Livro
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Livro
Consumidor
Prof.a Luciana Ronchi
Prof. Tulio Kléber Vicenzi
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof.a Luciana Ronchi
Prof. Tulio Kléber Vicenzi
338.02
R769c Ronchi, Luciana
218 p. : il.
ISBN 978-85-515-0140-5
1.Produtos e Serviços.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Apresentação
Caro acadêmico, entender o comportamento do consumidor é
importante para que as organizações consigam alcançar seus objetivos e
se diferenciem em um mercado cada vez mais competitivo. No entanto, as
organizações precisam entender que somente ter dados demográficos sobre
os seus clientes (idade, gênero etc.) não é mais suficiente. As organizações
precisam compreender em profundidade os consumidores. Quando falamos
em profundidade, queremos dizer que é importante conhecermos aspectos
da personalidade, estilo de vida, traços emocionais e também os papéis que
exercem no processo de compra, entre tantos outros aspectos. Não é uma
tarefa fácil, pois para que as organizações consigam traçar estes perfis,
diversas áreas do conhecimento são envolvidas, como economia, psicologia,
sociologia e antropologia.
É fato que ouvir o cliente e entendê-lo faz com que as ações das
organizações sejam mais assertivas, poupando assim recursos e fazendo com
que as mesmas sejam mais eficazes e rápidas em suas tomadas de decisão.
Neste livro didático você encontrará um panorama geral sobre o estudo do
comportamento do consumidor, tanto final quando organizacional, que dará
subsídios para que você consiga refletir e entender melhor o assunto.
Bons estudos!
IV
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR.............................. 1
VIII
2 PERCEPÇÃO........................................................................................................................................... 147
2.1 EXPOSIÇÃO, ATENÇÃO E INTERPRETAÇÃO.......................................................................... 152
3 APRENDIZAGEM E MEMÓRIA ...................................................................................................... 157
4 MOTIVAÇÃO......................................................................................................................................... 162
5 ATITUDES E PERSUASÃO................................................................................................................. 165
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 167
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 168
IX
X
UNIDADE 1
O ESTUDO DO COMPORTAMENTO
DO CONSUMIDOR
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Caro acadêmico! Esta unidade de estudos encontra-se dividida em três
tópicos de conteúdos. Ao longo de cada um deles, você encontrará sugestões
e dicas que visam potencializar os temas abordados, e ao final de cada um
deles estão disponíveis resumos e autoatividades que visam fixar os temas
estudados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
ENTENDENDO O COMPORTAMENTO
DO CONSUMIDOR
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, estamos iniciando mais um livro didático e nele
investigaremos o comportamento do consumidor. Nesta primeira unidade
nos familiarizaremos com o comportamento do consumidor. Todos nós somos
consumidores, assim nos parece fácil definir comportamento do consumidor, no
entanto, estudar pessoas é uma tarefa complexa. Apesar do interesse pelo estudo
do consumidor não ser algo novo, a disciplina que estuda o comportamento do
consumidor é recente. A disciplina do marketing que trata do comportamento do
consumidor é dinâmica e busca contribuições de diversas áreas do conhecimento,
como na economia, na psicologia, na sociologia e na antropologia. Assim, neste
primeiro tópico, iniciaremos nossos estudos abordando e debatendo alguns
conceitos importantes para fundamentarmos os próximos tópicos, e também
destacaremos a importância do estudo do comportamento do consumidor para
as organizações.
3
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
4
TÓPICO 1 | ENTENDENDO O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
5
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
TUROS
ESTUDOS FU
6
TÓPICO 1 | ENTENDENDO O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Opção Descrição
Encontrar um novo uso Muitos consumidores gostam de dar novos usos
a bens antigos, por exemplo, uma calça jeans vira
um short, ou até mesmo uma bolsa.
Livrar-se do bem Algumas formas de livrar-se temporariamente é
temporariamente emprestando ou alugando um bem.
Livrar-se definitivamente Jogar fora, trocar ou doar fazem parte deste item.
FONTE: Adaptado de Hoyer e Macinnis (2011)
NOTA
7
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
DICAS
8
TÓPICO 1 | ENTENDENDO O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
9
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
NOTA
10
TÓPICO 1 | ENTENDENDO O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
4 O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E A
ORIENTAÇÃO PARA O CLIENTE
Como identificamos na seção anterior, é a partir do estudo do
comportamento do consumidor que as empresas terão subsídios para oferecer
respostas às necessidades dos clientes.
E
IMPORTANT
5.1 QUESTIONÁRIO
Provavelmente você já deve ter respondido a um questionário, ele é uma
das ferramentas de pesquisa mais utilizadas. Sheth, Mittal e Newman (2001)
explicam que esse método é utilizado para explicar crenças, opiniões, atitudes e
percepções dos consumidores. Segundo Hoyer e Macinnis (2011), funciona com
respostas abertas que o respondente precisa preencher, ou com escalas de notas
ou seleção de itens. Veja no quadro a seguir alguns tipos e exemplos:
13
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
14
TÓPICO 1 | ENTENDENDO O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
PERGUNTAS ABERTAS
Completamente Uma pergunta a Qual sua opinião sobre a American
não que os entrevistados Airlines?
estruturada podem responder de
diversas maneiras.
Associação de São apresentadas Qual a primeira palavra que lhe vem à
palavras várias palavras, mente quando ouve:
uma de cada vez, Companhia aérea___________________
e os entrevistados American Airlines____________________
mencionam a Viagem____________________________
primeira palavra
que lhes vem à
mente.
Complemento É apresentada uma Quando escolho uma companhia aérea,
da frase frase incompleta e o que mais pesa na minha decisão
o entrevistado tem é_______________________.
que complementá-la.
Complemento É apresentada uma “Voei pela American há alguns dias.
da história história incompleta e Notei que as partes externas e internas da
o entrevistado deve aeronave ostentavam cores muito vivas,
completá-la. isso suscitou os seguintes pensamentos e
sentimentos em mim...” (Agora complete
a história).
Complemento É apresentada uma
Aqui está o
de figura figura com dois livro.
personagens, um
deles está afirmando
algo. Pede-se aos
entrevistados que se
imaginem no lugar
do interlocutor e
completem o balão
vazio.
15
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Teste de É apresentada
percepção uma figura e os
temática entrevistados têm
que inventar uma
história sobre o
que pensam estar
acontecendo, ou
acontecerá, na
figura.
FONTE: Adaptado de Kotler e Keller (2006)
16
TÓPICO 1 | ENTENDENDO O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
NOTA
5.3 ENTREVISTAS
É uma outra forma de contato direto com o consumidor. Hoyer e Macinnis
(2011) avaliam que a entrevista oferece dados mais aprofundados a respeito do
comportamento do consumidor. Giglio (2010, p. 25) sugere, antes de qualquer
outro método, a entrevista pessoal aberta. “Essa entrevista consiste em um
encontro entre o profissional e a pessoa – de preferência com horário marcado,
com duração média de 30 a 40 minutos – sem questionário prévio, apenas o tema
do diálogo”. O objetivo é deixar a pessoa falar a respeito do tema, só interferindo
quando se perder o foco ou quando algo não for compreendido.
17
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
5.5 EXPERIMENTO
Com o experimento, os pesquisadores conseguirão saber o que o
consumidor faz e não o que diz que faz (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001).
Isso se dá porque, no experimento, o pesquisador colocará os entrevistados em
uma situação em que não estão acostumados, para observá-los. Um bom exemplo
de experimento é quando uma empresa decide lançar um novo produto e, ao
invés de lançar o produto em nível nacional, escolhe algumas cidades e observa
a resposta dos consumidores. Fica claro que esse método ajuda a empresa a ser
mais assertiva, servindo para que se verifique a eficácia do mix de marketing
no mercado real. Hoyer e Macinnis (2011) também lembram que experimentos
podem ser feitos em laboratórios.
18
TÓPICO 1 | ENTENDENDO O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
DICAS
DICAS
5.7 NEUROCIÊNCIA
Como vimos nas ferramentas de pesquisas que já listamos, o grande dilema
é que às vezes questionamos o consumidor, então baseamos nossos estudos
em suas declarações, o que muitas vezes não corresponde à verdade, mesmo o
consumidor acreditando que o que ele falou seja verdade. A neurociência busca
entender o comportamento do consumidor por meio da análise da atividade
cerebral, usando imagens de ressonância magnética (HOYER; MACINNIS,
2011). Lindstrom (2016, p. 14) descreve a neurociência como “[...] um instrumento
usado para nos ajudar a decodificar o que nós, consumidores, já estamos pensando
ao sermos confrontados por um produto ou marca [...]”.
19
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
20
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
21
AUTOATIVIDADE
22
UNIDADE 1
TÓPICO 2
ENTENDENDO OS CONSUMIDORES
1 INTRODUÇÃO
Manter clientes satisfeitos, atendendo as suas necessidades e desejos,
é o propósito das organizações. Agora que já vimos, no Tópico 1, o que é
comportamento do consumidor, qual a sua importância para as organizações
e como fazemos para entender esse comportamento, vamos definir o que são
consumidores. Você já percebeu que os usuários dos bens ou serviços não são os
únicos afetados pela decisão de compra? Já percebeu que, muitas vezes, a pessoa
que usa um produto não é a mesma que comprou? Então, se o comportamento
do consumidor trata da seleção, compra, uso e descarte de bens e serviços, quem
é o consumidor no caso da compra de um presente, por exemplo? Para qualquer
transação de compra o consumidor pode assumir diferentes papéis, conforme
a situação. Neste tópico abordaremos os diferentes papéis do consumidor e a
importância de entendermos estes papéis e suas implicações para as decisões que
as organizações precisam tomar. Vamos lá?
2 TIPOS DE CONSUMIDORES
O comportamento do consumidor envolve o entendimento de um
conjunto de decisões que um indivíduo, um grupo ou até mesmo uma
organização tomam sobre: selecionar, comprar, usar e descartar bens, serviços,
ideias, experiências e até mesmo o tempo, para satisfazer as suas necessidades
e desejos. Então, consumidores podem ser pessoas, grupos ou organizações,
certo? Vamos entender um pouco mais a respeito.
23
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
24
TÓPICO 2 | ENTENDENDO OS CONSUMIDORES
Especificação do produto
Procura de fornecedores
Selecionar
Solicitação de propostas
Seleção do fornecedor
Especificação do pedido de rotina Comprar
Revisão do desempenho Usar e descartar
FONTE: Adaptado de Kotler e Keller (2006)
Outro fato importante apontado por Solomon (2011) é que o volume das
transações B2B é superior ao volume comprado por consumidores finais. Dessa
forma, conseguimos observar a importância de estudarmos também como estes
consumidores se comportam.
25
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
26
TÓPICO 2 | ENTENDENDO OS CONSUMIDORES
27
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
28
TÓPICO 2 | ENTENDENDO OS CONSUMIDORES
Por último, temos o papel do usuário, que realmente é quem vai utilizar
o bem ou serviço adquirido, podendo ser uma pessoa ou até mesmo um grupo.
DICAS
29
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
TUROS
ESTUDOS FU
30
TÓPICO 2 | ENTENDENDO OS CONSUMIDORES
Motivo Descrição
Falta de habilidade Em alguns casos o usuário não tem o conhecimento
necessário para fazer a escolha. Nesta situação, o usuário
irá solicitar para outra pessoa que compre o bem ou
serviço, que será o comprador. Nessa situação encontram-
se os pacientes que não têm conhecimento e dependem
dos médicos para receitar o remédio. Já em mercados
organizacionais, ocorre quando uma empresa precisa
contratar um consultor para aconselhar a compra de algum
maquinário específico, pois não tem os conhecimentos
necessários para tal.
Falta de tempo Em algumas situações o usuário pode não ter tempo
disponível e delegar a tarefa de compra para outra pessoa.
Um exemplo desse tipo de situação são os executivos que
deixam a cargo dos seus assessores a compra de passagens
aéreas, hotéis, entre outros bens e serviços. Até mesmo uma
mãe que delega ao filho a compra de determinados itens
domésticos por falta de tempo.
Falta de poder de Nesta situação os usuários são obrigados a delegar a outra
compra pessoa a tarefa de comprar, pois não têm poder de compra.
Nesse caso os consumidores buscam parcerias para
comprar em maior quantidade e assim conseguirem um
melhor preço, dessa forma criam-se “clubes de compras”
responsáveis por fazerem essa compra em escala maior e
conseguirem um melhor preço.
31
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
NOTA
32
TÓPICO 2 | ENTENDENDO OS CONSUMIDORES
33
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
4 SEGMENTANDO O MERCADO
Todos nós escovamos os dentes todos os dias, nem por isso somos iguais e
compramos o mesmo creme dental ou escovas de dente, somos também diferentes
na frequência de compra e no local que escolhemos para comprar esses produtos.
Consumidores de creme dental têm estilos de vida diferentes, diferentes rendas,
diferentes idades, entre outras características. Engel, Blackwell e Miniard (2000,
p. 15) apontam que “os mercados grandes e homogêneos estão cada vez mais
divididos em segmentos cada vez menores, identificados pelas necessidades e
expectativas diferentes do comprador”. Fica quase impossível para uma empresa
atender a todos os clientes. Assim, precisamos identificar os fatores que afetam a
decisão de compra e então agrupar os consumidores a partir desses fatores.
34
TÓPICO 2 | ENTENDENDO OS CONSUMIDORES
NOTA
36
TÓPICO 2 | ENTENDENDO OS CONSUMIDORES
NOTA
DICAS
37
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
DICAS
38
TÓPICO 2 | ENTENDENDO OS CONSUMIDORES
39
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Sentimento Pensamento
Percepção Sensação
(sensorial)
Introversão
FONTE: Adaptado de Giglio (2010)
40
TÓPICO 2 | ENTENDENDO OS CONSUMIDORES
Giglio (2010, p. 84) explica que “cada pessoa estará sendo categorizada
conforme sua posição no quadro de opostos. Assim, uma mulher consumidora
típica de academia talvez fosse Extroversão, Sentimento, Sensorial e Percepção”.
Segmentação Segmentação
Segmentação por uso
demográfica psicográfica
42
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
• Todas as organizações que compram bens e serviços que serão utilizados para
produzir seus bens e serviços, que em seguida serão vendidos, fazem parte do
mercado organizacional.
43
AUTOATIVIDADE
44
UNIDADE 1
TÓPICO 3
TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR
1 INTRODUÇÃO
Estudar o comportamento do consumidor é desafiador, pois é algo que
muda rápida e constantemente, mas também porque envolve muitas áreas do
conhecimento, como a Sociologia, a Psicologia, a Antropologia, a Economia,
entre outras. Com consumidores cada vez mais exigentes, as empresas precisam
levar em conta a necessidade destes, e cada vez mais tentar entender o seu
comportamento para, assim, conseguir entregar o que necessitam e desejam.
45
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
DICAS
Assista ao vídeo “Definição, Conceito, Teoria – É isso?”, para que você possa
entender melhor o que é uma teoria. Acesse <https://youtu.be/SUYu_7SsjY0>.
46
TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Assim, Giglio (2010) observa que existem três eixos nos quais as teorias se
apoiam para serem construídas. No primeiro nível estão as orientações básicas do
comportamento. No segundo nível as experiências, os fatos da vida que originam
os comportamentos do consumidor. Já o terceiro nível é a decisão do princípio
teórico explicativo. Na figura a seguir conseguimos observar estes três níveis de
forma mais clara.
As experiências:
- do corpo;
- das ideias;
- das emoções;
- das atitudes;
- das relações com os outros;
- com os objetos;
- com o tempo.
Noção de ser humano:
Os princípios
- Racional;
existenciais:
- Emocional;
- Princípio do prazer;
- Comportamental;
- Princípio da ordenação;
- Situacional;
- Princípio da superação.
- Social.
Base da
teoria
50
TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
NOTA
51
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
NOTA
Giglio (2010) sugere que esta teoria ajuda as empresas a criarem modelos
de uma boa decisão de compra, posse e consumo de bens e serviços. O autor
acrescenta que estes modelos são importantes, pois muitas vezes as escolhas
dos consumidores não seguem uma metodologia, como no caso de escolher um
médico pela proximidade de sua casa, não considerando outros itens que podem
ser mais relevantes, como a experiência, por exemplo. Observe a seguir o quadro
em que o autor também apresenta um modelo de decisão:
52
TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Giglio (2010) comenta que o problema da teoria do risco e decisão é que nem
todas as análises podem ser feitas com base em componentes objetivos (números,
probabilidades), existem também os componentes subjetivos (disposição ao risco,
ao novo). Assim, um mesmo bem poderá ser avaliado de diferentes formas por
pessoas diferentes.
53
UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Id Superego Ego
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TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
FIGURA 8 – ESTÍMULOS
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UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
NOTA
Giglio (2010) explica que o hábito está relacionado à fidelidade, isto é, à opção
do consumidor por comprar o mesmo produto e a mesma marca.
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TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
distintas nas suas relações com o seu corpo, suas ideias, seus afetos e valores, seus
objetos e seu mundo físico e seu mundo social” (GIGLIO, 2010 p. 54). Podemos
entender que o ser humano é “construído” a partir de sua vivência e a relação
com o mundo. O existencialismo preocupa-se em conhecer o indivíduo na sua
essência.
Giglio (2010, p. 56) conclui que o “existencialismo afirma que o ser humano é
único na existência, mesmo que por recursos metodológicos possamos representá-
lo dentro de tendência de grupos”. Keen (1979 apud GIGLIO, 2010) aponta os
horizontes básicos sobre os quais o existencialismo explica o comportamento
humano. São sete horizontes básicos: horizonte da transcendência, horizonte do
corpo, horizonte do espaço, horizonte do tempo, horizonte do outro, horizonte
simbólico, e a busca por ordenação de ideias. Na figura a seguir podemos
observá-los de forma sintética.
64
TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Horizonte da transcendência
Sabemos onde estamos e onde gostaríamos de estar.
Capacidade de vivenciar um estado condicional, um "como se", assumindo
temporariamente outras formas de existir.
Horizonte do corpo
Querer ter ou aparentar ter um corpo diferente.
Não é a negação do corpo, mas a vontade de melhorá-lo, de transcender seus
limites, seja na força, na velocidade, na beleza ou na permanência da juventude.
Horizonte do espaço
Os planos de ter uma vida e outro corpo associam-se aos planos de um
espaço diferente.
Horizonte do tempo
O tempo está intimamente ligado às expectativas das pessoas, por exemplo,
quando criamos planos para as nossas férias.
Horizonte do outro
Relações que estabelecemos com outras pessoas, próximas ou não.
Horizonte do simbólico
Capacidade do ser humano de criar sinais e símbolos que comunicam mensagens,
orientam as pessoas, classificam pessoas e grupos, incluem e excluem pessoas
de grupos.
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UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
LEITURA COMPLEMENTAR
Consumo viciante
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UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Consumo compulsivo
Consumidores consumidos
Atividades ilegais
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TÓPICO 3 | TEORIAS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
• Noventa e nove por cento das pessoas dizem mentir regularmente. Uma em
cada três mente sobre seu peso, uma em cada dez mente sobre a sua renda e
21% mentem sobre a sua idade.
• Mais de três em cada cinco pessoas afirmam ter conseguido mérito por algo
que não fizeram.
A maioria dos furtos em lojas não é realizada por ladrões profissionais nem
por pessoas que realmente precisam dos itens roubados. Cerca de dois milhões
de norte-americanos são acusados de furtos em estabelecimentos comerciais a
cada ano, mas estima-se que, para cada prisão, haja 18 incidentes não relatados.
Aproximadamente três quartos das pessoas que são pegas furtando pertencem à
classe média ou alta e roubam pela emoção do ato ou por carência afetiva. O furto
em lojas também é comum entre os adolescentes. Pesquisas indicam que o furto
entre os adolescentes é influenciado por fatores como a amizade com pessoas
que também furtam. A prática também tem mais probabilidade de ocorrer se o
adolescente não acredita que tal comportamento é moralmente condenável.
Uma outra fraude é dos compradores que abusam das políticas de troca
e devolução das lojas. Algumas lojas estão desenvolvendo software para mapear
itens devolvidos. Estas lojas estão tentando deter os indivíduos que compram
uma roupa, usam-na uma vez e devolvem; os clientes que mudam as etiquetas de
preço nos itens e depois devolvem um item pela quantia mais alta. Analistas de
varejo calculam que aproximadamente 9% de todas as devoluções sejam fraude.
Anticonsumo
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UNIDADE 1 | O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
72
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
73
• O princípio do existencialismo é ir ao encontro dos fatos e não só aplicar a
teoria sobre o fato. São sete horizontes que regem o existencialismo: horizonte
da transcendência, horizonte do corpo, horizonte do tempo, horizonte do
espaço, horizonte do outro, horizonte simbólico, e a busca por coordenação de
ideias.
• O existencialismo trabalha com planos e não com o passado, desta forma pode
ser muito importante para as organizações buscarem novos bens e serviços.
74
AUTOATIVIDADE
( ) Trabalha com a noção de estímulos, sendo que estes podem ser aliciadores
do comportamento ou condicionadores do comportamento.
( ) Uma de suas teorias é a teoria da avaliação de risco e decisão, que considera
que a decisão de compra estaria na análise de risco realizada pelo sujeito.
( ) A base desta teoria é que os consumidores se adaptam a certos
comportamentos de consumo com o objetivo de se integrar no seu grupo
social, ou de parecer-se com os indivíduos do seu grupo de referência e
diferenciar-se de outros.
( ) Esta teoria baseia-se nos planos (futuro) e não no que já aconteceu, por isso
é importante para o marketing e para as organizações que precisam sempre
estar em busca do novo.
( ) O fundamento destas teorias é que o comportamento pode ser entendido
no jogo das emoções e dos afetos que fluem nos sujeitos, deixando o
racional em segundo plano. Duas principais teorias são: a teoria de
Freud e a questão do inconsciente no consumo, e a teoria de Maslow e as
necessidades básicas.
75
76
UNIDADE 2
ESTÁGIOS DO PROCESSO DE
DECISÃO DE COMPRA NO
MERCADO DE BENS DE CONSUMO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Caro acadêmico! Esta unidade de estudos encontra-se dividida em três tó-
picos de conteúdos. Ao longo de cada um deles, você encontrará sugestões
e dicas que visam potencializar os temas abordados, e ao final de cada um
deles estão disponíveis resumos e autoatividades que visam fixar os temas
estudados.
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78
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
As empresas, por necessidade de sobrevivência, são obrigadas a produzir
e vender os seus produtos. Em um passado não muito distante, um exemplo
muito comum que ocorria no Brasil era a falta de competitividade e tecnologia,
e quem tinha o prejuízo final era o consumidor. Não havia opção de escolha,
faltava qualidade, tecnologia, e na maioria das vezes o consumidor comprava o
produto ou serviço que não era de sua satisfação.
79
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
Pessoais
Psicológicos
Sociais
Culturais Idade e estágio de
vida Motivação
Grupos de
Cultura Ocupação Percepção Comprador
referências
Subcultura Situação financeira Aprendizagem
Família
Classe Social Estilo de vida Crenças e
Papéis e Status
Personalidade Atitudes
80
TÓPICO 1 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE COMPRA
a) Fatores Culturais
• Classe alta: formada por 2% da população em geral, possui uma renda alta ou
com uma riqueza através de suas habilidades, possui casas, veículos com valores
altos e costuma participar de eventos sociais.
• Classe média alta: formada por 12% da população, geralmente são profissionais
liberais, homens de negócios independentes ou gestores de grandes corporações.
Não possui status de uma família tradicional. Essas pessoas geralmente acreditam
Instrução na educação e querem as melhores coisas da vida.
81
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
b) Fatores Sociais
c) Fatores Pessoais
83
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
d) Fatores psicológicos
Necessidades de
autorrealização
Necessidades
de estima
Necessidades sociais
Necessidades de segurança
Necessidades fisiológicas
84
TÓPICO 1 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE COMPRA
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UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
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TÓPICO 1 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE COMPRA
87
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
88
TÓPICO 1 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE COMPRA
89
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
de consumo, sejam elas afetiva, emotiva, ideativa, ou seja, como exemplo, pode-se
dizer que apenas a busca por um copo de água, em um determinado local, é uma
forma de garantir que o consumidor atinja suas expectativas de necessidade para
aquele momento. Os profissionais de marketing devem estar preparados para, ao
mesmo tempo, identificar as tendências nas expectativas dos consumidores e usá-
las a favor das suas necessidades e desejos.
A busca das alternativas através da variedade: não está sendo uma tarefa
simples para o consumidor nestes tempos de uma ampla gama de produtos que
estão disponíveis no mercado, sejam eles em lojas físicas ou na infinidade de
sites que vendem o mesmo produto por um preço melhor. O consumidor deve
observar os benefícios que o produto poderá apresentar para a sua satisfação e
as expectativas que podem fazer com que sua escolha seja a melhor possível.
Giglio (2010) diz que o ser humano segue tendências e comportamentos, e
identificando essas premissas, fica fácil identificar o que o cliente deseja. Leva-se
como exemplo a compra de um veículo: Quais são os benefícios que ele trará ao
consumidor? Quais as ações que podem fazer o cliente escolher uma loja? Qual
caminho o consumidor faz? Como ele aprendeu este caminho? Essas perguntas
não são difíceis de responder, basta aprender a conhecer o comportamento do
consumidor.
90
TÓPICO 1 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE COMPRA
NOTA
91
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
consideração um exemplo: quando uma pessoa compra uma televisão, ela não
apenas observa o preço, apesar de ser um importante fator de compra, mas uma
tomada de decisão errada poderá provocar um mal-estar ou até uma reclamação
com a loja onde o consumidor realizou a compra, no entanto foi esse consumidor
que tomou a decisão errada, pelo motivo de não observar os dados técnicos.
92
TÓPICO 1 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE COMPRA
Determinantes Determinantes
interpessoais: pessoais:
- Influências - Necessidades
Culturais; e Motivações;
- Influências - Percepção;
Sociais; - Atitudes;
- Influências - Aprendizagem;
Familiares - Autoconceito
Feedback
93
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
clientes, amigos, parentes que já passaram por essa situação. O meio mais prático
da busca de informação é pela internet, em que existem vários blogs e sites que
possuem muitos comentários referentes àquilo que se está procurando.
94
TÓPICO 1 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE COMPRA
coletadas por esse consumidor. Vale lembrar que os comportamentos das pessoas
são levados pelo marketing como tendências, e é importante para o gestor identificar
essas mudanças para tomadas de decisões necessárias e, consequentemente,
alterar a forma de gerenciar uma loja ou prestação de serviço.
NOTA
95
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
96
TÓPICO 1 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE COMPRA
NOTA
97
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
LEITURA COMPLEMENTAR
Seja qual for sua posição a respeito dessa afirmação, é inegável que o
Brasil está cada vez mais conectado e que isso constitui uma grande oportunidade
de divulgação de negócios e conquista de antigos e novos clientes. Em uma
recente pesquisa divulgada por uma das gigantes das empresas de consultoria, a
PricewaterhouseCoopers (PwC), constatou-se que 77% dos brasileiros tiveram suas
recentes decisões de compra influenciadas diretamente pelas redes sociais, e esse
dado é tão impressionante quanto importante para podermos nos posicionar bem
e aproveitarmos essa grande tendência do mercado nacional.
A Pesquisa
FONTE: BEZERRA, Pablo. A influência das redes sociais na decisão de compra dos brasileiros.
2015. Disponível em: <http://www.digai.com.br/2015/02/influencia-das-redes-sociais-na-
decisao-de-compra-dos-brasileiros/>. Acesso em: 25 jun. 2017.
99
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
100
AUTOATIVIDADE
101
102
UNIDADE 2 TÓPICO 2
ESTRATÉGIAS DE VENDAS COM BASE NO
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
1 INTRODUÇÃO
Em um mundo globalizado e com tendência de a concorrência crescer
e ficar mais forte, as organizações precisam entender o consumidor. No tópico
anterior foram apresentados os estágios e etapas do processo de decisão dos
consumidores, porém, como foi percebido, as influências externas estão presentes
quando o cliente fará uma compra. A cultura das pessoas também influencia nas
decisões de compras, sejam elas por necessidades ou desejos, mas que faz uma
grande diferença quando as empresas buscam estratégias para poder vender.
103
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
A venda direta pessoal traz muitas vantagens para a organização, seja ela
por telefone, pessoalmente ou via internet. Ribeiro (2015) apresenta as vantagens
da venda direta:
104
TÓPICO 2 | ESTRATÉGIAS DE VENDAS COM BASE NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
105
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
NOTA
Outras considerações
Percepções de valor Internas e Externas
Custo do Produto
por parte do cliente
Estratégias, objetivos e
mix de marketing
Natureza do Mercado
Limite superior de e da demanda Limite inferior de
preço Estratégias de preços preço
dos concorrentes
Não há demanda Não há lucro abaixo
acima deste preço deste preço
106
TÓPICO 2 | ESTRATÉGIAS DE VENDAS COM BASE NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
(3) Preços finais: existe uma grande variedade de como os preços são
percebidos pelos consumidores, ou seja, para alguns é necessário que os preços
sejam quebrados, assim aparentando que o produto é uma pechincha e/ou desconto,
geralmente os preços são finalizados com 9, pode-se perceber que é muito usado
com o valor dos combustíveis e produtos de baixo custo e maior rotatividade.
NOTA
Na próxima visita a uma loja, observe o método usado para a promoção dos
preços psicológicos em relação ao consumidor.
107
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
4 A SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR
As empresas colocam seus esforços para buscar a satisfação dos seus
consumidores para que eles voltem a realizar as compras no estabelecimento, para
isso ocorrer é importante que as organizações busquem estratégias promocionais
que façam a pós-compra do consumidor ser a mais benéfica possível. “A
satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento, quando existe uma
comparação do resultado percebido por um determinado produto em relação às
expectativas do consumidor” (KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p. 268).
Compra do
Produto
Uso ou consumo
do produto
Avaliação pós-
escolha
Satisfação Insatisfação
108
TÓPICO 2 | ESTRATÉGIAS DE VENDAS COM BASE NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
109
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
Qualidade do produto:
Qualidade do serviço:
110
TÓPICO 2 | ESTRATÉGIAS DE VENDAS COM BASE NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
NOTA
111
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
Insatisfação
“Que bom! Temos reclamações do cliente”. Essa frase dita por um gerente
de marketing pode, à primeira vista, parecer incoerente e inconcebível. Uma
reclamação, podemos pensar, é inadmissível! Todavia, sob um outro prisma,
ela revela uma atitude positiva do gerente, que, com mentalidade aberta e sábia,
percebeu o valioso instrumento que uma reclamação pode representar. Segundo
pesquisas, a maioria dos clientes (95%) não reclama, isto é, não protesta nem se
queixa diante de algo que considere injusto ou que viole seu direito, tampouco
requer ressarcimento ou retratação por escrito. A maioria simplesmente deixa de
se relacionar com a empresa. Por meio da reclamação, o gerente pode identificar
em que ponto seu produto ou serviço não está atendendo aos requisitos e
às expectativas do cliente. Ele poderá, então, promover a transformação do
produto ou modificar o serviço para ajustar seus atributos à expectativa dos
consumidores, gerando maior satisfação e, consequentemente, maior fidelização.
O comportamento de reclamação do consumidor é um termo que abrange todas
112
TÓPICO 2 | ESTRATÉGIAS DE VENDAS COM BASE NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
113
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
Estágio Cognitivo
Estágio Afetivo
Atenção Estágio
Comportamental
Interesse e
Desejo
Ação
A maioria das montadoras de veículos usa este modelo de test drive para
atrair mais clientes, e quando o consumidor sente-se satisfeito com o produto, ele
poderá comprar. Essa abordagem não é uma garantia de que o consumidor irá
adquirir o veículo, mas apresenta as opiniões que são fornecidas, e através desse
feedback as empresas buscam novas estratégias que possam melhorar o produto
ou serviço e a possibilidade de alavancar as vendas.
DICAS
Faça uma pesquisa na web sobre anúncios criativos que apresentam inovações
aos consumidores através dos mais diversos canais de comunicação, isso auxiliará a
desenvolver ideias para criar modelos que possam interagir e estimular o interesse dos
consumidores.
115
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
É sabido que muitos consumidores são movidos por seus desejos ao invés
das necessidades, e geralmente sendo seduzidos com promoções mercadológicas
por produtos que muitas vezes nem precisam, comprando determinado produto
apenas pela mania de comprar e satisfazer a sua ansiedade, mesmo que depois
tenha arrependimento. É comum para muitos consumidores realizarem suas
compras por impulsos, para satisfazer suas necessidades, mas ainda se sentem
permanentemente insatisfeitos, produzindo desejos incessantes em um consumo
desenfreado, em que tentam reduzir suas tensões mesmo que sejam temporárias
(SAMARA; MORSCH, 2005).
Aventura e
prazer
Ato sagrado
Teatralização
ou profano
116
TÓPICO 2 | ESTRATÉGIAS DE VENDAS COM BASE NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
117
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
Estimulante
Angustiante Excitante
Desagradável Agradável
Melancólico Relaxante
Entediante
118
TÓPICO 2 | ESTRATÉGIAS DE VENDAS COM BASE NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
119
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
NOTA
120
TÓPICO 2 | ESTRATÉGIAS DE VENDAS COM BASE NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Este quadro apresenta uma forma simples do que acontece com os custos
em relação à satisfação do consumidor, quanto mais o produto ou serviço for
funcional, emocional e de benefício ao uso, mais satisfeito o consumidor ficará,
no entanto isso se reflete ao custo do produto. A satisfação do consumidor está
relacionada aos custos monetários, de tempo, da oportunidade e da ansiedade e,
muitas vezes, os gestores não percebem esses valores que o consumidor percebe
na aquisição de um produto ou serviço, assim ele simplesmente procurará outra
oportunidade em uma outra loja da esquina.
121
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
NOTA
122
TÓPICO 2 | ESTRATÉGIAS DE VENDAS COM BASE NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
LEITURA COMPLEMENTAR
Thiago Sarraf
123
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
Para que uma loja, seja ela física ou virtual, provoque a compra por impulso,
é preciso conhecer de forma profunda o comportamento do consumidor e criar
atrativos que atinjam seus interesses. E, o mais importante: incluindo aspectos que
justifiquem racionalmente aquela compra.
124
TÓPICO 2 | ESTRATÉGIAS DE VENDAS COM BASE NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
FONTE: SARRAF, Thiago. Compras por impulso: entenda como acontecem e descubra como
podem ser estimuladas em sua loja. 2014. Disponível em: <https://www.ecommercebrasil.com.
br/eblog/2014/05/21/compras-por-impulso-entenda-como-acontecem-e-descubra-como-
podem-ser-estimuladas-em-sua-loja/>. Acesso em: 16 jul. 2017.
125
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
126
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Treinamento.
b) ( ) Venda personalizada.
c) ( ) Remuneração.
d) ( ) Supervisão.
127
128
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
As empresas que não prestaram atenção no consumidor global perderam
muito com essa mudança de paradigmas. Empresas que não buscaram eficiência
e eficácia no relacionamento com o consumidor, hoje perderam muito a clientela
ou chegaram à falência.
O consumidor de hoje está muito mais crítico no momento em que for fazer
uma aquisição de algum produto ou serviço, principalmente os mais complexos,
com valores altos e que irão usufruir por um longo período, geralmente são
veículos e moradia.
Vale lembrar que ainda existem muitas pessoas que preferem comprar na
loja física, mas o gestor deverá estar preparado para atender a esses dois tipos de
clientes, o virtual e o físico, eis que este último ainda prefere estar na loja, provar,
testar e escolher presencialmente.
129
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
2 O CONSUMIDOR DO FUTURO
Tempos atrás os consumidores se deslocavam até os hipermercados para
encontrar descontos nos produtos que desejavam ou tinham necessidade de
adquirir. Nessas grandes lojas de departamentos, os clientes ganhavam tempo,
dinheiro e liberdade de escolha entre as mais diversas marcas, seja qual fosse
o produto novo que estavam comprando, sempre na busca por promoções e
modernidade dos produtos, principalmente eletrodomésticos (CHETOCHINE,
2006).
Por fim, o consumidor no passado era fiel à marca, desde o carro até o
par de tênis, hoje as pessoas trocam de marca como se fossem trocar de roupa, e
trocam sem culpa, da italiana para a francesa e vice-versa (CHETOCHINE, 2006).
Nos dias atuais os consumidores estão mais à vontade nas suas escolhas,
sejam elas por preço, marca, qualidade, satisfação, entre outros quesitos
particulares de cada pessoa. A tendência do que acontecerá é um problema
constante das grandes corporações, principalmente para o gestor de marketing, e
para isso é necessário entender esse novo consumidor. O fato é que não é muito
fácil identificar as tendências dos consumidores, muitas vezes, as empresas
podem insinuar situações que levem o cliente a adquirir o produto da sua
marca, podendo correr o risco de sacrificar a imagem caso algo dê errado, como
problemas técnicos, má qualidade do produto, atendimento ineficiente, entre
outras situações.
130
TÓPICO 3 | O NOVO CONSUMIDOR GLOBAL
NOTA
131
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
Pode-se perceber que até na comunicação não verbal as culturas são bem
distintas, enquanto que o OK americano é usado para algo positivo, em outros
países pode ser interpretado de maneira não positiva; a mesma coisa acontece
132
TÓPICO 3 | O NOVO CONSUMIDOR GLOBAL
com a saudação, os japoneses não têm o costume de apertar a mão, ou seja, para
eles é quase como se fosse uma ofensa, a não ser que eles próprios tenham a
iniciativa.
133
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
O que ocorre nos Estados Unidos é uma grande mudança de hábitos, pois
existem três grandes subculturas: os afro-americanos, os hispano-americanos e
os ásio-americanos. Estudos indicam que a população hispânica ultrapassará a
população negra, chegando a 42,1 milhões contra 42 milhões de afro-americanos.
NOTA
NOTA
136
TÓPICO 3 | O NOVO CONSUMIDOR GLOBAL
NOTA
Nos dias de hoje o novo consumidor está focado nas compras com base na
autenticidade, no entanto, sempre preocupados com seus desejos e satisfação, não
se deixando levar pelas influências e rótulos já conhecidos nos tópicos anteriores,
principalmente as interpessoais. Esses consumidores buscam a razão passando
por barreiras, seja através de fatores culturais, étnicos, sociais, de idade e até
mesmo de renda, estão constantemente buscando produtos e serviços autênticos,
personalizados e originais (SAMARA; MORSCH, 2005).
Segundo Lewis e Bridges (2004, p. 125), “esse novo consumidor está mais
individualista, envolvido, independente e informado”.
137
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
138
TÓPICO 3 | O NOVO CONSUMIDOR GLOBAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Por outro lado, como nos dizem Samara e Morsch (2005), “culturas
diferentes podem normalmente compartilhar certos interesses”, o futebol é um
exemplo clássico desse compartilhamento de interesses. Os conceitos, os princípios
e as técnicas de estudo do comportamento do consumidor podem ser aplicados
a diversas culturas.
139
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
140
TÓPICO 3 | O NOVO CONSUMIDOR GLOBAL
141
UNIDADE 2 | ESTÁGIOS DO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO
142
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
143
AUTOATIVIDADE
I - Consumidores antigos
II - O novo consumidor
144
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Caro acadêmico! Esta unidade de estudos encontra-se dividida em três tó-
picos de conteúdos. Ao longo de cada um deles, você encontrará sugestões
e dicas que visam potencializar os temas abordados, e ao final de cada um
deles estão disponíveis resumos e autoatividades que visam fixar os temas
estudados.
145
146
UNIDADE 3
TÓPICO 1
FATORES PSICOLÓGICOS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, nesta unidade analisaremos o consumidor como
indivíduo único. Constantemente somos bombardeados por mensagens
publicitárias nos oferecendo algo “imperdível” ou “a última oportunidade”. A
maneira como interpretamos essas mensagens e absorvemos o seu conteúdo
é uma característica individual que influencia o modo como os consumidores
percebem esses vários estímulos do mercado. Quando um consumidor seleciona,
compra, usa e descarta bens, serviços, ideias, experiências e até mesmo o tempo
para satisfazer suas necessidades e desejos, estes não são atos isolados.
2 PERCEPÇÃO
Você já parou para pensar que um mesmo bem ou serviço pode ser
percebido pelos consumidores de formas diferentes? Mas o que é percepção?
147
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
148
TÓPICO 1 | FATORES PSICOLÓGICOS
149
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
DICAS
150
TÓPICO 1 | FATORES PSICOLÓGICOS
Preço de referência
Preço
- é o preço que Referem-se ao viés
151
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
sofisticação, como Nova York, Londres e Paris. Assim, a empresa trocou aquelas
cidades não glamorosas por Paris, Londres, Nova York e Roma, onde a empresa
tinha escritórios, e as vendas dispararam.
152
TÓPICO 1 | FATORES PSICOLÓGICOS
153
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
154
TÓPICO 1 | FATORES PSICOLÓGICOS
Característica Descrição
A atenção é Significa que os consumidores decidem no que querem se
seletiva concentrar. Segundo pesquisas, as pessoas prestam mais
atenção em coisas que já viram várias vezes. A atenção também
pode ser afetada pelos objetivos, por exemplo, se olharmos
para a embalagem de um produto com o intuito de sabermos
utilizá-lo, a probabilidade de ler as instruções de uso é maior
que ler os ingredientes que o compõem.
A atenção pode A capacidade de parcelar os recursos de atenção em unidades
ser dividida e alocar alguns a determinada tarefa e outros a uma tarefa
diferente. Por exemplo, podemos dirigir um carro e conversar
ao mesmo tempo. No entanto, também podemos nos distrair
quando um estímulo desvia a nossa atenção.
A atenção é Embora possa ser compartilhada, somente podemos prestar
limitada atenção em várias coisas se nosso processamento for
relativamente automático. Esta característica explica o fato
de que, quando estamos em um supermercado conhecido,
temos mais chances de notar produtos novos do que quando
estamos em um supermercado desconhecido.
FONTE: Adaptado de Hoyer e Macinnis (2011)
155
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Exposição Atenção
Interpretação
Ocorre quando um Grau em que
É o significado
estímulo penetra na a atividade de
que atribuímos
gama de receptores processamento
aos estímulos
sensoriais de uma é dedicada a um
sensoriais.
pessoa. estímulo.
156
TÓPICO 1 | FATORES PSICOLÓGICOS
3 APRENDIZAGEM E MEMÓRIA
A aprendizagem, para Engel, Blackwell e Miniard (2000 p. 335), “é o
processo pelo qual a experiência leva a mudanças no conhecimento, atitudes
e/ou no comportamento”. Kotler e Keller (2006) sugerem que toda vez que as
pessoas agem, elas aprendem. Assim, a aprendizagem é uma constante na
nossa vida. Como afirmam Engel, Blackwell e Miniard (2000), o comportamento
do consumidor é um comportamento aprendido. Então podemos concluir
que a aprendizagem é importante para entendermos e, principalmente, para
influenciarmos o comportamento do consumidor, certo?
157
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
DICAS
Estímulo Resposta
Situação Agradável Sentimento
Incondicionado Incondicionada
Pai-Filho Agradável
(EI) (RI)
158
TÓPICO 1 | FATORES PSICOLÓGICOS
DICAS
Bem, você deve estar se perguntando: Como os pombos podem ajudar nas
organizações? Engel, Blackwell e Miniard (2000) explicam que o condicionamento
instrumental está interessado em como as consequências de um comportamento
afetam a frequência ou a probabilidade do comportamento ser desempenhado
novamente.
Reforço Descrição
Reforço Os consumidores terão menor probabilidade de gostar de
negativo comprar e usar produtos de reforço negativo. Assim, gastarão
menos tempo para comprá-los. Desta forma, limita o produto a
ganhar a consideração do consumidor.
Reforço de Este reforço acontece quando, por exemplo, uma empresa
produto sem oferece amostras grátis de seus produtos. Conseguir com que
compra de os consumidores testem o produto, capacitando-os a apreciarem
produto mais completamente o reforço derivado do consumo, aumentando
a probabilidade de compra. Esse reforço é importante na
introdução de novos produtos.
Reforço sem É o caso de lanchonetes fast food que usam a tática de incluir
produto um pequeno brinde nas refeições infantis como reforço para as
crianças. Assim, as crianças influenciarão os pais.
159
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Reforço para Os usuários frequentes (heavy users) são responsáveis pela maior
o usuário parte do consumo de produtos, assim é desejável atrair e reter
frequente usuários frequentes do que usuários moderados, por exemplo.
Aqui se encaixam os programas de milhagem das companhias
áreas.
Programas de Estudos sugerem que a aprendizagem ocorre mais rapidamente
reforço quando a resposta é sempre reforçada (reforço total). No entanto,
quando é reforçada somente parte do tempo (reforço parcial), a
aprendizagem é duradoura. Aqui podemos citar como reforço
parcial uma cafeteria que dá um desconto após três respostas
(três consumos de uma xícara de café). Estudiosos, ao fazerem
uma análise de qual programa era mais eficaz, concluíram que o
reforço parcial trazia mais resultados, mas nem sempre ele será
a melhor estratégia. Assim, é melhor estudar qual programa é
melhor para cada situação.
Moldagem Trata do reforço de comportamento que deve ser desempenhado
antes da resposta desejada. Assim, devemos pensar quais são os
comportamentos que antecedem a ação final de compra e como
estes pré-requisitos de comportamento podem ser estimulados
por meio de esforços. Nesse caso, o reforço pode ser oferecer um
prêmio para que o consumidor entre na loja, por exemplo.
FONTE: Adaptado de Engel, Blackwell e Miniard (2000)
160
TÓPICO 1 | FATORES PSICOLÓGICOS
APRENDIZAGEM
PROCESSO DE MOTIVAÇÃO OBSERVACIONAL
ATENÇÃO INTENÇÃO
PRODUÇÃO Surge uma O consumidor
O consumidor O consumidor
O consumidor situação em que aquire e realiza o
concentra-se no retém esse
tem a habilidade o comportamento comportamento
comportamento comportamento
de realizar o é útil para o anteriormente
de um modelo. na memória.
comportamento. consumidor. demonstrado por
um modelo.
161
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
4 MOTIVAÇÃO
Hoyer e Macinnis (2011, p. 40) definem motivação como “estado de
agitação interna, com a energia direcionada para a concretização de um objetivo”.
Os autores ainda comentam que os consumidores podem ser estimulados a
se envolver em comportamentos, tomar decisões ou processar informações,
sendo possível ser vista no contexto de adquirir, usar e descartar um bem ou
serviço. Solomon (2011) aponta que entender a motivação é entender por que os
consumidores fazem o que fazem. Por que alguns consumidores usam seu tempo
livre para ler quadrinhos e outros para praticar esportes radicais? O autor ainda
pondera que tudo o que fazemos tem uma razão.
162
TÓPICO 1 | FATORES PSICOLÓGICOS
163
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
164
TÓPICO 1 | FATORES PSICOLÓGICOS
5 ATITUDES E PERSUASÃO
Primeiramente, vamos entender o que é atitude. Solomon (2011, p. 282)
explica que “atitude é uma avaliação duradoura e geral das pessoas, objetos,
propagandas ou questões”. O autor também esclarece que a atitude é duradoura
pois tende a persistir ao longo do tempo, e é geral porque se aplica a mais do que
um evento momentâneo. A atitudes vão desde a escolha de determinada marca
de creme dental em vez de outra marca, e até mesmo a frequência em que os
consumidores escovam os dentes durante o dia. Sheth, Mittal e Newman (2001)
afirmam que as atitudes ajudam os consumidores a decidirem como agir com
relação aos bens e serviços, os acolhendo ou evitando.
Função Definição
Desenvolve algumas atitudes com relação aos bens e serviços
Utilitária simplesmente com base na possibilidade destes oferecerem
prazer ou dor. Está relacionada ao objeto ter alguma utilidade.
São atitudes que os consumidores formam para se protegerem
Defesa do ego de ameaças externas ou sentimentos internos. Assim, são
mantidas para defender o ego das pessoas.
Algumas atitudes são formadas devido à necessidade de
Conhecimento
ordem, estrutura e significados.
O consumidor forma uma atitude em relação a um bem ou
Expressiva de serviço não por causa dos benefícios objetivos, mas devido ao
valor que o produto diz sobre ele como pessoa. Manifesta os valores
existentes de uma pessoa.
FONTE: Sheth, Mittal e Newman (2001); Solomon (2011)
165
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Sheth, Mittal e Newman (2001) concluem que muitas vezes é difícil alterar
as atitudes das pessoas, pois estas têm alguma função de extrema importância
para o indivíduo. Para as organizações, é importante entender as atitudes para
tentar moldá-las. Será que é possível mudarmos as atitudes dos consumidores?
166
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
168
UNIDADE 3
TÓPICO 2
FATORES SOCIOCULTURAIS
1 INTRODUÇÃO
2 INFLUÊNCIA DO GRUPO
Giglio (2010) pondera que um grupo surge quando é regulado por um
conjunto de regras, por exemplo, quando um grupo de 22 pessoas obedece às
regras do futebol para que o espetáculo aconteça. Assim, uma reunião pode ser
simplesmente duas ou mais pessoas que compartilham um espaço físico por
um curto período, e não um grupo, visto que as pessoas de um grupo têm um
propósito em comum (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Devemos prestar
atenção nas principais características de um grupo: existência, conhecimento e
disseminação de regras compartilhadas com fins específicos (GIGLIO, 2010).
169
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Pense: Por quantos grupos você já passou na sua vida? Quantos você
ainda frequenta?
170
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
171
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
172
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
DICAS
Assista ao filme Amor por Contrato, de 2009. No filme, a família Jones é perfeita,
e as pessoas que convivem com ela desejam ter todos os produtos que ela tem. Será que
essa família é tão perfeita assim?
A influência dos grupos não tem o mesmo poder para todos os bens
ou serviços (SOLOMON, 2011). Dessa forma, explica o autor, produtos menos
complexos, que podem ser experimentados antes da compra e de baixo risco
percebido, não levam os consumidores a se preocuparem com as preferências de
outras pessoas. Já o grupo influencia e pode ser considerado uma referência nos
casos de compras de bens e serviços de:
• Luxos e não necessidades, por exemplo, um barco a vela. Nesse caso, Solomon
(2011) explica que os gastos comprados com renda extra estão sujeitos a gostos
e preferências individuais, diferentemente das necessidades.
• Socialmente evidentes ou visíveis aos outros: móveis para a sala de estar
ou roupas podem ser exemplos. Os consumidores tendem a não ser tão
influenciados pelas opiniões de outras pessoas quando suas compras não são
observadas por ninguém, além deles mesmos (SOLOMON, 2011).
Além disso, Kotler e Keller (2006, p. 177) explicam que “os indivíduos
são influenciados também por grupos aos quais não pertencem, como os grupos
de aspiração: aqueles aos quais se espera pertencer, e os grupos de dissociação:
aqueles cujos valores ou comportamentos são rejeitados”.
173
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
DICAS
Afinal, quem são esses líderes de opinião? A maioria dos líderes de opinião
é composta por consumidores comuns e não por celebridades (SOLOMON, 2011).
Assim, os líderes de opinião tendem a atuar em nível local e podem influenciar
apenas um grupo pequeno de consumidores, em vez de um segmento inteiro de
mercado. Será que você é um líder de opinião? Faça o teste a seguir e descubra
se você é um influenciador, escolha um segmento, por exemplo, perfumes ou
informática:
174
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
Por favor, classifique as seguintes escalas que associam suas interações com
amigos e vizinhos em relação a _____________ (ex.: vinhos ou produtos de
beleza):
3. Durante os últimos seis meses, para quantas pessoas você falou sobre
________________:
Várias pessoas Poucas pessoas
5 4 3 2 1
176
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
• Família biológica: “a função dos pais é prover a sobrevivência de seus filhos até
que eles tenham de inverter a situação. Em termos de consumo, as organizações
criam estratégias dirigidas às necessidades básicas de sobrevivência, tais como
a Teoria de Maslow” (GIGLIO, 2010, p. 101). A Teoria de Maslow verificamos
na Unidade 1. Alguns exemplos de empresas que utilizam a imagem da família
biológica são hospitais e campanhas de prevenção de acidentes etc.
• Família psicológica: a função dos pais é prover a segurança emocional
necessária aos seus filhos para que estes desenvolvam suas capacidades e
adaptações. Quanto ao consumo, as organizações devem focar nos laços
afetivos que o consumidor teria com pais e filhos. As empresas que fabricam
produtos infantis e de bebês adotam essa imagem de família.
• Família como realização pessoal: sugere-se que nesta teoria a função dos
filhos é concretizar os sonhos irrealizados dos pais. Por exemplo, algumas
campanhas de marketing têm criado estratégias de produtos dirigidos aos
filhos, mas vinculadas a uma mensagem de que seria algo desejado pelos seus
pais em outros tempos.
• Família sociológica: a função dos pais é ensinar aos filhos os modos de
convivência grupal, isto é, construir a ética e a sociabilidade. Por exemplo,
alguns fabricantes de brinquedos eletrônicos têm mostrado em suas campanhas
os pais brincando com seus filhos.
• Família sociológica: segundo esta definição, a função dos pais é ensinar aos
filhos os modos de convivência grupal, isto é, construir a ética e a sociabilidade.
Tratando do consumo, as organizações que adotam essa definição têm como
objetivo passar a impressão de adaptação e crescimento social. Um exemplo
são as propagandas de escolas particulares, que focam em preparar o jovem
para uma carreira reconhecida, além da formação ética.
• Família econômica: aqui o papel dos pais é criar condições econômicas para os
filhos. Nesta visão, a infância e a adolescência são encaradas como uma fase de
investimento rumo à maturidade econômica. Ao adotar esse ponto de vista, as
estratégias devem reforçar o patrimônio familiar ou pelo menos a esperança de
que venha a existir, por exemplo, a aquisição de imóveis ou as poupanças.
177
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
178
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
(pessoas que vivem sozinhas, por exemplo). Vamos analisar nos próximos
parágrafos alguns fatores que estão impactando essas mudanças.
180
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
Giglio (2010, p. 105) deixa claro que “as crianças não são adultos em
miniatura que consomem. Elas têm estilos próprios, motivos próprios e processos
de decisão próprios”. O que valorizam nos produtos pode ser muito diferente do
que é valorizado nos grupos adolescentes e nos grupos adultos (GIGLIO, 2010).
Uma importante dica que Giglio (2010) nos dá é que, embora aprendamos
teorias na faculdade, elas devem ser revistas e, se possível, substituídas por outras
mais atuais, principalmente devido às drásticas mudanças que estão ocorrendo
nas famílias. Dessa forma, as organizações devem construir no dia a dia, junto aos
seus consumidores, padrões que devem ser refinados constantemente.
3 INFLUÊNCIA DA CULTURA
A cultura, segundo Kotler e Keller (2006, p. 173), “é o principal
determinante do comportamento e dos desejos das pessoas”. Para conseguirmos
identificar como a cultura influencia o comportamento dos consumidores, vamos
primeiramente entender o que é cultura.
181
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Dimensão Característica
Trata da maneira como os membros percebem diferenças de poder
Distância do quando se relacionam. Algumas culturas, como no Japão, por exemplo,
poder enfatizam relações estritas e verticais, e outras, como a dos EUA,
enfatizam um maior grau de igualdade e informalidade.
Quando as pessoas se sentem ameaçadas por situações ambíguas e
Rejeição da
contam com crenças e instituições que se ajudam para evitar a incerteza,
incerteza
um exemplo é a religião.
Quando os papéis sexuais são claramente definidos. As sociedades
Masculinidade/ tradicionais são mais inclinadas a seguirem regras muito explícitas
Feminilidade sobre comportamentos aceitáveis de homens e mulheres, tais como:
quem deve ser responsável por certas tarefas na unidade familiar.
As culturas diferem em sua ênfase do individualismo versus coletivismo.
Em culturas coletivistas, as pessoas subordinam suas metas pessoais
àquelas de um grupo estável. Por sua vez, os consumidores em culturas
individuais conferem mais importância às metas pessoais, e as pessoas
Individualismo
tendem a mudar de grupo (emprego, empresa) quando as exigências
se tornam custosas. Culturas coletivistas enfatizam valores como a
disciplina e a aceitação do indivíduo na vida, já culturas individualistas
valorizam o prazer pessoal, a alegria, a igualdade e a liberdade.
Relativo à questão de saber se os valores são embutidos nos produtos
Pensamento
e serviços, ou alternativamente, acrescentados por meio de processos
abstrato versus
associativos, por exemplo, a aprovação dos produtos e serviços por
pensamento
parte de uma celebridade. Nas culturas abstratas, dominam as relações
associativo
de causa e efeito e o pensamento lógico.
FONTE: Adaptado de Sheth, Mittal e Newman (2001); Solomon (2011)
182
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
183
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
184
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
Fonte primária do
Tipo de Ritual Exemplos
comportamento
Cosmologia Religioso Batismo, meditação, missa.
Valores culturais Ritos de passagem Formatura, festas de casamento,
cultural feriados, datas comemorativas
(como o Dia dos Namorados).
Aprendizagem em Cívico Desfiles, eleições, exames.
grupo Grupo Admissão em associações
estudantis.
Familiar Hora de comer e dormir,
aniversários, Dia das Mães, Natal.
Metas e emoções Pessoal Cuidados com a aparência, rituais
individuais domésticos.
FONTE: Adaptado de Solomon (2011)
têm um aspecto social do dever de uma pessoa para com os outros em um grupo
social. No ritual japonês, os presentes não são abertos na frente de quem ofertou,
de modo que não é necessário ocultar um possível desapontamento. Esse é mais
um exemplo de como os ritos são diferentes nas diversas culturas.
186
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
Solomon (2011) sugere que todas as sociedades podem ser divididas como
as que “têm” e “as que não têm” dinheiro. No entanto, o autor explica que a classe
de um consumidor é determinada por um complexo conjunto de variáveis, que
vão desde a renda, o histórico familiar e a profissão. Vamos entender melhor a
definição que Solomon (2011) nos apresenta:
187
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
por meio de conquistas pessoais. Nesse caso é importante lembrar que existem
países onde não é possível a mobilidade social, por exemplo, a Índia, lá o status
social é somente herdado.
Hoyer e Macinnis (2011) apontam que a renda não explica a classe social,
mas as classes sociais muitas vezes explicam como a renda é utilizada. O mais
importante quanto à classe social não é somente quanto o consumidor gasta, mas
também como o dinheiro é gasto. Nesse sentido, Solomon (2011) pondera que
pessoas que têm muito dinheiro, há muito tempo, não precisam ostentar, já os
consumidores que estão há pouco tempo em níveis mais altos da escala social
tendem a gastar mais para ostentar sua nova riqueza.
188
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
Essa constante busca por símbolos de status fez com que muitos
consumidores evitassem deliberadamente esses símbolos, Solomon (2011) explica
que assim os consumidores procuram o status zombando deles, o que os estudiosos
chamam de paródia da ostentação. São exemplos desse comportamento as classes
médias que praticam capoeira, uma mistura de dança e artes marciais que era
popular nas classes baixas, ou os jeans rasgados. Hoyer e Macinnis (2011) salientam
também que certos símbolos de status, quando se tornam amplamente possuídos,
podem perder sua conotação de status e se tornarem símbolos fraudulentos.
NOTA
189
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
O dinheiro pode ser visto como uma recompensa justa pelo trabalho e pode
conduzir à compra de itens necessários para sobrevivência. No entanto, existe
um lado obscuro que leva à busca de dinheiro como uma obsessão, ganância,
desonestidade e a práticas que podem prejudicar outras pessoas, por exemplo,
os jogos de azar (HOYER; MACINISS, 2011). Os autores também comentam
que a busca por dinheiro pode levar à ansiedade, depressão, raiva e desespero.
Você já deve ter ouvido a expressão “dinheiro compra felicidade”. Será mesmo?
Para algumas pessoas que conseguiram adquirir uma grande riqueza, o dinheiro
se torna insignificante e não é mais desejado. Além disso, o dinheiro não pode
comprar amor e amizade verdadeiros, assim a busca incansável pelo dinheiro
pode não acabar com a realização de sonhos, que muitos pensavam que acabaria.
5 INFLUÊNCIAS SITUACIONAIS
Outra importante questão a ser levantada são as influências situacionais no
comportamento do consumidor. Um “simples” cheiro pode moldar o consumidor
a comprar ou não determinado produto em determinada situação. Afinal, você
deve estar se perguntando: O que é influência situacional?
190
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
Situação de
Características de Situações de Consumo
consumo
As propriedades tangíveis que abrangem a situação de consumo.
Ambiente Estes aspectos incluem localização geográfica, decoração, sons,
físico aromas, iluminação, clima e configurações visíveis de mercadorias
ou outro material que cerca o objeto de estímulo.
Ambientes A presença ou ausência de outras pessoas na situação.
sociais
As propriedades temporais das situações, como o momento
particular em que o comportamento ocorre, por exemplo, fora
do dia, dia útil, mês, estação do ano. O tempo também pode ser
Tempo
medido em relação a alguns acontecimentos, passado ou futuro,
pelo participante situacional (tempo decorrido desde a última
compra, tempo até o dia do pagamento).
As metas ou objetivos particulares que os consumidores têm numa
situação, por exemplo, uma pessoa comprando um presente de
Tarefas
casamento para um amigo está numa situação diferente de quando
faz compras para o seu próprio uso pessoal.
Os humores temporários (por exemplo, ansiedade, alegria,
excitação) ou condições (por exemplo, dinheiro ou não, fadiga)
Estados que o consumidor traz para a situação. Estados antecedentes são
antecedentes distintos dos estados momentâneos que ocorrem em resposta a
uma situação, assim como de traços individuais mais permanentes
(por exemplo, personalidade).
FONTE: Belk (1975 apud ENGEL; BLAKWELL; MINIARD, 2000, p. 508)
191
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
192
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
Música - efeito do ritmo (lento versus rápido). O ritmo mais lento aumenta o
tempo de fazer compras e as despesas em comparação com música rápida.
Cores - cores quentes (vermelho e amarelo) são mais adequadas para a cor
externa da loja, para atrair os consumidores. Cores frias (verde e azul) para o
interior da loja, pois a percepção é que são espaços mais positivos, atraentes
e relaxantes.
193
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
DICAS
194
TÓPICO 2 | FATORES SOCIOCULTURAIS
195
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
196
RESUMO DO TÓPICO 2
• A influência pessoal também pode ser expressa através do líder de opinião, quando
um consumidor é aceito como uma fonte de informação sobre compra e uso.
• O ciclo de vida das famílias descreve como estas mudam ao longo do tempo.
197
AUTOATIVIDADE
198
UNIDADE 3
TÓPICO 3
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
ORGANIZACIONAL
1 INTRODUÇÃO
Chegamos ao último tópico do livro sobre Comportamento do
Consumidor. Foi uma jornada de muito conhecimento e entendimento de nosso
próprio comportamento, afinal, somos todos consumidores. Como observamos
durante esta disciplina, o estudo do comportamento do consumidor é complexo
e necessita de uma multiplicidade de áreas para compreendê-lo. No entanto,
as organizações, ao entenderem os consumidores, serão mais assertivas,
tornando-se primordial aos empreendedores compreenderem como agem
seus consumidores. Agora, e quando o consumidor é uma empresa? Até aqui
focamos no consumidor indivíduo, como observamos brevemente na Unidade 1.
O consumidor organizacional possui algumas diferenças, entre elas, que várias
pessoas participam do processo de compra.
199
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Identificação da necessidade
Estabelecimento de objetivos e
especificações
Escolha do fornecedor
200
TÓPICO 3 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ORGANIZACIONAL
201
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
202
TÓPICO 3 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ORGANIZACIONAL
autor pondera que os mercados organizacionais são muito mais pessoais do que
o equivalente com os consumidores individuais, sugerindo que as organizações
que atendem ao mercado de consumidores individuais aprendam com as
organizações que atendem mercados organizacionais.
A nova tarefa está relacionada àquelas necessidades que são novas para
a organização (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Neste caso, o item nunca
foi comprado, ou nunca antes foi sentida a necessidade de tê-lo. Solomon (2011)
pondera que como esta decisão nunca foi tomada anteriormente, a organização
203
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Kotler e Keller (2006) explicam que a situação de nova tarefa passa por
várias fases: conhecimento, interesse, avaliação, julgamento e adoção. Na situação
de nova tarefa também é necessário fazer as especificações das necessidades,
as faixas de preço, condições de prazo de entrega, condições de pagamento,
quantidade necessária, os fornecedores aceitáveis e os fornecedores escolhidos
(KOTLER; KELLER, 2006). É nessa fase que há mais oportunidades para novos
fornecedores. No quadro a seguir conseguimos verificar de forma simplificada os
três tipos de compra.
Situação de Envolvimento do
Extensão do esforço Risco
compra comprador
Tomada de decisão
Recompra direta Baixo Pedido automático
habitual
Recompra Solução limitada do Baixo e
Um ou alguns
modificada problema moderado
Solução ampliada
Nova tarefa Alto Muitos
do problema
FONTE: Adaptado de Solomon (2011)
Conhecer esses fatores fará com que as organizações que vendem para
outras organizações consigam organizar suas propostas de forma a atender às
diferentes necessidades dos diversos tipos de organização. Assim, as organizações
precisam pensar quais são as variáveis dos seus consumidores organizacionais e
criar um “consumidor padrão”. Além das diferenças levantadas até aqui, outro
importante segmento de mercado organizacional tem suas particularidades
que influenciam o comportamento de compra, são os mercados institucionais e
governamentais.
205
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
206
TÓPICO 3 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ORGANIZACIONAL
DICAS
Para que você conheça com mais detalhes todas as modalidades de compra do
governo e como ocorre o procedimento de compra, acesse o site do Planalto. O link da Lei nº
8.666, de 21 de junho de 1993, é: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm>.
LEITURA COMPLEMENTAR
208
TÓPICO 3 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ORGANIZACIONAL
Uma das imagens compara a empresa a uma máquina, com noções exatas
de equilíbrio. Deve existir um sincronismo entre recursos, pessoas e processos.
Nesse caso, os compradores e decisores são vistos como parte de uma engrenagem,
sendo perfeitamente substituíveis quando necessários. Os produtos devem ser
comprados com estoques suficientes para não prejudicar a produção. O processo
de compra é padronizado.
209
UNIDADE 3 | FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
210
TÓPICO 3 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ORGANIZACIONAL
211
RESUMO DO TÓPICO 3
212
AUTOATIVIDADE
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214
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Lívia. Marketing etnográfico: colocando a etnografia em seu devido
lugar. Revista de Administração de Empresas, v. 43, n. 3, p. 100-105, 2003.
CHETOCHINE, Georges. O blues do consumidor: por que seu cliente não está
satisfeito. São Paulo: Financial Times – Prentice Hall, 2006.
215
GIGLIO, Ernesto Michelangelo. Comportamento do Consumidor. 4. ed. São
Paulo: Cengage Learning, 2010.
216
LINDSTROM, Martin. A lógica do consumo: verdades e mentiras sobre por que
compramos. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2016.
NESTLÉ BRASIL LTDA. Nestlé Moça. História de Leite Moça. 2014. Disponível
em: <https://www.nestle.com.br/moca/historia>. Acesso em: 20 nov. 2017.
217
SOLOMON, Michael R. O Comportamento do Consumidor. 9. ed. Comprando,
Possuindo e Sendo. Porto Alegre: Bookman Editora, 2011.
SOUZA NETO, Arcanjo Ferreira de; MELLO, Sérgio Carvalho Benício de.
Olhando além do Primeiro Estruturalismo para a Pesquisa em Marketing. RAC,
Curitiba: v. 13, n. 4, p. 525-544, Out/Dez., 2009.
218