.5 Simulado 05 v1
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Autor:
Carlos Roberto
Simulado 05
27 de Fevereiro de 2021
Vá e vença , CARALHO!
Carlos Roberto
Simulado 05
1 – Introdução........................................................................................................................................... 2
2 – Simulado............................................................................................................................................. 2
4 – Gabarito ............................................................................................................................................ 42
Vá e vença , CARALHO!
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1 – INTRODUÇÃO
Olá, caros alunos. Como estão? Neste momento, vocês terão a oportunidade de exercitar o que aprenderam
nas aulas anteriores através da resolução das questões de um simulado.
É importante que vocês tentem simular também a situação de realização da prova, dispensando a consulta
ao material, uma vez que assim a preparação será ainda mais eficiente.
2 – SIMULADO
A história eleitoral do Brasil é uma das mais ricas do mundo. Durante o período colonial, a população das vilas
e cidades elegia os representantes dos conselhos municipais. As primeiras eleições gerais para escolha dos
representantes à Corte de Lisboa ocorreram em 1821. No ano seguinte, foi promulgada a primeira lei eleitoral
brasileira, que regulou as eleições dos representantes da Constituinte de 1823. Desde 1824, quando aconteceu
a primeira eleição pós-independência, foram eleitas cinquenta e uma legislaturas para a Câmara dos
Deputados. Somente durante o Estado Novo (1937-1945), as eleições para a Câmara foram suspensas.
Hoje, os eleitores escolhem os representantes para os principais postos de poder (presidente, senador,
deputado federal, governador, deputado estadual, prefeito e vereador) e pouca gente duvida da legitimidade
do processo eleitoral brasileiro. As fraudes foram praticamente eliminadas. A urna eletrônica permite que os
resultados sejam proclamados poucas horas depois do pleito. As eleições são competitivas, com enorme oferta
de candidatos e partidos (uma média de trinta partidos por eleição). Quatro em cada cinco adultos
compareceram às últimas eleições para votar. O sufrágio é universal, pois já não existem restrições
significativas que impeçam qualquer cidadão com pelo menos dezesseis anos de idade de ser eleitor. Hoje, o
Brasil tem o terceiro maior eleitorado do planeta, perdendo apenas para a Índia e os Estados Unidos da
América.
1. Nesse texto, o autor louva o processo eleitoral no Brasil, onde, segundo ele, a tecnologia e a
inexistência de fraudes concorrem para o reconhecimento da legitimidade desse processo.
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2. Conclui-se da leitura do texto que a magnitude numérica do eleitorado brasileiro, o “terceiro maior”
do planeta, decorre da disposição de 80% dos brasileiros de comparecer às eleições.
A questão refere-se no infográfico.
O item a seguir apresenta uma afirmação referente aos dados da pesquisa a que se refere o texto. Julgue-
o quanto à correção gramatical e à conformidade com os dados apresentados.
3. A pesquisa da FIESP levantou dados estatísticos acerca dos fatores que os brasileiros julgam estar
ligados à felicidade, como, por exemplo, a idade e o casamento.
Os itens baseiam-se no texto.
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Para o filósofo Bentham, a felicidade era uma proposição matemática, e ele passou anos realizando pequenos
ajustes em seu "cálculo da felicidade", um termo maravilhosamente atraente. Eu, por exemplo, nunca associei
cálculo à felicidade. No entanto, trata-se de matemática simples. Some os aspectos prazerosos de sua vida,
depois subtraia os desagradáveis. O resultado é a sua felicidade total. Os mesmos cálculos, acreditava
Bentham, podiam ser aplicados a uma nação inteira. Cada medida tomada por um governo, cada lei
aprovada, deveria ser vista sob o prisma da "maior felicidade possível". Bentham ponderou que dar dez dólares
a um homem pobre contava mais do que dar dez dólares a um homem rico, já que o pobre tirava mais prazer
desse dinheiro.
4. Infere-se do texto que, para Bentham, os pobres têm mais direito à felicidade, devido à sua
capacidade de tirar mais prazer de pequenas coisas.
5. O autor constrói seu texto de forma a se aproximar do leitor, o que explica, por exemplo, o emprego
da primeira pessoa do singular no segundo período e o do imperativo no quarto.
Com base no texto, julgue os próximos itens.
A mais ínfima felicidade, quando está sempre presente e nos torna felizes, é incomparavelmente superior à
maior de todas, que só se produz de maneira episódica, como uma espécie de capricho, como uma inspiração
insensata, em meio a uma vida que é dor, avidez e privação. Tanto na menor como na maior felicidade, porém,
há sempre algo que faz que a felicidade seja uma felicidade: a faculdade de esquecer, ou melhor, em palavras
mais eruditas, a faculdade de sentir as coisas, durante todo o tempo que dura a felicidade, fora de qualquer
perspectiva histórica. Aquele que não sabe instalar-se no limiar do instante, esquecendo todo o passado,
aquele que não sabe, como uma deusa da vitória, colocar-se de pé uma vez sequer, sem medo e sem vertigem,
este não saberá jamais o que é a felicidade, e o que é ainda pior: ele jamais estará em condições de tornar os
outros felizes. É possível viver, e mesmo viver feliz, quase sem lembrança, como o demonstra o animal; mas é
absolutamente impossível ser feliz sem esquecimento.
6. No segundo período do texto, o trecho introduzido pelos dois-pontos apresenta uma explicação do
que o autor entende por "maior felicidade".
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Talvez o distinto leitor ou a irresistível leitora sejam naturais, caso em que me apresso a esclarecer que nada
tenho contra os naturais, antes pelo contrário. Na verdade, alguns dos meus melhores amigos são naturais.
Como, por exemplo, o festejadíssimo cineasta patrício Geraldo Sarno, que é baiano e é natural — pois neste
mundo as combinações mais loucas são possíveis. Certa feita, estava eu a trabalhar em sua ilustre companhia
quando ele me convidou para almoçar (os cineastas, tradicionalmente, têm bastante mais dinheiro do que os
escritores; deve ser porque se queixam muito melhor). Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que,
apesar de simpático, me pareceu um pouco estranho. Por que a maior parte das pessoas comia com ar religioso
e contrito? Que prato seria aquele que, olhos revirados para cima, mastigação estoica, e expressão de quem
cumpria dever penosíssimo, um casal comia, entre goles de uma substância esverdeada e viscosa que
lentamente se decantava — para grande prejuízo de sua já emética aparência — numa jarra suspeitosa? Logo
fui esclarecido, quando meu companheiro e anfitrião, os olhos cintilantes e arregalados, me anunciou:
João Ubaldo Ribeiro. A vida natural. In: Arte e ciência de roubar galinha.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.
8. Infere-se do texto que, para o autor, os baianos não são naturalmente adeptos da alimentação
natural.
Leia a tirinha para julgar o item.
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Julgue o item subsequente, relativo a ideias e aos aspectos não verbais da tirinha apresentada.
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9. O autor se utiliza da criatividade lúdica da personagem Mafalda para criticar a omissão das
autoridades quanto à poluição e ao recolhimento de entulho.
Julgue o próximo item referente ao texto a seguir.
Os primeiros vestígios de atividade contábil foram encontrados na Mesopotâmia, por volta de 4.000 a.C.
Inicialmente, eram utilizadas fichas de barro para representar a circulação de bens, logo substituídas por
tábuas gravadas com a escrita cuneiforme. Portanto, os registros contábeis não só antecederam o
aparecimento da escrita como subsidiaram seu surgimento e sua evolução. Embora a fiscalização de contas
conste de registros mais antigos, prática já exercida por escribas egípcios durante o reinado do faraó Menés I,
foi na Grécia que se configurou o primeiro esboço de um tribunal de contas, formado por dez tesoureiros,
guardiões da administração pública. Contudo, somente em Roma, a contabilidade atingiu sua mais alta
expressão com a sistematização de mecanismos de controle que, por gozarem de estatuto jurídico
preeminente, influenciaram todo o Ocidente e as civilizações modernas.
10. Os registros contábeis precedem historicamente o surgimento da escrita e também são essenciais
para o entendimento e a evolução dos sistemas de escrita.
Texto.
Todos nós, homens e mulheres, adultos e jovens, passamos boa parte da vida tendo de optar entre o certo e o
errado, entre o bem e o mal. Na realidade, entre o que consideramos bem e o que consideramos mal. Apesar
da longa permanência da questão, o que se considera certo e o que se considera errado muda ao longo da
história e ao redor do globo terrestre.
Ainda hoje, em certos lugares, a previsão da pena de morte autoriza o Estado a matar em nome da justiça. Em
outras sociedades, o direito à vida é inviolável e nem o Estado nem ninguém tem o direito de tirar a vida alheia.
Tempos atrás era tido como legítimo espancarem-se mulheres e crianças, escravizarem-se povos. Hoje em dia,
embora ainda se saiba de casos de espancamento de mulheres e crianças, de trabalho escravo, esses
comportamentos são publicamente condenados na maior parte do mundo.
Mas a opção entre o certo e o errado não se coloca apenas na esfera de temas polêmicos que atraem os
holofotes da mídia. Muitas e muitas vezes é na solidão da consciência de cada um de nós, homens e mulheres,
pequenos e grandes, que certo e errado se enfrentam.E a ética é o domínio desse enfrentamento.
Marisa Lajolo. Entre o bem e o mal. In: Histórias sobre a ética. 5.ª ed. São
Paulo: Ática, 2008 (com adaptações).
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A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue.
11. Sem prejuízo para o sentido original do texto, o trecho “esses comportamentos são publicamente
condenados na maior parte do mundo” poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma:
publicamente, esses comportamentos consideram-se condenados em quase todo o mundo.
A questão baseia-se no texto.
Inalterado desde a redemocratização, o sistema político brasileiro está finalmente diante de uma
oportunidade concreta de mudanças, principalmente em relação a aspectos que dão margem a uma série de
deformações e estimulam a corrupção já a partir do período de campanha eleitoral. Se as restrições históricas
às transformações não prevalecerem, a Câmara dos Deputados deverá dar início ao debate sobre uma série de
inovações com chance de valerem já para as próximas eleições. Mais uma vez, questões importantes como o
voto facultativo e o distrital ficarão de fora, o que faz que as atenções se concentrem em aspectos mais
polêmicos, como o financiamento público de campanha, a partir da criação de um fundo proposto por meio de
projeto de lei. Se a intenção é mesmo reduzir as margens para desvios de dinheiro, é importante que as
pretensões, nesse e em outros pontos, sejam avaliadas com objetividade e sem prejulgamentos.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o melhor exemplo de que a reforma do Poder Judiciário não está
estagnada. Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao qual cabia o epíteto
“órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses moldes, para controlar a atuação
do Poder Judiciário, gerava polêmica.
Atualmente, o CNJ não só se tornou realidade, como ainda é citado em outro contexto. O órgão goza hoje de
alto conceito como ferramenta de planejamento. É verdade que subsistem controvérsias acerca dos limites de
sua atuação, mas elas permanecem em segundo plano diante de medidas moralizadoras por ele determinadas,
como o combate ao nepotismo e aos supersalários, além da aplicação de penalidades aos magistrados.
Antes, os quase cem tribunais do país funcionavam sem nenhuma coordenação, e pouco — às vezes, nada —
se sabia sobre eles. Não havia certeza sequer a respeito do total de processos, juízes e recursos. A partir da
elaboração de relatórios como o Justiça em Números, o CNJ pôde, por exemplo, criar metas para desatar os
nós da justiça brasileira. Uma delas, de 2009, previa o julgamento de todos os processos distribuídos antes de
2006. Identificaram-se quase 4,5 milhões de casos; 90% deles já foram julgados.
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Em relação às informações e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue.
13. Prejudica-se a correção gramatical do texto ao se substituir a expressão “Dez anos atrás” por “Há
dez anos”.
A questão baseia-se no texto.
O condutor defensivo é aquele que adota um procedimento preventivo no trânsito, sempre com cautela e
civilidade. O motorista defensivo não dirige apenas, pois está sempre pensando em segurança, pensando
sempre em prevenir acidentes, independente dos fatores externos e das condições adversas que possam estar
presentes.
O condutor defensivo é aquele que tem uma postura pacífica, consciência pessoal e de coletividade, tem
humildade e autocrítica.
14. O pronome “aquele” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituído
por “o”.
Julgue o próximo item, referente ao texto abaixo.
O censo demográfico é a mais importante fonte de informações sobre as condições de vida da população
brasileira. A parte divulgada agora refere-se ao questionário básico que foi respondido em todos os domicílios
visitados. Por ser a única pesquisa que abrange os 5.507 municípios do país, é um instrumento precioso para o
planejamento de todas as políticas voltadas para o bem-estar social. A conclusão desse calhamaço - são 500
páginas de informações colhidas por 200.000 recenseadores entre agosto e novembro do ano 2000 - é que o
país avançou. Os 169 milhões de brasileiros registrados no Censo 2000 vivem, em linhas gerais, melhor do que
se vivia em 1991. A questão é que é preciso avançar mais e mais rápido para pôr fim à injustiça social. "É como
um copo com água pela metade. Alguns dirão que está meio cheio e outros dirão que está meio vazio", resume
o presidente do IBGE. De qualquer maneira, há meio copo a ser preenchido. Trata-se de um desafio para uma
década, ou duas, ou mais ainda do que isso. Mas é bom lembrar que, se dez anos é prazo curto para
eliminar problemas estruturais, é também tempo mais que suficiente para agravá-los de forma drástica. Aí
está a Argentina a servir de exemplo. Em 1991, apostou todas as fichas no plano econômico que prometeu vida
de Primeiro Mundo à população. Dez anos depois, o resultado é pobreza e caos em um país que sempre se
orgulhou, com motivo, de suas conquistas sociais.
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15. No texto, corresponde à circunstância de causa o termo "Por", que pode ser substituído
por “Devido a”.
Leia o texto e julgue o item que o segue.
A natureza jamais vai deixar de nos surpreender. As teorias científicas de hoje, das quais somos justamente
orgulhosos, serão consideradas brincadeira de criança por futuras gerações de cientistas. Nossos modelos
de hoje certamente serão pobres aproximações para os modelos do futuro. No entanto, o trabalho dos
cientistas do futuro seria impossível sem o nosso, assim como o nosso teria sido impossível sem o trabalho
de Kepler, Galileu ou Newton. Teorias científicas jamais serão a verdade final: elas irão sempre evoluir e
mudar, tornando-se progressivamente mais corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final de
perfeição. Novos fenômenos estranhos, inesperados e imprevisíveis irão sempre desafiar nossa
imaginação. Assim como nossos antepassados, estaremos sempre buscando compreender o novo. E, a
cada passo dessa busca sem fim, compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o mundo
a nossa volta.
Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa aventura, todos podemos compartilhar o êxtase que surge
a cada nova descoberta; se não por intermédio de nossas próprias atividades de pesquisa, ao menos ao
estudarmos as ideias daqueles que expandiram e expandem as fronteiras do conhecimento com sua
criatividade e coragem intelectual. Nesse sentido, você, eu, Heráclito, Copérnico e Einstein somos todos
parceiros da mesma dança, todos dançamos com o Universo. É a persistência do mistério que nos inspira
a criar.
16. Para conferir um tom menos categórico ao trecho “Teorias científicas jamais serão a verdade final",
poderia utilizar-se a expressão em tempo nenhum no lugar de “jamais”.
Leia o texto para julgar o item.
Sustentabilidade, crise econômica mundial, mudanças climáticas, escassez de mão de obra, inovação — essas
são as palavras-chaves que compõem o vocabulário das mudanças pelas quais passa o mundo e que,
inevitavelmente, impõem a cada um de nós a busca por um novo modelo de vida no planeta. Nesse cenário, a
educação tem peso de ouro e as universidades passam a assumir um papel fundamental no processo reflexivo
da sociedade.
17. A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos, caso se substituísse a expressão
“peso de ouro”, que tem natureza metafórica, por “muita importância” ou “muito valor”.
Texto.
A entrada da iniciativa privada no ensino superior deu-se primeiramente por meio de uma ampliação das
atividades que os empresários da educação já exerciam na esfera do ensino básico. Assim, a mesma
mentalidade organizacional que fez as empresas de ensino fundamental e médio expandirem e se
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consolidarem passou a reger as iniciativas privadas no ensino universitário. A ideia era trazer a eficiência
empresarial, que já era comprovada no ensino básico, para o ensino universitário e marcar, também nesse
nível, a superioridade organizacional da empresa particular.
Julgue o próximo item, no que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto acima.
18. A substituição de “deu-se” por “ocorreu” prejudicaria a correção gramatical e o sentido original do
texto.
Com base no texto a seguir, julgue o item.
Conta Darcy Ribeiro (1996) que, entre os índios Urubu-Kaapor, a Cobra Grande engolia muita gente e precisou
ser morta. “Antes de morrer, teve um sobressalto. Se levantou, subiu e foi bater no céu. Ficou lá a sombra dela.
É a Via Láctea, que até hoje a gente vê. Depois, caiu lá de cima, com grande barulho. Veio bater no chão,
acabou com a mata toda naquele lugar; só deixou um buraco. Agora é o mar Paraná-Ramiú.” Darcy, com o
jeito que lhe era característico, exclama: “Não é uma beleza? Aqui, o sangue de uma Cobra gigantesca deu
origem à Via Láctea e ao Avô-Mar!.”
19. Sem alteração de informação, o primeiro período do texto poderia ser reescrito da seguinte forma:
Entre os índios Urubu-Kaapor, contou, em 1996, Darcy Ribeiro que a cobra-grande, porque engolia
muita gente, morreu.
O item se baseia no texto abaixo.
O censo demográfico é a mais importante fonte de informações sobre as condições de vida da população
brasileira. A parte divulgada agora refere-se ao questionário básico que foi respondido em todos os domicílios
visitados. Por ser a única pesquisa que abrange os 5.507 municípios do país, é um instrumento precioso para o
planejamento de todas as políticas voltadas para o bem-estar social. A conclusão desse calhamaço - são 500
páginas de informações colhidas por 200.000 recenseadores entre agosto e novembro do ano 2000 - é que o
país avançou. Os 169 milhões de brasileiros registrados no Censo 2000 vivem, em linhas gerais, melhor do que
se vivia em 1991. A questão é que é preciso avançar mais e mais rápido para pôr fim à injustiça social. "É como
um copo com água pela metade. Alguns dirão que está meio cheio e outros dirão que está meio vazio", resume
o presidente do IBGE. De qualquer maneira, há meio copo a ser preenchido. Trata-se de um desafio para uma
década, ou duas, ou mais ainda do que isso. Mas é bom lembrar que, se dez anos é prazo curto para
eliminar problemas estruturais, é também tempo mais que suficiente para agravá-los de forma drástica. Aí
está a Argentina a servir de exemplo. Em 1991, apostou todas as fichas no plano econômico que prometeu
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vida de Primeiro Mundo à população. Dez anos depois, o resultado é pobreza e caos em um país que sempre se
orgulhou, com motivo, de suas conquistas sociais.
Lucila Soares. Veja, 26/12/2001, p. 33 (com adaptações).
20. No texto, corresponde à circunstância de tempo a expressão "Em 1991", que pode ser substituída
por “Há pouco mais de uma década”.
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24. No trecho "a combatiam", o pronome "a" retoma a ideia antecedente de necessidade de criação de um
tribunal de contas.
Texto.
Após fechar outubro com índice histórico de mão de obra direta (127.800 trabalhadores), o Polo Industrial de Manaus
(PIM) deu sequência aos bons resultados e encerrou novembro de 2013 com novo recorde de empregos: 129.663
trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados. O faturamento acumulado do PIM no período de janeiro a
novembro de 2013 também avançou, totalizando R$ 76,6 bilhões (US$ 35.7 bilhões), registrando-se crescimento de
12,40% (2,04% na moeda americana) em relação ao mesmo período de 2012.
Os dados fazem parte dos indicadores de desempenho do PIM, os quais são apurados mensalmente pela SUFRAMA
junto às empresas incentivadas do parque industrial da capital amazonense.
Internet: <www.suframa.gov.br> (com adaptações).
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Texto.
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o próximo item.
27. Susanita emprega verbos no imperativo em todas as falas dirigidas a Mafalda, pois, a todo
momento, dá ordens a ela.
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Quando conseguiu, em vez de mergulhar na liberdade, desconhecida e sem garantias, Alemão caminhou até
o restaurante lotado de visitantes. Pegou uma cerveja e ficou bebericando no balcão."
Eliane Brum. O cativeiro. In: A vida que ninguém vê. Porto Alegre:
Arquipélago, 2006, p. 53-4 (com adaptações).
Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto, julgue o item que se segue.
28. A forma verbal “passara” denota um fato ocorrido antes de duas outras ações também já
concluídas, as quais são descritas nos dois períodos imediatamente anteriores ao período em que ela
se insere.
29. Em "a União ameaça intervir", a forma verbal "intervir" está na terceira pessoa do infinitivo
pessoal, pois segue o paradigma verbal do verbo "ver”.
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especialistas que qualquer editora contrataria por somas astronômicas (certos astros não são muito grandes).
Era um enigma também para nós; mas, lamentações à parte, sabíamos de nossa incompetência, também
astronômica (alguns astros são bastante grandes), para lidar com contratos, chefes, prazos e, sobretudo,
reivindicações salariais. Tínhamos, além disso, algumas doenças comuns a todo o grupo, ou quase todo: a
bibliomania mais crônica que se possa imaginar, uma paixão neurótico deliquencial por textos antigos, que
nos levava frequentemente a visitas subservientes a párocos, conventos, igrejas e colégios. Procurávamos
criar relacionamentos que facilitassem o acesso a qualquer velharia escrita. Que poderia estar esperando por
nós, por que não?, desde séculos, ou décadas. Conhecíamos armários, sótãos, porões e cofres de sacristias,
bibliotecas, batistérios ou cenáculos, bem melhor do que seus proprietários ou curadores. Tínhamos achado
preciosidades que muitos colecionadores cobiçariam. Descobrir esses esconderijos era uma espécie de hobby
nosso nos fins de semana, quando saíamos atrás de boa comida, bons vinhos e velhos escritos."
Isaias Pessotti. Aqueles cães malditos de Arquelau. Rio de Janeiro:
Ed. 34, 1993, p. 11 (com adaptações).
32. Para que a ação que se refere aos policiais paraguaios e a seus comandantes estivesse no pretérito
imperfeito, no segundo período, ele deveria ser reescrito da seguinte forma: Usando uniformes de
camuflagem, armados com fuzis M-16 e pistolas 9 mm, eles comandavam 30 homens da elite da
polícia paraguaia que vasculhavam os 120 quilômetros que vão das cidades paraguaias de Pedro Juan
Caballero a Capitán Bado.
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33. A substituição da forma verbal “ficarão” por "ficam" preservaria a coerência e as ideias originais
do último período do texto.
Texto.
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs, durante o encontro dos países desenvolvidos, o G8, que o
Fundo Mundial contra a Fome seja financiado a partir de uma taxa sobre o comércio internacional de
armamentos. “Isso traria vantagens do ponto de vista econômico e ético”, disse Lula ao discursar para 20
chefes de Estado presentes à reunião.
Uma outra possibilidade de combater a miséria, segundo Lula, seria criar mecanismos para estimular o
investimento das nações mais ricas a partir de uma porcentagem dos juros pagos pelos países devedores. “A
pobreza e a miséria que atingem milhares de homens e mulheres no Brasil, na América Latina e na Ásia nos
obrigam a construir uma aliança contra a exclusão social.”
==7a566==
Tendo o texto acima por referência inicial e considerando o tema por ele abordado, julgue o item
subsequente.
34. O emprego do futuro do pretérito em "traria" e "seria" indica situações ainda consideradas
hipotéticas, sem realidade efetiva.
Texto.
"Uma legislação que tenha hoje 70 anos de vigência entrou em vigor muito antes do lançamento do primeiro
computador pessoal e do início da histórica revolução imposta pela tecnologia digital. Isso não seria problema
se esse não fosse o caso da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), destinada a regular um dos universos
mais impactados por esta revolução, o das relações trabalhistas.
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Instituída por Getúlio Vargas para outro Brasil — ainda agrário, com indústria e serviços incipientes —, a
CLT tem sido defendida por sindicatos em nome da “preservação dos direitos do trabalhador”.
Na vida real, longe das ideologias, a CLT, em função dos custos que impõe ao empregador, é, na verdade,
eficiente instrumento de precarização do próprio trabalhador."
3 – QUESTÕES COMENTADAS
1. Nesse texto, o autor louva o processo eleitoral no Brasil, onde, segundo ele, a tecnologia e a
inexistência de fraudes concorrem para o reconhecimento da legitimidade desse processo.
Comentário:
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No texto lido, o autor afirma que poucos duvidam da legitimidade do processo eleitoral brasileiro e que “As
fraudes foram praticamente eliminadas”. Desse modo, devido ao emprego do advérbio de modo
“praticamente”, conclui-se que as fraudes não inexistem, mas sim ocorrem em número muito reduzido.
Gabarito: item errado.
2. Conclui-se da leitura do texto que a magnitude numérica do eleitorado brasileiro, o “terceiro maior”
do planeta, decorre da disposição de 80% dos brasileiros de comparecer às eleições.
Comentário:
De acordo com o texto, devido ao sufrágio universal, não existem restrições significativas que impeçam
qualquer cidadão com pelo menos dezesseis anos de idade de ser eleitor e, se há poucas restrições,
consequentemente, a magnitude numérica do eleitorado brasileiro é grande. Sendo assim, pode-se
afirmar que o fato de 80% dos brasileiros eleitores terem efetivamente votado nas últimas eleições não é
o que determina a magnitude do eleitorado, já que esse fato é anterior ao comparecimento às eleições em
si.
Gabarito: item errado.
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O item a seguir apresenta uma afirmação referente aos dados da pesquisa a que se refere o texto. Julgue-
o quanto à correção gramatical e à conformidade com os dados apresentados.
3. A pesquisa da FIESP levantou dados estatísticos acerca dos fatores que os brasileiros julgam estar
ligados à felicidade, como, por exemplo, a idade e o casamento.
Comentário: No gráfico “Fatores de Felicidade” foram colocados os fatores citados como os mais
importantes para a felicidade dos brasileiros entrevistados. Entre os fatores relacionados pelos
entrevistados estão a idade, uma vez que 11% dos entrevistados considera ser jovem um motivo para
felicidade, e o casamento, já que 22,6% considera ser casado motivo para ser feliz. Quanto à correção
gramatical, pode-se afirmar que não há no trecho nenhum uso que esteja em desacordo com o padrão da
língua portuguesa.
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4. Infere-se do texto que, para Bentham, os pobres têm mais direito à felicidade, devido à sua
capacidade de tirar mais prazer de pequenas coisas.
Comentário: O texto diz que, para Bentham, dar dez dólares a um pobre conta mais do que dar a mesma
quantia a um rico, pois o pobre poderia tirar mais prazer desse dinheiro. Dessa informação não se pode
inferir que os pobres têm mais direito à felicidade, mas simplesmente que o pobre é capaz de aproveitar
melhor o pouco que venha a ganhar, vivenciando um momento de felicidade, do que o rico que já vive em
abundância.
Gabarito: item errado.
5. O autor constrói seu texto de forma a se aproximar do leitor, o que explica, por exemplo, o emprego
da primeira pessoa do singular no segundo período e o do imperativo no quarto.
Comentário: No texto, o autor emprega o pronome pessoal “eu”, 1ª pessoa do singular, e utiliza os verbos
imperativos “some” e “subtraia”, o que confere pessoalidade ao texto, aproximando autor e leitor, como
se ocorresse um contato real, um diálogo direto entre os interlocutores.
Gabarito: item certo.
Vá e vença , CARALHO!
Carlos Roberto
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outros felizes. É possível viver, e mesmo viver feliz, quase sem lembrança, como o demonstra o animal; mas é
absolutamente impossível ser feliz sem esquecimento.
F. W. Nietzsche. II Consideração intempestiva sobre a utilidade e os
inconvenientes da história para a vida. In: Escritos sobre história. São
Paulo: Loyola, 2005. p. 72-3 (com adaptações).
Texto.
Talvez o distinto leitor ou a irresistível leitora sejam naturais, caso em que me apresso a esclarecer que nada
tenho contra os naturais, antes pelo contrário. Na verdade, alguns dos meus melhores amigos são naturais.
Como, por exemplo, o festejadíssimo cineasta patrício Geraldo Sarno, que é baiano e é natural — pois neste
mundo as combinações mais loucas são possíveis. Certa feita, estava eu a trabalhar em sua ilustre companhia
quando ele me convidou para almoçar (os cineastas, tradicionalmente, têm bastante mais dinheiro do que os
escritores; deve ser porque se queixam muito melhor). Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que,
apesar de simpático, me pareceu um pouco estranho. Por que a maior parte das pessoas comia com ar religioso
e contrito? Que prato seria aquele que, olhos revirados para cima, mastigação estoica, e expressão de quem
cumpria dever penosíssimo, um casal comia, entre goles de uma substância esverdeada e viscosa que
lentamente se decantava — para grande prejuízo de sua já emética aparência — numa jarra suspeitosa? Logo
fui esclarecido, quando meu companheiro e anfitrião, os olhos cintilantes e arregalados, me anunciou:
— Surpresa! Vais comer um almoço natural!
João Ubaldo Ribeiro. A vida natural. In: Arte e ciência de roubar galinha.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.
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8. Infere-se do texto que, para o autor, os baianos não são naturalmente adeptos da alimentação
natural.
Comentário: Da leitura do trecho "Na verdade, alguns dos meus melhores amigos são naturais. Como, por
exemplo, o festejadíssimo cineasta patrício Geraldo Sarno, que é baiano e é natural — pois neste mundo
as combinações mais loucas são possíveis", podemos depreender que, para o autor, os baianos não são
naturalmente adeptos da alimentação natural, pois ele afirma que seu amigo Geraldo Sarno é baiano e
natural, o que representa uma combinação das mais loucas.
Gabarito: item certo.
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Julgue o item subsequente, relativo a ideias e aos aspectos não verbais da tirinha apresentada.
9. O autor se utiliza da criatividade lúdica da personagem Mafalda para criticar a omissão das
autoridades quanto à poluição e ao recolhimento de entulho.
Comentário:
Na tirinha, Mafalda brinca de escalada no entulho que está na calçada, tamanha é a quantidade de
resíduos. Ao terminar de escalar, a menina fantasia apresentar dificuldade de respiração devido à altitude,
sendo que, na verdade, passa por ela um carro emitindo muita fumaça escura. Ao final do texto, Mafalda
finge estar falando com a impressa que a entrevista após um feito tão importante e, em sua última fala,
agradece às autoridades que ofereceram condições para a realização de sua façanha. É justamente no
último balão que fica clara a ironia: “através deste microfone torno público meu reconhecimento às
autoridades que tão bem sabem manter as condições para o sucesso de façanhas como esta”, pois se
não fosse o descaso do poder público com a limpeza das ruas e com a emissão de poluentes, ela não poderia
ter fantasiado tudo que fantasiou em sua brincadeira. Assim, é nítida a crítica apresentada na tira às
autoridades competentes.
Gabarito: item certo.
Julgue o próximo item referente ao texto a seguir.
Os primeiros vestígios de atividade contábil foram encontrados na Mesopotâmia, por volta de 4.000 a.C.
Inicialmente, eram utilizadas fichas de barro para representar a circulação de bens, logo substituídas por
tábuas gravadas com a escrita cuneiforme. Portanto, os registros contábeis não só antecederam o
aparecimento da escrita como subsidiaram seu surgimento e sua evolução. Embora a fiscalização de contas
conste de registros mais antigos, prática já exercida por escribas egípcios durante o reinado do faraó Menés I,
foi na Grécia que se configurou o primeiro esboço de um tribunal de contas, formado por dez tesoureiros,
guardiões da administração pública. Contudo, somente em Roma, a contabilidade atingiu sua mais alta
expressão com a sistematização de mecanismos de controle que, por gozarem de estatuto jurídico
preeminente, influenciaram todo o Ocidente e as civilizações modernas.
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10. Os registros contábeis precedem historicamente o surgimento da escrita e também são essenciais
para o entendimento e a evolução dos sistemas de escrita.
Comentário:
A questão refere-se ao seguinte fragmento “os registros contábeis não só antecederam o aparecimento da
escrita como subsidiaram seu surgimento e sua evolução”. Tendo em vista que “anteceder” apresenta
sentido semelhante a “preceder” e que “subsidiar” é sinônimo de “contribuir”, podemos afirmar que os
registros contábeis precederam o surgimento da escrita e contribuíram com ele e com sua evolução, o que
é diferente de dizer que eles foram essenciais para o entendimento, como afirma a assertiva.
Texto.
Todos nós, homens e mulheres, adultos e jovens, passamos boa parte da vida tendo de optar entre o certo e o
errado, entre o bem e o mal. Na realidade, entre o que consideramos bem e o que consideramos mal. Apesar
da longa permanência da questão, o que se considera certo e o que se considera errado muda ao longo da
história e ao redor do globo terrestre.
Ainda hoje, em certos lugares, a previsão da pena de morte autoriza o Estado a matar em nome da justiça. Em
outras sociedades, o direito à vida é inviolável e nem o Estado nem ninguém tem o direito de tirar a vida alheia.
Tempos atrás era tido como legítimo espancarem-se mulheres e crianças, escravizarem-se povos. Hoje em dia,
embora ainda se saiba de casos de espancamento de mulheres e crianças, de trabalho escravo, esses
comportamentos são publicamente condenados na maior parte do mundo.
Mas a opção entre o certo e o errado não se coloca apenas na esfera de temas polêmicos que atraem os
holofotes da mídia. Muitas e muitas vezes é na solidão da consciência de cada um de nós, homens e mulheres,
pequenos e grandes, que certo e errado se enfrentam.E a ética é o domínio desse enfrentamento.
Marisa Lajolo. Entre o bem e o mal. In: Histórias sobre a ética. 5.ª ed. São Paulo: Ática, 2008 (com adaptações).
A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue.
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11. Sem prejuízo para o sentido original do texto, o trecho “esses comportamentos são publicamente
condenados na maior parte do mundo” poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma:
publicamente, esses comportamentos consideram-se condenados em quase todo o mundo.
Comentário:
Ao se reescrever o trecho destacado da forma apontada na questão, temos: Hoje em dia, embora ainda se
saiba de casos de espancamento de mulheres e crianças, de trabalho escravo, publicamente, esses
comportamentos consideram-se condenados em quase todo o mundo. Com a leitura da reescrita,
podemos perceber que o deslocamento do termo “publicamente” para o início da oração em que ele se
encontra traz prejuízo de sentido ao texto, visto que o advérbio de modo passa a se localizar logo após a
enumeração dos termos que exemplificam os comportamentos condenados no mundo, como se ele,
estando separado por vírgula, fosse mais um elemento da enumeração. Ademais, a permuta de “são
condenados” por “consideram-se condenados” implica na alteração do sentido, uma vez que o verbo
“considerar” denota uma visão pessoal, de acordo com o que pensa o autor, ao passo que o verbo “ser”
demonstra uma afirmação quanto ao fato mencionado no tempo, constituindo uma visão impessoal.
Inalterado desde a redemocratização, o sistema político brasileiro está finalmente diante de uma
oportunidade concreta de mudanças, principalmente em relação a aspectos que dão margem a uma série de
deformações e estimulam a corrupção já a partir do período de campanha eleitoral. Se as restrições históricas
às transformações não prevalecerem, a Câmara dos Deputados deverá dar início ao debate sobre uma série de
inovações com chance de valerem já para as próximas eleições. Mais uma vez, questões importantes como o
voto facultativo e o distrital ficarão de fora, o que faz que as atenções se concentrem em aspectos mais
polêmicos, como o financiamento público de campanha, a partir da criação de um fundo proposto por meio de
projeto de lei. Se a intenção é mesmo reduzir as margens para desvios de dinheiro, é importante que as
pretensões, nesse e em outros pontos, sejam avaliadas com objetividade e sem prejulgamentos.
Comentário:
O trecho “Inalterado desde a redemocratização” é uma oração reduzida de particípio que foi colocada
antes da oração principal “o sistema político brasileiro está finalmente diante de uma oportunidade
concreta de mudanças”. Se a oração reduzida em questão for inserida na oração principal, entre vírgulas,
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após “brasileiro” teremos: “O sistema político brasileiro, inalterado desde a redemocratização, está
finalmente diante de uma oportunidade concreta de mudanças (...)”. Após leitura da reescrita, pode-se
assegurar que a correção gramatical e a coerência do texto em questão seriam mantidas.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o melhor exemplo de que a reforma do Poder Judiciário não está
estagnada. Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao qual cabia o epíteto
“órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses moldes, para controlar a atuação
do Poder Judiciário, gerava polêmica.
Atualmente, o CNJ não só se tornou realidade, como ainda é citado em outro contexto. O órgão goza hoje de
alto conceito como ferramenta de planejamento. É verdade que subsistem controvérsias acerca dos limites de
sua atuação, mas elas permanecem em segundo plano diante de medidas moralizadoras por ele determinadas,
como o combate ao nepotismo e aos supersalários, além da aplicação de penalidades aos magistrados.
Antes, os quase cem tribunais do país funcionavam sem nenhuma coordenação, e pouco — às vezes, nada —
se sabia sobre eles. Não havia certeza sequer a respeito do total de processos, juízes e recursos. A partir da
elaboração de relatórios como o Justiça em Números, o CNJ pôde, por exemplo, criar metas para desatar os
nós da justiça brasileira. Uma delas, de 2009, previa o julgamento de todos os processos distribuídos antes de
2006. Identificaram-se quase 4,5 milhões de casos; 90% deles já foram julgados.
Em relação às informações e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue.
13. Prejudica-se a correção gramatical do texto ao se substituir a expressão “Dez anos atrás” por “Há
dez anos”.
Comentário:
A expressão “Dez anos atrás”, devido ao emprego do advérbio “atrás”, indica uma noção de tempo
passado, ou seja, decorreram-se dez anos da época em que se discutia a criação do Conselho Nacional de
Justiça. Se substituirmos a expressão “Dez anos atrás” por “Há dez anos”, a semântica da expressão será
mantida, bem como a correção gramatical, já que, nesse contexto, o verbo impessoal haver, conjugado na
3ª pessoa do singular, indica, da mesma maneira, tempo decorrido, isto é, tempo passado.
O condutor defensivo é aquele que adota um procedimento preventivo no trânsito, sempre com cautela e
civilidade. O motorista defensivo não dirige apenas, pois está sempre pensando em segurança, pensando
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sempre em prevenir acidentes, independente dos fatores externos e das condições adversas que possam estar
presentes.
O condutor defensivo é aquele que tem uma postura pacífica, consciência pessoal e de coletividade, tem
humildade e autocrítica.
14. O pronome “aquele” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituído
por “o”.
O censo demográfico é a mais importante fonte de informações sobre as condições de vida da população
brasileira. A parte divulgada agora refere-se ao questionário básico que foi respondido em todos os domicílios
visitados. Por ser a única pesquisa que abrange os 5.507 municípios do país, é um instrumento precioso para o
planejamento de todas as políticas voltadas para o bem-estar social. A conclusão desse calhamaço - são 500
páginas de informações colhidas por 200.000 recenseadores entre agosto e novembro do ano 2000 - é que o
país avançou. Os 169 milhões de brasileiros registrados no Censo 2000 vivem, em linhas gerais, melhor do que
se vivia em 1991. A questão é que é preciso avançar mais e mais rápido para pôr fim à injustiça social. "É como
um copo com água pela metade. Alguns dirão que está meio cheio e outros dirão que está meio vazio", resume
o presidente do IBGE. De qualquer maneira, há meio copo a ser preenchido. Trata-se de um desafio para uma
década, ou duas, ou mais ainda do que isso. Mas é bom lembrar que, se dez anos é prazo curto para
eliminar problemas estruturais, é também tempo mais que suficiente para agravá-los de forma drástica. Aí
está a Argentina a servir de exemplo. Em 1991, apostou todas as fichas no plano econômico que prometeu vida
de Primeiro Mundo à população. Dez anos depois, o resultado é pobreza e caos em um país que sempre se
orgulhou, com motivo, de suas conquistas sociais.
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15. No texto, corresponde à circunstância de causa o termo "Por", que pode ser substituído
por “Devido a”.
Comentário:
No período "Por ser a única pesquisa que abrange os 5.507 municípios do país, é um instrumento precioso
para o planejamento de todas as políticas voltadas para o bem-estar social" a preposição “por” expressa a
causa pela qual o censo é um instrumento precioso para o planejamento de todas as políticas voltadas para
o bem-estar social: o fato de ele ser a única pesquisa que abrange os 5.507 municípios do país. Uma vez que
transmite a ideia de causa, a preposição “por” pode ser substituída pela locução prepositiva “devido a”, a
qual apresenta a mesma ideia: Devido a ser a única pesquisa(...).
A natureza jamais vai deixar de nos surpreender. As teorias científicas de hoje, das quais somos justamente
orgulhosos, serão consideradas brincadeira de criança por futuras gerações de cientistas. Nossos modelos
de hoje certamente serão pobres aproximações para os modelos do futuro. No entanto, o trabalho dos
cientistas do futuro seria impossível sem o nosso, assim como o nosso teria sido impossível sem o trabalho
de Kepler, Galileu ou Newton. Teorias científicas jamais serão a verdade final: elas irão sempre evoluir e
mudar, tornando-se progressivamente mais corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final de
perfeição. Novos fenômenos estranhos, inesperados e imprevisíveis irão sempre desafiar nossa
imaginação. Assim como nossos antepassados, estaremos sempre buscando compreender o novo. E, a
cada passo dessa busca sem fim, compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o mundo
a nossa volta.
Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa aventura, todos podemos compartilhar o êxtase que surge
a cada nova descoberta; se não por intermédio de nossas próprias atividades de pesquisa, ao menos ao
estudarmos as ideias daqueles que expandiram e expandem as fronteiras do conhecimento com sua
criatividade e coragem intelectual. Nesse sentido, você, eu, Heráclito, Copérnico e Einstein somos todos
parceiros da mesma dança, todos dançamos com o Universo. É a persistência do mistério que nos inspira
a criar.
16. Para conferir um tom menos categórico ao trecho “Teorias científicas jamais serão a verdade final",
poderia utilizar-se a expressão em tempo nenhum no lugar de “jamais”.
Comentário:
Na frase em análise, diz-se que o advérbio “jamais” é categórico, porque não admite dúvidas quanto à
afirmação a respeito das teorias científicas. Ao substituirmos “jamais” pela expressão “em tempo nenhum”
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– Teorias científicas em tempo nenhum serão a verdade final –, o tom categórico permanece, visto que os
dois termos possuem, na verdade, o mesmo sentido.
Sustentabilidade, crise econômica mundial, mudanças climáticas, escassez de mão de obra, inovação — essas
são as palavras-chaves que compõem o vocabulário das mudanças pelas quais passa o mundo e que,
inevitavelmente, impõem a cada um de nós a busca por um novo modelo de vida no planeta. Nesse cenário, a
educação tem peso de ouro e as universidades passam a assumir um papel fundamental no processo reflexivo
da sociedade.
Julgue o item a seguir, relativo à tipologia e aos aspectos linguísticos do texto acima.
17. A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos, caso se substituísse a expressão
“peso de ouro”, que tem natureza metafórica, por “muita importância” ou “muito valor”.
Comentário:
Ao afirmar que a “a educação tem peso de ouro”, a expressão “peso de ouro” representa uma metáfora, já
que representa uma comparação entre o alto valor monetário do ouro e o importante valor que a educação
apresenta em uma sociedade. Se disséssemos “a educação tem muita importância” ou “a educação tem
muito valor” tanto a correção gramatical quanto os sentidos do texto seriam mantidos.
A entrada da iniciativa privada no ensino superior deu-se primeiramente por meio de uma ampliação das
atividades que os empresários da educação já exerciam na esfera do ensino básico. Assim, a mesma
mentalidade organizacional que fez as empresas de ensino fundamental e médio expandirem e se
consolidarem passou a reger as iniciativas privadas no ensino universitário. A ideia era trazer a eficiência
empresarial, que já era comprovada no ensino básico, para o ensino universitário e marcar, também nesse
nível, a superioridade organizacional da empresa particular.
Julgue o próximo item, no que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto acima.
18. A substituição de “deu-se” por “ocorreu” prejudicaria a correção gramatical e o sentido original do
texto.
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Comentário:
Fazendo a alteração proposta pela questão temos: “A entrada da iniciativa privada no ensino superior
ocorreu primeiramente por meio de uma ampliação das atividades”. Verifica-se que a correção gramatical
e o sentido do texto são mantidos com o emprego do novo verbo, o qual é sinônimo do verbo “deu-se” e
está no mesmo tempo verbal (pretérito perfeito do modo indicativo).
Conta Darcy Ribeiro (1996) que, entre os índios Urubu-Kaapor, a Cobra Grande engolia muita gente e precisou
ser morta. “Antes de morrer, teve um sobressalto. Se levantou, subiu e foi bater no céu. Ficou lá a sombra dela.
É a Via Láctea, que até hoje a gente vê. Depois, caiu lá de cima, com grande barulho. Veio bater no chão,
acabou com a mata toda naquele lugar; só deixou um buraco. Agora é o mar Paraná-Ramiú.” Darcy, com o
jeito que lhe era característico, exclama: “Não é uma beleza? Aqui, o sangue de uma Cobra gigantesca deu
origem à Via Láctea e ao Avô-Mar!”
19. Sem alteração de informação, o primeiro período do texto poderia ser reescrito da seguinte forma:
Entre os índios Urubu-Kaapor, contou, em 1996, Darcy Ribeiro que a cobra-grande, porque engolia
muita gente, morreu.
Comentário:
O primeiro período do texto é o seguinte: “Conta Darcy Ribeiro (1996) que, entre os índios Urubu-Kaapor,
a Cobra Grande engolia muita gente e precisou ser morta”. Dele entende-se que mataram o animal pelo
fato de ele engolir muita gente. Já da maneira como a frase em análise foi reescrita ocorre alteração da
informação, passando-se a entender que a Cobra Grande morreu pelo fato de ela engolir muita gente,
ocorrendo, assim, uma morte natural.
O censo demográfico é a mais importante fonte de informações sobre as condições de vida da população
brasileira. A parte divulgada agora refere-se ao questionário básico que foi respondido em todos os domicílios
visitados. Por ser a única pesquisa que abrange os 5.507 municípios do país, é um instrumento precioso para o
planejamento de todas as políticas voltadas para o bem-estar social. A conclusão desse calhamaço - são 500
páginas de informações colhidas por 200.000 recenseadores entre agosto e novembro do ano 2000 - é que o
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país avançou. Os 169 milhões de brasileiros registrados no Censo 2000 vivem, em linhas gerais, melhor do que
se vivia em 1991. A questão é que é preciso avançar mais e mais rápido para pôr fim à injustiça social. "É como
um copo com água pela metade. Alguns dirão que está meio cheio e outros dirão que está meio vazio", resume
o presidente do IBGE. De qualquer maneira, há meio copo a ser preenchido. Trata-se de um desafio para uma
década, ou duas, ou mais ainda do que isso. Mas é bom lembrar que, se dez anos é prazo curto para
eliminar problemas estruturais, é também tempo mais que suficiente para agravá-los de forma drástica. Aí
está a Argentina a servir de exemplo. Em 1991, apostou todas as fichas no plano econômico que prometeu
vida de Primeiro Mundo à população. Dez anos depois, o resultado é pobreza e caos em um país que sempre se
orgulhou, com motivo, de suas conquistas sociais.
20. No texto, corresponde à circunstância de tempo a expressão "Em 1991", que pode ser substituída
por “Há pouco mais de uma década”.
Comentário:
A expressão “Em 1991” reporta-se ao ano em que a Argentina apostou todas as fichas no plano econômico
que prometeu vida de Primeiro Mundo à população. Tendo em vista que o texto que traz essa informação
foi publicado em 26/12/2001, do ano em que houve a aposta até o ano de publicação do texto
transcorreram-se dez anos e alguns meses, ou seja, pouco mais de uma década, como afirma a questão.
Dessa maneira, a substituição do adjunto adverbial de tempo “Em 1991” por “Há pouco mais de uma
década”.
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ser inibidora de atos de vandalismo, roubo e agressões. Dessa maneira, se “já que” for substituído por “dado que,
visto que ou uma vez que” serão mantidas tanto a coerência quanto a correção gramatical, porquanto todas são
conjunções causais.
Gabarito: item certo.
A questão refere-se ao texto.
[...]
“Amanhã” significa, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não
quero”, “no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto” etc. e, em casos
excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários
vários anos de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde,
com a habitual cordialidade, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não
disponho de estatísticas confiáveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no
Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto
de seus amigos brasileiros.
João Ubaldo Ribeiro. A vida é um eterno amanhã. In: Um brasileiro em
Berlim. 1993 (com adaptações).
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Carlos Roberto
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24. No trecho "a combatiam", o pronome "a" retoma a ideia antecedente de necessidade de criação de um
tribunal de contas.
Comentário: No fragmento “As discussões, no Brasil, sobre a criação de um tribunal de contas durariam quase um
século, polarizadas entre os que defendiam sua necessidade — para quem as contas públicas deviam ser examinadas
por um órgão independente — e os que a combatiam...” o vocábulo “a” em destaque é um pronome pessoal do caso
oblíquo que funciona como objeto direto do verbo combatiam, retomando anaforicamente o termo “necessidade
de criação de um tribunal de contas”. Assim, temos: há quem defenda a necessidade da criação do tribunal de contas
e há quem a combata – quem combata a necessidade da criação.
Gabarito: item certo.
Texto.
Após fechar outubro com índice histórico de mão de obra direta (127.800 trabalhadores), o Polo Industrial de Manaus
(PIM) deu sequência aos bons resultados e encerrou novembro de 2013 com novo recorde de empregos: 129.663
trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados. O faturamento acumulado do PIM no período de janeiro a
novembro de 2013 também avançou, totalizando R$ 76,6 bilhões (US$ 35.7 bilhões), registrando-se crescimento de
12,40% (2,04% na moeda americana) em relação ao mesmo período de 2012.
Os dados fazem parte dos indicadores de desempenho do PIM, os quais são apurados mensalmente pela SUFRAMA
junto às empresas incentivadas do parque industrial da capital amazonense.
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Texto.
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o próximo item.
27. Susanita emprega verbos no imperativo em todas as falas dirigidas a Mafalda, pois, a todo
momento, dá ordens a ela.
Comentário:
Em suas falas à Mafalda, Susanita emprega dois verbos no modo imperativo "use" e "pense", sugerindo à
amiga que ela haja de determinada maneira, quer dizer, que ela reflita sobre os pobres e os motivos pelas
quais eles vivem em situação de pobreza. Ora, sugerir, ainda que de maneira exaltada, é diferente de
ordenar. Ademais, ela não utiliza verbos no imperativo em todas as falas dirigidas a Mafalda, empregando
vários verbos no presente - "você não entende" e "você não percebe", por exemplo -. o que não está de
acordo com a assertiva da questão.
Gabarito: item errado.
Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto, julgue o item que se segue.
28. A forma verbal “passara” denota um fato ocorrido antes de duas outras ações também já
concluídas, as quais são descritas nos dois períodos imediatamente anteriores ao período em que ela
se insere.
Comentário:
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29. Em "a União ameaça intervir", a forma verbal "intervir" está na terceira pessoa do infinitivo
pessoal, pois segue o paradigma verbal do verbo "ver”.
Comentário:
Diferentemente do que afirma a assertiva, em "a União ameaça intervir", o verbo "intervir" segue o
paradigma do verbo "vir", e não do "ver", uma vez que "intervir" é um verbo derivado de "vir".
Gabarito: item errado.
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Comentário:
No texto em questão, a forma verbal "far-se-á", a qual apresenta uma mesóclise devido ao emprego do
pronome "se" no meio do verbo, está conjugada no futuro do presente do indicativo, exprimindo uma ação
que se dará no futuro. Já a forma "é feita", proposta na questão, é uma locução verbal que indica uma ação
presente, tendo em vista que é formada por um verbo conjugado no presente do indicativo - é - e por um
verbo na forma nominal particípio - feita. Sendo assim, fica demonstrado que "far-se-á" e "é feita" não se
equivalem sintática e semanticamente, o que aconteceria se a troca fosse pela locução verbal "será feita".
Gabarito: item errado.
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Carlos Roberto
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32. Para que a ação que se refere aos policiais paraguaios e a seus comandantes estivesse no pretérito
imperfeito, no segundo período, ele deveria ser reescrito da seguinte forma: Usando uniformes de
camuflagem, armados com fuzis M-16 e pistolas 9 mm, eles comandavam 30 homens da elite da
polícia paraguaia que vasculhavam os 120 quilômetros que vão das cidades paraguaias de Pedro Juan
Caballero a Capitán Bado.
Comentário: Ao se realizar a permuta de "comanda" por "comandavam", o verbo passa da forma de 3ª
pessoa do plural do presente do indicativo para a 3ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo,
indicando ação recorrente no passado. Da mesma maneira, o verbo "vasculham", que se refere ao mesmo
sujeito, também deve ser conjugado no pretérito imperfeito do indicativo, passando a "vasculhavam".
Gabarito: item certo.
33. A substituição da forma verbal “ficarão” por "ficam" preservaria a coerência e as ideias originais do
último período do texto.
Comentário:
No excerto "(...) muitos problemas da sociedade ficarão sem solução", o verbo "ficarão", o qual se refere a
muitos problemas, foi empregado na terceira pessoa do plural no tempo futuro do indicativo, que expressa
uma ação que acontecerá, de modo certo, no futuro. Se fizéssemos a permuta de "ficarão" por "ficam",
teríamos: "(...) muitos problemas da sociedade ficam sem solução". E analisando o contexto, pode-se
perceber que a utilização do verbo no tempo presente do indicativo não irá modificar o sentido que o autor
pretendeu dar à frase, visto que esse tempo verbal é capaz de denotar fato que ocorrerá em um futuro
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Carlos Roberto
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próximo, tido como uma realização certa. Posto isso, pode-se dizer que a troca proposta na assertiva
preservaria a coerência e as ideias originais do último período do texto.
Gabarito: item certo.
Texto.
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs, durante o encontro dos países desenvolvidos, o G8, que o Fundo
Mundial contra a Fome seja financiado a partir de uma taxa sobre o comércio internacional de armamentos.
“Isso traria vantagens do ponto de vista econômico e ético”, disse Lula ao discursar para 20 chefes de Estado
presentes à reunião.
Uma outra possibilidade de combater a miséria, segundo Lula, seria criar mecanismos para estimular o
investimento das nações mais ricas a partir de uma porcentagem dos juros pagos pelos países devedores. “A
pobreza e a miséria que atingem milhares de homens e mulheres no Brasil, na América Latina e na Ásia nos
obrigam a construir uma aliança contra a exclusão social.”
Lula propõe taxar venda de armas no combate à fome.
In: Correio Braziliense, 2/6/2003, p. 3 (com adaptações).
Tendo o texto acima por referência inicial e considerando o tema por ele abordado, julgue o item
subsequente.
34. O emprego do futuro do pretérito em "traria" e "seria" indica situações ainda consideradas
hipotéticas, sem realidade efetiva.
Comentário:
De acordo com as regras da gramática, os verbos que são conjugados no futuro do pretérito do indicativo,
como "traria" e "seria", expressam uma situação possível, a qual ainda está no plano das ideias, das
hipóteses. Nota-se que o próprio texto já anuncia que as situações mencionadas não apresentam realidade
afetiva, mas sim possibilidades: "Uma outra possibilidade combater a miséria, segundo Lula, seria criar
mecanismos (...)".
Gabarito: item certo.
Vá e vença , CARALHO!
Carlos Roberto
Simulado 05
501094
Texto.
"Uma legislação que tenha hoje 70 anos de vigência entrou em vigor muito antes do lançamento do primeiro
computador pessoal e do início da histórica revolução imposta pela tecnologia digital. Isso não seria problema
se esse não fosse o caso da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), destinada a regular um dos universos
mais impactados por esta revolução, o das relações trabalhistas.
Instituída por Getúlio Vargas para outro Brasil — ainda agrário, com indústria e serviços incipientes —, a
CLT tem sido defendida por sindicatos em nome da “preservação dos direitos do trabalhador”.
Na vida real, longe das ideologias, a CLT, em função dos custos que impõe ao empregador, é, na verdade,
eficiente instrumento de precarização do próprio trabalhador."
Vá e vença , CARALHO!
Carlos Roberto
Simulado 05
501094
4 – GABARITO
1 E 11 E 21 C 32 C
2 C 12 C 22 E 33 C
3 C 13 E 23 E 34 C
4 E 14 C 24 C 35 C
5 C 15 C 25 E 36 E
6 E 16 E 26 C
7 C 17 C 28 E
8 C 18 E 29 E
9 C 19 E 30 E
10 E 20 C 31 E
Vá e vença , CARALHO!