Introdução À Genealogia
Introdução À Genealogia
Introdução À Genealogia
INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
3- HERÁLDICA 16
4- O QUE É GENOMA 17
5- HEREDOGRAMA 19
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
A partir dessa busca é possível construir a árvore genealógica de uma família com
nomes, datas e lugares por onde andaram nossos antepassados, de forma que
sejam mantidos vivos na memória de seus descendentes.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Em uma genealogia as
mulheres são representadas por círculos e os homens por quadrados
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
A partir desse estudo é possível saber detalhes sobre o local de nascimento dos
parentes próximos e distantes, assim como outros dados peculiares como posição
social e por quais caminhos eles possam ter se direcionado. Tudo incluindo data e
locais, permitindo uma exatidão na construção do que se chama de árvore
genealógica ou heredograma.
Elas podem incluir nomes, datas de nascimento e morte, além de informações extras
como casamentos e representação fotográfica. A mais conhecida é a que possui
uma base com crescimento exponencial, mas também pode partir de seu topo,
através de um antepassado comum e como se desenvolve sua descendência.
A genealogia não é utilizada apenas para quem tem curiosidade em conhecer sua
família. É um dado histórico de fundamental importância para se compreender a
formação da sociedade e da cultura de um povo, mas também pode ser essencial
para a medicina. A árvore genealógica pode permitir ao cientista estudar a evolução
de doenças genéticas.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Ao viajar pelo mundo é possível perceber que a humanidade é hoje formada por
uma grande variedade de raças, que vão se distribuindo entre inúmeras regiões.
Uma das suas distinções é baseada pelos traços hereditários, nos quais uma nação
se define pelas suas características físicas em comum.
Mesmo que nesses traços haja similaridades peculiares entre um grupo de pessoas,
nenhuma raça pode ser considerada pura e sim formada por influência de outras ao
longo da história, através da miscigenação.
Mas a cor da pele não é um indicativo eficaz da origem étnica do indivíduo. Milhões
de brasileiros que se consideram brancos e até negros, possuem material genético
de povos indígenas em seu DNA. Por haver tanta heterogenia, o grau de
ancestralidade indígena varia entre cada pessoa e sua posição geográfica.
O indivíduo pode ter forte ancestralidade indígena em seu lado genealógico paterno,
enquanto o materno possui o de brancos e negros. No Brasil, o principal padrão
eram o do homem ameríndio que procriavam com mulheres de origem africana.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Aqui iremos explicar para que serve a árvore genealógica, como podemos montá-
la e onde podemos procurar as informações cruciais para que ela fique completa.
Ficou interessado? Quer montar a sua árvore genealógica? Siga em frente, prezado
aluno!
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Sim. Existem empresas que trabalham com a busca de documentos, são chamados
genealogistas. A Legacy Tree, por exemplo, é uma empresa especializada na busca
de documentos e em montar a árvore genealógica de clientes do mundo inteiro.
Existem ainda pessoas comuns que trabalham com isso, e que divulgam o trabalho
em grupos no facebook, para encontrá-las você vai ter que procurar em grupos de
estudantes nas cidades específicas onde estão os documentos.
Na minha opinião vale sim, porque dá muito trabalho. Os documentos que você vai
precisar não vão estar todos em um só lugar, e “se bobear” nem no mesmo país.
Além do trabalhão que você teria, iria gastar muito dinheiro para ir e vir de tanto
lugar.
Se você já souber onde estão os documentos, o que vale mais a pena fazer é entrar
em contato com uma pessoa que more na cidade onde o documento está, e pedir
para que ela trate do processo para você, e mande o documento para a sua casa.
Com certeza isso vai ficar mais barato do que uma passagem
para Portugal, Itália e Espanha
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Alguns temas são mais fáceis de serem trabalhados, despertando maior interesse
dos alunos, como, por exemplo, a capacidade de enrolar a língua. Contudo, outros
podem ser mais dinâmicos, envolvendo um nível de detalhamento que requer dos
alunos: pesquisa, organização, observação e análise durante a coleta de dados para
a montagem de um heredograma.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
3- HERÁLDICA
Importância
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
4- O QUE É GENOMA
Conhecer os
conjuntos de genes dos seres vivos ajuda no tratamento de doenças
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
5- HEREDOGRAMA
Por meio dos heredogramas fica mais fácil identificar os tipos de herança genética e
as probabilidades de uma pessoa apresentar uma característica ou doença
hereditária.
Exemplo de Heredograma
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Nos heredogramas cada linha representa uma geração. No modelo abaixo há três:
na geração I há um casal, na geração II estão os seus filhos e na geração III os seus
netos.
Modelo
de Heredograma
O filho (nº2) se casou com uma mulher (nº1) que tem lobo da orelha preso e tiveram
três filhos, uma mulher (nº1) e dois homens (nº 2 e nº3). Todos iguais à mãe.
Enquanto a filha (nº4) casou com um homem (nº5) igual a ela com lobo da orelha
solto e tiveram 2 filhos iguais (nº 4 e 5) e 3 filhos diferentes, ou seja, com lobo da
orelha preso (nº6,7 e 8).
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Uma forma de tentar perceber esse dado é observando se há casais com a mesma
característica que têm filhos diferentes. Isso é um indício de que a característica não
presente no filho é determinada por genes recessivos.
Leia também:
Genes Dominantes e Recessivos
Homozigotos e Heterozigotos
Hereditariedade
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Genealogia é muito mais do que quantos nomes você pode inserir ou importar
para o seu banco de dados. Antes de se preocupar sobre o quão atrás você
rastreou sua família ou quantos nomes você tem em sua árvore genealógica,
você deve conhecer seus ancestrais. Com o que eles se pareciam? Onde eles
viviam? Que acontecimentos na história ajudaram a moldar suas vidas? Seus
ancestrais tinham esperanças e sonhos assim como você tem, e enquanto eles
podem não ter achado suas vidas interessantes, aposto que você vai.
Uma das melhores maneiras de começar a aprender mais sobre o lugar especial
da sua família na história é entrevistar seus parentes vivos – discutido no erro #1.
Você pode se surpreender com as fascinantes histórias que eles têm para contar
quando for dada a oportunidade certa e um interessado par de orelhas.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
elas são hoje, e às vezes um nome em um documento foi escrito como soou
(foneticamente), ou talvez simplesmente foi escrito errado por acidente. Em outros
casos, um indivíduo pode ter mudado a ortografia do seu sobrenome mais
formalmente para se adaptar a uma nova cultura, para parecer mais elegante, ou
para ser mais fácil de lembrar. Pesquisar as origens de seu sobrenome, pode dar
uma pista na ortografia comum. Estudos de distribuição do sobrenome podem
também ser úteis ao pesquisar a versão mais frequentemente usada do seu
sobrenome. Pesquisáveis bases de dados de genealogia computadorizada são
uma outra boa maneira para pesquisa, já que elas oferecem muitas vezes um
“Pesquisar variações” ou a opção de busca de soundex. Certifique-se de tentar
todas as variações do nome alternativo-incluindo nomes do meio, apelidos, nomes
de casadas e nomes de solteira.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
com suas conclusões. Confira 4 ferramentas online para montar sua árvore
genealógica.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Qual é o seu sobrenome? Você conhece sua origem? Em quais países no mundo
seu sobrenome é mais popular? E qual é a importância de um sobrenome? Para que
saber tudo isso? Neste artigo, você vai entender por que é importante saber
a origem do sobrenome.
Seja para morar ou visitar, a imigração pode exigir esse documento no país destino.
Se você não tiver, será obrigado a voltar ao Brasil.
Há várias formas de você saber suas raízes. As principais e mais eficazes são os
sites de busca de sobrenomes e árvore genealógica e a conversa com familiares e
amigos.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Sites de busca
Diversos sites que te ajudam a investigar seu passado e saber mais sobre suas
origens, por meio do seu sobrenome. Os sites mais conhecidos são: Family
Search e Forebears.
Family Search
O site permite, ainda, que você busque documentos digitalizados de pessoas com o
mesmo nome que nasceram antes de 1920. Assim, a árvore genealógica fica mais
completa e facilita uma investigação profunda sobre seus antepassados. Esse artigo
do Euro Dicas também ensina como descobrir os seus antepassados, complemente
a sua leitura.
ForeBears
Você imagina quantas pessoas no mundo todo carregam o mesmo sobrenome que
você? Sabe onde seu sobrenome surgiu? E em que país ele é mais popular? No
site Forebears, você tem acesso a essas informações e é possível descobrir, de
forma simples, a origem do seu sobrenome.
Com base em dados coletados em diversos países, o site mostra onde está a maior
parte de pessoas com sobrenomes iguais.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Outros sites
Ao pesquisar meu sobrenome neste site, comprovei que ele não surgiu no Brasil.
Entre outras informações, no site consta que a família Carvalho teve sua origem em
Portugal e é uma das 72 famílias da alta nobreza do país. Faça o teste com o seu
sobrenome também!
No site Super Interessante, também é possível saber mais sobre a origem dos 50
sobrenomes mais comuns no Brasil.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Sites oferecem outra maneira de pesquisar mais sobre sua árvore genealógica, seus
antepassados, assim como a origem do seu nome e do seu sobrenome. Trata-se de
uma comunidade com mais de 3 milhões de membros, que compartilham, de forma
gratuita, suas informações genealógicas: mais de 6 bilhões de indivíduos nas
árvores genealógicas, além de alguns registros de arquivos digitalizados, fotos de
família e índices.
Há sites mais avançados que te ajudam a buscar informações para obter sua
cidadania estrangeira, como o MyHeritage. São 105 bilhões de usuários no mundo
todo, 2,5 bilhões de árvores genealógicas, 9,7 bilhões de registros históricos e 42
idiomas diferentes.
Funciona da seguinte forma: você compra o kit de DNA online, envia a sua amostra
e, em até um mês, vê o resultado no site.
Se seu objetivo for conhecer ainda mais a história dos membros de sua família, vale
a pena conversar com seus parentes e amigos de seus familiares.
Talvez essa seja a maneira mais simples de você conseguir informações sobre seus
antepassados.
Você pode conversar com seus parentes informalmente, telefonar, enviar um e-mail,
uma mensagem ou lhes fazer uma visita. Comece por pessoas próximas, como seus
pais e seus avós.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
O ideal é fazer perguntas que deem início uma conversa. Perguntas abertas são as
mais indicadas, em que as respostas não ficam limitadas em “sim” ou “não”. Por
exemplo: “Onde meus avós se casaram?”.
Assim, muitas vezes, conseguirá mais do que o local de casamento como resposta;
poderá saber a data, os nomes deles antes de se casarem, alguns locais onde
aconteceram fatos importantes naquela época etc.
Seus familiares contam coisas que, muitas vezes, nem eles lembravam
Se possível, peça cópias das coisas que pertenciam à sua família, como cópias de
diários, fotos ou registros antigos. Escreva todas as informações, quem as forneceu
e como você as conseguiu.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Conversar com familiares e amigos próximos a eles é uma maneira fácil e agradável
de descobrirmos histórias de nossas famílias e conhecermos com mais
detalhamento o que nossos avós e bisavós faziam, quais eram seus sonhos etc.
Nossos ancestrais são mais do que apenas dados nos gráficos de uma árvore
genealógica; são personagens da nossa história.
Claro, a tecnologia também ajuda muito na busca por informações e pode ser sua
aliada, junto à conversa informal. Assim, suas chances de saber mais sobre seus
ancestrais aumentam.
Nosso sobrenome nos diz de onde veio nossa família e de onde somos. Ao
pesquisar sobre a história de sua família, você descobre quem eram seus
ancestrais, assim como informações superinteressantes sobre eles.
Caso os planos sejam mais do que só visitar um novo país, veja 10 dicas para morar
fora.
Sim, muito! Além das vantagens de saber mais sobre a sua origem e viajar por terras
distantes, quando você pesquisa sobre a origem do sobrenome e sua árvore
genealógica, pode descobrir se possui descendências estrangeiras e, assim,
requerer sua dupla cidadania, uma das principais vantagens de conhecer suas
origens!
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Pela teoria da evolução, todos os seres vivos até hoje encontrados são
descendentes de um mesmo ancestral comum universal, no que se chama
também origem comum.
Para começar, ligue sua máquina do tempo e ajuste para uns 200 mil anos atrás.
Não estávamos sozinhos. Por 160 mil anos dividimos o mundo com outras
humanidades. Até exterminamos uma delas. E agora acontece algo sem
precedentes: somos os únicos humanos na Terra. A regra da natureza, afinal, é a
convivência entre uma multidão de parentes próximos, como tigres e onças ou cães
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Primeira parada, leste da África, onde hoje fica a Etiópia. É de lá que vêm os mais
antigos fósseis da nossa espécie, o Homo sapiens. Esses restos têm entre 190 mil e
160 mil anos e apresentam uma anatomia quase idêntica à sua. O corpo deles, alto
e com braços e pernas compridos, lembra o das tribos que hoje habitam a África
Oriental. Por outro lado, os ossos são um pouco mais robustos que a média – Tim
White, antropólogo da Universidade da Califórnia que estudou os resquícios,
costuma dizer que eles dariam ótimos jogadores de rúgbi.
Nessa época, o mundo era bem diferente mais ao norte. O planeta estava numa Era
Glacial (salpicada por intervalos mais quentinhos de alguns milhares de anos), que
colocou um bom pedaço da Europa e da Ásia debaixo de toneladas de gelo. Mesmo
a região ao sul das geleiras não era nada agradável, mas, aqui e ali, pequenos
bandos de caçadores se saíam bem. Só que eles não tinham nada a ver com os
sujeitos esguios que viviam na África. Eram homens com pouco mais de 1,5 metro
de altura, porém fortes, atarracados, com um corpo talhado para conservar o
máximo de calor em meio ao frio intenso. O cérebro desses caras era tão
desenvolvido quanto o nosso, e eles já tinham desenvolvido a fala. Há 200 mil anos,
esses homens do gelo eram os senhores da Europa. E hoje nós os chamamos de
neandertais – já que encontraram as primeiras ossadas deles no vale de Neander,
na Alemanha (e tal é “vale” em alemão).
Agora, se você der um pulo mais para leste, até a região que hoje conhecemos
como Sudeste Asiático, concluiria que os etíopes altos e de pernas compridas
resolveram visitar a Indonésia. Mas as aparências enganam: o cérebro desses aí era
bem menor e o rosto estava mais para os personagens de O Planeta dos Macacos.
Esse monstros já eram fósseis vivos naqueles tempos: os últimos remanescentes do
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
O erectus, por sinal, é nosso ancestral direto. Se você puxar sua árvore genealógica
para trás, vai ver que um deles foi seu tataratataravô (coloque mais 17 140 “tataras”
aí). Mas com os neandertais a coisa é outra. Esses primos nossos não eram
“humanos primitivos”, mas uma espécie “alienígena”, um primo que cresceu em
outro ramo da árvore evolutiva. E não demoraria para batermos de frente com eles.
Briga de vizinhos
Foi na Palestina, há 100 mil anos. Aquele pessoal da Etiópia começava a sair da
África em direção ao norte. Enquanto isso, neandertais saíam da Europa rumo ao
sul. Resultado: quando as duas espécies chegaram à boca do Oriente Médio, deram
de cara uma com a outra. “Esse furdúncio que tem hoje na Palestina já existia
naquela época”, brinca o antropólogo Walter Neves, da USP.
Foi quando algo mudou o destino do Homo sapiens: uma mutação genética sutil,
mas crucial, que alterou a estrutura do cérebro deles. O bicho ficou louco: passou a
dividir sua vida entre o mundo real e um de fantasia. Com esse “defeito” nos miolos,
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Desse jeito, descobrimos como manipular não só coisas materiais, mas também
idéias e conceitos. E aprendemos a transmiti-los com a ajuda de uma linguagem
quase tão cheias de recursos quanto o inglês e o português modernos. Tudo isso
deu à luz o primeiro boom tecnológico de todos os tempos. A África se transformou
num Vale do Silício pré-histórico. O sapiens, que antes só fazia ferramentas de
pedra ou madeira, diz um basta para a mesmice – chega de fabricar a mesma lança
por milênios a fio. E acorda para o fato de que ossos, conchas, chifres e marfim
também serviam como matéria-prima. Isso abriu as portas para novos utensílios. E
tome arpões, facas mais afiadas do que nunca, lanças de alta precisão… De uma
hora para outra, o sapiens tinha um arsenal.
Os cientistas sabem disso porque todos os vestígios que eles encontram dos
primeiros 150 mil anos de vida do sapiens são ferramentas e armas simples, tipo
machadinhas de pedra. Objetos de arte e coisas sofisticadas, como agulhas de
costura, só aparecem por volta de 40 mil anos atrás, como se a maior parte da
nossa tecnologia pré-histórica tivesse aparecido de supetão, em poucos milênios.
Para muitos, só uma súbita mutação no cérebro justifica esse fenômeno.
Mas alguns pesquisadores acham que não foi bem assim. Defendem que o potencial
para desenvolver uma cultura complexa já existia desde a origem do Homo sapiens,
mas teria ficado “dormente”. Segundo eles, esse poder inato só foi empregado para
valer depois que a situação dos bandos africanos apertou de algum modo. Pode ter
sido uma virada climática – num período de seca brava, por exemplo, só os mais
criativos imaginariam um jeito de guardar água da chuva para as épocas de vacas
magras. Uma imaginação fértil passou a valer mais pontos, e só os sapiens mais
inteligentes ficaram para contar história. Obras de arte simplórias, com 80 mil anos
de idade, encontradas na África dão força para a idéia de que essa “revolução
cultural” aconteceu devagarinho. Seja como for, há 40 mil anos o Homo sapiens já
tinha ganho meio mundo. Expandiu-se pelo Sudeste Asiático, chegou até a
Austrália… E agora, com o nosso arsenal tecnológico, estávamos prontos para
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Na hora da caça, afinal, era covardia. Como as armas dos neandertais não eram
grande coisa para matar a distância, eles geralmente entravam em confrontos
suicidas com as presas. Análises em esqueletos deles mostram que os adultos
tinham tantas fraturas quanto os peões de rodeio de hoje. Com o sapiens era
diferente: suas lanças eram mais precisas na hora do arremesso, e eles ainda
criaram uma espécie de catapulta manual que multiplicava o alcance dos dardos
(um avô do arco-e-flecha). Desse jeito, o sapiens crescia e se multiplicava, deixando
os neandertais sem território. E há 28 mil anos as duas últimas tribos de
neandertais, em Portugal e na Croácia, pereciam. Era o fim de um reinado de 100
mil anos.
Sexo selvagem
Mesmo assim, pesquisas recentes indicam que os neandertais não entregaram os
pontos tão fácil. Em Gibraltar, na extremidade sul da Espanha, pode ser que a
espécie tenha resistido até 24 mil anos atrás. “Eu imagino um cenário mais
complexo, de interação entre as duas espécies”, diz o pesquisador Clive Finlayson,
do Museu de Gibraltar. Uma indicação disso é que algumas tribos de neandertais
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
começaram a fazer seus próprios colares depois da chegada dos sapiens. Isso
indica que os neandertais pelo menos observaram a cultura complexa dos vizinhos e
ficaram estimulados a criar sua própria versão dela. “Isso é exatamente o que nós
esperaríamos, com base em situações recentes de contato étnico entre povos
diferentes”, afirma o arqueólogo Paul Mellars, da Universidade de Cambridge, na
Inglaterra. Mas é possível que essa interação tenha chegado mais longe, com as
duas espécies transando e concebendo bebês híbridos? As várias amostras de DNA
já extraídas de neandertais não parecem compatíveis com a de nenhuma pessoa
viva hoje, mas isso não necessariamente prova alguma coisa: após milênios de
cruzamento, o “sangue” neandertal poderia ter se diluído por completo. Uma análise
recente do DNA de humanos modernos, por outro lado, aponta a existência de duas
variantes de um gene que regula o tamanho do cérebro durante a fase de
crescimento. Uma delas teria surgido há 1,1 milhão de anos, enquanto a outra só
teria aparecido 37 mil anos atrás. Os pesquisadores da Universidade de Chicago
que conduziram a análise especulam que essa variante – carregada por 70% da
população moderna – poderia ter vindo dos neandertais, via sexo.
O último erectus
Na mesma época em que viveram esses supostos híbridos, o velho Homo erectus
dava seus últimos suspiros na ilha de Java, Indonésia. Seus problemas tinham
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
começado 600 mil anos antes, quando eles passaram a enfrentar a concorrência de
um ser mais avançado, o Homo heidelbergensis. Esse hominídeo, que, por sinal,
tinha descendido do próprio erectus, fez com ele a mesma coisa que nós fizemos
com os neandertais: destruiu suas chances de sobrevivência. “Por isso mesmo o
último refúgio deles foi uma ilha, já que num lugar desses você tem muito menos
competição com outros hominídeos do que no continente”, afirma Walter Neves.
Apesar de esperto, o heidelbergensis não foi muito longe: acabou extinto bem antes
do último erectus, há uns 200 mil anos. Só que antes de ir dessa para melhor ele já
tinha feito um bom trabalho. Primeiro, se espalhou por boa parte do mundo. Depois,
deixou dois descendentes bem peculiares. Na Europa, onde parte deles foi parar há
500 mil anos, seu corpo foi se adaptando ao frio devagarinho, até ficar bem
resistente e com um cérebro superdesenvolvido. No fim das contas, esses caras
ficaram tão diferentes que até mudaram de nome. Viraram os neandertais. Já os
heidelbergensis que preferiram ficar em sua terra natal, a África, se transformaram
em outra coisa: um ser de imaginação fértil, capaz de transformar delírios em
realidade. Um bicho que costumamos chamar de “nós”.
Sem alguns destes caras,você não estaria aqui. Confira os protagonistas da nossa
história e um possível figurante
Australopithecus afarensis
Uma superfloresta tropical que havia na África deu lugar à savana. Desse jeito,
alguns macacos acabaram sem galho, e tiveram que se mudar para o chão. Então
surgiu o afarensis, um macaco bípede que pode ter dado origem a toda a família dos
humanos.
Homo erectus
Disputou as savanas da África com parentes mais simiescos, como o Homo habilis e
o Homo rudolfensis. Com seu cérebro quase humano (que dá 2/3 do nosso),
exterminou a concorrência e virou o primeiro hominídeo na Ásia.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Homo floresiensis
Ainda não é certeza se este aqui existiu mesmo. Em 2004, na ilha de Flores
(Indonésia), desenterraram um esqueleto que parecia um erectus em miniatura, de
apenas um metro. Essa espécie bizarra teria vivido até 12 mil anos atrás – mais do
que qualquer parente nosso. Muitos, porém, acham que o tal esqueleto é de um
humano moderno com problemas genéticos. E só.
Homo heidelbergensis
Descendente do erectus, foi o primeiro humano a surgir com um cérebro maior que o
dos ancestrais, mas sem que o corpo aumentasse – uma amostra de que a
inteligência já valia mais que a força. Deu origem ao neandertal e ao sapiens.
Homo neanderthalensis
São os “ursos-polares” do gênero Homo: a evolução os deixou fortes e resistentes a
ponto de suportar temperaturas de até -30 oC sem chiar. Se não tivesse competido
por recursos com o Homo sapiens, a espécie provavelmente estaria viva até hoje.
Homo Sapiens
Nossa história tem dois capítulos. No 1º, ele surgiu com a nossa aparência, há 200
mil anos. Mas só no 2º, que começou entre 50 mil e 80 mil anos atrás, o homem
virou gente. E se tornou o megaprodutor de arte e tecnologia que arrasou a
concorrência.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
História
Em 1790, Immanuel Kant (1724 - 1804), na sua obra Kritik der Urtheilskraft, afirma
que a analogia das formas animais implica um tipo original comum e, portanto, um
ancestral comum.
"...seria ousadia imaginar que todos os animais de sangue quente tenham surgido a
partir de um filamento vivo, que a grande causa primeira dotou de animalidade...?"
(Zoonomia, 1795, section 39, "Generation")
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
"Provavelmente todos os seres orgânicos que alguma vez viveram nesta Terra
descenderam duma única forma primordial na qual a vida foi pela primeira vez
instilada."
"Toda a História do Mundo, tal como a conhecemos no presente, [...] será de ora em
diante reconhecida como um mero fragmento de tempo, quando comparada com as
eras que passaram desde a criação da primeira criatura, o progenitor das inúmeras
espécies descendentes extintas e existentes."
"Quando penso neles, não como criações especiais, mas como descendentes
directos dum punhado de seres que viveu muito antes do primeiro estrato do sistema
silúrico ter sido depositado, todos os seres me parecem mais nobres."
A famosa frase de fecho descreve a "grandiosidade desta visão da vida, com todo o
seu potencial, ter sido originalmente instilada em poucas ou numa única forma." A
escolha de palavras não deixa de ser notável pela sua consistência com ideias
recentes acerca da existência dum único pool de genes ancestral.
Universalidade e similaridade
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Uma tentativa de refutar essas hipóteses seria recolher evidências suficientes para
uma Análise Filogenética extensa, baseada em similaridades e dissimilaridades, de
forma a indicar se uma evolução convergente se sustentaria entre os domínios. Por
exemplo, pode-se analisar se a diferença existente entre os códigos genéticos
sustenta suas origens independentes.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Evidências estatísticas
Genética
Em 2016, foi publicado um retrato genético do mais velho ancestral comum a todos
os seres vivos presentes na Terra, o qual teria vivido 4 bilhões de anos atrás,
quando a Terra tinha por volta de 560 milhões de anos. Ele seria um organismo de
uma única célula, e que não precisava de oxigênio, alimentando-se de nitrogênio.
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Um novo estudo está sacudindo a história dos nossos ancestrais. De acordo com a
pesquisa, publicada na revista Cell em fevereiro, o Homo sapiens teria procriado
com diferentes populações do agora extinto Hominídeo de Denisova.
A prova é que o DNA desses primatas semelhantes aos humanos foi encontrado nos
genomas de algumas pessoas da atualidade. Os pesquisadores extraíram amostras
dos restos corporais dos denisovanos encontrados em uma caverna siberiana,
revelando o antigo cruzamento entre as espécies.
O que os cientistas sabiam até então é que o Homo sapiens teve relações sexuais
apenas com o Homem de Neandertal, já que os genes dessa espécie chegam a
compor até 4% dos genes de humanos de várias partes do mundo, incluindo Reino
Unido, Japão e Estados Unidos.
Genes compartilhados
O novo estudo mostra que o cruzamento com o Hominídeo de Denisova foi relegado
apenas à Sibéria. Mais de 5,5 mil genomas de humanos modernos da Europa, da
Ásia e da Oceania foram examinados em busca de um único DNA que demonstra
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
Mas o resultado mais interessante foi que o DNA de algumas pessoas não
combinava com o dos neandertais: eles apenas se pareciam parcialmente com o
dos denisovanos. Isso foi a prova definitiva do cruzamento entre as raças. Os
autores supõem que, à medida que os seres humanos migravam para o leste,
encontraram populações diferentes do Hominídeo de Denisova.
A caminho
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
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INTRODUÇÃO À GENEALOGIA
REFERÊNCIAS
MORAES, Paula Louredo. "O que é genealogia?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/genealogia.htm. Acesso em 18 de
setembro de 2019.
https://www.resumoescolar.com.br/biologia/genealogia/>Acesso em 18 de
setembro de 2019
https://www.eurodicas.com.br/arvore-genealogica/>Acesso em 18 de setembro
de 2019
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/arvore-
genealogica.htm>Acesso em 18 de setembro de 2019
https://www.suapesquisa.com/historia/heraldica.htm>Acesso em 18 de
setembro de 2019
SANTOS, Vanessa Sardinha Dos. "O que é genoma?"; Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-genoma.htm.
Acesso em 18 de setembro de 2019.
https://www.todamateria.com.br/heredograma/>Acesso em 18 de setembro de
2019
https://pesquisaitaliana.com.br/os-9-erros-de-genealogia-que-nunca-pode-
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https://www.eurodicas.com.br/origem-do-sobrenome/>Acesso em 18 de
setembro de 2019
https://super.abril.com.br/ciencia/a-historia-dos-nossos-ancestrais-os-
outros/>Acesso em 18 de setembro de 2019
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106575-novo-estudo-revela-que-
nossos-antepassados-cruzaram-com-raca-misteriosa.htm>Acesso em 18 de
setembro de 2019
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