Programação Visual e Comunicação Impressa
Programação Visual e Comunicação Impressa
Programação Visual e Comunicação Impressa
e Comunicação
Impressa
Prof. Lucas Soboleswki Flores
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Lucas Soboleswki Flores
Impresso por:
Apresentação
Para o profissional de comunicação, é essencial a percepção de que
tudo comunica! Palavras, gestos, olhares... A todo momento estamos envoltos
em milhares de formas do comunicar!
Um abraço,
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 197
UNIDADE 1 —
NOÇÕES DE DESIGN
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
A compreensão sobre a programação visual e o planejamento gráfico é
de suma importância para os profissionais da comunicação. Por mais que, na
maioria dos casos, o responsável por esse setor tenha o suporte de um designer,
nem sempre todas as atividades serão realizadas por este profissional.
É por isso que tudo precisa ser revisado com muito cuidado, sendo o
profissional de comunicação o responsável por essa atividade. É necessário
supervisionar os designers, bem como dar as orientações necessárias para que
sejam criados projetos gráficos que vão ao encontro do que é proposto pela
identidade visual da companhia.
É sobre isso que você aprenderá nesta unidade. Vamos iniciar falando
sobre os fundamentos da programação visual e do planejamento gráfico. Também
vamos falar sobre cor, tipologia, tipografia, padronização visual e padronização
gráfica.
3
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
Nesse caso, pela lógica, a primeira coisa a ser feita é uma pesquisa para
definir as personas do seu negócio. Personas nada mais são do que personagens
semifictícios, que representam o cliente ideal para uma empresa. Dessa maneira,
você poderá criar materiais focados exatamente nos gostos, necessidades e anseios
do público que você deseja atingir.
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TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA PROGRAMAÇÃO VISUAL E DO PLANEJAMENTO GRÁFICO
FONTE: <https://viverdeblog.com/wp-content/uploads/2016/07/vdb-infografico-persona-baixa2.jpg>.
Acesso em: 18 de nov. 2019.
Para que você possa entender mais sobre o conceito de persona, Assad
nos apresenta um exemplo interessante. Veja:
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UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
DICAS
Para entender mais sobre personas leia o artigo Persona: como e por que criar
uma para sua empresa. Disponível em: https://resultadosdigitais.com.br/blog/persona-o-
que-e/.
Para ter uma noção maior do que se trata a programação visual, podemos
tomar como base a definição criada por Domiciano e Silva (2000, p. 109), que a
classificam como uma “[...] área específica do design, [que] tem como objetivo
comunicar visualmente uma mensagem, através da manipulação de conceitos que
passam pelas Artes, Teoria da Comunicação, Psicologia da Forma, Ergonomia,
Antropologia, entre outros”.
Com o passar dos anos, esse tipo de comunicação passou a ser utilizado
para fins publicitários e informacionais. Conforme destaca Chiara (2018), isso
começou a acontecer por volta do ano 3000 a.C., quando sapateiros e ferreiros
da Babilônia escreviam nos muros para ofertar os seus serviços. Algum tempo
depois, na Roma Antiga, eram pendurados cartazes nas ruas, oferecendo serviços
de profissionais e imóveis para alugar.
6
TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA PROGRAMAÇÃO VISUAL E DO PLANEJAMENTO GRÁFICO
De tal maneira, livros, folhetos, jornais e outros materiais, que antes eram
impressos em imagens únicas, passaram a ser produzidos em grande escala.
Assim, um mesmo material pode ser reproduzido por diversas vezes e impactar
um número muito maior de pessoas.
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UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
2.1.1 Esboços
Os esboços nada mais são do que uma espécie de projeto daquilo
que será desenvolvido pelo programador visual. Ao elaborar um cartaz de
divulgação de um evento, por exemplo, podem ser reunidos em um documento
as informações que devem constar no material, as cores que serão utilizadas, as
imagens que serão diagramadas, os textos etc.
2.1.2 Layout
O layout é o projeto de programação visual finalizado. Na atualidade,
existem diversos programas populares para a montagem de layouts, como o
Adobe Photoshop, o Adote IIlustrator, o Corel DRAW, Gimp, Inkscape entre
outros.
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TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA PROGRAMAÇÃO VISUAL E DO PLANEJAMENTO GRÁFICO
2.1.3 Originais
FIGURA 3 – EXEMPLO DE CONTEÚDO DIAGRAMADO E SEUS ORIGINAIS
FONTE: <http://danielajardim.com/designer_freelancer/wp-content/uploads/2016/07/diagrama-
cao_premio_crianca_2018_fundacao_abrinq_design_grafico.gif>. Acesso em: 31 jan. 2020.
2.1.4 Arte-final
A arte-final é a etapa do projeto em que o layout vai para a gráfica. Trata-
se de uma montagem que deve estar pronta para que seja transformada em uma
pré-matriz (que veremos a seguir).
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UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
FONTE: <https://www.printi.com.br/blog/sites/default/files/faq3-impressao-margens-sangrias.png>.
Acesso em: 19 nov. 2019.
FONTE: <https://img.elo7.com.br/product/main/28AFF4A/filme-azulado-para-fotolito-reticulado-
-quadricromia-a4-c-25.jpg>. Acesso em: 31 jan. 2020.
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TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA PROGRAMAÇÃO VISUAL E DO PLANEJAMENTO GRÁFICO
2.1.6 Matriz
A penúltima etapa da produção gráfica é a da matriz. Trata-se da mídia
que recebe os jatos de tinta e os transfere para o papel em que será impresso,
dando origem às imagens.
2.1.7 Impressão
Finalmente, a última etapa do processo de produção gráfica é a impressão.
Existem diferentes métodos para isso, sendo um dos mais comuns o offset. Nele,
o papel corre pelas máquinas, sem que seja necessária a manipulação humana.
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UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
FONTE: <https://www.printi.com.br/blog/sites/default/files/blog-sistemas-de-impress%-
C3%A3o_1.png>. Acesso em: 19 nov. 2019.
Tais fotos têm a função de chocar os fumantes, para que eles abandonem
o vício, bem como para evitar que outras pessoas comecem a fumar. Isso é um
exemplo de uma ação estratégica realizada por uma equipe de comunicação. O
profissional dessa área, mais do que elementos técnicos, precisa compreender
sobre como desenvolver as ideias, para colocá-las no papel e conquistar os
resultados almejados com uma campanha.
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TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA PROGRAMAÇÃO VISUAL E DO PLANEJAMENTO GRÁFICO
2.1.8 Linha
Para Pozenato (2010) a linha tem importância no discurso falado e
também na imagem. No primeiro caso a linha está relacionada com a forma como
o receptor de uma mensagem fará o seu raciocínio para acompanhar o que se está
querendo dizer, por exemplo.
As linhas, portanto, são a sequência lógica que deve ser adotada para que
os receptores de uma mensagem visual a compreendam. Exemplo disso pode ser
visto na teoria das formas, também chamada de Gestalt.
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UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
• Unidade
FONTE: <https://www.chiefofdesign.com.br/wp-content/uploads/2014/08/unidade-2.jpg>.
Acesso em: 4 fev. 2020.
• Segregação
FONTE: <https://www.chiefofdesign.com.br/wp-content/uploads/2014/08/segragacao02.jpg>.
Acesso em: 4 fev. 2020.
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TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA PROGRAMAÇÃO VISUAL E DO PLANEJAMENTO GRÁFICO
• Unificação
FONTE: <https://www.chiefofdesign.com.br/wp-content/uploads/2014/08/unificacao-2.jpg>.
Acesso em: 4 fev. 2020.
• Proximidade
FONTE: <https://storage.googleapis.com/dpw/app/uploads/2008/02/Gestalt-aplicado-ao-desig-
n-web-parte-3-exemplos-web-do-principio-da-proximidade.jpg>. Acesso em: 4 fev. 2020.
• Semelhança
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UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
FONTE: <https://designculture.com.br/wp-content/uploads/2013/04/semalhanca.jpg>.
Acesso em: 4 fev. 2020.
• Fechamento
FONTE: <https://www.chiefofdesign.com.br/wp-content/uploads/2014/08/fechamento.jpg>.
Acesso em: 4 fev. 2020.
• Continuidade
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TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA PROGRAMAÇÃO VISUAL E DO PLANEJAMENTO GRÁFICO
FONTE: <https://www.chiefofdesign.com.br/wp-content/uploads/2014/08/continuidade2.jpg>.
Acesso em: 4 fev. 2020.
• Pregnância da forma
Quanto mais a forma do elemento for definida, mais fácil será de identificá-lo.
Imagine, por exemplo, um filme de terror, que se passa em uma casa mal-
assombrada. É bem provável que tenha vindo a sua mente uma imagem mais
escura e sombria, não é mesmo? Agora se você for convidado para imaginar uma
cena que se passa em uma praia, com uma família se divertindo em uma comédia
romântica, provavelmente pensará em um cenário bastante iluminado.
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TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DA PROGRAMAÇÃO VISUAL E DO PLANEJAMENTO GRÁFICO
TUROS
ESTUDOS FU
No próximo tópico desta unidade, vamos nos aprofundar nos estudos da cor
e suas particularidades.
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UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
DICAS
20
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Esboços são uma espécie de projeto daquilo que será desenvolvido pelo
programador visual.
• Originais são os materiais necessários para uma composição gráfica, tais como:
fotos, textos, desenhos etc.
• A arte-final é uma montagem que deve estar pronta para que seja transformada
em uma pré-matriz.
• As linhas são a sequência lógica que deve ser adotada para que os receptores
de uma mensagem visual a compreendam.
21
AUTOATIVIDADE
1 Segundo Pozenato (2010, p. 22), “quando os olhos fixam uma imagem, seja
ela pictórica, fotográfica, cinematográfica, ou televisual, para poder captar
sua totalidade e analisá-la, eles executam movimentos para aprender os
detalhes da forma sensivelmente uniforme”. É assim que se desenvolvem
teorias como a Gestalt. Considerando essa asserção, que elemento retórico
da comunicação visual garante que essa afirmação seja verdadeira?
a) ( ) A cor.
b) ( ) A linha.
c) ( ) A luz.
d) ( ) Nenhuma das anteriores.
22
4 Farina (1990, p. 45) afirma que “[...] os estudos e as pesquisas realizadas
por eminentes psicólogos e especialistas nas cores [...] estabeleceram um
esquema muito claro de significação”. Sobre as luzes e as cores, classifique
V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
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24
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
ESTUDOS DO DESIGN
1 INTRODUÇÃO
O design pode ser interpretado de várias maneiras. Ele pode caracterizar
o planejamento e a criação de objetos, sistemas interativos, prédios, veículos etc.
Para você, estudante de comunicação, a vertente que mais interessa é o design
gráfico. É sobre isso que trataremos neste tópico.
É interessante que você compreenda que, nos dias atuais, o design vem
sendo utilizado, de forma errada, como uma palavra que soa sofisticação. É bem
provável que você já tenha visto panfletos de salões de beleza que anunciar
serviços de designer de sobrancelhas, por exemplo.
Hsuan-An (2018, p. 26) faz uma reflexão, em que mostra como o termo
design é compreendido pelo senso comum. Para esse autor:
Assim sendo, não é errado dizer que a criação visual de todos os materiais
informacionais, sejam eles impressos ou digitais, podem ser considerada uma
atividade do design de comunicação. Aqui se enquadram anúncios em jornais e
revistas, folders, flyers, cards para as redes sociais, outdoors, cartazes, publicações
próprias da companhia, sites, blogs entre tantos outros tipos de peças.
2 ESTUDOS DA COR
Uma das áreas que mais gera interesse nos estudos de design ou
programação visual é a das cores. Afinal, como vimos no tópico anterior, quando
estudamos os elementos retóricos propostos por Pozenato (2010), as cores têm o
poder de causar diferentes reações nas pessoas que visualizam uma mensagem,
de acordo com a cultura em que elas estão inseridas.
26
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
Nesse sentido, Ambrose e Harris (2012, p. 118) comentam que “a cor pode
representar diferentes estados emocionais ou humores e ser utilizada para obter
reações emotivas específicas do receptor”. Lembra quando analisamos a Figura
15, em que a ausência de luz e as cores escuras na imagem remetiam um quarto
a uma cela de prisão? Essa análise encontra eco na teoria defendida pela dupla
de autores.
Nas culturas ocidentais, tons pastel do azul e rosa são associados aos
recém-nascidos; azul a meninos e rosa a meninas. Esse esquema é
especialmente utilizado para roupas, pois as cores ajudam a identificar
o sexo da criança.
Essa associação é tão forte que, quando as cores e os sexos são
trocados, há um rompimento cognitivo e algo parece esquisito, errado
ou mesmo inaceitável. Podemos esperar uma reação semelhante em
outras culturas e partes do mundo se as respectivas associações de uso
das cores não forem consideradas.
FONTE: <https://timerunpb.com/wp-content/uploads/2019/08/logo-cabedelo-prevencao.jpg>.
Acesso em: 21 nov. 2019.
27
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
No entanto, não são apenas os aspectos culturais que fazem com que
as cores possam interferir na reação que as pessoas têm ao visualizarem uma
determinada peça. Estudos comprovam que o nosso cérebro reage de forma
diferente quando os olhos visualizam uma determinada cor. É o que você
aprenderá, a seguir.
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TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
FONTE: <https://www.universitariopublicitario.com/wp-content/uploads/2018/10/circulo-cro-
matico_1.jpg> Acesso em: 21 nov. 2019.
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UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
Uma vez que o círculo cromático estiver formado (ver Figura 17), podemos
analisar a forma como as cores se relacionam umas com as outras. Isso pode
acontecer de diversas maneiras, sendo as mais comuns por meio de teorias como
a das cores complementares, das cores análogas e das tríades. Continue a leitura
e entenda!
• o azul e o laranja;
• o vermelho e o verde;
• o amarelo e o roxo;
• o verde-limão e o violeta;
• o roxo-azulado e o amarelo-alaranjado;
• o azul-esverdeado e o vermelho-alaranjado.
Uma combinação análoga é composta por cores próximas umas das outras
no círculo. Não importa as duas ou três cores que são combinadas, elas todas
compartilham um subtom da mesma cor, criando uma combinação harmoniosa.
Combine um grupo análogo de cores com suas várias tonalidades [...] e você terá
muitas opções para trabalhar.
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TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
Da mesma forma que acontece nas teorias anteriores, essas cores podem
ser combinadas de forma estratégica, quando você for compor uma peça visual.
No entanto, você poderá criar mais cores, que vão além das que estão no círculo
cromático. Para isso, é preciso aprender sobre sombras e luzes, o que veremos, a
seguir!
DICAS
Observei que uma foto pode ser objeto de três práticas (ou três
emoções, ou de três intenções): fazer, suportar olhar. O Operator é
o fotógrafo. O Spectator somos todos nós, que compulsamos, nos
jornais, nos livros, nos álbuns, nos arquivos, coleções de fotos. E
aquele ou aquela que é fotografado, é o alvo, o referente, a espécie
de pequeno simulacro, de eídolon pelo objeto que de bom grado
chamaria de Spectrum da Fotografia (BARTHES, 1984, p. 20).
31
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
As sombras e luzes servem para que novas cores possam ser criadas em
seus projetos gráficos. Para compreender sobre isso, mais uma vez é preciso
observar o círculo cromático (Figura 17).
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TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
Nas áreas envoltas por um retângulo, estão os pontos que você pode
movimentar para modificar as cores manualmente e encontrar novas tonalidades
para trabalhar. Assim, poderão ser formadas milhares de cores, fazendo pequenas
modificações no tom de cada uma delas.
Lotufo (2008) explica que essa classificação das cores por “temperatura”
ocorre por similaridade ao que elas representam na natureza. Nas palavras da
autora:
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UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
FONTE: <https://designersbrasileiros.com.br/wp-content/uploads/2014/07/cmyk-rgb.png>.
Acesso em: 31 jan. 2020
Essas três cores, mais o preto, dão origem a todas as demais, permitindo
que o equipamento possa imprimir, fotos, desenhos, ilustrações e arquivos de
qualquer outra natureza, sem que haja prejuízo nas cores. É por esse motivo que,
sempre que você for realizar um trabalho em um software de edição de imagens,
e esse item for impresso, como um cartaz, um livro, uma revista ou um panfleto,
deve-se ter o cuidado de trabalhar com o modelo CMYK.
NOTA
Alguns autores associam a letra K da sigla CMYK para a palavra inglesa key, que
significa chave e não à última letra da palavra black. A explicação é a de que o preto é a cor
chave para que todas as demais sejam formadas, junto ao ciano, o magenta e o amarelo.
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TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
Você lembra dos antigos televisores de tubo, que tinham uma tela bem
mais grossa do que as TVs atuais? Se você já aproximou muito os olhos para a
tela de algum deles, deve ter percebido que a imagens são formadas por milhares
de “quadradinhos” nas cores vermelho, verde e azul. Isso porque os aparelhos de
televisão utilizam o modelo RGB para transmitir as imagens.
Portanto, sempre que você for produzir alguma imagem que será exibida
em meios digitais, como uma peça para as redes sociais, um infográfico que será
disponibilizado em um blog etc., deve-se escolher o modelo RGB no software de
edição.
E
IMPORTANT
É preciso sempre lembrar que CMYK deve ser utilizado para criar materiais
IMPRESSOS e RGB para aqueles que SÃO VISTOS NA TELA.
35
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
A tipografia é o meio pelo qual uma ideia escrita recebe uma forma
visual. A seleção da forma visual pode afetar significativamente a
legibilidade da ideia escrita e as sensações de um leitor em relação
a ela devido às centenas, se não milhares, de tipos disponíveis. A
tipografia pode produzir um efeito neutro ou despertar paixões,
simbolizar movimentos artísticos, políticos ou filosóficos ou exprimir
a personalidade de uma pessoa ou organização. Desenhos de tipos
variam desde formas claras e distinguíveis de fácil leitura, adequadas
para grandes quantidade de texto, até tipos visualmente mais fortes e
atraentes usados em manchete e anúncios publicitários (AMBROSE;
HARRIS, 2012, p. 55).
A resposta até pode ser “sim”, caso você opte por uma fonte mais neutra e
que não cause nenhum tipo de impacto no leitor. Contudo, se você quiser dar um
toque mais pessoal para cada caderno, pode usar uma fonte mais clássica para
o conteúdo policial e uma fonte mais divertida para a parte do periódico que se
destina para as fofocas de celebridades.
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TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
DICAS
• estilo antigo;
• modernas;
• serifa grossa;
• sem serifa;
• manuscrita; e
• decorativa.
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UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
Ainda segundo Williams (2013, p. 154), “[...] todos os traços curvos das
letras têm uma transição do grosso ao fino, chamado tecnicamente de ‘transição
grosso fino’. Esse contraste no traço é relativamente moderado, o que significa
que vai do mais ou menos grosso ao mais ou menos fino”. São exemplos de
fontes com estilo antigo a Goudy, a Palatino, a Times New Roman, a Baskerville,
a Garamond, entre outras.
Na Figura 20, a seguir, você pode verificar aplicações da fonte Times New
Roman, que pertence ao estilo antigo. Como destaca Williams (2013), essa fonte
possui serifas e faz transições do grosso para o fino nos traços.
FONTE: <https://static.independent.co.uk/s3fs-public/thumbnails/image/2016/08/25/12/times-
-new-roman-font.jpg?w968> Acesso em: 23 nov. 2019
NTE
INTERESSA
A fonte Times New Roman surgiu em 1931, para uso no jornal The Times
of London, publicado na Inglaterra. O nome Times foi utilizado justamente por fazer
associação ao título do periódico. Atualmente, essa é uma das fontes mais utilizadas para
escrever textos longos, em livros, revistas e até páginas na internet.
38
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
FONTE: <http://www.writingfordesigners.com/wp-content/uploads/2016/03/nirvana.png>
Acesso em: 23 nov. 2019.
39
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
FONTE: <https://i5.walmartimages.com/asr/3e010503-e152-49b4-9f28-63a1ae4bf141_1.dcb4db-
d2f07f5a15423c71408deae656.jpeg?odnWidth=undefined&odnHeight=undefined&odnBg=ffffff>.
Acesso em: 23 nov. 2019.
40
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
Apesar disso, nos meios digitais, não se recomenda o uso de fontes com
serifas grossas. Como destaca Torres (2018, s.p.), as serifas “[...] não se apresentam
tão bem em telas digitais (parecendo distorcidas e gerando ruído e quebra ao
invés de clareza), então muitos designers priorizam o uso de fontes sem serifa
para uso na web, especialmente em tamanhos pequenos”.
ATENCAO
Williams (2013, p. 157) também explica que as fontes sem serifa “[...] têm
o peso quase todo igual, ou seja, praticamente não há transição grosso-fino visível
nos traços; as letras têm a mesma grossura por inteiro”. Observe a Figura 23, a
seguir.
41
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
Esse tipo de fonte é cada vez menos utilizado, sendo interessante apenas
para situações específicas, como em convites de casamento à moda antiga, por
exemplo. Além disso, as fontes manuscritas também são utilizadas em logotipos
de algumas empresas.
FONTE: <https://logodownload.org/wp-content/uploads/2014/04/coca-cola-logo-0-1536x1536.png>.
Acesso em: 23 nov. 2019
42
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
FONTE: <https://www.bahianoticias.com.br/fotos/principal_noticias/216261/mg/01_natal_insta-
gram.png> Acesso em: 23 nov. 2019
43
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
DICAS
Contudo, a escolha delas nem sempre é uma tarefa das mais fáceis.
O primeiro passo para fazer a escolha, assim como em outras tarefas que já
comentamos neste livro, é observar as necessidades da persona para qual a
comunicação se destina.
A partir disso, você deve escolher as fontes para serem utilizadas nos
materiais e também estabelecer relações entre elas. Afinal, não será utilizada
apenas uma tipografia em cada material.
A seguir, você aprenderá sobre cada um deles. A ideia é que eles possam
ser aplicados em seus trabalhos futuros, para que eles atinjam corretamente os
objetivos que você deseja alcançar com uma peça visual. Acompanhe!
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TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
3.2.1 Tamanho
Contrastar as fontes com tamanho significa, obviamente, utilizar letras
maiores e outras menores em uma peça. No entanto, segundo Williams (2013, p.
166), é preciso que sejam tidos alguns cuidados para isso. A autora exemplifica
que:
A primeira frase traz o texto que deseja chamar o leitor para a publicação.
Ao estar exposta em uma vitrine de uma banca de jornais, em meio a dezenas
de outras publicações, é esse título que deverá despertar a atenção do leitor. A
segunda frase, com a fonte menor, é uma informação complementar, mas que não
tem tanta relevância quanto a primeira.
3.2.2 Peso
A segunda forma de gerar contraste na tipografia, segundo a proposta
de Williams é por peso, ou seja, a espessura dos tipos. Nas palavras da própria
estudiosa, “o peso de uma fonte refere-se à espessura de seus traços. A maioria
das famílias tipográficas foi criada em uma variedade de pesos: regular, negrito,
talvez extranegrito, seminegrito ou leve” (WILLIAMS, 2013, p. 170).
46
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
Na Figura 27, observe uma entrevista publicada no jornal A Hora. Veja que
as perguntas feitas pelo jornalista estão em negrito e as respostas da entrevistada
não. Essa mescla no peso da fonte possibilita que o leitor identifique os tempos de
fala. Assim, ele pode fazer a leitura como se estivesse ouvindo um diálogo.
3.2.3 Estrutura
Também é possível contrastar as fontes em uma peça por meio de sua
estrutura. Para entender o que isso significa, veja a exemplificação trazida por
Williams (2013, p. 174):
Para fazer esse tipo de combinação, uma boa ideia é buscar por fontes
criadas pelo mesmo desenvolvedor. Conforme comenta Torres (2018, s.p.),
“designers tipográficos geralmente criam com um estilo único e reconhecível.
Suas fontes compartilham de uma certa aparência ou estrutura que torna mais
fácil sua combinação. Algumas famílias tipográficas contêm subfamílias, uma
serifada e uma sem serifa, que se complementam”.
3.2.4 Forma
Uma mesma fonte pode ter diferentes formas. Williams (2013, p. 178)
exemplifica dizendo que “os caracteres podem ter a mesma estrutura, mas
‘formas’ diferentes”. É o que acontece quando usamos a mesma tipografia no
formato minúsculo e no formato maiúsculo.
Este livro é escrito com a fonte Arial. Nessa família, por exemplo, o
caractere ípsilon, quando escrito em maiúsculo, tem a seguinte forma: “Y”. Já
quando escrito de forma minúscula, o formato é o seguinte: “y”.
47
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
3.2.5 Direção
A direção do texto representa a forma como ele está escrito. O texto pode
ser na horizontal, na vertical, inclinado etc. De forma estratégica, você pode fazer
combinações com títulos ou trechos organizados em direções diferentes, o que dá
um aspecto visual interessante. Williams (2013, p. 183) comenta que:
Uma linha de texto tem direção horizontal. Uma coluna alta e estreita
de texto tem direção vertical. São esses movimentos direcionais mais
sofisticados de texto que são divertidos e interessantes de constratar.
Por exemplo, uma peça de duas páginas com um título em negrito de
uma página a outra e o corpo de texto em diversas colunas altas e finas
criam um contraste de direção interessante.
FONTE: <https://image.freepik.com/vetores-gratis/colunas-desenho-infografico_1262-3354.jpg>
Acesso em: 25 nov. 2019
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TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
Na Figura 28, você pode observar que alguns textos são escritos na
horizontal, enquanto outros, dentro das colunas, estão na vertical. A ideia é
proporcionar uma experiência diferente, para que, quem visualiza a mensagem,
possa fazer uma leitura rápida, o que se espera de um infográfico.
3.2.6 Cor
Finalmente, chegamos ao último elemento de contraste da tipografia, a cor.
Você já aprendeu bastante sobre o tema e também sabe como fazer combinações
de cores, conforme o que foi estudado em subtópicos anteriores.
FONTE: <https://logodownload.org/wp-content/uploads/2014/07/fedex-logo-1.png>
Acesso em: 25 nov. 2019.
Isso foi feito de forma estratégica para que quem visualiza o logotipo
direcione os olhos para a cor quente. Observe o espaço em branco entre os
caracteres “E” e “X’ e perceba que ele forma uma seta. Esse desenho representa
a agilidade que a empresa tem para fazer as entregas solicitadas pelos clientes.
Tudo muito bem pensado e articulado, considerando as técnicas do design.
49
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
Agora vamos trazer essa ideia para o meio empresarial. Sempre que
alguém abre uma nova empresa, tem objetivos a serem cumpridos, que vão além
de simplesmente gerar lucro para o proprietário.
50
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
A primeira coisa que você precisa saber sobre identidade visual é que ela
é muito mais do que apenas o logotipo da empresa. Estamos nos referindo sim a
uma padronização gráfica, mas que tem todo um estudo desenvolvido, com foco
na cultura organizacional, como explicamos anteriormente.
Isso reforça a ideia de que a identidade de marca não é apenas algo visual.
Ela precisa estar presente e condizer com as diretrizes da empresa. No subtópico
anterior, quando falamos sobre os contrastes da tipografia, analisamos o logotipo
da Fedex (Figura 29).
Como explicamos, a junção das letras “E” e “X” formam o desenho de uma
flecha em seu interior. A flecha simboliza a agilidade da companhia de logística.
Agora, será que o símbolo faria o mesmo efeito, caso a Fedex não entregasse um
serviço de qualidade para os seus clientes? Provavelmente não, concorda?
É por isso que a identidade visual não deve ser algo que soe “falso” para
quem a visualiza. É necessário representar graficamente aquilo que a empresa
realmente é. Caso contrário, os clientes, funcionários e demais públicos da
organização se sentirão enganados.
51
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
• condução da pesquisa;
• esclarecimento da estratégia; e
• design da identidade.
Patel (2020, s.p.) sugere cinco perguntas essenciais que devem ser
respondidas no desenvolvimento do briefing:
52
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
A estratégia de marca, por ser algo amplo, é algo que precisa ser discutido
por mais de uma pessoa na organização. Com base nas informações coletadas no
briefing, podem ser realizadas reuniões com a equipe de criação da identidade
visual, bem como gestores e diretores da empresa.
53
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
DICAS
Para saber mais sobre brainstorming e como conduzir essa atividade, leia
o artigo O que é brainstorming e as 7 melhores técnicas para a tomada de decisões
inteligentes. Disponível em: https://rockcontent.com/blog/brainstorming/.
Ainda sobre a estratégia da marca, Wheeler (2019, p. 10) afirma que ela:
• Nome
• Cargo
- Nome da empresa
- Tamanho da empresa
- Detalhes do cargo
• Dados demográficos
- Idade
- Gênero
54
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
- Salário
- Domicílio
- Educação
- Família
• Objetivos e desafios pessoais
- Objetivo primário
- Objetivo secundário
- Como você ajuda a persona a alcançar esses objetivos?
- Desafio primário
- Desafio secundário
- Como você ajuda a persona a resolver esses problemas?
(PEÇANHA, 2017, p. 37-38).
DICAS
Ainda sobre personas, Peçanha (2017, p. 38) afirma que é “[...] sugerido
criar também um campo com a história dessa persona”. O autor explica que isso
tem o objetivo de “[...] humanizar a personagem, mostrando em forma de texto
como é a sua rotina, suas ambições e dificuldades na vida e o que o motiva”.
55
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
FONTE: <https://logodownload.org/wp-content/uploads/2014/06/magazine-luiza-logo.jpg/>
Acesso em: 26 nov. 2019
Ainda citando Wheeler (2019, p. 24), “as imagens visuais podem ser
lembradas e reconhecidas de forma direta, enquanto o significado das palavras
precisa ser decodificado”. Observe a imagem a seguir:
56
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
É preciso dizer alguma coisa para que você entenda o que essa imagem
significa? É bem provável que não, não é mesmo? Basta olhar para a figura da
maçã e automaticamente já fazemos a associação para a empresa de tecnologia
Apple. Isso mostra o poder que os símbolos têm e como podem ser fortemente
relacionados às marcas. Wheeler (2019, p. 24) explica que:
NOTA
Como bem destaca Munhoz (2009, p. 12), “símbolo se refere a uma imagem
específica, que tem o propósito de identificar visualmente a instituição. Logotipo se refere
a uma palavra grafada de forma particular, que tem o propósito de identificar visualmente a
instituição”. Tome cuidado para não confundir os termos!
57
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
TUROS
ESTUDOS FU
58
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
59
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
DICAS
Logo após o índice, é preciso ter um texto que fale sobre a empresa. A
ideia é que seja apresentado ao leitor algumas informações sobre a história da
companhia e a sua cultura organizacional, para que o padrão visual seja melhor
compreendido.
É importante ainda que a página que fala sobre a organização não contenha
termos técnicos que possam confundir o leitor. Lembre-se que nem sempre quem
for produzir um material para a empresa terá os mesmos conhecimentos técnicos
de um designer. Nas palavras de Munhoz, o texto, “[...] deve ser claro e preciso.
Termos técnicos, que podem confundir o cliente, devem ser substituídos por
vocabulário acessível. Ex.: descrever um cartaz como colorido em vez de dizer
que será impresso em policromia”.
Imagine, por exemplo, que você mandou fazer um boné da empresa para
ser dado como brinde. O pessoal da fábrica de brindes, no entanto, ao receber
o material, teve dificuldade para entender como deve ser feita a aplicação do
logotipo na peça. Nesse caso, eles poderão ligar ou mandar um e-mail para o
responsável pela marca. Assim, a dúvida poderá ser esclarecida e os produtos
não serão fabricados de maneira incorreta.
60
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
Isso é importante, uma vez que nem sempre a marca poderá ser utilizada
em determinado formato, por conta do espaço disponível na peça. Veja o exemplo
retirado do manual de identidade visual do SAMU:
61
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
Versão Vertical
USO PREFERENCIAL
Versão Horizontal
O objetivo da grade é que, caso o desenho precise ser refeito por algum
designer que aplique a marca, todas as reproduções sejam feitas de forma
extremamente fiel. No entanto, é interessante colocar uma observação no
material, para que o redesenho só seja realizado em casos muito específicos.
Sempre é mais recomendado solicitar o arquivo digital no formato desejado para
o desenvolvedor do conteúdo visual. Confira um exemplo de grid no manual de
marca do SAMU:
62
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
DICAS
Para se aprofundar no assunto, leia o artigo Tudo o que você precisa saber
sobre grids. Disponível em: http://www.lugardedesigner.com/tudo-o-que-voce-precisa-
saber-sobre-grid/.
Munhoz (2009, p. 38) comenta que essa parte do manual serve para
instruir sobre a “[...] tipografia padrão como o conjunto de fontes escolhidas para
o desenvolvimento de todas as peças da instituição. Dentro da tipografia padrão
temos a fonte principal definida para o logotipo e fonte auxiliar para ser utilizada
na confecção de peças de comunicação”.
63
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
64
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
Essas variações são importantes, uma vez que o SAMU faz aplicações da
marca em ambulâncias, bem como necessita sinalizar equipamentos, como kits
de primeiros socorros. Em casos de empresas que não têm frotas de carros, por
exemplo, esse tipo de código não é necessário no manual. Ainda sobre as cores,
devem ser mostradas as versões em tons de cinza, chamadas de negativo, para
o caso de uso em impressões em preto e branco. De tal maneira se garante que a
marca não se descaracterize quando for aplicada em materiais com ausência de cor.
A marca também pode ser utilizada apenas na cor preta ou apenas na cor
branca, quando trabalhada dentro de fundos coloridos. Assim sendo, o designer
precisa fazer um estudo de cores e indicar em quais delas deve ser aplicada cada
versão da identidade visual.
Foi alterada a proporção entre os elementos Foi alterada a cor da marca Foi alterada a tipografia SAMU 192
65
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
Até poucos anos atrás era comum que os manuais das marcas fossem
gravados em mídias físicas, como CDs, para que fossem consultados quando
necessário. Além do livreto com as informações, eram salvos na mídia os logotipos
e símbolos nos principais formatos de utilização, como .PNG, .JPG, .PDF etc.
66
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
67
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
LEITURA COMPLEMENTAR
Ter uma identidade bem definida é importante não apenas para os seres
humanos em sociedade, mas também para marcas e empreendimentos como um
todo. Afinal, como ser reconhecido sem uma imagem?
Se não, tenho certeza que o faria com extrema facilidade ao ver as imagens
em algum lugar por aí.
68
TÓPICO 2 — ESTUDOS DO DESIGN
reconhecimento que chegava aos 80% ou seja: não era mais preciso reforçar quem
era MasterCard, as pessoas já sabiam só de bater o olho no grafismo.
Pense nas marcas nas quais você compra sem pensar duas vezes. Elas,
muito provavelmente, trabalharam durante anos de forma extremamente pesada
na construção de uma boa e eficiente identidade visual.
69
UNIDADE 1 — NOÇÕES DE DESIGN
CHAMADA
70
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Aspectos culturais podem fazer com que as pessoas associem cores a conceitos.
• A psicologia das cores estuda como o cérebro humano reage quando exposto a
determinadas tonalidades.
• Contrastes de tipografias podem ser feitos: por tamanho, por peso, por
estrutura, por forma, por direção ou por cor.
71
AUTOATIVIDADE
1 Willians (2013, p. 161) explica que “para usar a tipografia com eficiência,
você tem de estar consciente. Quero dizer, você tem de manter os olhos
abertos, reparar nos detalhes, dar nome aos problemas. Ou, quando
vir algo que o atraia, deve saber por que isso acontece”. Nesse trecho, a
autora comenta sobre a importância de o programador visual conhecer as
diferentes categorias de tipografia. Levando isso consideração, analise as
afirmativas a seguir:
2 Fonseca (2008, p. 158) afirma que “no modelo RGB, os pontos que formam a
imagem são designados for valores numa mesma escala; por exemplo, de 0
a 255, onde 0 é negro absoluto e 255, o brilho absoluto”. Sobre a escala RGB,
classifique as afirmações a seguir em verdadeiras ou falsas:
72
3 Ambrose e Harris (2012, p. 118) comentam que a “a cidade de Nova York
é conhecida como a Big Apple, mas os táxis amarelos são um símbolo
onipresente e facilmente reconhecível da cidade. Londres também tem
seus táxis pretos, mas talvez um símbolo mais reconhecível da cidade
seja a cabine telefônica vermelha. O poder dessa associação simbólica é
comprovado pelo fato de que ela continua a ser feita, mesmo que a maioria
das cabines tenha sido retirada e substituída a vários anos.” Com base
nessas informações, redija um texto explicando como as cores podem ser
interpretadas pelas pessoas, de acordo com os aspectos culturais que elas
possuem ou o cenário em que estão inseridas.
73
74
UNIDADE 2 —
NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E
EDITORAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
75
76
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Fazer uma diagramação significa distribuir os elementos gráficos, como
textos e imagens, em um espaço limitado, como uma folha de papel, por exemplo.
Embora seja comumente associado à comunicação impressa, o ato de diagramar
também é muito utilizado nos meios digitais.
Vale lembrar que a diagramação não é uma atividade exercida por um único
profissional. Embora os designers estudem o assunto mais a fundo, é interessante
que jornalistas, publicitários, relações-públicas, técnicos em comunicação e
profissionais de área relacionadas tenham, ao menos, conhecimentos básicos
sobre o tema.
É por isso que estudar sobre a diagramação é muito útil para você
e é isso que falaremos nesta unidade. Você aprenderá sobre os princípios básicos
do design, que servem como base para diagramar qualquer tipo de material.
77
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
Uma vez que for definido o formato do material que será diagramado,
é importante que sejam observados os quatro princípios básicos do design,
propostos por Williams (2013). São eles: o contraste, a repetição, o alinhamento e
a proximidade. A seguir, você entenderá mais sobre cada um deles.
78
TÓPICO 1 — ESTUDOS DE DIAGRAMAÇÃO DE TEXTOS E IMAGENS
FONTE: <https://diretoradearte.com.br/wp-content/uploads/2019/06/aproveitamento-de-papel.jpg>.
Acesso em: 14 mar. 2020.
79
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
2.1 CONTRASTE
O contraste é o elemento do design que deve ser utilizado em uma peça de
comunicação visual, para que ela chame mais atenção, ou seja, desperte o interesse
do leitor. Na unidade anterior, quando estudamos sobre tipografia, aprendemos
sobre os contrastes que podem ser aplicados para estabelecer relações entre as
fontes, está lembrado?
Isso se justifica porque, se você usar duas cores, por exemplo, mas elas
serem muito parecidas, o leitor pode imaginar que ocorreu um erro de impressão
e não que foi criado um contraste propositalmente. É preciso contrastar com
situações que realmente gerem um impacto favorável.
80
TÓPICO 1 — ESTUDOS DE DIAGRAMAÇÃO DE TEXTOS E IMAGENS
2.2 REPETIÇÃO
O princípio da repetição é bastante simples! Trata-se apenas de repetir
elementos para que seja criada uma sensação de unidade em quem está
visualizando uma peça. Este livro, por exemplo, segue um padrão de escrita para
diferenciar títulos principais de subtítulos. Isso faz com que você, leitor, saiba
quando uma seção começa e termina e possa ter uma experiência agradável na
sua leitura.
81
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
Assim, podem ser utilizados em diversas peças, para que quem visualiza
um material saiba que se trata de um item pertencente a determinada marca. Veja
um exemplo, na imagem a seguir!
FONTE: <https://image.freepik.com/vetores-gratis/identidade-corporativa-para-sea-
restaurante_23-2147560164.jpg>. Acesso em: 18 dez. 2019.
83
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
2.3 ALINHAMENTO
Na diagramação gráfica, outro princípio que deve ser seguido é o do
alinhamento. É preciso ter em mente que, não é porque há espaço em uma página,
que tudo precisa ser preenchido. Se isso acontecer, o leitor poderá ter uma impressão
negativa e não interpretar corretamente a mensagem que se deseja passar.
84
TÓPICO 1 — ESTUDOS DE DIAGRAMAÇÃO DE TEXTOS E IMAGENS
2.4 PROXIMIDADE
O último dos princípios do design ou da diagramação propostos por
Williams (2013) é o da proximidade. A ideia é bastante simples, segundo a autora,
“devemos agrupar itens relacionados, aproximá-los fisicamente, para que sejam
vistos como um grupo coeso em vez de um monte de pedaços sem relação”
(WILLIAMS, 2013, p. 15). Simples, concorda?
Aqui mais uma vez podemos falar sobre o “medo do branco”, que citamos
quando falamos sobre o princípio do alinhamento. Novamente realçamos, não
é preciso ter medo de deixar espaços em branco ao fazer uma diagramação. É
preciso que tudo seja organizado e o princípio da proximidade ajuda justamente
nesse sentido.
85
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
FONTE: <https://marcolang.com.br/wp-content/uploads/2017/04/design-usando-principio-da-
proximidade.png>. Acesso em: 19 dez. 2019
FONTE: <https://marcolang.com.br/wp-content/uploads/2017/04/principio-basico-da-proximi-
dade-na-pratica.png>. Acesso em: 19 dez. 2019.
86
TÓPICO 1 — ESTUDOS DE DIAGRAMAÇÃO DE TEXTOS E IMAGENS
Vasconcelos (2015, s.p.), explica que “os olhos do leitor primeiro verificam
ao longo da página, onde a informação importante é mais provável de ser
encontrada, então dirigem-se para baixo, no canto oposto na diagonal, e fazem o
mesmo em toda a parte inferior da página”. Veja, o exemplo da Figura 9, a seguir:
FONTE: <https://www.pardeideias.com/wp-content/uploads/2017/06/tela-leitura-z-610x324.png>.
Acesso em: 24 dez. 2019.
87
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
A autora ainda explica quais são os três passos para formar a chamada
leitura em F para textos diagramados para a web:
Além disso, para que a leitura na web siga o formato em F, causando uma
melhor impressão para os leitores, recomenda-se que os textos sejam formatados
com alinhamento à esquerda. Segundo Provezano (2018, p. 15) esse formato “torna
a leitura mais agradável e efetiva, pois molda o texto em um formato semelhante
ao padrão F”. Verifique como tudo isso é aplicado, na Figura 10, a seguir:
88
TÓPICO 1 — ESTUDOS DE DIAGRAMAÇÃO DE TEXTOS E IMAGENS
FONTE: <https://folhacerta.com/4-erros-na-folha-de-pagamento-que-nao-podem-nunca-ser-
cometidos/>. Acesso em: 24 dez. 2019.
DICAS
89
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O princípio da repetição diz que é necessário repetir elementos para que seja
criada uma sensação de unidade em quem está visualizando uma peça.
• A repetição não ocorre apenas em uma única peça, sendo que os elementos
repetidos podem compor a identidade visual da empresa.
• O alinhamento é o princípio que faz com que se forme uma unidade coesa em
uma peça gráfica.
90
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://marcolang.com.br/repeticao-principio-do-design/>.
Acesso em: 20 dez. 2019.
91
3 Williams (2013) afirma que, embora sejam estudados separadamente, os
quatro elementos da diagramação devem ser compreendidos todos juntos.
Tendo isso em mente, considere as seguintes afirmativas:
92
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Podemos definir o planejamento gráfico como o projeto que inclui todos
os elementos que formam e dão características a uma publicação visual. Seja um
livro, um jornal, uma revista ou um e-book, todos esses meios de comunicação
precisam ter o seu layout bem desenvolvido.
93
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
A seguir, vamos explicar os principais pontos aos quais você deve ficar
atento, para que saiba como fazer o planejamento gráfico e a diagramação de uma
publicação impressa ou digital. Acompanhe!
2.1 BONECO
Damos o nome de boneco à prova impressa de um arquivo, que simula
como a publicação deverá ficar quando for finalizada. A ideia é que, após terminar
a diagramação de um arquivo, o responsável pelo planejamento gráfico imprima
um teste, que pode ser feito em uma impressora convencional.
Podemos dizer que o boneco é uma espécie de rascunho, que precisa ser
revisado e aprimorado para que se realize a impressão final. A disposição dos
conteúdos deve ser feita de acordo com a quantidade de páginas da publicação.
Observe a Figura 11, a seguir!
94
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
FONTE: <https://www.papira.com.br/assets/images/montagem-de-arquivos/boneco.png>.
Acesso em: 2 jan. 2020.
Na imagem, você pode ver como as páginas são montadas, a partir das
folhas e lâminas, dando origem a uma publicação completa.
TUROS
ESTUDOS FU
95
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
NTE
INTERESSA
2.2 COMPOSIÇÃO
Para que as mensagens sejam bem recebidas em uma comunicação visual,
é extremamente necessário que se trabalhe com a composição. Essa técnica
permite que as peças gráficas atinjam as pessoas que recebem a mensagem de
uma maneira determinada, para que se possam utilizar técnicas de persuasão,
por exemplo.
96
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
Ainda de acordo com Mollo (2018, s.p.), “a simetria é agradável aos nossos
olhos e apresenta perfeita harmonia, porque muitas coisas são naturalmente
simétricas — o nosso corpo, por exemplo”. Em uma diagramação simétrica,
portanto, tudo é harmônico, com os textos e colunas girando em um mesmo eixo.
Veja um exemplo na Figura 12, a seguir:
FONTE: <http://www.gladisvivane.com/theoffice/wp-content/uploads/2011/09/gladis_vivane.jpg>.
Acesso em: 4 jan. 2020.
97
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
98
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
FONTE: <https://i.pinimg.com/474x/6e/f5/a3/6ef5a307aca2bb41950c8c78b730f4ae.jpg>.
Acesso em: 4 jan. 2020.
99
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
Todavia, deve-se ter o zelo para não pecar pelo exagero e criar um layout
desorganizado e que cause uma impressão negativa para os leitores. Afinal, se
isso acontecer, não se cumprirá com o propósito ou objetivo que a peça tem.
DICAS
100
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
2.3 PAGINAÇÃO
Para iniciarmos os estudos sobre paginação, é interessante que você
compreenda a diferença que existe entre esse conceito e o de projeto gráfico.
Damasceno (2013, p. 11, grifo do original) faz essa diferenciação, explicando que
“a diagramação [ou paginação] consiste no ordenamento diário dos elementos
nas páginas, enquanto o projeto gráfico se concentra na definição conceitual, no
estabelecimento do padrão gráfico geral da publicação, que deverá ser replicado”.
Pare e pense! Quantos conteúdos visuais você tem acesso por dia? Em
uma banca de revistas, são diversas as publicações expostas em uma vitrine, isso
vale para uma sala de espera da empresa, em que você deixa uma publicação
institucional para apreciação dos visitantes. Se formos somar os conteúdos
digitais nessa conta, a quantidade de conteúdos que uma pessoa pode acessar é
infinitamente maior.
Em meio a esse cenário, você precisa fazer com que o material que você
produziu se destaque dos demais e tenha uma boa aceitação dos leitores. Para
que isso aconteça, uma das estratégias a ser adotada é uma paginação adequada
e bem organizada, para que a leitura seja agradável, como propõe Fonseca (2008).
101
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
102
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
103
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
Na maior parte dos casos, esses materiais são grampeados no meio. Assim
sendo, ao elaborar a paginação em um software de edição, é preciso pensar que o
conteúdo será impresso em lâminas, que serão dobradas ao meio, dando origem
às páginas.
Por esse motivo, a organização das páginas não deve ser em uma sequência
lógica, como 1, 2, 3, 4, 5, 6... É preciso que se pense estrategicamente, para que as
páginas sejam diagramadas, de modo que possam formar a ordem correta de
leitura. Veja um exemplo na Figura 15, a seguir:
FONTE: <http://www.impressul.com.br/wp-content/uploads/2019/03/pag2.jpg>.
Acesso em: 5 jan. 2020.
104
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
NTE
INTERESSA
Existe uma série de itens que podem ser analisados, nesse sentido. O
primeiro deles é o alinhamento do texto, que pode ser à esquerda, à direita,
centralizado ou justificado. Em cada um desses casos é necessário ter cuidados
específicos.
Sobre o alinhamento à direita, por sua vez, Fonseca (2008, p. 227) explica
que:
105
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
formalidade. Fonseca (2008, p. 228) orienta que “as linhas centralizadas devem
variar bastante para criar uma silhueta interessante e, assim, evitar linhas estáticas
com comprimentos iguais ou similares”.
Finalmente, deve ser feita a revisão dos textos justificados. Essa é a forma
mais comum de ser utilizada na diagramação, tendo em vista que deixa os
materiais mais organizados. A única desvantagem dessa maneira, como aponta
Fonseca (2018, p. 228) é que esse estilo “[...] pode ocasionar brechas indesejáveis
entre as palavras, quando a largura da linha é muito pequena em relação ao
tamanho da letra usada”. O autor ainda explica que isso “pode ser controlado com
a hifenização, aplicada aqui para a quebra de palavras compridas” (FONSECA,
2008, p. 228).
106
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
107
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
Você pode escolher o tipo de capitular que julgar mais pertinente para a
sua publicação. No entanto, no momento da revisão, é preciso fazer uma vistoria
para se assegurar de que foi seguido um padrão em todos os parágrafos iniciais
de capítulos. Um livro não fica harmônico se uma seção se iniciar com capitular
elevado e outra com a capitular baixado, por exemplo.
108
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
Cabe ressaltar que os passos que explicaremos a seguir têm uma execução
que varia de um software de edição para outro. Por isso, você aprenderá a teoria
e precisará verificar como isso pode ser colocado em prática, sempre que for
realizar esse tipo de trabalho em um programa diferente.
DICAS
109
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
DICAS
110
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
2.6.1 Gimp
O Gimp é um software livre e gratuito, que pode ser baixado por
qualquer pessoa. Para fazer o download, basta que você acesse o site Gimp.org
e siga as orientações lá disponibilizadas. Depois que instalar o programa no
seu computador, você poderá utilizá-lo sempre que quiser, sem ter que pagar
nenhuma licença para isso.
DICAS
Assista ao vídeo Gimp 2.10 – como baixar e instalar e veja o passo a passo de
como deve ser feito o processo de download e instalação do programa no seu computador.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VwAaWcbujXs.
O Gimp tem três janelas básicas, que podem ser arrastadas na tela e
personalizadas, de acordo com as preferências de cada usuário:
Observe a Figura 18, a seguir, que mostra o local exato de cada uma das
janelas, de acordo com a numeração anterior. Veja!
FONTE: O Autor
111
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
FONTE: O Autor
Ao observar você verá que pode escolher a escala da cor, o tipo do papel,
a cor de fundo, a largura e altura dos objetos etc. Depois de escolher isso e clicar
em “OK”, o documento é criado e você poderá começar a trabalhar o seu desenho.
Observe a figura 20:
112
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
FONTE: O Autor
Para fazer isso, basta você clicar na aba “Arquivo” e selecionar a opção
“Abrir” ou “Abrir como camada”, caso queira que a imagem fique em uma
camada separada do restante do trabalho. Feito isso, basta encontrar a ilustração
que deseja nas pastas do seu computador.
113
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
DICAS
O Freepik é um site que tem um vasto acervo de fotos e vetores gratuitos que
podem ser baixados e utilizados em seus trabalhos. Contudo, é preciso que você sempre dê
créditos para os autores das imagens que utilizar. Acesse em: https://br.freepik.com/.
FONTE: O Autor
Depois que você tiver finalizado a sua edição de imagem, bastar salvar
o seu projeto. Para isso, você precisa clicar na aba “arquivo” e escolher a opção
“Salvar como”. Caso queira já exportar o documento para um formato específico,
como em .PDF, .JPG ou .PNG, deve escolher a opção “Export As”. Uma janela se
abrirá e você poderá escolher a extensão desejada, bastando depois selecionar a
pasta do computador em que o arquivo deverá ser guardado.
114
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
E
IMPORTANT
• JPG: é indicado para imagens com transações de cores suaves, brilho e sombra.
• PNG: é indicado quando a imagem tiver transparências.
• PDF: não permite edição e é indicado para quando os arquivos são enviados às gráficas
para impressão.
2.6.2 Inkscape
Assim como o Gimp, o Inkscape é um programa gratuito e livre, de modo
que você pode baixá-lo e usá-lo por quanto tempo quiser, sem nunca ter que pagar
nada por isso. O que diferencia esse programa do outro software que estudamos
é que ele possibilita que sejam feitos desenhos livres ou então adaptar vetores
baixados da internet, pagos ou gratuitos.
Ele utiliza o método vetorial, ou seja, que faz desenhos a partir de pontos
coordenados. As ilustrações podem ser utilizadas em peças de comunicação de
qualquer tipo, como cartões de visita, folhetos, livros, revistas, materiais para
web etc.
115
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
FONTE: O Autor
Da mesma maneira como ocorre com o Gimp, você pode trabalhar com
camadas, o que é recomendado ao desenvolver materiais mais complexos. Para
isso, basta clicar na aba “Camada” e escolher a opção “Adicionar”.
116
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
FONTE: O Autor
Uma das grandes vantagens do Inkscape é que você pode baixar vetores
na internet e personalizá-los, de acordo com o seu gosto ou identidade visual da
empresa para qual está desenvolvendo uma peça, por exemplo.
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/floral-circle-border-blue-fra-
me-600w-1544939429.jpg>. Acesso em: 9 jan. 2020.
117
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
Imagine que você precisa fazer um cartão de Dia da Mulher para dar às
funcionárias da empresa em que você trabalha, em uma ação de endomarketing.
Assim sendo, você baixou esse vetor e agora pretende personalizá-lo no Inkscape.
Para isso, basta clicar na aba “Arquivo” e escolher a opção “Importar”. Agora
o material estará editável para você, que poderá adicionar textos, mudar cores,
inserir outros desenhos etc.
Veja a Figura 25, que traz um exemplo de como esse cartão, a ser dado
para as funcionárias em celebração ao Dia da Mulher, pode ser personalizado.
FONTE: O Autor
118
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
Além desses dois programas gratuitos, existem outros pagos, que têm
funcionamento similar. No entanto, os softwares livres não ficam devendo em
nada para os demais, tendo praticamente todas as funções necessárias para a
criação de peças gráficas.
119
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Amarildo Carnicel
Resumo: O presente texto procura analisar o trabalho feito pelos editores de arte
no sentido de elaborar e solidificar a identidade visual do jornal e da revista.
Pretende mostrar como é possível manter um design gráfico dinâmico, agradável
e moderno sem o comprometimento da personalidade do veículo. Sugere
caminhos para que a identidade seja preservada, sem, contudo, prescindir das
inovações tecnológicas que interferem substancialmente na estética da página
impressa.
O design e o designer
120
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
121
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
122
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
reportagens costumam variar o desenho das letras. [...] Um texto sobre um caso
de amor virá provavelmente com o título em letra cursiva, imitando a caligrafia;
uma reportagem sobre computadores ou viagens espaciais terá o título em letras
digitais. [...] Essa correspondência entre assuntos e formas dá a pista para uma
primeira abordagem da questão". A quebra dessa camisa de força é decorrente de
uma preocupação cada vez mais explícita por parte das empresas jornalísticas:
atingir os diferentes segmentos da sociedade. A publicação, através de seus
diferentes cadernos, deve despertar o interesse em todos os membros da família,
independentemente da idade, do sexo e do grau de instrução.
A maioria dos jornais e revistas do país adota em título, texto, linha fina,
olho e legenda letras com serifa, embora com tipos diferentes, como Times,
Century, News, Bookman, Casablanca etc. Os tipos serifados guiam os olhos do
leitor de uma letra para outra, imprimindo ritmo e facilitando assim a leitura.
Há projetos gráficos que adotam letras com serifa somente no texto, olho e linha
fina, deixando títulos e legendas com letras no formato bold sem serifa, como
Helvética, Univers, Arial, Bahamas, Futura etc. Essa mescla de letras serifadas
e em forma de bastão nas diferentes fontes proporcionam contrastes, que além
de valorizar a estética, imprimem um visual mais dinâmico. A principal função
do contraste é evitar a aplicação de elementos meramente similares em uma
mesma página. Letras da família script (Nuptial, New Berolina, Brush Script,
por exemplo) devem ser evitadas ou adotadas com critério. São letras de difícil
leitura e que surgem como opção em recursos como chapéu, vinheta e capitular,
neste caso, quando usados, apresentam menos risco de comprometimento de
leitura. Mesmo assim convém adotar o uso de fontes que não levem o leitor a
confundir, por exemplo, conforme já mencionado, se uma determinada capitular
corresponde a letra "I" ou "J".
123
UNIDADE 2 — NOÇÕES DE DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO
A harmonia ocorre "quando cada uma das cores tem uma parte de cor
comum a todas as demais”, ou seja, o oposto do fenômeno de contraste. Esses dois
conceitos devem ser sempre considerados pelo editor de arte. Ele terá elaborado
uma página harmoniosa quando adotar em letras, quadros, infográficos,
capitulares etc. cores a partir do tom predominante na fotografia principal da
página. Muitos jornais adotam como norma no projeto gráfico o uso de cores em
tom pastel quando aplicadas em quadros e infográficos, reservando as cores vivas
para as fotografias. Por outro lado, para produzir uma página com contraste, essa
preocupação deixa de nortear a elaboração do projeto gráfico. Cores fortes em
tons diferentes serão empregadas simultaneamente. A opção pelo contraste ou
pela harmonia será regida pelo assunto estampado na página. O tom (ou o peso)
da mensagem pode ser evidenciado pelas cores empregadas.
Para que esse problema seja evitado, é necessário que essas alterações
ocorram de forma gradual e sempre acompanhadas de textos explicativos. O
leitor deve ser comunicado acerca das mudanças, recebendo através de textos
impressos na mesma edição, explicações justificando e embasando essas alterações.
Procedendo desta maneira, o jornal se constituirá em um novo produto, sem,
contudo, descaracterizar a imagem construída ao longo de sua existência e sem
prejudicar, principalmente, sua identidade. É possível redesenhar um jornal ou
uma revista sem comprometer a imagem consolidada do veículo. A imagem deve
ser dinâmica, deve atender aos anseios do leitor. O produto deve acompanhar
124
TÓPICO 2 — ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO GRÁFICO
FONTE: <http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/f9c42d15a94707e9818b3286252dc2c4.PDF>.
Acesso em: 9 jan. 2020.
125
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O planejamento gráfico pode ser definido como o projeto que inclui todos os
elementos que formam e dão características a uma publicação visual.
• O tracking é uma técnica que pode ser utilizada para destacar títulos ou corrigir
imperfeições do alinhamento de um texto justificado.
• Recomenda-se utilizar um espaçamento entre palavras que varie entre 1/3 e 1/2
do quadratim.
126
• As capitulares são as iniciais diferenciadas que dão início aos capítulos ou
seções do texto.
CHAMADA
127
AUTOATIVIDADE
1 Tabak (2014) propõe uma série de considerações que devem ser analisadas
pelo responsável do planejamento gráfico de uma publicação. Considerando
a proposta da autora, analise as afirmativas a seguir e marque qual
representa um real cuidado que é preciso em uma leitura extensa:
128
FONTE: Adaptado de <http://abre.ai/aECw>. Acesso em: 14 jan. 2020.
129
I- A interface do Gimp disponibiliza três janelas básicas, que podem ser
dispostas de acordo com a vontade do usuário.
II- No Gimp, a camada “fundo” sempre é branca, de modo que o programa
não é recomendado para trabalhar com imagens que tenham transparência.
III- Enquanto o Gimp é utilizado para edição de fotos e ilustrações, o Inkscape
utiliza o método vetorial, fazendo desenhos que partem de pontos
coordenados.
IV- Uma desvantagem do Inkscape se deve ao fato de ser muito difícil de
localizar, na internet, vetores gratuitos para serem utilizados.
130
UNIDADE 3 —
NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO
AUDIOVISUAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
131
132
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Desde o surgimento do cinema e da televisão, os vídeos passaram a ser
acessados pelas pessoas com maior facilidade. No entanto, nunca se viu tamanha
quantidade de demanda por profissionais especialistas em produção audiovisual
quanto nos dias de hoje.
Isso ocorre por conta da popularização da internet, que fez com que esse
tipo de conteúdo pudesse ser mais facilmente distribuído. Hoje, qualquer empresa
ou pessoa pode criar o seu próprio canal no YouTube e produzir conteúdo, por
exemplo.
Além disso, as redes sociais, como o Facebook e o Instagram, cada vez mais
abrem espaço para os conteúdos em vídeo, que muitas vezes são os preferidos
dos usuários.
Mesmo que não vá colocar a “mão na massa” para filmar ou editar vídeos,
o coordenador ou responsável pela comunicação de uma empresa precisa ter
noções básicas de produção e programação audiovisual. Dessa maneira, poderá
coordenar o time de especialistas que a companhia contratar e, dessa forma,
conseguir mais resultados positivos para as campanhas.
133
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
No início, não era possível fazer produção audiovisual gravada e tudo era
transmitido ao vivo. Abreu e Silva (2012, p. 4) explicam que:
134
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PRODUTOS LABORATORIAIS EM PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
Para se ter uma ideia, antes do videoteipe, até mesmo as novelas eram
exibidas ao vivo, como se fossem um teatro filmado. Na época, tudo isso era
encantador, mas se compararmos com o que somos acostumados a assistir hoje,
as produções audiovisuais da época teriam uma qualidade baixíssima.
DICAS
135
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
Tendo isso em mente, você está pronto para aprender sobre como
desenvolver um projeto audiovisual. Jesus e Cé propõem um modelo em que são
seguidas três etapas para isso: a pré-produção, a produção e a pós-produção.
136
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PRODUTOS LABORATORIAIS EM PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
2.1 PRÉ-PRODUÇÃO
A etapa da pré-produção é a que fase em que as ideias são colocadas no
papel, para que o projeto audiovisual possa ser executado de forma concreta.
Como mostra a Figura 1, a pré-produção é a etapa em que é desenvolvido o
roteiro, os conceitos, entre outros elementos que foram a ideia do vídeo em si.
137
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/d3/97/05/d397057b8d3c515e3a8722b429cb2261.png>.
Acesso em: 4 fev. 2020.
138
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PRODUTOS LABORATORIAIS EM PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
NOTA
Assista a mais famosa cena do filme Psicose e compare com o storyboard que
apresentamos. Disponível em: https://www.YouTube.com/watch?v=0WtDmbr9xyY.
139
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
Campos também explica que é “[...] ingênuo — seja num livro, num
roteiro ou no que for — alguém pretender compor uma narrativa — dramática ou
a que for — sem mediação de percebedor, intérprete, selecionador e organizador
— isto é, sem narrador” (CAMPOS, 2007, p. 61). Ao desenvolver um roteiro para
storytelling e para todos os gêneros do audiovisual, que estudaremos mais adiante,
portanto, nunca esqueça de dar atenção especial à figura do narrador.
140
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PRODUTOS LABORATORIAIS EM PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
DICAS
Para aprender mais sobre roteiros de vídeos, leia o artigo Roteiro de vídeo:
aprenda como fazer o melhor script da sua vida. Disponível em: https://comunidade.
rockcontent.com/roteiro-de-video/.
Uma vez que a equipe for escolhida, pode-se passar para a próxima etapa
da pré-produção, o planejamento. Nesse momento, é preciso definir como e
quando serão realizadas as atividades, bem como os membros da equipe que
serão responsáveis por elas. Jesus e Cé (2019, p. 51) explicam:
141
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
2.2 PRODUÇÃO
Com os trabalhos de pré-produção finalizados, inicia-se a produção do
projeto audiovisual, que reúne as atividades concretas, com as filmagens. Jesus e
Cé (2019, p. 53) comentam que:
• operadores de câmera;
• operadores de cabo;
• operadores de vídeo;
• diretor de fotografia;
• operador de VT;
• diretor de TV;
• cenógrafos;
• maquiadores;
• cabeleireiros; e
• figurinistas.
142
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PRODUTOS LABORATORIAIS EM PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
DICAS
2.3 PÓS-PRODUÇAO
Depois que tudo estiver filmado e o material bruto estar pronto, é chegado
o momento da produção. Nesta etapa, conforme Jesus e Cé (2019, p. 54) “ocorre
a montagem do material, a edição. Ela requer, às vezes, alguns recursos como:
computação gráfica, efeitos, trilha sonora, dublagem, locução, entre outros”.
• edição de imagens;
• geração de efeitos visuais de computação gráfica (CG);
• edição de som;
• gravações de dublagens;
• mixagem;
• finalização;
• copiagem (JESUS; CÉ, 2019, p. 54).
Também, nesse momento, pode ser incluída uma trilha sonora, como
músicas, cantadas ou instrumentais, que ajudem a dar consistência na imagem.
Grafismos, animações e outros elementos também podem ser utilizados
estrategicamente, para que o vídeo cause a sensação que a empresa deseja no
público.
143
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
NTE
INTERESSA
Grande parte dos vídeos produzidos pelas empresas, hoje em dia, são
publicados no YouTube, a maior plataforma de conteúdo audiovisual do mundo. No
entanto, o site tem regras e políticas quanto aos direitos autorais. Você não pode utilizar
como trilha sonora uma música de cantor ou banda famosa, por exemplo.
144
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PRODUTOS LABORATORIAIS EM PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
Isso quer dizer que, ao escolher um programa para editar vídeos, convém
considerar a forma como são feitos os cortes. Geralmente, se trabalha com uma
timeline, ou linha do tempo, em português, que representa a forma como o
conteúdo audiovisual será mostrado para os espectadores.
FONTE: <https://www.provideocoalition.com/wp-content/uploads/AVENGERStimeline.jpg.webp>.
Acesso em: 5 fev. 2020.
145
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
Pode acontecer de uma câmera gerar uma imagem mais escura do que
outra, por exemplo. Assim sendo, torna-se necessária a adaptação para que o
espectador não perceba alterações na tonalidade da imagem, quando houver a
transição de uma cena para outra.
FONTE: <https://images.iskysoft.com/filmora-video-editor/advanced-color-tuning-white-balance.jpg>.
Acesso em: 7 fev. 2020.
146
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PRODUTOS LABORATORIAIS EM PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
FONTE: <https://static-pt.wondershare.com/images-www/filmora/guide-mac/filmora-mac-au-
dio-equalizer.jpg>. Acesso em: 7 fev. 2020.
147
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
3.1 LIGHTWORKS
O Lightworks é um programa livre, que pode ser baixado por qualquer
pessoa. Para isso, basta acessar o site https://Lightworks.br.uptodown.com/
Windows e fazer o download do software.
148
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PRODUTOS LABORATORIAIS EM PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
FONTE: <http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/blog/aa0f4dcd-3d25-4c50-b919-2fb632d30008_
gerenciador.jpg>. Acesso em: 3 fev. 2020.
FONTE: <http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/blog/01df0d78-81c4-48f4-a1a0-f863335ea57b_
importando.jpg>. Acesso em: 3 fev. 2020.
149
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
FONTE: <http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/blog/8de34031-c71f-4321-9663-95a9dda7c6b2_
exibicao.jpg>. Acesso em: 3 fev. 2020.
Assim que um trecho for selecionado, você deve clicar no botão que tem
o desenho de uma seta para baixo. Uma linha do tempo será criada, para que o
vídeo possa ser executado. É interessante observar que, nessa timeline, os arquivos
de vídeos são precedidos da letra V, enquanto os de áudio pela letra A, conforme
mostra a Figura 11, a seguir. De tal maneira, você poderá organizar melhor a sua
produção.
150
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PRODUTOS LABORATORIAIS EM PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
FONTE: <http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/blog/00023255-49c4-42e4-8b40-180ee9d29210_
timeline.jpg>. Acesso em: 3 fev. 2020.
Depois que o vídeo for finalizado e estiver de acordo com o que você
espera, basta acionar o menu “Export” e escolher o formato do vídeo e o local de
destino, conforme a Figura 12, a seguir. Inclusive, você pode automaticamente
enviar o vídeo para o YouTube.
FONTE: <http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/blog/ccdc2166-f834-4469-b91b-bfa2c528a1ab_
exportar.jpg>. Acesso em: 3 fev. 2020.
151
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
NTE
INTERESSA
FONTE: <https://1.bp.blogspot.com/-oTec6syZyYc/T0LpM7LIJsI/AAAAAAAAABM/qg4FqFSF5Uc/
s1600/Windows-movie-maker-1.jpg>. Acesso em: 3 fev. 2020.
152
TÓPICO 1 — ELABORAÇÃO DE PROJETOS E PRODUTOS LABORATORIAIS EM PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
3.3 FILMORA
O Filmora é outro programa simples para a edição de vídeos. Ele funciona
de forma similar aos demais, que apresentamos aqui, tendo uma linha do tempo
em que as originais são lançadas, para que uma composição visual seja feita.
FONTE: <https://www.cacadordeferramentas.com.br/wp-content/uploads/2018/04/filmora-
capa2.png>. Acesso em: 7 jun. 2020.
153
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
FONTE: <https://static.iphoneitalia.com/wp-content/uploads/2018/10/Schermata-2018-10-16-al-
le-17.55.53-630x354.png>. Acesso em: 3 fev. 2020.
Antes de entrar para esse novo viés em seus estudos, no entanto, leia o
resumo deste tópico e faça os exercícios propostos.
154
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O Lightworks é um software que pode ser utilizado para editar vídeos na pós-
produção.
• Para fazer edições simples em vídeos, pode ser utilizado o Windows Movie
Maker.
155
AUTOATIVIDADE
2 Jesus e Cé (2019, p. 56) comentam que, “nos dias de hoje, em que todos os
processos comunicacionais são muito rápidos e fluídos, o tempo de exibição
se torna um artifício valioso. Devido à dinamicidade da comunicação
atual, leva pouco tempo para um interlocutor perder o interesse em uma
peça”. Isso ajuda a explicar a alta demanda por vídeos curtos, para serem
publicados na hora. Falando na produção de vídeos curtos, que devem ser
editados rapidamente e pelo celular, qual dos softwares a seguir é o mais
indicado?
a) ( ) Lightworks.
b) ( ) Premiere Rush.
c) ( ) Filmora.
d) ( ) Windows Movie Maker.
156
4 Na etapa de pós-produção, é feita a montagem dos vídeos brutos, para que
o conteúdo audiovisual tenha o sentido que se quer dar a ele. Considerando
essa afirmativa, assinale a alternativa que contém somente etapas da pós-
produção:
157
158
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Tudo em nossa vida envolve a estética – que, como você aprenderá mais
adiante, significa a forma como vemos as coisas. Estética, portanto, não é algo que
está limitado apenas à concepção de formas perfeitas de um corpo, por exemplo.
Tampouco está relacionada com a beleza das pessoas, embora a palavra seja
empregada para isso no senso comum.
A estética vai muito mais além, sendo uma função importante para os
estudos das artes em geral, como a literatura, a música, a pintura etc.
Sem a estética, os objetos não seriam como são, não haveria representação
simbólica. É por esse motivo que dominar as questões relacionadas a esse tema é
tão relevante para os profissionais da comunicação.
159
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
160
TÓPICO 2 —
Essa pessoa, por estar inserida no contexto em que a obra se passa, tem um
entendimento maior sobre aquilo que nela está descrito, podendo compreender
alguma gíria ou expressão regional que um personagem diz, por exemplo.
E se alguém que mora na Bahia, por exemplo, um estado que tem uma
cultura completamente diferente do Rio Grande do Sul, for ler esse mesmo livro,
será que essa pessoa terá o mesmo entendimento acerca da obra?
É claro que a percepção será diferente! Algo que era óbvio para o gaúcho,
poderá ser uma novidade para o baiano, por exemplo. Os sentimentos despertados
foram diferentes, ou seja, a função estética se desenvolveu de forma individual.
NOTA
161
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
162
TÓPICO 2 —
O quadro a seguir ilustra como essa teoria se aplica. Confira e tente fazer
associações:
Signo 1 em si mesmo
o
Signo 2o com seu objeto Signo 3o com seu interpretante
1.o quali-signo ícone rema
2. sin-signo
o
índice dicente
3.o legi-signo símbolo argumento
O índice, por sua vez, indica algo. Ao ver uma nuvem carregada no céu,
por exemplo, você suspeita de que logo virá a chuva.
163
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
FONTE: <https://image.freepik.com/fotos-gratis/vista-panoramic-de-sorrindo-duas-meninas-
segurando-cor-de-rosa-amarelo-tulips-buque-em-maos_23-2148080281.jpg>. Acesso em: 7 fev. 2020.
Agora observe outra imagem, que também tem uma flor com um de seus
principais elementos:
164
TÓPICO 2 —
O mesmo elemento, portanto, pode ser utilizado para criar uma grande
teia de significados e isso pode ser visto em produções audiovisuais dos mais
diversos gêneros. É assim que a função estética se aplica na comunicação
audiovisual.
NOTA
Você pode visualizar o comercial usado como exemplo no YouTube, por meio
do link: https://www.YouTube.com/watch?v=emqWlT4GVQk.
165
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
Enquanto o carro anda, o foco muda para uma família caminhando pela
calçada, com uma menina segurando a corda do seu cachorro com uma mão e
um balão na com a outra. O cãozinho tenta fugir e quase é atropelado pelo táxi.
Assustada, a mulher que está no banco de trás do carro grita para que o taxista
pare, enquanto o cartão que ela está lendo voa pela janela, sendo levado pelo
vento.
Antes de partir para a última etapa desta disciplina, no entanto, não deixe
de ler o resumo deste tópico e fazer as autoatividades.
166
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• De acordo com a relação tridiática de Peirce, os signos nada mais são do que
representações de outras coisas.
• A teoria de Peirce ainda gera uma tricotomia na relação entre signo e objeto.
Ela é por: ícone, índice e símbolo.
• Um mesmo elemento pode ser utilizado para criar uma grande teia de
significados e pode ser utilizado em produções audiovisuais de diversos
gêneros.
167
AUTOATIVIDADE
168
4 Lançado em 2017, o clipe da música Vai Malandra, da cantora Anitta,
causou polêmicas. Gravado na comunidade do Vidigal, no Rio de Janeiro,
a ideia do vídeo, segundo a equipe da cantora, é mostrar como Anitta vivia
antes da fama. No entanto, o material sofreu críticas de parte do público,
alegando uma “glamourização” da favela. Observe a imagem a seguir e, se
possível, assista ao vídeo. Disponível no endereço: https://www.YouTube.
com/watch?v=kDhptBT_-VI.
FONTE: <https://cdn.culturagenial.com/imagens/20171218132242mrlmdj1qmd-cke.jpg>.
Acesso em: 8 fev. 2020.
169
170
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
GÊNEROS DO AUDIOVISUAL
1 INTRODUÇÃO
No decorrer dos estudos desta unidade, você já aprendeu que os conteúdos
no formato de audiovisual têm um impacto importante na comunicação das
empresas com os seus mais variados públicos e personas.
• o ficcional;
• o jornalístico;
• o documentário;
• o experimental;
• o curta-metragem;
• o publicitário.
É sobre isso que se trata este tópico! Você aprenderá detalhes sobre cada
um dos principais gêneros do audiovisual. Assim, poderá ter sucesso quando
precisar desenvolver esse tipo de projeto, em sua trajetória profissional.
171
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
2 FICCIONAL
Um dos gêneros do audiovisual mais populares é o ficcional. É essa a
classificação que engloba a dramaturgia, ou seja, os textos representados. De tal
maneira, quando você assiste a um filme no cinema, a uma novela na televisão
ou a uma série em um aplicativo de streaming, está consumindo um produto de
ficção.
Assim, ao ter uma ideia para desenvolver uma história, o criador precisa
escolher uma trama, um fio condutor para ser o foco da produção audiovisual.
A trama, portanto, segundo Campos, (2007, p. 71) “é o fio de estória selecionado
pelo narrador”.
172
TÓPICO 3 — GÊNEROS DO AUDIOVISUAL
FONTE: <https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/wp-content/uploads/2019/10/cropped-
gettyimages-93765017-2.jpg>. Acesso em: 15 fev. 2020.
173
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
São cada vez mais comuns as marcas que produzem conteúdo do gênero
ficcional para envolver os consumidores e trabalhar o seu branding. Exemplo
disso pode ser visto na série Teste do Sofá, protagonizada pela atriz Tatá Werneck
e disponibilizada no YouTube.
DICAS
Para compreender melhor como o gênero ficcional pode ser utilizado pelas
marcas, assista a um ou mais episódios da série Teste do Sofá, produzida pela Mobly.
Disponível em: https://www.YouTube.com/watch?v=vF-_1lBOpTU.
A minissérie foi produzida pela loja de móveis Mobly, que queria ter a
marca mais lembrada pelo público consumidor. Esse case pode ser utilizado como
inspiração para trabalhos futuros que você vier a desenvolver.
3 JORNALÍSTICO
O gênero audiovisual jornalístico surgiu junto à televisão. Isso porque,
assim que essa mídia começou a se popularizar pelo mundo, os jornalistas, que já
produziam conteúdo para o rádio e para os jornais impressos, também passaram
a ser contratados pelas emissoras de TV, para que o veículo pudesse também
informar.
174
TÓPICO 3 — GÊNEROS DO AUDIOVISUAL
Foi, portanto, o Jornal Nacional, que até hoje é o telejornal mais assistido do
país, que popularizou o gênero jornalístico das produções audiovisuais no Brasil.
FONTE: <http://www.aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2019/09/Jornal-Nacional.jpg>.
Acesso em: 15 fev. 2020.
175
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
DICAS
Exemplo disso é visto no Jornal da Record News, exibido pelo canal de TV,
Record News. Após o término do programa na televisão, o âncora apresenta
um bloco extra, na página da emissora no Facebook, trazendo convidados e
interagindo com os seguidores, que podem opinar sobre as notícias do dia.
176
TÓPICO 3 — GÊNEROS DO AUDIOVISUAL
FONTE: <https://www.facebook.com/watch/live/?v=1059750431046506&ref=watch_
permalink>. Acesso em: 15 fev. 2020
FONTE: <https://academiadojornalista.com.br/wp-content/uploads/2017/05/infografico-dicas-
-para-uma-boa-reportagem-academia-do-jornalista-768x449.jpg>. Acesso em: 15 fev. 2020.
177
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
4 DOCUMENTÁRIO
O documentário é um gênero do audiovisual que surgiu na década de
1920, em um movimento liderado pelo cineasta escocês John Grierson. Penafria
(2004) afirma que o primeiro filme desse gênero foi Moana, de 1926, dirigido por
Robert J. Flaherty.
Nichols , por sua vez, argumenta que o gênero documentário deve sempre
ser reconhecido pela representação, existindo três maneiras de isso ocorrer. Em
suas palavras:
178
TÓPICO 3 — GÊNEROS DO AUDIOVISUAL
FONTE: <https://s2.glbimg.com/ZXYujMDFl5TvOQ1vikWA4r_cqMk=/512x320/smart/e.glbimg.com/
og/ed/f/original/2019/12/30/investigacao_criminal_temporada_8.jpg>. Acesso em: 22 fev. 2020.
179
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
5 EXPERIMENTAL
Nogueira (2010, p. 115), ao falar sobre o gênero experimental, explica que
esse estilo de produção audiovisual é difícil de ser claramente definida, uma vez
que “permite acolher uma série de obras extremamente distintas entre si”.
Azevedo (2013), por sua vez, sugere que o cinema experimental pode ser
caracterizado por determinados aspectos, relacionados ao objetivo que a estética
e as narrativas têm de causar impactos no espectador. Em suas palavras, esse
gênero:
180
TÓPICO 3 — GÊNEROS DO AUDIOVISUAL
FONTE: <https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2019/10/04150841/OCC-Fo-
toImprensa_11-960x623.jpg>. Acesso em: 22 fev. 2020.
6 CURTA-METRAGEM
O curta-metragem é um gênero do audiovisual que recebe esse nome
por conta do tempo de duração de um filme. Essa nomenclatura foi dada para
os filmes curtos, por conta da forma como a maioria dos vídeos eram gravados
antigamente, utilizando películas. Nesse sentido, Fernandes (2017, s.p.) explica:
181
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
FONTE: <http://br.web.img3.acsta.net/r_640_360/newsv7/20/01/17/17/46/1355810.jpg>.
Acesso em: 22 fev. 2020.
182
TÓPICO 3 — GÊNEROS DO AUDIOVISUAL
DICAS
7 PUBLICITÁRIO
Os vídeos do tipo publicitário, como o próprio nome sugere, são aqueles
que contém mensagens publicitárias, para que os espectadores se informem sobre
um produto ou serviço e possam ter despertado o interesse de adquiri-lo.
FONTE: <https://cdn.douradosnews.com.br/upload/dn_noticia/2017/02/
58a60498c59b090bad8f9960451fe9ae9c51388534739.jpg>. Acesso em: 27 fev. 2020.
183
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
DICAS
184
TÓPICO 3 — GÊNEROS DO AUDIOVISUAL
FONTE: <https://geekpublicitario.com.br/wp-content/uploads/2019/05/capa-sonia-abrao.jpg>.
Acesso em: 27 fev. 2020.
185
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
NOTA
Para assistir ao vídeo que citamos como exemplo de branded content, acesse:
https://www.YouTube.com/watch?v=qp_LFVCt15M.
8 INSTITUCIONAL
O vídeo institucional é aquele que conta a história da empresa, fala sobre
a sua infraestrutura, mostra como os processos produtivos são realizados, traz
depoimentos de sócios ou diretores etc. Nele também podem ser mostradas
informações sobre a cultura da empresa, sua missão, sua visão e os seus valores.
Como você pode perceber, nesse esquema proposto por Jesus e Cé (2019),
não existem muitas diferenças entre a produção de um vídeo institucional e de
outros conteúdos audiovisuais. O importante é que não sejam esquecidos de
abordar todas as informações que a companhia deseja passar.
186
TÓPICO 3 — GÊNEROS DO AUDIOVISUAL
NOTA
DICAS
Para saber mais sobre vídeos institucionais, leia o artigo Vídeo institucional: o
que é, como criar e 12 exemplos criativos. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/
video-institucional/.
187
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
LEITURA COMPLEMENTAR
188
TÓPICO 3 — GÊNEROS DO AUDIOVISUAL
189
UNIDADE 3 — NOÇÕES DE PROGRAMAÇÃO AUDIOVISUAL
Podcasts e videocasts podem ser vistos como uma boa forma de abordagem,
trata-se de uma mídia que transmite informações como um programa de rádio.
Serve para tratar de uma notícia de forma descontraída. Quando transmitidos
ao vivo permitem interação do público receptor que pode mandar opiniões e
comentários sobre o assunto que está sendo discutido (VIDAL, 2013).
190
TÓPICO 3 — GÊNEROS DO AUDIOVISUAL
Considerações
FONTE: <http://omicult.org/emicult/anais/wp-content/uploads/2018/06/O-AUDIOVISUAL-CO-
MO-ESTRAT%C3%89GIA-DE-COMUNICA%C3%87%C3%83O-EM-M%C3%9ALTIPLAS-TELAS.pdf>.
Acesso em: 29 maio 2020.
191
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O gênero experimental se destaca por ter uma estética e narrativa que causam
impactos no espectador.
192
• Os vídeos publicitários podem ser em forma de depoimentos, trazendo
pessoas que são consumidoras de um produto, para impactar outros potenciais
consumidores.
CHAMADA
193
AUTOATIVIDADE
194
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) A afirmativa I é a única correta.
b) ( ) As afirmativas II e I estão incorretas.
c) ( ) A afirmativa II é a única incorreta.
d) ( ) As afirmativas II e III estão corretas.
195
196
REFERÊNCIAS
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201