9º Ano 2 Atividade Remota 2021
9º Ano 2 Atividade Remota 2021
9º Ano 2 Atividade Remota 2021
ALUNO (A):______________________________________________________________________
ANO: 9º ANO TURMA______________ TURNO:_____________
PROFESSOR: ELIELSON BISPO
DATA RECEBIDA: / / DATA DE ENTREGA: / /
ALUNO (A):
ESCOLA:
CHAVES – 2021
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CONTO
O conto, ato de narrar, era, nas origens, uma narrativa oral de um fato acontecido ou imaginado.
Chama-se conto toda história de ficção narrada de modo breve, que apresenta um conflito, tempo e
espaço resumido e número reduzido de personagens.
Para narrar uma história com essas características e manter a atenção do leitor, o autor do conto
usa muitos recursos narrativos: faz escolhas de linguagem e estrutura os elementos da narrativa –
personagem, ação, espaço e tempo – de modo a prender o leitor na trama narrativa.
A roupa do rei
Era uma vez um rei muito vaidoso que só faltava pisar por cima do povo. Certa vez procuram-no uns
homens que eram tecelões maravilhosos e que fariam uma roupa encantada, a mais bonita e rara do mundo,
mas que só podia ser enxergada por quem fosse filho legítimo.
O rei achou muita graça na proposta e encomendou o traje, dando muito dinheiro para sua feitura. Os
homens trabalharam dia e noite num tear mágico, cozendo com linha invisível, um pano que ninguém via.
O rei mandava sempre ministros visitarem a oficina e eles voltavam deslumbrados, elogiando a roupa
e a perícia dos alfaiates. Finalmente, depois de muito dinheiro gasto, o rei recebeu a tal roupa e marcou uma
festa pública para ter o gosto de mostrá-la ao povo.
Os alfaiates compareceram ao palácio, vestindo o rei de ceroulas, e cobriram-no com as peças do tal
traje encantado, ricamente bordado mas invisível aos filhos bastardos.
O povo esperou lá fora pela presença do rei e quando este apareceu todos aplaudiram com muito
entusiasmo. Os alfaiates, aproveitando a festa, desapareceram no meio do mundo.
O rei seguiu com o cortejo, mas, atravessando uma das ruas pobres da cidade, um menino gritou:
– O Rei está de ceroulas!
Todo mundo ali presente reparou e viu que realmente o rei estava apenas de ceroulas. Uma grande e
entrondosa vaia foi o que se ouviu. O rei correu para o palácio morto de vergonha. Desse dia em diante
corrigiu-se seu orgulho. E enquanto durou seu reino foi um rei justo e simples para o seu povo.
ATIVIDADE
1°) Como era o rei no início do conto e como ele passou a se comportar no final?
4°) Os alfaiats imaginavam que sua mentira iria ser descoberta? Justifique.
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6°) O narrador é um personagem da história ou ele somente conta a história?
ATIDADE
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4ªATIVIDADE REMOTA DE LÍNGUA PORTUGUESA
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
A linguagem, uma eficiente forma de comunicação, é elemento fundamental para estabelecermos
comunicação com outras pessoas. Por ser múltipla e apresentar peculiaridades de acordo com a intenção do
falante, divide-se em seis funções:
Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de
modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do
singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades
de outra interpretação além da que está exposta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos
ou em correspondências comerciais.
Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008.
Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade
é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto,
apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é uma
característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva.
Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico.
Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério, simples e
forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de
sete faces, Carlos Drummond de Andrade)
Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por
meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos
costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder!
Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos
políticos ou de autoridade.
Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!
Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um
código usando o próprio código.
Por exemplo: “ Vou recitar um verso de minha lavra.
– O Dr. Bruno não entendeu e perguntou:
– Que vem a ser “ lavra “ ?
– O Francisco, muito dedicado, explicou:
– Quero dizer: vou recitar um verso que eu mesmo fiz”
Neste exemplo, Francisco esclareceu para o Dr. Bruno o que significava a palavra “lavra”. Com isso,
ele utilizou o código (significado da palavra retirada do dicionário) para explicar o que ele estava falando.
Assim ele usou o código que é a palavra e depois explicou o que significava este código.
Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para
verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”,
estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.
Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser
enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades
de combinações dos signos lingüísticos. É presente em textos literários, publicitários e em letras de música.
Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras
que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.
ATIVIDADES
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1. Atente-se a uma análise dos exemplos que seguem e, em seguida, destaque quais funções se
encontram neles presentes:
a) De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto,
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Vinícius de Morais
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b)
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3. Leia atentamente o texto abaixo:
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades
menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema
tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução,
crescimento e migrações.
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
b) O verbo infinitivo
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então ouvir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito… (Vinícius de Morais)
R=________________________________________________________________
c) “Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá
o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no fenômeno vital da
respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca.”
(Matoso Câmara Jr.)
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– Coisa de louco!
– É!”
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e) “Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights.”
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f) “Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer
acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo ilusão?
Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo ilusão?…
Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se longe daquelas
porcarias. Senti uma sede horrível… Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei pregado à janela, olhando
as pernas dos transeuntes.” (Graciliano Ramos)
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b) “O discurso comporta duas partes, pois necessariamente importa indicar o assunto de que se trata, e
em seguida a demonstração. (…) A primeira destas operações é a exposição; a segunda, a prova.”
(Aristóteles)
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c) “Amigo Americano é um filme que conta a história de um casal que vive feliz com o seu filho até o
dia em que o marido suspeita estar sofrendo de câncer.”
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7°) Leia:
Poética
Que é poesia?
uma ilha
cercada
de palavras
por todos os lados
Que é um poeta?
um homem
que trabalha um poema
com o suor do seu rosto
Um homem
que tem fome
como qualquer outro
homem.
(Cassiano Ricardo)
a) Quais as funções da linguagem predominantes no poema anterior?
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08. Segundo o lingüísta Roman Jakobson, “dificilmente lograríamos (…) encontrar mensagens verbais
que preenchem uma única função… A estrutura verbal de uma mensagem depende basicamente da função
predominante”.
“Meu canto de morte
Guerreiros, ouvi.
Sou filho das selvas
Nas selvas cresci.
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante.
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, forte,
Sou filho do Norte
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.”
(Gonçalves Dias)
Indique a função predominante no fragmento acima transcrito, justificando a indicação.
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