Fmusp 2019 R3 Esp. Cirurgica
Fmusp 2019 R3 Esp. Cirurgica
Fmusp 2019 R3 Esp. Cirurgica
Ano: 2019
Especialidade: R3 ESP. CIRÚRGICAS
QUESTÃO 08
Mulher de 65 anos refere dor epigástrica constante irradiada para o dorso associada à anorexia, náuseas e vômitos
esporádicos há 5 dias. É internada devido à amilasemia de 320UI/dL, bilirrubinemia normal e APACHE II de 8 pontos.
É iniciado tratamento clínico com melhora após 48h e, neste intervalo, foi realizada tomografia de abdome, cuja
imagem é mostrada a seguir.
Antecedente pessoal: há 1 mês foi internada durante 5 dias devido à episódio de pancreatite em que a
ultrassonografia de abdome mostrou colelitíase sem dilatação das vias biliares e com aumento das dimensões do
pâncreas. Na época, respondeu bem ao tratamento clínico e com boa aceitação de dieta hipogordurosa.
A conduta recomendada neste momento é:
(A) colecistectomia.
(B) colangiografia endoscópica retrógrada.
(C) cistogastrostomia ou cistojejunoanastomose.
(D) nutrição enteral e observação clínica.
ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 15 ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 17
e 16: e 18:
Homem de 72 anos, motorista em uso de cinto de Homem de 30 anos foi vítima de ferimento por arma
segurança, sofre acidente de auto X coluna de de fogo em transição toracoabdominal direita.
viaduto. É socorrido pela equipe de resgate e levado Apresentava pneumotórax aberto à direita, que foi
ao serviço de emergência com colar cervical e em tratado na sala de emergência com limpeza,
prancha rígida. Após avaliação inicial, é submetido à drenagem de tórax e fechamento provisório do
tomografia de corpo inteiro, cuja anormalidade mais ferimento. O doente necessitou de ventilação
relevante encontra-se representada na imagem mecânica. Após a realização dos exames de imagem,
abaixo. observou-se: Frequência cardíaca: 140 bpm; Pressão
arterial: 60 x 30 mmHg; SatO2: 70%; palidez cutânea
e intensa sudorese fria.
QUESTÃO 15
Qual é o diagnóstico dessa imagem?
(A) Fratura de arco costal.
(B) Hérnia diafragmática.
(C) Rotura de aorta.
(D) Fratura de esterno. QUESTÃO 17
Assinale o diagnóstico com referência à imagem
QUESTÃO 16 acima apresentada.
Ainda com relação ao diagnóstico da imagem da (A) Hemotórax maciço.
questão anterior, qual a conduta recomendada? (B) Hérnia diafragmática à direita.
(A) Toracotomia anterolateral esquerda. (C) Tamponamento cardíaco.
(B) Monitorização hemodinâmica e observação (D) Pneumotórax hipertensivo
clínica.
(C) Laparotomia. QUESTÃO 18
(D) Tratamento por radiologia intervencionista. Em relação ao caso anterior, qual o próximo passo no
tratamento desse paciente?
(A) Descompressão torácica.
(B) Laparotomia de urgência.
(C) Toracotomia de urgência.
(D) Pericardiocentese à Marfan.
QUESTÃO 19
Mulher de 40 anos vítima de atropelamento é admitida na sala de emergência com estabilidade hemodinâmica.
Refere dor no local da lesão da perna esquerda, ilustrada a seguir. O pé está quente, tem pulso pedioso, o
enchimento capilar do hálux esquerdo é < 3 segundos e refere dor ao apertar os dedos do pé. Você é o cirurgião
geral de plantão e o pronto-socorro não tem ortopedista. O tempo de transferência para outro serviço está estimado
em 8 horas.
Prova: FMUSP
Ano: 2019
Especialidade: R3 ESP. CIRÚRGICAS
QUESTÃO 25 QUESTÃO 27
Homem de 35 anos foi vítima de espancamento com Mulher de 67 anos encontra-se no 7º dia de colectomia
trauma de crânio grave e edema cerebral difuso. Foi subtotal com anastomose primária por neoplasia de
submetido a monitorização invasiva da pressão cólon. Evolui com piora do nível neurológico, Glasgow de
intracraniana. No 2º dia de internação na UTI apresenta 12, taquidispneia, saturação de O2 de 85% com cateter
as seguintes condições: de O2, PA 80 x 40 mmHg, FC 130 bpm, abdômen
Intubado, sedado com fentanil e propofol, abre os olhos distendido, sem sinais de irritação peritoneal,
aos estímulos, pupilas isocóricas e fotorreagentes, temperatura axilar de 37,9ºC, diurese de 200ml nas
pressão intracraniana mantida em 30 mmHg. ultimas 12h. Rx de tórax sem infiltrados novos.
Saturação de O2 de 95%. Laboratório revela leucocitose e piora da função renal.
Pressão arterial média: 70 mmHg, FC: 92 bpm, em uso Cite as condutas recomendadas neste momento para o
de noradrenalina 0,05 mcg/kg/min. paciente em questão:
Temperatura Retal de 37,7°C. (A) Iniciar ventilação não invasiva, diurético endovenoso,
Exames laboratoriais: hemoglobina 8,9 mg/dL, plaquetas iniciar anticoagulação plena até resultado de
235.000, leucogra-ma: 12.500 sem desvio, creatinina: ecocardiograma e TC protocolo TEP.
1,2mg/dL, K+: 4,2 mEq/L, Na+: 140 mEq/L, gasometria (B) Iniciar ventilação não invasiva, expansão com
com pH: 7,33; bicarbonato de 25 mEq/L; pO2: 80 mmHg cristaloides, antibioticoterapia imediata de amplo
e pCO2: 48 mmHg. espectro e investigação de foco infeccioso.
Cite as condutas em ordem de prioridade para o quadro (C) Intubação orotraqueal, diurético endovenoso, iniciar
desse paciente: anticoagulação plena até resultado de ecocardiograma e
(A) Aprofundar sedação, solução hipertônica, TC protocolo TEP
investigação e tratamento de possível quadro infeccioso (D) Intubação orotraqueal, expansão com cristaloides,
e transfusão de 1 concentrado de hemácias. antibioticoterapia imediata de amplo espectro e
(B) Elevação da pressão arterial, controle de investigação de foco infeccioso.
temperatura, aumento do volume minuto na ventilação
mecânica e otimização da sedação se necessário. QUESTÃO 28
(C) Elevação da pressão arterial, infusão de manitol, Em relação à fixação da prótese de polipropileno de
indução de coma barbitúrico e avaliação da equipe de acordo com a técnica de Lichtenstein, é correto afirmar
neurocirurgia para discussão de craniectomia que:
descompressiva. (A) O ponto que reconstitui o anel interno ao redor do
(D) Aumento da fração inspirada de oxigênio na funículo espermático, deve ser realizado entre os dois
ventilação mecânica, transfusão de 1 concentrado de ramos da tela e o ligamento inguinal.
hemácias, aprofundar sedação e indução de hipotermia. (B) No ligamento pectíneo, deve-se fixar a prótese com
pontos separados.
QUESTÃO 26 (C) A tela deve ser fixada na borda do púbis, sem
Homem de 67 anos portador do vírus da hepatite C foi avançar sobre o mesmo.
vítima de queda de 6metros de altura, com trauma de (D) Na parte medial, a tela deve ser fixada com sutura
crânio exclusivo. Foi submetido à drenagem de contínua.
hematoma subdural + craniectomia descompressiva.
Evoluiu com hipertensão intracraniana refratária a QUESTÃO 29
despeito de todas as medidas habituais. Paciente de 46 anos, tabagista, pedreiro, portador de
No 3º dia de internação na UTI apresenta as seguintes hérnia inguinal à direita Nyhus III-A, foi operado segundo
condições: a técnica de Lichtenstein. No pós-operatório, evoluiu com
Em uso de propofol + fentanil doses baixas, pupilas dor intensa que o incapacitava inclusive para deambular,
médio-fixas, Glasgow 3. mesmo após 12 meses do procedimento cirúrgico. O
Intubado com parâmetros ventilatórios mínimos. exame físico mostrava dor bem localizada na região
Hemodinamicamente estável. inguinal direita. Neste período foram realizados exames
Temperatura Retal de 36,5ºC. de imagem que não mostraram recidivas.
Exames complementares, incluindo TC de crânio, levam Assinale a alternativa correta.
à suspeita de morte encefálica. (A) O tratamento da inguinodínea incapacitante é clínico,
Cite as condutas apropriadas para essa situação: com uso de neurolépticos, opioides, ansiolíticos e
(A) Convocar familiares, explicar que será aberto antidepressivos tricíclicos.
protocolo de morte encefálica 1h após interrupção da (B) A alcoolização nervosa é o tratamento com melhores
sedação e abordar possibilidade de doação de órgãos. resultados na literatura e com o menor índice de
(B) Desligar a sedação e proceder ao exame de morte complicações.
encefálica após metabolização das drogas sedativas: (C) Deve ser indicado tratamento cirúrgico, por via
ausências de reflexos de tronco, prova da apneia e posterior.
exame complementar. (D) A provável causa do quadro clínico tem relação com
(C) Iniciar desmopressina de horário, desligar a sedação o aprisionamento ou formação de neuroma do nervo íleo-
e proceder ao exame de morte encefálica após um hipogástrico.
mínimo de 24h: ausências de reflexos de tronco, prova
da apneia e exame complementar. QUESTÃO 30
(D) Convocar familiares, explicar gravidade do quadro e A respeito da anatomia cirúrgica do espaço pré-
que não há possibilidade de abrir provas de morte peritoneal no abdome inferior, marque a alternativa
encefálica devido às comorbidades e propor cuidados correta:
paliativos. (A) O espaço de Retzius é lateral aos vasos gonadais.
(B) O espaço de Bogros é anterior à bexiga.
(C) O triângulo de Doom é formado pelos seguintes
limites: borda do músculo ileopsoas, ducto deferente e
vasos gonadais.
(D) O triângulo da dor é lateral ao triângulo de Doom.
Prova: FMUSP
Ano: 2019
Especialidade: R3 ESP. CIRÚRGICAS
QUESTÃO 34
Na investigação do sangramento desse paciente, o
próximo passo é:
(A) Colonoscopia.
(B) Enteroscopia ou cápsula endoscópica.
(C) Angiotomografia de abdome e pelve.
(D) Nova endoscopia digestiva alta.
QUESTÃO 35
A principal hipótese diagnóstica para este caso é:
(A) Esofagite com sangramento.
(B) Doença péptica.
(C) Lesão de Dieulafoy.
(D) Síndrome de Mallory-Weiss.
QUESTÃO 37
A respeito do caso acima, a conduta que deve ser adotada para paciente com hipertensão portal e sangramento
inclui as medidas abaixo, com EXCEÇÃO de:
(A) Eritromicina durante a endoscopia.
(B) Profilaxia para peritonite bacteriana espontânea.
(C) Carvedilol.
(D) Uso de análogos da somatostatina.
QUESTÃO 38
Em relação ao caso acima, acerca do comportamento biológico dos sarcomas de partes moles de membros e do seu
manejo, pode-se afirmar que:
(A) De forma geral, mesmo os sarcomas de alto grau, apresentam baixo potencial de disseminação sistêmica. Na
avaliação de lesões à distância, são aceitos radiografia de tórax e ultrassonografia de abdome superior.
(B) Considerando o alto risco de metástases para linfonodos, é recomendável a investigação através de pesquisa de
linfonodo sentinela e/ou ultrassonografia da cadeia linfonodal regional.
(C) Devido ao alto risco de metástases pulmonares, deve ser realizada tomografia computadorizada de tórax.
(D) Por se tratar de lesão de origem mesenquimal, deve ser realizada cintilografia óssea de corpo inteiro.
QUESTÃO 39
Considere que o estadiamento foi apropriado e não se evidenciaram lesões à distância. Em relação ao tratamento do
paciente, assinale a alternativa correta:
(A) Deve ser realizada ressecção radical do tumor, devendo o feixe vásculo-nervoso e o úmero serem ressecados
para obtenção de margem tridimensional de segurança adequada.
(B) O tratamento com radioterapia adjuvante ou neoadjuvante deve ser indicado, com intuito de diminuição do risco
de recorrência local.
(C) Considerando-se os altos índices de respostas hoje obtidos, o tratamento deve consistir de radioterapia radical
com quimioterapia sensibilizante. A cirurgia pode ser uma opção em casos de resposta incompleta ou recidiva de
doença.
(D) Por se tratar de lesão irressecável, a quimioperfusão isolada do membro deve ser a primeira opção de
tratamento.
QUESTÃO 40
Homem 57 anos apresentou quadro de lesão cutânea hiperpigmentada em face lateral de coxa direita de cerca de 2
cm, com crescimento progressivo no último ano e prurido associado. Após avaliação por dermatologista, foi
submetido à biópsia excisional da lesão, cujo resultado do exame histopatológico revelou melanoma lentiginoso,
maior profundidade da lesão (Breslow): 3,1 mm, nível de Clark: IV, 2 mitoses/mm2, ulceração: presente,
microssatelitose: ausente, regressão: ausente, invasão perineural: ausente, invasão angiolinfática: ausente, fase de
crescimento: vertical, margens cirúrgicas: livres (a menor distando 2 mm da lesão).
Sobre o caso acima e os aspectos anatomopatológicos do melanoma é correto que:
(A) Os subtipos lentiginoso e acral possuem pior prognóstico, quando comparados com os outros subtipos de
melanoma.
(B) Por se tratar de lesão muito superficial, este melanoma apresenta baixo potencial metastático.
(C) A presença de ulceração e mitoses, bem como a fase de crescimento vertical, são fatores associados a mau
prognóstico presentes na lesão acima.
(D) Por apresentar margens microscópicas livres (ressecção R0), não há necessidade de procedimentos adicionais
para controle local no paciente em questão.
Prova: FMUSP
Ano: 2019
Especialidade: R3 ESP. CIRÚRGICAS
QUESTÃO 41
Homem de 66 anos de idade chegou ao pronto-socorro apresentando quadro de dor abdominal de forte intensidade
há 2 dias, associada a parada de eliminação de fezes e flatos. Referia que a dor iniciou difusa e em cólicas, mas que,
há cerca de 12 horas, havia se tornado contínua. Negava vômitos. Negava perda de peso recente. Referia alteração
do hábito intestinal, com obstipação e afilamento das fezes.
Ao exame, apresentava-se em bom estado geral, taquicárdico (110 bpm) e normotenso.
O abdome era distendido, timpânico à percussão, difusamente doloroso, com defesa voluntária em fossa ilíaca
direita. Não havia dor à descompressão brusca.
Ao toque retal, apresentava lesão estenosante intransponível ao dedo, fixa, a cerca de 7cm da borda anal, com
sangue em dedo de luva.
Após tomadas as medidas terapêuticas iniciais adequadas, optado por realização de tomografias de tórax, abdome e
pelve. Os achados de imagem mostravam lesão expansiva em reto, com evidente invasão de próstata e bexiga e
grande distensão cólica proximal; ceco medindo 13 cm e com discreta pneumatose em suas paredes. Ausência de
distensão de intestino delgado ou de lesões sugestivas de acometimento secundário.
A equipe de plantão indicou tratamento cirúrgico, por laparotomia exploradora, com achado de necrose e
esgarçamento de ceco (foto), além de confirmar o tumor de reto infiltrando bexiga e próstata já evidenciado no exame
de imagem.
QUESTÃO 47 QUESTÃO 51
Homem de 37 anos, proveniente do interior da Bahia, O estadiamento clínico mostrou que o tumor está
procura serviço médico por pirose e regurgitação há restrito ao esôfago e há linfonodos periesofágicos
mais de 10 anos. Evoluiu com dificuldade para com sinais de acometimento tumoral. Restante do
ingestão de alimentos e regurgitação que foram se estadiamento sem evidência de doença.
agravando. Atualmente, refere que tem dificuldade em Qual a conduta recomendada para o caso neste
se alimentar com pastosos e sólidos. Realizou momento?
eletromanometria do esôfago que demonstrou (A) Quimio e radioterapia definitiva.
ausência de abertura do esfíncter inferior do esôfago, (B) Esofagectomia em 3 campos.
aperistalse e ausência de atonia. Exame contrastado (C) Neoadjuvância.
do esôfago mostra dilatação esofágica com diâmetro (D) Esofagectomia transhiatal.
máximo de 4,5cm e ondas terciárias.
Qual a conduta recomendada para o caso? QUESTÃO 52
(A) Esofagectomia em 3 campos. Homem de 55 anos com antecedente de
(B) Cardiomiotomia com fundoplicatura. megaesôfago chagásico, foi submetido há 10 anos à
(C) Dilatação endoscópica da cárdia. cardiomiotomia com fundoplicatura parcial. No
(D) Infiltração do EIE com toxina botulínica. momento queixa-se de disfagia a alimentos sólidos e
o último exame de seguimento de endoscopia
QUESTÃO 48 digestiva alta com corante Lugol evidenciou área
Homem de 49 anos, com antecedente de tabagismo hipocorada no esôfago distal. Realizou mucosectomia
(45 anos-maço) e etilismo (3 doses de destilado por desta área e o resultado anatomopatológico da peça
dia há 30 anos) relata perda de 7kg em 2 meses foi carcinoma espinocelular com acometimento do
(peso atual de 47kg). Realizou endoscopia digestiva terço profundo da camada submucosa (sm3) com
alta que revelou lesão esofágica ulcerada de 20 até margens exíguas. Os exames de estadiamento não
23cm da arcada dentária superior, friável ao toque, demonstraram comprometimento sistêmico.
ocupando dois terços da circunferência do órgão. A Qual a conduta recomendada para o caso?
biópsia confirmou o diagnóstico de carcinoma (A) Ampliação das margens por ressecção
espinocelular. endoscópica.
Neste momento, qual a conduta recomendada a ser (B) Dilatação esofágica com sonda.
indicada para o caso? (C) Esofagectomia.
(A) Tomografia com emissão de pósitrons (PET-CT). (D) Seguimento com endoscopias a cada 6 meses.
(B) Esofagectomia em 3 campos.
(C) Quimioterapia e radioterapia neoadjuvante. QUESTÃO 53
(D) Quimioterapia e radioterapia definitivas. Paciente submetido a bypass gástrico em Y de Roux
para tratamento de obesidade mórbida há 6anos.
QUESTÃO 49 Antes da cirurgia pesava 132kg. Após dois anos do
Mulher de 45 anos com IMC=28 kg/m² refere queixa procedimento, pesava 92kg e no momento está
de pirose e melhora após tratamento com 40mg de pesando 127kg.
omeprazol ao dia. No entanto, mantém queixa Qual a conduta recomendada a ser indicada neste
importante de regurgitação e crises de tosse momento?
frequente. A endoscopia digestiva alta mostra (A) Solicitar endoscopia digestiva alta e radiografia
esofagite leve e hérnia de hiato por deslizamento de 3 contrastada para avaliação anatômica.
cm e a radiografia contrastada do esôfago, estômago (B) Indicar revisão da cirurgia para encurtamento de
e duodeno mostra hérnia de hiato por deslizamento alça comum para 1 metro.
de 4 cm de extensão. (C) Reavaliar paciente em 6 meses, já que ainda não
Assinale a alternativa correta. se encontra no critério de reganho de peso.
(A) Hiatoplastia com fundoplicatura é uma conduta (D) Iniciar tratamento clínico com antidepressivos.
adequada.
(B) Como o paciente apresentou boa resposta ao QUESTÃO 54
omeprazol não deve ser aventado o tratamento Paciente com antecedente de gastrectomia vertical
cirúrgico. para tratamento da obesidade grave há 3 anos, com
(C) Cirurgia não deve ser indicada nesse momento IMC atual de 27kg/m2. Apresenta queixas importantes
por se tratar de paciente com hérnia hiatal maior de 3 de refluxo gastroesofágico, apesar do uso regular de
cm. inibidor de bomba de próton. Traz endoscopia
(D) Deve ser indicado by-pass gástrico em Y de Roux. digestiva alta que mostra esofagite erosiva distal
severa e estômago pós-gastroplastia vertical sem
ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 50 alterações. A radiografia contrastada de esôfago,
e 51: estômago e duodeno evidencia refluxo
Homem, 58 anos, com antecedente de refluxo gastroesofágico até 1/3 proximal do esôfago. Realizou
gastroesofágico há 30 anos, em tratamento com pHmetria esofágica que mostra refluxo
omeprazol 20mg uma vez ao dia. Realizou gastroesofágico patológico.
endoscopia digestiva alta que mostrou lesão ulcerada Assinale a alternativa correta:
a 33 cm da arcada dentária superior que se estende (A) Paciente não tem indicação cirúrgica por ter IMC
até a transição esofagogástrica. A biópsia da lesão abaixo de 35 kg/m2.
revelou adenocarcinoma moderadamente (B) Paciente deve ser submetido à laparoscopia
diferenciado. diagnóstica para investigação de provável hérnia
interna.
QUESTÃO 50 (C) Paciente deve ser submetido à manometria
Quais exames recomendados de estadiamento esofágica.
devem ser solicitados? (D) O bypass gástrico em Y de Roux é alternativa
(A) Tomografia com emissão de pósitrons e cirúrgica adequada.
ecoendoscopia.
(B) Tomografia de pescoço, tórax, abdome e pelve e
laparoscopia. ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 55
(C) Tomografia de tórax, abdome e pelve e e 56:
Tomografia com emissão de pósitrons. Com relação ao surgimento de fístulas
(D) Tomografia de pescoço, tórax, abdome e pelve e gastrointestinais agudas após a realização de
laringotraqueobroncoscopia. gastrectomia vertical em cirurgia bariátrica, responda:
Prova: FMUSP
Ano: 2019
Especialidade: R3 ESP. CIRÚRGICAS
QUESTÃO 55 QUESTÃO 61
Qual o sítio mais provável dessa complicação? Paciente em 7º dia de pós-operatório de gastrectomia
(A) Antro gástrico. subtotal por videolaparoscopia apresenta dreno
(B) Incisura angularis. abdominal com secreção de aspecto bilioso.
(C) Ângulo de His. Realizada tomografia de abdome e pelve com
(D) Intestino delgado. contraste oral que não mostrou alterações
significativas. Paciente mantendo-se em bom estado
QUESTÃO 56 geral e com boa aceitação de dieta líquida oral. Qual
Qual o exame recomendado para diagnóstico desta a conduta recomendada para o caso?
complicação? (A) Laparotomia para limpeza de cavidade abdominal.
(A) Tomografia de abdome total com contraste por via (B) Jejum e passagem de sonda enteral para nutrição.
oral. (C) Antibioticoterapia e manutenção do dreno.
(B) Tomografia de abdome total com contraste (D) Laparoscopia para limpeza de cavidade
endovenoso. abdominal.
(C) Ultrassonografia abdominal.
(D) Radiografia simples de abdome. QUESTÃO 62
Homem de 35 anos realizou endoscopia digestiva alta
QUESTÃO 57 por queixas dispépticas e teve achado de lesão séssil
Mulher de 37 anos com queixa de empachamento e de 1,2cm de diâmetro em segunda porção duodenal,
vômitos pós-prandiais realizou endoscopia digestiva em parede contralateral a papila duodenal. Biópsia da
alta que mostrou lesão subepitelial gástrica em lesão mostra adenoma tubular com displasia de baixo
grande curvatura de antro, de 7 cm, sugestiva de grau. Qual a conduta recomendada para o caso?
tumor estromal. Tomografia de tórax, abdome e pelve (A) Ressecção endoscópica da lesão.
não apresentam outras lesões. (B) Duodenopancreatectomia.
Qual a conduta recomendada para o caso? (C) Seguimento clínico com endoscopia digestiva alta
(A) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2. em 1 ano.
(B) Gastrectomia subtotal sem linfadenectomia. (D) Tomografia de tórax, abdome e pelve para
(C) Ressecção segmentar da lesão. estadiamento.
(D) Terapia neoadjuvante com quimioterapia.
QUESTÃO 63
QUESTÃO 58 Mulher de 67 anos, com queixa de dor abdominal
Homem de 74 anos com queixa de epigastralgia difusa em cólica, perda de peso e diarreia nos últimos
realizou endoscopia digestiva alta que mostrou meses. Ao exame físico apresenta-se descorada
esofagite distal erosiva leve e lesão elevada em antro ++/4+. Ultrassonografia de abdome superior evidencia
de 1,3cm de diâmetro. Biopsia de lesão confirmou 6 lesões nodulares, arredondadas, nos segmentos
adenocarcinoma gástrico bem diferenciado. hepáticos 5, 6, 7 e 8. Qual a conduta recomendada
Qual a conduta recomendada nesse momento? nesse momento?
(A) Solicitar nova endoscopia digestiva alta com (A) deve ser indicada biopsia hepática guiada por
corante para localizar melhor a lesão. exame de imagem.
(B) Antrectomia para aumentar a margem de (B) deve ser solicitado PET-CT.
ressecção. (C) laparoscopia diagnóstica.
(C) Gastrectomia total com linfadenectomia D2 para (D) deve ser realizada endoscopia digestiva alta e
reduzir recidiva. colonoscopia.
(D) Solicitar ultrassonografia endoscópica para avaliar
eligibilidade de ressecção endoscópica. ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 64
e 65:
QUESTÃO 59 Mulher de 27 anos sem comorbidades, em uso de
Mulher de 42 anos com queixa de dor epigástrica e anticoncepcional oral há 10 anos. Em ultrassonografia
vômitos refere perda do peso nos últimos 2 meses. de abdome de rotina foi encontrada lesão de 4,7cm
Realizou endoscopia digestiva alta que mostra lesão localizada no lobo hepático direito. Realizou
ulcerada, obstrutiva em antro gástrico, cuja biópsia ressonância magnética de abdome superior que
revelou adenocarcinoma com células em anel de mostrou lesão hipervascularizada, com contornos
sinete. Exames de imagem revelam linfonodos bem delimitados e presença de “cicatriz central”. Na
perigástricos sugestivos de acometimento secundário. fase hepatobiliar houve retenção do contraste
Qual a conduta recomendada para o caso? hepatoespecífico pela lesão.
(A) Indicar neoadjuvância por haver linfonodos
acometidos. QUESTÃO 64
(B) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2 se Qual o diagnóstico mais provável para essa paciente?
laparoscopia diagnóstica com estadiamento favorável. (A) Adenoma hepático.
(C) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia D1, (B) Hiperplasia nodular focal.
pois a lesão é obstrutiva. (C) Carcinoma hepatocelular.
(D) Gastrectomia subtotal paliativa pela presença de (D) Hemangioma hepático.
linfonodos.
QUESTÃO 65
QUESTÃO 60 Qual a conduta recomendada nesse momento?
Homem de 61 anos submetido a gastrectomia distal (A) Suspensão do contraceptivo oral e ressecção
com reconstrução segundo a técnica de Billroth II há cirúrgica.
30 anos por doença péptica. Vem apresentando (B) Suspensão do contraceptivo oral e biópsia guiada
perda de peso e empachamento pós-prandial. por tomografia.
Realizou endoscopia digestiva alta que mostrou lesão (C) Tratamento por radioablação da lesão.
ulcerada em gastroenteroanastomose. Biópsia de (D) Seguimento clínico.
lesão mostra adenocarcinoma bem diferenciado.
Tomografia de tórax, abdome e pelve sem alterações. QUESTÃO 66
Qual a conduta recomendada para o caso? Paciente de 55 anos submetido à
(A) Degastrectomia com linfadenectomia D2. retossigmoidectomia há 1 ano por adenocarcinoma.
(B) Ressecção endoscópica da lesão. Tomografia atual mostra 2 lesões hepáticas, uma de
(C) Quimio e radioterapia definitivas. 2,2 cm localizada junto ao pedículo glissoniano do
(D) Degastrectomia com pancreatectomia distal. segmento 2 e outra de 3,5 cm em segmento 3,
sugestivas de metástases. Não foram evidenciadas
lesões pulmonares. Realizou quimioterapia, com
Prova: FMUSP
Ano: 2019
Especialidade: R3 ESP. CIRÚRGICAS
redução parcial das lesões. Qual a conduta cirúrgica (D) Tomografia computadorizada abdominal.
recomendada?
(A) Hepatectomia esquerda clássica. QUESTÃO 72
(B) Setorectomia lateral esquerda. Mulher de 56 anos submetida à colecistectomia
(C) Nodulectomia hepática. laparoscópica há 1 ano apresenta queixas de dor
(D) Hepatectomia direita clássica. abdominal e icterícia há 2 meses. Nega perda
ponderal. Realizou colangioressonância magnética
QUESTÃO 67 que evidenciou ducto colédoco de 1,3 cm com 3
Paciente no 4º pós-operatório de hepatectomia direita cálculos no seu interior, o maior com 0,8 cm de
por múltiplas metástases de neoplasia de cólon diâmetro. Qual a conduta recomendada neste caso?
sigmoide. Mantém-se estável, abdome flácido e (A) Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica
indolor. O dreno abdominal mostrou-se com secreção para remoção dos cálculos.
de aspecto levemente esverdeado e houve aumento (B) Coledocotomia para remoção dos cálculos e rafia
do débito de drenagem. A dosagem sérica de primária do ducto.
bilirrubina direta é de 2,4mg/dL e a dosagem de (C) Exploração cirúrgica de vias biliares para remoção
bilirrubina do dreno abdominal é de 2,9mg/dL. dos cálculos com derivação bilio-digestiva em Y-de-
Assinale a conduta recomendada para o caso. Roux.
(A) Solicitar tomografia de abdome sem contraste. (D) Coledocotomia para remoção dos cálculos e
(B) Indicar reoperação para limpeza de cavidade drenagem com dreno de Kehr.
abdominal.
(C) Expectante, pois não há evidência de fistula biliar. QUESTÃO 73
(D) Antibioticoterapia para tratamento clínico de fístula Homem de 76 anos em bom estado geral com
biliar. antecedente de diabetes mellitus apresenta quadro
de dor em hipocôndrio direito há 5 dias, associado à
QUESTÃO 68 febre. Ultrassonografia de abdome mostrou vesícula
Mulher 45 anos no 7º pós-operatório de biliar com paredes espessadas, líquido perivesicular e
esplenectomia videolaparoscópica por púrpura cálculo de 2,2 cm impactado em infundíbulo da
trombocitopênica idiopática. Retorna ao hospital por vesícula biliar, não móvel à alteração de decúbito.
dor abdominal e febre. Realizou tomografia de Qual a conduta recomendada para o caso?
abdome que mostra coleção em topografia esplênica (A) Colecistectomia laparoscópica.
com volume aproximado de 140ml. (B) Colecistostomia percutânea.
Qual a hipótese diagnóstica mais provável no caso? (C) Colangiografia endoscópica.
(A) Sepse pós-esplenectomia. (D) Drenagem da coleção perivesicular.
(B) Fístula biliar.
(C) Fístula entérica. QUESTÃO 74
(D) Fístula pancreática. Homem de 68 anos submetido à
duodenopancreatectomia por neoplasia de papila
QUESTÃO 69 duodenal evoluiu no 6º dia de pós-operatório com
Homem de 78 anos apresenta-se com icterícia e febre e leucocitose, sem instabilidade
prurido intenso. Nega febre ou dor abdominal. hemodinamicamente. A drenagem abdominal
Tomografia de abdome total demonstra lesão apresenta aspecto turvo e dosagem de amilase da
expansiva em cabeça de pâncreas com dilatação de secreção foi de 800 U/L (valor de referência até 100
vias biliares intra e extra-hepática e 2 nódulos U/L). Tomografia de abdômen mostra drenos
hepáticos sugestivos de lesões secundárias em abdominais próximos à anastomose pancreatojejunal,
seguimento 2 e 3. com acúmulo laminar de líquido junto ao trajeto do
Qual a conduta recomendada neste caso descrito? dreno. Qual conduta terapêutica recomendada neste
(A) Duodenopancreatectomia e ressecção de caso?
seguimento lateral esquerdo do fígado. (A) Drenagem Percutânea e iniciar antibioticoterapia
(B) Passagem de prótese biliar por endoscopia e de amplo espectro.
biópsia da lesão pancreática por ultrassonografia (B) Reoperação para limpeza e drenagem da coleção.
endoscópica. (C) Jejum, Nutrição Parenteral e iniciar
(C) Drenagem transparietohepática das vias biliares e antibioticoterapia de amplo espectro.
biópsia percutânea dos nódulos hepáticos. (D) Drenagem da coleção guiada por ultrassonografia.
(D) Laparotomia para anastomose biliodigestiva e
ressecção das lesões hepáticas. QUESTÃO 75
Mulher de 65 anos com queixa de sangramento vivo
QUESTÃO 70 às evacuações associado ao aparecimento de nódulo
Mulher de 58 anos com crises de epigastralgia, na região anal há 3 meses. Nega alteração de hábito
realizou endoscopia digestiva alta, que mostrou-se intestinal. Ao exame físico proctológico observam-se
normal. Ultrassom de abdome revelou cisto na hemorroidas externas sem sinais de trombose. Toque
cabeça do pâncreas. Realizou a seguir ressonância retal e anuscopia sem alterações. Qual a conduta
magnética com contraste endovenoso que evidenciou recomendada para o caso nesse momento?
cisto de 3,5 cm com comunicação com ducto (A) Hemorroidectomia convencional.
pancreático principal e vegetação em seu interior de 1 (B) Hemorroidectomia com técnica por
cm. Qual a conduta recomendada neste caso? grampeamento.
(A) Ultrassonografia endoscópica com biópsia. (C) Seguimento clínico e reavaliação em 6 meses.
(B) Repetir ressonância magnética em 6 meses. (D) Colonoscopia.
(C) Duodenopancreatectomia.
(D) Colangiopancreatografia endoscópica com biópsia
do ducto. ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 76
e 77:
QUESTÃO 71 Homem de 48 anos com queixa de afilamento de
Mulher 30 anos em acompanhamento de rotina fezes há 6 meses associado a sangramentos
realizou ultrassonografia de abdome total que eventuais durante às evacuações. Realizou
mostrou lesão polipoide em vesícula biliar de 0,4 cm colonoscopia que demonstrou pólipo hiperplásico de
não móvel à mudança de decúbito. Qual a conduta 5mm no ceco e lesão ulcerada em cólon sigmoide a
recomendada neste caso? 17 cm da borda anal cuja biópsia revelou ser
(A) Colecistectomia laparoscópica. adenocarcionoma.
(B) Seguimento com ultrassom.
(C) Colangiografia por ressonância magnética.
Prova: FMUSP
Ano: 2019
Especialidade: R3 ESP. CIRÚRGICAS
QUESTÃO 81
Homem de 52 anos refere que há 2 anos fez tratamento para tuberculose pulmonar com resolução do caso, de
acordo com informações oferecidas pelo Posto de Saúde. Há 8 meses vem apresentando tosse com hemoptise,
sendo que em uma das ocasiões o sangramento foi de aproximadamente 80ml. A radiografia realizada no momento
é a que se segue abaixo.
QUESTÃO 82
Criança de 1 ano apresenta área pigmentada cutânea congênita, extensa, em região dorsal, com dimensões de 15 x
8 cm, com intensa pilificação local. O diagnóstico é de nevus congênito gigante e com relação a este cenário é
possível afirmar que:
(A) O melanoma maligno em crianças é muito raro e o risco de desenvolvimento não se relaciona à presença do
nevus congênito.
(B) O risco de desenvolvimento de melanoma malígno permanece até a completa retirada da lesão.
(C) O risco de um segundo filho nascer com o mesmo quadro clínico é aumentado
(D) O risco de melanoma maligno é mais relacionado à questões hereditárias do que a presença do nevus gigante.
Prova: FMUSP
Ano: 2019
Especialidade: R3 ESP. CIRÚRGICAS
QUESTÃO 83 QUESTÃO 89
Qual das alternativas abaixo é o principal quesito em Homem de 52 anos tabagista apresenta uma ferida
comum ao sucesso de enxertos de gordura e de com cerca de 1cm de diâmetro no couro cabeludo
pele? decorrente de um trauma local. Após 14 dias a ferida
(A) Contato com leito receptor bem vascularizado. ainda não cicatrizou. Ele então procura atendimento
(B) Presença de tecido de granulação. médico e informa que não realizou cuidado específico
(C) Fixação do enxerto. para o tratamento da ferida e que é hipertenso e
(D) Imobilidade da área enxertada. diabético. A glicemia é de 140mg/dl e a pressão
arterial de 150x100 mmHg. A ferida tem secreção em
QUESTÃO 84 moderada quantidade, de aspecto fibrinopurulento.
Homem de 57 anos vítima de politraumatismo há 2 Qual a mais provável explicação para o quadro clínico
meses, permaneceu com ventilação mecânica por 17 atual desta ferida?
dias. Foi submetido também à drenagem torácica por (A) Falta de cuidados locais com a ferida.
hemopneumotórax à direita. Recebeu alta hospitalar (B) Efeitos do tabagismo.
em boas condições clínicas e retorna agora com falta (C) Diabetes descompensado.
de ar aos esforços, associada a estridor laríngeo. (D) Microangiopatia da hipertensão arterial.
Qual a hipótese diagnóstica mais provável?
(A) Refluxo gastroesofágico. QUESTÃO 90
(B) Broncopneumonia. O transplante de retalhos com técnicas de
(C) Recidiva do hemopneumotórax. microcirurgia permite o tratamento imediato de
(D) Estenose laringotraqueal. defeitos complexos de partes moles, principalmente
quando não há possibilidade de fechamento dos
QUESTÃO 85 defeitos com técnicas mais simples. Qual das
Com relação ao câncer de pulmão, pode-se afirmar condições abaixo é essencial para o uso desta
que: técnica?
(A) O carcinoma escamoso é o tipo histológico mais (A) Ferida não contaminada.
comum, principalmente por ser o mais relacionado ao (B) Pacientes jovens.
tabagismo. (C) Exposição óssea.
(B) Adenocarcinoma não apresenta uma relação tão (D) Vasos receptores de calibre compatível.
clara com tabagismo, sendo visto com mais
frequência em mulheres não-tabagistas. QUESTÃO 91
(C) No Brasil, o câncer de pulmão é a segunda No diagnóstico diferencial entre transudado e
neoplasia mais frequente entre os homens e a quinta exsudato no derrame pleural, quais os exames de
entre as mulheres. bioquímica são recomendados?
(D) O tabagismo passivo aumenta o risco de câncer (A) DHL e albumina.
de pulmão, sendo hoje o principal fator de risco para (B) DHL e proteínas totais.
desenvolvimento da neoplasia pulmonar. (C) DHL, glicose e pH.
(D) Glicose e proteínas totais.
QUESTÃO 86
Homem de 37 anos dá entrada no serviço de QUESTÃO 92
emergência com queimadura no tórax por álcool em No tratamento do empiema pleural organizado, pode-
combustão, há 4 dias. Existem áreas com bolhas se afirmar que:
íntegras, sendo que a área estimada da queimadura é (A) A antibiocoterapia costuma ser eficaz,
de 12% da superfície corpórea. Indique a alternativa dispensando a abordagem cirúrgica.
correta: (B) A drenagem torácica com dreno de grosso calibre
(A) Após 4 dias da queimadura é possível estimar a é o tratamento recomendado.
profundidade de acometimento. (C) A toracostomia aberta é o tratamento
(B) Queimaduras por álcool são menos profundas que recomendado, independente da condição clínica do
por escaldamento. paciente.
(C) O destacamento da epiderme é sugestivo de (D) A decorticação pulmonar é o tratamento cirúrgico
queimaduras de espessura total. recomendado.
(D) A extensão da queimadura define indicação de
internação neste caso. QUESTÃO 93
Homem de 60 anos, obeso, chega ao pronto
QUESTÃO 87 atendimento com insuficiência respiratória secundária
Homem de 35 anos vítima de agressão é trazido ao tromboembolismo pulmonar. Evoluiu com
inconsciente ao serviço de emergência, porém estável instabilidade hemodinâmica e hipoxemia refratária à
do ponto de vista respiratório e hemodinâmico. No oxigenioterapia suplementar. Foi indicada a intubação
exame físico especial há equimose periorbital orotraqueal. O exame físico revelou Mallampati IV e a
bilateral, edema nasal, coriza e sinais de epistaxe Laringoscopia direta falhou em 3 tentativas.
recente. Na palpação da região nasal nota-se muita Subitamente, as ventilações por máscara facial e por
instabilidade do dorso nasal, que está afundado. Qual máscara laríngea tornaram-se ineficazes. Qual a
a alternativa que reflete o principal problema a ser conduta recomendada nesta situação?
descartado? (A) Cricotireoidostomia.
(A) fratura da base do crânio. (B) Traqueostomia aberta.
(B) fratura dos ossos nasais. (C) Intubação com auxílio da fibroscopia.
(C) fratura do assoalho orbital. (D) Intubação retrógrada.
(D) intoxicação exógena.
QUESTÃO 94
QUESTÃO 88 Homem de 50 anos com história de bronquiectasia
Mulher de 42 anos e com 3 gestações prévias, sem em lobo inferior direito controlada com tratamento
sobrepeso, refere abaulamento abdominal, perda da clínico. Procurou o serviço de emergência, pois há 14
prensa abdominal e obstipação. Qual o principal dias notou escarros com laivos de sangue que
componente responsável pelas queixas da paciente? evoluíram para franca hemoptise, estimando-se um
(A) Desnervação abdominal por estiramento. volume de 150 mL/dia. Qual a conduta inicial
(B) Hérnia umbilical pós-gestacional. recomendada?
(C) Diástase dos músculos retos abdominais. (A) Arteriografia para embolização por ser o
(D) Distonia colônica pós-gestacional. tratamento definitivo.
(B) Lobectomia pulmonar de emergência.
Prova: FMUSP
Ano: 2019
Especialidade: R3 ESP. CIRÚRGICAS
Homem de 62 anos em tratamento de refluxo gastroesofágico de longa data, em uso irregular de inibidor de bomba
protônica, começou apresentar dor torácica com disfagia para alimentos sólidos há 2 meses. Chegou a ser atendido
por cardiologista que iniciou tratamento com antiarrítmico e anticoagulante. Evoluiu com melena, sendo solicitada
endoscopia digestiva alta (EDA), cujo laudo e imagens estão demonstrados abaixo.
EDA: esôfago apresenta no terço distal extensa área de mucosa aveludada de cor salmão e lesão ulcerovegetante
acometendo 70% da luz com cerca de 4cm, até junto da transição esofagogástrica.
A B
QUESTÃO DISSERTATIVA 01: Conforme a história clínica e os dados da EDA, cite os achados mais prováveis da
biópsia nas áreas alteradas A e B.
QUESTÃO DISSERTATIVA 02: De acordo com a classificação topográfica de Siewert, como se classifica a lesão de
esôfago deste paciente?
QUESTÃO DISSERTATIVA 03: Cite 2 (dois) exames importantes no estadiamento clínico deste paciente.
CASO 2
Homem de 52 anos refere dor intensa e súbita em membro superior esquerdo. Nega outros antecedentes mórbidos.
Ao exame físico apresenta ausência de pulsos distais no membro superior esquerdo, palidez e frialdade. Pressão
arterial de 190x110mmHg.
QUESTÃO DISSERTATIVA 06: Cite qual achado no exame físico do membro pode diferenciar entre estes dois
diagnósticos.
QUESTÃO DISSERTATIVA 08: Se o tratamento for realizado para uma das opções sendo que o diagnóstico era a
outra opção (e vice-versa), como o tratamento pode piorar a condição do paciente?
CASO 3
QUESTÃO DISSERTATIVA 09: Cite duas hipóteses diagnósticas e origem etiológicas para esse derrame pleural.
QUESTÃO DISSERTATIVA 10: Como prosseguir na investigação? Cite 2 orientações recomendadas para
esclarecer a hipótese diagnóstica mencionada.
QUESTÃO DISSERTATIVA 11: Cite 4 exames do líquido pleural e quais os resultados esperados que estejam em
acordo com a hipótese diagnóstica acima mencionada.
QUESTÃO DISSERTATIVA 12: Caso o tratamento intervencionista seja indicado, cite 2 modalidades recomendadas.
CASO 4
Homem de 35 anos dá entrada em serviço de emergência por agressão com arma branca. Ao exame físico de
entrada está consciente e hemodinamicamente estável. Apresenta extenso ferimento profundo na hemiface esquerda
que acomete inclusive os planos musculares e com profuso sangramento contido parcialmente por compressão local.
O ferimento tem extensão de cerca de 10 cm e se estende desde a região pré-auricular até o ângulo da boca em
trajeto oblíquo. Com base nestas informações responda:
QUESTÃO DISSERTATIVA 13: Qual a maneira mais segura para o controle definitivo do sangramento?
QUESTÃO DISSERTATIVA 14: Cite 2 estruturas anatômicas funcionalmente relevantes que devem ter sua
integridade avaliada e que se relacionam com o trajeto do ferimento.
QUESTÃO DISSERTATIVA 15: Se o ferimento acometesse a espessura total da região, quais planos deveriam ser
aproximados para a reparação da lesão?
QUESTÃO DISSERTATIVA 16: Nesse tipo de lesão, qual a principal característica do ferimento facial que se
relaciona ao baixo índice de infeções?
CASO 5
Mulher de 36 anos hipertensa há 3 anos, vem apresentando piora progressiva do nível pressórico e dificuldade para
controlar o quadro com três fármacos hipotensores.
PA = 190 X 120 mmHg, FC=84 bpm.
Creatinina: 1,4 mg /dl, Na: 137 mEq/l, K: 4,0 mEq/l.
Renina periférica: 29 (nl até 6 ng/ml/hora).
Cortisol sérico: 5,0 μg/dl (nl 2,4 a 24 μg/dl).
Ácido vanilmandélico urinário: 7,0 mg/ 24 h (nl 2,0 a 7,0 mg/24 horas).
QUESTÃO DISSERTATIVA 18: Quais os exames mais indicados para identificar a causa da hipertensão?
QUESTÃO DISSERTATIVA 19: Cite as duas formas de tratamento mais indicadas para esta paciente.
Prova: FMUSP
Ano: 2019
Especialidade: R3 ESP. CIRÚRGICAS
GABARITO
1 11 21 31 41 51 61 71 81 91
A A B B D C C B A B
2 12 22 32 42 52 62 72 82 92
C A C C B C A A B D
3 13 23 33 43 53 63 73 83 93
D B C A A A D A A A
4 14 24 34 44 54 64 74 84 94
B B A D D D B C D C
5 15 25 35 45 55 65 75 85 95
A D B C B C D D C D
6 16 26 36 46 56 66 76 86 96
D B B D C A B D A B
7 17 27 37 47 57 67 77 87 97
A D D C B B C C A C
8 18 28 38 48 58 68 78 88 98
D A A C A D D B C B
9 19 29 39 49 59 69 79 89 99
B C D B A B B A A D
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
C B D C C A C C D D