Aula 15 - Manutenção

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MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

O instituto da manutenção da qualidade de segurado trata do período em que o


indivíduo fica filiado ao Regime Geral de Previdência Social – RGPS.

Como já estudamos o segurado obrigatório – empregado é filiado pelo simples


exercício da atividade remunerada, sendo que caberia ao empregador efetuar o
recolhimento das contribuições, já o segurado contribuinte individual e o
facultativo são segurados ao RGPS quando inscritos, filiados e efetuam o
recolhimento de contribuições à Previdência Social.

Já o segurado especial detém a qualidade de segurado pelo exercício da atividade


rural, em regra sem ajuda de empregados, na pequena propriedade rural devendo
contribuir sobre sua produção.

Sabemos que o Regime Geral da Previdência Social é um sistema previdenciário


essencialmente contributivo. Para fazer jus a qualquer benefício previdenciário, é
necessário, em regra, que o requerente seja filiado ao sistema e, ao mesmo tempo,
efetue as contribuições.

Manter a qualidade de segurado significa manter o direito à cobertura previdenciária


prevista na Lei n. 8.213/91.

Este sistema, entretanto, permite que o segurado possa passar algum tempo sem
efetuar os seus recolhimentos, mantendo, mesmo assim, a condição de beneficiário
do RGPS. Muito injusto seria se um segurado que contribuiu durante vários anos,
tendo, por um descuido, deixado de efetuar apenas uma contribuição, fosse
justamente neste mês acometido de doença incapacitante e não obtivesse a
cobertura previdenciária. o período em que o segurado pode deixar de recolher
contribuições sem perder os seus direitos é chamado "período de graça". O
empregado, por exemplo, surpreendido por situação de desemprego involuntário,
manterá ó vinculo com a Previdência Social durante algum tempo, podendo neste
período ser contemplado com benefícios previdenciários e esse tempo é chamado
de período de graça.

No período de graça não há contribuições para a previdência, mas remanesce a


qualidade de segurado, por ficção legal, pelo tempo previsto no artigo 15 da Lei n.
8213/91

Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:

I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente; (Redação dada
pela Lei nº 13.846, de 2019)

II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade
remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação
compulsória;

IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;

V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço
militar;

VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais
de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado,


desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência
Social.

§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.

§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de
Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final
dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.

Mantém a qualidade de segurado: Sem limite de prazo: quem está em gozo de


benefício, exceto do auxílio-acidente, restrição imposta pela Lei n. 13.876, de
18.06.2019, publicada na mesma data. Estar em gozo de benefício significa estar
em período de recebimento de cobertura previdenciária, durante o qual o segurado
não paga contribuições para o custeio do sistema. Exemplificando: enquanto estiver
em gozo do benefício de auxílio-doença — o que ocorre quando o segurado está
total e temporariamente incapacitado para o trabalho ou para suas atividades
habituais (arts. 59 a 63 do PBPS) — mantém essa qualidade sem o pagamento de
contribuições porque está, justamente, recebendo a cobertura previdenciária
decorrente da contingência incapacidade total e temporária para o trabalho ou
atividade habitualmente exercida.

Até 12 meses após a cessação das contribuições: o segurado que deixar de


exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver
suspenso ou licenciado sem remuneração ou que deixar de receber seguro-
desemprego. O período de graça para o beneficiário do seguro-desemprego foi
previsto pela MP n. 905/2019 (12.11.2019), que o tornou segurado obrigatório
durante o período de recebimento do benefício, com recolhimento da respectiva
contribuição previdenciária. Períodos anteriores a 12.11.2019 não abrangem o
período de recebimento desse benefício como causa de manutenção da condição
de segurado justamente por não haver contribuição previdenciária.

Atenção: o art. 13, II, do RPS, especifica que esse mesmo prazo é dado na
hipótese de cessação de benefício por incapacidade, ou seja, cessada a cobertura
previdenciária — o que ocorre quando o segurado readquire a capacidade —, o
prazo de 12 meses começa a fluir da data da cessação do benefício.
Até 12 meses após cessar a segregação: o segurado acometido de doença de
segregação compulsória.

Até 12 meses após o livramento: o segurado recolhido à prisão em regime fechado.


O RGPS prevê cobertura previdenciária de auxílio-reclusão para os dependentes
do segurado recolhido à prisão em regime fechado, na forma do art. 80 do PBPS
(item 5.3.6.2, infra). Durante o período em que está recolhido à prisão o segurado
não paga contribuições previdenciárias, mas a cobertura previdenciária está sendo
dada aos dependentes. Cessado o recolhimento à prisão em regime fechado, inicia-
se, então, o prazo de 12 meses, durante o qual fica mantida a qualidade de
segurado e, consequentemente, toda a cobertura previdenciária previdenciária a
que este fizer jus.

Até 3 meses após o licenciamento: o segurado incorporado às Forças Armadas


para prestar serviço militar. A incorporação é o ato de inclusão às Forças Armadas
e ocorre no início do primeiro e do segundo semestre do ano. Os selecionados se
alistam e, se aprovados em todas as fases do processo seletivo, vão desempenhar
a função de recruta na Marinha, no Exército ou na Aeronáutica. A prestação do
serviço militar tem duração de 12 meses.

Até 6 meses após a cessação das contribuições: o segurado facultativo. Para o


segurado facultativo o período de graça é menor. Convém lembrar que se tiver
perdido a qualidade de segurado, o facultativo não poderá recolher contribuições
em atraso (art. 11, § 3º, do RPS).

Há situações em que o período de graça é estendido:

Até 24 meses: o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida


pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração, que já
tiver pago mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda
da qualidade de segurado.

Atenção: para ter direito à prorrogação do período de graça, nesse caso, o


segurado não pode ter interrupção de contribuições no período de 10 anos que o
tenha levado a perder a condição de segurado. O sistema previdenciário dá
cobertura por prazo maior para quem contribuiu por mais tempo para o custeio do
RGPS.

Até 24 meses: o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida


pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração, que
estiver desempregado, desde que comprovada essa situação por registro próprio
do Ministério do Trabalho e Emprego. Atenção: essa regra tem aplicação, também,
ao segurado que se desvincular de regime próprio de previdência social (art. 13, §
4º, do RPS).
O registro do desemprego que a lei determina é aquele feito para fins de
requerimento do seguro-desemprego, no Serviço Nacional de Empregos do
Ministério do Trabalho e Emprego (SINE).

O art. 137, § 4º, da IN 77/2015 dispõe, de forma não taxativa, sobre os documentos
hábeis à comprovação do registro do desemprego: registro em órgão do MTE;
comprovação do recebimento do seguro-desemprego; ou inscrição cadastral no
Sistema Nacional de Emprego (SINE), órgão responsável pela política de emprego
nos Estados da federação.

A jurisprudência de alguns Tribunais Regionais Federais vinha abrandando a


exigência de inscrição no órgão oficial do desemprego, no entendimento de que
basta a anotação de rescisão do contrato de trabalho na CTPS.

A Súmula 27 da TNU dos Juizados Especiais Federais firmou entendimento no


mesmo sentido: “A ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho
não impede a comprovação do desemprego por outros meios admitidos em
direito”.

Em conformidade com a orientação pacificada pela Terceira Seção do


STJ, o registro no Ministério do Trabalho não deve ser tido como
o único meio de provada condição de desempregado do segurado,
especialmente considerando que, em âmbito judicial, prevalece o
livre convencimento motivado do Juiz e não o sistema de
tarifação legal de provas. Assim, o registro perante o Ministério
do Trabalho e da Previdência Social poderá ser suprido
quando for comprovada tal situação por outras provas
constantes dos autos, inclusive a testemunhal (Pet 7.115/PR, 3ª Seção,
STJ, DJe 6-4-2010).

Até 36 meses: o segurado desempregado, que tiver pago mais de 120


contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de
segurado, desde que comprovada essa situação no órgão próprio do Ministério do
Trabalho e Emprego (art. 15, § 2º, do PBPS e art. 13, § 2º, do RPS), regra que se
aplica, também, ao segurado que se desvincular de regime próprio de previdência
(art. 13, § 4º, do RPS). Aqui, também, o período de graça é maior para aquele que
por mais tempo contribuiu para o custeio do RGPS, desde que esteja
desempregado. Valem, aqui, as mesmas considerações já feitas em relação à
interpretação da jurisprudência sobre a necessidade de registro do desemprego no
Ministério do Trabalho e Emprego.
PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

O art. 14 do Decreto 3.048/1991 reza que a perda da qualidade de segurado se dá


no termo final dos prazos fixados no art. 13, ou seja, em regra geral o segurado
perde a qualidade de segura uma vez transcorrido o período de graça sem que
volte a verter contribuições ao sistema.

No caso do contribuinte individual se não pagar no dia seguinte ao do vencimento


da contribuição deste relativa ao mês imediatamente posterior ao término dos
prazos do artigo 13.

Perder a qualidade de segurado significa perder o direito a toda e qualquer


cobertura previdenciária para o segurado e seus dependentes (art. 102 do PBPS).

EXCEÇÃO EM QUE A PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO NÃO ACARRETA


A PERDA DO DIREITO DE RECEBER BENEFÍCIO

1) Quando completados todos os requisitos para a aposentadoria e o segurado


não foi no INSS requerer o benefício e veio uma alteração legislativa que
modificou as regras. Esse segurado ainda continuará tendo direito a
aposentar pela regra extinta e mesmo que tenha perdido a condição de
segurado. É a garantia constitucional do direito adquirido.

Ver artigo 102. §1º da Lei 8213 e Ver Lei 10.666/2003 artigo 3º e ver artigo 13
§5º do Decreto 3048/91.

2) Pensão por morte após a perda da qualidade de segurado: pense neste


segurado que podia se aposentar e não aposentou e já tinha deixado de ser
segurado e veio a falecer antes de poder ir ao INSS requerer a aposentadoria,
seus dependentes poderão requerer o benefício de pensão por morte, pois
ele tinha o direito de se aposentar. (art. 102, § 2º, da Lei 8213/91).
Súmula n.416/STJ:

“É devida a pensão por morte aos dependentes do


segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade,
preencheu os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria
até a data do seu óbito”.

3) Na aposentadoria por idade desde que o segurado conte com, no mínimo, o


tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na
data do requerimento do benefício. Ver Lei 10.666/2003 artigo 3º, §1º.
Exemplo:
Fulano trabalhou como empregado na mesma empresa por
quinze anos consecutivos (desde os seus 20 anos de idade,
sendo dispensado quando completou 35 anos de idade).
Mesmo que nunca mais recolha contribuições previdenciárias na
vida, terá direito à aposentadoria por idade quando completar 65
anos de idade, pois serão preenchidos os dois únicos
requisitos: carência (180 contribuições) e idade (65 anos de idade
para homem), dispensada, assim, a “qualidade de segurado” quando
implementar a idade.
4) Na aposentadoria por invalidez: Não perde a qualidade de segurado aquele
que deixa de contribuir em razão de incapacidade para o trabalho, fazendo jus
à aposentadoria por invalidez (incapacidade permanente, na forma da EC n.
103/2019).

REAQUISIÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO

Findo o período de graça, configura-se a perda da qualidade de segurado. Para


readquirir a qualidade o segurado deverá providenciar o recolhimento da
contribuição previdenciária.

Ocorre que para aproveitar os pagamentos já realizados antes da perda da


condição de segurado, o contribuinte deverá realizar pagamento na forma do artigo
27-A da Lei 8213/91
Art. 27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença,
de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da
data da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I, III e IV do caput do art.
25 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

É importante anotar que até 2016 a volta da qualidade de segurado com


aproveitamento do que já havia sido pago se dava com a contribuição de 1/3 sobre
o que era exigido para a concessão do benefício.
Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito
de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um
terço) do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser
requerido. (Vide Medida Provisória nº 242, de 2005) (Revogado pela Medida Provisória nº 739,
de 2016) (Vigência encerrada)

Depois de 2016 e até 2019 vieram diversas alterações legislativas com exigências
distintas do tempo de contribuição para poder readquirir a qualidade de segurado e
computar o período já pago.

Fato gerador Norma aplicável Mínimo de


contribuições para o
reingresso na
Previdência
Até 7/7/2016 Lei n. 8.213/1991 4 contribuições
(art. 24, parágrafo único) (1/3 carência)
De 8.7.2016 a 4.11.2016 MP n. 739/2016 12 contribuições
De 5.11.2016 a 5.1.2017 Lei n. 8.213/1991 4 contribuições
(art. 24, p. u.) (1/3 carência)
De 6.1.2017 a 26.6.2017 MP n. 767/2017 12 contribuições
De 27.6.2017 a 17.1.2019 Lei n. 13.457/2017 6 contribuições
(½ carência)
De 18.1.2019 a 17.6.2019 MP n. 871/2019 12 contribuições
De 18.6.2019 em diante Lei n. 13.846/2019 6 contribuições
(½ carência)

A interpretação dada pela TNU foi a de que deve ser observada a regra de carência
vigente no momento do surgimento da incapacidade. A tese foi fixada no
julgamento do Representativo de Controvérsia – Tema 176, nos termos que
seguem: “Constatado que a incapacidade do(a) segurado(a) do Regime Geral da
Previdência Social (RGPS) ocorreu ao tempo da vigência das Medidas Provisórias
nos 739/2016 e 767/2017, aplicam-se as novas regras de carência nelas previstas”
(Processo n. 5001792-09.2017.4.04.7129/RS, j. em 17.8.2018).

Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari (Manual de Direito


Previdenciário) discordam da tese fixada pela TNU. Entendem que atenta contra os
princípios da razoabilidade e da isonomia exigir que somente os segurados que
tiveram o início da incapacidade no período da validade das referidas MPs (que
perderam a validade pela caducidade ou por mudança de redação na
transformação em lei) cumpram o período integral da carência quando da nova
filiação. Nesse sentido: TRF/4, ED em AC n. 5008747-45.2018.4.04.9999/SC, TRS-
SC, Rel. Juiz Federal João Batista Lazzari, j. em 20.3.2019.

Exemplificando, ocorrida a perda da qualidade de segurado depois de


ter contribuído por 33 anos, é possível ao ex-segurado filiar-se
novamente à previdência, contribuir por apenas 2 anos (para atingir 35
anos de contribuição) e ter direito à aposentadoria por tempo de
contribuição. Em síntese, aquele que perder a qualidade de
segurado poderá voltar a contribuir à previdência para fins
de adimplir o tempo necessário à aposentação, por exemplo, no
caso de aposentadoria por tempo de contribuição (35 anos se
homem e 30 anos, mulher), não ficando obrigado a satisfazer o
limite mínimo de 1/3 (um terço) da carência (180 : 3 = 60
meses = 5 anos) que era previsto no revogado parágrafo único do art.
24 da Lei 8213/91, nem mesmo a “metade da carência”(180:
2 = 90 meses) prevista na regra atual do art. 27-A da Lei n.
8.213, pois esta é restrita a aposentadoria por invalidez, auxílio-
doença, salário-maternidade e auxílio-reclusão.

PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE

As hipóteses de perda da qualidade de dependente estão relacionadas no art. 17


do Decreto 3.048/91, modificado pelo Decreto n. 6.939, de 18.08.2009.

Art. 17. A perda da qualidade de dependente ocorre:

I - para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação
de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado;

II - para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou


segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos;

III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se
inválidos, desde que a invalidez tenha ocorrido antes: (Redação dada pelo Decreto nº 6.939, de
2009)

a) de completarem vinte e um anos de idade; (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de 2009)

b) do casamento; (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de 2009)

c) do início do exercício de emprego público efetivo; (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de 2009)

d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego,


desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; ou (Incluído
pelo Decreto nº 6.939, de 2009)

e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento


público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor
tiver dezesseis anos completos; e (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de 2009)

IV - para os dependentes em geral:

a) pela cessação da invalidez; ou

b) pelo falecimento.

Porém, o dispositivo deverá ser adequado às alterações do art. 16 decorrentes das


Leis ns. 13.135 e 13.146, de 2015.

Perdem a condição de dependentes:

a) O cônjuge: pela separação judicial ou divórcio, se não tiver direito à pensão


alimentícia; pelo decurso do prazo de pagamento de alimentos temporários fixados
por decisão judicial; pela anulação do casamento, uma vez que, dissolvido o vínculo
conjugal, o casamento anulado não pode gerar relação jurídica previdenciária; pelo
óbito; por sentença transitada em julgado.
b) A(o) companheira(o): quando cessar a união estável com o(a) segurado(a), se
não tiver direito à pensão alimentícia, ou decorrer o pagamento de alimentos
temporários fixados por decisão judicial, ou com o óbito.

c) Os filhos e irmãos, de qualquer condição: quando completarem 21 anos, salvo


se forem inválidos ou com deficiência mental ou intelectual ou deficiência grave, ou
se emanciparem. Se, embora inválidos ou com deficiência mental ou intelectual ou
deficiência grave, se emanciparem e a emancipação não se der em decorrência de
colação de grau em curso superior, pois esse tipo de emancipação não se opera a
perda da qualidade de dependente (art. 114, II, do Decreto 3.048/91), quando
cessar a invalidez, quando cessar a condição de deficiência ou pelo seu
falecimento.

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