Conteúdos Do Processo de Ensino e Aprendizagem

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Josefina Caetana Taju

Nelson Ernesto António


Sanique Martinho Moça

Faculdade de educação e psicologia


(Licenciatura em educação física e desporto)

Conteúdos do Processo de Ensino e Aprendizagem

Universidade Rovuma
Nampula
2022
Josefina Caetana Taju

Nelson Ernesto António


Sanique Martinho Moça

Faculdade de educação e psicologia


(Licenciatura em educação física e desporto)

Conteúdos do Processo de Ensino e Aprendizagem

Trabalho de carácter
avaliativo da cadeira de
psicologia de
aprendizagem, leccionado
pelo docente
Dr.: José Vasco da Gama

Universidade Rovuma
Nampula
2022
Índice

Introdução...................................................................................................................................4

Conteúdos do Processo de Ensino e Aprendizagem...................................................................5

Selecção dos Conteúdos Educacionais.......................................................................................5

Características dos Conteúdos Educacionais..............................................................................7

A operacionalização dos conteúdos educacionais......................................................................7

A formação de Motivos..............................................................................................................8

Teorias de motivação de aprendizagem......................................................................................8

Tipos de Motivação.....................................................................................................................9

Motivação para aprendizagem na ontogénese............................................................................9

Relação entre a motivação e aprendizagem..............................................................................10

Atitudes de aprendizagem.........................................................................................................10

Dimensão de atitudes................................................................................................................10

As condições para a aprendizagem de atitudes.........................................................................11

Referencias Bibliográficas........................................................................................................12
Introdução

O presente trabalho de carácter avaliativo tem como objectivo falar dos processos de ensino e
aprendizagem, onde os conteúdos educacionais envolvem conceitos, ideias, factos, processos,
princípios, leis científicas, regras, habilidades cognoscientíficas, modos de actividades,
métodos de compreensão e aplicação, hábitos, valores, convicções, atitudes.
Conteúdos do Processo de Ensino e Aprendizagem

A educação deve promover o desenvolvimento integral das pessoas, dai que, devem ser
determinados sobre a aprendizagem, os conteúdos da cultura necessários para que elas sejam
membros da abordagem sociocultural de referências.

Segundo Libâneo (1990: 128), na sua obra de Didáctica Geral, “os conteúdos de ensino são
um conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudinais de
actuação social organizados pedagogicamente e didacticamente, tendo em vista a assimilação
activa e aplicação pelos alunos na sua própria vida”.

Piletti (2004: 94), sem se distanciar da perspectiva de Libâneo, fundamenta que “os conteúdos
são como um, meio que favorece o desenvolvimento integral do aluno e como conhecimento
de dados, factos e conceitos que conduzam a compreensão e retenção de informações”.

Os conteúdos educacionais envolvem conceitos, ideias, factos, processos, princípios, leis


científicas, regras, habilidades cognoscientíficas, modos de actividades, métodos de
compreensão e aplicação, hábitos, valores, convicções, atitudes.

Selecção dos Conteúdos Educacionais

Os conteúdos educacionais são organizados em matérias de ensino e dinamizados pela


articulação dos objectivos – conteúdos – métodos e formas de organização do ensino, nas
condições reais em que ocorre o processo de ensino (meio social e escolar, família, aluno).

São propostos vários critérios para selecção e organização dos conteúdos, portanto a selecção
dos conteúdos segundo, os resultados da actividade prática dos homens nas suas relações com
o ambiente natural e social, os objectivos educacionais propostos e a infra-estrutura da
matéria.

Na obra de Libâneo (1990) podemos encontrar os seguintes critérios de organização e


selecção dos conteúdos:

A correspondência entre os objectivos gerais e os conteúdos, implica que os conteúdos devem


expressar os objectivos sociais e pedagógicos sintetizados na formulação cultural e científico
para todos;
O carácter científico, há que conhecer bem a estrutura da matéria sua espinha dorsal, o
conjunto de noções básicas logicamente ligados que correspondam ao modo de representação
que o aluno faz delas no seu intelecto e que tenha poder de facilitar ao aluno encaixar temas
secundários em um tema central;

O carácter sistemático, há que estabelecer uma lógica em que as abordagens estejam ligadas
entre si;

A relevância social, deve se estabelecer uma ligação dos conteúdos sistematizados com a
experiencia fazendo com que os objectivos educacionais reflictam a participação do aluno na
vida social;

A aceitabilidade e solidez, os conteúdos seleccionados devem ser compatíveis ao nível de


preparo e desenvolvimento mental do aluno.

Nessa mesma perspectiva de selecção dos conteúdos, podemos encontrar Piaget, que
privilegia em particular a selecção dos conteúdos segundo o nível de desenvolvimento
(sensório-motor; pré-operatório, operações concretas e operações formais), por tanto “as
experiencias do ensino formal não devem dissociar-se das experiencias culturais; os
conteúdos devem ser apresentados segundo o ponto de vista das crianças e não como os
adultos compreendem”.

A selecção dos conteúdos tendo em conta os objectivos educacionais, Piletti (2004),


estabelece os seguintes critérios:

Critérios de validade, os conteúdos devem ser dignos de confiança, representativos e


actualizados;

Critérios de flexibilidade, os conteúdos devem estar sujeitos a adaptações, modificações,


renovações e enriquecimento, de acordo com as circunstâncias;

Critério de significações, o conteúdo deve estar relacionado com as experiencias do aluno. Os


conteúdos devem levar ao aluno a aprofundar por iniciativas próprias ou interesse;

O critério de possibilidade de elaboração pessoal, refere-se a recepção, a assimilação e


transformação da informação pelo próprio aluno. O aluno associa, compara, compreende,
selecciona, organiza e crítica os conteúdos;
Critério de utilidade, corresponde a harmonização dos conteúdos seleccionados para o estudo
com as exigências e características do meio ambiente dos alunos;

Critérios de viabilidade, os conteúdos seleccionados para a aprendizagem, devem


corresponder as limitações de tempo e recursos disponíveis.

Características dos Conteúdos Educacionais

Os conteúdos educacionais apresentam conhecimentos sistematizados, habilidades, atitudes e


convicções. Os conhecimentos sistematizados, correspondem a conceitos e termos
fundamentais da ciência e da actividade quotidiana;

Leis que explicam as propriedades e as relações objectos e fenómenos da realidade; métodos


de estudo da ciência e a história da sua elaboração e os problemas existentes no âmbito da
prática social ligada com a matéria.

As habilidades correspondem as qualidades intelectuais necessárias para actividade mental no


processo da assimilação de conhecimento. Os hábitos são modos de agir automatizados que
tornam mais eficaz o estudo activo e independente. As atitudes e convicções se referem a
modos de agir, de sentir e de se posicionar frente a tarefa social: orientam a tomada de
posições e decisões pessoais frente a situações concretas.

Os elementos que caracterizam os conteúdos convergem num ponto: a formação das


capacidades cognoscitivas que correspondem os processos psíquicos da actividade mental. No
processo de assimilação de conhecimento, o desenvolvimento das capacidades mentais e
criativas possibilitam o uso dos acontecimentos e habilidades em novas situações.

A operacionalização dos conteúdos educacionais

No processo de ensino e aprendizagem os conteúdos são seleccionados e definidos pelo


professor. O professor é o principal responsável pelo, monitoramento, pela orientação e pela
operacionalização dos conteúdos educacionais, dado que este, convive com os alunos (grupo
alvo),com as suas características de origem social, cultural, político, económico
diversificados. É importante que o professor faça uma reflexão profunda sobre os conteúdos,
procedimentos e métodos que possam viabilizar o processo de ensino e aprendizagem na
criança e buscar na criança os traços que lhe marcam no seu dia-a-dia.
O ensino dos conteúdos deve ser visto como a acção recíproca entre matéria, ensino e o
estudo dos alunos. Através do ensino criam-se condições para a assimilação consciente e
sólida dos conhecimentos, habilidades e atitudes e consequente formação das capacidades e
habilidades intelectuais para se tornarem sempre mais sujeitos da própria aprendizagem.

Contudo, os conteúdos educacionais devem englobar as vivências práticas dos alunos para
torná-los mais significativos e vitais de modo que eles possam assimilá-los activa e
conscientemente.

A formação de Motivos

A palavra Motivo provém do latim movere que significa “mover”. Motivação é a


predisposição para realizar acções necessárias numa actividade de modo a alcançar um
objectivo, RODRIGUES & BILA (2007). Portanto, o professor motiva aos alunos quando, ao
introduzir uma nova matéria, começa a explicar a importância da matéria a ser estudada e, ao
longo do tratamento da matéria, coloca questões aos alunos e que a partir das suas
experiências na caracterização do novo conteúdo.

Teorias de motivação de aprendizagem

As teorias de motivação de aprendizagem são:

Teorias Behavioristas; teorias Cognitivas e; teorias Humanistas.

Os Behavioristas explicam motivação como sendo provocada pelo reforço, podendo ser
reforço positivo, as recompensas, a aprovação, o elogio na resolução correcta das tarefas, a
estimulação dos alunos que erram através de encorajamento e acompanhamento na solução de
tarefa, a criação de vivenciais positivas no processo de ensino-aprendizagem na escola, bem
como a aprovação, o elogio, e encorajamento da criança pelos pais e encarregados de
educação são condições de motivação para aprendizagem.

Os cognitivistas defendem que a compreensão da importância dos conteúdos, bem como da


matéria é uma condição fundamentalmente para a criação de interesse e, consequentemente da
motivação.

Os Humanistas apresentam uma hierarquia de necessidades designadamente fisiológica, de


segurança, de filiação, de estima e de auto-realização, dos quais são condições para motivação
de aprendizagem, Abrunhosa & Leitão, citado por Rodrigues & Bila (2007).
Tipos de Motivação
Segund
o MWAMWENDA (2004) a motivação divide se em dois tipos a saber

intrínseca e extrínseca.

Motivação intrínseca refere-se aos factores interiores que predispõem o individuo a aprender
de forma persistente e dirigida, tais como as necessidades de aprender a matéria,
procedimento, atitudes, o interesse e o ideal.

Motivação extrínseca refere-se aos factores exteriores que predispõem o individuo a aprender
de forma persistente e dirigida, tais como: prémios, elogios, aprovação social, benefícios
materiais.

Motivação para aprendizagem na ontogénese

Na idade pré – escolar a criança pode ser motivada através de jogos, pelas vivências positivas
das actividades tais como; canto, dança, histórias, dramatização e ainda as características
exteriores dos objectos, a cor, o tamanho e a forma.

Na idade escolar a criança possui uma grande vontade de aprender a ler, escrever e contar. As
vivências positivas de êxitos na escola também são determinantes para a motivação da criança
para a aprendizagem e elas vão se esforçar nos estudos para agradar aos pais
consequentemente, aprendem a gostar das disciplinas de acordo com as suas vivências de
êxitos e fracassos.

O professor deve promover a motivação através da apresentação dos conteúdos, visando


promover acções com os objectos, observar objectos reais, observar representações, imagens
para chegar aos conhecimentos. Deve – se também promover o acompanhamento individual a
aprendizagem dos alunos, reforçando positivamente o seu progresso de aprendizagem e
impulsionando o aluno na procura de alternativas de solução de seus erros.

Na adolescência os alunos começam a ter preferência de certas disciplinas. À medida que a


idade aumenta começam a ganhar a consciência da necessidade de estudar para seguir uma
profissão. A motivação nesta fase deve ser incentivada através de:

Apresentação da utilidade das disciplinas que o Professor lecciona bem como de cada
conteúdo;
Apresentação dos conteúdos de forma compreensível, promovendo uma aprendizagem
significativa e pela descoberta;

Apresentação de conteúdos através de acções e analise de imagem sempre que os alunos não
possuírem experiências anteriores sobre o conteúdo a ser tratado;

O uso de tecnologias educativas que permitam uma análise e uma síntese e ilustração
compreensível dos conteúdos a serem aprendidos.

Relação entre a motivação e aprendizagem

Sem motivação não há aprendizagem;

Os motivos geram novos motivos;

O êxito na aprendizagem reforça a motivação;

A motivação é condição necessária, porem, não suficiente.

Atitudes de aprendizagem

Atitude é um estado mental e neural de prontidão, organizada através da experiencia,


exercendo uma ordem ou influência dinâmica sobre respostas individuais diante de todos
objectos e situações com que ele se relaciona.

O grupo entende atitude como as qualidades da personalidade as quais são relativamente


estáveis adquiridas no decurso da vida através da aprendizagem. Exprime as relações
subjectivas da personalidade, as condições, concepções e normas.

Dimensão de atitudes

As atitudes apresentam três diferentes dimensões a saber: cognitiva, afectiva e


comportamental.

Dimensão cognitiva – é relacionada com as ideias e proposições que caracterizam as classes


de objectos, eventos ou pessoas de suas relações.

Dimensão afectiva – diz respeito as emoções ou sentimentos que acompanham as ideias.

Dimensão comportamental – é pertinente a predisposição ou prontidão para acção.


Existem três tipos de situações de aprendizagem tem sido estudadas como capazes de produzir
aprendizagem de atitudes: condicionamento clássico, condicionamento operante e modelação
humana. Para Gagne (1977), os três tipos de situações de aprendizagem são eficazes no
ambiente escolar, mas a mais aplicável e efectiva é a modelação humana.

As condições para a aprendizagem de atitudes

Condições internas

O aprendiz deve possuir os conceitos as classes de objectos, eventos ou pessoas as quais à


atitude (nova ou modificada) será dirigida;

O aprendiz precisa ter conceito de fontes ou modelo humano

O aprendiz precisa perceber o modelo como atractivo, forte e com elevada credibilidade

Condições externas

Estabelecer a credibilidade do modelo humano;

Estimular a lembrança de conceitos e informações importantes;

Estimular a lembrança de acontecimentos em que a atitude é aplicável;

Possibilitar que o modelo humano demonstre ou comunique a escolha desejada de acção


pessoal;

Indicar que existe uma situação de recompensa para o modelo após a demonstração ou a
comunicação da escolha;

Reforçar as escolhas desejadas de acção pessoal


Conclusão

Chegado a conclusão do trabalho, foi possível concluir que o professor é o principal


responsável pelo, monitoramento, pela orientação e pela operacionalização dos conteúdos
educacionais, dado que este, convive com os alunos (grupo alvo),com as suas características
de origem social, cultural, político, económico diversificados. É importante que o professor
faça uma reflexão profunda sobre os conteúdos, procedimentos e métodos que possam
viabilizar o processo de ensino e aprendizagem na criança e buscar na criança os traços que
lhe marcam no seu dia-a-dia.
Referencias Bibliográficas

GAGNI
, R.M. Como se realiza a Aprendizagem. Livros Técnicos e Científicos Editora. São
Paulo.1971.

MARCONI Maria de Andrade e LAKATOS Eva Maria. Metodologia Científica, 5ª edição,


Editora ATLAS. S.A. São Paulo 2010.

MWAMWENDA, Tuntufye S. Psicologia educacional – Uma Perspectiva Africana. 1ª


edição. Maputo. Texto Editores. 2004.

PILETTI, Claudino. Didáctica; Cortez Editora; São Paulo.1990.

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