1. O autor pede a suspensão de um despacho do Ministro da Educação que proíbe instituições federais de exigirem a vacinação contra a Covid-19. Alega que tal despacho viola a lei que autoriza medidas de controle da pandemia com base científica.
2. O autor pede que a Justiça determine a suspensão dos efeitos do despacho e proíba a União de impedir a exigência de vacinação nessas instituições.
1. O autor pede a suspensão de um despacho do Ministro da Educação que proíbe instituições federais de exigirem a vacinação contra a Covid-19. Alega que tal despacho viola a lei que autoriza medidas de controle da pandemia com base científica.
2. O autor pede que a Justiça determine a suspensão dos efeitos do despacho e proíba a União de impedir a exigência de vacinação nessas instituições.
1. O autor pede a suspensão de um despacho do Ministro da Educação que proíbe instituições federais de exigirem a vacinação contra a Covid-19. Alega que tal despacho viola a lei que autoriza medidas de controle da pandemia com base científica.
2. O autor pede que a Justiça determine a suspensão dos efeitos do despacho e proíba a União de impedir a exigência de vacinação nessas instituições.
1. O autor pede a suspensão de um despacho do Ministro da Educação que proíbe instituições federais de exigirem a vacinação contra a Covid-19. Alega que tal despacho viola a lei que autoriza medidas de controle da pandemia com base científica.
2. O autor pede que a Justiça determine a suspensão dos efeitos do despacho e proíba a União de impedir a exigência de vacinação nessas instituições.
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AO JUÍZO PLANTONISTA DAS VARAS FEDERAIS CÍVEIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
PARÁ
AÇÃO POPULAR. TUTELA DE URGÊNCIA ANTECEDENTE. SUSPENSÃO
DOS EFEITOS DO DESPACHO DO MINISTRO DA EDUCAÇÃO, PUBLICADO EM 20/12/2021 NA EDIÇÃO 246, SEÇÃO 1, PÁGINA 74 DO DOU, QUE VEDA QUE INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO ESTABELEÇAM EXIGEM DE VACINAÇÃO CONTRA COVID-19 COMO CONDICINANTE AO RETORNO DAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS PRESENCIAIS.
HUGO LEONARDO PÁDUA MERCÊS, brasileiro, solteiro, Advogado inscrito na
Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Pará, sob o número 017.835, CPF 908.736.532- 20, correio eletrônico hpmerces@gmail.com, com endereço profissional na Av. Senador Lemos, 435, Ed. Village Boulevard, sala 1707, Umarizal, CEP 66.050-000, Belém, PA, CEP 66055-045, vem a este Juízo impetrar o presente PEDIDO ANTECEDENTE DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA, nos termos do p.ú. do art. 294 do CPC/2015, sob o rito da Lei Nº 4.717, de junho de 1965 (Lei da AÇÃO POPULAR), contra a UNIÃO, pessoa jurídica de direito público interno, representado para este fim pela Advocacia Geral da União no Estado do Pará, cujo endereço é Av. Boulevard Castilhos França, 708, Comércio, CEP 66.010-020, Belém, PA, pelas razões de fato e direito a seguir delineadas. 1. DA URGÊNCIA CONTEMPORÂNEA À PROPOSITURA DA AÇÃO
No dia 30 (trinta) de dezembro de 2021, a União Federal publicou Despacho do
Ministro da Educação, na edição 246, seção 1, página 74 do DOU, que veda que instituições federais de ensino estabeleçam exigem de vacinação contra covid-19 como condicionante ao retorno das atividades educacionais presenciais. Assim dispõe o ato administrativo:
“(I) Não é possível às Instituições Federais de Ensino o
estabelecimento de exigência de vacinação contra a Covid-19 como condicionante ao retorno das atividades educacionais presenciais, competindo-lhes a implementação dos protocolos sanitários e a observância das diretrizes estabelecidas pela Resolução CNE/CP nº 2, de 5 de agosto de 2021. (II) A exigência de comprovação de vacinação como meio indireto à indução da vacinação compulsória somente pode ser estabelecida por meio de lei, consoante o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal - STF nas ADI nº 6.586 e ADI nº 6.587. (III) No caso das Universidades e dos Institutos Federais, por se tratar de entidades integrantes da Administração Pública Federal, a exigência somente pode ser estabelecida mediante lei federal, tendo em vista se tratar de questão atinente ao funcionamento e à organização administrativa de tais instituições, de competência legislativa da União.”
Ocorre que tal ato administrativo viola expressamente o disposto na Lei Nº
13.979, de 06 de fevereiro de 2020, especialmente seu art. 3º, segundo o qual:
Art. 3º Para enfrentamento da emergência de saúde pública de
importância internacional de que trata esta Lei, as autoridades poderão adotar, no âmbito de suas competências, entre outras, as seguintes medidas: (...) III - determinação de realização compulsória de: (...) d) vacinação e outras medidas profiláticas; ou
Outrossim, o §1º do mesmo dispositivo legal acima referenciado exige, como
elemento constitutivo de ato administrativo que disponha sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do SARS-CoV-2, responsável pela pandemia de COVID-19 (e que atinge até os dias atuais) que:
§ 1º As medidas previstas neste artigo somente poderão ser
determinadas com base em evidências científicas e em análises sobre as informações estratégicas em saúde e deverão ser limitadas no tempo e no espaço ao mínimo indispensável à promoção e à preservação da saúde pública.
A ilegalidade do despacho acima referenciado é incontestável, na medida em
que há legislação que autoriza as autoridades a adotar medidas de controle com base em evidências científicas (há evidências científicas da segurança e eficácia da vacinação). Outrossim, as Instituições Federais de Ensino são dotadas de poder de administração e autonomia, não podendo ato administrativo da União violar tal prerrogativa institucional, tudo conforme dispõe a Lei Nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Assim, resta evidente a urgência contemporânea à propositura deste Pedido Antecedente de Tutela Provisória de Urgência em Ação Popular.
2. DOS PEDIDOS DE URGÊNCIA
Ante o exposto, requer-se a este Órgão Julgador que, em sede de tutela provisória de urgência antecedente, determine: 1. a suspensão dos efeitos do Despacho do Ministro da Educação, publicado no dia 30/12/21 na edição 246, seção 1, página 74 do DOU, que veda que instituições federais de ensino estabeleçam exigem de vacinação contra covid- 19 como condicionante ao retorno das atividades educacionais presenciais; 2. a proibição a União Federal de promulgar atos administrativos que, direta ou indiretamente, vedam que instituições federais de ensino estabeleçam exigem de vacinação contra covid-19 como condicionante ao retorno das atividades educacionais presenciais; 3. intimação do Ministério Público Federal para atuar no feito; 4. deferimento do prazo legal para complementar a Petição Inicial deste pedido antecipado antecedente.
2.1. DOS PROVÁVEIS PEDIDOS DEFINITIVOS
i. Anulação do Despacho do Ministro da Educação, publicado no dia 30/12/21 na edição 246, seção 1, página 74 do DOU, que veda que instituições federais de ensino estabeleçam exigem de vacinação contra covid-19 como condicionante ao retorno das atividades educacionais presenciais; ii. Proibição da União Federal de promulgar atos administrativos que, direta ou indiretamente, vedam que instituições federais de ensino estabeleçam exigem de vacinação contra covid-19 como condicionante ao retorno das atividades educacionais presenciais; iii. condenação da União ao pagamento de honorários de sucumbência.
Pugna-se pela produção de todas as provas admitidas em direito.
Documentos necessários à instrução da Ação Popular em anexo.
Considerando a abrangência nacional do pedido, dar-se à causa o valor de
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Belém, 30 de dezembro de 2021.