NTS285 - Fabricação de Tubos e Peças Especiais de Aço
NTS285 - Fabricação de Tubos e Peças Especiais de Aço
NTS285 - Fabricação de Tubos e Peças Especiais de Aço
NTS 285
Especificação
São Paulo
Outubro: 2015 - revisão 2
SUMÁRIO
1 OBJETIVO ............................................................................................................................ 1
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................................. 1
3 DEFINIÇÕES ........................................................................................................................ 2
4 CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................................... 2
5 MATERIAIS .......................................................................................................................... 2
5.1 Chapas de aço .................................................................................................................. 3
5.2 Bobinas de aço ................................................................................................................ . 3
5.3 Marcação .......................................................................................................................... 3
6 FABRICAÇÃO DOS TUBOS ................................................................................................. 3
7 PEÇAS ESPECIAIS .............................................................................................................. 4
8 PARÂMETROS DIMENSIONAIS ........................................................................................... 5
8.1 Comprimento do tubo ....................................................................................................... 5
8.2 Orto gonalidade ................................................................................................................. 5
8.3 Ovalização ........................................................................................................................ 5
8.4 Perímetro externo ............................................................................................................. 6
8.5 Chanfro ............................................................................................................................. 6
8.6 Ângulo de curva................................................................................................................ 6
9 EXAMES E TESTES ............................................................................................................ . 6
9.1 Exame visual ..................................................................................................................... 6
9.2 Teste de ruptura e dobramento ......................................................................................... 6
9.3 Teste hidrostático ............................................................................................................ . 9
9.4 Teste de ultrassom ........................................................................................................... 9
9.5 Teste por radiação penetrante .......................................................................................... 9
10 REPAROS .......................................................................................................................... 9
11 QUALIFICAÇÃO DO FABRICANTE.................................................................................. . 10
12 INSPEÇÃO SABESP ........................................................................................................ . 11
12.1 Matéria-prima ............................................................................................................... . 11
12.2 Teste de dobramento e ruptura .................................................................................... . 11
12.3 Teste hidrostático ........................................................................................................ . 11
12.4 Testes não destrutivos de soldas (ensaio não destrutivo - END).................................. 12
12.5 Exame visual ................................................................................................................ . 12
12.6 Teste dimensional ......................................................................................................... 12
12.7 Teste do revestimento .................................................................................................. . 12
12.8 Relatório........................................................................................................................ 12
30/10/2015
Norma Técnica Sabesp NTS 285 : 2015
1 OBJETIVO
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
As normas citadas a seguir são indispensáveis à aplicação desta norma. Para referências
datadas aplicam–se somente as edições citadas. Para as demais referências aplicam–se as
edições mais recentes das referidas referências (incluindo emendas).
NTS 034, Soldagem.
API 5L/Line, Tubos de aço sem costura para condução de produtos petrolíferos e
outros fins.
ASTM A-53, Standard Specification for Pipe, Steel, Black and Hot-Dipped, Zinc-
Coated, Welded and Seamless.
ASTM A-283, Standard Specification for Low and Intermediate Tensile Strength
Carbon Steel Plates.
ASTM A -1011, Standard Specification for Steel, Sheet and Strip, Hot-Rolled,
Carbon, Structural, High-Strength Low-Alloy, High-Strength Low-Alloy with Improved
Formability, and Ultra-High Strength.
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ASTM A-1018, Standard Specification for Steel, Sheet and Strip, Heavy-
Thickness Coils, Hot-Rolled, Carbon, Commercial, Drawing, Structural, High- Strength
Low-Alloy, High-Strength Low-Alloy with Improved Formability, and Ultra-
High Strength.
3 DEFINIÇÕES
Diâmetro nominal
simples número que serve para classificar, em dimensões, os elementos de
tubulação (tubos, juntas, conexões e acessórios) e que corresponde
aproximadamente ao diâmetro externo do tubo em milímetros, não devendo ser
objeto de medição, nem ser utilizado para fins de cálculo.
Espessura nominal
simples número que define a espessura da chapa de aço e que corresponde ao
valor utilizado para fins de projeto da tubulação para resistências as cargas estáticas
e dinâmicas atuantes no sistema. Devido aos processos de conformação da
chapa, o valor da espessura real pode variar até 12,5% abaixo do valor nominal.
A espessura nominal é padronizada em valores pré-definidos pelas usinas
siderúrgicas.
4 CONDIÇÕES GERAIS
Os diâmetros nominais dos tubos e peças especiais corresponderão aos diâmetros
externos do tubo, sem revestimento.
Os tubos com diâmetro igual ou maior a 12” (300 mm) devem ser fabricados
com costura circunferencial e longitudinal ou com costura helicoidal, com espessura
mínima de ¼” (6,35 mm).
Os tubos com diâmetro inferior a 12” (300 mm) fabricados sem costuras, devem
ter espessura mínima SCHEDULE 40.
Os tubos com diâmetro inferior a 12” (300 mm) fabricados com costuras, devem
utilizar o processo de solda por resistência, com espessura mínima de ¼” (6,35
mm).
5 MATERIAIS
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Norma Técnica Sabesp NTS 285 : 2015
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6 FABRICAÇÃO DOS TUBOS
As bordas das chapas a serem juntadas por solda devem ser cortadas por processos
mecânicos ou térmicos.
Se as bordas e o chanframento forem cortados com maçarico, todas as
irregularidades, escamas e metal queimado, provenientes do corte, devem ser
removidas por meio de esmerilhamento ou raspagem.
Antes da formação, todas as chapas devem ser curvadas nas bordas longitudinais
por processo contínuo ou prensadas de um modo conveniente ao raio próprio do
tubo. Não é permitido o uso de martelamento para qualquer operação de formação
do cilindro.
Todos os materiais estranhos (graxa, óleo, etc.) devem ser removidos da superfície
do metal por meios adequados. Não é permitido o uso de querosene ou outros
solventes pesados à base de petróleo.
Caso sejam constatadas chapas com dupla laminação, serão rejeitadas e todo o
lote será reexaminado.
As chapas a serem soldadas devem manter-se ajustadas e presas durante a
soldagem. Pontos de solda pode m ser aplicados para manter as bordas
alinhadas, desde que sejam incorporados ao cordão de solda definitivo.
“Qualquer desvio no alinhamento das bordas adjacentes não deve exceder a 1/16”
(1,6 mm).
Toda costura longitudinal, espiral e circunferencial, das seções retas de tubos,
deverá ser feita com máquina de solda automática com arco submerso.
A solda manual somente será efetuada por soldador qualificado, em reparos de
defeitos da solda automática detectados nos testes de verificação.
Todas as soldas deve m ter uma fusão completa com o metal base e serem livres
de trincas, óxidos, inclusão de escórias e bolsas de gás.
Todos os tubos devem ter um passe interno, selagem da solda, sendo que a
altura máxima da saliência permitida será de 1,5 mm acima do contorno da superfície
interna, o excesso deve ser retirado.
Para cada anel componente de um tubo, de 6,00 ou 12,00 metros, são permitidas
até duas costuras longitudinais, distanciadas entre si de 300 mm no mínimo.
Na montagem de dois anéis consecutivos, a defasagem dos cordões de soldas
longitudinais deve ser de no mínimo 150 mm.
7 PEÇAS ESPECIAIS
São consideradas peças especiais de aço, aquelas produzidas a partir de tubos
fabricados e testados conforme esta norma ou a partir de chapas de aço
especificadas no item 5.1 ou 5.2, especialmente calandradas para a confecção
destas peças.
Curvas, tês, derivações, cruzetas, bifurcações e reduções devem ter as suas dimensões
conforme os desenhos padrões correspondentes ou especificação especial aprovada
pela Sabesp.
As peças especiais da Sabesp são as especificadas pelos seguintes Desenhos Padrões:
- Des. 0100-400- D001 / 020 / 021 / 022 / 023 / 024 / 025 / 027 / 028 / 029 / 044 e
045;
- Des. 0100-400-E005 /006 / 007 / 007A / 024 / 024A / 024B / 024C / 027 / 027A
/ 033 / 034 / 040 / 049 / 070 / 071 / 072 / 073 / 075 / 076 / 077 / 078 / 079 / 080 /
093 / 096 / 097 / 097A / 102 / 104 / 113 / 114 / 119 / 120 / 121 / 122 / 123 / 138 /
139 / 141 / 142 / 143 / 144 / 145 / 153 / 155 / 156 / 157 e 158.
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8 PARÂMETROS DIMENSIONAIS
8.1 Comprimento do tubo
Os tubos podem ser fornecidos nos comprimentos nominais de 6, 00 ou 12,00 metros,
conforme definido no instrumento de contratação.
A tolerância admissível em tubos de comprimento nominal de 6,00 metros é de +/- 50
mm em no mínimo 90% do lote. O restante do lote pode ser aceito com comprimentos
menores que o nominal desde que não sejam inferiores a 5,10 metros.
A tolerância admissível em tubos de comprimento nominal de 12,00 metros é de +/-
50 mm em no mínimo 80% do lote. O restante do lote pode ser aceito com comprimentos
menores que o nominal desde que não sejam inferiores a 10,20 metros.
As tolerâncias não se aplicam para tubos dos quais foram retiradas amostras para
testes de solda.
8.2 Ortogonalidade
As extremidades do tubo deve m ser ortogonais ao eixo longitudinal.
A ortogonalidade será verificada através do faceamento das extremidades com um
prumo ou equipamento equivalente.
A diferença máxima tolerada, entre geratrizes opostas, será de 3,0 mm.
8.3 Ovalização
A ovalização máxima permitida para tubos e peças será de 1,0% do diâmetro nominal,
após a aplicação do revestimento.
Para relação diâmetro/espessura maior que 120 (D/t>120) será exigida a colocação de
cruzetas confeccionadas em madeira. A ovalização será verificada após a colocação das
cruzetas.
A ovalização deve ser verificada numa distância de até 100 mm da extremidade.
8.5 Chanfro
O chanfro de todas as extremidades para solda de topo deve obedecer às
seguintes dimensões:
- ângulo: 37,5° +/ - 2,5°
- nariz: 1,5 +/ - 0,8 mm
8.6 Ângulo de curva
Para qualquer curva, a tolerância no ângulo de fabricação será de +/ - 1,0°.
9 EXAMES E TESTES
9.1 Exame visual
Os tubos e as peças devem estar livres de
trincas.
Será permitida a existência de sulcos ou cavidades, desde que a profundidade não
exceda a 12,5% da espessura nominal da parede dos tubos ou das peças.
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9.2 Teste de ruptura e dobramento
As soldas deverão ser testadas durante a fabricação dos tubos, e os resultados
devem atender os parâmetros estipulados nos itens a seguir:
6 - aparecer trinca ou defeito no metal base, dentro ou fora da ZTA (Zona Térmicamente
Afetada), após a curvatura, e o fabricante não apresentar o resultado de exame
metalográfico realizado na amostra, para a comprovação da composição do metal base,
ficando suspensa a aprovação do teste até a justificativa definitiva do defeito.
Se qualquer amostra apresentar confecção defeituosa ou desenvolver imperfeições não
relacionadas com a soldagem, ela deve ser substituída por uma nova amostra e um
novo teste deve ser realizado.
1 - o lote para a retirada de amostras será formado por tubos de 6,00 ou 12,00
metros, com o mesmo diâmetro, espessura e material da chapa, pertencente a um
mesmo pedido de compra;
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1,3.T .e
Ph
d
Onde:
Ph = pressão hidrostática mínima
T = tensão de escoamento do aço empregado
e = espessura da chapa
d = diâmetro nominal do tubo
Usar unidades dimensionalmente coerentes
Os tubos que apresentem soldas com vazamentos, durante o teste, podem ter os
pontos defeituosos reparados, mas obrigatoriamente terão que passar novamente pelo
teste hidrostático, bem como por um novo teste de ultrassom em todas as suas
soldas.
Se o fabricante não tiver condições de efetuar o teste hidrostático em peças especiais
de fabricação não seriada, esporádica e de pequena quantidade, a Sabesp pode aceitar que
esse teste seja substituído por teste por radiação penetrante (gamagrafia, radiografia ou
fluoroscopia) ou de ultrassom automático com registro contínuo (phased array). Em todos os
casos, os ensaios devem ser realizados em 100% das soldas.
9.4 Teste de ultrassom
Todas as juntas soldadas, de tubos e peças especiais, que permitam esse tipo de
teste, devem ser submetidas a exames por meio de ultrassom, conforme NTS 038.
9.5 Teste por radiação penetrante
As radiografias devem ser executadas atendendo aos requisitos da ASME VIII e o critério
de aceitação conforme os requisitos da ANSI B.31.3.
As peças especiais que não se originam de tubos já testados, e não foram testadas
hidrostaticamente e também não apresentaram comprovantes de teste de ultrassom,
devem ter as soldas de topo radiografadas em 100% de sua extensão.
10 REPAROS
Os defeitos detectados em soldas, só podem ser reparados se a profundidade de remoção
da solda for inferior a 2/3 da espessura da chapa e se seu comprimento for inferior a 25%
do diâmetro nominal do tubo.
Os reparos dos defeitos de mordedura falta de fusão; falta de penetração; concavidade e
inclusão de escória devem obedecer a o s seguintes critérios:
1 – o defeito deverá ser completamente limpo e reparado;
3 – dois reparos no mesmo local serão permitidos desde que sejam tomados todos os
cuidados dos itens anteriores, acrescido de tratamento térmico do tubo para alívio das
tensões;
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5 – todo o tubo reparado deverá ser novamente submetido aos testes previstos,
acrescido de teste por líquido penetrante conforme NTS 040.
11 QUALIFICAÇÃO DO FABRICANTE
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12 INSPEÇÃO SABESP
A atividade de inspeção consiste em acompanhar os exames e testes, constantes
nesta norma e outras adicionais aceitas pelas partes, para melhor caracterizar o produto.
O fabricante deverá fazer a convocação da inspeção, com 10 dias de antecedência.
A Sabesp terá livre acesso a todos os lugares da fábrica ligados à fabricação e estocagem
de matéria-prima e do produto acabado, assim como terá também a garantia da segurança
de seus funcionários durante a inspeção em todos os momentos e locais onde forem
realizados os serviços.
A presença ou a ausência da inspeção em qualquer etapa ao longo da fabricação não
cancelará nenhum requisito desta norma e também não isentará o fabricante de suas
obrigações aqui constantes.
A inspeção deverá avaliar, no mínimo, os seguintes itens:
12.1 Matéria - prima
O fornecedor deve apresentar os certificados de qualidade da matéria-prima utilizada
no produto final. A matéria-prima deve ter sua rastreabilidade amarrada aos certificados
fornecidos pelas usinas siderúrgicas.
Caso seja necessária a reclassificação da matéria prima, ou haja dúvidas quanto a
marcação, poderão ser retirados corpos de prova para ensaios laboratoriais. A retirada
dos corpos de prova deve ser efetuada e identificada na presença da inspeção.
Serão aceitos certificados da matéria - prima, emitidos somente por laboratórios
previamente aprovados pela Sabesp.
A critério da inspeção poderão ser colhidas amostras para a contraprova dos certificados
apresentados.
12.2 Teste de dobramento e ruptura
A inspeção indicará de quais tubos ou peças especiais serão retiradas as amostras
para os testes de dobramento e ruptura conforme o item 9.2. A critério da inspeção,
est e ensaio poderá ser testemunhado.
12.3 Teste hidrostático
Todos os tubos testados devem ter os registros da pressão e do tempo de duração do
ensaio disponíveis. A critério da inspeção, o ensaio poderá ser testemunhado.
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12.8 Relatório
Durante o processo de fabricação de tubos ou peças especiais, será emitido um Relatório
de Inspeção (R.I.) parcial para cada visita realizada pelo inspetor, constando o que foi
inspecionado naquela etapa.
No final do processo será emitido um R.I. onde constará a quantidade de tubos ou
peças que estão em conformidade com essa norma, e a numeração dos selos de cada
um.
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Fabricação de tubos e peças especiais de aço (Especificação 0100-400-S3)
Considerações finais:
1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser alterada
ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados ao
Departamento de Acervo e Normalização Técnica - TXA, no e - mail: nts@sabesp.com.br
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