Apostila Massagem Desportiva
Apostila Massagem Desportiva
Apostila Massagem Desportiva
I. MASSAGEM DESPORTIVA
2. Limpeza:
Os participantes não podem entrar em uma arena de
competição cobertos por óleo. Um jogador de basquete com
óleo nas coxas pode passá-lo para as mãos com desastrosos
resultados. Sabão, água e/ou loção adstringente deverão estar
disponíveis na sala de tratamento.
3. Avisar o Paciente:
Mesmo que o participante faça massagens freqüentes ,
sempre avise-o sobre o que esperar como resultado dessa
sessão, por exemplo, a massagem estimulante pire- competição
pode induzir a uma sensação de calor mas as regras de
aquecimento ainda precisam ser observadas.
4. Acupressura:
Na massagem desportiva a acupressura tende a ser para
pontos deflagrados específicos. Esses pontos são identificados
como tensos, algumas vezes duros, e sempre produzindo dor no
músculo.
Depois que o ponto a ser tratado foi identificado, o dedo ou
polegar é usado para aplicar pressão naquele ponto específico.
A técnica é semelhante àquela usada nas fricções circulares
mas apenas um dedo ou ponta do polegar é usado. Existem
muitas opiniões quanto ao tempo de pressão que deve ser
mantido.Uma pressão firme acompanhada com um movimento
circular delicado aplicado por, no máximo, um minuto, relaxado
e reaplicado três ou quatro vezes, dá bons resultados. O
objetivo é tentar obter o relaxamento muscular no mais curto
espaço de
tempo possível, tornando assim essa técnica muito útil
imediatamente antes da atividade, removendo pontos
determinados de tensão do músculo.
● Deslizamento Superficial
● Deslizamento Profundo
● Amassamentos
● Fricções
● Fricções com o punho cerrado
● Pinçamento
● Percussões: Tapotagem e Batimentos
● Sacudidas
● Velocidade lente
● Pressão Superficial
● Realizada sobre regiões dolorosas (onde não haja processo
inflamatório agudo)
● Pode ser aplicada senão encima da região lesionada, acima
desta
● Duração média 10 minutos
● Deslizamentos suaves
● Fricções Suaves
IV. Vibração
II. MASSAGEM
1. Introdução TERAPÊUTICA
Massoterapia – massagem terapêutica – pode ser definida como
o uso de diversas técnicas manuais que objetivam promover o
alívio do estresse ocasionando relaxamento, mobilizar
estruturas variadas, aliviar a dor e diminuir o edema, prevenir a
deformidade e promover a independência funcional em uma
pessoa que tem um problema de saúde específico (De
Domenico).
Em 1952, Gertrude Beard (1887-1971) escreveu que massagem
“é o termo usado para designar certas manipulações dos
tecidos moles do corpo; estas manipulações são efetuadas com
maior eficiência com as mãos e são administradas com a
finalidade de produzir efeitos sobre os sistemas nervoso,
muscular e respiratório e sobre a circulação sangüínea e
linfática local e geral”.
2. Histórico
A massagem tem sido usada nas técnicas de cura do
Oriente há milhares de anos. Nas pinturas murais, na arte
tumular, na cerâmica, em xilografias e desenhos ficou o registro
do uso das técnicas de massagem na China, Japão, Egito e
Pérsia (Irã) há mais de 5.000 anos. No Ocidente, a massagem
era utilizada nas medicinas grega e romana – até mesmo
Hipócrates, o “pai da medicina”, recomendava “esfregar” para
ajudar o corpo.
O uso clínico da massagem desapareceu durante a Idade
Média, devido a imagem negativa que a Igreja passava do corpo
humano, e só foi retomado no século XVI, quando o cirurgião
francês Ambroise Paré começou a incentivar o retorno de sua
prática.
3. EFEITOS DA MASSAGEM
3.1. Efeitos mecânicos:
A massagem produz estimulação mecânica nos tecidos, por
aplicação rítmica de pressão e estiramento. A pressão
comprime os tecidos moles e estimula as redes de receptores
nervosos; o estiramento aplica tensão sobre os tecidos moles e
também estimula as terminações nervosas receptoras.
Na pele pode-se observar hiperemia e aumento da
temperatura em torno de 1 a 3°C devido à vasodilatação, além
da esfoliação de células mortas. Além disso, a massagem pode
auxiliar na cicatrização tecidual com o objetivo de prevenir a
formação de aderências.
5. CONTRA-INDICAÇÕES
● Desordens da pele, como o eczema, que poderiam ser
irritadas pelo aumento do calor da região ou pelo uso dos
lubrificantes.
● Quando infecções superficiais estiverem supurando.
● Na presença de tumores malignos.
● Na presença de cicatrizes recentes, não-curadas ou feridas
abertas.
● Em áreas de equimose, embora no quarto dia a massagem é
útil para o tratamento do hematoma.
● Uso de medicação anti-coagulante.
6. CONSIDERAÇÕES GERAIS
● O profissional deve preparar-se a si mesmo antes do contato
com o paciente ficando atento à:
- Suas mãos: bem cuidadas, macias e limpas.
- Suas unhas: curtas e limpas.
- Seu cabelo: se for longo, mantê-lo sempre preso.
- Sua vestimenta: utilizar roupa confortável e um jaleco.
- Colares, anéis e pulseiras devem ser retirados.
● As mãos devem estar relaxadas e aquecidas quando em
contato com o paciente.
● O ambiente de tratamento deve ser aquecido e ventilado, mas
não com corrente de ar.
● Material de contato: pó, óleos, cremes, lubrificantes à base de
água...
● Antes e após a sessão podemos realizar a limpeza da área
tratada com álcool.
● O paciente sempre deve ser posicionado de forma que ele
fique confortável.
● LAVAR AS MÃOS ANTES E APÓS CADA ATENDIMENTO.
DESLIZAMENTO Superficia
l Profundo
EFFLEURAGE
PÉTRISSAGE Amassam
(PRESSÃO) ento
Beliscame
nto
Torcedura
Rolamento da
pele
PERCUSSÃO Cutilada
Palmada
Batimento
Socament
o
VIBRAÇÃO
FRICÇÃO PROFUNDA Transvers
al Circular
7.1. Deslizamento
É realizado unidirecionalmente com toda a superfície
palmar de uma ou das duas mãos. É útil para dar início a uma
seqüência de massagem permitindo que o paciente se
acostume com a sensação transmitida pelas mãos do terapeuta
e para que o terapeuta possa sentir os tecidos do paciente.
O deslizamento pode ser realizado lentamente, para maior
relaxamento tecidual, ou rapidamente, para efeito estimulante.
Deslizamento superficial: lento e suave – efeito relaxante.
Deslizamento profundo: lento e com uma pressão maior –
efeito estimulante para a circulação sangüínea por isso
geralmente é realizado na direção do fluxo venolinfático (é
muito semelhante à effleurage).
Efeitos Terapêuticos:
➢ Possui efeito sedativo, aliviando a dor e o espasmo
muscular
➢ Quando executado de maneira rápida e suave exerce
um efeito estimulante das terminações nervosas
sensitivas, resultando num efeito generalizado de
revigoramento;
➢ O alisamento profundo pode causar a dilatação das
arteríolas nos tecidos superficiais e mais profundos;
7.2. Effleurage
É um movimento de deslizamento lento, realizado com
pressão crescente e na direção do fluxo venolinfático (direção
centrípeta). Sempre que possível o movimento termina com uma
pausa definida, em um grupo de nodos linfáticos superficiais.
É útil para facilitar a circulação e para o acabamento de
uma seqüência de massagem.
É realizada com a superfície palmar de uma ou das duas
mãos, alternadamente ou de forma simultânea, sempre de distal
para proximal. Ao final de cada movimento, pode-se deixar que
as mãos retornem a sua posição inicial por meio de um
deslizamento suave, ou podem ser erguidas da superfície do
corpo, retornando “pelo ar” até a posição inicial.
Efeitos da Effleurage:
➢ O fluxo de sangue é impelido na direção do coração
através da pressão mecânica e quando a pressão é
relaxada, as válvulas existentes nas veias impedem o
fluxo retrógrado;
➢ Remoção de produtos do catabolismo pela melhor
circulação linfática;
➢ Estimula a circulação pelo aumento do fluxo nas veias
e linfáticos, aliviando a congestão nos capilares;
➢ Aumenta a mobilidade dos tecidos moles superficiais,
melhorando a amplitude do movimento;
7.3. Pétrissage (pressão)
Abrange diversos movimentos de massagem distintos que se
caracterizam por uma firme pressão aplicada aos tecidos.
Seus efeitos são: melhora do fluxo sangüíneo e linfático,
relaxamento muscular e analgesia.
Efeitos da Petrissage:
Sobre a circulação:
➢ Pela compressão e relaxamento alternados dos
músculos, das veias, e dos vasos linfáticos (tanto
superficiais quanto profundas) se esvaziam e se
enchem alternadamente, melhorando o fluxo de
sangue;
➢ Realizada de maneira vigorosa provoca vasodilatação
na pele, podendo aumentar a temperatura;
Nos Músculos:
➢ Aumenta irrigação sangüínea;
➢ Melhora da remoção dos resíduos não úteis do
metabolismo;
➢ De forma lenta e rítmica relaxa os músculos e reduz
a dor;
7.4. Percussão
Abrange vários movimentos distintos de massagem que se
caracterizam por partes variadas da mão golpeando os tecidos
em uma velocidade bastante rápida. Habitualmente, as mãos
operam alternadamente, os pulsos são mantidos flexíveis, de
modo que os movimentos são leves, elásticos e estimulantes.
Efeitos da
Percussão:
Efeito
Mecânico:
➢ Aplicada adequadamente sobre o tórax, a
percussão pode auxiliar na eliminação do muco
aderida no trato respiratório;
Efeitos Reflexo:
A aplicação de cutiladas sobre os músculos espinhais
pode induzir a uma sensação geral de calor e
revigoramento.
Executada sobre as fibras musculares produz um
efeito de estiramento que reflexamente facilita a
contração muscular.
Efeitos da Fricção:
➢ Causa vasodilatação;
➢ Auxilia em casos de dor crônica;
1) Flexibilidade
É a habilidade para mover uma articulação ou articulações
através de uma amplitude de movimento livre de dor e sem
restrições. Depende da extensibilidade dos músculos, que
permite que estes cruzem uma articulação para relaxar, alongar
e conter uma força de alongamento. Habilidade da unidade
musculotendínea para alongar-se enquanto um segmento
corporal ou articulação se move através da amplitude de
movimento.
Flexibilidade dinâmica
Refere-se à amplitude de movimento ativa de uma articulação.
Esse aspecto da flexibilidade depende do grau onde uma
articulação pode ser movida através de uma contração
muscular e da quantidade de resistência do tecido que é
encontrada durante o movimento ativo.
Flexibilidade passiva
É o grau onde uma articulação pode ser movida passivamente
através da amplitude de movimento disponível e depende da
extensibilidade dos músculos e tecidos conectivos que cruzam
e cercam a articulação.
2) Contratura
Encurtamento de um músculo ou outros tecidos que cruzam
uma articulação por hiperatividade muscular, o que resulta em
uma limitação na mobilidade articular.
3) Alongamento
Qualquer manobra terapêutica elaborada para aumentar o
comprimento de (alongar) estruturas de tecidos moles
patologicamente encurtadas e desse modo aumentar a
amplitude de movimento.
a) Alongamento passivo
Enquanto o paciente relaxado, uma força externa, aplicada
manualmente ou mecanicamente, alonga os tecidos encurtados.
b) Hiperalongamento
É um alongamento bem além da amplitude de movimento normal
de uma articulação e tecidos moles vizinhos, que resulta em
hipermobilidade.
A. Indicações
1. Quando a amplitude de movimento está limitada como
resultado de contraturas, adesões, e formação de tecido
cicatricial, levando ao encurtamento de músculos, tecido
conectivo e pele.
2. Quando as limitações podem levar à deformidades
estruturais (esqueléticas), que podem ser prevenidas.
3. Quando as contraturas interferem com as atividades
funcionais cotidianas ou com a assistência de
enfermagem.
4. Quando existe fraqueza muscular e retração nos tecidos
opostos. Os músculos retraídos devem ser alongados
antes que os músculos fracos possam ser efetivamente
fortalecidos.
B. Precauções:
1. Não force passivamente uma articulação além de sua
amplitude de movimento normal. Lembre-se, a amplitude
de movimento normal varia entre indivíduos normais.
2. Fraturas recém-consolidadas devem ser protegidas
através de estabilização entre o local de fratura e a
articulação onde ocorre o movimento.
3. Tenha cuidados adicionais em pacientes com osteoporose
possível ou comprovada, devido à doença, repouso
prolongado n leito, idade ou uso prolongado de esteróides.
4. Evite alongamento vigoroso de músculos e tecidos
conectivos que foram imobilizados por um período
prolongado de tempo. O tecido conectivo (tendões e
ligamentos) perdem sua força de tensão após imobilização
prolongada.
a. Procedimentos de alongamento com alta
intensidade, curta duração, tendem a provocar mais
trauma e resultar em fraqueza dos tecidos moles,
mais que alongamento de baixa intensidade e longa
duração.
b. Os exercícios de fortalecimento devem ser
combinados ao programa de alongamento de modo
que o paciente seja capaz de desenvolver um
equilíbrio apropriado entre flexibilidade e força.
5. Se o paciente experimenta dor articular ou muscular com
mais de 24 horas de duração, é sinal que foi usada força
em excesso durante o alongamento, está ocorrendo uma
resposta inflamatória, o ocorrerá aumento na formação de
tecido cicatricial. Os pacientes não devem experimentar
desconforto residual maior que uma sensação passageira
de hipersensibilidade.
6. Evite alongar tecido edemaciado, já que esse é mais
suscetível a lesão que o tecido normal. A irritação
contínua dos tecidos edemaciados geralmente provoca
aumento da dor e edema.
7. Evite alongar músculos fracos, particularmente aqueles
que suportam estruturas corporais com relação à
gravidade.
C. Contra-Indicações
1. Quando um bloqueio ósseo limita a mobilidade articular.
2. Após fratura recente.
3. Sempre que houver evidência de um processo inflamatório
ou infeccioso agudo (calor e edema) dentro ou ao redor de
articulações.
4. Sempre que houver uma dor aguda, cortante, com
movimento articular ou com alongamento muscular.
5. Quando for observado hematoma ou outra indicação de
trauma nos tecidos.
6. Quando as contraturas ou tecidos moles encurtados
estiverem provendo aumento na estabilidade articular em
substituição à estabilidade estrutural normal ou força
muscular.
7. Quando as contraturas ou tecidos moles encurtados forem
a base de habilidades funcionais, particularmente em
pacientes com paralisia ou fraqueza muscular intensa.
4) Mobilização
Um movimento passivo realizado pelo terapeuta com velocidade
baixa o suficiente para que o paciente possa interromper o
movimento. A técnica pode ser aplicada com um movimento
oscilatório ou alongamento mantido de modo a diminuir a dor ou
aumentar a mobilidade. As técnicas podem usar movimentos
fisiológicos ou movimentos acessórios.
1. Movimentos fisiológicos: Movimentos que o paciente pode
fazer voluntariamente; por exemplo, os movimentos
clássicos ou tradicionais como flexão, abdução e rotação.
2. Movimentos acessórios: Movimentos dentro da articulação
e tecidos vizinhos, que são necessários para a amplitude
de movimento normal, mas não podem ser executados
pelo paciente.
C. Contra-Indicações e Precauções
● Estiramento muscular grau I, II e III.
5) Tração
É a separação das superfícies articulares
1. Para ocorrer separação dentro da articulação, as
superfícies precisam ser puxadas uma distalmente da
outra. O movimento não é sempre o mesmo que ao puxar o
eixo longo do osso. Por exemplo, se a tração é feita no
corpo do úmero, isso resultará em um deslizamento da
superfície articular
(figura A). A separação da
articulação glenoumeral
requer que se puxe em
ângulo reto na cavidade
glenóide (figura B).
Obs.: Em técnicas de
mobilização articula, a
tração é usada para
controlar ou aliviar a dor
quando aplicada
delicadamente ou para
alongar a cápsula articular
quando aplicada com uma
força de alongamento.
V. POMPAGEM
Introdução
A fibra muscular é envolvida por tecido conjuntivo – o
endomísio. Várias fibras musculares são envolvidas por outra
camada – o perimísio, formando um fascículo muscular. Vários
fascículos são envolvidos por uma última camada de tecido
conjuntivo, o epimísio, constituindo o músculo em sua forma
final, como conhecemos. Nas extremidades do músculo, estes
tubos conjuntivos ficam vazios de tecido muscular
(sarcômeros), e então se reúnem, formando dos tendões. Assim,
durante a contração muscular, todo o tecido elástico conjuntivo
é tensionado, transmitindo a tensão aos pontos de inserção,
movimentando as alavancas ósseas. Uma fibra muscular fora
destes invólucros conjuntivos é inútil; portanto, o elemento de
transmissão da força é a fáscia muscular. As fáscias
encontram-se em continuidade umas em relação às outras,
formando um verdadeiro esqueleto fibroso.
A pompagem é uma manobra capaz de tensionar lenta,
regular e progressivamente um segmento corporal e, isto coloca
sob tensão todo e qualquer tecido elástico aí contido. O tecido
conjuntivo de revestimento é o elemento elástico por
excelência do corpo humano. Portanto, este procedimento agirá
especialmente sobre estas estruturas, restabelecendo seu
comprimento ideal, estimulando a circulação de líquidos nelas
contidos, abrindo as interlinhas articulares ao longo do
segmento, facilitando a nutrição da cartilagem articular. A
pompagem é um procedimento de tratamento fascial.
Fáscia: conjunto de tecido conjuntivo.