I. O documento trata de uma defesa prévia contra um processo administrativo de suspensão da CNH por pontuação.
II. Alega-se a nulidade do processo devido à ausência de notificação pessoal das infrações, cerceando sua defesa.
III. Pede-se a anulação do processo ou a demonstração das devidas notificações.
I. O documento trata de uma defesa prévia contra um processo administrativo de suspensão da CNH por pontuação.
II. Alega-se a nulidade do processo devido à ausência de notificação pessoal das infrações, cerceando sua defesa.
III. Pede-se a anulação do processo ou a demonstração das devidas notificações.
I. O documento trata de uma defesa prévia contra um processo administrativo de suspensão da CNH por pontuação.
II. Alega-se a nulidade do processo devido à ausência de notificação pessoal das infrações, cerceando sua defesa.
III. Pede-se a anulação do processo ou a demonstração das devidas notificações.
I. O documento trata de uma defesa prévia contra um processo administrativo de suspensão da CNH por pontuação.
II. Alega-se a nulidade do processo devido à ausência de notificação pessoal das infrações, cerceando sua defesa.
III. Pede-se a anulação do processo ou a demonstração das devidas notificações.
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ILUSTRÍSSIMO SENHOR DIRETOR/PRESIDENTE DO DEPARTAMENTO ESTADUAL DE
TRÂ NSITO-DETRAN, DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO/RJ.
NOME, brasileiro, PROFISSÃ O, portador do RG XXXX IFPRJ, portador da CNH registro nºxxxx, inscrito no CPF nºxxxxxxx, residente e domiciliado na xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx vem respeitosamente à presença de Vossa Senhoria, através do seu advogado (procuraçã o anexa) em decorrência de Processo Administrativo nº xxxxxxxxxxxxxxxxxx, apresentar DEFESA PRÉ VIA com base no artigo 265 do Có digo de Trâ nsito Brasileiro, conforme notificaçã o anexa, o que faz da seguinte forma: I – Dos Fatos Trata-se de um procedimento para apuraçã o de eventual medida administrativa de suspensã o da Carteira Nacional de Habilitaçã o do Recorrente com base na Resoluçã o nº 182 do CONTRAN. O Recorrente teria supostamente praticado infraçõ es de trâ nsito, que juntas superam os vinte pontos num período de 12 meses em seu prontuá rio, o que deu ensejo a instauraçã o deste procedimento administrativo. Conforme consta da notificaçã o em anexo, o prontuá rio de habilitaçã o do Recorrente contabiliza 20 pontos, decorrentes das autuaçõ es abaixo relacionadas: Com efeito, o Requerente ficou surpreso ao ser notificado pelo DETRAN de que, contra si havia sido instaurado o Procedimento Administrativo da Suspensã o supracitado. Isto porque, referido procedimento serve para apurar a Suspensã o de seu Direito de Dirigir. Placa /Nú mero Auto/ Data Auto /Pontos/ Situaçã o xxxxxxxxxxxxxxx 30/05/2015 4-média ATIVOS xxxxxxxxxxxxx 24/12/2015 4-média ATIVOS xxxxxxxxxxxx 24/12/2015 4-média ATIVOS xxxxxxxxxxxxxxx4 08/01/2016 4-média ATIVOS
Ocorre que o artigo 13 da Resoluçã o 182 do CONTRAN, e também o artigo 15 da portaria
767 do DETRAN, bem como do art. 5º, LV da Constituiçã o Federal, entre outros, estabelecem que as decisõ es devem de ser motivadas e fundamentadas, para que o Cidadã o nã o tenha o seu direito de defender-se prejudicado ou cerceado. De imediato, importante mencionar que nã o foi cumprido o requisito citado acima neste Processo Administrativo nº E-xxxxxxxxxxxxx, Portanto, requer-se desde já a aplicaçã o da nulidade do processo administrativo com sua suspensã o do direito de dirigir pela irregularidade do Processo Administrativo nº E-xxxxxxxxxxxx , pelas razõ es de fato e de direto que serã o a seguir expostas. Ainda, demonstrar-se-á que referido procedimento administrativo nã o tem o condã o de permanecer, eis que ocorreu a prescriçã o dos créditos que estã o sendo cobrados, bem como nã o pode ser aplicada a suspensã o do seu direito de dirigir por simples Resoluçã o Administrativa. II.1 Da nulidade pela ausência de notificaçã o Conforme se aufere da notificaçã o do processo administrativo de suspensã o em anexo, há em nome do Recorrente 05 multas, num período de 12 meses. Ocorre que todas as multas mencionadas na notificaçã o recebida, que ensejaram o respectivo processo, nã o sã o do conhecimento da Recorrente. Algum erro no envio/entrega das correspondências certamente ocasionou o nã o conhecimento por parte do Recorrente das multas conferidas a sua pessoa, e, pelo fato de nã o ter conhecimento das multas, nã o pode apresentar o recurso cabível no momento oportuno. Entretanto, trata-se da notificaçã o pessoal como uma condiçã o necessá ria para a validade nas autuaçõ es de trâ nsito, sempre que a residência do infrator for conhecida, como é no presente caso. Como é sabido por este ó rgã o de trâ nsito, bem como foi corroborado pelo Colendo Supremo Tribunal Federal, este já decidiu que o autor de uma infraçã o de trâ nsito deve ser notificado pessoalmente, salvo se sua residência for desconhecida, sob pena da nulidade da penalidade imposta conforme comprova a seguinte ementa de decisã o: Mandado de Segurança. Renovaçã o de licença. Ocorrência de multa imposta sem notificaçã o do infrator. II- Nã o prevalecem até que seja regularmente intimado. Dita intimaçã o é pessoal, salvo se desconhecida a residência do infrator"(1ª T do STF. Recurso Extraordiná rio nº 89.072-6. Relator Ministro Carlos Thompson Flores. j. 15.05.79 – DJ de 15.05.79). Ainda, observe-se que o pró prio CTB traz como requisitos de validade dos autos de infraçã o, a assinatura como demonstraçã o de intimaçã o, conforme o inciso IV do artigo 280: Art. 280. Ocorrendo infraçã o prevista na legislaçã o de trâ nsito, lavrar-se-á auto de infraçã o, do qual constará : [...] VI – assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como notificaçã o do cometimento da infraçã o. Como a residência do Recorrente é conhecida no documento de registro do veículo, é totalmente possível a sua notificaçã o pessoal inclusive com assinatura. Aliá s, este é o entendimento que se subtrai das decisõ es do STF e STJ, que também entendem pela necessidade da notificaçã o pessoal do infrator para a validade da aplicaçã o da multa quando a sua residência for conhecida. Neste sentido, por incidência do artigo 282 do CTB, em face da ausência de cientificaçã o do Recorrente das autuaçõ es sofridas, impossível lhe impor a penalidade em comento, pois, como era possível a assinatura do infrator nos termos do artigo 280 do CTB, nã o há como se negar a ilegalidade do processo administrativo visto que o Recorrente nã o foi notificado, por ter sido o procedimento instaurado com base em ato administrativo nulo, representado em autuaçõ es que nã o cumpriram as formalidades necessá rias para sua validade, pois, estando viciados os objetos, viciam todo o processo administrativo. Isso posto, requer seja declarada a anulaçã o do presente Processo Administrativo nº xxxxxxxxxxxxx, em face na inexistência de notificaçã o da Recorrente do objeto que ensejou o referido processo, por manifesto erro do ó rgã o competente quando do envio das autuaçõ es imputadas. Para comprovar o alegado, o Recorrente requer seja juntado ao processo as có pias dos ARs (avisos de recebimento) referentes as notificaçõ es de todas as multas que ensejaram o presente processo, pois demonstrado que o CTB estabelece como requisito de validade a notificaçã o com assinatura, e que deveriam estar na posse do ó rgã o que realizou auferiu as infraçõ es, veja-se o que dispõ e o CTB em seu artigo 325: Art. 325. As repartiçõ es de trâ nsito conservarã o por, no mínimo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à habilitaçã o de condutores, ao registro e ao licenciamento de veículos e aos autos de infraçã o de trâ nsito. Por fim, a inexistência destes comprovantes tem a aptidã o para confirmar o fato de que o Recorrente nã o foi notificado. E ainda, caso se entenda que equivocadamente este foi notificado, que se demonstre as notificaçõ es recebidas com os devidos requisitos legais exigidos. II.2 Do cerceamento de defesa pela ausência de notificaçã o Em face de o Recorrente nã o ter sido notificado pelas supostas multas de trâ nsito que levaram a atingir 20 pontos na CNH, a qual ensejou-se equivocadamente a instauraçã o do processo administrativo para suspender o seu direito de dirigir, fica visível o cerceamento de defesa que sofreu o Recorrente, pois nunca teve a oportunidade de recorrer das supostas infraçõ es. Conforme a Sú mula 212 do Superior Tribunal de Justiça a notificaçã o é dupla, vejamos: No processo administrativo para imposiçã o de multa de trâ nsito, sã o necessá rias as notificaçõ es da autuaçã o e da aplicaçã o da pena decorrente da infraçã o. As multas cometidas pelo requerente nunca foram notificadas no seu endereço constante no DETRAN/RJ, estado mesmo atualizado já que a requerente recebeu a notificaçã o do processo administrativo . Onde se encontra a notificaçã o de que a notificaçã o foi recebida? Por qual motivo nã o foi anexada aos autos? A pró pria jurisprudência é clara em entender pela necessidade da intimaçã o para apresentaçã o de defesa, pois caso contrá rio é o mesmo que cerceamento de defesa, vejamos: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. INFRAÇÃ O DE TRÂ NSITO. APLICAÇÃ O DE MULTA POR INFRAÇÃ O DE TRÂ NSITO SEM A INTIMAÇÃ O PARA APRESENTAÇÃ O DE DEFESA PRÉ VIA. DESCABIMENTO. I - É ilegal a aplicaçã o da penalidade de multa ao proprietá rio do veículo, sem que haja a notificaçã o para a apresentaçã o da defesa prévia (Resp nº 426.084/RS, Relator Min. Luiz Fux, DJ de 02/12/2002, p. 242). II - Recurso especial provido. (STJ. Resp. 540914/RS. Rel. Min. Francisco Falcã o. 1ª Turma. J: 25.11.2003). No mesmo sentido: RECURSO INOMINADO. SEGUNDA TURMA RECURSAL DA FAZENDA PÚ BLICA. DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂ NSITO DO RIO GRANDE DO SUL. AUSÊ NCIA DE NOTIFICAÇÃ O FORMAL DO INFRATOR. SENTENÇA MANTIDA. Nã o havendo o DETRAN se desincumbido de comprovar haver notificado o recorrido, ainda que por edital, há violaçã o do contraditó rio e da ampla defesa, merecendo anulaçã o o procedimento administrativo a partir da sua notificaçã o junto à JARI. RECURSO DESPROVIDO. UNÂ NIME. (Recurso Cível Nº 71005591920, Segunda Turma Recursal da Fazenda Pú blica, Turmas Recursais, Relator: Deborah Coleto Assumpçã o de Moraes, Julgado em 24/02/2016). Tem-se em vista que, conforme determinaçã o do ordenamento legal o pedido de conversã o da penalidade em questã o pode ser feito inclusive em grau de recurso, pois os ó rgã os recursais tem competência para modificar ato de autoridade de trâ nsito, conforme, inclusive, já se posicionou o pró prio CONTRAN: PROCESSO 014/94; INTERESSADO: Jose Igná cio Sequeira de Almeida - Coordenador da JARI/SP/SP; Interpretaçã o do artigo 108 do CNT; RELATOR: Senhor Conselheiro: ALFREDO PERES DA SILVA; o Redator apresentou o Parecer CONTRAN 100/94. Apó s apresentaçã o do parecer e do voto do senhor Conselheiro Redator resolve o Plená rio, à unanimidade, o acompanhar decidindo que: a) tanto as JARI's quanto os CETRAN'S tem competência legal para modificar ato de autoridade de trâ nsito, incluindo, obviamente, a transformaçã o de multa em advertência. [...] Dê-se ciência aos interessados e ao CETRAN/SP. (Parecer 100/94, inserto na Ata da 3.677, da 228ª Reuniã o daquele ó rgã o, realizada em 11.10.1994 - DOU de 04.11.1994) Por fim tendo em vista que o requerente nunca recebeu as notificaçõ es referentes as infraçõ es, é evidente que houve ilegalidade, tendo cerceado o direito de apresentar defesa prévia das mesmas, inclusive a conversã o de infraçã o de natureza leve em advertência por escrito, o que restaria na sua pontuaçã o diminuída. Assim, cabe ao Requerente a anulaçã o das infraçõ es em que teve cerceado seu direito de defesa, e, nã o sendo este Vosso entendimento, requer a abertura de prazo oportunizando ao Requerente a apresentaçã o de defesa prévia por todas as supostas infraçõ es cometidas, sob pena de nulidade das infraçõ es por cerceamento de defesa, pois, conforme as decisõ es acima mencionadas a presente Defesa Prévia ainda é oportunidade para o Requerente defender-se das infraçõ es. II.3 - Da impossibilidade da suspensã o do direito de dirigir Vale mencionar que o Recorrente nunca sofreu processo administrativo levando a suspensã o e cassaçã o da CNH, também possui extrema necessidade do veículo, nã o apenas para meio de locomoçã o pró prio, mas também de toda sua família, bem como instrumento de trabalho e sustento do lar. Nã o é possível que o requerente fique sem poder dirigir, pois poderá acarretar na pobreza de sua família e inviabilizar o sustento transcendem a pessoa do motorista e repercutem na manutençã o de toda a família, bem como para satisfaçã o das suas necessidades locomotivas. Assim, requer que caso nã o seja atendida os pedidos anteriores, conceda a suspensã o do processo administrativo, pois conforme artigo 6º da CF, o trabalho é um direito social resguardado ao cidadã o, e tem-se por este o ú nico meio de sobrevivência do Recorrente. IV – Dos Pedidos Ante o exposto requer-se: Requer que as publicaçõ es ocorram em nome dos patronos, xxxxxxxxxxxxxxxx, ambos situado no escritó rio na xxxxxxxxxxxxxxxxx sob pena de nulidade do ato praticado; a) Sucessivamente, o provimento da presente DEFESA PRÉ VIA, para declarar a anulaçã o do presente processo administrativo pela ausência e/ou inexistência de notificaçã o/infraçã o de trâ nsito em face da Recorrente; b) A juntada das notificaçõ es realizadas e, em tese, cometidas pelo Recorrente, com fulcro no art. 325 do CTB, as quais ensejaram a instauraçã o do procedimento administrativo; c) A declaraçã o de nulidade ou anulaçã o das infraçõ es em que teve cerceado seu direito de defesa. Sucessivamente, a abertura de prazo para a apresentaçã o de defesa prévia pelas supostas infraçõ es cometidas. d) A declaraçã o de nulidade ou anulaçã o deste Processo Administrativo nº xxxxxxxxxxxxxxxxxx , tendo em vista o cerceamento do direito de defesa do Recorrente, seguido de seu posterior arquivamento. Pede deferimento. xxxxxxxxxxx, 30 de outubro de 2019 ___________________________________________________ advogado e oab