Imposto de Selo
Imposto de Selo
Imposto de Selo
BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOÇAMBIQUE
3.° SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE de 26 de Junho, criando uma estrutura moderna, de acordo
com os padrões internacionais e que responda de forma cabal
e eficiente aos seus objectivos e missão.
AVISO
A matéria a publicar no «Boletim da República» Nestes termos, ao abrigo do disposto na alínea e) do n.° 1
deve ser remetida em cópia devidamente autenticada, do artigo 153 da Constituição da República, o Conselho de
uma por cada assunto, donde conste, além dasindicações
Ministros decreta: necessárias para esse efeito, o averba
seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no Artigo 1. É criada a Administração Tributária dos Impostos
«Boletim da República». e aprovado o respectivo Estatuto Orgânico, em anexo ao pre-
sente Decreto e que dele faz parte integrante.
O órgão da administração do Estado que tem por missão e) Efectuar previsões sobre a evolução das receitas cuja
fundamental a execução da política fiscal, a gestão e admi- arrecadação esteja a seu cargo e elaborar estatísticas das receitas d
nistração dos impostos internos e, no geral, de todas as
receitas fiscais, necessita de ser adequado às reformas actual- f ) Propor e dar parecer sobre acordos internacionais em
mente introduzidas no sistema tributário pela Lei n.° 15/2002,
matéria tributária e assegurar a sua execução;
g) Fazer o controlo e acompanhamento da aplicação das Estatuto Orgânico da Administração
leis fiscais visando assegurar a justiça tributária; Tributária dos Impostos
h) Promover e realizar acções de auditoria e fiscalização
tributária com vista a prevenção e combate à fraude CAPÍTULO I
i) Exercer a acção de justiça tributária, bem como assegurar a representação da1 Fazenda Nacional junto
ARTIGO
dos Tribunais Fiscais, como assistente do Minis- (Natureza)
tério Público;
j) Acompanhar e monitorar a execução dos benefícios tuição tutelada pelo Ministro que superintende a área das
fiscais e proceder à determinação e controlo da res- Finanças.
pectiva despesa fiscal; 2. A Administração Tributária dos Impostos está dotada de
autonomia administrativa e tem o seu âmbito de actuáção em
k) Colaborar na preparação do Orçamento do Estado e
todo o território nacional.
na elaboração da Conta Geral do Estado;
ARTIGO 2
l) Prestar esclarecimentos aos contribuintes acerca da
(Atribuições)
interpretação das leis fiscais e das suas obrigações
e ainda do modo mais cómodo e seguro de as A Administração Tributária dos Impostos tem as seguintes
cumprir; atribuições:
Art. 6. Compete ao Ministro que superintende a área das j) Propor e dar parecer sobre acordos internacionais em
Finanças aprovar o Regulamento Interno da Administração matéria tributária e assegurar a sua execução;
Tributária dos Impostos e demais regulamentação que se g) Fazer o controlo e acompanhamento da aplicação das
mostre necessária à implementação do Estatuto aprovado por leis fiscais visando assegurar a justiça tributária;
este decreto. h) Promover e realizar acções de auditoria e fiscalização
tributária com vista a prevenção e combate à fraude
Art. 7 - 1. E extinta a Direcção Nacional de Impostos e
e evasão fiscais;
Auditoria (DNIA).
i) Exercer a acção de justiça tributária, bem como asse-
2. Os meios humanos e materiais que se encontrem afectos gurar, a representação da Fazenda Nacional junto
a Direcção Nacional de Impostos e Auditoria transitam para dos Tribunais Fiscais como assistente do Ministério Público;
a Administração Tributária dos Impostos
j ) Participar na análise dos projectos de investimento
Art. 8. São revogadas todas as normas legais em vigor que
privado de grande dimensão, nos termos da legislação
disponham contrariamente ao Estatuto ora aprovado, em vigor, ou cujo impacto seja relevante para a
Aprovado pelo Conselho de Ministros a 1 de Abril de 2004. economia nacional;
k) Acompanhar e monitorar a execução dos benefícios
Publique-se.
fiscais e proceder à determinação e controlo da
A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
l)
2. O Centro de Formação e Aperfeiçoamento Tributário a
gestão; que se refere a alínea a) do número 1 deste artigo, será dirigido
m) Colaborar na preparação do Orçamento do Estado e na
elaboração da Conta Geral do Estado; 3. Junto da Direcção-Geral funcionará um Gabinete de
n) Prestar esclarecimentos aos contribuintes acerca da Apoio ao Director, uma Secretaria e um Serviço de Rela-
interpretação das leis fiscais e das suas obrigações e ções Públicas. ainda do modo mais cómodo e seguro de as cump
4. Os órgãos da Direcção-Geral da Administração Tribu-
o) Exercer a acção de informação pública no domínio tária dos Impostos a que se referem os números anteriores
tributário; são órgãos de decisão, controlo, execução e apoio que fun-
cionam junto do Director-Geral, competindo-lhes, em geral,
p) Proceder à investigação no domínio da fiscalidade, tendo
a preparação das decisões relacionadas com a aplicação da
em vista o aperfeiçoamento da técnica tributária;
política e das leis fiscais.
q) Informar sobre os aspectos decorrentes da execução
das leis fiscais; ARTIGO 6
SECÇÃO I
(Competências do Director-Geral)
Estrutura e D i r e c ç ã o 1. Incumbe em especial ao Director-Geral:
ARTIGO 4
a) Assegurar que a arrecadação das receitas fiscais da
competência da Administração Tributária dos Im-
(Organização)
postos seja realizada de acordo com os programas
A Administração Tributária dos Impostos organiza-se em: estabelecidos;
3. Nas cidades de Maputo, Beira e em outras cidades Das condições especiais para o exercício de funções
onde se mostrar necessário, as Direcções de Áreas Fiscais
ARTIGO 2 2
são designadas Direcções de Bairros Fiscais.
(Condições especiais para o exercício de funções)
4. As Unidades de Grandes Contribuintes serão definidas
por despacho do Ministro que superintende a área das Fi- 1. Tendo em atenção as especiais condições de periculo-
nanças e abrangem alguns contribuintes das áreas fiscais sidade e exposição em que as respectivas tarefas devem ser
referidas nos números anteriores, de acordo com critérios a desenvolvidas, têm direito ao uso e porte de arma, nos termos
indicar no despacho da sua criação. definidos pelo Ministério do Interior, os seguintes funcioná-
rios da Administração Tributária dos Impostos:
SECÇÃO IV
(Instrumentos de gestão)
b) Os esclarecimentos referidos na alínea anterior serão
São instrumentos de gestão da Administração Tributária dos
prestados gratuitamente e, sempre que os consulentes
Impostos: o desejem, sob o regime de anonimato;
a) O plano anual de actividades;
c) Os esclarecimentos não vinculam os órgãos do Es-
tado, administrativos ou judiciais, chamados a b) O orçamento e o seu balanço de exeçução;
decidir questões relativas a informações solicita- c) O relatório anual de actividades;
das aos funcionários, quando no exercício da d) O plano de formação profissional.
actividade acima referida;
d) Independentemente da responsabilidade disciplinar, CAPÍTULO V
CAPÍTULO I ARTIGO 4
Incidência Territorialidade
3. Quando se fixe como valor do contrato, um preço a vigorar Nascimento da obrigação tributária
em data futura, o imposto será pago de acordo com o preço
Para efeitos das obrigações previstas no presente capítulo,
corrente na data de formalização do acto.
a obrigação tributária considera-se constituída:
4. N o caso de não existir antecedentes ou não ser possível
estimar o valor económico do acto, o imposto será no valor a) Nos actos e contratos, no momento da assinatura pelos
fixo de 5 000 000,00MT. outorgantes;
5. Quando houver lugar a determinação do valor tributável b) Nas apólices de seguro, no momento da cobrança dos
por métodos indirectos serão aplicadas as regras dos impostos prémios;
sobre o rendimento, com as necessárias adaptações.
c) Nos cartões de crédito e de débito e nos cheques editados p
ARTIGO 9
território nacional, no momento da cobrança da
Valor representado em moeda estrangeira comissão de emissão, quer a impressão seja efectuada
outra entidade;
1. Sempre que os elementos necessários à determinação do
valor tributável sejam expressos em moeda diferente da moeda
nacional, as taxas de câmbio a utilizar são as taxas médias de
d) Nos documentos, actos ou contratos emitidos ou cele-
venda, publicadas pelo Banco de Moçambique, na data da
constituição da obrigação tributária. brados fora do território nacional, no momento em
que forem apresentados em Moçambique junto de
2. Não existindo câmbio na data referida no número anterior
quaisquer entidades;
aplicar-se-á o da última cotação anterior publicada a essa data.
e) Nas letras emitidas em território nacional, no momento
ARTIGO 1 0
da assinatura pelo sacador ou de desconto dos mesmos
Valor representado em espécie
A equivalência em unidade monetária nacional dos valores f ) Nas letras emitidas no estrangeiro, no momento em
em espécie faz-se de acordo com as regras seguintes e pela ordem que forem aceites, endossadas ou apresentadas a
indicada: pagamento em território nacional;
a) Pelo preço tabelado oficialmente; g) Nas letras e livranças em branco, no momento em que
b) Pela cotação oficial de compra; possam ser preenchidas nos termos da respectiva
convenção de preenchimento;
d) Pelo valor do mercado em condições de concorrência.
h) Nas operações de crédito, no momento em que forem
ARTIGO 11
realizadas; se o crédito for utilizado sob a forma de
Correcção do valor tributável conta corrente, descoberto bancário ou qualquer
1. Sem prejuízo do disposto no artigo 8, a Repartição de outro meio em que o prazo não seja determinado
Finanças da área do domicílio do sujeito passivo pode alterar nem determinável, no último dia de cada mês;
o valor tributável declarado sempre que, nos contratos de i) Nas operações realizadas por ou com intermediação
valor indeterminado ou na determinação da equivalência em de instituições de crédito, sociedades financeiras
unidades monetárias nacionais de valores representados em ou outras entidades a elas legalmente equipara-
espécie, não tiverem sido seguidas as regras, respectivamente, das, no momento da cobrança dos juros, prémios,
dos artigos 8 e 10. comissões e outras contraprestações,considerando-s
dos clientes;
2. O procedimento referido no número anterior não prejudica a aplicação das sanções correspondentes à u
de critérios não adequados ou elementos falsos na deter-
minação do valor tributável.
j ) Nos testamentos públicos, no momento em que forem
CAPÍTULO IV
efectuados, e nos testamentos cerrados ou inter-
nacionais, no momento da aprovação e abertura,
Taxas
k) Nos livros, antes da sua utilização, salvo se forem
ARTIGO 1 2 utilizadas folhas avulsas escrituradas por sistema
Taxas informático ou semelhante para utilização ulterior
sob a forma de livro, caso em que o imposto se considera
1. As taxas do imposto são as constantes da Tabela anexa,
ano económico ou da cessação da actividade,
em vigor no momento em que nasce a obrigação tributária.
2. Para os casos previstos no n ° 2 do artigo 6 é devido
imposto à taxa dos actos constantes do artigo 1 da Tabela,
l) Nos empréstimos efectuados pelos sócios às sociedades
a aplicar sobre o valor do capital ou aumento do mesmo
um ano e sejam reembolsados antes desse prazo,
3 Não haverá acumulação de taxas do imposto num mesmo no momento do reembolso,
acto ou documento.
4 Quando mais de uma taxa estiver prescrita, somente é m) Nos restantes casos, na data da emissão dos documen-
devida a maior. tos, títulos e papéis ou da ocorrência dos factos;
n) Em caso de actos, contratos, documentos, títulos, ceiras em regime de livre prestação de serviços
livros, papéis e outros factos previstos na Tabela que não sejam intermediadas por instituiçõès de
anexa ao presente Código em que não intervenham crédito ou sociedades financeiras domiciliadas em
a qualquer título pessoas colectivas ou pessoas Moçambique;
singulares no exercício de actividade de comércio, j) Representantes que, para o efeito, são obrigatoriamente
indústria ou prestação de serviços, quando forem< nomeados em Moçambique por quaisquer entidades
apresentados perante qualquer entidade pública. que, no território moçambicano, realizem quaisquer
outras operações abrangidas pela incidência do
ARTIGO 1 4 presente Codigo em regime de livre prestação de
Liquidação e pagamento serviços.
2. Tratando-se de imposto devido por operações de crédito
1. A liquidação e o pagamento do imposto competem às
seguintes entidades: ou garantias prestadas por um conjunto de instituições de cré-
dito ou de sociedades financeiras, a liquidação do imposto pode
a) Notários, conservadores dos registos civil, comercial,
ser efectuada globalmente por qualquer daquelas entidades,
predial e outras entidades públicas, incluindo os
estabelecimentos e organismos do Estado,relativamentesem prejuízo da responsabilidade, nos termos
aos actos, contratos gerais, factos
e outros de cadaem
que sejam intervenientes, com excepção dos celebradosuma delas em caso
perante de incumprimento.
notários relativos a crédito e ga-
rantias concedidos por instituições de crédito, sociedades financeiras ou outras entidades a elas
ARTIGO 15
legalmente equiparadas e por quaisquer outras
instituições financeiras, e quando, nos termos da Responsabilidade
alíneatributária
n) do artigo anterior, os contratos ou doc
efeito legal; 1. Sem prejuízo do disposto no artigo 14, são solidaria-
mente responsáveis com o sujeito passivo pelo pagamento do
imposto as pessoas que, por qualquer outra forma, intervíerem
nos actos, contratos e operações, ou receberem ou utilizarem os
livros, papéis e outros documentos, desde que tenham colabo-
rado dolosamente na falta de liquidação ou arrecadação do
b) Entidades concedentes do crédito e da garantia ou
imposto, ou, na data daquela intervenção, recepção ou utili-
credoras dos juros, prémios, comissões e outras
contraprestações; zação, não tenham dolosamente exigido a menção a que alude
o n.° 2 do artigo 17.
c) Instituições de crédito, sociedades financeiras ou
outras entidades a elas legalmente equiparadas, 2. Tratando-se das operações referidas nas alíneas i) e j)
residentes que tenham descontado títulos de crédito, intermediado
do operações
artigo anterior, de crédito,
a entidade a quem osgarantias
serviços são prestados
peticionadas ou juros, comissões e outras contra- é sempre responsável solidariamente com as entidades emi-
prestações devidos por residentes em território tentes das apólices e com as instituições de crédito, sociedades
nacional a instituições de crédito ou sociedades financeiras e demais entidades nelas referidas.
financeiras domiciliadas fora deste território;
3. O disposto no n.° 1 aplica-se aos funcionários públicos
que tenham sido condenados disciplinarmente pela não liqui-
d) Entidades mutuárias, beneficiárias da garantia ou de-
dação ou falta de entrega dolosas da prestação tributária, ou
vedoras dos juros, comissões e outras contrapres-
pelo não cumprimento da exigência prevista na parte final do
tações no caso das operações referidas na alínea
anterior que não tenham sido intermediadas por mesmo número.
instituições de crédito, sociedades financeiras ou ARTIGO 1 6
outras entidades a elas legalmente equiparadas, e Forma de pagamento
cujo credor não exerça a actividade, em regime
de livre prestação de serviços, no território mo- O Imposto do Selo é sempre pago por meio de guia.
çambicano;
ARTIGO 1 7
e) Empresas seguradoras relativamente à soma do pré-
Prazo, local de pagamento, caducidade e juros compensatórios
mio do seguro, custo da apólice e quaisquer outras
importâncias cobradas em conjunto ou em docu- 1. O Imposto do Selo é pago pelas entidades a quem
mento separado, bem como às comissões pagas incumba essa obrigação nas Repartições de Finanças ou qual-
a mediadores líquidas de imposto; quer outra entidade autorizada nos termos da lei até ao dia 20
f)Entidades emitentes de letras e outros títulos de cré- do mês seguinte àquele em que a obrigação tributária se tenha
dito, entidades editantes de cheques, cartões de constituído.
crédito e de débito e livranças ou, no caso de títulos
emitidos no estrangeiro, a primeira entidade que 2. Nos documentos, títulos e livros sujeitos a imposto são
intervenha na negociação ou pagamento; mencionados o valor do imposto e a data da liquidação.
g) Locador e sublocador, nos arrendamentos e subar- 3. Sempre que o imposto deva ser liquidado pelos serviços
rendamentos; da administração tributária e o quantitativo da liquidação não
h) Outras entidades que intervenham nos actos e con- seja inferior a 100 000MT, o sujeito passivo será notificado
tratos ou emitam ou utilizem os documentos, livros, para efectuar o seu pagamento no prazo de quinze dias, na Repar-
títulos ou papéis; tição de Finanças da área a que pertença o serviço liquidador.
i) Representantes que, para o efeito, são obrigatoria- 4. O imposto devido pelas, operações aduaneiras é liqui-
mente nomeados em Moçambique pelas institui- dado pelos serviços da Direcção Geral das Alfândegas e pago
ções de crédito ou sociedades financeiras que, no junto destes serviços, conjuntamente com outras imposições
território moçambicano, realizam operações finan- aduaneiras, sendo devidas.
5. Sempre que, por facto imputável ao sujeito passivo, for 5. Os documentos de suporte aos registos referidos neste
retardada a liquidação ou o pagamento de parte ou da totali- artigo e os documentos comprovativos do pagamento do Im-
dade do imposto devido, acrescerão ao montante do imposto posto do Selo serão conservados em boa ordem durante o
juros compensatórios, de harmonia com o artigo 76 do Código prazo de dez anos.
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares.
SECÇÃO II
6. Os juros referidos no número anterior serão contados dia
Outras obrigações acessórias de entidades
a dia, a partir do dia imediato ao termo do prazo para a entrega públicas e privadas
do imposto ou, tratando-se de retardamento da liquidação, a
partir do dia em que o mesmo se iniciou, até à data em que ARTIGO 2 0
for regularizada ou suprida a falta. Declaração anual das entidades públicas
7. Só poderá ser liquidado o Imposto do Selo até ao fim do Os serviços, estabelecimentos e organismos do Estado e das
quinto ano seguinte ao da ocorrência do facto gerador do im- autarquias locais, incluindo os dotados de autonomia admi-
posto, devendo a correspondente liquidação ser notificada, nistrativa ou financeira e ainda que personalizados, as asso-
dentro do mesmo prazo, ao contribuinte. ciações e federações de municípios, bem como outras pessoas
CAPÍTULO VI
colectivas de direito público, as pessoas colectivas de utili-
dade pública e as empresas públicas remetem às Repartições
Obrigações acessórias e fiscalização de Finanças da respectiva área a declaração a que se refere o
SECÇÃO I
artigo 18.
Obrigações declarativas e contabilísticas ARTIGO 2 1
Cheques
ARTIGO 3 1
Compensação do imposto
1. A impressão dos cheques é feita pelas instituições de
1. Se depois de efectuada a liquidação do imposto pelas
crédito para uso das entidades emitentes que nelas tenham
entidades referidas nas alíneas a) a e) do n.° 1 do artigo 14
disponibilidades.
for anulada a operação ou reduzido o seu valor tributável em
2. Os cheques são numerados por séries e, dentro destas, consequência de erro ou invalidade, as entidades poderão
por números. efectuar a compensação do imposto liquidado e pago até à
3. Em cada instituição de crédito haverá um registo dos concorrência das liquidações e entregas seguintes relativas
cheques impressos contendo número de série, número de ao mesmo número ou ponto da Tabela.
cheques de cada série, total de cheques de cada impressã
da recepção de cheques impressos, imposto do selo devido e 2. No caso de erros materiais ou de cálculo do imposto liqui-
data e local do pagamento. dado e pago a correcção, pelas entidades referidas no número
anterior, poderá ser efectuada por compensação nas entregas
seguintes.
ARTIGO 2 8
3. A compensação do imposto referida nos números ante-
letras e livranças
riores deve ser efectuada no prazo de um ano, contado a partir
1. As letras emitidas obedecerão aos requisitos previstos na da data que o imposto se torna devido.
lei uniforme rélativa a letras e livranças. 4. A compensação do imposto só poderá ser efectuada se
2. O modelo das letras e livranças e suas características são devidamente evidenciada na contabilidade, nos termos da
estabelecidos em Diploma Ministerial do ministro que supe- alínea d) do n.° 3 do artigol9.
rintende a área das Finanças.
C A P Í T U L O IX
3. As letras editadas pelas empresas públicas e sociedades
Disposições finais
regularmente constituídas serão impressas nas tipografias
autorizadas para o efeito por despacho do ministro que supe- ARTIGO 3 2
1. Acções de sociedades anónimas e em comandita por acções e quaisquer títulos representativos do 0,4%
capital de sociedades de qualquer natureza, bem como as obrigações, quando transmitidas por simples
entrega ou endosso, incluindo aquelas em que o Estado tenha participação - sobre o seu valor
3. Aquisição do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse direito sobre imóveis, bem como a
resolução, invalidade ou extinção, por mútuo consenso, dos respectivos contratos:
3.1 Compra e venda, permuta e cessão onerosa de bens imóveis - sobre o valor 0,2%
4.1 Arrendamento e subarrendamento de bens imóveis - sobre o maior valor de renda estipulada no 2%
contrato, correspondente a um mês
4.2 Arrendamento e subarrendamento de bens imóveis por períodos inferiores a um mês, sem 2%
possibilidade de renovação ou prorrogação - sobre o maior valor de renda ou do aumento estipulados
para o período da sua duração
4.3 Alterações que envolvam aumento de renda operado pela revisão de cláusulas contratuais - sobre o 2%
maior aumento convencional correspondente a um mes
5. Autos e termos efectuados perante tribunais e serviços, estabelecimentos ou organismos do Estado e 250 000MT
autarquias locais, ainda que personalizados, incluíndo os institutos públicos, que compreenderem
arrendamento ou licitação de bens imóveis, caução ao pagamento do imposto sobre as sucessões e
doações, cessão, conferência de interessados em que se concorde na adjudicação de bens comuns,
confissão de dívida, fiança, hipoteca, penhor, responsabilidade por perdas e danos e transacções - por
cada um
6.1 Havendo lugar ao pagamento de qualquer importância por cadá cartão emitido, renovado ou 4%
substituído - sobre o valor pago, não podendo ser inferior a 10 000MT
6.2 Não havendo lugar ao pagamento de qualquer importância - por cada cartão 10 000MT
7. Cheques de qualquer natureza, editados por instituições de credito sediadas ou domiciliadas em 500MT
território nacional - por cada um
9. Depósito civil, qualquer que seja a sua forma - sobre o respectivo valor. 0,2%
10. Escritos de contratos, apostilas, acordos ou convenções, não especialmente previstos nesta Tabela, 200 000MT
incluindo os efectuados perante entidades públicas - por cada um
11. Exploração, pesquisa e prospecção de recursos geológicos integrados no domínio público do Estado - 5 000 000MT
por cada contrato administrativo
12. Garantias das obrigações, qualquer que seja a sua natureza ou forma, considerando-se sempre como
nova operação a prorrogação do prazo do contrato:
12.1 Aval, caução, fiança, garantia bancaria autónoma e seguro caução - sobre o respectivo valor, em
função do prazo;
12,1.1 Constituídas por prazo inferior a um ano - por cada mês ou fracção 0,02%
12.1.3 Constituídas sem prazo ou por prazo igual ou superior a cinco anos 0,3%
13. Jogo;
13.1 Apostas de jogos não sujeitos ao regime do imposto especial sobre o jogo, designadamente as
representadas por bilhetes, boletins, cartões, matrizes, rifas ou tômbolas, ainda que utilizando
processos electrónicos - sobre o respectivo valor:
13.2 Cartões/bilhetes de acesso às salas de jogo de fortuna ou azar, ou documentos equivalentes, nos termos
da Lei n.° 8/94, de 14 de Dezembro e respectiva regulamentação, ainda que não seja devido o
respectivo preço, este seja dispensado, pelas empresas concessionárias ou não tenha sido solicitada a
sua aprovação -por cada um:
13.2.1.1 C1, Válidos por um dia, sobre o valor, não podendo ser inferior a 50 000MT 50%
13.2.1.2 C2, Válidos por oito dias, sobre o valor, não podendo ser inferior a 150 000MT 50%
13.2.1.3 C3, Válidos por um mês, sobre o valor, não podendo ser inferior a 300 000MT 50%
13.2.1.4 C4, Válidos por três meses, sobre o valor, não podendo ser inferior a 400 000MT 50%
13.2.1.5 C5, Válidos durante o ano em curso, sobre o valor, não podendo ser inferior a 500 000MT 50%
13.2.2 Bilhetes de entrada em casinos sob licença em regime de exclusividade (casinos públicos):
13.2.2.1 B1, Válidos por um dia, sobre o valor, não podendo ser inferior a 20 000MT 50%
13.2.2.2 B2, Válidos por oito dias, sobre o valor, não podendo ser inferior a 60 000MT 50%
13.2.2.3 B3, Válidos por um mês, sobre o valor, não podendo ser inferior a 120 000MT 50%
13.2.2.4 B4, Válidos por três meses, sobre o valor, não podendo ser inferior a 160 000MT 50%
N sdo
o
Incidencia dos
Artigo Imposto Taxas
13.2.2.5 B5, Validos durante o ano em curso, sobre o valor, não podendo ser inferior a 200 000MT 50%
13.3.2 Prémios em qualquer das demais modalidades dos jogos de diversão social - sobre o valor 5%
14. Licenças:
14.1.1 Clubes nocturnos e outros estabelecimentos com espaço reservado para dança, designadamente, bares 2 500 000MT
e discotecas
14.2 Para instalação de máquinas automáticas de venda de bens ou serviços em locais de acesso público - 1 200 000MT
por cada máquina
14.4 Licença para corte de produtos florestais para fins comerciais ou industriais - sobre o valor da taxa 10%
14.6. Outras licenças não designadas especialmente nesta Tabela, concedidas pelo Estado e autarquias locais
ou qualquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados,
compreendidos os institutos públicos, por cada uma:
14.6.1 Quando seja devida qualquer taxa ou emolumento pela sua emissão sobre o respectivo valor 5%
14.6.2 Quando não seja devida qualquer taxa ou emolumento 100 000MT
15. Livros dos comerciantes, obrigatórios nos termos do Código Comercial e de outra legislação de 5 000MT
natureza comercial - por cada folha
16. Marcas e patentes - sobre o valor resultante das taxas devidas por todos os registos e diplomas. 10%
17.1 Escrituras, testamentos e demais instrumentos exarados nos livros de notas dos notários, incluindo os 250 000MT
privativos - por cada instrumento
17.2 Habilitação de herdeiros e de legatários - por cada herança aberta 100 000MT
17.3 Instrumentos de abertura e aprovação de testamentos, cerrados e internacionais - por cada um 250 000MT
17.4.1 Procurações e outros instrumentos que atribuam podei es de representação voluntária - por cada um:
17.6 Outros instrumentos notariais avulsos, com excepção do reconhecimento de assinaturas, não 100 000MT
especialmente previstos nesta Tabela - por cada um.
18.1.2 Como um sócio, administrador ou gestor de uma sociedade de despachantes aduaneiros 1 800 000 M T
18.4.1 Documento Único (DU), nos diversos regimes aduaneiros 50, 000MT
18.6 Guia de acompanhamento de mercadorias nos portos, ancoradouros e zonas fiscais na fronteira 360 000MT
terrestre
18.7 Guias de embarque ou de acompanhamento de mercadorias despachadas em exportação, reexportação, 360 000MT
transferência, baldeação ou cabotagem por saída
18.9 Licenças para carregar e descarregar mercadorias fora das horas regulamentares 600 000MT
18.10 Licença para qualquer navio carregar ou descarregar fora das horas regulamentares 600 000MT
18.11 Licença para qualquer navio carregar ou descarregar fora do respectivo quadro:
18.14 Termos de fiança ou carta de crédito bancário (incluem-se neste artigo os termos de responsabilidade 0,5%
registados pelos capitães dos navios ou seus representantes legais, como garantia da falta de volumes à
descarga)
19.1 Utilização de crédito, sob a forma de fundos, mercadorias e outros valores, em virtude da concessão de
crédito a qualquer título, incluindo aberturas de credito, adiantamentos, cartas de credito, confissões de
dívida, empréstimos bancários, mútuos, factoring, operações de tesouraria quando envolvam
financiamento, suprimentos e quaisquer outras operações de utilização de crédito, com exclusão das
prorrogação do prazo do contrato - sobre o valor e conforme o prazo:
19.1.4 Crédito utilizado sob a forma de conta corrente, descoberto bancário ou qualquer outra forma em que o
prazo de utilização não seja determinado ou determinável, sobre a média mensal obtida através da
soma dos saldos em dívida apurados diariamente, duraste o mês, divididos por 30
19.2 Operações realizadas por ou com intermediação de instituições de crédito, sociedades financeiras ou
outras entidades a elas legalmente equiparadas e quaisquer outras instituições financeiras - sobre o
valor cobrado:
19.2.1 Juros por, designadamente, desconto de letras e titulos de dívida pública, por empréstimos, por contas
de crédito e por créditos em liquidação
19.2.2 Prémios e juros por letras tomadas, de letras a receber por conta alheia, de saques emitidos sobre
praças nacionais ou de quaisquer transferências
20. Precatórios ou mandados para levantamento e entrega de dinheiro ou valores existentes - sobre a
importância a levantar ou a entregar
22.
Registos e averbamentos em conservatórias de bens móveis sujeitos a registo - por cada um
23.
Reporte - sobre o valor do contrato
24. Seguros:
24.1 Apólices de Seguros - sobre a soma do prémio do seguro, do custo da apólice e de quaisquer outras
ou em documento separado:
24.1.2 Seguro do ramo «Automóvel - Responsabilidade Civil e demais seguros de natureza obrigatória, por 2%
lei
24.2 Comissões cobradas pela actividade de mediação - sobre o respectivo valor liquido do imposto do selo
2%
25.3 Ordens e escritos de qualquer natureza, com exclusão dos cheques, nos quais se determine pagamento
ou entrega de dinheiro com cláusula à ordem ou à disposição, ainda que sob a forma de
0,1%
25.4 Extractos de facturas e facturas conferidas - sobre o respectivo valor, com o mínimo de 30 0 0 0 M T . 0,3%
26. Títulos ou alvarás de concessão de uso è aproveitamento da terra e suas apostilas - sobre o valor da 10%
taxa
27. Títulos de dívida pública emitidos por governos estrangeiros, com exclusão dos títulos de dívida 1%
pública emitidos por Estados membros da União Africana, quando existentes ou postos à venda no
território nacional - sobre o valor nominal
Decreto n.° 7/2004 ARTIGO 3
de 1 de Abril (Atribuições)
Havendo a necessidade de institucionalizar mecanismos de São atribuições do Conselho Nacional para o Avanço da
concertação e coordenação intersectorial que impulsionem a Mulher:
implementação de pòlíticas e programas aprovados pelo Go- 1. A formulação de propostas aos órgãos competentes sobre:
verno para as áreas da mulher e género, garantindo a partici- a) A promoção de acções que visem garantir a igualdade
pação equitativa nos processos de desenvolvimento do país; de oportunidades de acesso da mulher e da rapariga
aos cuidados de saúde, à educação, à formação pro-
No uso das competências que lhe são atribuídas pela alí-
fissional, ao trabalho e demais benefícios sociais e
nea e) do n.° 1 do artigo 153 da Constituição da República, o
económicos;
Conselho de Ministros decreta:
b) A promoção da igualdade entre a mulher e o homem
ARTIGO 1 no acesso aos órgãos do poder e na tomada de deci-
sões a todos os níveis, com base nas políticas do
(Quadro institucional)
Governo;
1. É criado o Conselho Nacional para o Avanço da Mulher, c) A promoção, respeito e protecção dos direitos da mu-
abreviadamente designado por C N A M , órgão de consulta atra- lher e da rapariga.
vés do qual o Ministério da Mulher e Coordenação da Acção 2. A participação nos esforços em curso tendentes a pre-
Social faz a coordenação intersectorial, com o objectivo prin- venir e combater as doenças de transmissão sexual, H I V / S I D A
cipal de impulsionar e acompanhar a implementação de polí- e demais problemas ligados à saúde sexual e reprodutiva.
ticas e programas aprovados pelo Governo para as áreas da 3. A troca de experiências e informações com organizações
mulher e género, contribuindo para a eliminação de todas as públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, que actuam
formas de discriminação contra a mulher. em prol da mulher e género, da rapariga e da criança.
2. O Conselho Nacional para o Avanço da Mulher tem um ARTIGO 4
Secretariado Executivo responsável pela gestão técnica e dina-
(Competências)
mização das actividades acometidas ao C N A M .
Compete ao Conselho Nacional para o Avanço da Mulher:
3. Em cada província o C N A M tem um Secretariado Executivo a) Apreciar,
e um Conselho Técnico, cuja
numa perspectiva deorganização
género, as epolíticas
funcionamento
serão regulados por diploma específico. macro-económicas e as estratégias de desenvol-
vimento do país e, sobre elas, formular propostas
ARTIGO 2 que visem dar resposta aos esforços e às necessi-
dades das mulheres no acesso aos recursos, ao
(Composição do CNAM)
emprego, aos mercados, ao comércio e aos meca-
1. O Conselho Nacional para o Avanço da Mulher é presi- nismos de poupança e de crédito;
dido pela Ministra da Mulher e Coordenação da Acção Social b) Apreciar a legislação e as práticas administrativas
e na sua composição integra: que discriminam a mulher ou afectam os seus di-
reitos ou interesses, apresentando propostas com
a) Ministra do Plano e Finanças - Vice-Presidente;
vista a inverter a situação;
b) Ministro da Saúde;
c) Participar na realização de acções que assegurem a
c) Ministro da Educação; promoção, o respeito e a protecção dos direitos da
mulher;
d) Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural;
d) Propor medidas tendentes a assegurar a igualdade de
e) Ministro da Administração Estatal; oportunidades de acesso à educação entre rapazes
f ) Ministro da Cultura; e raparigas, bem como para a eliminação do insucesso esco
1. O Conselho Nacional para o Avanço da Mulher reúne-se, l) Cumprir outras tarefas que lhe forem atribuídas pela
em sessões ordinárias, de três em três meses, e extraordina- Presidente.
riamente, quando for necessário, sendo convocadas e dirigidas
ARTIGO 9
pela Presidente.
2. Podem participar nas actividades do Conselho Nacional (Conselho Técnico)
para o Avanço da Mulher representantes de órgãos do apa- 1. Junto do Secretariado Executivo funciona um Conselho
relho de Estado, instituições ou entidades de direito público Técnico composto por técnicos de todos os Ministérios e de
ou privado, consoante a natureza do trabalho a realizar e instituições públicas, designados pelos respectivos dirigentes.
quando especialmente convidados para o efeito,
2. Os membros do Conselho Técnico a que se refere o pre-
3. Compete à respeçtiva Presidente aprovar, ouvido o sente artigo são designados pelos dirigentes dos órgãos ou
C N A M , o Regulamento Interno do Conselho Nacional para instituições de proveniência.
o Avanço da Mulher, bem como as normas de funcionamento
do Secretariado Executivo. 3. O Conselho Técnico é dirigido pelo Secretário Executivo.
ARTIGO 1 0
ARTIGO 6
São órgãos do C N A M o Secretariado Executivo e o Con- Os encargos com o funcionamento do C N A M serão supor-
selho Técnico. tados por uma dotação específica do orçamento atribuído ao
Ministério da Mulher e Coordenação da Acção Social.
ARTIGO 7
(Senhasdepresença)
1. O Secretariado Executivo é o órgão de gestão técnica e
de dinamização das actividades acometidas ao Conselho Na- Pela sua participação efectiva nas sessões e demais reu-
cional para o Avanço da Mulher. niões, os membros do C N A M referidos nas alíneas i) a m)
2. O Secretariado Executivo integra, além do Secretário do artigo 2 e do seu Conselho Técnico terão direito à senha
Executivo que o dirige, um corpo de quadros técnicos e fun- de presença de valor a determinar por despacho conjunto das
cionários dos serviços de apoio, em número e perfil a deter- Ministras da Mulher e Coordenação da Acção Social e do
minar em diploma específico. Plano e Finanças.
3. O Secretariado Executivo é designado, em comissão de Aprovado pelo Conselho de Ministros, a 1 de Abril de 2004.
serviço, pela Presidente do C N A M . Publique-se.
ARTIGO 8 A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
(Competências do Secretariado Executivo)
Ao Secretariado Executivo compete:
a) Coordenar as actividades do Conselho Técnico, sob
orientação da Presidente;
Decreto n.° 8/2004
b) Assegurar o apoio técnico e administrativo das acti-
de 1 de Abril
vidades do CNAM;
c) Preparar propostas de planos, programas ou projectos O desenvolvimento que se vem registando no sub-sector
do CNAM, com base na Plataforma de Acção de pecuário exige a reformulação das normas actualmente em
Beijing e das políticas do Governo no âmbito da vigor, de forma a compatibilizá-las com as necessidades de
mulher e género, bem como nas contribuições dos vigilância epidemiológica e controlo de doenças dos animais
sectores intervenientes, e submetê-los à apreciação em Moçambique e tornar mais precisos e rigorosos os proce-
da Presidente do CNAM; dimentos a adoptar.
d) Elaborar documentos contendo propostas ou reco- Nestes termos, e ao abrigo da competência atribuída pela
mendações a serem submetidos aos órgãos ou alínea e) do n.° 1 do artigo 153 da Constituição da República,
entidades competentes;
o Conselho de Ministros decreta:
e) Recolher e sistematizar toda a informação relativa ao
Artigo 1. É aprovado o Regulamento de Sanidade Animal,
controlo das actividades dos membros do CNAM
e apresentá-la à Presidente; anexo ao presente Decreto e que dele faz parte integrante.
Art. 2. Compete ao Ministro da Agricultura e Desenvolvi- 12. Assistência veterinária - actividade remunerada de
mento Rural aprovar as normas complementares que se prestação de serviços de saúde e produção animal.
mostrem necessárias à implementação do presente Decreto. 13. A u t o r i d a d e a d m i n i s t r a t i v a - todo o órgão ou agente
Art. 3. São revogados os regulamentos e restantes normas do Estado e dos demais entes públicos, aos quais,
anteriormente publicados sobre a matéria. para o desempenho de atribuições de natureza admi-
Aprovado pelo Conselho de Ministros, a 1 de Abril de 2004. nistrativa, sob a forma de actos jurídicos, a ordem
jurídica confere poderes públicos.
Publique-se.
14. A u t o r i d a d e s a n i t á r i a - agente dos Serviços de Saúde
A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
no exercício de funções de inspecção e fiscalização
sanitária.
15. A u t o r i d a d e veterinária - Ministério da Agricultura
e Desenvolvimento Rural, através da Direcção Nacio-
nal de Pecuária.
Regulamento de Sanidade Animal
16. A v i á r i o - estabelecimento destinado a criação, repro-
CAPÍTULO 1 dução e selecção de aves e produção de ovos.
ARTIGO 7
3. O pedido de licença deve ser apresentado antes da con-
firmação da encomenda, de modo a que os compromissos
Competências da Autoridade Veterinária assumidos possam ser cancelados, caso a licença não seja
1. Compete à Autoridade Veterinária: concedida.
a) Delegar competências a entidades do Ministério da 4. A indicação das portas de entrada e saída é especificada
Agricultura e Desenvolvimento Rural a nível local; na licença.
b) Garantir a salubridade dos produtos de origem animal 5. A licença emitida pela Autoridade Veterinária indicará
e coordenar o funcionamento da inspecção hígio- o período de validade da mesma, o qual não deverá exceder
-sanitária e controlo veterinário na produção e pro- um período máximo de 60 dias.
cessamento dos produtos de origem animal;
6. Os animais, produtos, subprodutos e forragens encontra-
c) Elaborar os programas e adoptar normas com vista a dos em contravenção ao estabelecido no presente artigo podem
levar a cabo a vigilância, controlo e erradicação ser reexportados, submetidos a quarentena ou abatidos, sem
das doenças infecto-contagiosas e parasitárias dos que haja lugar a indemnização, conforme determinação da
animais;
Autoridade Veterinária.
d) Definir, coordenar e avaliar a aplicação das normas
ARTIGO 10
inerentes aos programas de vigilância, controlo e
erradicação das doenças infecto-contagiosas e para- Circulação de animais doentes, suspeitos
sitárias dos animais; ou infectados
e) Manter e desenvolver o sistema de informação epide- É proibida a circulação de animais doentes, suspeitos, infec-
miológica; tados ou que revelem sequelas recentes de doenças constantes
f) Tornar públicas as determinações relativas às doen- da lista de doenças de declaração obrigatória, bem como a
ças da lista de doenças de declaração obrigatória. presença de ectoparasitas.
g) Promover a divulgação do presente Regulamento.
ARTIGO 11
ARTIGO 8 Trânsito de produtos vegetais
Responsabilidades dos Governos Provinciais e Distritais
O trânsito de produtos vegetais está sujeito a autorização
1. Os Governos Provinciais e Distritais devem prestar à da Autoridade Veterinária, caso constitua perigo para a disse-
Autoridade Veterinária toda a colaboração e apoio necessários minação de doença epidémica.
para o cumprimento do presente Regulamento.
ARTIGO 12
2. Os Governos Provinciais e Distritais devem comunicar
à Autoridade Veterinária qualquer alteração do estado de saúde Trânsito de veículos e equipamentos
dos animais da respectiva área de jurisdição, O trânsito de veículos, contentores ou qualquer outro equi-
pamento, está sujeito a autorização da Autoridade Veterinária
C A P Í T U L O II
quando haja perigo de disseminação de doenças dos animais.
Importação, circulação e trânsito de animais, seus
ARTIGO 13
produtos, subprodutos, despojos, forragens, pro-
dutos vegetais, veículos e contentores para o Transporte de animais e produtos
transporte de animais ou produtos de origem animal
1. O transporte de animais e seus produtos só pode ser
SECÇÃO I
efectuado em veículos ou contentores licenciados pela Auto-
Generalidades
ridade Veterinária, desde que se cumpra com o disposto no
ARTIGO 9
artigo 14 do presente Regulamento.
Licenciamento e certificação 2. Os veículos e contentores em trânsito com produtos de
origem animal, subprodutos, despojos e forragens podem ser
1. Não é permitida a entrada ou saída do País, de animais,
abertos sempre que a Autoridade Veterinária assim o entenda.
seus produtos, subprodutos, despojos, forragens e produtos
biológicos, sem que os mesmos se façam acompanhar da ARTIGO 14
respectiva licença e do certificado veterinário emitido pela
Condições para o transporte de animais
Autoridade Veterinária.
2. A emissão da licença a que se refere o número 1 do pre- 1. O transporte de animais só pode ser feito em veículos e
sente artigo será feita a requerimento do interessado, elaborado contentores que sejam construídos de modo a que as fezes, a
em formulário apropriado, e dirigido à Direcção Nacional de cama ou a forragem não possam verter ou cair para fora do
Pecuária. Nele deve constar: veículo ou contentor.
a) Nome e morada do requerente; 2. Os transportadores devem assegurar que os animais trans-
b) Espécie, idade, sexo e raça do animal; portados, não entrem em contacto com outros em momento
c) País de origem, proprietário ou fabricante; algum da viagem, desde a saída da exploração ou do centro de
d) Tipo de produtos; concentração de animais até à chegada ao respectivo destino.
3. O transportador deve manter um registo contendo as SECÇÃO II
c) Espécie e número dos animais transportados; 2. Não carece de autorização a movimentação de:
d) Indicação detalhada da documentação de acom- a) Carne fresca, com excepção da de suíno, até ao limite
máximo de quinze quilogramas por interessado
panhamento;
ou família;
e) Data e local de desinfecção do veículo; b) Carcaças de animais de capoeira em número nunca
f ) Rota seguida pelo veículo desde a origem até ao superior a vinte por interessado ou família;
destino.
c) Animais de capoeira vivos em número nunca superior
4. Os transportadores comprometer-se-ão por escrito a, a vinte por interessado ou família.
nomeadamente:
3. Tudo o que for encontrado em contravenção ao disposto
a) Adoptar as medidas impostas pelo presente Regulamento; no número 1 do presente artigo é apreendido e reverte a favor
do Estado, nos termos legais e regulamentares.
b) Confiar o transporte de animais a pessoas com apti- 4. O estabelecido no número 2 do presente artigo pode ser
dão e competência profissionais e conhecimentos temporariamente suspenso pela Autoridade Veterinária em
necessários. caso de ocorrência de foco de doença transmissível ou quando
constituir perigo para a saúde pública, mediante Aviso a
5. Os transportadores devem igualmente dispor de condi-
publicar nos órgãos de informação escrita e radiodifundida,
ções de limpeza e desinfecção apropriados, aprovados pela em pelo menos duas datas consecutivas.
Autoridade Veterinária, incluindo instalações de armazenagem
da cama e do estrume, ou comprovar que essas operações são 5. Compete aos Serviços Provinciais de Pecuária da pro-
víncia de origem dos animais a emissão da licença de trânsito
efectuadas por terceiros devidamente aprovados pela Autori-
interno para outra província, quando se trate de animais para
dade Veterinária.
abate, após consulta e coordenação prévias com os Serviços
ARTIGO 15 Provinciais de Pecuária da província de destino dos animais.
Beneficiações de transportes e contentores 6. Compete aos Serviços Provinciais de Pecuária da pro-
víncia de destino dos animais, em coordenação com os Ser-
1. Os meios utilizados para o transporte e acondicionamento viços Provinciais de Pecuária da província de origem dos
de animais, seus produtos, subprodutos, despojos e forragens mesmos, estabelecer os requisitos sanitários que deverão ser
poderão ser sujeitos a beneficiações, durante o trânsito, sempre cumpridos, quando se trate de animais destinados a criação.
que a Autoridade Veterinária o considere necessário.
7. Compete à Autoridade Veterinária estabelecer os requi-
2. Compete à Autoridade Veterinária determinar as benefi- sitos sanitários mínimos a que deve obedecer a transferência
ciações necessárias. de animais de uma província para outra, quando se trate de
animais destinados a criação e/ou comercialização.
ARTIGO 1 6
Licença de trânsito
1. A entrada, saída e trânsito de animais, seus produtos, sub-
produtos, despojos, forragens e produtos biológicos, será feita 1. O pedido de emissão da licença de trânsito deve conter
em veículos ou contentores selados.
a) Nome e morada do requerente;
2. A aplicação e remoção de selos dos veículos ou conten-
b) Espécie, idade, sexo e raça do animal;
tores só poderá ser feita pela Autoridade Veterinária.
c) Loca! de origem (Província, Distrito, Localidade e
ARTIGO 17
número do curral);
Encargos d) Tipo de produtos;
Nos postos de fronteira terrestre e nas estações terminais Entrada no território - importação
de aerogares e caminhos de ferro devem ser criadas condi- ARTIGO 2 1
ções pela Autoridade Veterinária para a rápida beneficiação Requisitos para importação
de animais em trânsito, respectivos produtos, subprodutos,
despojos e forragens. 1. Não é permitida a entrada no país, de qualquer animal.
seus produtos, subprodutos, despojos, forragens e/ou produtos ARTIGO 2 5
biológicos, que não venham acompanhados da licença de Providências em caso de suspeita de doença das
importação emitida pela Autoridade Veterinária. listas A e B da O.I.E.
2. O certificado veterinário internacional emitido pela Au- Se, à chegada de um veículo a uma porta de entrada, houver
toridade Veterinária do país exportador deve ser preenchido um ou vários animais suspeitos de serem portadores de al-
de acordo com os requisitos exigidos na licença de impor- guma das doenças descritas nas Listas A ou B da O. I. E„ a
tação. Autoridade Veterinária pode impedir a sua entrada, ou aplicar
3. A Autoridade Aduaneira não pode proceder ao despacho uma das seguintes medidas a expensas do proprietário:
da entrada de animais, seus produtos, subprodutos, despojos, a) Sacrifício sanitário com esterilização ou destruição
forragens e produtos biológicos, sem que lhes seja presente a da carne em estabelecimento apropriado, sem di-
documentação prevista nos números 1 e 2 do presente artigo
reito a indemnização;
e sem que tenham sido inspeccionados e aprovados pela
b) Quarentena dos animais nas imediações da porta de
Autoridade Veterinária.
entrada;
4. Tudo o que for encontrado em contravenção ao disposto
c) Descarga e destruição das camas, ração e de todo o
nos números 1 e 2 do presente artigo, é apreendido e perdido a
material potencialmente contaminado;
favor do Estado.
d) Limpeza e desinfecção do veículo, equipamento e
5. Mesmo que tenham sido cumpridos todos os requisitos
material utilizado durante as operações.
previstos nos números 1 e 2 do presente artigo, é proibida a
importação de animais, produtos, subprodutos, despojos e ARTIGO 2 6
forragens caso o importador acredite que os mesmos se encontram infectados por agente de doença transmissível da
Beneficiação de produtos, subprodutos,
Lista A e B, da O.I.E., nova doença ou doença desconhecida. despojos e forragens
1. Quaisquer produtos, subprodutos, despojos de animais
ARTIGO 2 2 e forragens importados podem ser submetidos a beneficiação
Proibição de Importação de animais e produtos a expensas do importador, caso a Autoridade Veterinária o
de origem animal considere necessário.
2. As operações de beneficiação referidas no número ante-
1. É proibida a importação de animais, seus produtos, sub-
rior poderão ser realizadas no próprio local de armazenagem,
produtos, despojos e forragens de zonas onde se saiba exis-
se o mesmo reunir condições para o efeito.
tirem doenças constantes das Lista A e B da O.I.E. até seis
meses após a declaração do último foco. ARTIGO 2 7
ARTIGO 4 0 c) Mortes;
C o n c e n t r a ç ã o d e animais
ARTIGO 4 2
Confinamento do gado
ARTIGO 4 7
Requisitos
1. O gado deve ser recolhido em currais, a menos que as
áreas de pastagem sejam vedadas. 1. A concentração de animais em locais permanentes ou
2. Todos os outros animais mantidos em cativeiro devem temporários só é permitida mediante prévia autorização da
estar confinados em instalações apropriadas. Autoridade Veterinária.
3. Os animais selvagens não mantidos em cativeiro, mas 2. Os animais concentrados nos termos do número 1 do pre-
utilizados para fins comerciais pertencerão, para efeitos do sente artigo ficam sujeitos às medidas sanitárias que a Auto-
presente Regulamento, ao titular da concessão onde forem ridade Veterinária entenda necessárias.
encontrados no momento da inspecção. 3. Os encargos resultantes da aplicação das medidas sanitá-
rias referidas no número 2 do presente artigo são da exclusiva
ARTIGO 4 3
responsabilidade do proprietário dos animais.
Animais fora do confinamento
SECÇÃO IV
1. Em terrenos não vedados, é proibida a permanência de Aplicação obrigatória d e acaricidas e tripanocidas
gado que não esteja sob vigilância.
ARTIGO 4 8
estes sejam abatidos ou destruídos por razões de ordem sani- Trânsito de carne
tária, desde que não tenham infringido o preceituado no presente
Regulamento. A carne de animais abatidos para consumo, não pode circular
trânsito na qual conste a quantidade e a confirmação da ins-
ARTIGO 6 5
pecção sanitária. A licença deve ser passada pelo inspector do
Encargos com animais, produtos, subprodutos, despojos
matadouro,
e forragens em quarentena ou sequestro
Correm por conta do proprietário os encargos com a profi- ARTÍGO 7 3
laxia, tratamento e alimentação dos animais, assim como com
Carne e vísceras impróprias para o consumo
a conservação ou beneficiação dos produtos, subprodutos,
despojos e forragens submetidos a regime de quarentena ou É proibido;
sequestro. a) Aproveitar para alimentação humana ou animal, carne
ARTIGO 6 6 e vísceras de animais mortos por doença ou impró-
Dispensa da quarentena ou sequestro prias para consumo;
E proibido exumar cadáveres de animais ou pô-los a des- 3. É proibido o uso de hormonas e de promotores de cres-
coberto, salvo por determinação da Autoridade Veterinária ou cimento na alimentação animal.
por mandado judicial. 4. A utilização de hormonas para fins terapêuticos, fica
ARTIGO 9 5 sujeita a autorização, fiscalização e controlo da Autoridade
Beneficiações Veterinária, podendo a sua administração ser autorizada com
base e m normas estabelecidas pela mesma.
1. Compete aos proprietários das explorações pecuárias
atingidas realizar as beneficiações prescritas na alínea n) do CAPÍTULO VII
artigo 85 do presente Regulamento, que são efectuadas, obri-
Indemnizações
gatoriamente, e m conformidade c o m as indicações da A u t o -
ridade Veterinária. ARTIGO 100
2. Sempre que julgar conveniente, o Estado assumirá a Procedimentos
responsabilidade decorrente das beneficiações referidas no
número 1 do presente artigo. 1. O proprietário de gado e animais de capoeira mandados
abater nos termos do n.° 1 do artigo 9 1 do presente Regula-
CAPÍTULO V
mento, tem direito a ser indemnizado pelo Estado, exceptuando
Animais selvagens os casos previstos no artigo 103 do presente Regulamento.
É dever de qualquer cidadão ou entidade participar à Auto- A Autoridade Veterinária, pode propor ao Governo a indemnização,
ridade Veterinária ou Administrativa da área de jurisdição mais
ou por destruição dos produtos, subprodutos, despojos e forragens,
próxima qualquer alteração do estado de saúde verificada e m
animais selvagens ou a presença de animais selvagens mortos.
ARTIGO 1 0 3 Tabela 1. Multas aplicáveis a transgressões ao Regulamento
Sacrifício sanitário sem indemnização de Sanidade Animal
Não é devida indemnização por animais mandados abater, Artigo No. Valor da Multa (MT)
quando:
10 - 2 000 000,00/animal
a) Mantidos em condições inadequadas de higiene e
maneio; 11 - 10 000,00/Kg
b) Se trate de animais apreendidos e declarados perdidos 12 -
a favor do Estado;
13 1 5 000 000,00
c) Se revelar a existência de doenças de declaração
obrigatória, durante a inspecção ou quarentena de 14 - 1 600 000,00/animal
animais importados;
16 - 10 000 000,00/selo
d) Tenham sido violadas as determinações do presente
Regulamento; 19 I 1 000 000,00/animal e 10 000,00/Kg
C A P Í T U L O IX 99 - 20 000 000,00
111 - 20 000 000,00
Penalidades
ARTIGO 1 0 7 113 - 20 000 000,00
Multas 115 - 2 000 000,00/troféu
1. As transgressões ao presente Regulamento são punidas 121 - 10 000 000,00
com multa, de acordo com a seguinte tabela:
2. Os valores estabelecidos no número anterior são actua- ARTIGO 112
lizados por Despacho conjunto dos Ministros da Agricultura
Destino de animais, produtos, subprodutos, despojos e forragens
e Desenvolvimento Rural e do Plano e Finanças. apreendidos e declarados perdidos a favor do Estado
3. Em caso de reincidência, nos termos do artigo 36 do
1. Os animais, seus produtos, subprodutos, despojos, e forra-
Código Penal, é elevado ao dobro o valor da multa aplicável.
gens apreendidos e declarados perdidos a favor do Estado, nos
4. Havendo acumulação de infracções somam-se as penas termos do presente Regulamento, são entregues à Autoridade
de multa. Veterinária, que lhes deve dar, de acordo com as regras sanitá-
ARTIGO 1 0 8 rias e os interesses do Estado, um dos seguintes destinos:
ARTIGO 1 1 3
CAPÍTULO X
Utilização de restos de comida na alimentação animal
Disposições gerais
A utilização de restos de alimentação humana ou animal e
ARTIGO 1 1 0 produtos de origem animal na alimentação animal carece de
Validade da assistência veterinária por privados autorização especial da Autoridade Veterinária, que determi-
nará os procedimentos necessários a sua beneficiação.
A ninguém é permitido exercer profissão inerente à actividade
veterinária, no sector privado, sem que esteja devidamente ARTIGO 1 1 4
Casos que carecem da autorização escrita da Autoridade Os estrumes originários de "Zonas suspeitas" ou de "Zonas
Veterinária infectadas" só podem ser utilizados na adubação de terrenos
1. Não é permitido, sem a autorização escrita da Autoridade depois de curtidos por um período não inferior a cento e
Veterinária: vinte dias.
Múltiplas Especies
B051 Carbúnculo hemático
B052 Doença de Aujeszky
B053 Equinococose /hidatidose
B055 Riquetsiose
B056 Leptospirose
B057 Febre Q
B058 Raiva
B059 Paratuberculose
B060 Miases (Cochliomyia hominivorax)
B061 Miases (Chrysomya bezziana)
B062 Triquinelose
Bovinos
B101 Anaplasmose bovina
B102 Babesiose bovina
B103 Brucelose bovina
B104 Vibriose bovina
B105 Tuberculose bovina
B106 Cisticercose bovina
B107 Dermatofilose
B108 Leucose bovina enzoótica
B109 Sépticémia hemorrágica
B110 Rinotraquinite infecciosa bovina/vulvovaginite
postular infecciosa.
B111 Theileriose
B112 Tricomonose
B113 Tripanosomose (transmitida por tsé-tsé)
B114 Febre catarral maligna
B115 Encefalopatia espongiforme bovina
Ovinos e Caprinos
B151 Epididimite ovina (Brucella ovis)
B152 Brucelose caprina e ovina (excluindo B. ovis)
B153 Artrite encefalite caprina
B154 Agalaxia contagiosa
B155 Pleuropneumonia contagiosa caprina
B156 Clamidiose ovina (Aborto enzoótico das ovelhas)
B157 Adenomatose pulmonar ovina
B158 Doença de Nairobi
B159 Salmonelose (S. abortus ovis)
B160 Scrapie
B161 Maedi-visna
Equinos
B201 Metrite contagiosa equina
B202 Daurina
B203 Linfangile epizoóticâ
B204 Encefalomielite equina
B205 Anemia infecciosa equina (Oriental e Ocidental)
B206 lnfluenza equina
B207 Piroplasmose equina
B208 Rinopneumonite equina
B209 Mormo
B210 Varíola equina
B211 Arterite virai equina
B212 Encefalite japonesa
B213 Sarna equina
B215 Surra (Trypanosoma evansi)
B216 Encefalomielite equina venezuelana
Suínos
B251 Renite atrófica dos suínos
B252 Cisticercose suína
B253 Brucelose suína
B254 Gastroenterite suína transmissível
B256 Encefalomielite por enterovírus
B257 Sindrome reprodutivo e respiratório dos
suínos
Aves
B301 Bronquite infecciosa aviária
B302 Laringotraqueite infecciosa aviária
B303 Tuberculose aviária
B304 Hepatite vírica dos patos
B305 Enterite vírica dos patos
B306 Pasteurelose aviária
B307 Varíola aviária
B308 Salmonelose
B309 Doença de gumboro (Bursite infecciosa)
B310 Doença de Marek
B311 Micoplasmose aviária (M. Gallisepticum)
B312 Clamidiose aviária
B313 Salmonelose aviária
Leporídeos
B351 Mixomatose
B352 Tularémia
B353 Doença hemorrágica do coelho
Peixes
B401 Septicémia virai hemorrágica
B404 Virémia primaveril da carpa
B405 Necrose hematopoiética infecciosa
B413 Necrose hemotopoiética epizoótica
B415 Doença virai deOncorhynchusmasou
Moluscos
B431 Bonamiose (Bonamia ostrae, B.sp.)
B432 Haplosporidiose (Haplosporidium costale,
H. nelsoni)
B433. Perkinsose (Perkinsus marinus, P. olsení)
B434 Marteiliose (Marteilia refringens, M.
sydneyi)
B436 Micrositose (Mikrocytos mackini, M.
roughleyi
Crustáceos
B445 Sindrome de taura
B446 Doença das manchas brancas
B447 Doença da cabeça amarela
Abelhas
B451 Acariose das abelhas
B452 Infecção por bacillus pavee
B453 Infecção por Bacterius melissococcus
pluton
B454 Nosemosis das abelhas
B455 Varroose
Outras
B501 Leishemaniose