Guidance On Import and Export of Low Value Consignments PT
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DIREÇÃO-GERAL
DA FISCALIDADE E DA UNIÃO ADUANEIRA
Política Aduaneira, Legislação, Pauta Aduaneira
Legislação Aduaneira
Bruxelas,
Taxud/A2/
TAXUD/
Original EN
Revisão 1
FINAL
1
Índice
Abreviaturas ............................................................................................................................................. 5
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 7
1.1. Pacote IVA para o comércio eletrónico .................................................................................. 7
1.1.1. Contexto da adoção ......................................................................................................... 7
1.1.2. Regras de IVA com impactos nas alfândegas ................................................................... 7
1.2. Disposições aduaneiras pertinentes ....................................................................................... 9
1.3. Definições e principais conceitos aduaneiros ....................................................................... 10
1.3.1. Valor intrínseco .............................................................................................................. 10
1.3.2. Remessa única e remessas de baixo valor (RBV) ........................................................... 11
1.3.3. Remessas postais ........................................................................................................... 12
1.3.4. Remessa expresso .......................................................................................................... 12
1.3.5. Trânsito postal ............................................................................................................... 12
1.4. Objetivo e âmbito do documento......................................................................................... 13
2. FORMALIDADES DE IMPORTAÇÃO PARA REMESSAS DE BAIXO VALOR ........................................ 14
2.1. Síntese das diversas opções de DA de introdução em livre prática de RBV ......................... 14
2.2. Declaração aduaneira com o conjunto de dados H7 (artigo 143.º-A do AD-CAU) ............... 14
2.2.1. «Conjunto de dados super-reduzido (CDSR)» – coluna H7 do anexo B do AD-CAU ...... 14
2.2.2. Quem pode ser o declarante?........................................................................................ 23
2.2.3. Que mercadorias podem ser declaradas na DA com o conjunto de dados H7?............ 25
2.2.4. Que mecanismo de cobrança do IVA deve ser utilizado? .............................................. 31
2.2.5. Que código do regime deve ser indicado?..................................................................... 32
2.2.6. Medidas transitórias ...................................................................................................... 32
2.3. Declaração aduaneira com o conjunto de dados completo – coluna H1 ............................. 33
2.4. Utilização da DA prévia como uma TSD ................................................................................ 33
2.5. Outros (simplificações, apresentação única) ........................................................................ 33
2.5.1. Declaração simplificada (DS) .......................................................................................... 34
2.5.2. Inscrição nos registos do declarante (EIDR) ................................................................... 34
2.5.3. Desalfandegamento centralizado .................................................................................. 35
2.5.4. Apresentação única da declaração aduaneira e declaração sumária de entrada (DSE) 35
2.6. Desalfandegamento de remessas postais ............................................................................ 36
2
2.6.1. Descrição do artigo 144.º do AD-CAU e do conjunto de dados reduzido do anexo B,
coluna H6 ....................................................................................................................................... 37
2.6.2. Transição para os serviços postais – condições e prazo para utilização da declaração
por qualquer outro ato .................................................................................................................. 38
2.6.3. Cenários de desalfandegamento para remessas postais a partir de 1 de julho de 202139
3. MECANISMOS DE COBRANÇA DO IVA ........................................................................................... 42
3.1. REGIME IOSS ......................................................................................................................... 42
3.1.1. Conceito principal e descrição do processo ................................................................... 42
3.1.2. Responsabilidade dos intervenientes ao abrigo do regime IOSS .................................. 45
3.1.3. Número de identificação IVA do IOSS ............................................................................ 45
3.1.4. Limiar de 150 EUR .......................................................................................................... 47
3.1.5. Taxa de câmbio .............................................................................................................. 49
3.1.6. Grupagem de remessas ................................................................................................. 50
3.1.7. Devolução de mercadorias IOSS .................................................................................... 52
3.1.8. Comunicação de informações mensal ........................................................................... 52
3.2. REGIME ESPECIAL .................................................................................................................. 53
3.2.1. Conceito principal e descrição do processo (fluxo de ponta a ponta)........................... 53
3.2.2. Responsabilidade dos intervenientes ao abrigo do regime especial ............................. 56
3.2.3. Processo de pagamento mensal .................................................................................... 56
3.2.4. Devolução de mercadorias, reembolso do IVA .............................................................. 57
3.2.5. Comunicação de informações ao sistema Vigilância ..................................................... 58
3.3. MECANISMO HABITUAL DE COBRANÇA DO IVA ................................................................... 58
3.3.1. Conceito principal .......................................................................................................... 58
3.3.2. Descrição do processo ................................................................................................... 58
4. FORMALIDADES DE EXPORTAÇÃO E REEXPORTAÇÃO PARA REMESSAS DE BAIXO VALOR ........... 60
4.1. Síntese ................................................................................................................................... 60
4.2. REMESSAS POSTAIS ............................................................................................................... 60
4. ............................................................................................................................................................ 60
4.2.1. Âmbito da declaração de exportação por qualquer outro ato ...................................... 60
4.2.2. Processo de exportação de remessas postais................................................................ 61
4.2.3. Reexportação de remessas postais ................................................................................ 62
4.3. REMESSAS EXPRESSO ............................................................................................................ 63
4.3.1. Âmbito da declaração de exportação por qualquer outro ato ...................................... 63
4.3.2. Descrição do processo (artigo 141.º, n.º 4-A, do AD-CAU) ............................................ 64
3
5. ANULAÇÃO DA DECLARAÇÃO ADUANEIRA .................................................................................... 66
5. ............................................................................................................................................................ 66
5.1. Contexto ................................................................................................................................ 66
5.1. Disposições jurídicas ............................................................................................................. 68
5.2. Processos e formalidades ..................................................................................................... 68
5.3. Requerente da anulação (incluindo a função dos representantes)...................................... 69
5.4. Requisitos em matéria de dados do pedido fundamentado de anulação ............................ 71
Anexo 1 Declarações aduaneiras de introdução em livre prática de remessas de baixo valor a partir
de 1 de julho de 2021 ............................................................................................................................ 72
Anexo 2 Grupagem de RBV importadas para a UE ............................................................................... 74
4
ABREVIATURAS
5
AE-CAU Ato de Execução do Código Aduaneiro da União [Regulamento de
Execução (UE) 2015/2447 da Comissão]
6
1. INTRODUÇÃO
7
Com a abolição do limiar de isenção de 10/22 EUR do IVA na importação, a partir de
1 de julho de 2021, todas as mercadorias importadas na UE estarão sujeitas a IVA,
independentemente do seu valor 1.
1
A isenção de IVA na importação para remessas C2C que constituem presentes de valor igual ou inferior a
45 EUR, estabelecida na Diretiva 2006/79/EC do Conselho, continua a ser aplicável. Estas remessas revestem-
se de caráter ocasional e contêm exclusivamente mercadorias reservadas ao uso pessoal ou familiar dos
destinatários, sendo remetidas sem qualquer tipo de compensação ou pagamento.
8
reembolso onerosos. Estes operadores pagam os montantes de IVA cobrados a cada
destinatário de todas as importações de um determinado mês. Este pagamento global
tem de ser efetuado até ao prazo aplicável para o pagamento de direitos de importação
nos termos do CAU às autoridades tributárias/aduaneiras competentes.
b. Lista mensal do valor total das importações por número de identificação IVA do
IOSS
9
Quanto à obrigação de apresentar mensalmente uma lista do valor total das
importações por número de identificação IVA do IOSS, procedeu-se à alteração do
AE-CAU para criar a base jurídica para a obtenção e o intercâmbio das informações
em matéria de IVA pertinentes no sistema Vigilância (artigo 55.º e anexos 21-01, 21-
02 e 21-03 2 do AE-CAU).
2
No momento da finalização do documento de orientação do GP, a alteração do AE-CAU relativa ao
aditamento do anexo 21-03 ainda não tinha sido adotada.
10
«a) Para as mercadorias com caráter comercial: o preço das próprias mercadorias
quando são vendidas para exportação com destino ao território aduaneiro da União,
com exclusão dos custos de transporte e de seguro, salvo se estiverem incluídos no
preço e não indicados separadamente na fatura, e quaisquer outras imposições e
encargos determináveis pelas autoridades aduaneiras a partir de quaisquer
documentos relevantes;
b) Para as mercadorias desprovidas de caráter comercial: o preço que teria sido
pago pelas próprias mercadorias se tivessem sido vendidas para exportação com
destino ao território aduaneiro da União».
São incluídos exemplos do cálculo do valor intrínseco no capítulo 2, secção 2.2.1, no
E.D. 14 14 000 000.
Quaisquer outros custos conexos, para além dos custos de transporte e de seguro, que
não reflitam o valor das próprias mercadorias também devem ser excluídos do valor
intrínseco quando estão indicados separadamente e com clareza na fatura (por
exemplo, os custos com ferramentas, as taxas de licenciamento, o imposto de
exportação, etc.).
De acordo com o artigo 23.º, n.º 1, do DRR, onde se define a expressão «remessas de
valor insignificante», as remessas de baixo valor contêm mercadorias cujo valor
intrínseco na importação não exceda 150 EUR.
Quanto ao termo «remessa», as mercadorias enviadas simultaneamente pelo mesmo
expedidor para o mesmo destinatário e abrangidas pelo mesmo contrato de transporte
(por exemplo, carta de porte aéreo de transitário, código de barras S10) devem ser
consideradas uma «remessa» única.
Consequentemente, as mercadorias expedidas pelo mesmo expedidor para o mesmo
destinatário que tenham sido encomendadas e enviadas separadamente, mesmo que
cheguem no mesmo dia, mas em encomendas separadas, ao operador postal ou
transportador expresso de destino devem ser consideradas remessas distintas. No
mesmo sentido, as mercadorias abrangidas pela mesma encomenda efetuada pela
mesma pessoa, mas expedidas separadamente, devem ser consideradas remessas
distintas.
11
No entanto, a aplicação desta definição não prejudica as disposições que regem o
controlo aduaneiro (artigo 46.º do CAU). As autoridades aduaneiras podem realizar
qualquer controlo que considerem necessário para assegurar o cumprimento das
regras aduaneiras e, em última análise, proteger os recursos próprios financeiros
tradicionais (RPT) da União.
São dados exemplos no capítulo 4 das Notas explicativas, pontos 22 a 27.
Tal como consta do artigo 1.º, ponto 24, do AD-CAU, a remessa postal contém
mercadorias que preenchem as seguintes condições:
Por uma questão de exaustividade, o artigo 1.º, ponto 25, do AD-CAU define
«operador postal» como «um operador estabelecido num Estado-Membro e designado
por este para prestar serviços internacionais regidos pela Convenção Postal
Universal».
Além disso, de acordo com o artigo 1.º, ponto 47, do AD-CAU, por «transportador
expresso» entende-se um operador que presta serviços integrados de recolha,
transporte, desalfandegamento e entrega de remessas, acelerados e num prazo
específico, bem como o rastreio constante da localização dos volumes e o seu controlo
durante toda a duração do serviço.
3
O presente documento de orientação não aborda as formalidades aduaneiras relacionadas com os envios de
correspondência. Em vez disso, pode obter uma explicação pormenorizada na parte E, ponto 3, do Documento
de orientação para a entrada e importação no âmbito do CAU.
12
i. Trânsito de malas fechadas
Considera-se que a remessa de correio é feita em trânsito de malas fechadas quando
os contentores são enviados a um operador de trânsito designado para reencaminhar
para o operador de destino designado ao mesmo tempo, mas em recipientes separados,
que os contentores do operador de trânsito designado. De modo geral, os operadores
de origem e de trânsito designados consultam-se mutuamente quanto às disposições
relativas ao trânsito de malas fechadas.
4
Um saco especial (M-bag) é um saco de material impresso enviado a um único destinatário no estrangeiro
para um único endereço. Deve ser considerado uma remessa postal (e não um recipiente). Desde 2019, os
sacos especiais estão sujeitos ao envio de dados eletrónicos antecipados.
13
O grupo de projeto Alfândega 2020 sobre as formalidades aduaneiras de importação e
exportação relacionadas com remessas de baixo valor, que reúne representantes de
todas as partes interessadas mencionadas acima, foi incumbido de criar orientações
claras sobre este tema. O teor do presente documento reflete o resultado dos seus
trabalhos que foi aprovado pelo Grupo de Peritos Aduaneiros – Secção Legislação
Aduaneira Geral (CEG-GEN).
Em termos gerais, a escolha da declaração aduaneira continua a ser feita pela pessoa
que apresenta a declaração e depende dos requisitos jurídicos e/ou da disponibilidade
dos elementos de dados exigidos para cada uma das seguintes soluções.
Para uma síntese das diversas declarações aduaneiras possíveis para o efeito, consulte o
anexo 1.
2.2.1.1.Âmbito e função
Resumo:
A declarações aduaneiras que contenham o conjunto de dados H7 podem ser utilizadas:
- por qualquer pessoa 6,
5
Para efeitos do presente documento, as referências ao H7 abrangem os elementos de dados previstos no
anexo B revisto que ainda não foi adotado no momento da elaboração do projeto de documento de orientação.
6
No entanto, no contexto do regime especial, a declaração aduaneira com o conjunto de dados H7 só pode ser
utilizada pela pessoa que apresenta as mercadorias à alfândega.
14
- para as mercadorias enviadas em remessas B2C, B2B ou C2C com um valor
intrínseco máximo de 150 EUR que beneficiam de franquia aduaneira nos termos do
artigo 23.º, n.º 1, do DRR ou em remessas C2C com um valor intrínseco máximo de
45 EUR que beneficiam de franquia aduaneira nos termos do artigo 25.º, n.º 1, do
DRR, e
- para o regime IOSS, o regime especial ou o mecanismo habitual de cobrança da IVA
na importação.
A nota deste E.D. especifica que é necessário indicar os códigos da União ou o código de
regime adicional previsto pelo Estado-Membro em causa.
Uma vez que o código «C08» diz respeito às remessas C2C, não pode ser utilizado
juntamente com os códigos com inicial «F» acima mencionados (F48 e F49). Se o número de
identificação IVA do IOSS for indicado no E.D. 13 16 000 000, só podem ser utilizados os
códigos de regimes adicionais C07 e F48.
Exemplos:
15
a) Uma remessa no âmbito do IOSS e com valor intrínseco de 130 EUR:
Códigos a indicar em 11 10 000 000: C07 e F48;
b) Uma remessa sem recorrer ao IOSS, mas a declarar no âmbito do regime especial:
Códigos a indicar em 11 10 000 000: C07 e F49;
c) Uma remessa de um particular para outro com um valor de 30 EUR:
Código a indicar em 11 10 000 000: C08;
d) Uma remessa de um particular para outro com um valor intrínseco de 130 EUR:
Código a indicar em 11 10 000 000: C07;
e) Uma remessa com um valor intrínseco de 130 EUR ao abrigo do regime habitual de
IVA na importação (não IOSS) incluindo remessas B2B: Código a indicar em
11 10 000 000: C07;
f) Uma remessa de um particular para outro, contendo duas adições, com um valor total
de 50 EUR (adição 1: 20 EUR, adição 2: 30 EUR):
g) Código a indicar em 11 10 000 000: adição 1, 20 EUR: C07; adição 2, 30 EUR: C07.
O E.D. 12 01 000 000 visa estabelecer uma ligação entre as diversas formalidades aduaneiras
e possibilitar a rastreabilidade das mercadorias para fins aduaneiros. Permite às alfândegas
verificar se as mercadorias cumprem as formalidades de entrada e importação. Este elemento
exige a indicação da referência de um documento precedente, por exemplo, declaração de
depósito temporário ou declaração sumária de entrada (DSE) no caso de uma declaração
aduaneira de introdução em livre prática. A nota [72] 7 do anexo B do AD permite a dispensa
desta referência, caso o sistema de tratamento das declarações dos Estados-Membros
permitam estabelecer essa ligação com base noutras informações (por exemplo, o número do
documento de transporte) disponíveis na declaração aduaneira.
Neste caso, pode-se dispensar o número do documento precedente, sendo, em vez dele,
utilizado o número do documento de transporte, tal como indicado no E.D. 12 05 000 000,
para a identificação de formalidades precedentes sobretudo no caso dos Estados-Membros
que dispõem de um sistema informático de entrada e importação integrado e nas situações em
que a DSE é entregue no Estado-Membro de importação.
16
(d) E.D. 12 05 000 000 Documento de transporte
Os operadores postais utilizam o código de barras S10 para efeitos do E.D. 12 01 000 000.
Este número permite a rastreabilidade de uma remessa postal específica.
Este elemento de dados diz respeito ao número de referência comercial único atribuído pelo
vendedor à transação/encomenda em causa. A referência pode assumir a forma de códigos da
OMA (ISO 15459) ou equivalentes.
Dá acesso a dados de interesse comercial subjacentes de interesse para as autoridades
aduaneiras que podem facilitar e agilizar eventuais atividades de controlo. Por conseguinte,
recomenda-se que este elemento de dados seja indicado sempre que possível. Este E.D. é
facultativo para a pessoa que entrega a declaração aduaneira. A nota deste E.D. especifica
que esta entrada pode ser utilizada para indicar o identificador da operação se as mercadorias
forem declaradas para introdução em livre prática ao abrigo do regime especial de vendas à
distância de bens importados de países terceiros e territórios terceiros previsto no título XII,
capítulo 6, secção 4, da Diretiva 2006/112/CE. No entanto, uma vez que é facultativa, esta
informação pode ser indicada independentemente do mecanismo de cobrança de IVA na
importação utilizado.
É importante salientar que este identificador da transação não é o mesmo que o número do
documento de transporte (por exemplo, o número da carta de porte aéreo para remessas
expresso ou o código de barras S10 para remessas postais), que é um número atribuído à
remessa pelo operador de transporte.
17
Em caso de encomendas agrupadas, o identificador da transação, se for indicado, refere-se às
encomendas individuais em relação à adição em causa.
A nota deste E.D. exige a indicação do nome completo e do endereço do expedidor das
mercadorias, conforme estipulado no contrato de transporte pela parte que solicita o
transporte.
Exemplos:
• Uma remessa com diversas mercadorias de um vendedor que também encomenda o
transporte: é necessário introduzir o nome e endereço dessa pessoa (ou seja, do
vendedor) neste E.D. ao «nível do cabeçalho» da declaração (nível de Remessa de
Mercadorias).
• Uma remessa com diversas mercadorias de diversos vendedores vendidas na mesma
plataforma. O transporte é organizado pela plataforma: é necessário introduzir o nome
e endereço da plataforma que encomenda o transporte neste E.D. ao «nível do
cabeçalho» da declaração (nível de Remessa de Mercadorias).
• Diversas mercadorias de diversos vendedores vendidas na mesma plataforma cujo
transporte é organizado individualmente por cada vendedor: as mercadorias chegarão
como remessas individuais e estarão sujeitas a declarações aduaneiras individuais. É
necessário introduzir neste E.D. o nome e endereço da pessoa em causa (ou seja, o
respetivo vendedor), que encomenda o transporte, para cada remessa sempre ao «nível
do cabeçalho» da declaração aduaneira (nível de Remessa de Mercadorias).
A nota deste E.D. exige a indicação do nome e do endereço da parte a quem as mercadorias
se destinam a ser entregues (ou seja, o destinatário final, empresa ou particular).
18
Se o importador não estiver registado no EORI, por não se tratar de um operador económico
ou por não se encontrar estabelecido na União, inserir o número previsto na legislação do
Estado-Membro em causa.
A nota deve ser lida em conjugação com a nota 8 no anexo B do AD: a disponibilizar apenas
quando disponível.
Exemplos:
• A declaração aduaneira H7 deverá ser entregue no Estado-Membro «A» e o
importador (ou seja, o destinatário) é um particular. A legislação nacional desse
Estado-Membro não obriga os particulares a registarem-se para obter um número
EORI. Neste caso, o E.D. 13 04 017 000 é deixado em branco ou preenchido de
acordo com a legislação nacional desse Estado-Membro, desde que a pessoa que
entrega a declaração disponha das informações no momento da apresentação.
• A declaração aduaneira H7 deverá ser entregue no Estado-Membro «B» e o
importador (ou seja, o destinatário) é um particular. A legislação nacional desse
Estado-Membro obriga os particulares a registarem-se para obter um número EORI.
Neste caso, o número EORI do particular em causa é indicado no E.D. 13 04 017 000,
desde que a pessoa que entrega a declaração disponha do número EORI no momento
da apresentação.
(j) E.D. 13 16 000 000 N.º de identificação das referências fiscais adicionais
A nota deste E.D. exige a indicação do número de identificação IVA especial do IOSS
atribuído para utilização do IOSS quando as mercadorias são declaradas para introdução em
livre prática ao abrigo do regime especial de vendas à distância de bens importados de países
terceiros e territórios terceiros previsto no título XII, capítulo 6, secção 4, da Diretiva
2006/112/CE.
19
A nota deve ser lida em conjugação com a nota 55 no anexo B do AD: esta informação só é
indicada se as mercadorias forem importadas ao abrigo do regime especial (no caso do
IOSS).
É neste elemento de dados que o número de identificação IVA do IOSS será declarado
juntamente com o código da função FR5 referente ao vendedor (IOSS).
Só pode ser declarado um número de identificação IVA do IOSS por remessa, devendo ser
indicado ao nível da Remessa de Mercadorias, ou seja, aplica-se a toda a declaração. Por
conseguinte, a declaração aduaneira não pode conter simultaneamente mercadorias IOSS e
mercadorias não IOSS.
Este E.D. não é obrigatório para a DA com o conjunto de dados H7, o que significa que não
deve ser declarado/indicado pela pessoa que entrega a declaração aduaneira.
No entanto, o sistema nacional de importação (NIS) tem de transmitir esta informação ao
sistema Vigilância. Por conseguinte, o NIS de cada Estado-Membro tem de:
• calcular o E.D. 14 03 040 000 Base tributável com base nos E.D. 14 14 000 000 e
14 15 000 000; e, se for caso disso,
• converter a moeda de faturação para a moeda nacional (E.D. 14 14 000 000 + E.D.
14 15 000 000/adição) x 14 09 000 000.
A nota deste E.D. exige a indicação do valor intrínseco das mercadorias por adição na moeda
de faturação.
O E.D. 14 14 000 000 é obrigatório para a pessoa que entrega a declaração aduaneira.
O E.D. 14 14 000 000 só é utilizado no contexto da declaração aduaneira H7. No caso de uma
declaração aduaneira com o conjunto completo (H1) ou de uma declaração simplificada (I1),
é necessário indicar o valor intrínseco das mercadorias no E.D. 14 08 000 000
Preço/montante da adição. No caso de uma declaração aduaneira com o conjunto de dados
reduzido para mercadorias em remessas postais (H6), tem de ser utilizado o E.D.
14 12 000 000 Valor postal para efeitos do valor intrínseco das mercadorias.
20
No caso do IOSS, recomenda-se que o montante do IVA seja sempre indicado separadamente
na fatura para permitir a identificação do valor intrínseco e o cálculo da base tributável no
contexto da comunicação de informações ao sistema Vigilância.
Exemplo 1: valor intrínseco de 140 EUR (sem IVA e sem indicação de qualquer
outro custo)
Exemplo 2: valor intrínseco de 140 EUR (sem IVA e custos de transporte indicados
separadamente)
Exemplo 3: valor intrínseco de 140 EUR (sem IVA e custos de transporte indicados
separadamente)
Exemplo 4: valor intrínseco de 160 EUR (sem IVA e sem identificação de qualquer
outro custo separadamente na fatura)
Uma vez que o valor intrínseco no exemplo 4 é superior a 150 EUR, não é possível
apresentar uma declaração com o conjunto de dados H7 para declarar estas
mercadorias. Em vez disso, tem de ser apresentada uma declaração aduaneira
normalizada (H1 ou H6 exclusivamente para os operadores postais) ou uma
declaração aduaneira simplificada (I1).
21
(m) E.D. 14 15 000 000 Custos de transporte e de seguro para o destino
A nota deste E.D. exige a indicação dos custos de transporte e de seguro até ao destino final
na moeda de faturação.
O E.D. 14 15 000 000 é obrigatório para a pessoa que entrega a declaração aduaneira. No
entanto, de acordo com o anexo B, título I, capítulo 1, nota introdutória n.º 3, do AD-CAU,
estes dados são compilados apenas quando as circunstâncias o justificam. Além disso, a nota
introdutória n.º 6 também pode ser relevante neste contexto. Nela especifica-se que os dados
fornecidos pelo declarante têm como base as informações por si conhecidas no momento da
entrega da declaração à alfândega. No entanto, esta disposição é aplicável sem prejuízo do
artigo 15.º do CAU.
Exemplos:
• Preço das mercadorias, incluindo os custos de transporte e de seguro, indicado na
fatura: 120 EUR. Na fatura, os custos de transporte e de seguro no valor de 20 EUR
são indicados separadamente – o valor intrínseco a indicar no elemento de dados
14 14 000 000 é de 100 EUR, os custos de transporte e de seguro para o destino final
a indicar no elemento de dados 14 15 000 000 são de 20 EUR.
• Preço total das mercadorias, tal como consta da fatura: 120 EUR. Os documentos de
apoio não mencionam custos de transporte ou de seguro – o valor intrínseco a indicar
no elemento de dados 14 14 000 000 é de: 120 EUR. O E.D. 14 15 000 000 é deixado
em branco ou preenchido com o valor «0», consoante o sistema de importação do
Estado-Membro.
A nota deste E.D. exige que se indique, se for caso disso, para a adição correspondente, a
quantidade expressa na unidade prevista na legislação da União, tal como publicada na
TARIC.
A nota deve ser lida em conjugação com a nota 56 no anexo B do AD: esta informação só é
exigida se a declaração disser respeito a mercadorias referidas no artigo 27.º do Regulamento
(CE) n.º 1186/2009 e/ou no artigo 2.º da Diretiva 2006/79/CE do Conselho.
Tal significa que este elemento de dados só é exigido no caso de remessas C2C (de
particulares a particulares) caso a natureza das mercadorias seja abrangida por restrições em
matéria de quantidade (produtos do tabaco, álcool e bebidas alcoólicas, perfumes e águas de
colónia).
Exemplo
É enviada uma caixa de charutos a título de presente.
22
Quantidade: a caixa contém 10 charutos
Unidade suplementar: 0,01
A nota deste E.D. exige a introdução do código de seis dígitos da nomenclatura do Sistema
Harmonizado (SH) das mercadorias declaradas.
A entrega da declaração aduaneira com o conjunto de dados H7 pode ser feita por qualquer
pessoa que satisfaça as condições constantes do artigo 170.º do CAU. O declarante pode ser o
importador (ou seja o destinatário, que é habitualmente, mas não necessariamente, o
comprador) em nome próprio e por sua própria conta ou um representante (ou seja, o
operador postal, o transportador expresso, o agente aduaneiro ou semelhante) ao abrigo das
condições gerais do CAU. Dependendo do tipo de representação, o representante pode atuar
em nome e por conta da pessoa representada (representação direta) ou em nome próprio e por
conta da pessoa representada (representação indireta).
Para proceder ao desalfandegamento para introdução em livre prática, as autoridades
aduaneiras podem exigir que o representante faça prova da sua habilitação pela pessoa
representada. Considera-se que os representantes que não consigam produzir essa prova ou
que não declarem que atuam na qualidade de representantes atuam em nome próprio e por
sua própria conta, devendo estes responsabilizar-se totalmente pela declaração aduaneira em
causa.
Para acelerar o processo de desalfandegamento, esta habilitação pode ser solicitada junto do
comprador no momento da compra, por exemplo, ao selecionar as opções de entrega.
Recomenda-se ainda que a habilitação abranja todas as formalidades relacionadas com o
desalfandegamento das mercadorias, incluindo a eventual alteração ou anulação da
declaração aduaneira.
Exemplos:
1) Um importador na Estónia encomenda um par de sapatos de desporto a um vendedor numa
plataforma em linha. A remessa satisfaz todas as condições do artigo 143.º-A do AD-CAU
(mercadorias abrangidas pelo artigo 23.º, n.º 1, do DRR e não sujeitas a P&R). As
mercadorias são transportadas por via postal/expresso e quando chegam à Estónia o
importador decide entregar a declaração aduaneira no seu próprio nome. Para o efeito, tem o
direito de utilizar a DA com o conjunto de dados H7.
Excerto da DA:
23
E.D. 13 05 000 000 Declarante Importador
E.D. 13 06 000 000 Representante -
Excerto da DA:
Excerto da DA:
Excerto da DA:
24
E.D. 13 04 000 000 Importador Pessoa (singular ou coletiva)
E.D. 13 05 000 000 Declarante Serviços
postais/expresso/outro
agente aduaneiro
E.D. 13 06 000 000 Representante -
Para entregar a declaração, a pessoa que a entrega tem de conhecer todos os dados
necessários para a introdução em livre prática das mercadorias. A declaração só será aceite se
contiver todos os dados. Ao entregar uma declaração em nome de outra pessoa, os
representantes aduaneiros (nomeadamente operadores postais ou transportadores expresso ou
semelhantes) têm de estar habilitados para o efeito (artigo 19.º do CAU).
No que respeita aos operadores económicos que ajam regularmente na qualidade de
representantes aduaneiros, as autoridades aduaneiras podem dispensar a apresentação da
provas da sua habilitação em todos os casos, em conformidade com o artigo 19.º, n.º 3, do
CAU. No entanto, ainda que não exista a obrigação de apresentar a prova, o representante
deve continuar a estar habilitado a agir como tal por conta da pessoa em causa (ou seja, a
pessoa habilitada a conferir poderes a outra pessoa para agir por sua conta, como, por
exemplo, o importador). Por outras palavras, a pessoa em causa deve ter aceitado
explicitamente ser representada ou deve presumir-se que aceitou a habilitação após ter tido a
oportunidade de exprimir o seu ponto de vista sobre a sua intenção de declarar ela própria as
mercadorias ou de designar outro representante aduaneiro. Na falta de prova dessa
habilitação, considera-se que o representante age em seu próprio nome e por sua própria
conta e deve ser plenamente responsável pela declaração aduaneira em causa.
Tal como previsto no artigo 143.º-A do AD-CAU, pode ser apresentada uma DA com o
conjunto de dados H7 para mercadorias que satisfaçam as seguintes condições:
1) Mercadorias numa remessa que beneficie de uma franquia de direitos de importação em
conformidade com o artigo 23.º, n.º 1, ou com o artigo 25.º, n.º 1, do DRR; e
2) As mercadorias nessa remessa não estão sujeitas a proibições e restrições.
25
«limiar de 150 EUR para mercadorias de valor insignificante» e «limiar de 45 EUR para
presentes sem caráter comercial» (C2C).
O artigo 23.º, n.º 1, estabelece as seguintes condições para as mercadorias:
- têm um valor insignificante (cujo valor intrínseco global não exceda 150 EUR por
remessa),
- são enviadas diretamente de um país terceiro a um destinatário que se encontre na
UE,
- estão excluídas determinadas mercadorias: produtos alcoólicos, perfumes e águas
de colónia e tabaco ou produtos do tabaco. Por conseguinte, estas mercadorias não
podem ser abrangidas por uma declaração aduaneira com o conjunto de dados H7,
a menos que se aplique o artigo 25.º, n.º 1, do DRR (que abrange remessas
enviadas de particular a particular). O artigo 26.º limita o âmbito da franquia
aduaneira a um valor igual ou inferior a 45 EUR para essas remessas e, para
mercadorias específicas, a determinados limiares quantitativos nele descritos.
Importa referir que, nos termos do artigo 23.º, n.º 1, a franquia se aplica por remessa e
que, se a remessa for composta por diversas adições, esta não pode ser fracionada a fim
de solicitar a aplicação da franquia aduaneira para uma ou mais adições cujo valor seja
igual ou inferior a 150 EUR.
Quando centenas de encomendas destinadas a consumidores individuais e rotuladas com
os respetivos nomes são consolidadas num contentor, podem ser desalfandegadas
mediante a apresentação de centenas de declarações aduaneiras com o conjunto de dados
H7 e entregues no destino final após a autorização de saída. Recorda-se que no caso de
mercadorias não IOSS, estas mercadorias têm de ser declaradas para introdução em livre
prática no Estado-Membro de destino final das mercadorias. Ver os casos de utilização
relevantes no anexo 2.
26
Antes da aceitação DA H7 rejeitada Alfândega Artigo 172.º do CAU
da DA com o Entrega de nova Declarante
conjunto de dados DA não H7
H7
Após a aceitação da DA alterada 8 Declarante Artigo 191.º e artigo
DA, mas antes da 173.º, n.º 1, do CAU
autorização de
saída das
mercadorias, se o
valor intrínseco das
mercadorias for ≤
150 €
Após a aceitação da A alfândega pode Alfândega Artigos 27.º, 174.º,
DA, mas antes da recusar-se a 188.º, 191.º e 198.º do
autorização de autorizar a saída CAU
saída das das mercadorias Artigos 8.º a 10.º do
mercadorias, se o ou sugerir que o AD-CAU
valor intrínseco das declarante solicite Artigos 8.º e 9.º do
mercadorias for a anulação da AE-CAU
> 150 € declaração
aduaneira com o
conjunto de dados
H7 e apresente
uma nova DA com
o conjunto de
dados H1 ou uma
declaração
simplificada. Em
alternativa, a
alfândega anula a
decisão de
aceitação da
declaração
aduaneira e
solicita a
apresentação de
uma declaração
8
Só é possível proceder à alteração se as condições previstas no artigo 173.º, n.º 2, do CAU estiverem
preenchidas (a alfândega não informou o declarante da verificação das mercadorias, a alfândega não
determinou que os dados estão incorretos e ainda não foi autorizada a saída das mercadorias). Nos demais
casos, aplica-se o processo descrito abaixo para os casos em que se tenha identificado um valor incorreto após
a aceitação da DA, mas antes da autorização de saída das mercadorias, sendo o valor intrínseco das
mercadorias > 150 EUR.
27
aduaneira com o
conjunto de dados
completo ou uma
declaração
simplificada que
inclua o valor
aduaneiro
corrente. O
declarante tem o
direito de ser
ouvido.
Após autorização AD alterada, se o Declarante Artigo 173.º, n.º 3, do
de saída das valor continuar a CAU
mercadorias, ser inferior a 150 €
determinado pelo
declarante
No decurso de Decisão aduaneira Alfândega Artigo 29.º do CAU
controlos após a formal tomada Artigos 8.º a 10.º do
autorização de com base nos AD-CAU
saída resultados do Artigos 8.º e 9.º do
controlo após a AE-CAU
autorização de
saída e direitos de
importação a
pagar. No caso do
IOSS, é
igualmente
necessário
informar o Estado-
Membro de
identificação
(cooperação
administrativa).
28
enviadas, sem qualquer espécie de pagamento, pelo expedidor ao destinatário (ou
seja, o importador) 9],
- são aplicáveis limites quantitativos aos produtos do tabaco, álcool e bebidas
alcoólicas, perfumes e águas de colónia em conformidade com o artigo 27.º do
DRR.
Se o valor dos presentes (que não sejam produtos alcoólicos, perfumes e águas de colónia
nem tabaco ou produtos do tabaco) exceder o limiar de 45 EUR, mas estes satisfaçam as
condições de franquia aduaneira previstas no artigo 23.º do DRR, a declaração aduaneira
deve ser rejeitada pela alfândega e alterada pelo declarante, substituindo o código de
regime adicional C08 pelo C07.
Desde que o valor das mercadorias não seja superior a 150 EUR, não será pago qualquer
direito de importação, mas as mercadorias estarão sujeitas ao pagamento do IVA. É
possível apresentar uma declaração aduaneira com o conjunto de dados H7, se estiverem
reunidas outras condições.
Exemplos:
a) Uma remessa de um particular para outro com um valor de 30 EUR: sem
direitos de importação, sem pagamento do IVA, código de regime adicional
C08;
9
A expressão «importações sem caráter comercial» está definida no artigo 25.º, n.º 2, do DRR.
10
De acordo com o artigo 1.º, n.º 2, alínea c), da Diretiva 2006/79/CE, entende-se por «pequenas remessas
sem caráter comercial», as remessas que, simultaneamente: c) Sejam constituídas por mercadorias cujo valor
global não exceda 45 EUR.
29
b) Uma remessa de um particular para outro com um valor de 50 EUR: sem
direitos de importação, pagamento do IVA, código de regime adicional C07;
Uma vez que o valor global da remessa é superior a 45 EUR, não se pode aplicar
a isenção de IVA.
Há que ter em conta que, nos cenários b), c) e d) acima, o código de regime
adicional C07 não pode ser combinado com os códigos F48 ou F49, uma vez que
tanto o regime do IOSS como o regime especial só se aplicam no caso de vendas à
distância de mercadorias (B2C).
30
Os operadores expresso têm integrado nos seus próprios sistemas um processo de
triagem que implica a identificação de proibições e restrições pertinentes para as
autoridades aduaneiras. O próprio processo adota uma abordagem estratificada
com diversas etapas. Em primeiro lugar, a avaliação automatizada consiste na
aplicação de filtros com base em palavras-chave nas designações das mercadorias
juntamente com parâmetros suplementares como o peso e os perfis dos clientes,
tanto do expedidor como do destinatário (ou seja, o importador). O sistema
impede estas remessas de serem desalfandegadas por meio de um regime
simplificado, assinalando-as numa fila de espera. Em segundo lugar, é necessária
a intervenção humana para efetuar outros controlos e encetar os trabalhos
preparatórios antes de sujeitar as mercadorias a um regime aduaneiro.
31
2.2.5. Que código do regime deve ser indicado?
32
2.3. Declaração aduaneira com o conjunto de dados completo – coluna H1
33
As remessas postais continuam a ter a possibilidade de utilizar a declaração aduaneira
com o conjunto de dados H6.
A EIDR é uma simplificação aduaneira que exige uma autorização que pode ser
concedida mediante critérios e condições específicas definidas na legislação aduaneira
(artigo 182.º do CAU). Pode-se utilizar os dois tipos de EIDR (ou seja, com
apresentação das mercadorias ou com dispensa de apresentação) para declarar RBV
para introdução em livre prática ao abrigo do regime especial e do mecanismo
habitual de cobrança de IVA na importação.
Contudo, esta simplificação não se adequa ao regime do IOSS, uma vez que os
requisitos de validação do número de identificação IVA do IOSS e comunicação de
informações mensalmente não podem ser cumpridos tanto no contexto da EIDR com
34
apresentação das mercadorias como no da EIDR com dispensa de apresentação. Além
disso, é necessário ter em conta que, no caso da EIDR, não é possível dispensar a
entrega de uma declaração complementar, independentemente do mecanismo de
cobrança do IVA utilizado.
35
No entanto, não se prevê esta possibilidade antes da implantação da versão 2 do ICS2
(programada para 1 de março de 2023) – sendo mesmo esta improvável, uma vez que
esta funcionalidade não foi preparada pormenorizadamente e, por conseguinte, nesta
fase, não se prevê que seja abrangida na versão 2.
Todas as remessas postais importadas na UE, independentemente do seu valor, podem ser
declaradas para introdução em livre prática por meio da DA normalizada com o conjunto de
dados completo (conjunto de dados H1) ou, se estiverem preenchidas as condições constantes
do artigo 166.º do CAU, da declaração simplificada (conjunto de dados I1).
36
remessa Qualquer outro ato Até à atualização do sistema - Indisponível para
postal mediante apresentação nacional de importação (o mais mercadorias em remessas
≤ 1 000 € (CN22/23) tardar até 31/12/2022) postais abrangidas pelo
artigo 143.º-A do AD
(mercadorias ≤ 150 €)
- Se o Estado-Membro tiver
concedido esta
possibilidade
DA H1 eletrónica A partir de 1 de maio de 2016
Mercadorias
Declaração aduaneira de Até à atualização do sistema
>
acordo com o ADT – nacional de importação (o mais
1 000€
anexo 9 tardar até 31/12/2022)
O conjunto de dados reduzido previsto no artigo 144.º do AD-CAU pode ser utilizado para
declarar para efeitos de introdução em livre prática mercadorias numa remessa postal com um
valor igual ou inferior a 1 000 EUR. Esta possibilidade foi introduzida pelo CAU e tem
estado disponível desde 1 de maio de 2016. Manteve-se a possibilidade para não
comprometer os progressos em curso nalguns Estados-Membros que já puseram em prática
ou fizeram planos relativos a esta facilitação.
Descrição
Tal como descrito no capítulo anterior, a supressão do limiar mínimo de IVA introduzirá o
requisito de apresentação de uma declaração aduaneira para todas as mercadorias,
inclusivamente as de valor inferior a 22 EUR, que são atualmente declaradas por qualquer
outro ato por parte dos operadores postais. O artigo 144.º do AD-CAU prevê a possibilidade
de declaração aduaneira normalizada com um conjunto de dados reduzido (H6), se estiverem
preenchidas todas as condições seguintes:
• limitada às mercadorias em remessas postais declaradas por operadores postais;
• as mercadorias não estão sujeitas a proibições e restrições; e
• as mercadorias têm um valor máximo de 1 000 EUR.
A utilização desta declaração aduaneira de introdução em livre prática não é obrigatória, mas
concede-se aos operadores postais a possibilidade de a utilizar ou não.
É importante ter em conta que, logo que a declaração H6 seja apresentada no sistema
nacional de importação, todas as mercadorias em remessas postais até um valor de
1 000 EUR e que não estejam sujeitas a P&R podem ser declaradas por meio deste conjunto
de dados. Estão incluídas as mercadorias abrangidas pelo artigo 143.º-A do AD-CAU.
37
Período de transição:
A decisão de permitir a utilização da declaração por qualquer outro ato durante o período de
transição cabe ao Estado-Membro.
Descrição
Exemplo:
38
Uma encomenda contendo um presente que beneficia de franquia aduaneira em
conformidade com o artigo 25.º, n.º 1, do DRR é declarada para introdução em livre prática
pela sua apresentação à alfândega, por meio da declaração CN23.
2.6.3.1.Regime IOSS
39
Exemplo 1:
Mercadorias expedidas pela USPS com destino à Alemanha, transportadas por via aérea
até ao Luxemburgo e por via rodoviária até ao destino final na Alemanha, onde a
declaração aduaneira de introdução em livre prática é entregue.
Cada remessa contendo mercadorias tem de apresentar uma declaração aduaneira CN22
ou CN23. As mercadorias são transportadas ao abrigo da Convenção da UPU e a USPS
entrega uma guia de entrega postal para fins de transporte à transportadora aérea que
transporta estas remessas postais até ao Luxemburgo. Para o trajeto de transporte entre o
Luxemburgo e a Alemanha, pode ser utilizada uma guia de entrega postal (com etiquetas
amarelas) ou um documento CMR (com o procedimento T1).
- a Deutsche Post tem de ter instalações (com um código IMPC) no Luxemburgo para
que possa afixar as etiquetas amarelas. Neste caso, as remessas são transportadas ao
abrigo do regime de trânsito postal, devendo apresentar uma etiqueta amarela.
Geralmente, os veículos pesados utilizados para transportar remessas de um ponto de
trânsito para um destino final contêm diversos tipos de mercadorias (UE e não UE).
Os diversos tipos de mercadorias têm de ser separados em recipientes distintos. No
Luxemburgo, a Deutsche Post modifica a guia de entrega postal para transportar estas
remessas do Luxemburgo para a Alemanha, incluindo neste documento as
informações de todos os recipientes transportados no veículo.
- Se as remessas forem confiadas a um operador não postal no Luxemburgo, este terá
de estabelecer um procedimento de trânsito T1 ao abrigo do novo sistema de trânsito
informatizado (NSTI). Além disso, este operador tem de modificar um documento
CMR para transportar estas remessas entre o Luxemburgo e a Alemanha. À chegada à
Alemanha destas remessas, a Deutsche Post tem de enviar uma mensagem a este
operador para concluir o procedimento T1.
40
quando apresentado à entrada da UE por um operador postal da UE. A etiqueta amarela
constitui um elemento de prova para as autoridades aduaneiras nos Estados-Membros de
trânsito e de destino de que se trata de mercadorias não UE (não foram introduzidas em
livre prática).
Exemplo 2:
Mercadorias expedidas pela USPS com destinatário na Alemanha, mas destinadas ao
Luxemburgo para desalfandegamento: transporte por via aérea até ao Luxemburgo,
desalfandegamento no Luxemburgo ao abrigo do regime do IOSS e transporte por via
rodoviária até ao destino na Alemanha.
Sempre que o desalfandegamento para introdução em livre prática não seja efetuado no país
de destino da remessa, mas sim noutro Estado-Membros, é essencial que o estatuto de
mercadorias UE seja facilmente reconhecível no país de destino. Em especial nos casos em
que o selo postal ou a etiqueta original de um país terceiro continua afixada na remessa e não
é possível distinguir a partir da sua aparência entre mercadorias UE e não UE [ou seja,
quando enviadas por um operador postal estabelecido na UE a partir de uma estação de
41
permuta extraterritorial (ETOE) num país terceiro com recurso a selos postais do operador
estabelecido na UE].
2.6.3.2.Regime especial
Conceito principal
42
sobre quem pode recorrer ao IOSS, ver as secções 4.2.4 e 4.2.5 das Notas explicativas em
matéria de IVA. Para mais informações sobre o processo de registo, consultar o guia do OSS.
Os vendedores que optem por utilizar o IOSS são obrigados a declarar todas as suas vendas à
distância aos consumidores em toda a UE de mercadorias de baixo valor importadas
utilizando este número de identificação IVA do IOSS. A administração fiscal do Estado-
Membro de identificação procederá ao controlo para assegurar que o vendedor cobrou o IVA
ao abrigo do IOSS para todas as vendas de mercadorias de baixo valor aos consumidores na
UE.
O âmbito do regime especial IOSS limita-se às vendas à distância de mercadorias em
remessas com um valor intrínseco igual ou inferior a 150 EUR na data da entrega, que sejam
importadas a partir de países terceiros ou territórios terceiros para a UE. As mercadorias
sujeitas a impostos especiais de consumo estão excluídas do IOSS (geralmente produtos do
tabaco ou álcool de acordo com o artigo 2.º, n.º 3, da Diretiva IVA).
Para uma descrição mais pormenorizada do âmbito do IOSS, ver secção 4.2.3 das Notas
explicativas em matéria de IVA. Além disso, para uma síntese do âmbito do IOSS e do
regime especial e a declaração aduaneira H7, ver anexo 1.
Descrição do processo
- o vendedor efetua um registo para efeitos do IVA num Estado-Membro, aplica e cobra
o IVA nas vendas à distância de mercadorias expedidas/transportadas para os
consumidores na UE e declara e paga esse IVA ao Estado-Membro de identificação,
que, posteriormente, distribui-lo-á pelos Estados-Membros de destino das mercadorias.
11
Importa salientar que este é um cenário simplificado, existindo diversas alternativas. (Por exemplo, caso o
pagamento também possa ser efetuado na entrega).
43
IOSS
12
O artigo 172.º do CAU determina que só podem ser aceites as DA que respeitem as condições estabelecidas
no capítulo 2 do CAU. Estes requisitos dizem respeito às informações necessárias para a aplicação das
disposições relacionadas com o regime aduaneiro para o qual as mercadorias foram declaradas.
44
Introdução em livre prática no Estado-Membro A de uma encomenda IOSS contendo duas T-
Shirts encomendadas em linha com um valor unitário de 30 EUR com destino final ao
Estado-Membro B. Foi indicado um número de identificação IVA do IOSS válido no E.D.
13 16 000 000 e os códigos de regimes adicionais C07 e F48 no E.D. 11 10 000 000. As
mercadorias não estão sujeitas a proibições e restrições.
13
Artigos 369.º-L a 369.º-X da Diretiva IVA.
45
2. Pode a interface eletrónica estar envolvida no fluxo de dados enviado à alfândega, ou
seja, enviar os dados eletrónicos relativos às remessas diretamente para o
transportador ou a alfândega?
Para mais informações sobre o declarantes, ver secção 2.2.2. O vendedor ou a interface
eletrónica terá de comunicar este número ao importador (ou seja, ao destinatário) ou ao
seu representante aduaneiro.
Quando o número de identificação IVA do IOSS indicado numa declaração aduaneira não
for válido ou não constar da declaração, não será possível utilizar o regime de importação
e a isenção de IVA não pode ser concedida. Consequentemente, as autoridades aduaneiras
cobrarão o IVA aquando da importação.
46
IOSS numa nova declaração aduaneira, se dispuser do número de identificação IVA do
IOSS (erro na transmissão inicial).
Em determinadas situações, o valor intrínseco pode ser superior ao limiar de 150 EUR,
não obstante a boa-fé da pessoa em causa, o que poderá resultar, por exemplo, de
oscilações da taxa de câmbio (ver ponto 3.1.5), da agregação de remessas (ver
ponto 3.1.6), etc.
47
aduaneiros às autoridades aduaneiras. Além disso, o declarante solicita a anulação da
declaração aduaneira precedente (ver mais informações no capítulo 5).
Para mais informações sobre as formalidades aduaneiras aplicáveis, ver secção 2.2.3 do
presente documento.
48
Nestas circunstâncias, a importação de mercadorias de baixo valor deve continuar a
beneficiar da isenção de IVA na importação, desde que seja indicado um número de
identificação IVA do IOSS válido na declaração aduaneira e as condições de utilização do
IOSS estejam preenchidas. As mercadorias serão autorizadas a sair sem que haja lugar ao
pagamento adicional do IVA à alfândega (o montante do IVA correto tem de ser
declarado na declaração de IVA do IOSS e tem de ser pago pelo fornecedor ou pela
interface eletrónica, diretamente ou por meio de um intermediário designado para o
efeito). O IVA adicional será recuperado por meio da cooperação administrativa entre as
autoridades aduaneiras e a administração fiscal.
O declarante na alfândega não deve ser considerado responsável pelo IVA adicional nesta
situação, a menos que as circunstâncias específicas, por exemplo, a participação num
esquema fraudulento, e a legislação nacional aplicável justifiquem tal responsabilidade do
declarante.
8. Se for utilizado o IOSS, quem está sujeito ao pagamento de qualquer IVA adicional
(bem como coimas e juros) caso seja identificada uma subavaliação após a
autorização de saída das mercadorias?
49
determinar se o IOSS se aplica a uma venda específica, o fornecedor ou a interface
eletrónica tem de utilizar a taxa de câmbio determinada nos termos do artigo 91.º, n.º 2,
da Diretiva IVA (para a taxa de câmbio diária do Banco Central Europeu) aplicável no
dia em que o pagamento é aceite, independentemente do momento em que as mercadorias
sejam efetivamente importadas para a UE.
Na data da importação, verifica-se novamente o limiar de 150 EUR para fins aduaneiros,
desta feita utilizando a taxa de câmbio aplicável na determinação do valor aduaneiro, ou
seja, a taxa de câmbio válida na data da importação. Esta última é estabelecida no mês
precedente e aplica-se a todas as importações efetuadas no mês corrente.
Para evitar situações em que um preço inferior a 150 EUR na data de entrega seja
superior ao limiar de 150 EUR na data da importação, recomenda-se que a interface
eletrónica ou o vendedor do IOSS indique na fatura que acompanha a remessa o preço em
euros determinado quando o pagamento das mercadorias foi aceite. Este valor será aceite
pelas autoridades aduaneiras na importação das mercadorias para a UE, evitando assim
uma eventual dupla tributação do IVA na importação.
Caso o Estado-Membro de importação utilize uma moeda diferente do euro, recomenda-
se que o Estado-Membro aceite o montante declarado em euros na fatura, como referido
acima, tanto para efeitos aduaneiros como para efeitos de tributação. No entanto, se o
preço em euros não for indicado na fatura, a alfândega tem de utilizar a taxa de câmbio
válida na data de importação.
Exemplo:
Vendas à distância de mercadorias ao abrigo do regime do IOSS com destino final na
Alemanha, que entram na UE por via da Polónia onde são declaradas para introdução
em livre prática. A fatura que acompanha a remessa é expressa em euros, tendo a
alfândega polaca recebido instruções para aceitar o valor em euros.
50
(ii) encomendas múltiplas efetuadas por diversos consumidores reunidas numa
remessa consolidada.
51
3.1.7. Devolução de mercadorias IOSS
Conceito principal
Para controlar a correta utilização do número de identificação IVA do IOSS e prevenir a
importação ilegal de mercadorias ao abrigo da isenção de IVA do IOSS, a Diretiva IVA
estabeleceu uma medida específica de controlo. Esta exige que os Estados-Membros
elaborem um relatório mensal do valor total das mercadorias IOSS importadas para o
Estado-Membro durante um determinado mês, indicando o valor total das importações
por número de identificação IVA do IOSS. Este relatório tem de ser partilhado com a
administração fiscal do Estado-Membro de identificação pertinente, que pode utilizar os
relatórios para comparar os montantes nele indicados com o conteúdo da declaração de
IVA do IOSS, constituindo um instrumento adicional de supervisão. Os declarantes
aduaneiros não têm qualquer obrigação relativa aos relatórios mensais.
O sistema Vigilância da UE controla a importação e exportação de mercadorias
específicas para e a partir do mercado único da União em termos de volume e/ou valor e
será utilizado para cumprir a obrigação dos Estados-Membros de elaborar mensalmente
as listas ao abrigo do IOSS.
52
O funcionamento do sistema Vigilância é da responsabilidade da DG Fiscalidade e União
Aduaneira. As fontes de dados primários do sistema Vigilância são as declarações
aduaneiras de importação e exportação geridas pelos sistemas nacionais de tratamento de
declarações aduaneiras.
Como funciona?
Conceito principal
53
mercadorias é o responsável pelo pagamento do IVA na importação. Esta
disposição deve ser transposta neste sentido na legislação dos Estados-Membros em
matéria de IVA.
Descrição do processo
O seguinte diagrama resume o processo do regime especial:
Regime especial
5. Verificação
aduaneira: 6. Entrega 7. Carregamento 8. Declaração mensal e
- mercadorias no destino periódico de pagamento (diferido) do
- valor dados aduaneiros IVA à autoridade competente
- etc. das importações
para o SURV
54
O IVA só se torna devido se tiver sido efetivamente cobrado ao destinatário (ou seja, o
importador), a fim de evitar processos de reembolso onerosos caso as mercadorias não
pudessem ser entregues ou fossem recusadas pelo destinatário (ou seja, o importador). Os
utilizadores do regime especial (habitualmente, operadores postais, transportadores
expresso, agentes aduaneiros e operadores económicos semelhantes, desde que tenham
apresentado as mercadorias à alfândega) têm de manter esses registos. Os registos devem
permitir a identificação do IVA total cobrado durante o mês em causa e devem incluir
comprovativos dos casos em que não tenha sido possível cobrar o IVA devido à não
entrega das mercadorias.
Há que ter em conta que o recurso ao regime especial não implica uma autorização
aduaneira específica. No entanto, os Estados-Membros podem exigir que a pessoa que
recorre ao regime especial cumpra as condições aplicáveis para a concessão de uma
autorização de diferimento do pagamento nos termos do artigo 110.º do CAU.
A utilização para efeitos do regime especial das autorizações de diferimento do
pagamento concedidas para fins de direitos aduaneiros só é possível se as condições de
diferimento do pagamento forem as mesmas, ou seja, o pagamento vence no dia 16 do
mês seguinte, em relação ao montante total dos direitos devidos durante um determinado
mês, em conformidade com o artigo 108.º, n.º 1, segundo parágrafo, do CAU.
Ao abrigo do regime especial, os Estados-Membros podem permitir a utilização
sistemática da taxa normal do IVA para facilitar o processo de declaração dos
utilizadores do regime especial e dos intervenientes que atuam na qualidade de
representantes aduaneiros em nome dos importadores (ou seja, os destinatários). Devido
ao elevado número de remessas de baixo valor, estes operadores podem enfrentar
dificuldades na correta aplicação das taxas reduzidas do IVA.
14
Previsto no artigo 369.º-Z-B da Diretiva IVA.
55
3.2.2. Responsabilidade dos intervenientes ao abrigo do regime especial
3.2.2.1.Responsabilidade geral
3.2.2.2.Subvalorização
Caso as mercadorias tenham sido declaradas para introdução em livre prática por meio
de uma declaração aduaneira com o conjunto de dados H7 e a subavaliação seja detetada
antes da aceitação da declaração aduaneira, a declaração será rejeitada, tendo o
declarante de apresentar uma nova declaração aduaneira de introdução em livre prática
recorrendo ao conjunto de dados H1 ou, se for caso disso, H6 ou I1.
56
pela transferência às autoridades aduaneiras dos montantes de IVA cobrados. Este
pagamento tem de ser realizado até ao dia 16 do mês seguinte à cobrança do IVA.
De acordo com o artigo 369.º-Z-B da Diretiva IVA, o IVA cobrado ao abrigo do regime
especial tem de ser comunicado por via eletrónica numa declaração mensal. A declaração
deve indicar o montante total do IVA cobrado durante o mês civil em causa. Importa ter
em conta que esta declaração não constitui uma declaração aduaneira na aceção do
artigo 5.º, ponto 12, do CAU.
No entanto, os Estados-Membros podem exigir que a pessoa que recorre ao regime
especial cumpra as condições aplicáveis para a concessão de uma autorização de
diferimento do pagamento nos termos do artigo 110.º do CAU. Diversos Estados-
Membros já concedem esta possibilidade, ou seja, não cobrar o IVA no momento da
importação para cada remessa. É necessário confirmar se o prazo termina no décimo
sexto dia do mês seguinte para utilizar a mesma autorização.
Os utilizadores do regime especial têm de conservar um registo do desalfandegamento
quando tenha sido cobrado IVA ao abrigo do regime especial durante um período
determinado pelo Estado-Membro de importação. Esse registo deve ser suficientemente
pormenorizado para permitir que a administração fiscal e/ou as autoridades aduaneiras
do Estado-Membro de importação verifiquem se o IVA foi declarado e cobrado
corretamente. Para mais informações, ver capítulo 4, secção 4.3.6 das Notas explicativas
em matéria de IVA.
Se não for possível proceder à entrega das mercadorias durante o mês em que foram
introduzidas em livre prática, significa que não foi possível cobrar efetivamente o IVA
nesse mês, em conformidade com o artigo 369.º-Z-B, n.º 1, da Diretiva IVA. Estes
montantes de IVA têm de ser comunicados no mês seguinte quando se proceder
efetivamente à entrega e o utilizador do regime especial cobrar o IVA ao importador.
Exemplo:
Em 31 de agosto de 2021, o operador postal búlgaro, representante aduaneiro indireto
do consumidor, declara para introdução em livre prática mercadorias na Bulgária. O
consumidor paga ao operador postal búlgaro o montante do IVA correspondente à taxa
normal do IVA em 2 de setembro de 2021. O operador postal búlgaro é obrigado a
pagar este IVA até 16 de outubro de 2021 juntamente com quaisquer outros montantes
do IVA cobrados ao abrigo do regime especial durante o mês de setembro de 2021.
57
Se não for possível entregar ao destinatário (ou seja, o importador) as mercadorias, não
será devido IVA ao abrigo do regime especial. Nesse caso, a declaração aduaneira de
introdução em livre prática será anulada e as mercadorias serão enviadas ao expedidor
inicial. Na declaração de IVA mensal, a pessoa que utiliza o regime especial tem de
referir a declaração aduaneira de introdução em livre prática anulada e a exportação
(devolução) das mercadorias.
Para as formalidades aduaneiras aplicáveis às mercadorias que foram efetivamente
entregues ao destinatário (ou seja, o importador), que, posteriormente, procede à sua
devolução ao vendedor, ver o processo pormenorizado no último parágrafo do
capítulo 5.1.
58
pagamento do IVA sobre as importações o importador (ou seja, o destinatário) e, em caso
de representação indireta, o declarante da declaração aduaneira.
Se, até 1 de outubro de 2021, forem introduzidas em livre prática mercadorias numa
remessa postal por qualquer outro ato em conformidade com o artigo 141.º, n.º 3, do AD,
o declarante só tem de pagar o IVA à estância aduaneira de importação se a declaração
aduaneira tiver sido aceite e as mercadorias nessa remessa postal tiverem sido
introduzidas em livre prática e entregues ao destinatário. Caso contrário, se não for
possível entregar as mercadorias ao destinatário, considera-se que a declaração aduaneira
de introdução em livre prática não foi entregue e que as mercadorias permanecem em
depósito temporário até serem reexportadas, inutilizadas ou cedidas de outra forma nos
termos do artigo 198.º do CAU.
O seguinte diagrama resume mais pormenorizadamente as partes que compõem o
processo habitual:
5. Verificação 7. Carregamento
aduaneira: 6. Entrega periódico de 8. Pagamento (diferido) do
- mercadorias no destino dados aduaneiros IVA à autoridade
- valor das importações competente
- etc. para o SURV
59
4. FORMALIDADES DE EXPORTAÇÃO E REEXPORTAÇÃO PARA REMESSAS
DE BAIXO VALOR
4.1. Síntese
a) Base jurídica
De acordo com o artigo 140.º, n.º 1, alínea d), artigo 141.º, n.º 4, e artigo 142.º do AD-CAU,
as mercadorias em remessas postais com valor igual ou inferior a 1 000 EUR e que não sejam
passíveis de direitos de exportação são consideradas declaradas para exportação pela sua
saída do território aduaneiro da União, desde que:
• não sejam objeto de um pedido de reembolso de direitos ou outras imposições, salvo
se esse pedido estiver relacionado com a anulação da declaração aduaneira de
introdução em livre prática de mercadorias que beneficiem de uma franquia de
direitos de importação em conformidade com o artigo 23.º, n.º 1, ou com o artigo 25.º,
n.º 1, do Regulamento (CE) n.º 1186/2009,
15
Situação excecional temporária (até 1 de outubro de 2021) para a devolução de remessas postais não
entregues declaradas para introdução em livre prática em conformidade com o artigo 141.º, n.º 3, do AD-CAU.
Considera-se que esta DA não foi entregue, com base no artigo 220.º, n.º 2, do AE-CAU.
60
• não estão sujeitas a proibições e restrições, e
A primeira condição abrange os casos em que o reembolso do IVA é solicitado (por exemplo,
devolução das mercadorias) com base na anulação da declaração aduaneira de introdução em
livre prática solicitada pelo respetivo declarante em conformidade com o artigo 148.º, n.º 3,
do AD-CAU. Estas mercadorias podem, ainda assim, ser exportadas pela sua saída do
território aduaneiro da União, desde que não tenham um valor superior a 150 EUR. O
operador postal devolverá as mercadorias utilizando um código de barras S10, em
conformidade com as respetivas regras da UPU. Se for criado um novo código de barras S10
para a devolução, este tem de fazer referência no sistema postal ao código de barras S10 que
corresponde à encomenda que não pôde ser entregue. É necessário que os dados que
comprovam que as mercadorias que foram introduzidas em livre prática são as mesmas
mercadorias que foram entregues constem do sistema informático do operador postal, na
eventualidade de uma auditoria, e sejam disponibilizados à alfândega mediante pedido.
No entanto, o artigo 142.º, alínea b), do AD-CAU deixa subentendido que as mercadorias em
remessas postais acima deste limiar de valor para as quais seja apresentado um pedido de
reembolso dos direitos ou outras imposições não podem ser exportadas pela sua saída do
território aduaneiro da UE. Por conseguinte, é necessário entregar uma declaração de
exportação eletrónica.
O valor das remessas postais é indicado no formulário CN22/CN23. Este valor corresponde
ao valor estatístico a indicar no E.D. 99 06 000 000 da declaração de exportação.
61
Em casos excecionais, é possível recorrer ao artigo 221.º, n.º 2, segundo parágrafo, do AE-
CAU.
O documento de transporte no fluxo postal corresponde ao formulário de documentação
CN37 (de superfície)/CN38 (via aérea)/CN41 (de superfície transportado por via aérea), que
é objeto de intercâmbio entre o operador postal e o transportador. Este formulário descreve
todos os recipientes incluídos na remessa. Em seguida, no que respeita à guia de remessa
(PREDES), é possível fazer uma associação ao nível da adição.
b) Formalidades aduaneiras consideradas como tendo sido efetuadas por meio do ato
referido no artigo 141.º, n.º 4, do AD-CAU
Nos termos do artigo 218.º do AE-CAU, a saída de mercadorias em remessas postais é
considerada o ato de declaração da exportação e inclui as seguintes formalidades:
a) A apresentação das mercadorias à alfândega, em conformidade com o artigo 267.º do
CAU;
b) A aceitação da declaração aduaneira pelas autoridades aduaneiras em conformidade
com o artigo 172.º do CAU;
c) A autorização de saída das mercadorias pelas autoridades aduaneiras em
conformidade com o artigo 194.º do CAU.
62
às remessas postais de baixo valor abrangidas pelo artigo 220.º do AE-CAU, durante o
período de transição para as remessas postais, pelo menos até ao final da janela de
implementação da versão 1 do ICS2, ou seja, até 1 de outubro de 2021.
a) Base jurídica
As mercadorias numa remessa expresso cujo valor não seja superior a 1 000 EUR e que não
estejam sujeitas a direitos de exportação podem ser declaradas para exportação por qualquer
outro ato (artigo 140.º, n.º 1, alínea d), e artigo 141.º, n.º 4-A, do AD-CAU). Pode-se utilizar
a declaração por qualquer outro ato para as mercadorias em remessas expresso
independentemente do modo de transporte.
Estas mercadorias são consideradas como declaradas para exportação pela sua apresentação
nos termos do artigo 267.º do CAU na estância aduaneira de saída, desde que os dados
constantes do documento de transporte e/ou da fatura sejam disponibilizados às autoridades
aduaneiras e aceites pelas mesmas (artigo 141.º, n.º 4-A, do AD-CAU). Para efeitos dessa
apresentação, se as autoridades aduaneiras o permitirem, o transportador expresso pode
disponibilizar os dados à alfândega nos seus registos, em vez de os apresentar por meio de
notificação.
É possível proceder à declaração por qualquer outro ato das mercadorias numa remessa
expresso nas mesmas condições aplicáveis às mercadorias em remessas postais, tal como
previsto no artigo 142.º do AD-CAU:
• as mercadorias não sejam objeto de um pedido de reembolso de direitos ou outras
imposições, salvo se esse pedido estiver relacionado com a anulação da declaração
aduaneira de introdução em livre prática de mercadorias que beneficiem de uma
franquia de direitos de importação em conformidade com o artigo 23.º, n.º 1, ou com
o artigo 25.º, n.º 1, do Regulamento (CE) n.º 1186/2009;
• não estão sujeitas a proibições e restrições; e
• não estejam sujeitas a qualquer outra formalidade especial prevista na legislação da
União que as autoridades aduaneiras estejam obrigadas a aplicar (como no que
respeita às mercadorias sujeitas a imposto especial de consumo abrangidas pela
Diretiva 2020/262/UE ou mercadorias não UE que tenham sido colocadas sob o
regime de entreposto aduaneiro, de aperfeiçoamento passivo, de importação
temporária, numa zona franca ou em depósito temporário e sejam reexportadas).
Com base no contrato de transporte único, as autoridades aduaneiras podem investigar se
a remessa saiu efetivamente do território da UE, o que pode ser verificado num controlo
por auditoria, se necessário.
63
Em consonância com a primeira condição, as mercadorias em remessas expresso
devolvidas com valor igual ou inferior a 150 EUR podem ser exportadas por meio de uma
declaração por qualquer outro ato (apresentação à alfândega). Todas as outras remessas
expresso (valor superior a 150 EUR) que sejam objeto de um pedido de reembolso de
direitos têm de ser declaradas para exportação por meio de uma DA eletrónica.
Quando o destinatário se recusar a aceitar a remessa, os transportadores expresso
devolvem-na ao expedidor com um novo número de carta de porte aéreo de transitário
(HAWB), fazendo referência ao anterior número HAWB. Este processo proporciona às
autoridades aduaneiras o controlo necessário para apurar se estas remessas saíram
fisicamente do território aduaneiro da UE para que possam, na sequência de um pedido
do declarante da declaração aduaneira de importação, anular essa declaração em
conformidade com o artigo 148.º, n.º 3, do AD-CAU e, se for caso disso, proceder ao
reembolso do IVA. Este controlo por auditoria pode ser efetuado nos sistemas de
acompanhamento e localização dos transportadores expresso.
64
chegada no ponto de passagem na fronteira, as mercadorias seriam abrangidas por uma
declaração de trânsito, facilitando, assim, a sua saída do território aduaneiro da União. Neste
caso, dispensa-se a apresentação de uma declaração prévia de saída em conformidade com o
artigo 245.º, n.º 1, alínea g), do AD-CAU.
N.B.: As abordagens descritas no artigo 329.º, n.os 5, 6 e 7, do AE-CAU que asseguram a
confirmação da saída das mercadorias numa estância aduaneira interior podem ser aplicáveis
independentemente do valor das mercadorias, mas, para as mercadorias de valor superior a
1 000 EUR, é necessário entregar uma declaração formal de exportação enquanto declaração
prévia de saída contendo as informações necessárias para a análise dos riscos por motivos de
proteção e segurança.
A estância aduaneira competente para sujeitar as mercadorias ao regime de exportação é
determinada em conformidade com o artigo 221.º, n.º 2, primeiro e segundo parágrafos, do
AE-CAU, podendo ser uma das estâncias seguintes:
1) A estância aduaneira responsável pelo local onde o exportador se encontra
estabelecido;
2) A estância aduaneira responsável pelo local onde as mercadorias são embaladas ou
carregadas para exportação;
3) Uma outra estância aduaneira do Estado-Membro em causa, que seja competente, por
razões administrativas, para a exportação;
4) A estância aduaneira responsável pelo local de saída.
b) Formalidades aduaneiras consideradas como tendo sido efetuadas por meio do ato
referido no artigo 141.º, n.º 4-A, do AD-CAU
A apresentação é considerada o ato de declaração aduaneira e inclui as seguintes
formalidades em conformidade com o artigo 218.º do AE-CAU:
a) A apresentação das mercadorias à alfândega, em conformidade com o artigo 267.º do
CAU;
b) A aceitação da declaração aduaneira pelas autoridades aduaneiras em conformidade
com o artigo 172.º do CAU;
c) A autorização de saída das mercadorias pelas autoridades aduaneiras em
conformidade com o artigo 194.º do CAU.
As remessas para exportação com valor igual ou inferior a 1 000 EUR e que não estejam
sujeitas a direitos de importação e, desde que declaradas para exportação por qualquer outro
65
ato, estão dispensadas da apresentação de uma declaração prévia de saída, como previsto no
artigo 245.º, n.º 1, alínea g), do AD-CAU.
Para permitir a fiscalização aduaneira, as mercadorias devem ser apresentadas (ou seja, os
dados devem ser disponibilizados à alfândega) antes da saída das mercadorias do território
aduaneiro da UE.
f) Situações específicas
→ exportações indiretas:
Em caso de exportações indiretas por meio de um aeroporto noutro Estado-Membro, as
autoridades aduaneiras no ponto de saída físico para fora da UE podem solicitar ao
transportador expresso a apresentação de uma cópia do contrato de transporte único em
conformidade com o artigo 333.º, n.º 6, alínea b), do AE-CAU.
5.1. Contexto
66
recusas por parte dos destinatários pode aumentar após a entrada em vigor das novas regras
em matéria de IVA para o comércio eletrónico quando os consumidores forem confrontados
com a obrigação de pagamento adicional (IVA e eventuais despesas de serviço) na entrega
das mercadorias.
No entanto, espera-se que a grande maioria das recusas não se enquadre nesta categoria e
exija a anulação formal da declaração aduaneira eletrónica em conformidade com o
artigo 148.º, n.º 3, do AD-CAU. Por conseguinte, a fim de atenuar o impacto para as
administrações fiscais e os operadores económicos que apresentam as declarações aduaneiras
em nome dos consumidores, a anulação implica um processo razoavelmente simples que não
impõe um volume de trabalho impraticável para as administrações fiscais e não perturba
significativamente o funcionamento quotidiano das empresas.
As mercadorias cuja entrega não tenha sido possível, ou que tenham sido recusadas pelo
destinatário (ou seja, o importador), terão de ser devolvidas ao abrigo de um novo contrato de
transporte (novo código de barras S10 para remessas postais e novo número da HAWB para
remessas postais) que inclua uma referência ao documento de transporte utilizado para a
importação (código de barras S10 para remessas postais e número da HAWB para remessas
expresso) e a declaração aduaneira de introdução em livre prática terá de ser anulada para
extinguir a obrigação de pagamento do IVA.
Caso o destinatário (ou seja, o importador) tenha aceitado a entrega da remessa inicial e
decida, posteriormente, devolvê-la, o processo dependerá do modo como o consumidor
decida organizar a devolução e do procedimento aplicável no Estado-Membro relevante no
que respeita ao pedido de reembolso do IVA. O pedido de reembolso do IVA baseia-se na
anulação da DA de introdução em livre prática em conformidade com o artigo 148.º, n.º 3, do
CAU.
67
5.1. Disposições jurídicas
As declarações aduaneiras que tenham sido aceites só podem ser anuladas em casos
específicos previstos no artigo 174.º do CAU.
Existem dois tipos de casos em que se pode anular uma declaração aduaneira que tenha sido
aceite:
Se as mercadorias numa remessa postal forem declaradas para introdução em livre prática por
qualquer outro ato, é aplicável o artigo 220.º, n.º 2, do AE-CAU, não sendo necessário
apresentar um pedido formal de anulação da declaração aduaneira. Neste caso, considera-se
que a declaração aduaneira não foi entregue e que as mercadorias permanecem em depósito
temporário até serem inutilizadas, reexportadas ou cedidas de outra forma nos termos do
artigo 198.º do CAU.
b) Declaração aduaneira
No caso de uma declaração aduaneira eletrónica formal de introdução em livre prática, há que
apresentar um pedido formal de anulação à autoridade aduaneira competente se não for
possível proceder à entrega das mercadorias. A anulação é obrigatória para extinguir o IVA
68
na importação devido. Neste caso, as mercadorias serão devolvidas ao abrigo de um novo
contrato de transporte, incluindo uma referência ao código de barras S10 (para remessas
postais) e ao número da HAWB (para remessas expresso) utilizado na importação das
mercadorias. O novo número do documento de transporte tem de ser indicado no pedido
fundamentado apresentado à alfândega para comprovar a exportação das mercadorias.
Uma vez que as mercadorias de baixo valor em remessas postais e expresso podem ser
devolvidas ao abrigo de uma declaração de exportação por qualquer outro ato, ou seja, sem
apresentação de uma declaração formal de exportação, as autoridades aduaneiras podem
solicitar aos operadores a apresentação de comprovativos adicionais da saída das mercadorias
do território aduaneiro da UE. À luz dos comprovativos apresentados, as autoridades
aduaneiras tomam uma decisão sobre a anulação da declaração aduaneira de introdução em
livre prática.
Após a anulação dessa declaração, consoante as regras de execução nacionais, o IVA pode
ser tratado do seguinte modo:
Nos termos do artigo 174.º do CAU, a anulação da declaração aduaneira só pode ser
requerida pelo declarante.
69
d) Se os operadores postais/transportadores expresso/agentes aduaneiros não
declararem que atuam na qualidade de representantes, considera-se que atuam
em nome e por conta própria, assumindo todas as responsabilidades inerentes
ao estatuto de declarante, nomeadamente, tornando-se devedores do IVA.
Se não for possível proceder à entrega das mercadorias ou estas tiverem sido recusadas pelo
destinatário (ou seja, o consumidor na UE), há que anular a declaração aduaneira de
introdução em livre prática para eliminar a obrigação de pagamento do IVA. O declarante
tem de apresentar o pedido na sequência da devolução das mercadorias ao abrigo de um novo
contrato de transporte que contenha uma referência ao contrato de transporte utilizada para a
importação das mercadorias e à declaração aduaneira de importação constante do registo do
operador (para o endereço do remetente inicial).
70
d) Caso os operadores postais/transportadores expresso/agentes aduaneiros não
declarem que atuam na qualidade de representantes, considerando-se, por
conseguinte, que atuam em nome e por conta própria, os próprios podem
solicitar a anulação enquanto declarantes da declaração aduaneira de
introdução em livre prática no seu próprio nome.
Por outro lado, devido ao volume muito elevado aguardado, é necessário pôr em prática um
mecanismo que mantenha a burocracia num nível razoável e praticável para ambas as partes
(alfândega e empresas).
O CAU não prevê uma habilitação destinada a especificar por meio de regulamentação de
execução as regras processuais da anulação da declaração aduaneira. Contudo, o grupo de
projeto Alfândega 2020 sobre as formalidades aduaneiras de importação e exportação
relacionadas com remessas de baixo valor (PG-LVC) identificou algumas boas práticas que
podem facilitar a anulação em grande escala de declarações aduaneiras de introdução em
livre prática de RBV. Há que ter em conta, porém, que a implantação das formalidades e dos
procedimentos relacionados com a anulação é decidida a nível nacional.
Tal implica a consolidação de diversos pedidos num único envio em formato eletrónico,
contendo os dados seguintes:
71
ANEXO 1
DECLARAÇÕES ADUANEIRAS DE INTRODUÇÃO EM LIVRE PRÁTICA DE REMESSAS DE BAIXO VALOR A PARTIR DE 1 DE JULHO DE 2021
16
Apenas aplicável a transações B2C.
72
150,01 € e 1 000 € - Não é permitida a
utilização dos regimes
aduaneiros 42/63
73
ANEXO 2
GRUPAGEM DE RBV IMPORTADAS PARA A UE
Caso de utilização 1
Diversas encomendas para consumidores diferentes.
Todas as encomendas elegíveis para efeitos do IOSS
Pontos de partida:
74
Processo de declaração:
1. O transportador declarará cada encomenda (e unidades de transporte associadas)
em declarações aduaneiras individuais às autoridades aduaneiras no Estado-Membro
em que as mercadorias tenham entrado na UE por meio do conjunto de dados H7,
onde se incluirá o número de identificação IVA do IOSS válido do fornecedor ou da
interface eletrónica, bem como os números de identificação da encomenda e da
unidade de transporte. O número de identificação da encomenda deve ser incluído no
E.D. 12 08 000 000; o número de identificação da unidade de transporte deve ser
incluído no E.D. 12 05 000 000;
o número de identificação IOSS deve ser incluído no E.D. 13 16 000 000.
2. As autoridades aduaneiras dos Estados-Membros verificarão separadamente as
declarações individuais (por encomenda).
3. As autoridades aduaneiras dos Estados-Membros podem decidir fiscalizar algumas
das encomendas/unidades de transporte.
4. Todas as encomendas serão desalfandegadas para introdução em livre prática e
entrega.
75
Caso de utilização 2
Diversas encomendas para consumidores diferentes.
Encomendas de diversos fornecedores/interfaces eletrónicas
consolidadas.
Valor de cada encomenda inferior ao limiar de 150 EUR
IOSS aplicável para algumas encomendas, mas não para outras
Pontos de partida:
76
• O transportador procederá à desconsolidação do conteúdo do contentor ao entrar na
UE no intuito de transportar cada RBV para os consumidores/países de destino
pretendidos.
77
Visualização
Fronteira UE
Fornecedor em Clientes do
linha 1 Fornecedor 1
Transportador de «importação»
Fornecedor em Clientes do
linha 2 Fornecedor 2
Processo de declaração:
O processo de declaração que o transportador terá de seguir é diferente para os dois
fornecedores ou as duas interfaces eletrónicas.
1. Para o fornecedor 1 (segue-se o regime do IOSS em conformidade com o caso de
utilização acima)
a. O transportador declarará cada uma das 600 encomendas (e unidades de transporte
associadas) em declarações aduaneiras individuais às autoridades aduaneiras no
Estado-Membro em que as mercadorias tenham entrado na UE.
b. Incluirá o número de identificação IVA do IOSS válido do fornecedor 1, bem
como os números de identificação da encomenda e da unidade de transporte. O
número de identificação da encomenda deve ser incluído no E.D. 12 08 000 000; o
número de identificação da unidade de transporte deve ser incluído no E.D.
12 05 000 000; o número de identificação IOSS deve ser incluído no E.D.
13 16 000 000. Cada declaração deve cumprir todos os outros requisitos da DA
com o conjunto de dados H7.
c. As autoridades aduaneiras dos Estados-Membros verificarão separadamente as
declarações individuais (por encomenda).
d. As autoridades aduaneiras dos Estados-Membros podem decidir fiscalizar
algumas das encomendas/unidades de transporte.
79