Fitossociologia Cerrado Sentido Restrito

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CAMINHOS DE GEOGRAFIA - REVISTA ON LINE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA


Instituto de Geografia UFU

ESTUDO FITOSSOCIOLÓGICO EM ÁREA DE CERRADO SENSU STRICTO


NA ESTAÇÃO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL
GALHEIRO - PERDIZES, MG

Edivane Cardoso
Biólogo, Doutorando em Ecologia. Departamento de Ecologia, Universidade de Brasília.
edivane.cardoso@bol.com.br

Maria Inês Cruzeiro Moreno


Bióloga, Doutoranda Ecologia. Departamento de Ecologia, Universidade de Brasília.
inesmoreno@bol.com.br

Antônio José Maia Guimarães


Engenheiro Agrônomo, Mestre em Ecologia.
natureza@cdlnet.com.br

ABSTRACT - This work aimed to survey the shrub-arboreal vegetation in an area of


cerrado stricto sensu . The point centered quarter me thod was applied in 60 points, spaced at
intervals of 10 m, along two transects. In each point were taken data for stem circumference
(minimum of 10 cm) at 30 cm and 150 cm above the soil surface. In total, 47 woody
species were sampled and distributed in 24 families. For the circumference taken at 150 cm,
240 individuals were sampled and distributed in 39 species representative of 24 families.
The most important species were Pterodon pubescens, Piptocarpha rotundifolia and
Qualea grandiflora, representing 39.08% of the total IVI. For circumference taken at 30
cm, 240 individuals were sampled and distributed in 43 species, representative of 23
families. The most representative species were Piptocarpha rotundifolia, Miconia albicans
and Byrsonima coccolobifolia, representing 23.43% of the total IVI. A high floristic
diversity was observed (Shannon’s Indice = 3,15 e 3,37, respectivelly), and the method of
130 cm of circumference above the soil surface revealed a prevalence of individuals of
arboreal habit with larger IVI's, while, the method of 30 cm sampled both arboreal and
shrub individuals.
Key-Words: Biogeography, Phytosociology, Cerrado stricto sensu, EPDA Galheiro, Minas
Gerais.

INTRODUÇÃO aspecto de distribuição, sua relação ambiental e


salienta o papel do homem nesses padrões e
A biogeografia estuda a distribuição do material
processos ou a importância dos achados para o
biológico sobre superfície da terra e os fatores
homem. Os levantamentos e caracterizações
responsáveis pelos padrões espaciais
biogeográficas são baseados na distribuição da
observados. O biogeógrafo, além de estudar o
cobertura vegetal e não na de animais, pois
mesmo que o ecólogo, também enfatiza o
estes são muito móveis e exigem técnicas mais

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Edivane Cardoso
Estudo fitossociológico em área de cerrado sensu stricto na Estação de
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sofisticadas para serem estudados. A vegetação é relativamente mais analisada encontram-se na


produz distintos microclimas locais e tem uma região do Planalto Central (Rossi et al., 1988;
influência pronunciada nas características do Ribeiro & Haridasan, 1990; Felfili & Silva-
solo. São boas indicadoras ambientais e Júnior, 1992 e 1993; Felfili et al., 1993, 1994;
modificam muitos fatores criando um ambiente Abdala et al., 1998) e no estado de São Paulo
para a comunidade animal associada. A (Silberbauer-Gottsberger & Eiten, 1983;
vegetação desempenha papel fundamental no Pagano et al., 1989; Martins, 1991).
balanço de oxigênio e gás carbônico e é um
Levantamentos fitossociológicos são aplicados
considerável elemento no balanço hídrico de
seguindo métodos eficientes, porém com
uma área, além de ter papel cênico (Pears,
grande variação em critérios, dependendo de
1977).
uma prévia avaliação da fitofisionomia ou da
Quando uma lista completa das espécies prática do autor. Segundo Silberbauer-
vegetais de uma área é obtida, cada uma pode Gottsberger & Eiten (1983), podem ser
ser graduada por algum coeficiente quantitativo variados o tamanho e formato da área
a fim de indicar a importância de cada uma em escolhida, a escolha de tamanho mínimo de
relação às demais. Alguns dados qualitativos plantas a serem amostradas, o perímetro
podem ser aplicados, tais como forma de vida, mínimo, o hábito predominante da
periodicidade (fenologia), vitalidade (estágio de fitofisionomia, entre outras. De acordo com
desenvolvimento), sociabilidade e Pears (1977), cada método tem suas próprias
estratificação, ou ainda dados quantitativos pressuposições, vantagens e desvantagens,
como abundância, cobertura e freqüência. A dependendo, portanto, do propósito do estudo,
este conjunto de dados que retratam das da acurácia requerida e do tempo disponível,
proporções e inter-relações de indivíduos de onde um rápido reconhecimento de uma grande
uma ou mais espécies chamamos área é mais bem detalhado por métodos
“Fitossociologia” (Dansereau, 1957). fisionômicos enquanto que para estudos
detalhados de variações florísticas em pequena
Estudos fitossociológicos no Triângulo Mineiro
área são mais indicados a utilização de métodos
ainda são escassos, destacando-se os trabalhos
que utilizam densidade, cobertura, etc.
de Araújo et al, 1997; Rodrigues & Araújo,
1997; Schiavini, 1997; Schiavini & Araújo, Tendo em vista a importância de levantamentos
1989. Outras áreas onde a vegetação do cerrado fitossociológicos para reconhecimento da
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diversidade biológica e distribuição de espécies com temperatura média de 20,1 oC, apresentando
do Bioma Cerrado, além da grande variação de pluviosidade máxima em novembro a abril, e
métodos e critérios existentes, o presente trabalho baixa deficiência hídrica de maio a setembro
teve como objetivos realizar estudo (Castro, 1995). A área foi escolhida com base no
fitossociológico do estrato arbustivo -arbóreo de mapeamento de Castro (1995) levando-se em
uma área de cerrado sensu stricto, aplicando-se consideração o tipo fitofisionômico (cerrado
dois parâmetros dendrométricos distintos, dentro sensu stricto), acessibilidade, proximidade aos
do método adotado, na Estação de Pesquisa e recursos logísticos, e inexistência de informações
Desenvolvimento Ambiental Galheiro (EPDA florísticas ou fitossociológicas.
Galheiro).
O levantamento fitossociológico foi realizado
MATERIAL E MÉTODOS utilizando-se o método de “point centered
quarter” (Cottam & Curtis, 1956). Para tanto
Caracterização da área de estudo - A EPDA
foram definidas duas linhas, evitando-se
Galheiro (Figura 1), unidade de conservação
variações topográficas e/ou pedológicas, ao longo
classificada como uma Reserva Particular do
das quais utilizou-se cruzeta de metal deslocada
Patrimônio Natural (RPPN), foi criada no sentido
de 10 em 10 metros, distância esta que, para a
de cumprir a legislação de licenciamento da
fitofisionomia estudada, foi suficiente para evitar
Usina Hidrelétrica de Nova Ponte, objetivando a
que um indivíduo não fosse comum a pontos
preservação dos recursos faunísticos e florísticos
distintos.
representativos do Bioma Cerrado. Possui uma
área aproximada de 2800 ha localizada no Foram amostrados 60 pontos e, em cada um,
município de Perdizes, Minas Gerais (Castro, foram amostrados os indivíduos mais próximos
1995). (inclusive os mortos ainda eretos), com perímetro
mínimo de 10 cm, medido com base em dois
O levantamento fitossociológico foi realizado em
critérios distintos: a) perímetro a 150 cm do solo
cerrado sensu stricto sobre solo litólico
(P150) e b) perímetro a 30 cm do solo (P30). Nos
abrangendo área aproximada de 75,44 há,
dois casos, quando a planta apresentava
localizada a aproximadamente 950 m de altitude
bifurcação abaixo da altura estabelecida,
em torno da coordenada geográfica 47o 08'31"W e
foram tomadas medidas dos ramos principais e
19o14'06"S. O clima regional é quente úmido,

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FIGURA 1 - Localização geográfica da EPDA Galheiro, Perdizes - MG.

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posteriormente somadas. Quando o indivíduo estabelecida, foram tomadas medidas dos ramos
mais próximo apresentava perímetro de no principais e posteriormente somadas. Quando o
mínimo 10 cm a 150 cm acima da superfície do indivíduo mais próximo apresentava perímetro de
solo, seus dados foram utilizados na análise de no mínimo 10 cm a 150 cm acima da superfície do
ambos os métodos por apresentarem as solo, seus dados foram utilizados na análise de
características estabelecidas. Para cada ambos os métodos por apresentarem as
indivíduo foram anotados perímetro, altura e a características estabelecidas. Para cada indivíduo
distância da base do mesmo ao centro da foram anotados perímetro, altura e a distância da
cruzeta. A identificação do material botânico base do mesmo ao centro da cruzeta. A
foi feita em campo e, quando necessário, por identificação do material botânico foi feita em
comparação com exsicatas do Herbário da campo e, quando necessário, por comparação com
Universidade Federal de Uberlândia (HUFU). exsicatas do Herbário da Universidade Federal de
Uberlândia (HUFU).
Os parâmetros fitossociológicos (densidade,
dominância, freqüência, índices de valor de Os parâmetros fitossociológicos (densidade,
importância - IVI -, de cobertura - IVC - e de dominância, freqüência, índices de valor de
diversidade) foram obtidos utilizando-se o importância - IVI -, de cobertura - IVC - e de
programa FITOPAC (Shepherd, 1995), diversidade) foram obtidos utilizando-se o
calculados de acordo com as fórmulas usuais programa FITOPAC (Shepherd, 1995), calculados
(Martins, 1991; Mueller-Dombois & Ellenberg, de acordo com as fórmulas usuais (Martins, 1991;
1974). Um resumo e descrição das fórmulas Mueller-Dombois & Ellenberg, 1974). Um resumo
para cálculo destes parâmetros são aprese ntados e descrição das fórmulas para cálculo destes
por Felfili & Venturoli (2000). parâmetros são apresentados por Felfili &
Venturoli (2000).
Foram amostrados 60 pontos e, em cada um,
foram amostrados os indivíduos mais próximos RESULTADOS E DISCUSSÃO
(inclusive os mortos ainda eretos), com
No total foram amostradas 47 espécies
perímetro mínimo de 10 cm, medido com base
lenhosas distribuídas em 37 gêneros e
em dois critérios distintos: a) perímetro a 150
cm do solo (P150) e b) perímetro a 30 cm do 24 famílias, sendo 39 espécies
pertencentes a 24 famí lias (Tabela 1).
solo (P30). Nos dois casos, quando a planta
apresentava bifurcação abaixo da altura
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TABELA 1
Parâmetros fitossociológicos das espécies arbóreas amostradas no levantamento
fitossociológico realizado na EPDA Galheiro, Perdizes (MG) 1

Espécie N* DR* DoR* FR* IVI IVC*


Pterodon pubescens 22 9,17 32,93 9,09 51,19 42,10
Piptocarpha rotundifolia 39 16,25 11,45 14,83 42,54 27,70
Qualea grandiflora 20 8,33 7,25 7,18 22,76 15,58
Machaerium opacum 13 5,42 6,37 5,26 17,05 11,78
Miconia ferruginata 14 5,83 5,42 4,78 16,04 11,25
Hymenaea stigonocarpa 9 3,75 4,61 4,31 12,67 8,36
Caryocar brasiliense 8 3,33 5,76 3,35 12,45 9,10
Dimorphandra mollis 9 3,75 2,41 4,31 10,46 6,16
Qualea parviflora 10 4,17 2,20 3,83 10,20 6,37
Qualea multiflora 11 4,58 1,61 3,83 10,02 6,19
Morta 8 3,33 1,69 3,83 8,85 5,02
Stryphnodendron adstringens 7 2,92 2,38 3,35 8,65 5,30
Byrsonima coccolobifolia 8 3,33 1,96 2,87 8,17 5,30
Connarus suberosus 6 2,50 1,26 2,87 6,63 3,76
Acosmium dasicarpum 5 2,08 1,22 2,39 5,69 3,30
Miconia albicans 5 2,08 0,55 2,39 5,02 2,63
Erytroxylum deciduum 4 1,67 1,25 1,91 4,83 2,91
Bowdichia virgiloides 4 1,67 0,91 1,91 4,49 2,58
Eriotheca pubescens 3 1,25 1,03 1,44 3,71 2,28
Matayba guianensis 4 1,67 0,60 1,44 3,70 2,27
Styrax ferrugineus 3 1,25 0,83 1,44 3,52 2,08
Ouratea hexasperma 3 1,25 0,66 1,44 3,34 1,91
Byrsonima crassa 2 0,83 0,72 0,96 2,51 1,55
Neea theifera 2 0,83 0,67 0,96 2,47 1,51
Aspidosperma macrocarpon 2 0,83 0,58 0,96 2,37 1,41
Kielmeyera speciosa 2 0,83 0,37 0,96 2,16 1,20
Myrcia variabilis 2 0,83 0,32 0,96 2,11 1,15
Vochysia elliptica 2 0,83 0,19 0,96 1,99 1,03
Salvertia convallariaeodora 1 0,42 1,07 0,48 1,96 1,48
Xylopia scericea 2 0,83 0,15 0,96 1,94 0,99
Didymopanax macrocarpa 2 0,83 0,11 0,96 1,90 0,95
Strychnos pseudoquina 1 0,42 0,60 0,48 1,50 1,02
Mimosa sp1 1 0,42 0,45 0,48 1,34 0,86
Erythroxylum suberosum 1 0,42 0,18 0,48 1,07 0,59
Roupala montana 1 0,42 0,08 0,48 0,97 0,49
Myrcia sp1 1 0,42 0,07 0,48 0,96 0,48
Enterolobium gummiferum 1 0,42 0,06 0,48 0,95 0,47
Heteropteris cf, scaloniifolia 1 0,42 0,05 0,48 0,94 0,46
Davilla elliptica 1 0,42 0,01 0,48 0,90 0,42
1 - ordenado segundo o índice de valor de importância (IVI). Método de 150 cm.
* N = número de indivíduos, DR = densidade relativa, DoR = dominância relativa, FR = freqüência relativa, IVC =
índice de valor de cobertura.

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Pela aplicação do método de tomada de perímetro famílias geralmente são as mais representativas
em número de espécies (Rossi et al., 1998;
P150, os indivíduos amostrados são representantes
Felfili & Silva-Júnior, 1993; Pagano et al.,
de 39 espécies distribuídas em 24 famílias.
1989). A família Vochysiaceae apresentou o
As famílias de maior IVI foram Fabaceae,
maior número de indivíduos (44) de cinco
Vochysiaceae e Asteraceae que, em conjunto,
espécies botânicas, seguido pelas famílias
representam 53,3% do IVI total (Tabela 2). Estes
Asteraceae e Fabaceae com 39 indivíduos cada
resultados são comparáveis a alguns trabalhos
uma, representadas por uma e três espécies,
conduzidos em áreas de cerrado, em que estas
respectivamente (Tabela 2).

TABELA 2
Parâmetros fitossociológicos das famílias amostradas no levantamento
fitossociológico realizado na EPDA Galheiro (Perdizes, MG)
Família N* DR* DoR* FR* IVI IVC*
Fabaceae 39 16,25 40,21 13,99 70,45 56,46
Vochysiaceae 44 18,33 12,32 15,03 45,68 30,65
Asteraceae 39 16,25 11,45 16,06 43,76 27,7
Mimosaceae 18 7,50 5,29 8,81 21,6 12,79
Melastomataceae 19 7,92 5,97 6,74 20,62 13,88
Caesalpiniaceae 14 5,83 5,83 7,25 18,91 11,66
Caryocaraceae 8 3,33 5,76 3,63 12,72 9,10
Malpighiaceae 11 4,58 2,73 4,66 11,97 7,31
Morta 8 3,33 1,69 4,15 9,17 5,02
Connaraceae 6 2,50 1,26 3,11 6,87 3,76
Erythroxilaceae 5 2,08 1,42 2,07 5,58 3,51
Bombacaceae 3 1,25 1,03 1,55 3,83 2,28
Sapindaceae 4 1,67 0,60 1,55 3,82 2,27
Styracaceae 3 1,25 0,83 1,55 3,64 2,08
Ochnaceae 3 1,25 0,66 1,55 3,46 1,91
Myrtaceae 3 1,25 0,39 1,55 3,19 1,64
Nyctaginaceae 2 0,83 0,67 1,04 2,54 1,51
Apocynaceae 2 0,83 0,58 1,04 2,45 1,41
Clusiaceae 2 0,83 0,37 1,04 2,24 1,20
Annonaceae 2 0,83 0,15 1,04 2,02 0,99
Araliaceae 2 0,83 0,11 1,04 1,98 0,95
Loganiaceae 1 0,42 0,60 0,52 1,53 1,02
Proteaceae 1 0,42 0,08 0,52 1,01 0,49
Dilleniaceae 1 0,42 0,00 0,52 0,94 0,42
1 - ordenados segundo o índice de valor de importância (IVI). Método de 150 cm.
* N = número de indivíduos, DR = densidade relativa, DoR = dominância relativa, FR = freqüência relativa, IVC =
índice de valor de cobertura

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TABELA 3

Parâmetros fitossociológicos das espécies arbóreas amostradas no levantamento fitossociológico


realizado na EPDA Galheiro (Perdizes, MG)

Espécie N* DR* DoR* FR* IVI IVC*


Piptocarpha rotundifolia 24 10,00 13,02 8,88 31,90 23,02
Miconia albicans 17 7,08 5,17 7,48 19,73 12,25
Byrsonima coccolobifolia 18 7,50 3,15 7,94 18,60 10,65
Ouratea hexasperma 18 7,50 4,42 5,61 17,53 11,92
Qualea grandiflora 10 4,17 7,98 4,21 16,35 12,15
Caryocar brasiliense 5 2,08 11,04 1,87 14,99 13,12
Pterodon pubescens 6 2,50 8,08 2,80 13,38 10,58
Connarus suberosus 11 4,58 2,94 4,21 11,73 7,53
Davilla elliptica 9 3,75 3,46 4,21 11,41 7,21
Machaerium opacum 9 3,75 3,06 3,74 10,55 6,81
Qualea multiflora 9 3,75 2,75 3,27 9,77 6,50
Matayba guianensis 8 3,33 2,10 3,27 8,71 5,44
Miconia ferruginata 7 2,92 2,49 2,8 8,21 5,40
Roupala montana 8 3,33 1,85 2,80 7,99 5,19
Qualea parviflora 6 2,50 2,54 2,80 7,84 5,04
Stryphnodendron adstringens 6 2,50 2,51 2,34 7,35 5,01
Dimorphandra mollis 5 2,08 2,66 2,34 7,08 4,74
Myrcia variabilis 6 2,50 1,72 2,80 7,03 4,22
Morta 5 2,08 2,13 2,34 6,55 4,22
Byrsonima crassa 5 2,08 2,00 2,34 6,42 4,09
Neea theifera 6 2,50 1,16 2,34 5,99 3,66
Acosmium dasicarpum 5 2,08 0,87 2,34 5,29 2,96
Erythroxylum suberosum 4 1,67 1,52 1,87 5,06 3,19
Styrax ferrugineus 3 1,25 2,37 1,40 5,02 3,62
Hymenaea stigonocarpa 3 1,25 2,00 1,40 4,65 3,25
Erytroxylum deciduum 4 1,67 1,09 1,87 4,63 2,76
Vochysia elliptica 4 1,67 0,50 1,87 4,03 2,16
Mimosa sp1 3 1,25 0,42 1,40 3,08 1,67
Eriotheca pubescens 1 0,42 1,84 0,47 2,72 2,25
Kielmeyera speciosa 2 0,83 0,53 0,93 2,30 1,36
Myrcia vestita 1 0,42 0,40 0,47 1,29 0,82
Bowdichia virgiloides 1 0,42 0,33 0,47 1,22 0,75
Enterolobium gummiferum 1 0,42 0,27 0,47 1,15 0,69
Guapira noxya 1 0,42 0,21 0,47 1,10 0,63
Duguetia furfuracea 1 0,42 0,20 0,47 1,08 0,62
Acosmium subelegans 1 0,42 0,19 0,47 1,07 0,60
Aspidosperma macrocarpon 1 0,42 0,19 0,47 1,07 0,60
Myrcia sp1 1 0,42 0,16 0,47 1,05 0,58
Byrsonima verbascifolia 1 0,42 0,15 0,47 1,04 0,57
Dalbergia miscolobium 1 0,42 0,14 0,47 1,02 0,56
Casearia silvestris 1 0,42 0,12 0,47 1,00 0,54
Erythroxylum tortuosum 1 0,42 0,12 0,47 1,00 0,54
Banisteriopsis sp1 1 0,42 0,12 0,47 1,00 0,54
* N = número de indivíduos, DR = densidade relativa, DoR = dominância relativa, FR = freqüência relativa, IVC =
índice de valor de cobertura.

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TABELA 4

Parâmetros fitossociológicos das famílias amostradas no levantamento fitossociológico realizado na EPDA


Galheiro (Perdizes, MG), ordenados segundo o índice de valor de importância (IVI). Método de 30 cm

Família N* DR* DoR* FR* IVI IVC*

Vochysiaceae 29 12,08 13,76 11,65 37,50 25,85


Asteraceae 24 10,00 13,02 9,22 32,25 23,02
Melastomataceae 24 10,00 7,66 10,19 27,85 17,66
Malpighiaceae 25 10,42 5,43 11,17 27,01 15,84
Fabaceae 17 7,08 11,61 7,28 25,98 18,70
Mimosaceae 15 6,25 5,87 5,83 17,94 12,12
Ochnaceae 18 7,50 4,42 5,83 17,75 11,92
Caryocaraceae 5 2,08 11,04 1,94 15,06 13,12
Connaraceae 11 4,58 2,94 4,37 11,90 7,53
Dilleniaceae 9 3,75 3,46 4,37 11,58 7,21
Caesalpiniaceae 9 3,75 3,06 4,37 11,18 6,81
Erythroxilaceae 9 3,75 2,73 3,88 10,37 6,48
Myrtaceae 8 3,33 2,29 3,88 9,51 5,62
Sapindaceae 8 3,33 2,10 3,40 8,83 5,44
Proteaceae 8 3,33 1,85 2,91 8,10 5,19
Nyctaginaceae 7 2,92 1,37 2,91 7,20 4,29
Morta 5 2,08 2,13 2,43 6,64 4,22
Styracaceae 3 1,25 2,37 1,46 5,08 3,62
Bombacaceae 1 0,42 1,84 0,49 2,74 2,25
Clusiaceae 2 0,83 0,53 0,97 2,33 1,36
Annonaceae 1 0,42 0,20 0,49 1,10 0,62
Apocynaceae 1 0,42 0,19 0,49 1,09 0,60
Flacourtiaceae 1 0,42 0,12 0,49 1,02 0,54
* N = número de indivíduos, DR = densidade relativa, DoR = dominância relativa, FR = freqüência relativa, IVC =
índice de valor de cobertura.

coccolobifolia, que somaram 23,43% do IVI


Para o método de tomada de perímetro P30, os
total (Tabela 3). As famílias Vochysiaceae,
indivíduos amostrados são representantes de 43
Malpighiaceae e Asteraceae foram as que
espécies constituintes de 23 famílias (Tabela 3),
apresentaram o maior número de indivíduos
sendo o índice de diversidade de Shannon-
(29, 25 e 24, respectivamente, Tabela 4).
Wiener, observado para as espécies, de 3,372 e
para as famílias 2,808. As espécies de maior
Espécies que ocorrem com maiores populações
IVI, para este método, foram Piptocarpha em áreas de cerrado alterado, como Matayba
rotundifolia, Miconia albicans e Byrsonima
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guianensis e Xylopia sp. (Araújo et al., 1997), Conforme os resultados do Índice de Shannon-
foram encontradas neste trabalho, porém com Wiener, para os dois critérios aplicados,
poucos indivíduos. Este fato sugere um observou-se que a área estudada apresenta uma
processo de regeneração da flora local, uma vez alta diversidade florística, semelhante a outras
que, antes da implantação da EPDA Galheiro, localidades de cerrado no Brasil Central, onde
esta área e seu entorno eram ocupados por já foram realizados levantamentos
atividades agropecuária. fitossociológicos (Tabela 5).

TABELA 5

Valores do Índice de Shannon obtidos em estudos de áreas de cerrado Sensu Stricto. os dados das
outras localidades foram compilados de Rossi et al. (1998)

Localidade Índice de Shannon-Wiener


EPDA Galheiro (MG) (Presente estudo) P150 P30
3,16 3,37
Paracatu (MG) 3,53
Patrocínio (MG) 3,11
Parque Nacional de Brasília (DF) 3,34
Estação Ecológica de Águas Emendadas (DF) 3,62
APA Gama Cabeça de Veado (DF) 3,56
Parque Ecológico Norte (DF) 3,24
Silvânia (GO) 3,31
Alto Paraíso de Goiás (GO) 3,44
Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) 3,57
Serra da Mesa (GO) 3,57
Serra Negra (GO) 3,58
Goianésia (GO) 3,71

Verificou- se que a espécie Piptocarpha IVI de Pterodon pubescens para P150 está
relacionado com a maior área basal
rotundifolia apresenta o primeiro (P30) e
apresentada pelos indivíduos desta espécie.
segundo (P150) maior IVI. Este fato é
Observou- se que Ouratea hexasperma
devido à sua maior abundância, dominância
obteve o 4º maior IVI no critério P30,
e freqüência na área, enquanto que o maior

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enquanto que no critério P150 foi o 22º. Em realizado para amostragem de espécies
outros trabalhos, cuja metodologia foi 30 arbóreas, principalmente em área com
cm de altura para medida de perímetro vegetação com predomínio deste hábito (áreas
(Rossi et al., 1998; Felfili & Silva- Júnior, de cerrado a cerrado denso), enquanto que o
1993), esta espécie obteve alto valor de IVI, método de tomada de perímetro a 30 cm do
demonstrando que a altura de tomada de solo apresenta melhores resultados quando a
perímetro pode estar influenciando na área apresenta indivíduos tanto de hábito
ocorrência de espécies com característica arbóreo quanto arbustivo e sub-arbustivo, ou
arbustiva como esta. seja, áreas de cerrado ralo ou perturbadas. Os
resultados apresentados mostram que ao
A Figura 2 indica a distribuição vertical das
escolher critérios de inclusão de indivíduos em
espécies amostradas pela aplicação dos dois
amostragens da vegetação é indicado que este
critérios, sendo que as espécies estão
seja feito de forma a incluir a maior diversidade
dispostas de acordo com a Tabela 1.
biológica, fornecendo assim dados mais
Verificou- se que no crit ério P150 foram
apurados à biogeografia.
obtidos maiores valores que no método P30,
uma vez que, para atingir o primeiro
critério, o indivíduo necessitaria ter um AGRADECIMENTOS

maior porte em relação ao segundo. Aos Profs. Dr. Ivan Schiavini, Dr. Glein
Monteiro e Dr. Paulo Eugênio Oliveira, à
CONCLUSÃO
doutoranda Adriana Assis Arantes (HUFU)
O levantamento feito na área mostrou-se pela ajuda na identificação botânica, à
suficiente para o reconhecimento prévio das FAPEMIG pelo apoio financeiro ao primeiro
espécies presentes e da estrutura da vegetação, autor na época de coleta dos dados, à CAPES
uma vez que foram amostradas espécies pelo apoio financeiro à segunda e ao terceiro
representativas da área. Quanto à utilização de autores na época de coleta dos dados e à
diferentes métodos para a realização de CEMIG (Centrais Energéticas de Minas Gerais)
levantamento fitossociológico, pode-se inferir e respectiva equipe da EPDA Galheiro, que
que o método de tomada de perímetro P150 forneceram estrutura e apoio para a realização
mostra-se mais eficaz quando o levantamento é deste estudo.

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FIGURA 2. Representação das alturas (mínimas, médias e máximas) dos indivíduos de espécies amostradas (conforme

Tabela 1) em levantamento fitossociológico em área de cerrado sensu stricto, na EPDA Galheiro, Perdizes-MG. Os números

em destaque correspondem a espécies encontradas exclusivamente no método indicado.

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