Toxoplasmose
Toxoplasmose
Toxoplasmose
RESUMO
Toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. No Brasil, a variação
de sua prevalência (10% – 80%) depende da área estudada. O ser humano pode adquirir a infecção
por meio de ingestão de alimentos contaminados com cistos ou oocistos, transfusão sangüínea,
transplante de órgãos e transmissão congênita. Nesta última forma, o parasito atravessa a barreira
placentária e infecta o feto, podendo causar-lhe graves seqüelas. O diagnóstico sorológico da
toxoplasmose é baseado na detecção de anticorpos anti-T. gondii. Embora a sorologia em mulheres
grávidas seja eficaz em 89,5% dos casos, a confirmação da infecção no feto e/ou recém nascido
é dificultada pela imaturidade imunológica. O advento das técnicas automatizadas possibilitou a
demonstração da presença de anticorpos residuais, o que tem produzido resultados duvidosos e/ou
inconclusivos, tornando necessário o uso de métodos parasitológicos, especialmente as técnicas de
biologia molecular que permitem o acompanhamento das gestantes e a validação do tratamento.
A prevenção da toxoplasmose congênita é de fundamental importância para um melhor controle
da infecção, evitando-se, assim, as graves seqüelas que podem ocorrer em fetos e recém-nascidos.
Esta atualização descreve o agente etiológico T. gondii da toxoplasmose, sua epidemiologia,
manifestações clínicas, diagnóstico, prevenção e tratamento.
Endereço para correspondência: Ana Maria de Castro, Laboratório de Biologia, Fisiologia e Imunologia
de Protozoários de Interesse Humano do DMIPP, IPTSP-UFG, Rua 235 esq. 1a. Av. s/n Setor Leste
Universitário, CEP 74605-050, Goiânia, Goiás, Brasil. E-mail: amaria@iptsp.ufg.br
Recebido para publicação em: 6/2/2007. Revisto em: 6/11/2007. Aceito em: 14/7/2008.
Linhagens de T. gondii
Ciclo biológico
É do tipo heteroxeno, com uma fase coccidiana que ocorre nas células
intestinais de felídeos domésticos (gatos jovens) ou selvagens não imunes e outra
fase assexuada, que ocorre no hospedeiro intermediário – mamíferos, incluindo o
ser humano, e aves – ou no hospedeiro definitivo. Variações de soroprevalência do T.
gondii estão correlacionadas com hábitos higiênicos e alimentares de uma população.
(Remington et al., 2001). A fase sexuada do ciclo inicia-se com a ingestão de cistos
teciduais (contendo bradizoítos), oocistos maduros (contendo esporozoítos) ou
taquizoítos livres na circulação pelos felídeos. Após varias etapas, há a produção de
oocistos que são eliminados juntamente com as fezes. Um gato durante a infecção
aguda pode excretar aproximadamente 100 milhões de oocistos por dia. Após um a
cinco dias de exposição ao ar e temperatura ambiente, o oocisto esporula e produz
dois esporocistos, contendo quatro esporozoítos cada, que são altamente infectantes
e podem ficar no meio ambiente por vários anos, podendo ser ingeridos por outros
animais, até mesmo pelo ser humano (Montoya & Liesenfeld, 2004).
Mecanismos de transmissão
Soroprevalência
Patogenia
DIAGNÓSTICO DA TOXOPLASMOSE
Diagnóstico Clínico
Diagnóstico parasitológico
Inoculação em camundongo
Imunohistoquímica
Diagnóstico sorológico
Western blot
CONCLUSÕES
ABSTRACT
REFERÊNCIAS
1. Ajzenberg D, Cogné N, Paris L, Bessières MH, Thulliez P, Filisetti D, Pelloux H, Mrty P, Dardé ML.
Genotype of 86 Toxoplasma gondii isolates associated with human congenital toxoplasmosis, and
correlation with clinical findings. J Infect Dis 186: 684-689, 2002.
2. Alves CF, Vitor RW. Efficacy of atovaquone and sulfadiazine in the treatment of mice infected with
Toxoplasma gondii strains isolated in Brazil. Parasite 12: 171-177, 2005.