Anotações
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Tipos de escrita:
- Escrita silábica: Presume um símbolo para representar as sílabas de uma
língua.
- Escrita consonantal: Representa as palavras através de seus sons
consonantais.
- Escrita fonética (ou alfabética): A representação dos sons das palavras ocorre
exatamente conforme a sua pronúncia.
- Escrita alfabética ortográfica: É a normatização do de escrita fonética
(alfabética), considerando as variações linguísticas.
Níveis de escrita:
- Pré-Silábico: PUAPALOULPAUO...
- Silábico: XU, ES...
- Silábico - alfabético: XUA, VUA...
- Alfabético: XUVA;
- Alfabético-Ortográfico: CUVA; –ortográfico: CHUVA.
ASSIMILAÇÃO: RECONHECIMENTO
ACOMODAÇÃO: MODIFICAÇÃO
Nessa modalidade, a criança além de ter tudo à mão, não é levada a pensar
sobre nada, o adulto pensa e age por ela, não lhe dando permissão para optar,
escolher, definir, concluir, enfim... pensar. Desse modo, a criança é
“robotizada” e passa a ser um clone do adulto, pois veste, calça, se alimenta,
fala e etc., conforme o adulto.
Analisando a forma como operam as modalidades de aprendizagem, existem
três grupos de modalidades (organizações) que perturbam o aprender:
hipoassimilação-Hipoacomodação; hiperassimilação-hipoacomodação; e
hipoassimilação-hiperacomodação
Avaliação psicopedagógico:
- Anamnese;
- Revisão dos conteúdos escolares;
- Entrevista com a criança;
- Contato com os professores,
- Entrevistas operativas centradas na aprendizagem - EOCA: produção com
material do uso cotidiano escolar,
- Provas operatórias de Piaget (conservação de comprimento, superfície,
quantidade, líquidos, quantidade), : avalia a maturação cognitiva
- Testes de desempenho escolar;
- Atividades de leitura e escrita
O que avaliar:
- Área emocional: conteúdos afetivos, contexto social, conflitos, desejos,
motivações, dúvidas, medos...
- Área motora: estágio de desenvolvimento do sistema nervoso, sensorial e
motor.
- Área pedagógica: processo da leitura, escrito, calculo, observar aspectos de
aprendizagens.
- Área cognitiva: estágio d desenvolvimento cognitivo relacional
( desenvolvimento das operações do pensamento, atenção, concentração e
raciocínio lógico).
- Área neurosensoriomotor: Avaliação da lateralidade, coordenação, equilíbrio,
desenvolvimento da linguagem...
***PROCESSOS COGNITIVOS BÁSICOS DE APRENDIZAGEM: ATENÇÃO,
CONCENTRAÇÃO, MEMORIA, PERCEPÇÃO E AUTONOMIA. ***
Sinais de alerta:
Pré- escolar:
• fala tardia
• linguagem muito infantil (falar “à bebé”)
• dificuldades em pronunciar corretamente palavras
• dificuldades em aprender e decorar canções, rimas e lengalengas
• antecedentes familiares de fala tardia ou alterações na linguagem e fala
1º ano de escolaridade:
• Dificuldades em detectar e discriminar os sons da língua (por exemplo quando
a criança ouve “faca” e “vaca”, não identifica diferenças).
• Dificuldades em dividir palavras em sílabas e fonemas
• Dificuldades em associar as letras aos seus sons (por exemplo a letra s lê-se
“ésse”).
• Dificuldades na leitura de sílabas e palavras, especialmente palavras
complexas ou pouco usuais no seu dia-a-dia.
• Erros ortográficos no processo de escrita
Avaliação:
A avaliação da consciência fonológica deve passar por vários níveis, sendo
eles, a identificação de rimas, a segmentação silábica, identificação de sílabas
Inicias iguais, identificação de fonemas iniciais iguais, segmentação fonémica,
comparação do tamanho das palavras e representação de fonemas com letras.
Sugestão de atividades:
- Dizer uma frase à criança e esta tem que bater as palmas conforme o número
de palavras que tenha a frase, nomear uma frases e pedir à criança que
substitua uma palavra da frase, dando sempre a hipótese de substituição), a
discriminação auditiva (nomear duas palavras e pedir à criança que diga se são
iguais ou diferentes), as rimas (contos rimados, identificar duas palavras quem
rimam e nomear palavras que rimem com uma palavra alvo) e a segmentação
silábica (bater as palmas, conforme cada sílaba da palavra).
- Realizar atividades de discriminação auditiva: utilizar instrumentos musicais e,
sem ver, nomear o instrumento através do seu som; identificar animais pelo
som que produzem e distinguir os sons produzidos por cada animal, por
exemplo perceber que a cobra faz /sss/ e a abelha /zzz/ e concluir que são
sons diferentes colocando a mão na garganta, o /z/ treme (som vozeado) e /s/
não treme (som surdo).
- Identificação e evocação de rimas: cantar canções infantis e ler contos
rimados para nomear as palavras que rimam e identificar o “bocadinho” que
rima, procurar que a criança evoque outras rimas que conheça.
- Segmentação silábica: ler uma história e pedir à criança que a reconte,
selecionar palavras e pedir que divida “em bocadinhos” batendo palmas, a
criança deverá contar o número de sílabas.
Frequentemente, os pais se queixam que seu filho é muito agitado, não para
quieto um minuto, não fixa atenção em qualquer tarefa, anda pela sala
perturbando o irmãozinho, todos os brinquedos estão quebrados, não
consegue aguardar a sua vez, quando vê televisão incomoda quem está ao
lado, mexe-se o tempo todo, pare-ce que não escuta o que não lhe interessa
mas está ligado em tudo ao redor; não avalia o perigo, não fica sentado quieto,
não obedece a ordens, não sabe ouvir um não, atrapalha os colegas durante
as aulas, seus trabalhos escolares são mal feitos e bagunçados, não gosta de
estudar em casa, seu rendimento escolar é baixo. Por vezes, enfrenta e desafia
os adultos. Esta é a criança tida como avoada, estabanada, que vive no mundo
da lua, tem bicho carpinteiro.
Desatenção:
-Falha em dar atenção a detalhes ou comete erros por descuido nas tarefas
escolares, no trabalho ou em outras atividades.
- Dificuldades em manter a atenção nas tarefas ou nas brincadeiras.
- Parece não escutar, quando não falam diretamente com ele.
- Não consegue seguir instruções, deixando de terminar as tarefas escolares,
domésticas ou deveres no trabalho (não devido a comportamento de oposição
ou por não conseguir entender as instruções).
- Dificuldade na organização de tarefas e atividades.
- Evita, não gosta ou fica relutante em se envolver em tarefas que exijam
esforço mental contínuo (como as lições em classe e em casa).
- Perde objetos necessários às tarefas ou atividades (brinquedos, solicitações
da escola, lápis, livros ou apetrechos pessoais).
- Facilmente distraído por estímulos externos.
- Esquecimento de suas atividades diárias.
Hiperatividade:
É importante deixar claro que nem toda criança agitada deve ser rotulada de
hiperativa. A agitação pode ser sintoma de doenças graves, como o autismo,
hipertireoidismo, depressão infantil, assim como pode ser resultado de
problemas de comportamento. O portador de TDAH costuma ter muita
dificuldade em manter a atenção, não costuma notar detalhes, erra por
descuido em atividades escolares e tem como a principal característica a
combinação dos sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade, ou seja,
é preciso diferenciar o comportamento da criança que é cheia de vontades pela
falta de limites (SOUZA, 2008 p. 164).
Tourette/Tiques 6 ,5%
Depressão Maior 15 a 25%
Transtornos Obsessivos 15 %
Compulsivos
Distúrbios de Linguagem 10 %
Drogas até 40%
Transtornos Ansiosos 13 a 20%
Transtorno Opositivo 33 a 65%
Desafiador
Transtornos de Conduta 1 ,78 a 10%
Transtorno de Humor 1 ,78 a 10%
Bipolar
Retardo Mental 9 ,58%
Nem sempre o comportamento observado no consultório corresponde aos
sintomas contados pela família. É um ambiente artificial que dificilmente
permite uma observação mais natural de um comportamento. Não é difícil
imaginar que, num ambiente completamente novo e com pessoas estranhas,
uma criança se comporte de maneira diferente da usual. E, infelizmente, é
neste contexto que são dados a maioria dos diagnósticos em neuropsiquiatria
infantil.
Portanto, a avaliação diagnóstica e a opção terapêutica das queixas
comportamentais são bem mais complexas do que a ideia de que existe um
remédio certo que melhorará em 100% uma determinada doença.
É fundamental levar em conta a queixa da criança, a queixa da família, as
consequências do problema (depressão, baixa estima), a história natural do
problema (melhora espontânea ou não) e o que significa medicação para
aquela família.
Para uma família, um determinado grau de agitação pode parecer normal,
enquanto para outra pode parecer insuportável. O mesmo acontece com as
diferentes escolas. Uma criança com tique motor e hiperatividade leve pode
não ter problema acadêmico e social em uma escola mais liberal, mas pode ter
muitos problemas em uma escola tradicional que valoriza a disciplina acima de
tudo.
SÍNDROME DE ASPERGER
A Síndrome de Asperger é uma condição ainda pouco conhecida e de difícil
diagnóstico, devido à dificuldade na padronização ou definição. Atualmente, é
considerada uma síndrome por apresentar um conjunto de sintomas que pode
ter mais de uma origem.
Segundo Moraes (2018, p. 55) o termo “Autismo” foi usado pela primeira vez
por Ernst Bleuler, em 1991, para descrever um dos sintomas de base da
esquizofrenia, caracterizado pelo isolamento social. Os autores pioneiros na
descrição do Au-tismo foram Leo Kanner (EUA), 1943, e Hans Asperger
(Áustria), 1944, (apud MO-RAES, 2018, p.55). Em seus trabalhos, ambos
chamavam atenção para crianças que apresentavam características comuns
relacionadas à forma particular de comunicação, à dificuldade de adaptação ao
meio social, às estereotipias motoras e ao caráter enigmático e irregular das
capacidades intelectuais. A Síndrome de Asperger, assim como outros quadros
de autismo, tem sido definida como um transtorno evolutivo raro, caracterizado
por um severo déficit no contato social, que surge desde a infância, persistindo
até à idade adulta.
Para Moraes (2018, p. 55) ao descrever o quadro, Hans Asperger chama
atenção para crianças com uma alteração fundamental, manifestada através de
seus comportamentos e modos de expressão, que gera dificuldades
consideráveis e bem típicas na interação social. São eles:
• A singularidade do olhar; a mímica facial pobre; a utilização da linguagem
anormal e pouco natural; a invenção de palavras; a impulsividade em geral de
difícil controle; dificuldade no aprendizado de alguns ensinamentos; os centros
de interesse bastante pontuais; e a capacidade frequentemente presente para
a lógica abstrata;
• A qualidade vocal é característica, usando palavras impróprias para a idade;
• Peculiaridades da linguagem não verbal como a falta de contato olho- olho e
alterações de gestos, postura, labilidade de humor e pedantismo.
Indivíduos com a Síndrome de Asperger percebem o mundo diferentemente de
nós.
Com frequência, apresentam conflitos internos relacionados aos pensamentos,
sentimentos e comportamentos convencionais, desenvolvendo uma forma
particular de “estar no mundo”, adaptando-se a ele com manobras
compensatórias, chegando a conseguir algum grau de independência e de
relacionamento social na vida adulta.
Na maior parte dos acometidos pela síndrome, a característica mais flagrante é
a falta de interação social, compensada em alguns casos por uma originalidade
particular na forma de pensar, que pode levar a capacidades excepcionais.
A designação de Síndrome de Asperger tem sido empregada em diferentes
situações, como sinonímia de autismo atípico ou residual, “autismo de bom
prognóstico”, “autismo de alto funcionamento”, ou ainda para alguns indivíduos
com outras formas de transtorno invasivo do desenvolvimento ou mesmo como
um transtorno independente do autismo. Na realidade, nenhum dos autores
que se preocupa em estabelecer critérios diagnósticos para a Síndrome de
Asperger foi categórico em defini-la como condição distinta do autismo,
considerando-a como parte do transtorno do espectro autista (MORAES, 2018,
p.55).
Nos tempos atuais, “Asperger” refere-se àqueles indivíduos que apresentam
características autísticas, são inteligentes e apresentam aptidões linguísticas
aparentemente normais, mas que não preenchem todos os critérios
necessários para que se caracterize um quadro autístico clássico (Klin,1995).
Apesar desses indivíduos apresentarem dificuldades na interação social,
percebe-se que é no desenvolvimento da linguagem que ocorre a característica
diferencial, pois na Síndrome de Asperger não seriam observados atrasos tão
significativos no seu desenvolvimento. Em relação às características da
Síndrome de Asperger ou do “Autismo de Alto Funcionamento”, alguns autores
as descrevem como crianças que apresentam, em geral:
-Grande capacidade intelectual: pois algumas chegam a ler por volta dos três
ou quatro anos de idade, sem nunca terem sido ensinadas, dentre outros
talentos;
- Dificuldade na comunicação: pode ocorrer pelo fato de algumas dessas
crianças iniciarem a falar tardiamente, ocasionando um baixo limiar de
tolerabilidade, tornando-se, em geral, irritados pela frustração de não
conseguirem manifestar de pronto suas vontades;
- Dificuldade para escrever usando lápis ou caneta, mas conseguem fazê-lo
usando computadores ou máquinas de escrever;
- Repetição exaustiva da mesma situação, mas com uma diferença significativa
em relação aos considerados autistas “clássicos”, porque se comunicam após
terem assistido a um filme várias vezes, por exemplo;