Comunicação e Expressão
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Ensino a Distância
MANTENEDORA
Comunidade Evangélica Luterana São Paulo - CELSP
Rua Fioravante Milanez, 206
Sumário
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS E SUA IMPORTÂNCIA PARA O FALANTE NA-
CEP 92010-240 – Canoas/RS TIVO ............................................................................................ 3
Telefone: 51 3472.5613 - Fax: 51 3477.1313
DIREÇÃO
Presidente NÍVEIS E FUNÇÕES DA LINGUAGEM ...............................................9
Delmar Stahnke
COESÃO DO TEXTO ESCRITO........................................................ 13
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Av. Farroupilha, 8001 - Bairro São José
COERÊNCIA TEXTUAL ................................................................. 24
CEP 92425-900 - Canoas/RS
Telefone: 51 3477.4000 - Fax: 51 3477.1313
REITORIA O PARÁGRAFO .......................................................................... 31
Reitor
Marcos Fernando Ziemer PADRÃO .................................................................................... 31
Vice-Reitor
Valter Kuchenbecker A PARÁFRASE ............................................................................ 40
Pró-Reitor de Administração
Ricardo Muller
Pró-Reitor de Graduação RETEXTUALIZAÇÃO .................................................................... 48
Ricardo Prates Macedo
Pró-Reitor Adjunto de Graduação FALA ESCRITA ............................................................................ 49
Pedro Antonio Gonzalez Hernandez
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação RESUMO E RESENHA .................................................................56
Erwin Francisco Tochtrop Júnior
Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários
CONCORDÂNCIA ....................................................................... 66
Ricardo Willy Rieth
Capelão geral
Gerhard Grasel VERBAL E NOMINAL ................................................................... 66
Diretor de Ensino do EAD
Joelci Clécio de Almeida A VÍRGULA, A CRASE E OS PORQUÊS ........................................... 74
Orientação e revisão da escrita
Dóris Cristina Gedrat
Design/Infogra a/Programação
José Renato dos Santos Pereira
Luiz Carlos Specht Filho
Sabrina Marques Maciel
COMO IMPRIMIR
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ler com mais facilidade o arquivo. E-mail: alunoead@ulbra.br
Campus Canoas:
Para retornar à página anterior ou ir para a próxima página clique Av. Farroupilha, 8001 · Prédio 11 · 2º andar
nos seguintes ícones: Corredor central - Sala 130 · Canoas/RS
Atendimento de segunda-feira a sexta-feira:
Manhã/Tarde/Noite: Das 8:00hs às 22:30hs
Atendimento aos sábados:
Obtenha maiores informações selecionando Ajuda => Como => Manhã: 8:00hs às 12:00hs
Fundamentos do Adobe Reader.
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VARIAÇÕES
LINGUÍSTICAS E SUA
IMPORTÂNCIA PARA O
FALANTE NATIVO
A língua, por ser viva, muda no tempo e no espaço. Vamos
ver como isso acontece!
Neste capítulo, nós nos dedicamos ao estudo das diversas possibilidades para utilização da língua
portuguesa, as quais variam de acordo com as diferentes situações em que ela é utilizada.
Vanessa Loureiro Correa
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línguas variam no tempo e no espaço. Também juntas, isto é, todo o sistema, e não por partes –
descobriu-se que todas as línguas têm duas arti- primeiro o som, depois a formação de palavras,
culações, uma que trata dos fonemas e outra que em seguida a formação de frases e o significado
diz respeito aos morfemas. Quando se estudou das palavras. Tudo isso é feito ao mesmo tempo
todas as línguas juntas, descobriu-se que existem pela criança. Constatou-se que somente o ho-
aspectos linguísticos que estão presentes em to- mem é capaz de criar frases e palavras novas para
das as línguas. No entanto, viu-se também que expressar situações inéditas, bem como é próprio
cada uma organiza suas articulações de maneira do falante tornar regular as formas irregulares da
própria, particular. Observou-se que o falante, ao língua.
adquirir uma língua, aprende todos as suas partes
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Em 1916, com a publicação do livro Cours não é errado, se o emissor comunica a sua men-
de Linguistique General de Ferdinad Saussure, sagem. O linguista vai analisar essa frase dentro
fundou-se a Linguística. Essa ciência estuda a do contexto comunicativo em que ela foi dita e
linguagem verbal (palavra escrita ou falada) hu- ver o porquê dessa estrutura gramatical, sem se
mana. Não cabe aos linguistas dizer o que é cer- preocupar em dizer que ela está errada, pois não
to ou errado na língua, apenas analisar os vários está de acordo com a língua-padrão.
usos e estruturas que a mesma apresenta em gru- Para melhor entendermos a afirmação aci-
pos sociais, a fim de descrevê-la. Na Linguística, ma, vamos tratar da variação linguística.
dizer “Nóis fumo, vortemo e nada incontremo”
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Fonte 1 - Amazônia
Faixa Etária: nossa linguagem muda con-
forme a idade, tendo em vista o interesse que te-
mos em cada faixa etária. A linguagem de uma Estou sentado na cadeira de
criança é diferente da linguagem de um ado- diretor de redação da VIP e a
lescente e essa é diferente da linguagem de um vista daqui não é nada má, ga-
adulto, conforme os exemplos abaixo. ranto a você. Estou muito bem
cercado. Se giro a cadeira, vejo
Sabrina, a musa instantânea,
Ex. “Eu e os meus irmãozinhos fomos no seu primeiro ensaio calien-
a uma festinha na casa de amiguinhos.” te para uma revista. Delícia.
“Eu e os brothers fomos a uma balada Giro de novo e é só prazer,
na baía da galera.” acredite.
“Eu e amigos fomos a uma reunião na Este é o mundo de
casa de amigos.” VIP. E meu trabalho é tra-
tar muito bem dele. Como
se fosse você, meu caro,
sentado nessa cadeira.”
Fonte 3 - Filologia
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domina a linguagem desses grupos, não pode pertencer aos mesmos.. Vamos aos exemplos:
Sur stas:
Funkeiros:
“Fui a um baile que era uma maresia. Conheci um
alemão que tinha o maior conchavo. Dava corte em to-
das as princesas. Um verdadeiro playboy.”
Como se pode ver, esses e outros aspectos mesma veste diferentes roupagens, a fim de aten-
fazem com que a nossa língua mude sempre que der nossas necessidades diárias. O importante,
acharmos necessário. É importante termos essa neste caso, é comunicar, ou seja, passar a mensa-
consciência para que possamos evitar atitudes gem para alguém, adequando o nível de lingua-
preconceituosas e excludentes. Não podemos gem ao contexto comunicativo.
exigir que todos falem a mesma língua, pois a
Arquivo
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Atividade bos;
B) a linguagem varia de acordo com o sexo;
Se não falamos a mesma língua, por que so- D) a linguagem varia de acordo com o núme-
mos tão preconceituosos com aqueles que não ro de leituras e conhecimentos que fazemos e
empregam o nível coloquial? adquirimos.
Bibliográ cas
BRANDÃO, Silvia Figueiredo. A Geogra-
fia Linguística do Brasil. São Paulo: Ática,
1991.
CALVET, J.L. Sociolinguística. S. P. Pará-
bola, 2002.
GNERRE, Maurizzio. Linguagem, escrita
e poder. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
KRISTEVA, Julia. História da Lingua-
gem. São Paulo: Editora 70, 2003. Coleção
Signos.
Gabarito
Questão da re exão
Autoavaliação Somos preconceituosos porque associamos outros níveis
de linguagem, exceto os níveis coloquial e culto, com
pessoas sem cultura e sem estudo.
Marque, com um X, a única alternativa cor-
reta. Autoavaliação
1- D
1. As pessoas que estudam mais sofrem variação
2- C
linguística porque:
3- A
A) a linguagem varia de acordo com as tri-
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NÍVEIS E FUNÇÕES DA
LINGUAGEM
Há várias formas de comunicação e também diferentes
objetivos linguísticos.
Vanessa Loureiro Correa
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Assim como temos níveis para usar nos con- linguagem mais relevantes para a área acadêmica.
textos comunicativos, também, quando falamos, Cabe ressaltar que temos as funções fática, poéti-
sempre temos um objetivo. Ninguém fala se não ca, emotiva. No entanto, as mesmas, no contexto
tem necessidade; logo, o nosso discurso é acom- acadêmico, não são tão utilizadas. Sendo assim,
panhado de uma função. Vejamos as funções da vamos nos deter nas funções que seguem:
ASTROLOGIA:
A importância da lua na vida das pessoas
No texto anterior, Lua está no sentido denotativo, ou seja, como um satélite da Terra. É encontrada
em todos os textos informativos que lemos e produzimos.
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Função metalinguística
É a língua falando da própria língua. Serve para verificar se emissor e receptor estão usando o
mesmo repertório.
Linguística é a ciência
que estuda a linguagem
verbal humana.
Nesta canção, o autor define o que é saber Todos esses aspectos são importantes para
amar usando outras palavras da língua para ex- que tenhamos a consciência do quanto a nossa
plicar um sentimento, uma atitude. Esse tipo de língua é rica no momento em que estamos usan-
função pauta todos os textos técnicos que têm por do-a. Dominando os níveis e funções, o falante
meta introduzir palavras próprias de cada área de nativo terá um eficiente processo comunicativo.
estudo.
Arquivo
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Comentada
3. No trecho: “A crise mundial tem assustado a
CHALHUB, Samira. 5 ed. Funções da lin- todos os países, sejam eles ricos, pobres ou em
guagem. São Paulo. Ática, 1991. desenvolvimento. Sendo assim, urge que se te-
É um livro que mostra todas as funções da nha cautela com os gastos domésticos nesse perí-
linguagem através de uma conceituação simples odo.”, o nível e função predominantes são:
e muitos exemplos. O leitor termina a leitura en- A) culto- referencial
tendendo a diferença existente entre cada uma
B) coloquial - referencial
delas, uma vez que consegue visualiza-las nos
exemplos dados. C) culto- metalinguística
D) grupal técnica - metalinguística
Referências
Bibliográ cas
JACKOBSON, Roman. 18 ed. Linguística
e Comunicação. São Paulo: Cultrix, 2001.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para
a escrita: atividades de retextualização. 2.
ed. S.Paulo: Cortez, 2001
MARTINS, Dileta Silveira. Português
Instrumental. 22.ed. Porto Alegre: Sagra
Luzzatto, 2002.
Gabarito
Autoavaliação Questão para re exão
Tendo em vista o tamanho do território brasileiro, temos
que ter um código escrita que seja compreendido em
1. No trecho da música : “Negue, o seu amor, o qualquer região do país. No momento que usamos qual-
seu carinho. Diga que você já me esqueceu. Pise, quer outro nível que não o padrão, teremos – certamente
machucando com jeitinho...”, a função predomi- – di culdades em entender a mensagem do texto. Preci-
samos lembrar que a forma escrita não possui os mais
nante é: variados recursos da forma falada (gestos, olhares, entre
outros), precisando, por isso, ser o mais autosu ciente
A) função metalinguística possível na comunicação de uma ideia.
B) função conativa Autoavaliação
C) função referencial 1. B
2. C
D) função poética
3. A
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COESÃO DO
TEXTO ESCRITO
Você sabe quais são as palavras que garantem a unidade
dos textos?
Daniela Duarte Ilhesca
Mozara Rossetto da Silva
Neste capítulo estudamos a coesão textual, destacando o papel dos anafóricos e dos articuladores
como elementos que caracterizam este fator de textualidade. O objetivo é compreender o conceito de
coesão textual e reconhecer e analisar o funcionamento dos anafóricos e dos articuladores na constru-
ção do sentido em um texto.
O que é um texto
coeso?
Todo texto escrito pressupõe uma organi-
zação diferente da que caracteriza o texto fala-
do. Veremos que a sua forma e estruturação são
essenciais para a clareza da comunicação da
mensagem, entretanto outros elementos também
contribuem para que esse discurso seja bem-su-
cedido. O que é a coesão textual?.
A palavra coesão no dicionário possui vários
significados, entre os quais “ligação e associação
íntima entre as partes de um todo”. Ora, se o todo
é o texto, associar as suas partes é ligar as pala-
vras e as ideias que o compõem sem repeti-las.
Para confirmar isso, consulte um dicionário
e compare com a definição abaixo.
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Casa rosa bonita casa branca O que notamos nesse texto é a falta de coe-
são. Resumindo, nele encontramos:
Todos os elos podem formar uma corrente, po-
rém precisam estar ligados entre si por meio de a) muitas repetições;
outros elos. Isso formará uma corrente coesa, e, b) muitas frases estanques, isto é, as ideias
no caso das palavras, isso também dará coesão não estão ligadas umas às outras.
ao texto. Veja o resultado:
Agora que identificamos os problemas no
texto, fica fácil reformulá-lo, corrigindo as re-
petições e estabelecendo relação entre as ideias.
Tente fazer as modificações necessárias e com-
pare-as com as sugeridas no texto abaixo.
O
marceneiro Osvaldo notou de substituir aquele tênis surrado.
que o filho estava caminhan- Levou-o, então, à lojinha do Manoel,
do com os pés tortos. O mar- que ficava perto de sua casa. QUAN-
ceneiro resolveu investigar. O marce- DO lá chegou, escolheu um novo cal-
neiro concluiu que o filho estava com çado para seu piá E, TAMBÉM, se-
os pés apertados. Era hora de substituir parou o velho para jogar fora. MAL
aquele velho tênis. Levou o filho à lo- experimentara o presente, começou a
jinha do Manoel. A lojinha ficava per- chorar. Sem entender o porquê daque-
to da casa do marceneiro. Chegando à le choro, o homem NÃO SÓ pensou
lojinha, o marceneiro escolheu um tê- que alguma coisa o estava machu-
nis novo para o filho e separou o velho cando, COMO TAMBÉM tirou ime-
para jogar fora. O filho experimentou diatamente o sapato do baixinho, que
o tênis e começou a chorar. O marce- continuou a choramingar, dizendo que
neiro não entendeu o porquê daquele amava demais o companheiro para
choro, pensou que alguma coisa estava trocá-lo por outro. ASSIM, o pai pôs o
machucando o filho e tirou imediata- antigo amigo no moleque A FIM DE
mente o tênis novo dos pés do filho. voltarem para casa da mesma maneira
O filho continuou a chorar e disse que como haviam saído.
amava demais o tênis velho para trocar
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SUBSTITUIÇÕES REFERENTES
Concluiu o marceneiro Osvaldo
o garoto o lho
Levou o marceneiro Osvaldo
-o garoto / lho
que lojinha do Manuel
Sua garoto / lho
Lá lojinha do Manuel
Chegou o marceneiro Osvaldo
Calçado tênis
Seu o marceneiro Osvaldo
Piá garoto / lho
o velho calçado / tênis
Experimentara o piá / garoto / lho
o presente novo calçado
o homem o marceneiro Osvaldo
O o piá / garoto / lho
o sapato o presente / novo calçado
Baixinho o piá / garoto / lho
o companheiro tênis surrado
-lo tênis surrado
Outro companheiro / tênis / calçado /sapato
o pai o marceneiro Osvaldo
o antigo amigo tênis surrado
Moleque o piá / garoto / lho
Voltarem o lho e o pai
Que maneira
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Exemplo 2
A ideia da mãe substituta é mais antiga do que parece. Na Bíblia, lemos que Sara, não
podendo engravidar, entregou sua serva Hagar ao marido Abraão, a fim de que ele se tor-
nasse pai. Com isso, evitava o opróbrio que pesava sobre os casais sem filhos. Depois disso,
a própria Sara engravidou, uma sugestão de que Deus recompensou seu desprendimento.
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Exemplo 3
Por que as gravações de depoimentos à CPI do Tráfico de Armas foram feitas por um
funcionário terceirizado em vez de um servidor do quadro? Este último estaria submetido ao
sigilo profissional que um cargo público implica. O primeiro, que entregou aos advogados
de Marcos Camacho, o Marcola, por R$ 200, a fita com informações privilegiadas, não tem
qualquer compromisso ético juramentado. Mesmo assim, há três anos, tem sido pela mão –
pelo ouvido e confessadamente pelo bolso – dele que passam todas as informações sigilosas
das CPIs. Informações essas que envolvem desde os nomes velados de testemunhas que
arriscaram suas vidas depondo até a extensão do acesso das autoridades aos números das
organizações criminosas e, mais, o planejamento estratégico para o seu combate.
Fonte 7 : Jornal Zero Hora
Referências:
este último – um servidor do quadro essas – informações sigilosas das CPIs
o primeiro – um funcionário terceirizado suas – das testemunhas
dele – um funcionário terceirizado
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articuladores?
CESSÃO mesmo que etc.
segundo, conforme, de
Como você escolheu CONFORMIDADE acordo com, como etc.
o articulador apropriado?
Será que acertou o alvo?
CONCLUSÃO Portanto, assim, logo
etc.
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Exemplo 7 Exemplo 8
O resumo não é uma introdução
O resumo não é uma introdução ao artigo, portanto é uma descrição
ao artigo, mas sim uma descrição su- sumária da totalidade do artigo, na
mária da sua totalidade, na qual se descrição sumária se procura realçar
procura realçar os aspectos menciona- os aspectos mencionados. o resumo
dos. Deverá ser discursivo, e não ape- deverá ser discursivo, assim não ape-
nas uma lista dos tópicos que o artigo nas uma lista dos tópicos que o artigo
cobre. Deve-se entrar na essência do cobre. Deve-se entrar na essência do
resumo logo na primeira frase, sem ro- resumo então na primeira frase, sem
deios introdutórios nem recorrendo à rodeios introdutórios nem recorrendo
fórmula estafada “Neste artigo ...”. à fórmula estafada “Neste artigo ...”.
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Cá entre nós.... ficou péssimo, não? Sentidos deturpados, repetições desnecessárias. Entretanto,
como vimos, perfeitamente passível de aprimoramento.
No trecho a seguir, vamos identificar quais seriam os elementos coesivos necessários para que o
texto apresentasse uma redação com mais estilo.
Exemplo 9
Pretendeu-se que este trabalho referência frequente para o leitor que
proporcionasse, de forma muito sin- pretenda construir a sua competência
tética, (1) objetiva e estruturante, na escrita de artigos científicos. Faz-
uma familiarização com os principais se notar, (5) , que ninguém se pode
cuidados a ter na escrita de um artigo considerar perfeito neste tipo de tare-
científico. (2) satisfazer (3) , fa. A arte de escrever artigos cientí-
optou-se por uma descrição sequencial ficos constrói-se no dia-a-dia, através
das componentes típicas de um docu- da experiência e da cultura. (6) ,
mento desta natureza. Pensa-se que o as indicações deste texto deverão ser
resultado obtido satisfaz os requisitos entendidas como um mero primeiro
de objetividade e pequena dimensão passo, enquadrador, para uma jornada
que pretendia atingir. Pensa-se (4) plena de aliciantes, (7) que nunca
que constituirá um auxiliar útil, de terá fim.
Fonte 8: Nogueira
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Pretendeu-se que este trabalho propor- tuirá um auxiliar útil, de referência frequen-
cionasse, de forma muito sintética, porém te para o leitor que pretenda construir a sua
objetiva e estruturante, uma familiarização competência na escrita de artigos científi-
com os principais cuidados a ter na escri- cos. Faz-se notar, todavia, que ninguém se
ta de um artigo científico. Para satisfazer pode considerar perfeito neste tipo de ta-
este objetivo, optou-se por uma descrição refa. A arte de escrever artigos científicos
sequencial das componentes típicas de um constrói-se no dia-a-dia, através da expe-
documento desta natureza. Pensa-se que o riência e da cultura. Assim, as indicações
resultado obtido satisfaz os requisitos de deste texto deverão ser entendidas como
objetividade e pequena dimensão que pre- um mero primeiro passo, enquadrador, para
tendia atingir. Pensa-se também que consti- uma jornada plena de aliciantes, mas que
nunca terá fim.
Fonte 9 - Nogueira
Como vimos, apenas um conjunto de palavras não é capaz de formar uma frase, e um conjunto
aleatório de frases também não é suficiente para formar um texto.
Arquivo
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Atividade ta um sentido;
D) expressa sentido de causalidade, pois é
uma explicação do argumento anterior.
Forme um período coeso a partir das ora-
ções abaixo, observando a informação entre pa-
rênteses. 2) Assinale a alternativa que apresenta o referen-
a)Muitos candidatos não convencer mais nin- te do anafórico destacado em: “Curiosa palavra.
guém quase. Eles ainda impressionar alguns Idoso. O que acumulou idade. Também tem o
eleitores. (concessiva) sentido de quem se apega à idade. Ou que A es-
banja .”:
b)Eles parecer atores teatrais. Eles ser imbu-
ídos da veemência das palavras e dos gestos. A) palavra;
(explicação/causalidade) B) Idoso;
C) quem se apega;
Referência D) idade.
Comentada
3) Sobre a coesão do trecho: “Mas isso não ex-
COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e plicava a senhora do ônibus, uma desconhecida,
Textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 2006. sem qualquer expectativa de um dia ser recom-
pensada pela sua gentileza. Ou os repetidos ges-
Este livro procura condensar noções rele-
tos de deferência de outros desconhecidos - até
vantes sobre coesão textual e aplicá-las à análise
de bilheteiros, nos cinemas, me perguntando, por
de redações de vestibular, na tentativa de estabe-
alguma razão, se eu queria um ingresso com des-
lecer um diagnóstico e levantar sugestões para o
conto.”, é correto afirmar que:
trabalho com a expressão escrita .
A) “se” é um articulador de causalidade;
apega à idade”, é correto afirmar a respeito do b) Eles parecem atores teatrais, pois são imbuídos da
veemência das palavras e dos gestos. (explicação/cau-
articulador TAMBÉM: salidade)
A) expressa sentido de condicionalidade,
pois apresenta uma hipótese; Autoavaliação
B) expressa sentido de conclusão ao encerrar 1–C
uma ideia já apresentada; 2–D
C) expressa sentido de adição, pois acrescen- 3 –B
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COERÊNCIA TEXTUAL
Você conhece os princípios que sustentam a coerência dos textos? Veja como
isso acontece!
Daniela Duarte Ilhesca
Mozara Rossetto da Silva
Exemplo 1
O meu pai não gosta de futebol,
visto que meu pai comprou uma cami-
seta da seleção brasileira para a Copa.
Arquivo
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Exemplo 3 Exemplo 5
O meu trabalho foi entregue antes Na elaboração deste trabalho, ob-
do prazo estipulado, mas ele apresen- jetivamos mostrar os resultados, para
tou alguns problemas de digitação e que se tenha uma ideia bastante níti-
resolvi arrumá-lo. da...
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Notamos ainda repetição de palavras e falta de articulação, o que compromete a coerência do texto.
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Atividade
Analise o trecho a seguir. Qual é o princípio
da coerência que foi infringido? Reescreva o tre-
cho, tornando-o coerente.
Comprei um carro usado, mas esse carro
apresentou problemas nos primeiros dias de
uso e resolvi trocar o carro por outro carro.
Referência
Comentada
KOCH, I.V. Coerência textual. São Paulo:
Contexto, 2003.
A obra expõe a constituição dos sentidos
nos textos e seus fatores, tais como os elementos
linguísticos, o conhecimento do mundo, as infe-
rências e a situação. Um de seus capítulos é dedi-
cado ao registro de como a análise da coerência
textual pode auxiliar no trabalho do professor no
ensino da língua. Os autores apresentam ampla
bibliografia comentada para os interessados em
se aprofundar nesse campo.
Referências
Bibliográ cas
GUIMARÃES, E. A articulação do texto.
São Paulo: Ática, 2006.
COSTA VAL, Maria da Graça. Redação
e Textualidade. São Paulo: Martins Fontes,
2006.
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O PARÁGRAFO
PADRÃO
O processo de se escrever um texto coeso e coerente pode
ser facilitado se prestarmos atenção a certos detalhes.
Luana Soares de Souza
Mozara Rossetto da Silva
Escrever um texto
Muitas pessoas não sentem o mínimo es-
tímulo para elaborar umas poucas linhas es-
critas; acreditam que não possuem o preparo
indispensável para redigir algo que permita
desvendar e compartilhar suas ideias. Elas fi-
cam desanimadas e consideram-se inaptas para
o dom da escrita. Qual o motivo de tais sen-
timentos? Falta-lhes base cultural ou, tão so-
mente, prática? Pois, para dominar os medos,
é preciso praticar. É preciso ter iniciativa e es-
crever. Porque só aprendemos a escrever escre-
vendo.
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Observe que, para redigir cada parte, foi O desenvolvimento tem cinco períodos (no
utilizado um determinado número de períodos. caso, caracterizados por cinco pontos finais).
A conclusão traz um período (ou seja, um
ponto final).
QUADRO EXPLICATIVO As ações integram os projetos Biodiesel-
Norte e Biodiesel-Sul, para implantação de um
Relembrando complexo industrial para a produção de biodiesel
e álcool combustível.
PERÍODO: começa com a letra ini-
R
cial maiúscula e termina por uma pausa epresentantes do Ministério de
bem definida e indicada por ponto final Desenvolvimento Agrário e da
(períodos 1 e 2, a seguir); ponto de inter- Petrobras estarão no Estado para
rogação (período 3); ponto de exclamação deflagrar projetos voltados para a produ-
(período 4); ou reticências (período 5). ção de biodiesel. A meta é audaciosa: não
ATENÇÃO: vírgula, ponto-e-vírgula apenas inserir a agricultura familiar gaú-
e dois-pontos são sinais de pontuação que cha na produção de álcool, como tornar o
não delimitam períodos. Estado autosuficiente no médio prazo. A
agenda começa nesta segunda-feira, com
Exemplos de períodos: a assinatura de um memorando de enten-
1. O ponto nal é empregado ao término de dimento para a instalação de uma usina
um período de sentido completo. de biodiesel e do contrato para instalação
de uma usina de álcool entre a Petrobras
2. O Brasil está entre os países que mais
serão afetados pelo aquecimento global, e a Cooperbio, em Palmeira das Missões.
conforme informa reportagem publicada Também será assinado um convênio para
pela Revista Veja. a manutenção do Curso de Técnico em
3. Você gostou da comida daquele restau- Agropecuária Ecológica, com ênfase em
rante na Estrada do Mar? Biocombustíveis, entre a Petrobras e a
Fundep. Na quarta-feira, será a vez de assi-
4. Mesmo em viagem ao exterior, não se
esqueça de sua terra natal! nar memorando semelhante em Bagé, com
os mesmo objetivos.
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Esquema:
1.o Assunto: a ajuda das crianças nas tare-
fas domésticas.
o
2. Delimitação: a colaboração infantil nos
trabalhos da casa exige cuidados.
3.o Objetivo: alertar quanto às precauções
que devem ser adotadas durante a re-
alização de atividades domésticas por
crianças.
Arquivo
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Atividade
Reescreva o parágrafo a seguir, colocando
as ideias em ordem.
No entanto, nenhuma criança dessa ida-
de vai falar, por exemplo: “uma meninos chegou
aqui amanhã”. Pois toda e qualquer língua é
“fácil” para quem nasceu e cresceu rodeado por
ela. O que ela não conhece são sutilezas, sofis-
ticações e irregularidades no uso dessas regras,
coisa que só a leitura e o estudo podem lhe dar.
Está provado e comprovado que uma criança en-
tre três e quatro anos de idade já domina perfei-
tamente as regras gramaticais de sua língua.
Referência
Comentada
SOARES, M. B. Técnicas de redação. São
Paulo: Ao Livro Técnico, 1978.
Para aprofundar os conhecimentos acer-
ca do estudo do parágrafo, sugerimos a leitura
desse livro de Magda Becker Soares. A autora
organiza uma variada tipologia de parágrafos e
apresenta exemplos para cada um. Dessa forma,
é possível visualizar e explorar mais detidamen-
te as inúmeras possibilidades redacionais de um
parágrafo.
Referências
Bibliográ cas
CUNHA, S. F. da et al. Tecendo textos. 2.
ed. Canoas: Ed. da Ulbra, 2000.
SAVIOLI, F. P.; FIORIN, J. L. Lições de
texto: leitura e redação. São Paulo: Ática,
2006.
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A PARÁFRASE
Dispomos de mais de uma maneira de dizer as coisas na
língua. Não é por acaso que utilizamos uma e não a(s)
outra(s) cada vez que falamos ou escrevemos.
Dóris Cristina Gedrat
Mozara Rossetto da Silva
N
este capítulo temos dois objetivos principais: compreender e aplicar o processo de transforma-
ção de linguagem de um texto em outro, semanticamente equivalente ao texto-fonte (paráfra-
se); captar, mediante exemplos ilustrativos, as nuanças de significado produzidas pela escolha
da paráfrase empregada em cada caso.
Compreendendo a paráfrase
Leia o texto a seguir e a paráfrase correspondente com atenção.
TEXTO ORIGINAL
Café dos gourmets
Grãos especiais transformam o cafezinho numa experiência inesquecível.
O cafezinho, quem diria, conquistou seu lugar ao sol no reino dos sabores e aromas da alta gastrono-
mia. Bem tirado, de preferência numa boa máquina de café expresso, é inesquecível. Pode ser preparado
em casa, bebido em restaurantes nos ou em cafeterias chiques – como a Suplicy, de São Paulo, e o
Armazém do Café, do Rio de Janeiro. A alma desse fenômeno é o café gourmet. Produzido com grãos
especiais, geralmente do tipo arábica, recebe cuidado artesanal da plantação à torrefação. O resultado
é uma bebida sem o amargor típico dos cafés comuns e com uma diversidade maior de aromas e sen-
sações. Alguns cuidados são essenciais. A água não deve chegar ao ponto de fervura. “O preparo deve
ser feito com água mineral”, recomenda a barista Isabela Raposeiras. “Se puder moer o grão na hora,
melhor”.
Fonte 19 - Isto é
PARÁFRASE
Café dos gourmets
Grãos especiais levam à transformação do cafezinho numa experiência inesquecível.
O cafezinho, quem diria, destaca-se onde os sabores e os aromas da alta gastronomia são altamente
valorizados. É impossível esquecê-lo, se bem tirado, de preferência numa máquina de café expresso de
boa qualidade. Pode-se prepará-lo em casa, bebê-lo em restaurantes nos ou em cafeterias chiques –
como a Suplicy, de São Paulo, e o Armazém do Café, do Rio de Janeiro. Sua alma é o café gourmet. Pro-
duzido com grãos especiais, geralmente do tipo arábica, é cuidado artesanalmente desde sua plantação
até o momento da torrefação. O resultado é uma bebida não tão amarga como tipicamente são os cafés
comuns e muito mais diversi cada em aromas e sensações que causa. Deve-se tomar alguns cuidados,
como, por exemplo, não ferver a água. Além disso, “O preparo deve ser feito com água mineral e, se for
possível moer o grão na hora, melhor”, recomenda a barista Isabela Raposeiras.
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Explicação: os termos da oração são O canto do hino pelo coral foi seguido
(substantivo)
simplesmente deslocados de lugar, sem que
haja necessidade de alterar a construção pela execução da marcha fúnebre.
(substantivo)
verbal. (processo de inversão de elementos)
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Exemplo 6 Exemplo 9
A justiça ordenou que a criança fosse en-
tregue imediatamente aos pais. (verbo) Não é certo ficarmos esperando pelo
resto da vida.
A justiça ordenou a entrega imediata
da criança aos pais. (substantivo)
Não é certo que fiquemos esperando
pelo resto da vida.
Exemplo 7 Explicação: nos exemplos 8 e 9, as for-
mas verbais são transformadas.
Ontem à noite percebi que as palavras
de um velho amigo eram sensatas.
(adjetivo)
Ontem à noite percebi a sensatez das
palavras de um velho amigo. (substantivo)
Exemplo 10
Explicação: nos exemplos 5, 6, e 7 Pedro é mais forte que João.
trata-se de um processo que altera a classe
João é mais fraco que Pedro.
gramatical das palavras. Se no texto origi-
nal aparecia um verbo, na paráfrase esse
verbo será transformado em nome, ou seja,
substantivo ou adjetivo, ou vice-versa. Exemplo 11
Exemplo 8 Maria é mais esperta do que Ana.
Ana é menos esperta do que Maria.
Foi necessário fazer todo o esforço Explicação: nos exemplos 10 e 11, são
possível para superar a crise. utilizados comparativos de superioridade e
Foi necessário que se fizesse todo o inferioridade.
esforço possível para superar a crise.
A partir do que foi visto até aqui, pode pare- não o fazemos de forma planejada. Quando que-
cer que a língua oferece recursos para o emissor remos reduzir a intensidade de uma afirmação
dizer algo de diferentes maneiras sem nenhum grave ou agressiva, quando queremos intensifi-
envolvimento intencional de sua parte. No entan- car a ênfase em um determinado aspecto de algo,
to, veremos a seguir que não é assim. A escolha nessas e em outras ocasiões, utilizamos a pará-
por uma paráfrase em detrimento de outra não é frase mesmo sem sabermos.
mero acaso, mas fruto da intenção comunicativa
do falante (emissor), o qual, mesmo que incons-
cientemente, procura a forma mais eficaz de di- Sob o aspecto da inten-
zer o que deseja. ção do falante, há di-
Por que se escolhe uma forma de ferenças entre duas ou
dizer as coisas e não a outra? mais formas alternati-
Muitas áreas do conhecimento interessam-
se pelo uso da paráfrase. Sua utilização é mais
vas de se dizer algo.
frequente e mais importante do que imaginamos.
Parafraseamos constantemente, mesmo quando
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A escolha das informações e dos comentá- Itaipu, o Jornal de Brasília limita-se a transmitir
rios expressos por um e outro periódicos revela o os fatos, sem muita interpretação.
objetivo que cada um tem ao publicar a notícia. Qualquer falante é capaz de produzir um nú-
Entre outras diferenças, enquanto a Zero Hora mero infinito de paráfrases, e esse recurso linguís-
oferece uma análise mais acurada do significa- tico é utilizado para os mais diferentes propósitos,
do da recusa do presidente Lula para renegociar como, por exemplo, nos casos a seguir:
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Atividade
Qual a diferença na argumentação das duas
paráfrases abaixo?
Pedro é mais fraco que João. Ele não vai
conseguir levantar a caixa.
João é mais forte que Pedro. Então Pedro
não vai conseguir levantar a caixa.
Referência
Comentada
ILARI, R. Introdução à semântica. São
Paulo: Contexto, 2003.
Introdução à Semântica apresenta ao leitor
uma bem humorada explanação sobre as princi-
pais operações sintáticas relevantes para a sig-
nificação do português brasileiro. Considerando
o muito que há por ser feito, nas faculdades e
colégios, no que se refere à exploração do senti-
do, o autor se vale de sua ampla experiência para
iniciar a discussão sobre a Semântica nos meios
educacionais brasileiros.
Referências
Bibliográ cas
FLÔRES, O.;SILVA, M.R. Da oralida-
de à escrita: uma busca da mediação
multicultural e plurilingüística. Canoas:
Ed.ULBRA, 2005.
MOURA, H.M. Significação e Contexto:
Introdução, Questões Semânticas. São
Paulo: Insular, 2006.
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de um carro, por exemplo.
Autoavaliação D) A partir daí, já notava que as pessoas
me tratavam de um modo especial. Não
1. Analise a paráfrase elaborada a partir era comum alguém oferecer a mão para
do trecho e assinale a alternativa que me ajudar a descer de um carro, por
indica os corretos processos de trans- exemplo.
formação utilizados:
Uma herança recebida, um tesouro des- 3. Assinale a alternativa que contém a
coberto, um bilhete premiado, algo que paráfrase e o processo correspondente
tornaria eventualmente vantajoso me para o trecho: “E se você disser ‘não
tratarem bem. estou preparado para tomar água-de-
Paráfrase: O RECEBIMENTO DE coco!’, o mundo vai rir de você e conti-
UMA HERANÇA( 1 ) e ( 2 ), A DESCO- nuará a girar em seu eixo.”
BERTA DE UM TESOURO ( 3 ) e ( 4 ), A)E se você falar” água-de-coco, não es-
um bilhete premiado, algo que tornaria tou pronto para beber”, o mundo não
ESPORADICAMENTE ( 5 ) vantajoso vai rir de você e continuará a girar em
me tratarem bem. seu eixo (mudança de tempo verbal e
A) ( 1 )inversão; ( 2 ) mudança de classe gra- substituição lexical)1
matical ; ( 3 )alteração verbal; B) E se você falar” água-de-coco, não es-
B) ( 3 ) substituição ; ( 4 )voz passiva; ( 5 ) tou pronto para beber”, o mundo vai
alteração de classe gramatical; rir de você e continuará a girar em seu
eixo (mudança de classe gramatical, in-
C) ( 1 ) inversão ; ( 2 )mudança de classe gra-
versão).
matical ; ( 5 ) substituição;
C) O mundo achará graça de você e conti-
D) ( 3) mudança de classe gramatical ; ( 4 )
nuará a rodar no seu eixo, se você falar
alteração verbal; ( 5 )substituição.
“não estou pronta para beber água-de-
coco”. (nominalização e passagem da
2. A única paráfrase inadequada para o voz ativa para a voz passiva).
trecho “A partir daí, passei a notar que D) O mundo achará graça de você e conti-
as pessoas me tratavam de um modo di- nuará a rodar no seu eixo, se você falar
ferente. Não era raro alguém estender “não estou pronta para beber água-de-
a mão para me ajudar a descer de um coco”. (inversão e substituição lexical).
carro, por exemplo.” é:
Gabarito
A) Passei a notar, a partir daí, que as pes- Questão para re exão
soas me tratavam de um modo diverso. Possível resposta:
Não era raro alguém estender a mão
Ao inverter-se a ordem da frase, invertendo os termos
para me auxiliar a descer de um auto- de comparação de superioridade (MAIS FRACO que e
móvel, por exemplo. MAIS FORTE que), está-se realçando essas informações,
ou seja, Pedro é mais fraco que João enfatiza a fraqueza
B) A partir daí, comecei a notar que as de Pedro, e João é mais forte que Pedro realça a força
pessoas me tratavam de um modo dife- de João. Mas as duas alternativas levam à mesma con-
clusão: Ele não vai conseguir levantar a caixa. e Então
rente. Não era raro que alguém esten- Pedro não vai conseguir levantar a caixa.
desse a mão para me ajudar, por exem-
plo, a sair de um carro.
Autoavaliação
C) A partir daí, passei a notar que as pes-
1-C
soas ofereciam a mim um tratamento
2-D
diferente. Era comum alguém estender
a mão para me oferecer ajuda ao descer 3-D
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RETEXTUALIZAÇÃO
Em vários momentos, deparamo-nos com a necessidade
de escrever aquilo que ouvimos, isto é, de passar o discur-
so oral para o escrito.
Mara Elisa Matos Pereira
Maria Alice da Silva Braga
Mozara Rossetto da Silva
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FALA ESCRITA
Interação face a face Interação a distância (espaço-temporal)
Planejamento simultâneo ou quase simultâneo à Planejamento anterior à produção
produção
Criação coletiva: administrada passo a passo Criação individual
Impossibilidade de apagamento Possibilidade de revisão
Sem condições de consulta a outros textos Livre consulta
A reformulação pode ser promovida tanto pelo A reformulação é promovida apenas pelo
falante como pelo interlocutor escritor.
Acesso imediato às reações do interlocutor Sem possibilidade de acesso imediato
O falante pode processar o texto, redirecionando-o O escritor pode processar o texto a partir das
a partir das reações do interlocutor possíveis reações do leitor
O texto mostra todo o seu processo de criação O texto tende a esconder o seu processo de
criação, mostrando apenas o resultado.
Fonte 23 - Oralidade e escrita
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TRANSCRIÇÃO 1
Qual é a sua opinião sobre os transpor- E sobre o centro da cidade?
tes em Porto Alegre? sobri ah Porrtalegri u centru di Porrtale-
bom u qui eu achu du:: du transporrte u gri eu achu assim qui u centru de Porrtalegri as
qui eu achu dus ônnibus é qui:: us motorista pessoas éh::: sei lá ... tem muitus crianças ah...
sãu muitu dus ignorantis i maltratu muitu us pedindu errmola muit::us vélhu::s ah pedindu
velhinhus (( suspirou )) i as pessoa deficienti errmola i:: muitas coisas assim extragada né?
mintal i tem agora aquelis negóciu di carrteri- cumidas ex- tra-ga-da pelu centru comu verrdura
nha quandu elis pedi a carrterinha qui a genti otras coisa mais inveiz deli ajudá aquelas pissoas
nãu::... tem ... elis omilha bastanti na frenti di pobris elis nãu ajudu pefiru botá no lixu...
TODU mundu dentru dus ônhibus
RETEXTUALIZAÇÃO 1
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Arquivo
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Atividade
Elabore uma retextualização para o texto fa-
lado abaixo.
Entrevista com o senhor Júlio Moreira, por-
teiro de um prédio no centro de P. Alegre.
L1 – O senhor concorda com a mudança
de lugar do Laçador?
L2 – euuu... olha:: não gostei... a genti já
tava acostumadu:: com aquela estátua lá há anus
sempre quI eu ia pra minha terra:: de féria... pas-
sava por ele o Laçador e adimirava aquele baita
homi:: de pé bem no centro da entrada da cida-
de... era lindo... (...) mais agora tem que acustu-
má di novo né.
Referência
Comentada
FLÔRES, O.;SILVA, M.R. Da oralidade à
escrita: uma busca da mediação multicultural
e plurilingüística. Canoas: Ed.ULBRA, 2005.
Apesar de a oralidade ser hegemônica em
relação à escrita no que tange ao uso, histori-
camente nossa sociedade atribui mais valor ao
texto escrito do que à fala. Aqui, todavia, os dois
modelos são vistos como sistemas linguísticos
complementares que têm, inclusive, proporcio-
nado o hibridismo da nossa linguagem, como
observamos, por exemplo, através dos bate-pa-
pos na internet. Reconhecer a importância da
oralidadade na evolução da escrita é um dos as-
pectos que sobressaem na leitura desta obra.
Referências
Bibliográ cas
FÁVERO, L. L. Oralidade e escrita: pers-
pectivas para o ensino de língua materna.
São Paulo: Cortez, 2002.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a es-
crita: atividades de retextualização. São
Paulo: Cortez, 2001.
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RESUMO E RESENHA
Nas situações mais variadas da vida, a nossa capacidade
para resumir é exigida e testada à revelia da nossa vontade
de ver como isso acontece!
Débora Mutter
Maria Alice da Silva Braga
Arquivo
foques, dos quais tomamos conhecimento quase
sem perceber, mesmo quando os buscamos du-
rante uma pesquisa. Assim, é fundamental para são as formas textuais adequadas.
as atividades intelectuais o perfeito domínio das Podemos afirmar, com segurança, que todas
modalidades textuais próprias ao ato de resumir. elas são sínteses de conteúdos mais extensos,
que se caracterizam por resguardar alto grau de
Quais as modalidades textuais pró- fidelidade com o original a que se referem. Tais
conteúdos podem ser livros, artigos, ensaios,
prias para resumir?
filmes, peças teatrais, espetáculos e até mesmo
O resumo, a resenha e a recensão são as três uma obra de arte.
modalidades textuais mais representativas. Cada Continuamente, entramos em contato com
uma ao seu modo, atendendo a diversas finalida- resumos, resenhas e recensões sem perceber. Ao
des acadêmicas e/ou simplesmente expressivas abrir um jornal, ou uma revista científica ou de
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lazer, entramos em contato com formas textuais resumidas sem pensar que elas são o produto de um
processo relativamente complexo.
Há um elo radical que as vincula ao resumo. É em razão disso que precisamos primeiro ter uma
ideia clara sobre a noção de resumo, para depois, a partir daí, considerar as derivações para as outras
duas formas que nos interessam: a resenha e a recensão.
O que é um resumo?
Basicamente, um resumo é apresentação de trabalho –, adotamos uma postura de narrador
abreviada do conteúdo de um texto, de um livro, do evento. Como nunca será possível relatar os
de um filme, de uma peça teatral, de uma obra de fatos num espaço de tempo igual ao dos eventos,
arte ou ainda de um acontecimento real. necessitamos do resumo. Seremos o narrador do
Na eventualidade de necessitarmos resumir evento na sua forma resumida. Junto a isso, preci-
um acontecimento que presenciamos ou do qual samos também adotar uma postura com relação ao
fomos protagonistas – circunstância prevista tanto conteúdo resumido. Segundo Reis*:
no cotidiano como em depoimentos, em relatórios
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Como podemos deduzir, a escolha das ideias Segundo Martins (2002), a ABT – B 88 pre-
principais exige a seleção de aspectos principais vê dois tipos de resumo:
por parte do autor do resumo. Assim, temos a se- • Indicativo: apresenta apenas os pontos
gunda característica do resumo, ou seja, ele nun- principais do texto, sem dados qualita-
ca é elaborado pelo próprio autor do original*. tivos ou quantitativos. É comum em ca-
Para Cunha, “resumir não significa recortar tálogos de editoras e bibliotecas ou em
frases ou partes de frases do texto original. Resu- fichas de pesquisa.
mir é reescrever o texto com as próprias palavras, • Informativo ou crítico: informa o leitor
destacando o que realmente é essencial. Portan- de forma mais global sobre o texto ori-
to, para resumir um texto é preciso compreendê- ginal. É frequente em comentários para
lo como um todo.” 2 estudos acadêmicos e resenhas críticas
de revistas e jornais.
Para ambos os modelos, a técnica de resumir
é a mesma, o que muda é a forma na exposição
do resultado.
Casca de banana
Está para nascer o sujeito que consegue mulher e até uma casa para a família.
se olhar no espelho e admitir: “Sou um mala”. Parece bem óbvia a mensagem por trás
O doloroso diagnóstico da própria inconveni- desta glorificação do gesto de honestidade:
ência, além de uma boa dose de autocrítica, reforça-se positivamente, com prêmios e até
exige o complexo exercício de olhar-se de fora elogios do presidente da República, o compor-
e imaginar o impacto das próprias ações sobre tamento que se deseja incentivar. O curioso
os outros. nessas fábulas morais que aparecem nos jor-
Com conceitos mais sofisticados, mas re- nais é que o herói é sempre o pobre, o desem-
lativamente subjetivos, como ética, acontece pregado, aquele sujeito que, intimamente, nos
mais ou menos a mesma coisa. Ninguém – es- parece compreensível que pegue o dinheiro do
pera-se – chega em uma roda de amigos e con- jogador de golfe ou do turista estrangeiro.
fessa: “Cuido de mim, e o resto que se vire”. Mas, como bem nos lembrou o deputado
Mas o “cuido de mim”, todo mundo sabe, é recém-eleito Clodovil, todo homem tem seu
mais a regra do que a exceção. preço – nós também. Talvez seja um pouco
Uma dessas exceções que esfregam a re- mais do que um ano de gás de cozinha, é ver-
gra na nossa cara ganhou destaque esta sema- dade, ou pode, inclusive, não ter nada a ver
na. A história é parecida com outras tantas que com dinheiro. O ponto é que somos expostos
a gente lê no jornal de vez em quando: sujeito a decisões morais o tempo todo. (...). Ética
pobre, o ex-vigilante Márcio José Ramos en- não é uma palavra bonita para usar em tempo
contra em um campo de golfe um pacote de de eleição contra os políticos que a gente não
dinheiro, US$ 6 mil, e devolve ao dono. Ano gosta. Ética reafirma-se periodicamente dian-
passado, um faxineiro do aeroporto de Brasília te de situações cotidianas imprevistas.
que encontrou US$ 10 mil e os devolveu foi Como lembrou o juiz Leoberto Brancher
recebido como herói pelo presidente Lula no em uma entrevista esta semana, hoje em dia
Palácio do Planalto. O Márcio ainda não foi não se ensina mais as crianças a juntar a cas-
chamado a Brasília, mas também está sendo ca de banana para que outro não escorregue.
tratado como herói pela comunidade: ganhou Talvez estejamos chegando ao ponto em que
curso profissionalizante, um ano de gás de juntar a casca de banana no chão mereça me-
cozinha, bônus em compras, emprego para a dalha de honra ao mérito.
Fonte: Laitano, C. Casca de banana. Zero Hora, Porto
Alegre, 14 out. 2006.
* As espécies de resumos elaborados pelo próprio autor são de outra monogra as, dissertações e teses) e a sinopse (apresentação concisa
natureza e suas formas privilegiadas são o abstract (redigido em lín- que acompanha um texto, redigida pelo próprio autor ou pelo editor).
gua estrangeira, atende a exigências de trabalhos cientí cos como Ambos procuram enfatizar aspectos importantes do conteúdo.
2
CUNHA, S. F. F. et al. Tecendo textos. Canoas: Ulbra, 1997.
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U
sem dono, dos paulistas Beto Brant e Renato Cias- ma breve análise de cada um dos
ca, com várias locações na cidade de Porto Alegre. atributos citados de Cão sem
Opções narrativas e relação com a identida- Dono pode sugerir pontos a se-
de local ajudam a explicar o impacto do filme rem enfrentados nesse autoquestionamen-
Cão sem dono. to. Comecemos pela relação do especta-
dor de Porto Alegre com a cultura local
reconstruída na tela: de uma intensidade
nunca antes vista, ela é fruto de aspectos
Porto Alegre nua e crua tanto da esfera do conteúdo quanto da for-
O
impacto de Cão sem Dono sobre ma do filme. Por um lado, se é verdade
o cinema local poderá ser admiti- que o campo temático da obra - os efeitos
do menos ou mais explicitamente do romance entre os jovens Ciro e Marce-
por nossos realizadores, mas já é um fato. la (Júlio Andrade e Tainá Muller) sobre o
Ele decorre, a meu ver, de três atributos desapego existencial do primeiro - situa-
centrais do filme. Primeiramente, dentre se em terreno universal, próprio de uma
as obras em 35mm já produzidas no Esta- geração de classe média pós-industrial e
do, é a que oportuniza ao espectador nati- transnacional, observe-se que os persona-
vo a relação cinematográfica mais densa e gens vivenciam seu drama nitidamente in-
fecunda com a identidade cultural porto- fluenciados por um contexto cultural local
alegrense. Em segundo lugar, a metodolo- que lhes fornece cor e substrato.
gia de produção implementada por Brant [...]
e Ciasca subverte frontalmente a cultivada
Concluindo, gostaria de ressaltar:
pelo longa-metragem gaúcho do período
não postulo, sequer insinuo, que o cine-
pós-Collor, ao deslocar as prioridades
ma gaúcho deva, em regime permanente,
desde os aspectos produtivos para os ar-
tematizar a cultura e a identidade locais,
tísticos, com a obtenção de resultados de
dispensar valores de produção e qualidade
modo geral bastante superiores. A terceira
técnica em prol da criação ou transportar-
estimulante qualidade de Cão sem Dono,
se ao domínio do filme de arte. Antes,
por fim, é sua franca adesão ao formato do
refletir sobre esses pontos me parece um
cinema de arte, recuperando uma vertente
caminho nada desprezível - em muito fa-
de há muito preterida pelos cineastas lo-
cilitado pela aparição de Cão sem Dono.
cais, tão bem ensaiada na fase superoitista
Romantizando, quisera o cenário político-
de Deu Pra Ti Anos 70 (Nelson Nadotti
cultural franqueasse a manifestação das
e Giba Assis Brasil, 1981). Esse conjunto
mais diferentes tendências estéticas em
de elementos, penso eu, poderia induzir o
nosso cinema. Entre outras diversida-
cinema gaúcho a repensar seu atual qua-
des, seria bem-vinda a multiplicidade de
dro de impasse estético e mercadológico,
abordagens ao tema da identidade local -
evidente no naufrágio de crítica e público
afirmativas, renovadoras e contestatórias
de filmes como Noite de São João (Sérgio
-, em oposição aos projetos dirigistas ou
Silva, 2003), Sal de Prata (Gerbase, 2005)
hegemônicos de cunho regionalista, anti-
e Diário de um Novo Mundo (Paulo Nas-
localista etc. Se uma fórmula cultural deve
cimento, 2005).
ser buscada, certamente é a pluralista.
1
Fernando Mascarello é doutor em Cinema pela Universidade
de São Paulo, coordenador do curso de especialização em Observamos um relato claro e bem cuidado
Cinema da Unisinos e organizador do livro História do cinema
mundial. sobre o filme Cão sem dono. O crítico analisa
toda a produção cinematográfica, desde o roteiro
até as locações, passando pela atuação dos atores
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e do diretor. Ele refere que o longa dá uma visibi- se em torno de um mesmo assunto. A recensão
lidade esporádica, mas intensa de nosso cenário distingue-se da resenha pela maior extensão, por
urbano, exibindo um caráter realista poucas ve- uma relativa objetividade no exame dos pro-
zes alcançado no cinema brasileiro. Mostra que blemas e pelo suporte documental: minuciosa,
a produção valoriza as marcas identitárias porto- analítica, pressupõe um rigor que apenas tem
alegrenses articuladas no filme, sem incidir em guarida nas dimensões de uma revista. Não raro,
qualquer tipo de regionalismo. certas recensões tornam-se artigos ou ensaios
importantes, tanto quanto as obras analisadas.
Sob essa perspectiva, a recensão constitui-se
A recensão constitui-se na avaliação crítica de mais de uma obra, tendo,
na avaliação crítica de pois, como base a comparação entre as obras
mais de uma obra, tendo, envolvidas.
pois, como base a com-
paração entre as obras Como podemos constatar a fronteira entre as
envolvidas. três modalidades é relativamente tênue. Por essa
razão, aquele que pretende escrever intencional-
mente em uma das modalidades deve observar as
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Assista ao filme Escritores da Liberdade, A) expor o que o autor expressou de uma for-
disponível em DVD nas locadoras, e redija uma ma mais extensa;
resenha sobre o mesmo. B) elaborar um único texto contendo a síntese
de mais de uma obra;
Autoavaliação
considerados “turbulentos”, inclusive envolvidos com
gangues.
Nesse sentido, o lme “Escritores da liberdade” mere-
1. O ato de resumir implica: ce ser visto como apreço, sobretudo pela sua ênfase no
papel da educação como mecanismo de transformações
A) expor, de forma prolixa, o que o autor ex- individuais e comunitárias. Com essas considerações,
vê-se que a educação, como já ressaltaram grandes
pressou de uma forma mais extensa;
educadores da estirpe de Paulo Freire, tem um papel in-
B) elaborar um único texto contendo a síntese dispensável no implemento de novas realidades sociais,
a partir da conscientização de cada ser humano como
de mais de uma obra; artí ce de possíveis avanços em sua própria vida e, prin-
cipalmente, em sua comunidade.
C) manifestar uma opinião pessoal sobre o
conteúdo ou sobre a informação do texto ori-
ginal; Autoavaliação
1-D
D) expor concisamente o que o autor expres-
sou de uma forma mais extensa; 2-C
3-D
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CONCORDÂNCIA
VERBAL E NOMINAL
A vida impõe-nos as concordâncias. Assim, no discurso es-
crito também devemos observar as concordâncias entre os
termos na oração.
Daniela Duarte Ilhesca
Maria Alice da Silva Braga
O que é concordância
verbal?
Observe a ilustração.
Na charge apresentada, na oração “Admite-
se faxineiros c/ experiência”, percebemos que
há um problema gramatical, pois o verbo admitir
está no singular, contrariando uma regra funda-
mental da concordância verbal. O substantivo fa-
xineiros, relacionado ao verbo admitir (é o seu
sujeito), está no plural, o que torna inadequada
na frase a concordância com esse verbo. De acor-
A identificação do sujeito no texto é premissa básica
para a adequação do verbo ao contexto textual, dei-
xando-o no singular ou no plural. Para encontrar o
sujeito, perguntamos ao verbo: que ou quem é que?
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Sujeito Verbo
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2. Sujeito composto e posposto Pode haver dupla concordância: a)Chegaram a menina e o menino.
ao verbo a)SINGULAR (com o primeiro elemento). b)Chegou a menina e o menino.
b)PLURAL (com todos os elementos).
4. Sujeito coletivo determinado a) Verbo no SINGULAR (concordando com o coletivo). a) A turma de estudantes gritava no prédio.
b) Verbo no PLURAL (coletivo acompanhado de substantivo no b) A turma de estudantes gritavam no prédio.
plural).
5. Sujeito representado pelo Verbo concorda em número e pessoa com o ANTECEDENTE Foram os moradores que reclamaram das crian-
pronome QUE DO PRONOME RELATIVO. ças.
6. Sujeito representado pelo Verbo concorda na 3ª PESSOA DO SINGULAR. (concordância Foram os moradores quem reclamou das crianças.
pronome QUEM mais rigorosa). *Foram os moradores QUEM reclamaram das
* Forma menos usual. crianças.
7. Sujeito resumido por um Verbo no SINGULAR. Gritos, risadas, brincadeiras, tudo irritava os vi-
pronome indefinido (TUDO, zinhos.
NADA, NINGUÉM etc.)
8. Sujeito composto com O verbo vai para o PLURAL e concorda com a menor pessoa. As crianças e eu brigamos com as vizinhas.
pronomes pessoais de pessoas As crianças e tu brigaram com as vizinhas.
diferentes
9. Sujeito representado por um Verbo na 3ª PESSOA DO SINGULAR. Vossa Eminência participará da festa?
pronome de tratamento
10. Verbo HAVER (impessoal) Verbo HAVER, indicando existência: 3ª PESSOA DO SINGU- Há (existir) muitas crianças na rua.
LAR. * Deve haver muitas crianças na rua.
* Em uma locução verbal com o verbo HAVER, o auxiliar assume Existem crianças na rua.
as características da impessoalidade (3ª pessoa do singular).
O verbo EXISTIR aceita o PLURAL.
11. Verbo FAZER (impessoal) Verbo na 3ª PESSOA DO SINGULAR. Faz muitos anos que moramos no prédio.
– indicando tempo decorrido ou *Em uma LOCUÇÃO VERBAL com o verbo FAZER, o auxiliar Faz verões terríveis aqui no prédio.
fenômeno da natureza assume as características da impessoalidade (3ª pessoa do * Deve fazer muitos anos que moramos no prédio.
singular)
12. Verbos DAR, BATER, Quando o sujeito não está anteposto, os verbos concordam com o Deram quatro horas.
SOAR NÚMERO QUE INDICA AS HORAS. ou
O relógio (sujeito) deu 4 horas.
13. Verbo SER O verbo SER concorda com o PREDICATIVO: a) O complicado são os problemas.
a) quando o SUJEITO for NOME DE COISA; b) A maioria eram universitários.
b) quando o SUJEITO for formado por uma palavra ou EX-
c) O problema somos nós.
PRESSÃO DE SENTIDO COLETIVO;
c) quando o PREDICATIVO for um PRONOME PESSOAL.
14. Verbo SER – sujeito O verbo SER concorda, por atração, com o PREDICATIVO. Tudo são preocupações.
representado por tudo, isso, isto Aquilo eram situações inconvenientes.
ou aquilo.
15. Voz passiva Quando o verbo vier acompanhado pela partícula SE, terá sujeito Alugam-se casas de veraneio.
expresso na oração e, portanto, concordará com o SUJEITO. Casas de veraneio são alugadas.
Vendem-se roupas usadas.
Roupas usadas são vendidas.
16. Índice de indeterminação Quando o “se” funcionar como Índice de Indeterminação do Precisa-se de operários.
do sujeito Sujeito, o verbo ficará sempre na 3º pessoa do singular. Acredita-se em novas alternativas.
17. Verbo parecer a) Flexiona-se o verbo parecer e não se flexiona o infinitivo. a) As roupas pareciam ficar enormes no corpo.
b) Flexiona-se o infinitivo e não se flexiona o verbo parecer. b) As roupas parecia ficarem enormes no corpo.
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substantivo adjetivo.
Exemplo:
Neste caso, há duas concordâncias possíveis.
As novas vizinhas de Calvin derrotaram a sele-
ção feminina e a masculina.
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Autoavaliação
1. Assinale a alternativa correta quanto à 3.Assinale a alternativa que preenche cor-
concordância verbal: retamente as lacunas do seguinte perí-
odo:
A) Eugênio, Maria, Pedro e eu fui ao
Congresso em Paris. Elas _______ providenciaram os atesta-
dos, que enviaram _______ às procura-
B) Eugênio, Maria, Pedro e eu foram ao ções, como instrumentos _______ para os
Congresso em Paris. fins colimados.
C) Eugênio, Maria, Pedro e eu fomos ao A) mesmas; anexos; bastante
Congresso em Paris.
B) mesmo; anexo; bastante
D) Eugênio, Maria, Pedro e eu fostes ao
Congresso em Paris. C) mesmas; anexo; bastante
D) mesmas; anexos; bastantes
Gabarito
Questão para re exão
mesma; só; possíveis; necessária; quite
Autoavaliação
1-C
2-D
3- D
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A VÍRGULA, A CRASE E
OS PORQUÊS
O emprego incorreto da vírgula, da crase e do porquê pode
alterar signi cativamente a informação que um texto pre-
tende veicular.
Cleide Bacil de León
A vírgula
Ao empregar a vírgula de
maneira correta, você
presta clareza ao texto Arquivo
Os sinais de pontuação auxiliam o leitor a entender as razões que nos levam a usar esse sinal,
identificar nossos questionamentos, nossas ex- agrupamos as normas em um conjunto de regras.
clamações e pausas, longas ou não. Quando em- Empregamos a vírgula quando temos:
pregamos bem esses sinais, nosso texto fica cla- a. aposto;
ro, e a mensagem é transmitida e compreendida b. vocativo;
facilmente, tornando o processo comunicativo c. inversão na ordem das palavras;
um sucesso. No entanto, quando os empregamos d. inversão na ordem das orações;
de forma inadequada, nosso leitor não compreen- e. orações unidas por: mas, ou, nem, pois
de o que desejamos informar. Isso, tratando-se de f. orações unidas pelo e com sujeitos diferentes;
texto escrito, é muito grave, porque, ao contrário g. enumeração;
do texto oral, em que podemos contar com outros h. palavras explicativas ou retificadoras;
recursos no processo comunicativo, a produção i. omissão do verbo.
escrita tem que se bastar linguisticamente.
A vírgula é um sinal muito importante, uma
vez que sinaliza aspectos gramaticais e semân-
ticos presentes nas mensagens. Para usá-la de
maneira eficaz, é necessário não só saber como
Vamos ver cada um dos
se estrutura a frase em português, como também casos detalhadamente.
identificar o papel dos elementos que a integram.
O emprego da vírgula está estreitamente relacio- a) Aposto - é um termo que explica, identifica a
nado a essa organização. palavra anterior. Não faz parte da informação
Se formos procurar na gramática normativa principal. Por isso, deve estar entre vírgulas.
da língua portuguesa as regras que regem o em- Exemplo:
prego da vírgula, encontraremos um bom número Parole, modelo da disciplina de Língua Por-
de termos técnicos. Como o nosso objetivo aqui é tuguesa, é uma menina aplicada.
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Exemplo: Exemplo:
Ele referiu-se àquele livro com muito en- Referiu-se a uma senhora que estava
tusiasmo. presente.
• Pode ocorrer crase diante de pala- • Antes de pronomes em geral.
vras masculinas, quando se suben- Exemplo:
tendem as expressões à moda de, à Dê o livro a essa senhora.
semelhança de ou à maneira de. • Quando a palavra que segue o a
Exemplo: estiver no plural.
Ele jogava futebol à Pelé.
Exemplo:
• A locução à distância só recebe o Dê o livro a pessoas interessadas na leitura.
acento grave quando estiver deter- O uso da crase é facultativo nas situa-
minada. ções abaixo:
Exemplo:
• Antes de pronome possessivo fe-
Estávamos à distância de 50 metros.
minino.
• Sempre se acentua o a nas expres- Exemplo:
sões que indicam horas. Compre o presente a/à minha filha.
Exemplo:
• Com a locução até a seguida de
Sairemos à zero hora.
nome feminino.
• Diante da palavra casa, quando Exemplo:
acompanhada de modificador. Vou até a/à farmácia.
Exemplo:
Voltei à casa de meus amigos depois de
um ano. (com modificador) Situações Sim Não Opcional
Não devemos colocar o acento grave Diante de palavras
femininas x
nos seguintes casos:
Diante locuções com
• Diante da palavra casa com o sig- palavras femininas x
nificado de “lar” e da palavra terra
Diante dos pronomes
com o significado de “terra firme, aquele, aquela e aquilo x
chão”, quando estiverem desacom-
panhadas de modificador.
Diante da palavra casa x
Exemplo: Diante da palavra casa
com modificador x
Voltei a casa tarde. (sem modificador)
Diante das expressões
• Antes de nome de cidade. que indicam horas x
Exemplo:
Vou a Fortaleza.
Diante de verbos x
Diante de palavras mas-
• Antes de verbos. culinas x
Exemplo:
Começamos a trabalhar desde cedo.
Entre palavras repetidas x
• Entre substantivos repetidos.
Antes do artigo uma x
Antes de pronomes em
Exemplo:
geral x
Leu o livro de ponta a ponta.
Quando a palavra
• Antes de palavras masculinas. seguinte estiver no plural x
Exemplo:
Antes de pronome pos-
Chegaram a cavalo. sessivo feminino x
• Antes do artigo indefinido uma.
Com a locução até a se-
guida de nome feminino x
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Os porquês
Nós temos que saber usar os porquês, por
quê? Porque é importante para entender o senti-
do correto das frases e para que o que queremos
expressar seja corretamente interpretado.
Os porquês podem ser grafados de quatro
formas diferentes: por que, porque, por quê e
porquê. Arquivo
É importante fazer a distinção entre eles, já Vejamos então quando devemos usar cada
que têm usos diferentes dentro do português cul- um dos porquês:
to e podem alterar o sentido de frases, períodos e
• Por que: é empregado no início de fra-
textos, como observamos nos exemplos abaixo:
ses interrogativas e equivale a por qual
• Por que você chegou tarde? / Ele não razão ou por qual motivo. Também é
sabe por que motivo chegou tarde. usado quando as palavras motivo ou
• Cheguei tarde porque o ônibus não razão estão claras ou subentendidas.
passou a tempo. • Porque: é usado para respostas; com
• Você chegou tarde, por quê? ele damos explicações. Há casos que
indica finalidade e equivale a “para
• Quero saber o porquê de seu atraso. que”, “a fim de”.
• Por quê: é empregado em final de ora-
ção e equivale a por que motivo. Re-
cebe acento porque é um monossílabo
tônico no final da oração.
• Porquê: equivale a um substantivo e,
por esse motivo, admite o plural e a
anteposição de um artigo.
Arquivo
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Atividade
_____ aquela súbita mudança de comporta-
mento das pessoas em relação a mim, já que
eu continuava sendo o mesmo de sempre?
Reescreva as frases a seguir com a devida Em mim nada mudara. [...] Pelo contrário,
correção. era de uma amabilidade inédita. ________ ?
1. Eles vieram a pé até aqui. A) Porque – Porquê;
2. Eles vieram a cavalo até aqui. B) Por que – Por quê;
3. Eles compraram o carro a prazo. C) Por que – Porquê;
4. A partir de amanhã, começará a fazer sol. D) Por quê – Porque.
5. Não sei o porquê de tudo isso. 2. Assinale a alternativa que completa
corretamente as lacunas do texto.
Autoavaliação 1-B
2-A
3-D
1. Assinale a alternativa que completa cor-
Questão discursiva
retamente as lacunas do texto:
1.Eles vieram a pé até aqui.
A partir daí, passei a notar que as pes- 2.Eles vieram a cavalo até aqui.
soas me tratavam de um modo diferente. 3.Eles compraram o carro a prazo.
Não era raro alguém estender a mão para me 4.A partir de amanhã, começará a fazer sol.
ajudar a descer de um carro, por exemplo. 5.Não sei o porquê de tudo isso.
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REFERÊNCIAS
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