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Estática Fetal

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Estática Fetal

LAIRTON RODRIGUES BRAZ


Enfermeiro do Trabalho
Mestre em Educação
Conceitos Iniciais

Estática Fetal é conjunto de movimentos ativos e,


principalmente, passivos do feto durante sua passagem
pelo canal de expulsão. A estática influencia diretamente
em como se dará este fenômeno e, consequentemente,
seu desfecho. Por isso, é de imprescindível
conhecimento para a equipe muldisciplinar envolvida
neste processo, onde a estática fetal abrange: atitude,
situação, posição e apresentação.
Palpação obstétrica e medida da Altura
Uterina (manobra de Leopold)
Palpação obstétrica e medida da Altura
Uterina (manobra de Leopold)
Atitude, ou hábito fetal
A atitude, ou hábito fetal, se refere à relação das diversas partes
fetais entre si, dependendo da disposição dos membros e da
coluna vertebral. A atitude mais comumente encontrada durante
a gestação é a de flexão generalizada: membros superiores
flexionados e anteriorizados; coxa fletida sobre abdome e perna
fletida anterior à coxa; coluna com concavidade para face
anterior do feto; cabeça fletida sobre tronco. Esta disposição
forma o ovoide fetal, possuindo polo cefálico e pélvico, com
aproximadamente 25cm de comprimento. Esta atitude de
completa flexão é necessária para o correto acomodamento do
feto dentro do útero, que possui apenas 30cm de extensão.
Atitude, ou hábito fetal
Estática Fetal
O termo estática fetal é usado para descrever como o feto se encontra dentro do
ventre materno. As relações do feto com a região pélvica e com o útero
constituem a estática fetal.

SITUAÇÃO: é a relação entre o maior eixo da mãe e do feto. Chamamos de


SITUAÇÃO LONGITUDINAL quando os eixos coincidem (por exemplo, quando a
cabeça está para baixo e a glúteo para cima) e SITUAÇÃO TRANSVERSAL
quando os eixos não coincidem (por exemplo, quando o feto está “atravessado”)

APRESENTAÇÃO: é a região fetal que se encontra mais próxima da região


pélvica materna (parte do corpo que irá nascer primeiro). Por exemplo,
chamamos de APRESENTAÇÃO CEFÁLICA quando o feto está com a cabeça
para baixo e APRESENTAÇÃO PÉLVICA quando o feto está com a cabeça para
cima e portanto irá nascer de glúteo
Estática Fetal – Situação
Estática Fetal – Situação
Estática Fetal – Apresentação

Cefálica Córmica Pondálica


Estática Fetal – Apresentação (córmica)
Estática Fetal – Apresentação (cefálica)
bregmática fronte face
vértice, occipício

Defletida Defletida Defletida


Fletida Grau I Grau II Grau III
Estática Fetal – Apresentação (cefálica)

Defletida Defletida
Defletida
Fletida Grau I
Grau II Grau III
Estática Fetal – Apresentação (pélvica)
Estática Fetal – Apresentação (pélvica)
Tipos de Pelves
Fontanelas
Posição Fetal – Referência Materna
Posição Fetal – Referência Materna
Posição Fetal – Referência Materna

OS ODP
OEP

OET ODT
OEA ODA

OP
Posição Fetal – Referência Materna
Posição Fetal – Referência Materna
Posição Fetal – Referência Materna
Posição Fetal – Referência Materna
Posição Fetal – Referência Materna
Altura Fetal - plano de DeLee

Alguns autores consideram os termos a seguir apresentados


como parte da estática fetal. Outros, contudo, os utilizam
apenas como complemento para a melhor compreensão do
mecanismo de parto. O primeiro deles é a altura
fetal, podendo ser analisada após o início do trabalho de
parto, quando o feto começa a se insinuar. Tendo como
referência o diâmetro biespinha ciática, usamos o critério do
plano de DeLee para expressar a altura: quantos centímetros
acima do plano expressamos com sinal negativo (-3, -2, -1),
abaixo com sinal positivo (+1, +2, +3, +4, +5), e coincidente ao
Altura Fetal - plano de DeLee
Altura Fetal - plano de DeLee
Altura Fetal – plano Hodge
Os plano de Hodge são quatro divisões anatômicas imaginários, que projetam
sobre a pélvis da mulher grávida e servem como um guia para a posição do feto
no canal do parto. A pelve é uma cavidade anatômica composta pelos ossos que
estão sob o tronco. Esta cavidade contém os órgãos reprodutivos internos. Para
dividir a pelve de acordo com os planos de Hodge, sua anatomia deve ser bem
conhecida.
Altura Fetal – plano Hodge
Os planos são identificados a partir dos pontos
anatômicos da pelve da seguinte maneira:
– Primeiro plano: é a linha traçada da sínfise púbica até
a junção da quinta vértebra lombar com o osso sacral.
Essa união também é conhecida como promontório. O
primeiro plano de Hodge coincide com o estreito superior
da pelve.
– Segundo plano: sua identificação é feita pela junção
da segunda vértebra sacral à borda inferior da sínfise
púbica.
– Terceiro plano: neste caso, a linha é traçada na altura
dos espinhos ciáticos, paralela à anterior. Espinhos
ciáticos são duas proeminências dos ossos laterais da
pelve.
– Quarto plano: para o último dos paralelos, a união do
sacro com o cóccix, conhecida como vértice sacral, é
tomada como referência. A partir daí, uma linha paralela
é desenhada para todas as anteriores.
Altura Fetal
Posição da Cabeça

Um conhecimento relevante é o de assinclitismo da


cabeça, apresentação lateralizada que esta pode adotar.
É posterior, se sutura sagital mais próxima ao
púbis (Litzmann). Será chamada posterior, apesar do
púbis estar anterior ao feto, porque o parietal posterior que
irá primeiramente penetrar na escavação. Da mesma
forma, há assinclitismo anterior (Nagele), se sutura mais
próxima ao sacro. Se não há lateralidade, possuímos o
sinclitismo.
Posição da Cabeça

Sinclitismo assinclitismo posterior assinclitismo anterior


Mecanismo do Parto Restituição com desprendimento
dos ombros inicial

Insinuação com flexão

Restituição com desprendimento


dos ombros final
Descida com rotação interna

Desprendimento com deflexão

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