve para reformar a sentença penal.

Recurso por excelência mais amplo e abrangente do Processo Penal. Podendo ser apresentado
em sua totalidade na 1ª instância ou com possibilidade de razoes recursais em 2º instância,
como disciplina o art. 600, CPP. Observamos que este recurso tem um prazo diferenciado e
mais extenso em sede de JECRIM. Prazo este de 10 dias, pois acredita o legislador que, como
no procedimento sumaríssimo do juizado vigoram os princípios da celeridade, informalidade e
oralidade, o apelante teria que ter mais tempo para elaboração do recurso. Além disso,
devemos endereçar nossas razões recursais não para a o Tribunal de 2º instância e sim às
Turmas Recursais.

Outra apelação que no momento da elaboração precisa ser feita com um cuidado a mais são
aquelas interpostas das decisões proferidas pelo Tribunal do Júri. Primeiro a folha de rosto
deve ser direcionada ao Juiz-Presidente e, em segundo lugar, em relação ao pedido que, nem
sempre, será de um novo julgamento ou de reforma. Nesse sentido, muita atenção ao inciso
III, do art. 593, CPP. Exemplificando, caso a apelação tenha sido fundamentada em decisão dos
jurados manifestamente contrária à prova dos autos, a apelação deverá ter como pedido um
novo julgamento, pois, com base no soberania dos veredictos, o Tribunal de 2º Instância não
poderá reformar o teor da decisão (art. 593, III, §3º, CPP).

Ao juízo da XX Vara Criminal da Comarca XX do Estado XX

(nome), qualificado nos autos do processo nº XXX, vem por seu advogado infra-assinado, com
base no art. 593, inciso XX, alínea XX , Código de Processo Penal, interpor recurso de
APELAÇÂO por entender, que a sentença de fls. XX merece ser reformada porque não espelha
a realidade dos fatos.

Desde já, requer remessa dos autos ao Egrégio Tribunal XX para conhecimento e provimento
do presente recurso.

Termos que pede deferimento.

MUNICÍPIO/DATA

ADVOGADO/OAB

EGRÉGIO TRIBUNAL XX

COLENDA CAMÂRA,

EXCENTÍSSIMOS DESEMBARGADORES.

PROCESSO nº XX
APELANTE XX

APELADO XX

ORIGEM XX
RAZÕES RECURSAIS DE APELAÇÃO

Trata-se de sentença penal proferida pelo juízo da XX vara, na qual (transcrever a decisão), que
merece ser reformada pelas razões e fundamentos de direito expostas a seguir.

I – DOS FATOS

II – DAS PRELIMINARES

III – DO DIREITO

IV – DO PEDIDO

Isto posto, requer o conhecimento do presente recurso a fim de que no mérito seja a sentença
reformada com (motivação do recurso), nos termos do art. XX.

Termos que pede deferimento.

MUNICÍPIO/DATA

ADVOGADO/OAB

APELAÇÃO SUPLETIVA

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