Bases Epistemológicas Da Psicologia Da Educação

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Relatório de Abertura – Caso 01

Data: 02/08/2021
Coordenador(a): Rebecca Vasconcelos
Secretário(a): Raissa Fernanda
Demais participantes: Fernanda Costa, Luana Mafra, Maria Beatriz, Maria
Eduarda, Tatiana Pelo.

Título: Muitas dúvidas.

Durante um encontro da prática em psicologia escolar, a tutora responsável


inicia um debate sobre aprendizagem humana. Ao mostrar as imagens abaixo,
questiona: “Como será que as crianças dessas imagens aprendem?”. Marina,
estudante iniciando o quarto período, se arrisca a dizer que a aprendizagem
deve ocorrer de modo diferente em cada uma das situações; já que as crianças
e os professores estão posicionados de modos diferentes em cada cena.
Partindo da colocação de Marina, Eduardo acrescenta: “Faz sentido! Talvez a
maneira como a sala de aula está organizada fale sobre o lugar que cada um
deve ocupar no processo de ensino-aprendizagem”. A partir da discussão
suscitada pelas imagens, a tutora instiga os estudantes a pensarem sobre
como o Racionalismo, Empirismo, Humanismo e Construtivismo podem ser
compreendidos enquanto bases epistemológicas que sustentam concepções
de aprendizagem diferentes. Motivada pelo debate acalorado, Marina decide
estudar mais sobre cada uma dessas bases a fim de poder explicar como a
visão de cada uma delas repercute sobre a aprendizagem e a relação
professor-aluno. “Será que faz diferença mesmo?”, ela se questiona.

Passo 01 – Termos Desconhecidos

Nenhum.

Passo 02 – Definição de Problema

Quais as diferenças no processo de aprendizagem entre as imagens?

O que são o Racionalismo, Empirismo, Humanismo e Construtivismo e como


se relacionam com a aprendizagem?

Como o posicionamento dos alunos e professor na sala de aula influencia a


aprendizagem e a relação professor-aluno?
Qual seria a atuação da psicologia escolar nesse ambiente de aprendizagem?

Passo 03 – Tempestade de Ideias

Aprender é capitar um conhecimento, compreender e internaliza-lo. Há uma


transformação no sujeito, uma construção e aprimoramento. Existe diversas
formas de se aprender, métodos de aprendizagem coletivo e individuais.

No modelo enfileirado passa um ar que impulsiona a aprendizagem individual,


é o aluno e o professor, o professor passando o conhecimento e os alunos
recebem. Já no modelo em grupo se impulsiona a aprendizagem em grupo, um
compartilhamento de conhecimento entre os alunos, uma construção de um
senso de comunidade e também o desenvolvimento de habilidades como auto
controle.

O racionalismo se relaciona mais no método “tradicional”, já no empirismo se


tem a construção do conhecimento partindo da experiência. No construtivismo
há uma troca entre alunos e professores, baseando-se na construção do
conhecimento e no humanismo há uma centralização nas necessidades do
sujeito.

A principal diferença entre os métodos de aprendizagem é a posição ocupada


pelos alunos e professores e como se enxerga o sujeito, se esse possui
conhecimento prévio sobre os assuntos ou se chega como uma folha em
branco que precisa ser preenchida, por exemplo.

A psicologia escolar entra para intervir e facilitar o desenvolvimento do


processo de aprendizagem, para mostrar que existem outros caminhos e
ampliar as possibilidades.

Passo 04 – Resumo

A aprendizagem é o processo de apreender, de internalizar conhecimento.


Existem diversos métodos de aprendizagem que se fundamentam em bases
epistemológicas como o Racionalismo, Empirismo, Humanismo e
Construtivismo. A Psicologia Escolar entra nesse processo como um meio de
facilitar e ampliar as possibilidades de apreensão do conhecimento.

Passo 05 – Objetivos de Aprendizagem

 Conceituar aprendizagem
 Explicar as principais bases epistemológicas: Racionalismo, Empirismo,
Humanismo e Construtivismo, destacando sua importância no processo
de aprendizagem e na relação aluno-professor.
Relatório de Fechamento – Caso 01

Data: 05/08/2021

Coordenador(a): Rebecca

Secretário(a): Ana Gabriela

Demais participantes: Tatiana Pelo, Raissa Fernanda, Maria Eduarda Pimentel,


Luana Mafra, Fernanda Costa, Bruno Clemente, Maria Beatriz Duque

Relatório Final:

Esqueleto:

• Conceito de Aprendizagem

• Bases epistemológicas (Racionalismo, empirismo, humanismo,


construtivismo)

• Visão de sujeito e objeto de conhecimento

• Implicações na aprendizagem e relação professor-aluno

Epistemiologia

É o ramo da filosofia que estuda o conhecimento, o que é, para que ele serve,
como é feito.

Aprendizagem

Em geral, significa agarrar, apoderar-se de algo. Aprendizagem então seria o


processo de você adquirir algo, conhecimento, estratégia, coisas, etc.

Não é apenas memorizar ou reproduzir alguma coisa, é mais um pouco, existe


um problema, alguém te ensina como resolver e depois você fixa na mente e
consegue resolver sozinho.

É crucial ao desenvolvimento humano, desde o momento que nascemos até o


momento da morte estamos aprendendo.

Cada sujeito é singular, mas precisa do outro para aprender.

Existem bases epistemológicas e cada uma estuda a forma como o


conhecimento é apreendido:
• Racionalismo (apriorismo/inatismo) – entende que a aprendizagem venha de
forma hereditária. Acredita que o individuo nasce propenso a aprender
determinadas coisas. Os professores atuam menos, não são a figura mais
importante. Vem em oposição ao empirismo e baseia-se na capacidade de
raciocinar.

Parte da ideia do conhecimento inato, onde cada um já nasce com a propensão


para certas habilidades.

Os principais representantes do racionalismo foram Platão (mito da caverna),


Descartes (método cartesiano), Spinoza, Kant.

No racionalismo na relação do professor aluno o professor não tem o papel


muito importante. Não há muita influência do professor no aluno, pois acredita-
se que o conhecimento irá aflorar. Seria muito limitado, pois diante de alguma
dificuldade de aprender o professor não intervinha, acreditava que nestes
casos o aluno não era propenso a determinado conhecimento.

O conhecimento vinha de dentro para fora, não havia um estímulo. Mas, não
vai completamente ao oposto do que é empirismo. A diferença é que no
racionalismo a razão é o foco principal. O aluno tem o papel mais ativo, dentro
da concepção de que o conhecimento está nele, pois é inato.

Alguns autores trazem o aluno como passivo pois não precisa muito esforço
para aprender. Para o racionalismo o sistema nervoso já nasce pronto. Ou
você é inteligente ou não é inteligente.

• Empirismo – Acreditam que o conhecimento é adquirido através de


experiências sensoriais. Que o indivíduo é como um papel em branco e vai
sendo preenchido ao longo do contato com o assunto. O professor é
fundamental, tem papel muito importante, ensina tudo e o aluno memoriza
tudo. O ambiente é que configura o aluno. O conhecimento vem de uma
informação sensorial, é transmitido pelos sentidos, do externo para o interno. O
indivíduo é uma tábula rasa. Não necessariamente o professor precisa estar lá
na frente só passando o conteúdo. Ele pode estar entre os alunos ensinando,
demonstrando e os alunos assimilando, fixando. Vê o aluno como um ser
passivo, sem conhecimento prévio.
O empirismo também acredita que o conhecimento é concebido quando vira
um hábito, pela experiência.

Os principais representantes são Aristóteles, Locke e Hume.

• Humanismo – É um movimento que evoca a tomada da consciência do


homem sobre si mesmo, trazendo a admiração do humano para sua própria
espécie e não mais para o mundo. Antes do desenvolvimento de uma
“educação humanista” educar significava levar alguém de um estado
inacabado, bruto, para um estado de aperfeiçoamento de acordo com a ordem
definida.

A teoria humanista tem como objetivo suscitar no aluno suas habilidades,


destacando a importância das relações interpessoais para o desenvolvimento
do sujeito, não o forçar ou o impor em moldes de inteligência, por exemplo.

Tem respeito ao ritmo de desenvolvimento do aluno e um encorajamento de


uma relação de comunicação aberta entre aluno-professor. Professor esse que
atua como facilitador do crescimento pessoal do aluno, o ajudando a autodirigir
seu processo de aprendizagem. É essencialmente fenomenológico.

Compreende o ser humano como um ser que evolui, que procura construir
valores, realização pessoal e bem-estar. Crescimento e evolução autônoma.
Há a liberdade do aluno de encontrar a melhor forma de aprender. O professor
orienta o caminho mais adequado para cada aluno, que irá aprender no seu
ritmo. Nas avaliações há um olhar mais geral, individual, do grupo.

Aprendizagem significante. O conteúdo deve fazer sentido para o aluno. O


aluno é o centro e deve auto iniciar sua aprendizagem. O professor deve
construir um ambiente facilitador e deve reconhecer as motivações e interesses
dos alunos, colocando-se no papel de aprendiz também.

Principais representantes Carls Rogers, Maslow e Combs.


• Construtivismo (interacionista) – acredita que o aprendizado se dá com o
indivíduo ativo, incluindo sua realidade externa e interagindo com o grupo. O
professor tem a figura de mediador.

O desenvolvimento do conhecimento vem da interação com o meio e a


maturação das estruturas neurais. É orientado pelo professor, que tem como
objetivo explorar atividades que estimulem o desenvolvimento dos processos
mentais dos alunos. O aluno tem papel ativo de atenção e resolução de
problemas.

A aprendizagem construtivista necessita que o aluno passe pelo processo de:


perturbação do equilíbrio dos seus conceitos; conservação, que é a
compensação da modificação simultânea do objeto; e assimilação x
acomodação do mesmo conceito. No final do processo evolutivo da
aprendizagem, o indivíduo se torna autônomo, questionador, adaptativo e
interativo no seu meio.

O aluno é ativo em seu processo de aprendizagem e se valoriza mais a


compreensão do processo de resolução de um problema e a lógica do
raciocínio ao invés do resultado, medindo a inteligência por parâmetros
qualitativos. A integração da manipulação de objetos (meio) e ideias para a
construção do conhecimento.

Principais representantes: Piaget e kant.

Mas poucas são as escolas que trabalham com só uma escola


epistemológicas.

Referências:

NUNES, Ana Ignez Belém Lima; SILVEIRA, Rosemary Nascimento. Psicologia


da aprendizagem. 3. ed. rev. Fortaleza: EdUECE, 2015. Disponível em:
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431616/2/Livro_Psicologia
%20da%20Apr endizagem.pdf
Lefrançois, Guy R. Teorias da Aprendizagem: O que a Velha Senhora disse. 5
ed.

Kripka, R. M. L., Viali, L., Dickel, A., & Lahm, R. A. (2020) Ensino,
aprendizagem e novas tecnologias: relações entre abordagens teóricas
clássicas e contemporâneas. Revista de Educação em Ciências e Matemática,
16(37), 39-53.

NASCIMENTO, A. S. A. D. (2009). As relações de poder na escola: o canto da


contestação na música Another brick in the Wall, de Pink Floyd. Anais do IV
Colóquio Internacional Cidadania Cultural: diálogos de gerações.

Gomes, Rolfi Cintas et al. Teorias de aprendizagem: pré-concepções de alunos


da área de exatas do ensino superior privado da cidade de São Paulo. Ciência
& Educação (Bauru) [online]. 2010, v. 16, n. 3 [Acessado 3 Agosto 2021], pp.
695-708. Disponível em: Epub 10 Jan 2011. ISSN 1980-850X.
https://doi.org/10.1590/S1516-73132010000300013.

Sobre as bases epistemológicas da aprendizagem e as imagens abaixo, responda a


alternativa CORRETA.

a)    A turma A pode ser considerada empirista, pois funda-se na crença de que o aluno
já traz algum tipo de conhecimento para sala de aula.

b)    A turma B traz na postura do professor a perspectiva humanista onde se crê na


ênfase a consciência, à subjetividade e à saúde psicológica do estudante.

c)    A turma A apresenta-se dividida em pequenos grupos, apontando para uma


concepção racionalista onde o aluno nada traz em termos de conhecimento para
compartilhar com os colegas.

d)    Turma A pode ter uma concepção construtivista por tratar-se de um ambiente onde
o conhecimento é construído a partir de uma interação entre a nova informação e o que
os alunos já sabiam.

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