Codex Alimentarius
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Textos Básicos
Introdução
É direito das pessoas terem a expectativa de que os alimentos que consomem sejam seguros
e adequados para consumo. As doenças e os danos provocados por alimentos são, na melhor das hi-
póteses, desagradáveis, e, na pior das hipóteses, fatais. Há também outras conseqüências. Os surtos
de doenças transmitidas por alimentos podem prejudicar o comércio e o turismo, gerando perdas
econômicas, desemprego e conflitos. Alimentos deteriorados causam desperdício e aumento de custos,
afetando de forma adversa o comércio e a confiança do consumidor.
O comércio internacional de alimentos e as viagens internacionais estão aumentando. O re-
sultado são importantes benefícios sócio-econômicos, mas também a disseminação de doenças ao
redor do mundo. Nas duas últimas décadas, os hábitos alimentares têm passado por mudanças em
muitos países, acarretando o desenvolvimento de novas técnicas de produção, preparação e distri-
buição de alimentos. Portanto, um controle eficaz de higiene tornou-se imprescindível para se evitar
conseqüências prejudiciais decorrentes de doenças e danos provocados pelos alimentos à saúde
humana e à economia. Todos – agricultores e cultivadores, fabricantes e processadores, manipula-
dores de alimentos e consumidores – têm a responsabilidade de garantir que o alimento seja seguro
e adequado para consumo.
Estes Princípios Gerais estabelecem uma base sólida para garantir a higiene dos alimentos e,
quando apropriado, devem ser usados em conjunto com os códigos de práticas de higiene específicos
e com as diretrizes sobre critérios microbiológicos. O documento acompanha a cadeia de alimentos
desde a produção primária até o consumidor final, destacando os controles de higiene fundamentais
em cada etapa. Recomenda, sempre que possível, a adoção de um enfoque baseado no Sistema HACCP,
para aumentar segurança alimentar, conforme descrito no Sistema de Análise de Perigos e Pontos
Críticos de Controle (HACCP) e Diretrizes para sua Aplicação (Anexo).
Os controles descritos neste documento de Princípios Gerais são internacionalmente reco-
nhecidos como essenciais para garantir que os alimentos sejam seguros e adequados para consumo.
Os Princípios Gerais são dirigidos a governos, indústrias (incluindo produtores primários indivi-
duais, fabricantes, processadores, operadores de serviços de alimentação e varejistas), bem como
a consumidores.
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Seção I
Objetivos
PRINCÍPIOS GERAIS DO CODEX SOBRE HIGIENE DOS ALIMENTOS
• identificar os princípios fundamentais de higiene dos alimentos aplicáveis em toda a ca-
deia de alimentos (desde a produção primária até o consumidor final), para garantir que o
alimento seja seguro e adequado para o consumo humano;
• recomendar a aplicação de enfoque baseado no sistema HACCP como um meio de aumentar
a segurança do alimento;
• indicar como implementar tais princípios; e
• fornecer uma orientação para o desenvolvimento de códigos específicos, necessários aos
setores da cadeia de alimentos, processos e produtos, a fim de ampliar os requisitos de
higiene específicos.
Este documento acompanha a cadeia de alimentos desde a produção primária até o consumi-
dor final, estabelecendo as condições de higiene necessárias para a produção de alimentos seguros e
adequados para consumo. O documento contém uma estrutura básica para outros códigos específicos,
aplicáveis a setores determinados. Tais códigos e diretrizes específicas devem ser lidos conjuntamente
com este documento e com o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (HACCP)
e Diretrizes para sua Aplicação (Anexo).
Os governos podem analisar o conteúdo deste documento e decidir a melhor forma de incentivar
a implementação dos princípios gerais a fim de:
As indústrias devem aplicar as práticas de higiene estabelecidas neste documento a fim de:
2.2 UTILIZAÇÃO
Cada seção deste documento estabelece tanto os objetivos a serem alcançados quanto seu fun-
damento para a segurança e adequação do alimento.
A seção III inclui a produção primária e os procedimentos relacionados. Algumas orientações
gerais são apresentadas na seção, embora as práticas de higiene possam diferir consideravelmente
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para os diversos produtos alimentícios e que, quando pertinente, os códigos específicos devem ser
aplicados. Nas seções de IV a X são estabelecidos os princípios gerais de higiene que se aplicam ao
longo da cadeia de alimentos até os pontos de venda. A seção IX contém informações destinadas aos
consumidores, reconhecendo o importante papel desempenhado pelos mesmos na manutenção da
segurança e adequação dos alimentos.
Haverá, inevitavelmente, situações nas quais alguns dos requisitos específicos contidos neste
documento não serão aplicáveis. Entretanto, a questão fundamental é “o que é necessário e apropriado
com relação à segurança e adequação dos alimentos para consumo?”
O texto indica quando tais questões são passíveis de ocorrer por meio das expressões
“quando necessário” e “quando apropriado”. Na prática, isto significa que, embora o requisito
seja, em geral, apropriado e factível, haverá certas situações em que esse requisito não será
nem necessário e nem apropriado no que se refere à segurança e adequação dos alimentos. A
decisão quanto um requisito ser necessário ou apropriado deve ser baseada numa avaliação
dos riscos, de preferência com enfoque na estrutura do Sistema HACCP. Esse enfoque permite
que os requisitos deste documento sejam aplicados de forma flexível e ponderada, levando em
consideração os objetivos gerais da produção de alimentos seguros e adequados ao consumo.
Desta forma, deve-se considerar a ampla diversidade de atividades e os diversos graus de riscos
envolvidos na produção de alimentos. Orientações adicionais encontram-se disponíveis nos
códigos de alimentos específicos.
2.3 DEFINIÇÕES
Para efeito deste Código, as seguintes expressões são definidas como:
Adequação dos alimentos – garantia de que os alimentos são aceitáveis para o consumo
humano de acordo com o uso a que se destinam.
HACCP – sistema que permite identificar, avaliar e controlar os perigos que são significativos
para a segurança do alimento.
Produção primária – etapas da cadeia de alimentos que incluem, por exemplo, a colheita,
o abate, a ordenha e a pesca.
Segurança dos alimentos – garantia de que os alimentos não causem danos ao consumidor,
quando preparados e ou consumidos de acordo com o uso a que se destinam.
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Seção III
Produção Primária
Objetivos:
A produção primária deve ser realizada de forma a garantir que o alimento seja seguro
e adequado para o uso a que se destina. Quando necessário isso incluirá:
• evitar o uso de áreas onde o ambiente represente uma ameaça à segurança dos
alimentos;
• controlar os contaminantes, as pragas e as doenças de animais e plantas de forma que
não representem uma ameaça à segurança dos alimentos;
• adotar práticas e medidas para garantir que o alimento seja produzido em condições
de higiene apropriadas.
Fundamento:
Deve-se ter cuidado para evitar, ao máximo, a deterioração e a decomposição dos alimentos,
por meio de medidas apropriadas, como o controle de temperatura e umidade, dentre outros.
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Seção IV
Objetivos:
Fundamento:
4.1 LOCALIZAÇÃO
4.1.1 ESTABELECIMENTOS
• áreas com poluição ambiental e atividades industriais que constituam uma ameaça grave
de contaminação dos alimentos;
• áreas sujeitas a enchentes, a menos que haja suficientes salvaguardas;
• áreas expostas a infestações de pragas;
• áreas onde resíduos sólidos ou líquidos não possam ser removidos com eficácia.
Quando apropriado, o projeto e leiaute interno dos estabelecimentos alimentares devem permitir
a adoção de boas práticas de higiene, incluindo medidas de proteção contra a contaminação cruzada
por produtos alimentícios, entre e durante as operações.
Os estabelecimentos alimentares devem ser construídos com material durável, de fácil manuten-
ção, limpeza e, quando apropriado, desinfecção. Quando necessário, as seguintes condições específicas
devem ser cumpridas para proteger a segurança e a adequação dos alimentos:
• as superfícies das paredes, divisórias e pisos devem ser feitas de materiais impermeáveis
que não produzam efeitos tóxicos para o uso a que se destinam;
• as paredes e as divisórias devem ter superfície lisa até uma altura apropriada para as operações;
• os pisos devem ser construídos de modo a permitir drenagem e limpeza adequadas;
• os tetos e os acessórios superiores devem ser construídos e revestidos de forma a minimizar
o acúmulo de poeira, a condensação e o desprendimento de partículas;
• as janelas devem ser de fácil limpeza, sendo construídas de forma a minimizar o acúmulo de
poeira e, quando necessário, ser providas de telas removíveis contra insetos, para facilitar
a limpeza. Quando necessário, as janelas devem ser fixas;
• as portas devem ser de superfícies lisas, não absorventes, de fácil limpeza e, quando neces-
sário, desinfecção;
• as superfícies de trabalho que entrem em contato direto com os alimentos devem estar em
boas condições, ser duráveis e de fácil limpeza, manutenção e desinfecção. Devem ser feitas
de material liso, não absorvente e inerte aos alimentos, aos detergentes e aos desinfetantes,
sob condições normais de operação.
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Ao se aplicar essas condições e esses requisitos específicos, deve-se controlar de maneira
adequada qualquer perigo à higiene dos alimentos relacionado com tais instalações, para garantir a
segurança e adequação dos mesmos.
4.3 EQUIPAMENTOS
Além dos requisitos gerais constantes do item 4.3.1, os equipamentos utilizados para cozinhar,
aplicar tratamento térmico, resfriar, armazenar ou congelar alimentos devem ser projetados de forma a
alcançar rapidamente as temperaturas necessárias à segurança e adequação dos alimentos, e a manter
tais temperaturas com eficácia. Esses equipamentos devem ser projetados também de modo a permitir
o monitoramento e controle das temperaturas. Quando necessário, tais equipamentos devem dispor
de meios eficazes para controlar e monitorar a umidade, o fluxo de ar ou qualquer outra característica
que provavelmente tenha efeito prejudicial sobre a segurança ou a adequação dos alimentos. Esses
requisitos têm por objetivo garantir que:
Deve estar disponível um abastecimento suficiente de água potável, com instalações apropria-
das para seu armazenamento, distribuição e controle de temperatura, a fim de garantir, sempre que
necessário, a segurança e a adequação dos alimentos.
A água potável deve atender ao especificado na última edição das Diretrizes para a Qualidade
de Água Potável, da OMS, ou então apresentar padrão com qualidade superior. O sistema de abaste-
cimento de água não potável (utilizado, por exemplo, no controle de incêndios, na produção de vapor,
na refrigeração e em outras aplicações similares onde não contaminaria os alimentos) deve ser inde-
pendente. Os sistemas de água não potável devem estar identificados e não devem estar conectados
ou permitir refluxo com os sistemas de água potável.
4.4.3 LIMPEZA
Deve haver instalações adequadas, devidamente projetadas, para limpeza de alimentos, utensí-
lios e equipamentos. Tais instalações devem dispor, quando apropriado, de abastecimento suficiente
de água potável quente e fria.
Deve haver instalações de higiene adequadas para o pessoal a fim de garantir a manutenção de
um grau apropriado de higiene pessoal e evitar a contaminação dos alimentos. Quando apropriado,
as instalações devem dispor de:
• meios adequados para lavagem e secagem higiênicas das mãos, incluindo lavatórios e abas-
tecimento de água quente e fria (ou de água com a temperatura devidamente controlada);
• lavatórios com projeto higiênico apropriado; e
• vestiários adequados para o pessoal.
Dependendo da natureza das operações do alimento a ser elaborado, deve haver instalações
adequadas para seu aquecimento, resfriamento, cocção, refrigeração e congelamento, para o armazena-
mento de alimentos refrigerados ou congelados, para o monitoramento da temperatura dos alimentos
e, quando necessário, para o controle da temperatura do ambiente a fim de garantir a segurança e a
adequação dos alimentos.
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4.4.6 QUALIDADE DO AR E VENTILAÇÃO
Meios adequados de ventilação natural ou mecânica devem ser dispostos, especialmente para:
Os sistemas de ventilação devem ser projetados e construídos de tal forma que o ar não circule
de áreas contaminadas para limpas e, quando necessário, possam ser submetidos à adequada manu-
tenção e limpeza.
4.4.7 ILUMINAÇÃO
Deve dispor de iluminação natural ou artificial adequada para permitir a realização da operação
de maneira higiênica. Quando necessário, a iluminação não deve alterar as cores. A intensidade deve
ser adequada à natureza das operações. Quando apropriado, as luminárias devem estar protegidas,
evitando a contaminação dos alimentos em caso de quebras.
4.4.8 ARMAZENAMENTO
Controle de Operações
ObjetivoS:
Fundamento:
Reduzir o risco de que os alimentos não sejam seguros, adotando medidas preventivas
que garantam a segurança e a adequação dos alimentos, em uma etapa apropriada da operação
mediante o controle dos perigos.
Esses sistemas devem ser aplicados em toda a cadeia para controlar a higiene dos alimentos
durante toda sua vida útil, mediante a elaboração de produtos e processos apropriados.
Os procedimentos de controle podem ser simples, como a verificação da rotação de estoque, a
calibração de equipamentos e o correto abastecimento de balcões refrigerados. Em alguns casos, pode
ser necessário um sistema elaborado por meio de consultoria com especialistas e que envolva o uso de
documentação. Um modelo de sistema de segurança de alimentos está descrito em Sistema de Análise
de Perigos e Pontos Críticos de Controle (HACCP) e Guia para sua Aplicação (Anexo).
O controle inadequado da temperatura é umas das causas mais comuns de ocorrência de doenças
transmitidas por alimentos ou de deterioração dos mesmos. Esses controles incluem tempo e temperatura de
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cocção, resfriamento, processamento e armazenamento. Deve-se implantar sistemas que garantam um con-
trole eficaz da temperatura, quando a mesma for essencial para a segurança e a adequação dos alimentos.
Os sistemas de controle de temperatura devem considerar:
Tais sistemas devem especificar também os limites toleráveis para as variações de tempo e
temperatura.
Os dispositivos de registro de temperatura devem ser verificados a intervalos regulares e ava-
liados quanto a sua exatidão.
Outras etapas que contribuem para a higiene dos alimentos incluem, por exemplo:
• resfriamento;
• processamento térmico;
• irradiação;
• dessecação;
• conservação química;
• embalagem a vácuo ou em atmosfera modificada.
Os sistemas de gestão descritos no item 5.1 constituem um meio eficaz para garantir a seguran-
ça e a adequação dos alimentos. Quando em um sistema de controle de alimentos forem utilizadas
especificações microbiológicas, químicas ou físicas, elas devem ser baseadas em princípios científicos
consistentes estabelecendo-se, quando apropriado, procedimentos de monitoramento, métodos ana-
líticos e limites de ação.
Devem ser adotados sistemas que previnam a contaminação de alimentos por corpos estra-
nhos, como vidro ou pedaços de metal de maquinário, poeira, fumaça tóxica ou produtos químicos
indesejáveis. Na elaboração e processamento, devem ser utilizados, quando necessário, dispositivos
de detecção apropriados ou sistemas de filtração.
5.4 EMBALAGEM
O formato e os materiais de embalagem devem fornecer proteção adequada aos produtos a fim
de minimizar a contaminação, prevenir danos e permitir rotulagem apropriada. Quando utilizados
materiais ou gases para embalagem, estes não devem ser tóxicos nem representar perigo à segurança e
adequação dos alimentos, de acordo com condições especificadas para armazenamento e uso. Quando
apropriado, as embalagens reutilizáveis ou retornáveis devem ter uma duração adequada, e ser de
fácil limpeza e, quando necessário, desinfecção.
5.5 ÁGUA
Na manipulação dos alimentos deve ser utilizada somente água potável, exceto nos seguintes casos:
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ser monitorado de maneira eficaz. A água recirculada que não tenha recebido tratamento posterior e a
água recuperada do processamento dos alimentos, por evaporação ou dessecação, podem ser utilizadas,
desde que essa utilização não constitua risco à segurança e adequação dos alimentos.
Sempre que necessário, deve ser utilizada água potável para evitar a contaminação dos alimentos.
O gelo deve ser produzido com água que atenda aos requisitos do item 4.4.1. O gelo e o va-
por devem ser produzidos, manipulados e armazenados de modo a serem protegidos de qualquer
contaminação.
O vapor que entra em contato direto com os alimentos ou com as superfícies em contato com
os alimentos não deve constituir uma ameaça à segurança e adequação dos alimentos.
Fundamento:
Facilitar o controle eficaz e contínuo dos perigos alimentares, das pragas e de outros
agentes que provavelmente contaminam os alimentos.
A limpeza deve remover os resíduos alimentares e as sujidades que podem ser fonte de conta-
minação. Os métodos de limpeza e materiais necessários dependem do tipo de empresa de alimentos.
A desinfecção pode ser necessária após a limpeza.
Os produtos de limpeza devem ser manipulados e utilizados com cuidado e de acordo com as
instruções do fabricante e armazenados, quando necessário, separados dos alimentos, em recipientes
claramente identificados para evitar o risco de contaminação dos alimentos.
A limpeza pode ser realizada pelo uso separado ou combinado de métodos físicos como calor,
fricção, fluxo turbulento, limpeza a vácuo ou outros métodos sem o uso de água, e métodos químicos
que utilizem detergentes alcalinos ou ácidos.
Os procedimentos de limpeza, quando apropriado, englobam a:
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• enxágüe com água que atenda aos requisitos da seção 4 para remover sujidades suspensas
e os resíduos de detergente;
• limpeza a seco ou aplicação de outros métodos apropriados para remover e recolher resíduos
e dejetos; e
• desinfecção, quando necessário, com enxágüe subseqüente, exceto se as instruções do fa-
bricante indicarem, com bases científicas, que o enxágüe não é necessário.
Quando apropriado, os programas devem ser elaborados por meio de consulta com especialistas.
As pragas representam uma séria ameaça à segurança e adequação dos alimentos. As infesta-
ções por pragas podem ocorrer em locais que favoreçam a proliferação e onde haja disponibilidade de
alimentos. As boas práticas de higiene devem ser empregadas para evitar a formação de um ambiente
propício às pragas. A boa higienização, a inspeção de materiais recebidos e o bom monitoramento podem
minimizar a probabilidade de infestação e, portanto, reduzir a necessidade do uso de pesticidas.
As edificações devem ser mantidas em boas condições de conservação para evitar o acesso de pragas e
eliminar os locais potenciais para sua proliferação. Os orifícios, os drenos e outros locais onde as pragas po-
dem ter acesso devem ser mantidos fechados. As telas de arame colocadas, por exemplo, em janelas abertas,
portas e aberturas de ventilação, reduzem o problema do acesso de pragas. Os animais devem, sempre que
possível, ser impedidos de entrar nas áreas das fábricas e das plantas de processamento de alimentos.
6.3.5 ERRADICAÇÃO
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Seção VII
Objetivos:
Garantir àqueles que entrem em contato direto ou indireto com os alimentos que não
os contaminem, mediante:
Fundamento:
As pessoas que não mantêm um grau apropriado de higiene pessoal, que possuem certas
doenças ou condições de saúde ou que se comportam inapropriadamente podem contaminar
os alimentos e transmitir doenças aos consumidores.
• icterícia;
• diarréia;
• vômitos;
• febre;
• inflamação na garganta com febre;
• lesões na pele visivelmente infectadas (furúnculos, cortes, etc.);
• secreção dos ouvidos, olhos ou nariz.
• fumar;
• cuspir;
• mascar ou comer;
• espirrar ou tossir sobre alimentos não protegidos.
Objetos pessoais como jóias, relógios, brincos ou outros não devem ser usados ou trazidos
para áreas de manipulação de alimentos, pois representam ameaça à segurança e adequação dos
alimentos.
7.5 VISITANTES
Os visitantes das áreas de fabricação, processamento ou manipulação de alimentos devem,
quando apropriado, usar vestuários de proteção e seguir as mesmas regras e higiene pessoal estabe-
lecidas nesta seção.
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Seção VIII
Transporte
Objetivos:
Fundamento:
Os alimentos podem ser contaminados ou podem não chegar a seu destino em condições
adequadas para o consumo, a menos que medidas de controle eficazes sejam adotadas durante
o transporte, ainda que tenham sido adotadas medidas de controle de higiene adequadas nas
etapas anteriores da cadeia de alimentos.
8.2 REQUISITOS
Quando necessário, os meios de transporte e os recipientes para produtos a granel devem ser
projetados e construídos de modo que:
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Seção IX
Objetivos:
Fundamento:
9.3 ROTULAGEM
Os alimentos pré-embalados devem estar rotulados com instruções claras que permitam à pró-
xima pessoa da cadeia de alimentos manipular, expor, armazenar e utilizar o produto de forma segura.
Aplica-se o Codex General Standard for the Labelling of Prepackaged Foods (CODEX-STAN 1-1985).
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Seção X
Capacitação
ObjetivoS:
As pessoas envolvidas com atividades relacionadas aos alimentos e que entram em con-
tato direto ou indireto com os mesmos devem ser capacitadas ou instruídas quanto à higiene
dos alimentos em um nível adequado às atividades que irão realizar.
Fundamento:
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