Estatística Aplicada
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Segurança do Trabalho
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REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 22
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1.1 Introdução
Dois milhões de trabalhadores morrem a cada ano de doenças ocupacionais e
acidentes ocorridos no ambiente de trabalho. Segundo um relatório da Organização
Internacional do Trabalho divulgado nesta sexta-feira, morrem mais de 5 mil pessoas
por dia de problemas relacionados ao trabalho. O número anual de mortes inclui as de
12 mil crianças. Quatro de cada cinco acidentes fatais ocorrem com homens.
O relatório está sendo divulgado para discussão durante o Congresso Mundial de
Segurança Ocupacional e Saúde no Trabalho, que será aberto neste domingo, em Viena,
na Áustria. A agricultura, que emprega mais de metade dos trabalhadores do mundo,
responde por mais de 50% das mortes, ferimentos e doenças. A construção civil, a
atividade madeireira, a pesca e a mineração também estão na lista das mais perigosas.
“Os acidentes fatais são apenas a ponta do iceberg. Dependendo do tipo de
trabalho, para cada morte, ocorrem 500 a 2 mil pequenos acidentes”, afirmou Jukka
Takala, diretor da Organização Internacional Trabalho. Ele afirma que 270 milhões de
trabalhadores se envolvem em acidentes ocupacionais anualmente, entre os quais
aproximadamente 360 mil são fatais, e outros 160 milhões de trabalhadores sofrem de
doenças ocupacionais.
A incidência de mortes por acidentes de trabalho e doenças ocupacionais
aumentou claramente desde 1990, segundo a organização, ligada à ONU, mas não foram
divulgadas estatísticas que permitissem essa comparação. Doenças transmissíveis como
a malária e a hepatite não eram contabilizadas antes e o número de casos de câncer e
doenças circulatórias - entre as quais a hipertensão, associada ao estresse, aumentou,
diz o relatório.
A principal causa de morte por problema ocupacional é o câncer, responsável
por 640 mil 32% dos óbitos. Em seguida vêm as doenças circulatórias (23%), acidentes
(19%), doenças transmissíveis (17%) e doenças respiratórias (7%).
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No fim do século XVIII estatística foi definida como sendo "o estudo quantitativo
de certos fenômenos sociais, destinados à informação dos homens de Estado", desde
então esta definição tem agregado uma série de outras funções além, é claro, a de
fornecer informações a nossos governantes.
Seja qual for a área ou o objeto de estudo do pesquisador, este poderá vir a
utilizar conceitos de Estatística. É indispensável para qualquer profissional o domínio das
informações pertinentes ao seu trabalho: um médico deve conhecer profundamente a
eficácia de medicamentos, bem como o comportamento de determinada patologia; um
administrador não pode deixar de lançar mão de conhecer o seu mercado de atuação,
ou ainda sobre o comportamento do seu cliente; um engenheiro precisa acompanhar
com grande precisão o controle de qualidade de sua produção estando atento para
ocorrência de falhas, identificando suas causas; um biólogo precisa estar atento à
diversidade da flora de uma região procurando identificar padrões de desenvolvimento
das plantas. Todos estes exemplos são casos em que a Estatística se torna indispensável
como uma ferramenta capaz de auxiliar estes profissionais na busca de soluções para
seus problemas de pesquisa.
De acordo com Levin (1987) é quando o pesquisador usa números - quando ele
quantifica seus dados - que ele muito provavelmente emprega a estatística como
instrumento de descrição e/ou decisão. A Estatística divide-se em duas partes: descritiva
e inferencial. A área descritiva lida com números para descrever fatos, tornando
questões complexas mais fáceis de entender e a área inferencial utiliza métodos de
estimativas de uma população com base nos estudos sobre amostras.
Para Rao (1999), a estatística é uma ciência que estuda e pesquisa sobre: o
levantamento de dados com a máxima quantidade de informação possível para um dado
custo; o processamento de dados para a quantificação da quantidade de incerteza
existente na resposta para um determinado problema; a tomada de decisões sob
condições de incerteza, sob o menor risco possível.
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Primeiro Ciclo:
1. Utilizar instrumentos de medida, usuais ou não, estimar resultados e
expressá-los por meio de representações não necessariamente convencionais;
2. Identificar o uso de tabelas e gráficos para facilitar a leitura e
interpretação de informações e construir formas pessoais de registro para comunicar as
informações coletadas;
3. Elaborar e interpretar listas, tabelas simples, de dupla entrada e gráficos
de barra para comunicar a informação obtida;
4. Produzir textos escritos a partir da interpretação de gráficos e tabelas.
Segundo Ciclo:
1. Recolher dados e informações, elaborar formas para organizá-los e
expressá-los, interpretar dados apresentados sob forma de tabelas e gráficos e valorizar
essa linguagem como forma de comunicação;
2. Utilizar diferentes registros gráficos - desenhos, esquemas, escritas
numéricas - como recurso para expressar ideias, ajudar a descobrir formas de resolução
e comunicar estratégias e resultados;
3. Identificar características de acontecimentos previsíveis ou aleatórios a
partir de situações problemas, utilizando recursos estatísticos e probabilísticos
Neste sentido existe um grande esforço por parte dos educadores e
pesquisadores na área de educação estatística em fornecer suporte teórico e didático
para que os professores de matemática possam trabalhar em suas aulas conteúdos de
estatística. Sabe-se que existe uma grande lacuna na formação destes professores no
que se refere à estatística, sabe-se, ainda, que a maioria destes professores não se sente
preparada nem teoricamente nem didaticamente para este trabalho, o que faz com que,
muitas vezes, a estatística seja colocada em "segundo plano" nos programas de
matemática e que, até mesmo, seja "esquecida" de ser trabalhada com os alunos.
Com isto, a preocupação principal neste momento e para o futuro é a preparação
de professores das escolas de ensino fundamental e médio para o ensino de estatística.
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Temos no Brasil "focos" de pesquisas nesta área que devem, com certeza, nos próximos
anos expandir-se. Torna-se necessário, neste momento, a criação de um grupo de
pesquisadores que sejam capazes de disseminar a importância da alfabetização
estatística de nossos alunos, promovendo debates, palestras, minicursos com o objetivo
de construir uma forte base metodológica para os professores de matemática, com
relação aos conteúdos de estatística.
A Estatística está presente na vida do homem desde a antiguidade, no entanto
tem se mostrada cada vez mais próxima nos últimos tempos. Os conteúdos de estatística
a cada dia estão mais presentes nas necessidades de conhecimento de cada indivíduo.
Nós educadores devemos estar preparados para dar apoio no sentido de que a
escola possa suprir as necessidades impostas aos seus educandos. Por esta razão
devemos discutir e refletir como melhor trazer estes conteúdos para dentro do currículo
escolar, procurando mostrar a sua importância e abordar os conteúdos de estatística
com o suporte metodológico mais adequado possível. A Estatística e a Educação
estatística devem estar na pauta das discussões e fazer parte dos debates referentes à
educação matemática para que esta área cresça, propiciando a construção de uma
metodologia própria e consequentemente de uma didática que sirva de alicerce para os
professores de matemática.
Anotações
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uma obrigação legal: é também uma obrigação social e moral, pois se deve garantir a
integridade física da sociedade, fazendo com que se tenham cada vez menos pessoas
impactadas por acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Ainda, para as
organizações, essa prática é de extrema importância, com o intuito de ter uma mão de
obra saudável e produtiva, bem como de evitar prejuízos financeiros resultantes de
gastos com acidentes de trabalho e notificações de órgãos fiscalizadores.
seus braços para encher o ventre.”. Relata também a exposição ao risco de acidente
para as lavadeiras, durante a execução de suas atividades: “As lavadeiras sobre as
bordas do rio são vizinhas do crocodilo.”.
O Papiro Seller é considerado o relato mais antigo de análises de risco
ocupacionais a que se tem registro. Muitos séculos após este registro, o médico e
filósofo grego Hipócrates (460 – 375 a.C.) relatou, em seu livro chamado de “Ares, Águas
e Lugares”, o quadro de uma doença chamada “intoxicação saturnina” em um mineiro,
sendo saturnismo o nome dado a doença relacionada a intoxicação por chumbo.
Alguns séculos depois de Hipócrates realizar este estudo, Plinio, O Velho (23 – 79 d.C.),
escritor e naturalista romano, escreveu um livro chamado de “De História Naturalis”.
Neste livro, Plinio aborda as condições de trabalho de mineradores na extração de
chumbo e a respectiva exposição a este agente e demais poeiras minerais decorrente
de suas atividades dentro das minas, além de relatar quadros de enfermidades no
pulmão de mineiros e quadros de envenenamento por exposição ocupacional a zinco e
enxofre. Este relato aborda ainda a intenção dos trabalhadores em se protegerem com
o uso de panos e bexigas de animais frente ao rosto. A intenção desta medida, segundo
observado por Plinio, tratava-se de uma forma de atenuar a inalação de poeiras, sendo
esse o primeiro registro de utilização de um equipamento de proteção individual da
história. Até então, grande parte dos registros estavam ligados a atividades de extração
mineral. Isso decorre devido à predominância da atividade econômica e das intenções
de comércio daquela época.
Muitos anos se passaram, até que o próximo registro relacionado à segurança do
trabalho fosse publicado. Em 1556, Georgius Agricola publicou um livro chamado De Re
Metallica. Nesta obra, o autor fala sobre atividades relacionadas à metalurgia, desde sua
extração até a sua fundição, abordando uma doença que acometia os trabalhadores que
realizavam a extração dos metais. A enfermidade foi intitulada de asma dos mineiros,
porém pelos relatos abordados no livro, tratava-se de outra doença, a silicose, uma
fibrose pulmonar que até hoje acomete trabalhadores em todo mundo.
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Anos mais tarde, em 1567, Paracelso, que foi um médico, alquimista, físico e
astrólogo, descreveu algumas doenças dos mineiros da região da Boêmia, abordando
ainda casos de intoxicação pelo mercúrio. Destaca-se que esses relatos não abordavam
a saúde ocupacional dos trabalhadores como um todo; apenas alertavam para a
existência de riscos e danos causados ao organismo dos trabalhadores, resultado da
exposição prolongada a determinados agentes. Já em 1700, Bernardino Ramazzini,
considerado o pai da medicina do trabalho, publica um livro chamado de “De Morbis
Artificum Diatriba”. A obra aborda inúmeras doenças oriundas da exposição
ocupacional, com detalhes de suma relevância e precisão. Conforme Estrêla (2016, p.
10):
Qual a sua ocupação? Uma pergunta banal, mas de grande significado para a
Medicina, especialmente para a Medicina do Trabalho. Foi justamente essa
simples pergunta que mais contribuiu para celebrizar Bernardino Ramazzini,
quando, ao final do século XVII, incorporou ao interrogatório dos
trabalhadores doentes, na linguagem da época, a indagação: que arte exerce?
Anotações
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Anotações
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____________________________________ Desde a antiguidade vários povos faziam registros de dados e
informações que consideravam importantes, como o número de
____________________________________ habitantes da tribo ou cidade; o número de nascimentos e óbitos;
a avaliação de bens e riquezas das pessoas para a posterior
____________________________________ cobrança de impostos; a quantificação dos estoques de alimentos
e armamentos etc. Assim, por meio de métodos de contagem,
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surgiram as primeiras ideias da Estatística atual.
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