Materiais Litoides

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PRIMEIRA AULA DE

CONSTRUÇÕES RURAIS
Ementário
• Dimensionamento de estruturas simples. Materiais e

técnicas de construções. Planejamento e projeto de

instalações zootécnicas e agrícolas. Instalações elétricas

e hidráulico-sanitárias. Memorial descritivo, orçamento

e cronograma-físico-financeiro.
 Objetivo Geral
 - Repassar ao aluno o conhecimento científico e discussões
sob os aspectos mais atuais da área de Construções Rurais e
Ambiência.
 Específicos
- Conhecer os principais elementos designados para a
construção civil que possuem aplicação no meio rural, suas
classificações e técnicas empregadas.
- Estudar as particularidades das edificações destinadas
ao abrigo e manejo de animais quanto aos aspectos dimensão,
composição estrutural e conforto ambiental.
- Conhecer as estruturas destinadas à armazenagem de
produtos rurais, sua classificação, formas de dimensionamento e
cuidados quanto à manutenção.
Perfil profissional

- Reconhecimento e interpretação de plantas e


memoriais de obras e edificações.

- Capacidade de reconhecimento e recomendação


de materiais utilizados em construções gerais.

- Capacidade de elaboração de orçamentos e


memoriais baseados em projetos arquitetônicos.
Materiais de Construção
 Conceitos e usos

Conhecimento
solidez, a durabilidade, o custo e a beleza

Melhor escolha
 - Materiais de construção
 Propriedades gerais dos materiais de construção
 Agregados
 Aglomerantes
 Argamassas
 Princípios de resistência dos materiais
 Materiais cerâmicos
 Concreto simples
 Concreto armado
 Madeira como material de construção
MATERIAIS LITÓIDES
Materiais como madeira e pedra são os mais antigos
utilizados pelo Homem, possibilidade de uso sem alterar
seu estado natural.
Declínio do uso com a construção metálica (sec. XIX) e
concreto armado (sec. XX).
Aplicação: muros de arrimo, fundações pouco
profundas, pavimentação, lastro de ferrovia, agregado
para concreto, alvenarias, revestimentos de piso e
fachada, pias, peitoris, soleiras, meio-fio, barragens.
Pirâmide
MATERIAIS LITÓIDES
DEFINIÇÕES
 ANBT (TB-3/1945): “Rochas são materiais
constituintes essenciais da crosta terrestre,
provenientes da solidificação do magma ou de
placas vulcânicas, ou da consolidação de
depósitos sedimentares tendo ou não sofrido
transformações metamórficas. Esses materiais
apresentam elevada resistência mecânica,
somente modificável pelo contato com o ar e a
água em casos especiais.”
 DEFINIÇÕES
 Rocha: É um material natural, consolidado na
crosta terrestre, formado essencialmente de
minerais. Ex. de minerais: quartzo, feldspato,
dolomita, calcita, entre outros;

 Materiais Litóides: São aqueles que têm


aspecto ou constituição de Rocha;

 Pedras: Rocha que apresentado alta resistência


mecânica e às intempéries, pode ser usada em
obras e serviços de engenharia.
 CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS (geológica):
 Eruptivas ou Ígneas: formadas pelo resfriamento do
magma (material rochoso em fusão). Ex: granito,
basalto.
Rochas sedimentares: resultam da desagregação das
rochas por ação de intempéries, transporte, depósito ou
consolidação de material rochoso ou orgânico. Ex:
gipsita, calcário.
Metamórficas: são rochas magmáticas ou sedimentares
que sofreram alteração na sua textura original, estrutura
cristalina ou composição mineralógica devido a
condições químicas e físicas abaixo da superfície
terrestre (calor, pressão e água). Ex: mármore, ardósia.
 Rochas Silicosas: predomínio da Sílica (SiO2) sob a
forma, normalmente de quartzo puro. Maior resistência
mecânica e maior durabilidade. Ex. granito, basalto,
grês silicoso, etc;

Rochas Calcárias: predomínio do cálcio, na forma de


carbonato de cálcio (CaCO3) ou de sulfato de cálcio.
Boa resistência mecânica e média durabilidade. Ex:
calcário, mármore, dolomita e gipsita.

Rochas Argilosas: predomínio da argila (silicatos


hidratos de alumínio). Resistência mecânica e
durabilidade baixíssima. Ex: argila, margas e xisto
argiloso.
Pedera
Não devem sofrer decomposição por agentes
externos como a umidade e o calor.
Pode ser empregada:
Em bruto: sob a forma de pedra britada;
Aparelhada: para serviços de cantaria.
A pedra britada é classificada de 0 a 4, em
ordem crescente, conforme o tamanho das suas
partículas. O uso dos vários tipos de brita
dependerá dos fins a que se destinam.
Materiais Litóides
Pedra: As mais usadas por serem abundantes são as
sílico-argilosas, gnais, granitos, basaltos e alguns
calcários. A pedra bruta é classificada conforme o
tamanho de suas partículas, que passam em peneiras de
determinada malha em:
Especificação Milímetros Polegadas

Pó de pedra ________ 1/8”

Pedra zero (ou pedrisco) 4,8mm a 9,5mm

Pedra ou brita nº1 9,5mm a 19mm 1/4” a 5/8”

Pedra ou brita nº2 19mm a 25mm 1”

Pedra ou brita nº3 25mm a 38mm 1 1/2”

Pedra ou brita nº4 38mm a 76mm 1 1/2” a 2”

Pedra ou brita nº5 _________ 3”

Pedra-de-mão Acima de 76mm


Qualidades exigidas das britas:
Limpeza (ausência de matéria orgânica, argila,
sais, etc.);

 Resistência (no mínimo possuírem a mesma


resistência à compressão requerida do concreto);

 Durabilidade;

 Serem angulosas ou pontiagudas (para melhor


aderência).
Areia
Forma-se na superfície da Terra pela
fragmentação das rochas por erosão, por ação
do vento ou da água.
 Material de origem mineral finalmente
dividido em grânulos, composta basicamente de
dióxido de silício.
 É utilizada nas construções em aterros,
execução de argamassas e concretos e também
no fabrico de vidro.
 Areia: devem ser de rios ou de minas, não
podendo ser usada as provenientes de regiões
salinas ou as de beira mar, devido a porcentagem
do sal que contem. As de estradas poderão ser
empregadas em trabalhos secundários.

São também bastante utilizadas para trabalhos


decorativos em fachadas as areias especiais
provenientes do quartzo, mármore, mica etc.
A areia deve ter grãos duros. E assim como a
pedra, ela também precisa estar limpa e livre de
torrões de barro, galhos, folhas e raízes, antes de
ser usada.

As normas Técnicas Brasileiras classificam a


areia , segundo o tamanho de seus grãos em:

- Muito fina, - Fina, - Média, - Grossa.


 O tamanho de seus grãos tem importância nas
características dos materiais que a utilizam
como componente.

 Classificadas em:

- Fina e média: são utilizadas para serviços


de revestimento fino;

- Grossa: composição de argamassas para


emboço e na confecção do concreto simples.
 Saibro: Resulta da decomposição de rochas do tipo
gnais. No comercio encontra-se de dois tipos, áspero e
macio. Esta designação é função da quantidade de argila
que possui. Quanto mais macio, maior é o seu teor de
argila e sua qualidade é superior.

 Na construção, o seu emprego é no preparo de


argamassa para assentamento de tijolos, ladrilhos e
certos tipos de revestimentos.
AGLOMERANTES
 São os produtos ativos empregados para a
confecção de argamassas e concretos

 Apresentam-se sob forma de pó e, quando


misturados com água formam pastas que
endurecem pela secagem e como consequência
de reações químicas

 Cimento, Cal, Gesso.


 Gesso: É obtido através da decomposição da gepsita
(sulfato de cálcio biidratado) encontrada na natureza.
Esse minério é triturado e vai ao forno a uma
temperatura de 128ºC e depois é pulverizado. Em
construções o gesso é empregado principalmente em
estuques, fabricação de placas e na ornamentação interna
das construções.

 Misturado com água, endurece rapidamente, adquirindo


forma definitiva de 8 a 12 minutos
 Existem vários tipos de gesso, cada um
preparado para uma determinada função:
cerâmica, decoração, moldes dentários e
também na modelagem e fixação de placas para
forro e na fundição de molduras.
 Na construção é empregado na fabricação de
placas e na ornamentação interna das
construções.
 Cal: Obtida pela decomposição, através do calor
(900 º a 1000 ºC), do calcário (carbonato de
cálcio - CaCO3) e também pela calcinação de
conchas.

 Existem dois tipos de cal: a cal viva, que é o


óxido de cálcio e a hidratada que é empregada na
construção.
 Deve ser adquirida no comércio sob a forma de

cal virgem para ser queimada na obra, ou seja,

adiciona-se água em tanques apropriados.

 A argamassa preparada com cal comprada já

extinta não apresenta, via de regra, as mesmas

qualidades da cal viva e seu rendimento é menor.


Usos da cal:
Cal comum antes de usar deve ser hidratada em
pelo menos 48 h.
 - Estabilização de solos como aglomerante e
cimentante (na proporção de 5 a 8% em volume
da mistura solo-cal);
 - Obtenção de argamassas de assentamento e
revestimento como plastificante, retentor de
água e de incorporação de agregados (com ou
sem aditivos, em geral nas proporções de 13 a
17% dos volumes);
 - Misturas asfálticas como neutralizador de

acidez e reforçador de propriedades físicas (em

geral, 1% das misturas);

 - Fabricação de blocos construtivos como

agente aglomerante e cimentante (em geral, 5 a

7% do volume do bloco).
 - Hidratação ou extinção: Consiste em adicionar
dois ou três volumes de água para cada volume
de cal;

 - Resistência: - tração: 2 a 5 kgf/cm2

 - compressão: 30 kgf/cm2 em 28 dias

 OBS: A cal empregada para revestimento deve


envelhecer de 7 a 10 dias antes do uso.
Betume
 Mistura sólida, pastosa ou mesmo líquida de
compostos químicos (hidrocarbonetos) que pode
aparecer na natureza ou obtida em processo de
destilação do petróleo, chamado betume asfáltico
ou asfalto.
 Substância facilmente inflamável, de cor escura
e pegajosa. É constituído de carbono e
hidrogênio, dentre outras substâncias.
 Do betume são obtidos vernizes, massas de
revestimento e bases para pintura.
Na construção é empregado na
impermeabilização e pavimentação de ruas e
estradas.

 O betume é popularmente conhecido como


piche.

 Dentre suas inúmeras utilidades é usado para


tratar madeiras, como de curral por exemplo,
prolonga a vida útil e protege de cupim.
Cimento: É um aglomerante artificial básico na
construção. Utiliza-se como matérias-primas na sua
fabricação o calcário, que é a matéria-prima principal,
argila, gesso e outros materiais denominados adições. A
sua fabricação exige grandes e complexas instalações
industriais, como um possante forno giratório que chega a
atingir temperaturas próximas a 1500ºC.
O cimento é fornecido geralmente em embalagem
original da fábrica com caracteres bem visíveis, da marca,
seu peso líquido, a marca da fábrica e o local de
fabricação. Quando de procedência nocional, o seu peso
líquido é de 42,5 Kg ou 50 Kg.
 Observações;
 “pega” é um fenômeno físico-químico através
da qual a pasta de cimento se solidifica.
 Terminada a pega o processo de endurecimento
continua ainda durante longo período de tempo,
aumentando gradativamente a sua dureza e
resistência.
 Exemplo: resistência à compressão de um bloco
de argamassa de cimento e areia, traço 1:3
 3 dias –80 kg/cm2 >7 dias –180 kg/cm2 > 28
dias –250 kg/cm2
 Pega: Podemos adotar para o cimento, nas
condições brasileiras, as seguintes ordenações:
 pega rápida < 30 minutos;
 pega semi-rápida 30 a 60 minutos;
 pega normal > 60 minutos.
 A duração da pega é influenciada:
 pela quantidade de água empregada;
 pela quantidade e ou presença de alguns
compostos;
 pela temperatura;
 pela quantidade de gesso.
 O cimento não deve ser estocado por muito
tempo, pois pode iniciar a pega na embalagem
pela umidade do ar, perdendo gradativamente o
seu poder cimentante.

 - O prazo máximo de estocagem normalmente é


de três meses.

 - Ponha no máximo 10 sacos em cada pilha.


No mercado existem diversos tipos de cimento. A diferença entre
eles está na composição, mais todas às exigências das Normas Técnicas
Brasileiras. Cada tipo tem o nome e a sigla correspondente estampada na
embalagem, para facilitar a identificação.

TIPOS DE CIMENTO
NOME SIGLA (Estampada na
Embalagem)
Cimento PORTLAND comum com adição CP I – S - 32

Cimento PORTLAND comum com escória CP II – E - 32

Cimento PORTLAND comum com pozolana CP II – Z - 32

Cimento PORTLAND comum com filer CP II – F - 32

Cimento PORTLAND de alto forno CP III – 32

Cimento PORTLAND pozolânico CP IV - 32

O Nº32 refere-se à resistência mínima que o cimento alcança, 28 dias após sua utilização
Cimento Antes de Após Após A partir de 1991 (clique
Portland 1980 1980 1988 nos link´s)

Comum CP-250 CP-25 CPS-25, CPS-32, CPI-25 CPI-32 CPI-40


CPS-40
CP-320 CP-32 CPE-25, CPE-35, CPI-S-25 CPI S-32 CPI-S-40
CPE-40
CP-400 CP-10 CPZ-25, CPZ-32,
CPZ-40
Compostos CP II-F-25, CP II-E-32, PC
II-E-40
CP II-Z,25, CP II-Z-32, CP
II-Z-40
CP II-F-25, CP II-F-32, CP
II-F-40
Alto Forno AF-250 AF-25 AF-25 CP III-25
AF-320 AF-32 AF-32 CP III-32
AF-10 CP III-40

Pozolânico POZ-250 POZ-25 POZ-25 CP IV-25


POZ-320 POZ-32 POZ-32 CP IV-32
Alta ARI ARI ARI CPV-ARI
Resistência
Inicial
Existem ainda outros tipos de cimento, para usos específicos
(Cimento P. branco, C.P. resistente a sulfatos) e para
aplicações mais especializadas (C.P. de alta resistência
inicial, que leva a sigla CPV – ARI, e alguns tipos fabricados
com resistência maior, com CP II – E – 40, o CP II – F – 40 e
o CP III – 40 ).
Deve ser armazenado em local bem seco e abrigado das
chuvas, com fácil acesso para ser inspecionado. Apesar
desses cuidados, se o cimento estiver em depósito por mais
de 4 meses deve-se fazer uma verificação prévia do seu poder
de pega.
Atualmente a produção nacional atende a quase totalidade do
consumo. O produto é de ótima qualidade existindo à venda
diversas marcas tais como: “Maiá”, “Tupí”, “Paraíso”, “Itú”
etc.
Algumas Considerações

 Os aglomerantes podem ser:

 Aéreos – Ganham resistência pelo contato


com CO2

 Hidráulicos – Ganham resistência pela


hidratação;
Efeito da qualidade da água no concreto

A queda de resistência, a alteração do tempo de pega, a

ocorrência da eflorescência, o aparecimento de manchas e

a corrosão da armadura são os efeitos adversos citados

como os mais significativos.

Para evitar tais problemas é fundamental que a água

satisfaça alguns requisitos mínimos de qualidade,

especificados pela NM 137/97: Água para amassamento e

cura de argamassa e concreto de cimento Portland.


Materiais Cerâmicos
São materiais cuja matéria prima básica é a argila (rochas
feldspáticas). A primeira é a argila mais pura também chamada de
argila gorda e a outra é a argila magra.
Os principais produtos cerâmicos utilizados em construções
rurais são: Tijolos, telhas e manilhas de barro cozido; ladrilhos e
azulejos que são os compactos.
• Tijolos: Existem, normalmente, dois tipos de tijolos: o maciço
com dimensão que variam de 25 a 26cm de comprimento, 11 a
13cm de largura e 6 a 7 cm de altura; e o furado, conhecido como
“lajota”, nas dimensões de 10 x 20 x 20cm e 10 x 20 x 30cm. As
lajotas são os tijolos mais empregados na construção para
fechamento de vão, paredes em pisos isolantes de calor e ruído.
• Telha: O processo de fabricação é idêntico ao do tijolo, devendo-se

observar os mesmos cuidados na escolha da argila que deve ser

“gorda”. Tipos: Canal, Francesa, Plan, etc.

• Manilha: processo igual o do tijolo e telha mas já em desuso.

• Azulejos e Ladrilhos: São produtos cerâmicos chamados

compactos, exige cuidados especiais, devem ser bem cozidos com

superfície perfeitamente acabada, sem bordas lascadas, nem

fissuras, impermeáveis e com uma certa resistência.


Madeira
Um dos materiais mais empregados na construção.
Na escolha da madeira de boa qualidade deve-se observar
que ela seja seca, desempenada e sem furos.

• Madeiras de Lei: Peroba do campo, Peroba rosa, Aroeira,


Cedro, Canela, Angico, Andiroba, Faveiro, Cabriúva,
Frejó, Gonçalo Alves, Quartã, Ipê, Jacaré, Eucalipto e etc.

• Madeiras Brancas: a de maior emprego é o Pinho,


Jequitibá Branco e Rosa, Caxeta, Jenipapo etc.
A nomenclatura empregada pelas madereiras para as seções
comerciais serradas são as seguintes:
NOMES CENTÍMETROS POLEGADAS
Cauçoeira (viga) 7,5 x 23,5 cm 3” x 9”
Perna (vigota) 7,5 x 16 cm 3” x 6”
1/2 cauçoeira (1/2 7,5 x 12 cm 3” x 1½ ”
vigota)
Caibro 7,5 x 7,5 cm 3” x 3”
Sarrafo 2,5 x 7,5 cm 1” x 3”
Ripa 1,5 x 5,5 cm ½” x 2”
Tábuas 2,5 x 30 cm 1” x 12”
Tábuas 2,5 x 23 cm 1” x 9”
Tábuas 2,5 x 15 cm 1” x 6”
Conservação da Madeira
Existem vários processos para a conservação das madeiras
desde os mais simples aos que requerem instalações especiais
como estufas apropriadas, etc..
Em construções rurais, os processos mais utilizados são os
seguintes:
a) – Pintura com piche ou creosoto que é uma proteção
bastante eficiente principalmente se os mesmos são aquecidos
antes de serem usados. É muito usado para moirões de cercas e
posteação.
b) – Pintura a base de outros produtos químicos como o
“carbolíneo” obtido da destilação do carvão e o conhecido zarcão à
base de sais de chumbo:
c) – Queima superficial, consiste em queimar superficialmente
a madeira na parte que se deseja proteger, tornando-a mais
compacta e menos permeável;
d) – Envenenamento da Madeira, empregado principalmente
na parte que fica em contato com o solo. Um tratamento bem eficaz
consiste em impregnar a madeira com sais de cobre e
posteriormente pintá-la. O método consiste no seguinte: os moirões
são mergulhados até a altura de 0,40 a 0,50 m num depósito não
metálico, contendo uma solução de cobre (10 kg de sulfato de
cobre em 50 litros de água). Após 10 a 15 dias, são retiradas e,
depois de secas, são pintadas até a altura que se deseja com uma
mistura de 3 quilos de alcatrão e 1 quilo de gesso
Como preservativo de madeira, está sendo muito

usado o pentaclorofenol para esteios de construção e

moirões de cercas, na base de 96 quilos por metro cúbico

de madeira. O pentaclorofenol é dissolvido numa

pequena quantidade de óleo Diesel a quente. Depois

adiciona-se o restante do óleo a frio até obter-se no final

uma solução a 5% de pentaclorofenol.


Outros produtos industriais
• Ferro: É o metal mais empregado nas construções desde o

prego à estruturas de concreto armado. O ferro industrial é

uma liga em que entra o carbono e, em casos especiais, outros

metais tais como: silício, cromo, vanádio e níquel.

Os vergalhões utilizados na construção são fabricados de

aço que é uma liga de ferro e carbono. Neste tipo de aço o

carbono entra na proporção de 0,30 a 0,40%, resultando o aço

doce.
No quadro abaixo encontra-se a bitola (diâmetro) dos vergalhões de
ferro encontrados no comércio com os respectivos pesos por metro.

DIÂMETRO PESO
Polegadas mm Gramas/metro
3/16 4,76 140
¼ 6,35 249
5/16 7,94 388
3/8 9,52 560
½ 12,70 995
5/8 15,87 1.553
¾ 19,05 2.240
7/8 22,22 3.045
1 25,40 3.980
No peso é permitido variação entre + ou – 6%
Cimento Amianto ou fibrocimento
Os produtos de cimento-amianto têm aplicação cada vez mais
difundida, encontrando-se no mercado marcas conhecidas como
“Eternit”, “Brasilit”, “Civilit”, “Tecno”, “Sano”, etc..
Os principais são os seguintes: Telhas nas espessuras de 6,8 e
10 mm, calhas, condutores, caixas-d’água (50 a 1000 litros) e
caixas de descarga.
As telhas, lisas ou onduladas, apresentam algumas vantagens
em relação às telhas de cerâmica como exigir madeiramento do
telhado mais simples, portanto menor peso, daí o seu emprego
muito comum em galpões, depósitos, fábricas, etc. São, entretanto,
menos isolantes e de coloração mais difícil.
No comércio as chapas de cimento-amianto são encontradas,
conforme catálogo das fábricas, nas seguintes dimensões:

COMPRIMENTO PESO
Total Útil Total Útil Kg
0,915 0,775 0,869 0,685 11,3
1,220 1,080 1,159 0,955 15,0
1,530 1,390 1,453 1,230 18,8
1,830 1,690 1,738 1,495 22,6
2,130 1,990 2,023 1,761 26,4
2,440 2,300 2,318 2,035 30,1
Largura total: 0,950 Largura Útil: 0,885
Plásticos
Um dos materiais que permitem uma diversificação cada vez
maior na substituição de produtos tradicionalmente fabricados de
metais destinados às instalações elétricas, hidráulicas e outros fins.
Instalações de água e também de esgotos, as tubulações e
conexões de plásticos, do tipo PVC, “Tigre”, etc., são muito
usadas. As canalizações desse material são bem mais fáceis de
serem trabalhadas, havendo, maior rapidez nos serviços, e não
sofrem ações corrosivas. Entretanto é material que tem pouca
resistência aos choques e não pode ser utilizado em abastecimento
de água e gás.
Técnicas de Construção
As construções rurais devem ser executadas com
simplicidade e economia visando ao funcionamento
desejável dentro da técnica. A elaboração do projeto, por
mais simples que seja, requer conhecimentos de assuntos
ligados à área agronômica e veterinária tais como: criação
de animais, armazenamento e conservação de produtos
agropecuários, indústrias rurais, saneamento, etc..
Fundações
O QUE É FUNDAÇÃO

A Fundação é o alicerce, o que segura a casa no lugar.


Fundação é a obra, geralmente enterrada, que serve para
suportar a casa. A fundação pode ser feita de diversos
tipos de materiais e dependendo do tipo de terreno
encontrado no local das obras, adota-se tipos diferentes
de fundações.
O alicerce é a base que sustenta a casa, dá solidez e

transmite para o terreno toda carga (peso) da casa

(paredes, lajes, telhados,etc.). Um alicerce bem feito

evita o surgimento de trincas nas paredes, evita o

surgimento de umidade na parte de baixo das paredes.


Cuidados que devem ser observados:
Preferir terreno de boa natureza geológica, se
possível protegido dos ventos dominantes na região;
evitar terrenos baixos, de lençol de água muito próximo à
sua superfície e escolher locais afastados de pontos
insalubres. Terrenos turfosos e resultantes de aterro de
lixo devem ser evitados, por serem fracos e úmidos,
sujeitos à decomposição de matéria orgânica.
As fundações de uma construção compreendem três
itens essenciais: marcação dos alinhamentos, escavação e
alicerces.
A fundação é a parte da construção que suporta o peso e
mantém fixo e nivelado o prédio no terreno. Chama-se fundação a
parte de uma estrutura que transmite ao terreno subjacente a carga
da obra.
Antes de decidir pelo tipo de fundação em um terreno, é
essencial que o profissional adote os seguintes procedimentos:

a) – visitar o local da obra, detectando a eventual existência de


alagados, afloramento de rochas e etc.;
b) – visitar obras em andamento nas proximidades, verificando as
soluções adotadas;
c) – fazer sondagem a trado (broca) com o diâmetro de 2” ou 4”,
recolhendo amostras das camadas de solo até atingir as camadas
resistentes;
d) – se persistirem dúvidas mandar fazer sondagem geotécnica.
Os elementos necessários para o desenvolvimento
de um projeto de fundação são:
 a) Topografia da área:
 Levantamento topográfico: representação - planimétrica ou
altimétrica - em carta ou planta dos pontos notáveis assim
como dos acidentes geográficos e outros pormenores de
relevo de uma porção de terreno;
 Dados sobre taludes e encostas no terreno: saber se o talude
ou encostas suportam as causas naturais e a ação de cargas
adicionais caso haja alguma obra próximo ao local;
 Dados sobre erosões: estudar o processo de desagregação e
remoção de partículas do solo ou fragmentos de rocha, pela
ação combinada da gravidade com a água, vento, gelo ou
organismos.
b) Dados geológicos / geotécnicos:

 Investigação do subsolo: fazer estudos de


ocorrências existentes com poços, sondagens a
trado, sondagens à percussão com SPT,
sondagens rotativas, sondagens mistas, ensaio de
cone, ensaio pressiométrico entre outros tipos de
ensaios;
 Outros dados geológicos e geotécnicos:
sondagens no local de interesse e ensaios
laboratoriais e de campo.
c) Dados da estrutura a construir:

 Tipo e uso que terá a nova obra: tamanho e


complexidade funcional do local, considerando
seu entorno e tipo de vizinhança;

 Sistema estrutural: resistência dos materiais e da


estrutura a ser utilizada para o uso em questão;

 Cargas: estudo de cargas diárias que devem ser


suportadas pelas fundações.
d) Dados sobre construções vizinhas:

 Tipo de estrutura e fundações;


 Número de pavimentos, carga média por
pavimento;
 Desempenho das fundações;
 Existência
 Existência de construções no subsolo;
 Avaliar as possíveis consequências de
escavações e vibrações provocadas pela nova
obra.
Os carregamentos que uma estrutura suporta e
transmite para as fundações podem ser
classificados de diferentes maneiras
a) Cargas vivas, separadas em:
 Cargas operacionais: sistema de controle do fluxo
operacional do local;
 Cargas ambientais: estudos dos sismos, o vento, as
cheias, as ondas etc.
 Cargas acidentais: cargas verticais de uso da construção
(NBR 6120, ABNT, 2000), cargas móveis considerando
o impacto vertical, impacto lateral, força longitudinal de
frenagem ou aceleração e força centrífuga.
b) Cargas mortas ou permanentes:
No Brasil, a norma NBR 8681 (ABNT, 2004)
classifica as ações nas estruturas em:
 Ações permanentes: ocorrem com valores
constantes durante praticamente toda a vida da
obra;
 Ações variáveis: ocorrem com valores que
apresentam variações significativas em torno da
média;
 Ações excepcionais: tem duração extremamente
curta e muito baixa probabilidade de ocorrência
durante a vida da obra, mas que precisam ser
consideradas no projeto de determinadas estruturas.
PLANEJAMENTO
Nunca comece a execução de uma fundação no
período de chuvas, que na maior parte do Brasil ocorre
entre os meses de novembro e abril. Planeje sempre
começar a construir no mês de abril, isto é, depois que
passou o período das chuvas e procure chegar ao telhado
antes do mês de novembro, quando começam de novo as
chuvas.
LIMPEZA DO TERRENO
Remova toda e qualquer vegetação da área que será
ocupada pela casa.
Não basta tirar apenas o mato que está em cima do
terreno. É necessário tirar as raízes e , conforme o caso,
tirar também a terra vegetal que tenha muitas folhas,
galhos e raízes.
Além da parte que fica para fora da terra, devem ser
removidas as raízes pois as raízes irão apodrecer com o
tempo, criar um oco e o terreno vai ceder.
Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
ESCAVAÇÃO DAS VALAS
Realize a escavação do terreno abaixando o nível do
terreno até a cota em que vai ficar a casa.
Não use essa terra escavada para aterro pois é uma terra
ruim, cheia de lixo, entulho, galhos e folhas, portanto,
uma terra péssima para fazer aterros.
Não faça o aterro ainda, pois o alicerce precisa ser
apoiado em terreno firme. JAMAIS APOIE O
ALICERCE EM CIMA DE ATERRO.
Quando o alicerce fica apoiado sobre aterro a casa sofre
recalques e aparece muitas trincas colocando a vida das
pessoas em risco. Veja na próxima página o que NÃO
DEVE SER FEITO.
Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
ALICERCE SOBRE ATERRO

Nunca apóie o alicerce de uma casa sobre um aterro.

Todo e qualquer terreno precisa de um tempo muito

longo (pelo menos 4 anos) para adensar totalmente.

Uma casa construída sobre aterro vai ficar toda trincada

e essas trincas (que decorrem de recalques) não tem

solução.
Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
LOCAÇAO DA OBRA
 Locação da obra é quando "locamos", isto é,

localizamos a posição exata onde vai ficar as partes da

casa, isto é, o alicerce, as paredes, as portas, etc.

 A gente consegue fazer a locação usando cavaletes:

 Cavaletes são sarrafos largos que pregamos sobre 2

pontaletes bem fincados no terreno.


Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
USO DO CAVALETE
 O cavalete é composto de um sarrafo largo que é
pregado sobre 2 pontaletes ou caibros firmemente
fincados no chão.

O sarrafo deve ser pregado bem na horizontal (para isso


use um nível de bolha) para que as medidas da casa
possam ser marcas no cavalete.

 Você deve confeccionar um cavalete em cada


extremidade dos alinhamentos da casa.
Deixar uma boa distância entre o cavalete e a valeta que
vai ser aberta para o alicerce. Esse espaço é necessário
para a movimentação da terra que será retirada de dentro
da valeta.

Usando uma trena de boa qualidade marque com um lápis


de carpinteiro todos os alinhamentos (do alicerce, das
paredes, janelas, portas, etc.) Em cada marca enfiar um
prego.

O prego é onde você irá esticar o barbante (ou fio de


nylon).
NÃO SEJA PREGUIÇOSO pois os preguiçosos irão
pagar um preço alto na hora de colocar os azulejos e
pisos cerâmicos pois medidas fora do padrão vai te
obrigar a cortar a placa, seja do azulejo ou da cerâmica,
em tiras bem fininhas difíceis de cortar. De preferência,
escolha como medida da largura dos ambientes um
número que seja múltipolo da largura da placa de
cerâmica.
Outro cuidado importante:
 Faça os cantos em ÂNGULO RETO. Use o
ESQUADRO.
Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
ESQUADRO DE BARBANTE

 Pegue um barbante que não estique muito.

Faça uma montagem como a da figura, tomando o

cuidado de deixaras distâncias indicadas (ou seja, 3, 4 e 5

metros) entre um nó e outro. CAPRICHE.

 O canto formado pelo lado de 3 metros com o lado de 4

metros terá um ângulo RETO, isto é, um ângulo de 90

graus.
Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
PLANEJAMENTO DO ALICERCE
• Visualize bem todas as etapas e os componentes da fundação do
tipo alicerce.
LARGURA DOS ALICERCES
 As paredes externas da casa devem ter a largura de 1
Tijolo. As internas podem ser de 1/2 Tijolo.

Os alicerces devem ser sempre mais largos que a parede


que fica em cima dele.

Então o alicerce das paredes internas deverá ser de 1


Tijolo. O alicerce das paredes externas deve ser de 1 e
1/2 Tijolo se o terreno for firme e seco. Para terrenos
firmes e úmidos deve ser usado o alicerce de 2 Tijolos.
Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
ABERTURA DAS VALAS
 As camadas superficiais do terreno contém muitos

materiais nocivos para as fundações como folhas, galhos

e raízes.

Vá escavando até encontrar terra homogênea, firme, sem

raízes, sem caminhos de formigas, sem formigueiro. Esta

será a cota de assentamento do alicerce.


As laterais da vala devem ficar ligeiramente inclinadas

para facilitar o trabalho posterior de reaterro e para que

esse reaterro fique bem compactado.

Se o reaterro não ficar bem compactados, com o tempo,

irão se formar espaços ocos por debaixo do piso.


Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
APILOAMENTO
Apiloar é bater com o soquete como se fazia
antigamente com o pilão.
Como auxílio de um SOQUETE apiloe bem o fundo da
vala.
Confeccione vários soquetes e chame o cunhado
(preguiçoso), o compadre (sempre solicito) e o vizinho
(interesseiro) para ajudar. Dê um soquete para cada um e
fale para bater forte no fundo da vala.Veja como
construir um soquete bom e bem barato.
Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
LASTRO DE CONCRETO MAGRO
 O alicerce não pode ficar em contato direto com a terra do fundo

da vala

 Prepare um Concreto Magro no traço 1:5:10

 Cimento Portland1 saco (50 kg), Areia Média10 latas (de 20 litros),

Brita Nº 2, (14 latas)

 Espalhe o concreto no fundo da vala deixando uma espessura

média de 4 centímetros. Esse será o lastro de concreto magro.


Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
ALVENARIA DO ALICERCE
 Levante a alvenaria do alicerce. Suba até a cota da fundação.

Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006


CAMISAS
 As instalações subterrâneas (que ficam debaixo da terra) como
esgoto, águas pluviais (da chuva) e, conforme o caso, até telefonia
e eletricidade que passam pelo alicerce devem ter uma
independência entre o alicerce e a tubulação. Em outras palavras,
não deve haver contato rígido entre qualquer tipo de tubulação e o
alicerce.

 Um tubo, por exemplo de esgoto, não pode ficar fixo na alvenaria


do alicerce pois podem ocorrer seccionamentos do tubo surgindo
trincas e consequentemente vazamentos.
 Nunca chumbar tubos, principalmente de plástico, diretamente na
alvenaria:
 EVITAR A TODO CUSTO:
 Eles não se entendem e um dia o tubo vai trincar e começar a
vazar.

Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006


 FAÇA O CORRETO:
 O correto é passar o tubo de esgoto por dentro de uma camisa.
 O que é uma CAMISA?
 É um outro tubo, de maior diâmetro que vai deixar o tubo de esgoto
passar solto por dentro, sem tocar na alvenaria.

Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006


FINAL DO ALICERCE
 Veja como vai ficar os alicerces depois de prontos.
 Lembre-se sempre que os alicerces devem ficam assentados
(apoiados) sempre em terreno firme, nunca sobre aterros.

Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006


REATERRO
 Para tampar a vala utilize TERRA BOA, de preferência argila
vermelha (Terra Roxa), limpa, sem folhas, sem galhos e sem
sujeiras.

 Lance camadas de no máximo 15 centímetros e soque bem com o


soquete.

 Não seja preguiçoso como alguns que lançam toda a terra e dão
uma pisada com o próprio pé. Isso é serviço de porco.

 É importante que o reaterro fique bem socado para evitar que no


futuro se formem ocos debaixo do piso.
Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
TÉRMINO DO REATERRO
 Veja como vai ficar depois que terminar o reaterro das valas e o
aterro da parte interna da casa.

Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006


IMPERMEABILIZAÇÃO
 Esta é uma etapa IMPORTANTÍSSIMA da obra.
 Se você se descuidar nessa etapa vai ter uma casa doentia, úmida e
abafada por causa da umidade que irá subir do subsolo por dentro
das paredes.
 Então, se você quer uma casa sêca, saudável e gostosa de morar,
capriche na confecção da impermeabilização do alicerce.
 Aplique em cima e também nas laterais (dentro e fora) uma
argamassa preparada:
Argamassa Impermeabilizante
 Argamassa Impermeabilizante 1:3
 Cimento Portland 9 kg, Areia Média 21 litros Impermeabilizante,
270 gramas
 NOTA: A medida do impermeabilizante, é meramente ilustrativa
pois os produtos impermeabilizantes fornecidos pelos diversos
fabricantes possuem propriedades próprias e deve-se seguir,
RIGOROSAMENTE, a dosagem indicada na embalagem do
impermeabilizante.
 Aplicar uma camada de no mínimo 3 centímetros.
 IMPORTANTE: Não basta revestir somente a parte de cima do
alicerce. É necessário revestir as 2 laterais descendo até cobrir pelo
menos 2 fiadas de tijolos.
 ESPERE SECAR BEM.
 Depois de totalmente seco, aplicar 3 demãos de um
impermeabilizante líquido à base de betume (pixe).
Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
ALVENARIA
 Além de impermeabilizar o topo do alicerce é necessário
impermeabilizar ao menos as 2 primeiras fiadas da alvenaria das
paredes.

Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006


CONTRA-PISO
 Espere o revestimento impermeabilizando do alicerce ficar

totalmente seco.

 Depois disso já se pode realizar o aterro interno.

 Apiloe bem o aterro interno para que no futuro não venha a se

formar ocos sob (debaixo) do piso.

 Depois disso confeccionar o contra-piso. Para o contra-piso pode

se usar a mesma argamassa que foi usada para o lastro do alicerce.


Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006
CONTRA-PISO PRONTO
 Veja como ficou a obra com os reaterros e o contra-piso pronto.

Fonte: ET-10\RMW\fundações\fpp02.htm em 24/12/2006


Outros tipos de fundações
Os exemplos aqui apresentados são meramente
ilustrativos e não podem ser utilizados na prática. A
definição do tipo de fundação só pode ser realizada por
profissionais habilitados e registrados no CREA -
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia. Os exemplos apresentados servem para os
estudantes, terem uma idéia da variedade de tipos de
fundações.
FUNDAÇÃO TIPO BALDRAME
O baldrame é o tipo mais comum de fundação.
Constitui-se de uma viga, que pode ser de alvenaria, de
concreto simples ou armado construída diretamente no
solo, dentro de uma pequena vala. É mais empregada em
casos de cargas leves como residência construídas sobre
solo firme.
ROTEIRO
para confecção de um bom alicerce:
1 - Os alicerces em alvenaria só podem ser empregados
para casas térreas e em terreno firme. Se o terreno não
for muito firme, isto é, for formado por barro muito
úmido ou argila mole ou solos com presença de água, o
alicerce deve ser feito com vigas baldrames de concreto
armado.
2 - Não trabalhe em dias chuvosos. A fundação vai ficar
uma porcaria e vai trazer problemas de trincas e
infiltração de umidade para o resto da vida.
3 - Abrir uma vala da largura um pouco maior que a
largura do alicerce.As paredes internas da casa serão de
1/2 tijolo. Então o alicerce deve ter pelo menos 1 tijolo
de largura. Se o terreno não for bem firme, o alicerce
deve ser mais largo, isto é, ter 1 e 1/2 tijolo de largura.
As paredes externas da cas serão de 1 tijolo. Então o
alicerce deve ter 1 e 1/2 tijolo de largura. Se o terreno
não for bem firme, o alicerce deve ser mais largo, isto é,
ter 2 tijolos de largura.
4 - A vala não pode ter menos que 40 centímetros de
profundidade. Normalmente, os terrenos naturais
apresentam, na camada superficial, muitas raízes de
plantas e de árvores. Esta camada não serve para
assentar o alicerce. Aprofundar até encontrar terreno
firme sem raízes. Em terrenos aterrados não é possível o
emprego de fundação direta.
5 - Em terrenos inclinados, o alicerce segura a casa, não
deixando ela "escorregar". Aprofundar a vala até
encontrar terreno bem firme. Em terrenos bastante
inclinados, empregar estacas na fundação. Aprenda
medir a DECLIVIDADE do terreno:
COMO MEDIR A DECLIVIDADE DO TERRENO
1 - Escolher 2 pontos quaisquer no terreno, por exemplo
pontos A e B da figura acima.
2 - No ponto mais baixo, cravar um pontalete. Se não
tiver pontalete, serve caibro, sarrafo ou outro material
que seja firme.
3 - Com o auxílio de uma mangueira de água, transportar
o nível do ponto B para o ponto A, fazendo uma marca
no pontalete.
4 - Medir a distância horizontal entre A e B. No caso do
exemplo acima, a distância horizontal medida foi de L =
13,40 metros.
5 - Medir a distância vertical entre o chão e a marca feita
no pontalete. No caso do exemplo acima, a distância
vertical medida foi de 74 centímetros ou 0,74 metros.

6 - Dividir a distância vertical pela horizontal e


multiplicar o resultado por 100:

D = V / H * 100 = 0,74 / 13,40 * 100 = 5,52 %.

A declividade do terreno do exemplo acima é de 5,52


porcento.
6 - Até 10% de declividade e sendo o terreno bem firme,
você pode pensar em fundação direta.

7 - Para terrenos com mais de 10% de declividade, a


fundação não pode ser direta mas sim profunda e ainda
sobre estacas. Algumas das estacas deverão ser
inclinadas para segurar a casa contra o escorregamento.
A profundidade das estacas deve ser tal que atinja a
camada firme do terreno.
8 - Para terrenos com mais de 20% de declividade há
risco de escorregamento entre as camadas geológicas do
subsolo. Nestes casos não há nada que consiga segurar a
casa contra o escorregamento, pois o próprio terreno tem
a tendência de escorregar. Neste caso a casa não poderá
ser construída neste local.
9 - Examinar o fundo da vala. A terra deve apresentar-se
firme, sem manchas e homogênea. Caso haja ninhos de
formiga, remover e aprofundar um pouco mais a vala.
10 - Apiloar o fundo da vala com um soquete.Você
mesmo poderá confeccionar um soquete, usando uma
lata de tinta, tipo galão, cheia de concreto e com um cabo
de vassoura infincada.
11 - Aplicar uma camada de concreto magro de cerca de
5 centímetros. O concreto magro é feito de cimento,
areia, brita e água. Não vai ferro, só o concreto.
12 - Levantar a alvenaria do alicerce até a cota final. A
cota do piso interno deve sempre ser mais alta que a cota
do piso externo. O ideal é em torno de 17 centímetros (1
degrau de altura).
13 - Fazer a impermeabilização do alicerce conforme
figura acima, aplicando uma camada de massa
impermeabilizante em cima e nas laterais do alicerce.
Esperar secar bem. É essa camada de impermeabilizante
que vai impedir a subida da umidade do solo pelas
paredes.
14 - Depois que a camada de impermeabilização secou
bem, aplicar duas demãos de impermeabilizante
betuminoso. (Exemplo: o produto chamado NEUTROL
fabricado pela Otto Baumgart). Aplicar seguindo as
recomendações do fabricante do produto. Esperar secar
bem.
15 - Fazer o reaterro do terreno, no lado de dentro e no
lado de fora.
16 - Confeccionar o aterro interno. Usar terra de boa
qualidade, sem mato e madeira. Entre uma terra fina e
uma grossa, prefira a terra grossa. Se possível, misture
um pouco de areia grossa, pedrisco, brica ou seixo
rolado. Nivele na altura da camada de impermeabilização
do alicerce. Soque tudo muito bem.
17 - Confeccionar a alvenaria da parede da casa. Nas
duas primeiras fiadas da alvenaria da parede, empregar
argassa de assentamento com adição de
impermeabilizante. (Exemplo: produto chamado
VEDACIT da Otto Baumgart). Essas camadas de
impermeabilizante é que vão impedir a subida da
umidade pelas paredes. Em dias de chuva é comum os
respingos da chuva encontrarem uma fresta para se
infiltrar na parede.
18 - Depois de cobrir a casa você pode confeccionar o
contrapiso interno da casa. Veja no desenho acima, a
posição exata do contrapiso. Não faça como muitos que
colocam o contrapiso na mesma altura que a camada de
impermeabilização. ISSO VAI DAR MUITO
PROBLEMA:
FUNDAÇÃO TIPO SAPATA
A sapata é preferida onde o baldrame não é recomendado,
quer pelo peso do prédio ou pela baixa resistência do
solo. A sapata é um bloco de concreto armado construído
diretamente sobre o solo dentro de uma escavação. Isto
acontece quando o peso da casa é grande (como em
sobrados) ou quando a casa é construída em terrenos
fracos. Neste caso deverá ser adotada a sapata como
fundação. A sapata pode ser do tipo SAPATA CORRIDA
ou SAPATA SIMPLES.
A sapata corrida é contínua, isto é, percorre todo o
comprimento da parede. A vantagem no custo da sapata
corrida é que ela pode ser confeccionada em alvenaria e
não necessita de vigas e pilares para a sustenção do peso
da parede e do telhado, porém vale ressaltar que a
alvenaria deve ser toda com tijolo maciço, com
amarrações entre as paredes em "L" e "T", com forro de
gesso, estuque ou lambril, em caso de vãos pequenos
podendo até utilizar laje pré.
SAPATA SIMPLES
A desvantagem no custo da sapata simples em
comparação a sapata corrida, é que ela necessita de
baldrames, vigas e pilares (colunas) para fazer a
distribuição e a concentração do peso das paredes, laje e
telhado, porem é o tipo de fundação que proporciona
maior resistência em casos de moradias com mais de um
pavimento (sobrados).
FUNDAÇÕES POR ESTACAS
Perfuração:
A perfuratriz rotativa ou roto-percussiva é posicionada,
verificando-se a verticalidade e/ou ângulo de inclinação
de acordo com a característica da estaca e projeto. O tubo
de revestimento é centrado no piquete de locação da
estaca.
A perfuração em solo é executada com a descida do tubo
de revestimento, em cuja extremidade é acoplada a coroa
de perfuração adequada às características do solo, com
auxílio de circulação de água ou ar comprimido, injetada
no seu interior, até à profundidade prevista no projeto.
A profundidade de perfuração é medida somando as
medidas dos tubos de perfurações e verificando o
comprimento perfurado, utilizando-se a composição de
tubos de injeção, que são introduzidos no interior do tubo
de revestimento, até à cota de fundo da perfuração.
Caso, durante a perfuração, atinja-se o topo rochoso,
matações, concreto, etc, deverá ser usada sapata ou coroa
diamantada, acoplada ao barrilete amostrador, interno à
composição de tubos de revestimento, de maneira a
retirar-se o testemunho da rocha.
Porém, podem ser usados, também, martelos pneumáticos
ou hidráulicos, perfurando por sistema roto-percussivo,
trabalhando no interior do tubo de revestimento, até
atingir à cota de projeto.
Colocação da Armadura:
Concluída a perfuração da estaca, executa-se a limpeza
interna do tubo de revestimento, utilizando a composição
de tubo de injeção descendo até a cota inferior da estaca.
Esta limpeza estará concluída quando a água de retorno
não apresentar traços de material transportado.
A armadura é colocada até à profundidade alcançada
durante a perfuração, apoiando-se no fundo do furo. A
armadura pode ser constituída por uma ou mais barras
montadas em feixe ou em gaiolas, tubos metálicos ou
ainda uma mescla destas alternativas, conforme
especificado pelo projetista.
Injeção de Argamassa:
 Desce-se no interior do tubo de perfuração um tubo de injeção até
ao fundo do furo, através deste tubo injeta-se argamassa de cimento
e areia por meio de bomba injetora, de baixo para cima, expulsando
toda a água de circulação contida no interior do tubo de
revestimento. A injeção é interrompida apenas quando a argamassa
emergente sair limpa, sem sinais de contaminação de lama ou solo.
 Estando o tubo de perfuração totalmente preenchido com
argamassa, inicia-se a extração do revestimento por ação coaxial ao
eixo da estaca, complementando-se o volume da argamassa por
gravidade, sempre que houver abatimento da mesma no interior do
tubo. Durante a extração, aplica-se ar comprimido sob pressão
moderada, controlando-se para evitar deformações excessivas no
terreno, garantindo a integridade do fuste e também a perfeita
aderência da estaca com o terreno.
No caso de utilização de bomba de injeção de
argamassa, com pressão mínima de trabalho de 0,3 MPa,
não há necessidade da aplicação do ar, pois a eventual
complementação da argamassa na boca do revestimento
será feita colocando-se a cabeça do revestimento e
injetando-se a argamassa sobre pressão. A retirada do
revestimento poderá ser executada também com o
próprio equipamento de perfuração.
Para estacas raiz com tubos metálicos perdidos, não
haverá a necessidade de injeção de ar comprimido, pois
o suporte de contato são as próprias camisas, não
havendo deformação. O preenchimento de argamassa
deve ocorrer sempre até à superfície do terreno.
A argamassa deve seguir a seguinte
especificação:
• Consumo de cimento ≥ 600Kg por m³- Cimento CP II
classe 32;
• Resistência característica = fck mínimo = 20 MPa;
• Areia: areia média lavada;
• Fator A/C ≤ 0,50.

O traço para a argamassa deve ser: 1 saco de cimento


(50kg) + 84 litros de areia + 25 litros de água.
Tipos de Fundações por Estacas

As estacas podem ser:

Estacas Cravadas em concreto armado, aço ou madeira.

Estacas Moldadas de concreto com ou sem tubo

moldador.

Micro-Estacas ou Mini-Estacas
Fundações com Estacas Cravadas
• As fundações por estacas cravadas Pré-
fabricadas são em regra geral, fabricadas no
estaleiro da obra. A cravação de estacas não é
aconselhável em zonas urbanas devido ao ruído e
às vibrações. A energia de cravação tem que ser
adequada para que não sejam danificadas as
estacas ou o solo.
Vantagens: As condições de fabrico das estacas
permitem garantir os recobrimentos logo é difícil a
corrosão das armaduras. A estaca não é afectada pela
água subterrânea durante a presa. Antes da cravação
pode-se controlar e garantir a qualidade do concreto
armado.

Desvantagens: Uma das principais desvantagens da


utilização deste tipo de estacas é que
causam movimentos no solo durante a cravação. As
estacas podem ficar destruídas normalmente na parte
superior. Causam ruídos e vibrações incómodas em zonas
urbanas.
Fundações com Estacas Moldadas
Em primeiro lugar executa-se o furo através do trado
caso os terrenos tenham consistência suficiente, se não
recorre-se à cravação de um tubo moldador (solução
utilizada em terrenos com água corrente). O movimento
de retirada do tubo não pode ser muito rápido para que
não deixe desprotegido o concreto fresco, mas também
não pode ser muito lento para que o concreto armado
não ganhe presa às paredes do tubo.
Vantagens: Uma das principais vantagens das
fundações por estacas moldadas é que a sua execução
não origina ruído ou vibrações no solo, pelo que podem
ser utilizadas em zonas urbanas. As condições do solo
são pouco afectadas. A retirada de terreno permite ter um
controlo sobre as características dos terrenos
atravessados e atingidos.
Desvantagens: Um dos principais problemas na
utilização deste tipo de fundações por estacas é que não é
possível controlar a qualidade final do concreto. Não
existem garantias da existência ou não de defeitos ao
longo da superfície lateral das estacas. Possibilita desvios
da verticalidade e arrastamento do concreto durante a
presa.
Fundações com Micro-Estacas
As fundações com micro-estacas são de pequeno
diâmetro, oscilam entre quinze a vinte centímetros, é
necessário a utilização de equipamento mais ligeiro para
a sua execução. São muito utilizadas em engenharia
para reforço de fundações existentes.
Estacas de Madeira
As estacas de madeira nada mais são do que troncos
de árvore (os mais retos possíveis) cravados no solo
com bate-estacas de pequenas dimensões e martelos
leves. Antes da difusão da utilização do concreto, elas
eram empregadas quando a camada de apoio às
fundações se encontrava em profundidades grandes.
Os tipos de madeira mais usados são eucalipto, aroeira,
ipê e guarantã. A madeira tem duração praticamente
ilimitada quando mantida permanentemente submersa.
Entretanto, quando submetida à variação de nível d’água
apodrece por ação de fungos aeróbios que se
desenvolvem no ambiente água-ar.
Por isso, a durabilidade das estacas de madeira está
condicionada a privá-la de um desses fatores; como no
solo é praticamente impossível obter um meio
completamente seco, o fator a eliminar é o ar. Entre as
atuais obras brasileiras com fundações em estacas de
madeira pode-se citar o Teatro Municipal do Rio de
Janeiro, construído em 1905.
 As estacas de madeira enquadram-se na categoria das estacas
de deslocamento, caracterizadas por sua introdução no
terreno através de processo que não promova a retirada de
solo. A cravação das estacas pode ser feita por percussão,
prensagem ou vibração, e a escolha do equipamento deve ser
feita de acordo com o tipo, dimensão da estaca,
características do solo, condições de vizinhança,
características do projeto e peculiaridades do local. A
cravação por percussão é o processo mais utilizado,
utilizando-se para tanto pilões de queda-livre ou automáticos.
Estacas escavadas
Na ocorrência de cargas elevadas, em obras de vulto N
tal que justifique a mobilização do equipamento, o tipo
de estaqueamento correntemente mais adequado é o de
estacas de grande diâmetro moldadas “in loco”, com
perfuração mecânica a rotação, e eventual emprego de
lama bentonítica.
 A lama bentonítica trata-se de um material tixotrópico que em dispersão muda
seu estado físico por efeito da agitação (em repouso é gelatinosa com ação
antiinfiltrante; agitada fluidifica-se). Seu efeito estabilizante é eficaz quando a
pressão hidrostática da lama no interior da escavação é superior à exercida
externamente pelo lençol e a granulometria do terreno é tal que possa impedir
a dispersão da lama.
 A coluna de lama exerce sobre as paredes da vala uma pressão que impede o
desmoronamento formando uma película impermeável denominada “cake”, a
qual dispensa o uso de revestimentos.
O uso desse tipo de estacas tem se difundido largamente
pela facilidade e rapidez de execução e pela
adaptabilidade a diversos tipos de terreno, bem como o
seu imediato conhecimento visual. As estacas de grande
diâmetro executadas por perfuração a rotação podem ser
feitas junto a construções existentes, devido à total
ausência de vibração, podendo atingir profundidades de
até 70 metros
Convém ainda lembrar que as estacas escavadas de
grande diâmetro podem ser executadas em presença de
lâmina d’água, o que ocorre em obras marítimas e em
construção de pontes. Nesse caso, a escavação mecânica
e a concretagem submersa são precedidas da cravação de
camisa metálica por intermédio, em geral, de martelo
vibratório. Os equipamentos, quando necessários, serão
montados em plataforma flutuante (barcaças de convés
chato). As camisas metálicas poderão ser perdidas ou
recuperadas.
Paredes diafragma
 A parede diafragma consiste em se realizar, no subsolo, um
muro vertical de profundidades e espessuras variáveis,
constituídos de painéis elementares alternados ou sucessivos,
e aptos a absorver cargas axiais, empuxos horizontais e
momentos fletores.
 A parede poderá ter função estática ou de interceptação
hidráulica, podendo ser constituída de concreto simples ou
armado, pré-moldada ou de coulis, conforme o escopo a que
se destinar.
 Utilizada inicialmente na construção de “cut-off” de
barragens para interceptação de fluxos de infiltração, passou
a ser aplicada na solução de grande número de problemas.
Parede diafragma pré-moldada
As paredes diafragma pré-moldadas são constituídas por
uma série de elementos em concreto armado, preparados
em usina ou no próprio canteiro. Esses painéis são
dimensionados e armados para responder às solicitações a
que serão submetidos.
Parede diafragma plástica

A parede diafragma plástica é uma barreira vertical


escavada com a utilização de “coulis” (mistura de
cimento, bentonita e água), com o objetivo de reduzir a
percolação horizontal da água. Para melhorar sua
eficiência, a parede deve penetrar na camada de solo
impermeável subjacente.
• Especificação da Betonita Sódica: Espessante mineral
ecologicamente correto, derivado de Bentonita vulcânica
composta por Silicato de Alumínio Hidratado sem
adição de produto químico, possuindo as características
de Inchamento, Viscosidade e Tixotropia que permite a
formação de ESPESSANTES Volumosos, Viscosos,
Consistentes e Estáveis que originam produtos
resistentes e duráveis.
Estacas barrete
Na ocorrência de cargas elevadas em obras de vulto, o
tipo de estaqueamento que também pode ser utilizado é o
de estacas tipo barrete, que são estacas de secção
retangular derivadas de um ou mais painéis de parede
diafragma e utilizados como elementos portantes de
fundações em substituição às estacas de grande diâmetro.
Suas vantagens são:
conhecimento imediato e real de todas as camadas
atravessadas;
ausência de vibração;
gradual adaptação da estaca às condições físicas do
terreno, com sensível incremento do atributo lateral;
possibilidade de atingir grandes profundidades (até 70
metros);
possibilidade de executar a estaca em praticamente todos
os tipos de terreno, com nível de água ou não, e
atravessar matações com a aplicação de ferramentas
especiais (hidrofresa);
redução no volume de concreto nos blocos de
coroamento.
Estacas hélice contínua
O uso das estacas hélice contínua existe há vários
anos e a sua origem foi nos Estados Unidos. Além
da execução da estaca, o equipamento de hélice
contínua pode ser usado ainda para:
- Execução de pré-furos para implantação de
perfis metálicos ou estacas pré-moldadas em
terrenos resistentes, onde a simples cravação
poderia danificar a cabeça das estacas;
- Constituir uma cortina com estacas espaçadas e
concreto projetado entre elas.
Em função do torque dos equipamentos ter aumentado
significativamente nos últimos anos, tem sido possível
executar estacas de maiores diâmetro e bem mais
profundas, além de se poder perfurar terrenos cada vez
mais resistentes.

Uma das mais importantes características da estaca hélice


contínua é que não produz vibrações, por isso é muito
usada em centros urbanos e nas áreas que possuem
equipamentos sensíveis.
Instrumentação / Controle de qualidade

• Sem dúvida um aspecto importante na execução


de estacas hélice contínua é a possibilidade de se
monitorar toda a execução garantindo assim o
controle da perfeita execução e qualidade da
estaca.
• O advento da instrumentação confiável tem
aumentado a compreensão da técnica de
execução dessas estacas e trazido, assim, mais
confiança ao método.
Estacas raiz
As "estacas-raiz" (pali radice, root pile) são estacas
escavadas de pequeno diâmetro, concretadas “in situ”
com injeção, e estão sendo utilizadas, nos últimos anos,
de maneira sempre mais freqüente.

As estacas raiz se constituem, de fato, num dos processos


mais difundidos no campo das obras de reforço de
fundações, consolidação de taludes e de fundações
normais ou de tipo especial, em presença também, e
sobretudo, de terrenos particularmente difíceis, por
exemplo, com presença de matacões e rocha.
As principais características típicas da estaca e que
permitem de fato resolver com sucesso a maior parte dos
problemas ligados com reforço de fundações e
consolidação de terrenos são:
Alta capacidade de carga com recalques muito reduzidos;

Possibilidade de execução em área restritas e alturas limitadas;

Perturbação mínima do ambiente circunstante;

Podem ser executadas em qualquer tipo de terreno e em


direções especiais;

Podem ser executadas com utilização a compressão ou a tração.


Jet grouting
O jet grouting é um processo capaz de se valer da
atuação de um jato da calda de cimento introduzido no
terreno a alta pressão e elevada velocidade através de
bicos injetores, num raio bem determinado, de tal modo
que desagrega o solo misturando-se a este formando,
assim, colunas de solo-cimento.
O sistema jet grouting é empregado em todos aqueles
casos onde, pela heterogeneidade dos terrenos ou pelas
características anômalas de permeabilidade, se tornem de
difícil ou duvidosa execução os sistemas tradicionais de
injeção e de perfuração. Suas principais aplicações são:

Diafragmas com paredes impermeáveis;


Blocos de Fundação;
Sistemas Estruturais “Mistos”;
Estabilização preventiva do solo para escavação de túneis;
Tampões de fundo de escavações;
Reforço de pisos industriais;
Painel Jetting.
Monitoramento eletrônico
A Brasfond executa colunas de jet grouting com
monitoramento eletrônico, visando um melhor controle e
qualidade do tratamento executado, bem como a garantia
de rigorosa observância e controle das premissas de
projeto. O monitoramento mede as principais
características de execução como: profundidade, rotação
da haste, força de penetração, pressão da calda, pressão
do ar, volume da calda e tempo.
Geotecnia ambiental
Em busca de oferecer trabalhos com a mais alta
qualidade e tecnologia, a Brasfond firmou acordo de
cooperação técnica com a GeoSolutions, empresa
Americana reconhecida e detentora de know how na
aplicação de geotecnia de subsolo para áreas
contaminadas.

Soluções inovadoras para problemas ambientais:


Tecnologias

Cutter Soil Mixing

Hidrofresa

Diafragma Plástico

Jet Grouting

Outros
Melhoramento de solos
Nas últimas décadas é cada vez maior a quantidade de
projetos de engenharia civil construídos sobre espessas
camadas de solo mole. Nestas condições, se faz
necessária a utilização de métodos de melhoramento de
solo com o objetivo de aumentar a sua capacidade de
carga e de minimizar os efeitos de recalques absolutos,
trazendo grandes diferenciais à construção.
Vibrocompactação
Recomendado para solos granulares ou ligeiramente
coesivos, como pedregulhos e areias, é geralmente
considerada uma técnica ideal para suportar cargas
elevadas.
No entanto, estes solos em seu estado natural são
caracterizados por um estado de compactação
extremamente não uniforme. Sobrecarregá-los com
cargas estruturais pode levar a grandes recalques
diferenciais, que resultariam em danos estruturais.
Por aplicação da técnica de Vibrocompactação é possível
transformar as camadas do solo de forma rápida e
economica, deixando-o com ótimas características de
suporte de carga.
Colunas de brita
Em solos coesivos, suas as partículas não podem ser
reorganizadas por impulsos de vibração por
vibrocompactação. Porém um aumento considerável na
capacidade de carga pode ser alcançado nestes solos pelo
processo de colunas de brita.
Através dessa técnica, colunas de brita são construídas
por um vibrador de profundidade especialmente adaptado
e equipado para esse processo.
As colunas de brita têm maior resistência ao cisalhamento
e rigidez em comparação ao solo circundante. Ao mesmo
tempo, o solo circundante fornece apoio lateral para as
colunas de brita e, assim, cria-se a interação coluna-solo.
Drenos verticiais fibroquímicos
Os drenos verticais ou fibroquímicos são utilizados para
terrenos argilosos moles e pouco permeáveis. Tornam
possível a eliminação rápida de água do solo,
ocasionando uma grande redução no tempo que seria
necessário para um pré-adensamento e,
consequentemente, aceleração de recalques.
O sucesso de um projeto de aceleração de recalque feito
com a utilização de drenos verticais (fibroquímicos ou
não) depende de uma análise bem feita - de campo e
laboratório - das propriedades do solo a ser melhorado.
Mistura de solo in situ (CSM)
• A técnica de Mistura de solo in situ, também conhecida
como Cutter Soil Mixing (CSM), teve seu princípio
tecnológico originado nos EUA, onde em 1954 um
misturador com uma rosca sem fim foi utilizado para
misturar o cimento com o terreno, porém, esta
tecnologia no seu formato atual foi desenvolvida na
Suécia e no Japão. (Geofluid, 2009).
O processo Cutter Soil Mixing (CSM) consiste na
construção de um painel impermeável in situ, de
geometria muito parecida à de uma parede diafragma.
Porém, diferentemente do processo de execução de
paredes diafragmas ou de outras estruturas subterrâneas,
o solo não é retirado da cava, portanto, nos casos de
remediação de solos contaminados, o mesmo é tratado
através da mistura com cimento Portland e/ ou outras
substâncias químicas. Evita-se, assim, o transporte para
aterros e disposição final em locais especiais.
Objetivos
Quebra da estrutura do solo;

Mistura da calda com a matriz do solo;

Criação de uma estrutura homogênea solo-calda.

Aplicações
Construção de cut-off de barragens;

Paredes de contenção;

Encapsulamento in situ de áreas contaminadas;

Contenção de estruturas vizinhas.


Hidrofresa
• Parede diafragma é uma solução comum praticada na
engenharia, quer seja em obras civis ou hidráulicas. A
solução convencional de execução de paredes
diafragmas é muito limitada em sua aplicação para
escavação em rocha. Nesse caso, a solução muitas vezes
é feita tradicionalmente com o uso de trepanação, que
tem grandes limitações e dificuldades executivas, e,
portanto, uma produção muito baixa.
Em função disso, foi desenvolvido um sistema de
escavação composto de uma pesada estrutura metálica,
na qual são montadas duas rodas com bits especiais em
seu entorno. Essa ferramenta é hoje mundialmente
conhecida como Hidrofresa, e que somente este ano está
sendo introduzida no Brasil.
Vantagens
Sistema usado para escavação até 120m de profundidade;

A qualidade das juntas entre painéis é muito melhorada em


função da superposição que se cria no momento da escavação
do painel secundário;

Permite escavar rocha acima de 100 MPa.

Aplicações
Cut-off - barreira impermeável;

Paredes diafragma para contenção;

Elementos isolados como fundação (barretes).


Tirantes
• Tirante são elementos de ancoragem que nos permitem
transferir, por tração, para o interior do maciço, esforços
de uma superfície, através de cabos ou monobarras de
aço. Os tirantes são agrupados em três tipos: de barra, de
fios e de cordoalha.
Suas principais aplicações são:

Contenção de taludes em solo e rocha;

Sustentação de paredes para escavação profunda;

Ancoragem de lajes para combater a subpressão;

Fixação de estruturas especiais, quer em solo ou rocha.

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