NBR 7680 - 2007
NBR 7680 - 2007
NBR 7680 - 2007
BRASILEIRA 7680
Segunda edição
28.05.2007
Válida a partir de
28.06.2007
ICS 91.100.30
ISBN 978-85-07-00436-3
Número de referência
ABNT NBR 7680:2007
12 páginas
©ABNT 2007
© ABNT 2007
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Impresso no Brasil
Sumário Página
Prefácio ....................................................................................................................................................................... iv
1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1
2 Referências normativas ................................................................................................................................ 1
3 Aparelhagem .................................................................................................................................................. 1
3.1 Equipamento de extração ............................................................................................................................. 1
3.2 Sonda .............................................................................................................................................................. 2
3.3 Serra ................................................................................................................................................................ 2
4 Amostragem ................................................................................................................................................... 2
4.1 Formação de lotes ......................................................................................................................................... 2
4.2 Testemunhos com armaduras ..................................................................................................................... 2
4.2.1 Amostras para ensaio de resistência à compressão................................................................................. 2
4.2.2 Amostras para ensaio de resistência à tração ........................................................................................... 3
5 Extração .......................................................................................................................................................... 3
6 Ensaios de testemunhos .............................................................................................................................. 3
6.1 Resistência à compressão ........................................................................................................................... 3
6.1.1 Dimensões dos testemunhos ....................................................................................................................... 3
6.1.2 Preparação das superfícies de ensaio dos testemunhos ......................................................................... 4
6.1.3 Determinação das dimensões ...................................................................................................................... 4
6.1.4 Condições de umidade ................................................................................................................................. 4
6.1.5 Ensaio ............................................................................................................................................................. 4
6.1.6 Cálculos .......................................................................................................................................................... 4
6.1.7 Relatório ......................................................................................................................................................... 5
6.2 Resistência à tração por compressão diametral........................................................................................ 5
6.2.1 Dimensões dos testemunhos ....................................................................................................................... 5
6.2.2 Preparação das superfícies de apoio do testemunho ............................................................................... 5
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por
Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,
consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretivas ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 7680 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18),
pela Comissão de Estudo de Métodos de Ensaios de Concreto (CE-18:300.02). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 29.12.2006, com o número de Projeto ABNT NBR 7680.
Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 7680:1983), a qual foi tecnicamente
revisada.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para extração, preparo e ensaio de testemunhos cilíndricos e
prismáticos de concreto simples, armado e protendido.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 7222:1994, Argamassa e concreto – Determinação da resistência à tração por compressão diametral
de corpos-de-prova cilíndricos
ABNT NBR 12655:2006, Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento – Procedimento
ABNT NBR NM ISO 3310-1:1997, Peneiras de ensaio – Requisitos técnicos e verificação – Parte 1: Peneiras de
ensaio com tela de tecido metálico
3 Aparelhagem
O equipamento utilizado para realizar a extração deve permitir a obtenção de amostras não alteradas do concreto
da estrutura. De acordo com o tipo de testemunhos, cilíndricos ou prismáticos (vigas serradas), deve ser utilizada
a aparelhagem descrita em 3.2 e 3.3, respectivamente.
3.2 Sonda
Para extrair testemunhos cilíndricos, deve ser empregada uma broca ou sonda rotativa provida de coroa de
diamantes ou outro material abrasivo, que possibilite realizar o corte dos testemunhos com as dimensões
necessárias sem que ocorra aquecimento excessivo do local e evitando vibrações para obter a exatidão desejada.
3.3 Serra
Para obter as vigas necessárias para realizar o ensaio de flexão, deve ser utilizada uma serra provida de
um disco diamantado ou de carbureto de silício, que possibilite realizar o corte dos testemunhos prismáticos nas
dimensões estabelecidas, sem que ocorra aquecimento excessivo do local, evitando vibrações e golpes.
NOTA Sempre que for realizada uma extração, a borda do elemento cortante deve ser refrigerada com abundante
quantidade de água.
4 Amostragem
A estrutura a ser examinada pode ser dividida no número de lotes identificados durante a concretagem
ou em função da importância das partes que a compõem.
Quando isso não for possível ou quando não houver interesse nesse tipo de divisão, os lotes podem ser
identificados por meio de ensaios não destrutivos, realizados paralelamente.
O lote pode abranger um volume de concreto tão reduzido quanto se deseje ou se necessite para decidir sobre
a segurança da estrutura ou a conformidade do concreto. O tamanho máximo do lote de concreto a ser analisado
deve obedecer ao que estabelece a ABNT NBR 12655.
A cada lote de concreto a ser examinado deve corresponder uma amostra com “n” exemplares retirados de
maneira que a amostra seja representativa do lote em exame.
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NOTAS:
2 Recomenda-se que, quando o local de aplicação do concreto na estrutura não for perfeitamente identificado, sejam
retirados no mínimo seis testemunhos por lote.
Os testemunhos devem ser íntegros e não conter materiais estranhos ao concreto, tais como pedaços de madeira
e barras de aço. Podem ser aceitos testemunhos que contenham barras de aço em direção ortogonal (variando de
70° a 110°) ao seu eixo e cuja área da seção não ultrapasse 4% da área da seção transversal do testemunho.
Não devem ser aceitos testemunhos que contenham barras de armaduras cruzadas, dentro do terço médio da
altura do testemunho.
NOTA No sentido de evitar extrair pedaços de armadura, convém que a extração seja precedida de uma verificação
experimental do posicionamento desta (como, por exemplo, com a utilização de um detector de metais), concomitantemente
com o estudo do projeto estrutural.
Quando necessário, devem ser eliminadas as barras de armadura dos testemunhos destinados ao ensaio
de compressão reduzindo sua altura.
Os testemunhos devem ser íntegros e não conter materiais estranhos ao concreto, tais como pedaços de madeira,
barras de aço e outros.
5 Extração
Sempre que possível os testemunhos devem ser extraídos de locais próximos ao centro do elemento estrutural
e nunca a uma distância menor do que um diâmetro do testemunho com relação às bordas ou juntas
de concretagem. A distância mínima entre as bordas das perfurações não deve ser inferior a um diâmetro do
testemunho.
NOTA Em colunas, pilares, paredes cortina e elementos passíveis de sofrer fortemente o fenômeno de exsudação,
é conveniente a extração dos testemunhos de seções situadas 30 cm abaixo da superfície (topo) de concretagem
do componente estrutural.
A resistência do concreto na data da extração deve ser, sempre que possível, superior a 5,0 MPa no caso do uso
de serra ou 8,0 MPa no caso de uso de sonda.
NOTA Com a finalidade de preservar a segurança da estrutura, recomenda-se que toda a extração seja precedida
de um escoramento adequado.
A operação de extração deve ser realizada considerando as recomendações gerais de uso da aparelhagem
previstas pelo fabricante.
Antes de iniciar o processo, o componente estrutural onde deve ser realizada a extração, assim como os pontos
de onde devem ser extraídos os testemunhos, devem ser identificados.
A retirada do testemunho da estrutura deve ser feita de forma que se provoque um esforço ortogonal ao eixo
do testemunho, em seu topo, rompendo o concreto à tração em sua base.
NOTA Este esforço pode ser provocado pela introdução de uma ferramenta nas interfaces entre o testemunho e o orifício,
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em posições alternadas, usando a ferramenta como alavanca, com o necessário cuidado para não romper as bordas
do testemunho.
Quando forem extraídas vigas para ensaio de flexão, as lajes devem ter as dimensões necessárias para
que possam ser extraídas sem que contenham concreto trincado, descascado, escavado ou com qualquer
outro tipo de defeito.
6 Ensaios de testemunhos
O diâmetro de um testemunho cilíndrico utilizado para determinar a resistência à compressão deve ser pelo menos
três vezes maior que a dimensão nominal do agregado graúdo contido no concreto e preferencialmente maior
ou igual a 100 mm.
Os testemunhos a serem ensaiados não devem apresentar razão de esbeltez h/d superior a dois ou inferior a um,
após a operação prevista em 6.1.2, ou seja 1 ! h/d ! 2.
Quando o elemento estrutural que estiver sendo examinado tiver altura (h) menor que o diâmetro (d), permite-se
adotar o que estabelece o anexo A.
Antes de realizar o ensaio de resistência à compressão, as bases dos testemunhos devem ser preparadas como
especifica a ABNT NBR 5738.
O diâmetro utilizado para o cálculo da área da seção transversal deve ser a média de duas medidas
ortogonalmente opostas, realizadas na metade da altura do testemunho, com exatidão de " 0,1 mm.
O comprimento do testemunho deve ser a média de três determinações, realizadas com exatidão de " 0,1 mm
em geratrizes aproximadamente eqüidistantes entre si.
Quando o concreto da região da estrutura que está sendo examinada não tiver possibilidade de vir a ficar em
contato com água, os testemunhos devem ser preparados e rematados de acordo com a ABNT NBR 5738,
devendo ser estocados no mínimo durante 48 h antes da ruptura em local com umidade relativa do ar acima de
50 % e obedecendo aos critérios de temperatura da ABNT NBR 5738.
Se o concreto do lote em exame já estiver ou vier a ficar em contato com água, os testemunhos devem ser
preparados, rematados e acondicionados de acordo com a ABNT NBR 5738, no mínimo durante 48 h, sendo
rompidos na condição saturado superfície seca.
NOTA Caso o prazo de 48 h não seja cumprido, o fato deve ser citado no relatório final.
Caso os testemunhos tenham suas bases preparadas para o ensaio, devem ser retirados da solução apenas
no momento de serem ensaiados.
Caso as bases não estejam preparadas, a superfície lateral dos testemunhos deve ser coberta com estopa úmida
ou outro material adequado, durante o tempo requerido para sua preparação, de forma a impedir a perda
de umidade dos testemunhos.
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6.1.5 Ensaio
Os testemunhos devem ser ensaiados à compressão de acordo com o estabelecido pela ABNT NBR 5739, sendo
determinada a resistência de ruptura à compressão.
Cada testemunho deve ser detalhadamente observado antes e após a ruptura, sendo carregado até sua total
desagregação, devendo ser anotadas todas as irregularidades observadas e, quando necessário, deve-se
documentar com fotos.
Os testemunhos que evidenciem falhas de concretagem não devem ser considerados para fins de avaliação da
resistência à compressão do concreto.
6.1.6 Cálculos
Se a razão entre a altura e o diâmetro médio do testemunho for inferior a dois, a resistência de ruptura
à compressão obtida segundo 6.1.5 deve ser corrigida multiplicando-se o valor da resistência pelo fator definido
na Tabela 1 e aproximando ao 0,1 MPa mais próximo.
Para valores da relação altura/diâmetro compreendidos entre os constantes na Tabela 1, os fatores de correção
podem ser obtidos por interpolação linear.
Os fatores de correção estabelecidos na Tabela 1 podem ser aplicados a testemunhos com densidade de massa
superior a 1 600 kg/m3.
6.1.7 Relatório
Além do que especifica a ABNT NBR 5739, devem ser incluídas as seguintes informações:
b) dimensões do testemunho;
c) resistência de ruptura à compressão expressa em megapascals e aproximada ao 0,1 MPa mais próximo;
Conforme previsto na ABNT NBR 6118:2003, em 12.4.1, admite-se, no caso de testemunhos extraídos
da estrutura, dividir o coeficiente de ponderação das resistências no estado ultimo (ELU) por 1,1.
Quando for necessário desgastar ou preparar a superfície do testemunho como definido em 6.2.2, deve ser
medido o diâmetro compreendido entre as superfícies de contato terminadas.
Os testemunhos cujas superfícies laterais tenham saliências ou depressões superiores a 0,5 % do comprimento
do testemunho não devem ser ensaiados.
Quando for necessário construir uma linha de contato com as condições exigidas, deve ser aplicada uma camada
de argamassa de cimento, ou material similar, com a resistência necessária e com a menor espessura possível,
de acordo com a ABNT NBR 5738, sobre a superfície lateral do testemunho. A Figura 1 apresenta um dispositivo
adequado para realizar o suplemento da superfície lateral de testemunhos cilíndricos de 150 mm de diâmetro.
6.2.4 Ensaio
O ensaio deve ser realizado como estabelece a ABNT NBR 7222, sendo determinada a resistência de ruptura
à tração por compressão diametral, ft,D.
6.2.5 Cálculo
6.2.6 Relatório
Além do que especifica a ABNT NBR 7222, devem ser incluídas as seguintes informações:
b) dimensões do testemunho;
Figura 1 — Tipo de molde para preparação das superfícies laterais de testemunhos de 150 mm de diâmetro
6.3.1 Dimensões
Os testemunhos prismáticos correspondem a vigas serradas e são utilizados para determinar a resistência
à tração na flexão. A operação de serrar o concreto deve ser realizada de forma a não prejudicar esse material
por golpes, vibrações ou aquecimento.
A largura da viga deve ser maior ou igual a quatro vezes a dimensão máxima característica do agregado graúdo
e sempre maior ou igual a 100 mm. A altura deve ser determinada pela espessura do pavimento. O comprimento
da viga deve ser de pelo menos quatro vezes sua largura (ver Figura 2).
NOTA Alternativamente, desde que conste no relatório do ensaio, a largura do testemunho pode ser no mínimo três vezes
maior que a dimensão nominal máxima do agregado graúdo do concreto.
!
c
! ! 4D
! ! 100 mm
c!4 !
onde:
As superfícies serradas devem ser lisas, planas, paralelas entre si e sem saliências ou depressões.
Quando for necessário regularizar a superfície de concreto, deve ser aplicada uma camada de argamassa de
cimento ou material similar, de acordo com a ABNT NBR 5738, sobre a superfície do testemunho.
Devem ser medidas a altura e a largura do testemunho na seção de ruptura, conforme a ABNT NBR 12142.
6.3.5 Ensaio
As vigas devem ser ensaiadas à tração na flexão, de acordo com o que especifica a ABNT NBR 12142,
sendo determinada a resistência de ruptura à tração na flexão.
Durante a manipulação das vigas, deve ser tomado o cuidado necessário para evitar danos aos testemunhos.
As superfícies em contato com os cutelos do dispositivo de ensaio devem estar contidas em planos paralelos.
6.3.6 Cálculo
6.3.7 Relatório
Além do que especifica a ABNT NBR 12142, devem ser incluídas as seguintes informações:
b) dimensões do testemunho;
c) resistência de ruptura à compressão expressa em megapascals e aproximada ao 0,1 MPa mais próximo;
Anexo A
(normativo)
Os tipos I e II (Figuras A.1 e A.2, respectivamente) são relativos a testemunhos com diâmetro de 150 mm e altura
de 300 mm. Os tipos III e IV (Figuras A.3 e A.4, respectivamente) são relativos a testemunhos com diâmetros de
100 mm e altura de 200 mm. Para testemunhos com diâmetros diferentes destes, deve ser mantida
a relação h/d = 2 na montagem dos corpos-de-prova, sendo seguida a orientação estabelecida nas Figuras A.1
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Dimensões em milímetros
Dimensões em milímetros
Dimensões em milímetros
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Dimensões em milímetros
A montagem dos corpos-de-prova deve ser feita utilizando argamassa ou pasta de consolidação.
A.4.1 A argamassa de consolidação deve ser previamente dosada com as seguintes características:
a) composição:
$ cimento;
$ areia peneirada na peneira com abertura de malha 2,36 mm (conforme ABNT NBR NM ISO 3310-1);
$ água;
b) resistência à compressão (verificada conforme A.6) maior ou igual à resistência à compressão do concreto do
testemunho. A espessura da camada de argamassa para a consolidação não deve ser maior do que 3 mm.
Para a montagem dos corpos-de-prova, deve ser utilizada uma guia similar à apresentada na Figura A.5.
A.4.2 A pasta de cimento de consolidação deve ser previamente dosada com relação água-cimento menor
ou igual a 0,40.
Dimensões em milímetros
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A resistência da argamassa a ser considerada no ensaio deve ser a média dos dois corpos-de-prova ensaiados.