Maite T-25
Maite T-25
Maite T-25
MANUAL DE
INSTRUÇÃO TÉCNICA
T-25 UNIVERSAL
2015
Este Manual tem a finalidade de facilitar o estudo e o voo na Aeronave T-25. Foi montado com base
nos Manuais Técnicos e Boletins da Sociedade de Aviação Neiva LTDA e do Parque de Material de Lagoa
Santa e, portanto, não é uma publicação oficial, sendo recomendada a consulta da documentação original
da Aeronave para o voo ou manutenção.
2. DIMENSÕES .............................................................................................................................................................. 1
5. TRIPULAÇÃO ........................................................................................................................................................... 1
6. MOTOR....................................................................................................................................................................... 5
7. HÉLICE....................................................................................................................................................................... 7
2 - Procedimentos Normais
1. PREPARAÇÃO PARA O VOO ................................................................................................................................ 1
2. INSPEÇÃO PRELIMINAR....................................................................................................................................... 1
6. PARTIDA DO MOTOR............................................................................................................................................. 4
3 - Procedimentos de Emergência
1. FOGO NO MOTOR NA PARTIDA ......................................................................................................................... 1
3. FOGO NA FUSELAGEM.......................................................................................................................................... 1
7. FALHAS DO MOTOR............................................................................................................................................... 2
26. POUSO COM UMA PERNA DO TREM DE POUSO PRINCIPAL RECOLHIDA ......................................... 6
31. POUSO COM OS DOIS PNEUS DAS RODAS DO TREM PRINCIPAL ESTOURADOS .............................. 8
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................... 1
4 - Limites de Operação
2. TRIPULAÇÃO MÍNIMA .......................................................................................................................................... 1
5 - Características de Voo
1. GENERALIDADES ................................................................................................................................................... 1
2. ESTÓIS ........................................................................................................................................................................ 1
4. PARAFUSOS .............................................................................................................................................................. 1
5. VOO DE MERGULHO.............................................................................................................................................. 1
1-1
1. Luz navegação direita (verde) 13. Equipamento de rádio 25. Pitot
3. Bujão de abastecimento de óleo 15. Não aplicável 27. Farol de pouso esquerdo
4. Filtro de ar do motor 16. Luz anti-colisão 28. Tanque de alimentação
5. Bujão de abastecimento de gasolina 17. Antena VOR 29. Bujão de abastecimento de gasolina
6. Antena VHF 18. Compensador de profundor 30. Tanque auxiliar esquerdo
7. Botão de abertura externa capota 19. Transmissor do sistema compasso 31. Cilindro mestre
8. Painel de instrumentos 20. Tomada de pressão 32. Motor
9. Cadeira 21. Tomada de fonte externa 33. Radiador
10. Acumulador 22. Luz de navegação esquerda (vermelha) 34. Farol de táxi
11. Reservatório hidráulico 23. Flape 35. Hélice
12. Bateria 24. Bujão de abastecimento de gasolina 36. Detetor de estol
1-2
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
1-3
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
1-4
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
Bocal de
Divisor abastecimento
de fluxo do óleo
(aranha)
Magneto
Esquerdo
Cremalheira
Bico
Alternador Injetor
Motor de Governador
partida
41.Disjuntor do farol de táxi 82.Bocal de ventilação
E como principais desvantagens, temos:
6. MOTOR E como principais desvantagens, temos:
Facilidade de entupimento e ruptura do
A aeronave é equipada com um motor bico injetor
LYCOMING, modelo IO-540-K1D5, sem redução Maior incidência de sujeira nas velas
entre a hélice e o eixo do motor, de seis cilindros
opostos horizontalmente, cárter úmido, usando
injeção direta de gasolina e refrigerado a ar. Este 6.2.CAIXA DE ACESSÓRIOS
motor desenvolve uma potência de decolagem
Localizada na parte traseira do motor, lá se
máxima contínua de 300 HP com 2700 RPM, ao
encontram os acessórios que utilizam do motor
nível do mar e nas condições normais de
para seu funcionamento.
temperatura e pressão.
Esses acessórios são:
6.1.SISTEMA DE INJEÇÃO DIRETA Bomba principal de combustível
Bomba hidráulica
Os motores que utilizam o sistema de
injeção direta diferem, basicamente, daqueles que Bomba de vácuo
operam com carburador por terem o combustível Servo injetor
injetado diretamente na câmara de combustão e Dois magnetos
separadamente do ar.
A injeção direta apresenta como principais 6.3.MAGNETOS
vantagens:
Não propicia a formação de gelo O magneto é uma fonte de eletricidade
independente da bateria. Ele é um alternador
A mistura ar-combustível no interior da acoplado ao giro do eixo do motor por meio de
câmara torna-se mais homogênea. engrenagens, o que faz com que a própria
Menor consumo específico (consumo rotação do motor gere a tensão necessária ao
horário/unidade de potência) centelhamento das velas. Através de um
Temperatura da cabeça do cilindro platinado e de um distribuidor, produz o
relativamente mais baixa, pelo fato do centelhamento alternado e na correta seqüência
combustível ser vaporizado na para cada câmara, provocando a combustão da
antecâmara de combustão. mistura ar-combustível.
O motor possui dois magnetos. Cada
cilindro tem duas velas que são alimentadas
1-5
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
Cremalheira
Anel Suporte
Contrapeso
Cubo da
Hélice
Pá
Spinner
HÉLICE 1-7
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
ADVERTÊNCIA
Na AFA, a tampa do bocal de
abastecimento, quando usando o óleo
Aeroshell 15W50, é amarela. Durante o
amaciamento do motor ou dos cilindros, a
tampa será vermelha e o óleo utilizado será o
Aeroshell-100.
8.1.COMPONENTES DO SISTEMA
Reservatório de óleo - cárter do motor;
Bomba - do tipo de engrenagens,
instalada no interior do motor;
Filtro - instalado na parte posterior do
motor;
Radiador - instalado na parte frontal do
motor é o responsável pela refrigeração
do óleo;
Suspiro - tem a finalidade de equalizar
a pressão interna do sistema de óleo
com a pressão atmosférica; há um
conduto que liga o sistema ao ar
exterior. O conduto passa através de
uma caixa separadora (Separador de
Óleo), que tem por finalidade reter a
1-9
ÍNDICE
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
x
i
9. SISTEMA DE COMBUSTÍVEL l
Esquerdo 65 5 60
i
O combustível usado no T-25 é a gasolina
a
100/130 octanas.
r
Total 342 32 310
CUIDADO
Em nenhuma circunstância deve ser
ADVERTÊNCIA
usada gasolina de octanagem mais baixa que
a especificada. Não usar gasolina de Como o amortecimento do “pescador” é
automóvel, qualquer que seja a octanagem. feito parcialmente pelo combustível,
recomenda-se não executar acrobacias
9.1.COMPONENTES DO SISTEMA quando um dos tanques de alimentação
estiver completamente vazio.
Tanques
ATENÇÃO
O sistema de combustível utiliza dois O tanque auxiliar não dispõe do
conjuntos de tanques, um de cada lado da seção “pescador” para coletar combustível. Por esse
central da asa. Cada conjunto é composto de um motivo, sempre que forem efetuadas
tanque principal (88 l); um de alimentação (18 l) e acrobacias, devemos selecionar um dos
um tanque auxiliar (65 l). tanques principais.
Para efeito de cálculo de quantidade de
combustível, os tanques principais e de Válvulas Unidirecionais
alimentação são considerados como sendo um
só. Esses tanques estão instalados entre as Seis válvulas deste tipo estão colocadas no
longarinas dianteiras e traseiras, conectados sistema, permitindo o fluxo de combustível
entre si e dispostos de tal maneira que o tanque apenas no sentido de alimentação.
de alimentação é suprido pelo tanque principal
Duas delas estão colocadas nos tanques
por gravidade.
de alimentação, na entrada de combustível que
No tanque de alimentação há um vem dos tanques principais. Duas outras estão
"pescador" para coletar combustível em qualquer colocadas nas linhas que vão dos tanques de
atitude de voo que a aeronave assumir. alimentação para a seletora. As outras duas estão
O abastecimento dos tanques é feito por colocadas nas linhas que vão dos tanques
gravidade através de quatro bocais, sendo um auxiliares para a seletora.
para cada tanque. Cada bocal possui um suspiro
para dar vazão ao excesso de combustível. Seletora de Gasolina
ATENÇÃO
1-12
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
1-13
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
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DESCRIÇÃO DA AERONAVE
NOTA Disjuntores
Sempre que possível, uma fonte externa A massa do sistema é a própria estrutura
deverá ser utilizada para a partida do motor ou do avião e todo o circuito elétrico é protegido por
para verificação no solo, a fim de poupar a disjuntores térmicos (corta-circuito), através dos
bateria. quais, a corrente contínua é distribuída ao
sistema.
10.2.COMPONENTES DO SISTEMA Na ocorrência de uma sobrecarga no
ELÉTRICO circuito elétrico, o aumento da temperatura fará
com que o disjuntor salte de seu encaixe,
cortando assim, o fornecimento da energia.
Bateria
Para restabelecer o circuito, basta
pressionar o disjuntor.
A bateria é de 24 V e 24 A/h. Em caso de
pane do alternador, poderá suprir o avião durante Os disjuntores não podem ser desligados
um período de aproximadamente 5 (cinco) horas, manualmente.
variando conforme a idade e a carga da bateria.
CUIDADO
Alternador e Regulador de
O disjuntor não deverá ser pressionado
Voltagem novamente, caso salte uma segunda vez.
1-15
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
SISTEMA ELÉTRICO
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DESCRIÇÃO DA AERONAVE
1-19
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
1-21
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
pressiona o fluido para a atuação do freio. Os localizado na nacele. As duas válvulas atuam
cilindros possuem reservatórios hidráulicos independentemente para cada roda.
individuais, na sua parte superior.
Conjunto de Freios
Válvulas Lançadeiras
Dois conjuntos de freios são responsáveis
Duas válvulas lançadeiras estão pela frenagem efetiva do avião. Recebem o fluido
incorporadas ao sistema de freios e sua finalidade hidráulico sob pressão e acionam as pastilhas
é separar os freios do 1P dos freios do IN. que atuarão nos discos das rodas. Atuam
Permite que um ou outro faça uso dos freios, independentemente.
porém, deve-se evitar o uso simultâneo dos freios
pelo 1P e IN, visto que, as pressões aplicadas por
ambos, nos pedais, podem se eqüivaler e ADVERTÊNCIA
nenhum dos dois conseguir acionar os freios com O uso simultâneo dos freios pode
segurança. Se algum dos pedais for aplicado com causar a transferência de fluido dos cilindros
mais intensidade, este atuará no sistema. mestres do 1P e do IN, acarretando na
diminuição de eficiência de um deles e o
Válvulas de excesso de pressão no outro.
Estacionamento O mesmo pode acontecer se um dos
postos aplicar o freio de estacionamento e o
O sistema possui duas válvulas desse tipo, outro remove-lo.
que são acionadas, simultaneamente, pelo punho
1-22
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
SISTEMA HIDRÁULICO
1-23
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
12.3.SISTEMA DE ÁUDIO E
12. EQUIPAMENTOS DE INTERFONE
COMUNICAÇÃO E
NAVEGAÇÃO T-25A 12.3.SISTEMA DE ÁUDIO E
INTERFONE
12.1.INTRODUÇÃO
As principais diferenças entre o T-25A e o
T-25C estão nos sistemas de comunicações e
navegação.
O T-25A é equipado com os seguintes
sistemas:
Sistema de Áudio UCA;
Sistema de VHF KY-92;
Sistema de ADF ADF 201-D; A ligação com o capacete de voo de cada
Sistema de VOR/LOC MOD200A; piloto é feita através de dois cabos ligados aos
plugues correspondentes para áudio e microfone,
Sistema de TDR KT-76A e A-30;
localizado na parte traseira do console central,
Sistema de ELT C406-2. para o 1P, e na parte inferior dos cinzeiros direito,
para o IN.
Os equipamentos estão na parte central do A Unidade de Controle de Áudio (UCA) foi
painel de instrumentos, de modo a proporcionar projetada a fim de permitir ao piloto selecionar os
ao instrutor e aluno a máxima facilidade de sinais de áudio provenientes do transceptor de
operação dos equipamentos. VHF e dos receptores de VOR e ADF, além de
permitir comunicação direta instrutor / aluno.
12.2. A parte frontal da UCA é composta por
1-24
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
cinco chaves tipo alavanca, com as seguintes feita através do botão n° 3. Os décimos e
funções: centésimos de MHz, são selecionados através
Chave COM/INT dos botões n° 4 e 5 respectivamente.
Posicionada em COM, permite aos pilotos O botão de volume controla os níveis de
transmitirem pelo VHF, quando pressionam um recepção da voz e do alcance dos sinais.
dos botões de rádio transmissão dos manches. Girando-se o botão de volume no sentido horário,
Posicionada em INT, permite a comunicação o nível de recepção aumenta. Puxando-se este
direta instrutor - aluno, sem utilizar o botão de botão, ativa-se a função teste, eliminando-se o
interfone. abafador de ruídos. Esta função serve para
aumentar o ganho quando se tem recepções
Chave VHF/VOR/ADF fracas.
Posicionadas para cima permitem o No manche temos um botão de microfone
fornecimento do áudio dos respectivos que, para transmissão, deve ser pressionado e
equipamentos para os fones de ouvido. Para solto para recepção.
baixo, posição OFF, o áudio é desligado, mas os
sistemas continuam funcionando. Para operarmos o VHF a unidade de
controle de áudio deverá estar com a chaves em
Chave NOR/EMG COM (transmissão) e VHF (recepção)
Na posição NOR, faz com que os sinais NOTA
que chegam na UCA sejam amplificados na A freqüência de 121,50 é de emergência e
saída; posicionada em EMG faz com que os não deve ser utilizada para teste ou finalidades
sinais de entrada passem direto para a saída, não justificadas.
sem amplificação. Esta operação inverte a lógica
das outras chaves, com exceção da chave
COM/INT, permitindo que a unidade continue
12.5.SISTEMA DE VOR/LOC
operando mesmo quando houver falha no seu O receptor de VOR/LOC está colocado no
circuito. painel central e opera juntamente com um
indicador de VOR. As freqüência de operação em
12.4.SISTEMA DE VHF VOR estão entre 108,0 e 117,9 MHz. O LOC
opera nas freqüências com décimos ímpares, na
O transceptor de VHF está colocado no faixa de 108,1 e 111,9.
painel central. Permite transmissão e recepção na
faixa de freqüência de 118,0 a 136,975 MHz, com
espaçamento de 25 KHz, tendo capacidade para
Receptor de VOR/LOC
760 canais. A antena de VHF está colocada na
cauda.
aparecem as palavras
Interruptor TO e FROM
liga/desliga coloca o dependendo da
receptor VOR em posição do avião em
funcionamento. Há dois relação a estação VOR
botões seletores de e da radial
freqüência: o da selecionada.
esquerda seleciona a Botão Set Course – é
parte inteira da o botão de comando do
freqüência desejada e indicador da radial.
o da direita seleciona a Agulha do Glide
parte decimal da Slope – Não está
freqüência. operante no T-25.
Botão de volume Agulha do VOR/LOC
girado no sentido (Localizer) – é a agulha
horário aumenta o vertical que indica
volume de recepção. desvio da radial emitida
pela estação de terra e
Indicador de Curso recebida pelo receptor
de VOR. Indica tanto
O indicador de curso é acoplado ao radiais quanto o
receptor de VOR/LOC e fornece as indicações Localizer.
visuais das informações de navegação VOR ou Bandeira de Glide
aproximação LOC Slope – não está
operante no T-25.
Bandeira de
VOR/LOC (Localizer) –
tem a indicação OFF
na vertical, em fundo
vermelho, e será visível
sempre que o sinal
emitido for ainda fraco
para operação ou que
houver falha de
funcionamento do
instrumento.
12.6.
1. Indicador de sintonia;
2. Parafuso de fixação;
3. Mostrador de freqüência;
4. Botão de teste;
5. Botão de volume;
6. Chave de funções;
7. Botão de sintonia;
8. Seletor de faixa de freqüência.
Chave de funções –
Liga e desliga o
equipamento e, ainda,
seleciona os modos de
operação. No modo
ADF, há recepção e
indicação automática
do rumo das estações
AM ou NDB
sintonizadas. No modo
REC, há somente a
recepção das
1-27
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
Painel do Transponder
período, a lâmpada de
resposta permanecerá
acesa. Só deverá ser
acionado quando
solicitado pelo Controle
de Tráfego Aéreo.
Junto ao botão, está localizada a lâmpada
de resposta. Durante a operação normal, pisca a
intervalos de 10 a 15 segundos, indicando que o
1. Chave de funções; TDR está respondendo às interrogações do radar
de terra. Seu brilho é controlado automaticamente
2. Botão IDENT / Lâmpada de resposta; por uma fotocélula.
3. Setores de freqüência. Seletores de
freqüência – Os
Chave de funções – quatro botões centrais
localizada à esquerda permitem a seleção do
do painel do TDR, além código de identificação
de ligar e desligar o da aeronave,
equipamento, previamente definido
determina a sua forma pelo Controle de
de operação. Tráfego Aéreo.
Na posição SBY, não existe transmissão.
Ao ligar o TDR é necessário aguardar um minuto 12.9.TLE
nesta posição, para o aquecimento do
equipamento.
Quando selecionada a posição ON, o TDR
opera no modo 3A, enviando apenas o código
selecionado para a identificação da aeronave.
Na posição ALT, o TDR opera no modo 3C,
enviando, além do código selecionado para a
identificação da aeronave, informações de
altimetria, fornecidas pela cápsula altimétrica.
A posição TEST é uma posição
momentânea que ativa o circuito de autoteste do
sistema. Se o sistema não identificar problemas, a
lâmpada de resposta acende.
Botão IDENT –
quando acionado,
momentaneamente, O sistema ELT ou TLE tem como finalidade
acrescenta um pulso transmitir um sinal de emergência, para facilitar as
extra ao sinal de missões de busca e salvamento, quando ocorrer
resposta do TDR, com algum acidente grave com a aeronave.
a finalidade de O T-25A está equipado com C406-2,
aumentar o brilho do instalado no cone de cauda da aeronave e é
ponto na tela do radar altamente resistente ao fogo e impacto.
de terra, Pode ser ativado manualmente por um
correspondente à interruptor no painel ou ser acionado
aeronave, permitindo automaticamente através de uma chave inercial,
ao operador identificá- projetada para disparar com uma desaceleração
la rapidamente dentre de 5g, no sentido de seu eixo longitudinal.
as demais. O TDR
transmitirá este sinal A transmissão é feita em 121.5 / 243.0 MHz
durante (200 mW) e 406.025 MHz (5 W) , com duas
aproximadamente 20 saídas de RF distintas.
segundos e, neste Cada aparelho possui um código exclusivo,
1-29
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
NOTA
Em caso de emergência, o TLE deverá ser
mantido ligado ininterruptamente para aumentar a
chance de detecção pelos satélites do programa
COSPAS-SARSAT, não ficando o funcionamento
condicionado a quadro horários.
1-30
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
13.2.PAINEL SELETOR DE
13. EQUIPAMENTOS DE NAVEGAÇÃO
COMUNICAÇÃO E
NAVEGAÇÃO T-25C
13.1.EQUIPAMENTOS
O T-25C Modernizado possui sistemas
melhorados de comunicação e navegação:
Sistema de Áudio AMR-350
Sistema de VHF1 KLX-135A
Sistema de VHF2 VHF251A
Sistema de ADF ADF-650A
O Painel Seletor de Navegação é composto
Sistema de TDR TDR-950 basicamente de:
Sistema de DME KN-62A 1. Chave Geral de Rádios
Sistema de GPS KLX-135A 2. Chave Seletora de Navegação
Sistema de ELT ELT110-4 GPS/VOR
Sistema de Marker Beacon AMR-350 3. Chave de Intercomunicação
Sistema de VOR/LOC/GS VIR-351 / 4. Luz Sinalizadora de Mensagem
GLS-350 5. Luz Sinalizadora de Alerta de Waypoint
Painel Seletor de Navegação 6. Luz Sinalizadora de Acionamento do
HSI pelo GPS
Chave Geral de
Rádios – permite
1-31
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
Sistema de Áudio
posicionada em KHz.
PHONE. O O VHF tem capacidade de armazenar dez
acionamento do freqüências. Mantendo-se a chave de funções em
interfone impedirá a STORE, escolhe-se a posição de memória (de 0 a
comunicação externa, 9) onde se deseja armazenar a freqüência e,
através dos VHF's, imediatamente, libera-se a chave. Para recuperá-
interrompendo a linha la, posicionar a chave em RECALL e girar um dos
do PTT; porém, a botões de troca de freqüência, até chegar à
recepção do áudio dos posição de memória em que foi armazenada a
diversos equipamentos freqüência desejada.
não será afetada.
Quando o PTT for acionado, a luz XMT irá
acender, no lado direito do mostrador, indicando
13.4.VHF 2 transmissão.
1. Visor de freqüência A freqüência de 121,500 MHz é usada
somente para emergência.
2. Seletora de funções
3. Botão liga/desliga, teste e squelch
4. Seletor de KHz NOTA
5. Seletor de MHz Operação em caso de falha do mostrador:
6. Indicador e monitor de transmissão Desligue o VHF;
7. Sensor de iluminação ambiental Posicione e mantenha
a chave de funções em
O transceptor opera na faixa de freqüência STORE, enquanto
de 118,000 à 136,975 MHz, 760 canais, com religa o VHF,
espaçamento de 25 KHz. liberando-a em
seguida.
O transceptor de VHF2 está colocado no
painel central e a antena está localizada na O VHF será
cauda. automaticamente
sintonizado em
O botão liga/desliga controla também o 121,500 MHz.
volume e, ao ser puxado, desativa o "SQUELCH",
permitindo a recepção de sinais mais fracos,
porém com ruído. 13.5.
O VHF2 apresenta um mostrador digital
para a visualização da freqüência selecionada. O
brilho do mostrador é controlado automaticamente
por uma fotocélula, de acordo com a
luminosidade ambiente.
A seleção da freqüência é realizada com a
chave de funções na posição SELECT e
utilizando-se os botões concêntricos, abaixo do
mostrador:
Use o botão maior
(externo) para
selecionar a freqüência
desejada, entre 118 e
136 MHz.
Use o botão menor
(interno) para
selecionar a parte
decimal da freqüência
desejada, entre 0,000 e
0,975 MHz, em
incrementos de 25
1-34
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
4 5 Entrada da freqüência
ativa
1. Liga/Desliga – Volume;
2. Flip-Flop;
Você também pode ajustar diretamente a
3. Visor (parte do VHF); freqüência ativa no KLX 135A. Para mudar o
4. Seletor de MHz; modo de entrada:
5. Seletor de KHz. Pressione e segure o botão de flip-flop
durante aproximadamente 02 seg. A
freqüência auxiliar desaparecerá e a
O KLX 135A é capaz de sintonizar
freqüência ativa será igual a anterior ao
freqüências de comunicação em VHF de 118,000
comando.
MHz até 136,975 MHz, com espaçamento de 25
KHz, totalizando 760 canais. Os seletores esquerdos agora
ajustarão a freqüência de comunicação
O KLX-135-A usa um visor de cristal líquido
ativa.
(LCD). Em operação normal, o visor é dividido em
duas partes, por uma linha vertical chamada de Para retornar ao modo anterior de
divisor de página. seleção de freqüência auxiliar, aperte o
As freqüências ativa e standby do VHF1 botão de flip-flop momentaneamente.
aparecem na parte superior esquerda do visor. A
freqüência ativa é sempre mostrada na linha de Sintonia de freq. com 25
cima. A tecla FLIP-FLOP, abaixo do botão KHz
liga/desliga, permite alternar a freqüência ativa
com a freqüência em standby. Uma pequena letra Algumas freqüências de comunicação são
R aparecerá, sobre o ponto decimal da freqüência múltiplas de 25 KHz (por exemplo 125,975 MHz).
ativa, durante a recepção de algum sinal. Durante O KLX 135A permite ajustar estas freqüências.
uma transmissão será uma letra T. Para selecionar uma freqüência com 25 kHz:
Puxe o seletor interno esquerdo.
Seleção de freqüência
Use os seletores esquerdos para
selecionar a freqüência.
Use o seletor exterior da esquerda para
selecionar a freqüência desejada entre 118 e 136 Quando você desejar voltar a ajustar a
MHz. freq. com intervalos de 50 KHz,
empurre o seletor interno esquerdo.
Tenha certeza de que o seletor interno da
Isto lhe permitirá selecionar freqüências
esquerda esteja empurrado, e use-o para
com menos voltas do botão.
completar a freqüência desejada. Neste caso, a
freqüência terá incrementos de 0,05 MHz (50
KHz). Note que o seletor da interno deve ser ATENÇÃO
girado três cliques à direita para ir de 122,75 MHz
para 122,90 MHz. O KLX 135A só exibe dois dígitos decimais.
1-35
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
Por exemplo, a freqüência auxiliar é 123,125 MHz 135A é um sistema auxiliar de navegação por
e o KLX 135A exibe apenas 123,12. satélites, que fornece informações precisas de
posição, velocidade e tempo, sendo homologado
Ajuste de volume e somente para VRF (Regras de Voo por Visual).
squelch automático Portanto, não pode ser utilizado para IFR (Regras
de Voo por instrumentos), nem aproximações ILS
(Sistema de Pouso por Instrumentos).
O botão pequeno no canto superior
O GPS pode ser conectado ao HSI, através
esquerdo do KLX 135A não é só o ON/OFF, serve
de um relé de transferência, acionado pela Chave
também para ajustar o volume do auditivo.
Seletora de Navegação GPS/VOR, que permuta
Puxando este botão você pode anular o squelch
as informações de VOR ou GPS para o HSI.
automático, caso esteja recebendo um sinal
Nesta situação, a lâmpada azul, no Painel Seletor
distante e fraco ou lhe dar uma referência de
de Navegação, acenderá e a bandeira NAV, no
ruído para ajustar o volume.
HSI, ficará sempre visível, alertando o piloto para
essa condição.
NOTA O GPS também ativa as lâmpadas MSG e
WPT ALERT, no Painel Seletor de Navegação,
Para ter acesso às páginas de frequência
que alertam o piloto da existência de uma ou mais
deve-se passar pela inicialização do equipamento
mensagens e da aproximação de um ponto
(Ego-teste, Inicialização, VFR, e banco de dados).
programado, respectivamente.
Ao energizá-lo, espere a inicialização e aperte o
ENT por quatro vezes para aprovar as páginas O GPS recebe informação de altimetria do
até aparecer a de seleção de VHF. altímetro do 1P. A informação de altitude tem por
objetivo auxiliar na determinação da posição da
Caso o VHF1 esteja em pane, o VHF2
aeronave, quando não há um número suficiente
poderá ser utilizado, porém, para que se possa
de satélites acessíveis (no mínimo 04).
utilizar o interfone do painel é preciso que a chave
de áudio esteja acionada em VHF1 junto com a O KLX-135A utiliza o "Banco de Dados das
do VHF2 . Américas", que contém informações completas
sobre estações de VOR e NDB na sua área de
cobertura. O banco de dados também contém
13.7.GPS
aeroportos militares e de uso público com pista de
pelo menos 1.000 pés (305 m) de extensão. É
recomendado que o banco de dados seja
1 2 3 atualizado periodicamente, sob pena de tornar-se
obsoleto e fornecer informações não confiáveis
para navegação.
O botão liga/desliga fica no lado esquerdo
superior. Dois seletores concêntricos à direita e a
tecla CRSR (cursor) são basicamente utilizados
para selecionar as funções e páginas do GPS.
Existem mais quatro teclas ao longo da parte
inferior: MSG (mensagem), D> (direto), CLR
(limpar), ENT (entrada):
4 5 6 7 8
CRSR – é usada para
1. Liga/Desliga ativar/desativar o
2. Visor (parte do GPS) cursor no visor, para a
entrada de dados.
3. Tecla do Cursor (CRSR)
4. Tecla de Mensagem (MSG) MSG – é usada para
visualizar mensagens
5. Tecla Direto (-D>) do GPS.
6. Tecla Limpar (CLR) -D> – é usada para
7. Tecla de Entrada (ENT) inserir rapidamente um
8. Seletores do GPS ponto de destino e
plotar um curso da
presente posição para
O GPS (Global Positioning System) KLX- a posição de destino.
1-36
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
CLR – é usada para data que estes expiraram. Apertar a tecla ENT
apagar informações ou para aceitar a informação exibida nesta página.
cancelar uma entrada A seguir surgirá a página útil do visor, com
prévia. as freqüências do VHF e uma das páginas dos
ENT – é usada para grupos do GPS (APT, VOR, NDB, SUP, ACT,
confirmar uma NAV, FPL, CAL, SET ou OTH), indicada por uma
operação ou para pequena barra horizontal na parte de baixo do
completar uma entrada visor.
de dados. APT: Páginas de
O KLX-135A possui um visor de cristal aeroporto (contêm
líquido (LCD). Em operação normal, o visor é informações
dividido em duas partes, por uma linha vertical pertinentes a um
chamada de divisor de página. Em alguns casos, aeroporto específico
como na exibição de mensagens, no acionamento como nome, cidade,
da unidade ou na seqüência de auto-teste, o estado, altitude,
divisor de página desaparece. Os dados coordenadas,
aeronáuticos são apresentados no lado direito do freqüências de
visor, na forma de páginas, após a inicialização comunicação e
do equipamento. A linha inferior no lado esquerdo direção/distância
do divisor de página indica a página que está relativas à posição
sendo mostrada no lado direito. Toda a vez que o presente da aeronave).
GPS tiver uma mensagem a ser apresentada, VOR: Páginas de VOR
uma letra M maiúscula aparecerá intermitente no (Identificador do VOR,
lado esquerdo do visor e a luz sinalizadora nome,
correspondente no Painel Seletor de Navegação latitude/longitude, rumo
piscará. magnético/radial,
Após o GPS ser ligado, por alguns distância relativa à
segundos o visor de cristal líquido exibe a página presente posição).
inicial que indica acionamento da unidade, NDB: Páginas de NDB
enquanto esta faz um auto-teste. Em seguida, a (Identificador de NDB,
página do auto-teste é exibida. A informação de freqüência, nome,
altitude proveniente do altímetro codificador será latitude/longitude, rumo
exibida na linha 3. A última linha deve exibir magnético/radial,
“Pass” e um “Ok?” intermitente. Apertar a tecla distância relativa à
ENT para aceitar o auto-teste. presente posição).
SUP: Páginas
NOTA Suplementares (Usada
para selecionar método
Na fase de teste, as luzes sinalizadoras de criação de pontos
MSG e WPT ALERT, no Painel Seletor de definidos pelo usuário.
Navegação, se acenderão, indicando que se Latitude/longitude,
encontram operacionais. rumo magnético/radial,
distância relativa à
A seguir, a página de inicialização será presente posição).
exibida. O lado direito do visor deverá indicar o ACT: Páginas do ponto
identificador do aeroporto mais próximo à posição ativo.
inicial, juntamente com a radial e distância do
NAV: Páginas de
waypoint do aeroporto. Apertar a tecla ENT com o
Navegação (mostram
cursor intermitente sobre o “OK?” para aprovar a
informações como
inicialização.
distancia, velocidade
A página VFR será exibida para alertar que solo, posição presente,
o GPS deve ser usado somente em voo VFR. rumo magnético, curso
Apertar a tecla ENT para aprovar esta página. e outras informações
A página de Banco de Dados é mostrada, relacionadas à
indicando a data em que os dados expiram ou navegação).
1-37
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
13.8.SISTEMA COMPASSO
Para o sistema compasso é composto por:
Válvula de fluxo
Escravizador de bússola
HSI
RMI
1. Linha de referência: mostra a proa
magnética do avião na carta compasso.
2. Bandeira de HEADING: monitoriza a
falha elétrica no sistema compasso
3. Ponteiro de curso: posicionado pelo
botão 9 na carta compasso para o VOR
ou ILS (inbound) selecionado
4. Ponteiro TO/FROM sempre aponta
para a estação de VOR ao longo da
radial selecionada
1-38
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
1-39
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
1-40
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
NOTA
As informações de tempo e velocidade
fornecidas pelo DME somente serão verdadeiras
se a aeronave estiver se aproximando ou
afastando da estação numa mesma Radial.
1-42
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
Cor
Tom de Distância 13.14.TRANSPONDER
áudio da pista
Externo O funcionamento do equipamento
Azul 400Hz 9Km transponder do T-25C é o mesmo do T-25A,
(Outer)
Intermediário exceto por receber as informações de altimetria
Âmbar 1.300Hz 1Km do altímetro do 1P.
(Middle)
Aerovia
Branca 3.000Hz 300m
(Inner)
13.13.TLE
O sistema TLE (Transmissor Localizador de
Emergência) do T-25C utiliza o transmissor
ARTEX ELT 110-4. Uma chave de acionamento
remoto, está localizada no painel do 1P. Essa
chave de acionamento remoto do TLE possui uma
guarda, que é frenada com fio de cobre.
O TLE encontra-se instalado no cone de
cauda da aeronave, e é altamente resistente ao
fogo e impacto.
Pode ser ativado manualmente por um
interruptor no painel ou ser acionado
automaticamente através de uma chave inercial,
projetada para disparar com uma desaceleração
de 5g, no sentido de seu eixo longitudinal.
A transmissão é feita simultaneamente em
121.5 e 243.0 MHz (100 mW) e, ao contrario do
do TLE que equipa o T-25A, não transmite em
406,025 MHz.
Exceto pela luz indicadora (LED), na chave
de acionamento remoto, que é alimentada pela
bateria da aeronave, o TLE é completamente
independente dos demais sistemas da aeronave,
possuindo internamente uma bateria de 9V, com
validade de 24 meses, à partir de sua fabricação.
Em condições normais, a chave remoto no
painel da aeronave deve estar para baixo, na
posição ARM. A chave no TLE deve estar
também posicionada para baixo, em OFF. Em
caso de emergência, qualquer uma das chaves
pode ser colocada na posição ON, para ativar o
TLE.
Uma luz indicadora (LED), na chave
remoto, e outra, no TLE, piscam, alertando
quando o equipamento está ativado. Um sinal
característico também pode ser ouvido no VHF,
na freqüência de 121.5 MHz.
Quando ativado, o TLE transmite
simultaneamente nas freqüências de 121.5 e
243.0 MHz (harmônica), até que sua bateria fique
descarregada, após 50 horas de funcionamento,
no mínimo.
1-43
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
NOTA
O funcionamento do sistema pitot-estático
independe do sistema elétrico.
15.1.INSTRUMENTOS DO SISTEMA
PITOT-ESTÁTICO
Os dois postos tem um conjunto completo
de instrumentos, porém o T-25 é equipado com
O controle de ailerons e profundor é obtido apenas um sistema pitot-estático, portanto os dois
por dois manches interconectados, de maneira a postos recebem as informação da mesma fonte.
permitir comando por qualquer dos manches. Os Além dos instrumentos descritos abaixo, o
1-44
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
1-47
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
ATENÇÃO
Antes de acionar a alavanca de ajuste da
cadeira, deve-se aliviar o peso sobre a mesma;
caso contrário, ela descerá rapidamente.
17.3.CINTOS E SUSPENSÓRIOS
Todas as cadeiras estão com cintos de
segurança para a cintura e ombros e uma
carretilha inercial fabricada pela Pacific. Os
suspensórios possuem trava de inércia,
permitindo maior liberdade ao piloto para alcançar
os dispositivos necessários ao voo.
17.6.EQUIPAMENTOS DE
17.4.TRAVA DOS COMANDOS EMERGÊNCIA
EXTINTOR DE INCÊNDIO
ESTOJO DE PRIMEIROS
SOCORROS
18. DESCARREGADORES DE
ENERGIA ESTÁTICA
Durante o voo, a aeronave está sujeita ao
A trava dos comandos é um dispositivo acúmulo de eletricidade estática (partículas
utilizado na cabine e, quando colocado, trava os negativas) em toda a sua superfície. Sua
comandos dos ailerons, profundor e leme de formação é provocada pelo choque de partículas
direção na posição neutra. (poeira ou areia, cristais de gelo, gotas de chuva,
geada, etc), sobre a superfície externa, ou
17.5.GARFO DE REBOQUE também pela passagem nas regiões de grande
potencial elétrico, como na proximidade de
O reboque manual é feito pela roda do nuvens carregadas. A carga estática é
nariz utilizando-se o garfo. O garfo é encaixado proporcional ao cubo da velocidade. Um avião,
no suporte existente na estrutura da roda do carregado de eletricidade estática, tem seu
nariz. O giro da roda do nariz é limitado em 20º sistema de rádio comunicação prejudicado e
para cada lado. Para o transporte do garfo, existe apresenta erros de indicação no radio compasso.
no bagageiro um suporte para a fixação do Para reduzir a eletricidade estática ou os seus
mesmo. efeitos deve-se:
1-48
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
Diminuir a velocidade
Mudar de altitude
O potencial eletroestático tende a
permanecer constante, de acordo com a situação
do avião. Durante o voo, constantemente o avião
recebe novos elétrons, o que faz com que outros
sejam expulsos. Esses elétrons percorrem a
superfície da aeronave e procuram escapar pelas
extremidades das asas e empenagens. Para
redução da carga estática, provoca-se um escape
mais rápido e intensivo através de rabichos
presos nas extremidades do avião. Para que a
carga atinja as extremidades, ela é obrigada a
passar através das articulações. Então, para
facilitar esta passagem e para que não haja
danos estruturais, usam-se condutores(fios
massa) ligando as partes do avião sempre nas
proximidades dos rolamentos, articulações ou
junções. No pouso, o avião necessita descarregar
esta eletricidade. Para isso, na roda dianteira
existe um rabicho feito em cabo de aço que entra
em contato com o solo, simultaneamente com a
roda. No T-25, existem descarregadores de carga
eletrostática (rabichos) localizados:
Em cada extremidade externa do aileron e do
profundor
Na extremidade superior do leme
Na roda dianteira
1-49
DESCRIÇÃO DA AERONAVE
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
1-50
CAPÍTULO 2
PROCEDIMENTOS NORMAIS
17. Freio de estacionamento .................aplicar
18. Punho de acionamento da válvula
1. PREPARAÇÃO PARA O VOO de corte hidráulico ................ verificar freno
19. Liquidômetros ............. verificar indicações
1.1.RESTRIÇÕES DE VOO 20. Flapes .............. neutro, indicador de posição
em cima, luz de aviso apagada
Consultar os limites operacionais para
21. Trem de pouso .. comando posição baixado
certificar-se das restrições e limitações impostas a
ultrapassando o ressalto, luzes verdes
esta aeronave.
acesas, luzes vermelhas apagadas
(pressionar e checar fixação), interruptor de
1.2.PLANEJAMENTO DE VOO emergência para a direita e frenado
Com auxílio dos dados apresentados neste 22. Bateria .............................................desligar
MAITE, determinar o consumo, a velocidade,
rotação, altitude e demais parâmetros 2.1.EM CASO DE VOO NOTURNO
necessários ao bom desempenho da missão.
Durante toda a inspeção noturna, a
1.3.PESO E CENTRAGEM descarga da bateria é bem pequena, porém os
faróis de pouso e táxi devem funcionar por pouco
O peso de decolagem e a distribuição de tempo nas verificações (máximo 10 segundos).
carga devem ser observados. É responsabilidade Todos os pilotos devem portar lanterna de pilha
do piloto a verificação do peso e dos demais como equipamento adicional.
limites de “g” permitidos, bem como o Para voo noturno, todos os procedimentos
abastecimento de combustível, óleo e outros de inspeção devem ser feitos com iluminação
equipamentos necessários para a missão. suficiente para a exatidão das leituras. Para isso,
logo ao entrar na nacele, proceder da seguinte
forma:
2. INSPEÇÃO PRELIMINAR
1. Bateria ............................ permanecer ligada
1. Relatório de voo ............................. verificar
(preferencialmente fonte externa)
2. Equipamento de voo ...................... verificar
2. Lanternas de iluminação interna ...verificar
3. Trava dos comandos .....................remover funcionamento. Manter acesa se necessário
4. Travas superiores do capô ........... verificar 3. Interruptores das luzes do painel ...... ligar
5. Pára-brisa ................ estado geral e limpeza e regular pelos reostatos
6. Capota ... estado geral e fixação do Sandow 4. Faróis de pouso e táxi ....................verificar
7. Bagageiro ........ fixação do garfo de reboque funcionamento e desligar
e trava dos comandos (VG), nenhum objeto 5. Luzes de navegação e anti-colisão
solto verificar funcionamento e desligar
8. Relatório de voo, calços e capas de 6. Bateria ..............................................desligar
proteção .............................. colocados (VG)
9. Estojo de primeiros socorros ....................
verificar (VG) 3. INSPEÇÃO EXTERNA
10. Extintor de incêndio ........fixação e pressão
11. Óleo hidráulico ......................verificar nível 3.1.ASA ESQUERDA
12. Seletora de tanques tanque principal direito
1. Flape ................. estado geral e articulações
13. Magnetos ....................................desligados
2. Trem de pouso:
14. Horizonte artificial ....... desligado e travado
a. Travas.............. verificar se estão
15. Bateria .....................................ligar (interna) limpas (não deve haver graxa)
16. Compensador ........ verificar funcionamento b. Tubulaçõesverificar estado geral
e deixar em neutro e vazamentos
2-1
PROCEDIMENTOS NORMAIS
1. Antena do transponder ...... verificar estado Executar mesmos itens previstos para a
geral e fixação asa esquerda, exceto a letra “c” do item “2”,
observar dois microinterruptores.
2. Filtro de gasolina ............... drenar(somente
no primeiro voo do dia)
3.4.FUSELAGEM DIREITA
3. Motor .......................... verificar estado geral,
vazamento, fixação do tubo de 1. Alojamento da bateria ........ verificar fixação
escapamento, carenagem e berço do motor
2. Revestimento ............. verificar estado geral
4. Óleo ............nível (9 a 12)fechar observando
3. Antenas ....... verificar estado geral e fixação
a alça do bujão para trás e janela de
inspeção fechada a. T-25A ................ ADF, VHF e ELT
5. Bequilha: b. T-25C ........... ADF, VHF1, MKR,
VHF2, GPS e ELT
a. Travas .. verificar se estão limpas
(sem graxa) 4. Antena do VOR .......... verificar estado geral
b. Tubulaçõesverificar estado geral 5. Anti-colisão ................ verificar estado geral
e vazamentos 6. Tomada de pressão estática . desobstruída
c. Microinterruptores verificar dois
d. Amortecedor ..... 15 cm de altura
2-2
PROCEDIMENTOS NORMAIS
2-4
PROCEDIMENTOS NORMAIS
2-5
PROCEDIMENTOS NORMAIS
2-7
PROCEDIMENTOS NORMAIS
2-8
PROCEDIMENTOS NORMAIS
2-9
PROCEDIMENTOS NORMAIS
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
2-10
CAPÍTULO 3
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
cabine, abrir a capota e janelas de ventilação.
Usar se possível extintor manual. Se o fogo
1. FOGO NO MOTOR NA não puder ser eliminado, pousar o mais rápido
PARTIDA possível ou saltar de pára-quedas.
Ao ser usado o extintor com cabine
1. Interruptor de partida . continuar acionando fechada abrir a capota e as janelas de
2. Manete da mistura .............................. pobre ventilação, logo após o fogo ser eliminado,
3. Manete dos gases ...................toda à frente para evitar os efeitos tóxicos dos agentes do
extintor.
4. Magnetos......................................... desligar
5. Seletora de gasolina ......................... fechar
4. FOGO DO SISTEMA
Se o fogo continuar ELÉTRICO
6. Interruptor de partida ......................... soltar Os disjuntores térmicos isolam a maioria
dos componentes do sistema elétrico e
7. Bateria ............................................. desligar automaticamente interrompem a energia quando
8. Corte hidráulico .................................. puxar ocorre um curto circuito, a fim de evitar um
9. Abandonar o avião incêndio. Contudo, deve-se desligar o interruptor
da bateria e o interruptor do alternador e pousar o
mais cedo possível. Se a bateria elétrica for
ATENÇÃO imprescindível, como no caso do voo por
Não dar nova partida no motor até que instrumentos ou noturno, pode-se ligá-la a fim de
seja constatada a causa do fogo e corrigidos utilizar os equipamentos essenciais ao voo.
os seus efeitos.
5. FOGO NO MOTOR EM VOO
2. FOGO NA ASA Se ocorrer fogo no motor durante o voo,
1. Luz de navegação .......................... desligar seguir o procedimento indicado abaixo, mantendo
o controle e velocidade recomendada para o
2. Aquecimento do pitot .................... desligar planeio máximo.
3. Glissar o avião para o lado oposto
(comandar o pedal para o lado da asa em
chamas) 1. Manete da mistura ............................. pobre
4. Pousar imediatamente ou saltar de pára- 2. Manete dos gases ................................ abrir
quedas 3. Corte hidráulico ................................. puxar
4. Seletora de gasolina ......................... fechar
5. Bateria ..............................................desligar
3. FOGO NA FUSELAGEM
6. Alternador ........................................desligar
1. Velocidade ........................................... 80 kt 7. Se apagar, não tentar outra partida.
2. Bateria ............................................. desligar 8. Saltar de pára-quedas ou pousar
3. Alternador ....................................... desligar imediatamente
4. Corte hidráulico .................................. puxar
5. Capota e bocais de ventilação .... abrir se a ATENÇÃO
fumaça entrar na cabine
Não tentar dar nova partida no motor
6. Extintor ............................... usar se possível após o fogo ser extinto. Fazer um pouso
forçado ou saltar de pára-quedas.
ATENÇÃO
Se fumaça ou gases penetrarem na
3-1
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
8. FALHA DO MOTOR NA
DECOLAGEM NOTA
Mesmo que não haja tempo suficiente ou
Se a natureza da emergência permitir pressão hidráulica, é mais conveniente manter o
continuar em voo, prosseguir na decolagem, trem de pouso destravado, para permitir que ele
circular o campo e pousar imediatamente. Se não seja recolhido pelo impacto do avião com o solo.
for possível continuar o voo: Nas pistas longas o piloto deverá julgar a
possibilidade de pouso, com segurança, com o
Se o comprimento da trem baixado e travado.
pista for suficiente para
abortar: Se não voltar a funcionar:
3-2
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
5. Capota ......................... abrir em emergência 4. Motor de partida ....... acionar, caso a hélice
6. Flapes ................................................. baixar não estiver girando
7. Bateria ............................................. desligar
8. Alternador ....................................... desligar Se as ações corretivas acima descritas não
forem suficientes para o motor funcionar
9. Pousar em frente
novamente, executar pouso forçado ou saltar de
10. Abandonar o avião após a parada total pára-quedas.
3-3
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
ATENÇÃO
15. POUSO FORÇADO No instante do impacto, apoiar a mão na
borda do painel na tentativa de proteger o
1. Manetes ............................... todas para trás rosto. Se houver perda de referências em
alturas, arredondar aos poucos com o motor
2. Magnetos ......................................... desligar
mais alto que o normal; manter cauda baixa e
3. Seletora de gasolina..........................fechar com velocidade maior que a de estol; manter a
4. Booster ............................................ desligar atitude até o impacto da água.
5. Capota......................... abrir em emergência Após o avião tocar o nariz na água, ele
6. Pára-quedas ................... soltar mosquetões parará bruscamente. Permanecer sentado até
a parada completa do avião. Abandonar a
7. Cinto e suspensórios ....................... ajustar
aeronave o mais depressa possível após a
8. Trem de pouso .............................de acordo parada final, pois ela afundará rapidamente.
9. Flapes ...........................................de acordo
10. TLE ......................................................... ligar
17. FALHA DO SISTEMA
11. Bateria ............................................. desligar
12. Alternador ....................................... desligar
ELÉTRICO (AUMENTO
13. Abandonar o avião após a parada total BRUSCO NA INDICAÇÃO DO
AMPERÍMETRO OU
16. POUSO NA ÁGUA DISJUNTOR SALTADO)
Se o alternador estiver inoperante a bateria
1. Capota......................... abrir em emergência
suprirá a energia necessária para operar o
2. Pára-quedas .............. soltar os mosquetões sistema elétrico, por pouco tempo. Desligar todo o
3. Cintos e suspensórios ..................... ajustar equipamento elétrico não essencial.
4. Trem de pouso .............................. recolhido
5. Flapes ................................................. baixar 1. Bateria ............................................. desligar
6. TLE ......................................................... ligar 2. Alternador ....................................... desligar
7. Bateria ............................................. desligar 3. Booster ............................................ desligar
3-4
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
3-5
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
3-6
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
pouso com o trem recolhido. Caso isso não seja 9. Magnetos .........................................desligar
possível, proceder da seguinte forma: 10. Seletora de gasolina ......................... fechar
11. Booster ............................................desligar
1. Capota ......................... abrir em emergência
12. Abandonar o avião após a parada total
2. Pára-quedas ................... soltar mosquetões
3. Cintos e suspensórios ..................... ajustar
NOTA
4. Flapes ................................................. baixar
5. Bateria ............................................. desligar Procurar tocar a roda do nariz antes da
cauda, pois do contrário poderá ocasionar batida
6. Alternador ....................................... desligar
forte da roda do nariz no solo e sua quebra
7. Pousar na lateral da pista correspondente à brusca. Estar atento para não atingir a velocidade
perna distendida. Tocar o solo com a perna de estol ao tentar trazer o avião para atitude
distendida, usando o aileron para manter exageradamente cabrada.
suspensa a asa da perna recolhida tanto
quanto possível
8. Freios ......... aplicar pressão máxima, assim 28. POUSO COM A BEQUILHA
que a asa tocar no solo RECOLHIDA
9. Manetes ................................ todas para trás
10. Magnetos......................................... desligar Esta manobra não deve ser tentada fora do
terreno preparado.
11. Seletora de gasolina ......................... fechar
12. Booster ............................................ desligar
1. Capota ......................... abrir em emergência
13. Abandonar o avião após a parada total
2. Pára-quedas ................... soltar mosquetões
3. Cintos e suspensórios .................... ajustar
NOTA 4. Flapes ................................................. baixar
Tocar no solo com a perna distendida, 5. Bateria ..............................................desligar
usando aileron para manter suspensa a asa da 6. Alternador ........................................desligar
perna recolhida, tanto quanto possível. O toque
deverá ser feito com velocidade ligeiramente 7. Efetuar o pouso normal, mantendo o nariz do
superior à de estol. Procurar manter o avião na avião em atitude cabrada o maior tempo
reta o melhor possível. possível
Quando a asa atingir o solo aplicar a 8. Manetes ................................ todas para trás
máxima pressão sobre o freio do lado da perna 9. Magnetos .........................................desligar
distendida a fim de diminuir o efeito de um 10. Seletora de gasolina ......................... fechar
possível cavalo de pau. Abandonar 11. Booster ............................................desligar
imediatamente o avião assim que ele parar.
12. Abandonar o avião após a parada total
3-7
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
2. Manetes .............................. todas para trás 3. Manetes ............................... todas para trás
3. Magnetos ........................................ desligar 4. Magnetos......................................... desligar
4. Seletora de gasolina..........................fechar 5. Seletora de gasolina ......................... fechar
5. Booster ............................................ desligar 6. Booster ............................................ desligar
6. Bateria ............................................. desligar 7. Bateria ............................................. desligar
7. Alternador ....................................... desligar 8. Alternador ....................................... desligar
8. Abandonar o avião após a parada total 9. Abandonar o avião após a parada total
NOTA NOTA
A aproximação deve ser a mesma de um Para procedimento normal observar
pouso normal. velocidade limite de 100 kt.
O acionamento da alavanca vermelha faz
com que a força de um sandow passe a agir
31. POUSO COM OS DOIS sobre a capota ao mesmo tempo em que uma
PNEUS DAS RODAS DO TREM placa articulada sobre a capota fica na posição
vertical. Esses acionamentos auxiliam a abertura
PRINCIPAL ESTOURADOS da capota gerando forças para trás, mas não
serão suficientes para abri-la caso não se acione
1. Efetuar pouso normal com velocidade pouco
a abertura normal da mesma.
acima do estol
A abertura da capota em emergência
2. Não usar os freios
poderá ser efetuada em qualquer condição de voo
e em qualquer velocidade até a Vne (240 kt),
inclusive para abandonar a aeronave durante o
parafuso.
3-8
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
NOTA
Se for necessário colocar a cadeira na
posição mais alta, execute este procedimento
após abrir a capota. Levante-se com a frente
voltada para o interior da aeronave, colocando os
pés na cadeira, segurando-se no arco do pára-
brisa e nas armações metálicas próximas ao
reservatório hidráulico. Saia de costas, movendo
primeiramente a perna esquerda. Ao sair do
avião, apoie-se nos arcos do pára-brisa e na
capota, mergulhando em direção ao bordo de
fuga da asa.
3-9
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
3-10
CAPÍTULO 4
LIMITES DE OPERAÇÃO
3.1.TACÔMETRO
1. INTRODUÇÃO (VERMELHO) 2700 RPM
(VERDE) De 650 a 2700 RPM
Nesta Seção, são apresentadas as
limitações da aeronave e de seus sistemas, que
deve ser observadas durante as operações ADVERTÊNCIA
normais. O conhecimento das marcações dos
instrumentos é indispensável, uma vez que as Se for ultrapassado o limite de 2700
mesmas representam limitações que não são RPM, deve-se pousar no aeródromo mais
necessariamente repetidas através do texto. próximo. A causa do excesso de rotação (se
for conhecida), qual a máxima RPM atingida e
1.1.MARCAÇÃO LIMITE DO o tempo de duração do disparo devem ser
comunicados à manutenção.
INSTRUMENTO
O motor possui um sistema de
O piloto deverá estar atento às marcações amortecimento dinâmico por contrapesos.
dos instrumentos durante a operação da Deve-se evitar o acionamento brusco da
aeronave. Nos instrumentos instalados os limites manete dos gases para não causar danos aos
estão marcados a cores. roletes e buchas desse sistema.
•Verde – é usada para indicar a gama de
operação segura. 3.2.MULTI-INDICADOR DO MOTOR
•Amarelo – indica operação limitadora ou
de cautela.
•Vermelho – indica extremos de operação.
ATENÇÃO
O uso de um sistema além do ponto
marcado pelo raio ou traço vermelho indicam
limites extremos de operação. Neste caso
poderá ocorrer avaria ou destruição da
aeronave. Pressão do óleo
4-1
LIMITES DE OPERAÇÃO
3.6.LIQUIDÔMETRO
3.3.MANÔMETRO DE PRESSÃO DE
ADMISSÃO E FLUXÔMETRO
Manômetro de pressão de
admissão
Fluxômetro
3.6.LIQUIDÔMETRO
(VERMELHO) 10,5 psi
Tanque principal
3.4.LIMITES DE OCTANAGEM
(VERMELHO) De 0 a 11 litros
A taxa de compressão do motor exige a Combustível não utilizável
utilização de gasolina de aviação com grau
mínimo de 100/130 octanas.
Tanque auxiliar
CUIDADO
(VERMELHO) De 0 a 5 litros
Não usar, sob pretexto algum, gasolina
de octanagem menor que a especificada, nem Combustível não utilizável
tampouco gasolina que não seja de aviação.
4-2
LIMITES DE OPERAÇÃO
8. LIMITES DE VELOCIDADE
5. LIMITES DE ACELERAÇÃO
Categoria Acrobática
(1500 Kgf): 8. LIMITES DE VELOCIDADE
Para evitar danos estruturais devido a
Fator de carga positiva: 5g cargas aerodinâmicas excessivas, os seguintes
Fator de carga negativa: 3g limites de velocidade indicada não deverão ser
Fator de carga com flapes: 2g ultrapassados:
(VERMELHO) 240 kt
Categoria utilidade (1700 (AMARELO) De 185 a 240 kt
Kgf): (VERDE) De 50 a 185 kt
6. LIMITES DE MANOBRA
O tempo máximo de manobra invertida
deve ser limitado em 5 (cinco) segundos, pois o
sistema de lubrificação poderá falhar nesta
situação.
ADVERTÊNCIA
O voo de dorso deverá ser efetuado
apenas de passagem, tendo em vista a 9. MANÔMETRO DE PRESSÃO
limitação imposta pelo sistema de
lubrificação. HIDRÁULICA
(VERMELHO) 950 e 1640 psi
7. (VERDE) De 950 a 1640 psi
4-3
LIMITES DE OPERAÇÃO
NOTA
O peso básico do T-25 UNIVERSAL é da
ordem de 1200 Kgf (avião equipado, somente
sem o combustível).
10.2.DIAGRAMA V-N
4-4
CAPÍTULO 5
CARACTERÍSTICAS DE VOO
mesmo disjuntor térmico de aviso do trem (luz e
buzina).
1. GENERALIDADES
As características de voo da aeronave são 4. PARAFUSOS
normais para sua categoria, possuindo boa
estabilidade nos três eixos. Quando propriamente O comportamento da aeronave durante o
compensado, tenderá a manter voo nivelado. Sua parafuso é absolutamente convencional. Na
manobrabilidade é excelente, possuindo boa entrada o avião passa pelo dorso, na maioria das
eficiência de superfícies de comando, mesmo em vezes, para em seguida baixar o nariz, atingir
baixas velocidades, sendo que perto da rapidamente uma atitude de 45º a 60º abaixo do
velocidade de estol os comandos perdem sua horizonte. As velocidades angulares tornam-se
eficiência na seguinte ordem: aileron, profundor e praticamente constantes a partir da segunda volta
leme. A reação dos comandos é rápida com uma (parafuso estabilizado) e a recuperação é
sensibilidade do comando de compensador do imediata. Durante o parafuso, a perda de altura é
profundor bastante grande, sendo relativamente de cerca de 500 ft por volta e o tempo de
pequena a força necessária para qualquer execução de cada volta é de 2 a 4 segundos,
operação. sendo que as voltas iniciais são mais lentas que as
subseqüentes. O parafuso apresenta
características semelhantes para ambos os lados.
2. ESTÓIS A aplicação de aileron para qualquer lado,
durante o parafuso, qualquer que seja o lado de
Os estóis nesta aeronave são suaves. Ao se
entrada do parafuso, tende sempre a aumentar a
aproximar da velocidade de estol, os comandos
velocidade angular de rolamento durante a
ficam bastante leves, exigindo deflexão maior do
manobra. A aplicação do motor durante o parafuso
profundor para manter a razão de decréscimo de
causa o mesmo efeito. No entanto, qualquer que
velocidade constante (cerca de 1 kt por segundo).
seja o caso de aplicação anormal dos comandos,
A recuperação convencional é fácil e instintiva,
a recuperação convencional é completamente
com ou sem aumento de potência do motor, sendo
eficiente.
que no caso de recuperação sem motor, deixando-
se o avião atingir uma velocidade de 80/90 kt, há
uma perda média de altura de 400 ft. No caso de 5. VOO DE MERGULHO
se manter o manche para trás, após o estol
ocorrer, o avião aumentará sua velocidade de 3 a As características da aeronave em voo de
4 kt até que ocorra novo estol, percorrendo uma mergulho são normais, com a sensibilidade a nível
trajetória senoidal com razão de afundamento de de forças dos comandos aumentando com o
cerca de 1500 ft/min., sempre com comportamento aumento de velocidade. O valor da Vne do T-25 é
suave e fácil controlabilidade. Na condição de C.G. elevado, o que representa uma margem ampla e
à frente e motor reduzido, nem sempre é possível segura de operação. O avião com peso total de
obter um estol completo; a tentativa de manter um 1500 Kgf, passo mínimo e motor totalmente
nariz alto, até que apareça tendência incontrolável reduzido, não alcança Vne em mergulho vertical.
à picada, pode causar queda de asa violenta.
Ainda neste caso, a recuperação é rápida. Após
baixar o nariz, pode ser usado leme ou aileron 6. OPERAÇÃO DOS SISTEMAS
para corrigir a queda da asa.
6.1.GENERALIDADES
3. AVISO DE ESTOL
O motor desta aeronave está equipado com
Há um aviso sonoro-luminoso que possibilita um sistema de injeção direta de combustível. A
ao piloto uma rápida percepção da condição de vaporização ocorre no interior das câmaras de
pré-estol, na faixa de velocidades compreendida admissão. Em conseqüência, as características de
entre a velocidade de estol e velocidades 6 a 11 kt não formação de gelo são excelentes, não
acima. O sistema compreende um detector de existindo, por conseguinte, necessidade de
estol no bordo de ataque da asa central, lado aquecimento do sistema.
direito, e o aviso sonoro-luminoso no painel de
instrumentos. O circuito está protegido pelo
5-1
CARACTERÍSTICAS DE VOO
NOTA
Desgaste na
Cabeça do Ao ser percebida a detonação, manete dos
Pistão gases deverá ser reduzida imediatamente.
São possíveis causas de detonação:
Baixa octanagem do combustível.
Temperatura da cabeça do cilindro
elevada, causada por uma subida
prolongada em baixa velocidade ou por
mistura POBRE.
Ocorre quando a mistura ar-combustível
inicia a queima antes da centelha da vela, 6.8.SISTEMA DE GASOLINA
provocando a propagação de uma frente de A operação do sistema de gasolina é
chama que, ao ser disparada a centelha e essencialmente convencional, devendo ser
propagada a frente de chama normal, estas se lembrado o seguinte:
chocam prejudicando o aproveitamento da
explosão para produzir a rotação do motor. Esta Deve-se sempre voar usando o
queima antecipada é iniciada devido à alta combustível do tanque mais cheio e
temperatura da cabeça do cilindro ou a existência procurando, por troca de tanques,
de pontos quentes dentro da câmara de manter certo equilíbrio de quantidade
5-3
CARACTERÍSTICAS DE VOO
5-4
CAPÍTULO 6
PROCEDIMENTO COM QUALQUER TEMPO
ATENÇÃO
Não efetuar curvas com inclinação
superior a 30º durante a subida.
1. PROCEDIMENTOS PARA VOO
1.3.CRUZEIRO
POR INSTRUMENTOS
Utilizar a potência necessária para que a
Este avião está equipado com os velocidade indicada seja a de cruzeiro.
instrumentos essenciais para o voo por Velocidades maiores acarretarão maior trabalho
instrumentos. O piloto deve ter em mente que, em do piloto em manter a atitude de voo além de
caso de falha de sistema elétrico, não haverá provocarem maiores esforços na estrutura do
possibilidade de uma descida segura em avião.
condições reais.
Curvas com inclinação de até 45º podem
ser executadas com segurança. Contudo,
1.1.DECOLAGEM recomenda-se não ultrapassar 30º de inclinação
nas curvas para maior conforto do piloto. Manter
Os regimes de decolagem e as velocidades
trem de pouso e flapes recolhidos.
de subida são os previstos no Manual de Voo por
Instrumentos. Como o uso dos flapes reduz a
razão de subida, efetuar as decolagens por 1.4.ESPERA
instrumentos com os flapes recolhidos.
Quando for necessário manter uma espera
Ao entrar na pista, colocar o avião no por um longo período de tempo, o combustível
centro desta, segurar o avião nos freios. Ajustar o poderá ser economizado usando-se 2450 RPM e
giro direcional para o rumo da pista. uma pressão de admissão suficiente para se
Avançar a manete dos gases suavemente conseguir uma velocidade indicada de 100 kt.
até a pleno. Aliviar os freios e observar a posição
da barra do horizonte artificial em relação ao 1.5.APROXIMAÇÃO
avião miniatura.
Manter o controle direcional, baseando-se As aproximações por instrumentos devem
na indicação do giro direcional. Quando o controle ser realizadas de acordo com a Carta de
do profundor se tornar efetivo, levantar a roda do Aproximação por Instrumentos em vigor. As
nariz e deixar que o avião abandone o solo verificações "Antes do Pouso" devem ser
sozinho. efetuadas antes do início do procedimento de
descida, porque neste momento, o piloto deverá
Manter essa atitude até que o avião
estar com toda a sua atenção voltada para os
abandone o solo, quando então, as asas deverão
instrumentos de voo.
ser mantidas niveladas de acordo com a
indicação do horizonte artificial. Manter a direção
baseando-se na indicação do giro direcional. NOTA
Conservar velocidade de 90 kt.
É conveniente baixar o trem antes do início
Assim que forem obtidas indicações de
do afastamento.
subida através do altímetro e do indicador de
razão de subida, recolher o trem de pouso.
Efetuar redução na manete do passo para ADVERTÊNCIA
obter o correspondente regime de subida.
Não baixar o trem de pouso acima de
104kt.
1.2.SUBIDA
Compensar o avião para manter 100 kt. 1.6.DESCIDA
Abandonar o tráfego efetuando a subida de
acordo com os procedimentos de subida previstos Ao receber a devida autorização, iniciar o
para o aeródromo de partida. procedimento de descida, seguindo as instruções
do órgão controlador. A arremetida deverá ser
6-1
PROCEDIMENTO COM QUALQUER TEMPO
efetuada ao ser atingido o ponto critico (de acordo 3. VOO SOB TURBULÊNCIA
com o procedimento estabelecido na CAI), caso
não seja obtido contato visual. Durante a FORTE
execução do procedimento de descida, manter
100 kt e flapes recolhidos. Turbulência forte provoca esforços
excessivos, tanto sobre a tripulação, como sobre
o avião. Assim, ela deverá ser evitada. Todavia,
2. VOO SOB CHUVA E GELO caso seja inevitável voar em zona de turbulência
forte, recomenda-se o seguinte procedimento:
A chuva, desde que não existam condições
para a formação de gelo, não apresenta outros 3.1.ANTES DA DECOLAGEM
problemas particulares ao voo, exceto, a redução
de visibilidade. Se o pouso for realizado em locais Estudar a situação geral da região a ser
onde existam poças d’água ou solo fofo, procurar percorrida, fazendo um plano de voo, que evite,
realizá-lo em atitude bem cabrada. Quando sempre que possível, passagens por locais de
houver formação de gelo ou geada sobre o avião, turbulência.
lembrar-se de que a velocidade de decolagem, Verificar a Carta de Velocidade de
nestas condições, será maior que a de decolagem Penetração a Turbulências para saber em que
normal e que a corrida no solo, durante a velocidade fazer a penetração.
decolagem, será também proporcionalmente Verificar o perfeito funcionamento de todos
maior. os instrumentos de voo; equipamentos de
Quando forem encontradas condições navegação e comunicação, aquecimento do tubo
favoráveis à formação de gelo, ligar o de pitot e luzes do painel de instrumentos, antes
aquecimento do tubo de pitot. de iniciar o voo.
O motor deste avião está equipado com
injeção direta de gasolina e a vaporização se dá
dentro dos cilindros. Ao contrário do que ocorre
com motores equipados com carburador, este tipo
de motor não é afetado pelo gelo.
O gelo da hélice poderá ser removido
aumentando-se e diminuindo-se as rotações do
motor.
Se houver formação de gelo nas asas,
mudar de altitude e procurar abandonar a área
perigosa.
ATENÇÃO
Dependendo do peso da neve e do gelo
acumulados, o desempenho da aeronave
poderá ser seriamente afetado. Em vista dos
efeitos imprevisíveis e perigosos que
certamente acarretarão, o gelo e a neve
deverão ser removidos antes do voo.
O acúmulo de gelo sobre o avião
acarreta a possibilidade de atingir o estol a
velocidades maiores do que a velocidade
normal de estol, devido a mudanças do perfil
aerodinâmico e ao aumento de peso da
aeronave. As velocidades de aproximação de
pouso deverão ser proporcionalmente
aumentadas.
6-2
PROCEDIMENTO COM QUALQUER TEMPO
ATENÇÃO
Não baixar trens ou flapes dentro da
tempestade, pois eles diminuem a eficiência
aerodinâmica do avião.
Peso mínimo de operação
– 1253 Kgf (cruzeiro)
3.4.DENTRO DA ZONA DE
TURBULÊNCIA FORTE
1. Atitude de voo ....... mantê-la durante o voo.
Não fazer curvas a não ser que sejam
absolutamente necessárias.
2. Comandos do motor ...... mantê-los durante
o voo. O velocímetro poderá dar marcações
diferentes e variáveis. Não procurar corrigir,
Qualquer peso de pois as variações de pressão barométrica
operação (cruzeiro) dentro de tempestades resultam em
indicações não confiáveis do instrumento. O
mesmo ocorre com o altímetro e o indicador
de subida.
NOTA
Normalmente, a área menos turbulenta de
Legenda: uma tempestade está entre 6000 e 8000 ft acima
1. Perigo de Estol do solo. Alturas entre 10.000 e 20.000 passam
2. Região de Segurança em geral a ser mais turbulentas.
3. Perigo de Falha Estrutural
4. VOO NOTURNO
3.3.APROXIMAÇÃO DE ZONA DE
TURBULÊNCIA FORTE O voo noturno apresenta os mesmos
problemas do voo por instrumentos. Antes da
Deve-se preparar o avião para penetração inspeção externa, acender as luzes de navegação
na "Zona de Turbulência". Se esta não puder ser e verificar o seu funcionamento. Durante a
notada, sua proximidade poderá ser detectada no rolagem, usar o farol de táxi, mantendo acesas as
aumento de estática no rádio. A preparação é luzes de navegação. Durante as decolagens e
feita da seguinte maneira: pousos, manter as luzes internas em baixa
1. Manter a direção do voo para penetração intensidade. Dirigir a luz sobre os instrumentos
evitando possibilidade de reflexo nos vidros. Usar
2. Manete do passo .... ajustar para 2450 RPM
igualmente os dois faróis para pousar até nos
3. Manete da mistura .... ajustar para operação treinamentos, praticar pousos com e sem farol,
suave do motor notificando o órgão controlador de voo sobre o
fato.
6-3
PROCEDIMENTO COM QUALQUER TEMPO
6. OPERAÇÃO EM TEMPO
QUENTE
Não há necessidade de instrução especial
para operação em tempo quente.
6-4