Perguntas e Respostas - Irpf-2022
Perguntas e Respostas - Irpf-2022
Perguntas e Respostas - Irpf-2022
MINISTÉRIO DA ECONOMIA
SECRETARIA ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Exercício de 2022
Ano-calendário de 2021
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IMPOSTO SOBRE A RENDA – PESSOA FÍSICA
PERGUNTAS E RESPOSTAS
É permitida a reprodução total ou parcial deste manual, desde que citada a fonte.
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SECRETARIA ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Missão
Nós administramos o sistema tributário e aduaneiro, contribuindo para o bem-estar
econômico e social do país.
Valores
Integridade, imparcialidade, profissionalismo e transparência.
Visão
Sermos reconhecidos como essenciais ao progresso do país, engajados na
inovação, na promoção da conformidade tributária e aduaneira e na oferta de
serviços de excelência à sociedade.
Princípios de Gestão
Eficiência, inovação, valorização de pessoas e cooperação.
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APRESENTAÇÃO
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SUMÁRIO
Nº da
ANO-CALENDÁRIO DE 2021, EXERCÍCIO DE 2022 Pergunta
OBRIGATORIEDADE DE ENTREGA
Obrigatoriedade 001
Pessoa física desobrigada 002
Titular ou sócio de empresa 003
Quadro societário ou associado de cooperativa 004
Responsável por Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) - obrigatoriedade de
declarar
005
Limite de idade para declarar 006
Bens e direitos - avaliação 007
Bens e direitos - atividade rural 008
Mais de uma fonte pagadora 009
Caderneta de poupança superior a R$ 300.000,00 010
Doença grave 011
DESCONTO SIMPLIFICADO
Desconto simplificado - conceito 012
Desconto simplificado - dependentes comuns 013
Desconto simplificado - quem pode optar 014
Mais de uma fonte pagadora 015
Prejuízo na atividade rural - desconto simplificado 016
Pagamentos e doações efetuados 017
Rendimentos isentos - 65 anos ou mais 018
Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRA) 019
Aluguéis 020
TRANSMISSAO DA DECLARAÇÃO
Meios de transmissão da declaração 030
Outras informações 031
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LOCAL DE APRESENTAÇÃO
Local de apresentação no prazo 032
Declaração transmitida com a utilização de certificado digital 033
Declarante no exterior 034
Apresentação após o prazo 035
Agências bancárias autorizadas 036
RETIFICAÇÃO DA DECLARAÇÃO
Retificação 038
Retificação - prazo 039
Declaração retificadora - onde apresentar 040
Declaração retificadora - troca de opção 041
Desconto simplificado - prejuízo na atividade rural 042
Retificação - exercícios anteriores 043
Declaração do cônjuge - alterações 044
Imposto - pagamento 045
Imposto - mudança na forma de pagamento 046
Aposentado com 65 anos ou mais - isenção 047
PDV - programa de demissão voluntária 048
Declaração de bens ou de dívidas e ônus - erros 049
COMPROVANTE DE RENDIMENTOS
Comprovante errado ou não entregue 050
Falta de comprovante de fonte pagadora 051
Penalidade à fonte pagadora 052
RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO DO IR
IR pago indevidamente 064
Restituição - crédito em conta-corrente ou de poupança 065
Restituição - conta conjunta 066
Restituição - conta de terceiros 067
Restituição - alteração na conta indicada 068
Restituição - declarante no exterior 069
7
SITUAÇÕES INDIVIDUAIS
Contribuinte casado 070
Bens adquiridos em condomínio antes do casamento 071
Contribuinte que tenha companheiro(a) 072
Contribuinte divorciado que se casou novamente 073
Contribuinte separado de fato 074
Contribuinte divorciado ou separado judicialmente ou por escritura publica 075
Contribuinte viúvo 076
Contribuinte menor 077
Contribuinte menor emancipado 078
Contribuinte incapaz 079
DECLARAÇÃO EM CONJUNTO
Declarante em conjunto - conceito 080
Cônjuge ou filho menor (na condição de dependente) 081
DECLARAÇÃO EM SEPARADO
Compensação do IR - bens em condomínio ou comunhão 082
EXTERIOR
Bases da tributação da pessoa física 106
Residente no Brasil - conceito 107
Não residente no Brasil - conceito 108
Nova contagem para fins de estabelecer as condições de residente ou de não residente 109
Saída temporária - procedimentos 110
Saída temporária – tributação 111
Saída definitiva - procedimentos 112
Saída definitiva e retorno ao Brasil 113
8
Declaração de saída definitiva do país – Apuração do imposto 114
Declaração de saída definitiva do país – Restituição do imposto 115
Declaração de saída definitiva do país – Base de cálculo 116
Declaração de saída definitiva do país – Deduções em moeda estrangeira 117
Residente - saída temporária ou definitiva sem apresentação de comunicação 118
Não residente - visto temporário 119
Brasileiro, não residente, que retorna ao Brasil 120
Não residente - rendimentos recebidos no Brasil 121
Residente no Brasil - rendimentos do exterior 122
Herança. Aquisição de direito por não residente 123
Rendimentos de país sem acordo com o Brasil 124
Benefícios ou resgates de previdência complementar recebidos por não residente 125
Não residente - aposentadoria e pensão recebida no Brasil 126
Não residente – rendimentos do trabalho recebidos em reclamatória trabalhista 127
Rendimentos oriundos de país que possui acordo com o Brasil 128
Estrangeiro - transferência para o Brasil 129
Residente - lucros de empresas do exterior 130
Conversão em reais - deduções 131
Imposto pago no exterior - compensação/conversão 132
Imposto pago no exterior - compensação mensal/anual 133
Compensação - Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido 134
Servidor de representação diplomática - não residente 135
Funcionário de representação diplomática 136
Empregado particular - missão diplomática 137
Empregado de empresas estatais estrangeiras no Brasil 138
Religiosos, missionários, pesquisadores e professores 139
Cientistas, professores e pesquisadores 140
Rendimentos recebidos de organizações internacionais por residentes no Brasil 141
Pnud 142
Agências especializadas da ONU 143
Aladi 144
OEA 145
Organismos especializados da OEA 146
AEE 147
Ritla do Sela 148
Intelsat 149
OEI 150
Conselho de Cooperação Aduaneira 151
Corporação Interamericana de Investimentos 152
NDB 153
Ex-funcionário de organização internacional 154
Pessoa física a serviço do Brasil no exterior - tributação 155
Pessoa física a serviço do Brasil no exterior 156
Servidor público em missão no exterior 157
Transferência de residência - exterior 158
–Rendimentos no exterior 159
Declaração de bens - pessoa física que passa a ser residente 160
Trabalho assalariado - Exterior 161
Servidor brasileiro no exterior para estudo 162
Conversão em reais - rendimentos/imposto/deduções 163
Deduções - exterior 164
Pensões e aposentadorias - exterior 165
Não residente com mais de 65 anos 166
Não residente - apresentação da declaração de ajuste anual 167
Não residente - lucros/dividendos 168
9
Não residente – ganhos de capital. Regime especial - isenção 169
CARNÊ-LEÃO
Carnê-leão - recolhimento 258
Carnê-leão - cálculo 259
Carnê-leão - décimo terceiro salário pago por governo estrangeiro 260
Carnê-leão x recolhimento complementar 261
11
Carnê-leão pago a maior 262
Compensação de acréscimos legais 263
Pagamento do recolhimento complementar com código do carnê-leão 264
Arras 265
12
IMPOSTO SOBRE A RENDA INCIDENTE/RETIDO NA FONTE - TRIBUTAÇÃO
EXCLUSIVA NA FONTE
Concursos e sorteios de qualquer espécie - prêmio distribuído sob a forma de bens ou
306
serviços
Aposta conjunta em loteria 307
Prêmios em dinheiro 308
Prêmios em dinheiro - Jogos de bingo 309
Juros sobre capital próprio 310
Décimo terceiro salário recebido acumuladamente 311
DEDUÇÕES - GERAL
Deduções permitidas 321
Deduções do décimo terceiro salário 322
DEDUÇÕES - PREVIDÊNCIA
Contribuição à previdência oficial 323
Previdência oficial paga com atraso 324
Previdência complementar - limite 325
Montepio civil ou militar 326
Previdência oficial - trabalhador autônomo 327
Contribuição previdenciária de dependente 328
Previdência complementar - resgate em curto prazo 329
DEDUÇÕES - DEPENDENTES
Dependentes 330
Filho (a) ou enteado (a) cursando escola de ensino médio ou técnica (2º grau) 331
Dependente pela lei previdenciária 332
Documentação para comprovar a dependência 333
Dependente não residente no Brasil 334
Dependente próprio, declarado pelo outro cônjuge 335
Pensão alimentícia - relação de dependência 336
Dependência - mudança no ano 337
Dependente - falecimento no ano-calendário 338
Dependência durante parte do ano 339
Filho universitário que faz 25 anos no início do ano 340
Crédito educativo 341
Dependente que recebe herança ou doação 342
Nora - genro 343
13
Irmão, neto ou bisneto 344
Sogro (a) 345
Menor emancipado 346
Menor pobre que não viva com o contribuinte 347
DEDUÇÕES - LIVRO-CAIXA
Utilização do livro-caixa 410
Despesas de custeio 411
Serviços prestados a pessoas físicas e/ou jurídicas 412
Serviços notariais e de registro 413
Escrituração em formulário contínuo 414
Comprovação das despesas no livro-caixa 415
Despesas com transporte, locomoção e combustível 416
Aquisição de bens ou direitos 417
Arrendamento mercantil e depreciação de bens 418
Imóvel utilizado para profissão e residência 419
Benfeitorias em imóvel locado 420
Livros, jornais, revistas e roupas especiais 421
Contribuição a sindicatos e associações 422
Pagamentos efetuados a terceiros 423
Autônomo - prestação de serviços exclusivamente a pessoa jurídica 424
Serviços pagos a terceiros prestados em anos anteriores 425
Propaganda da atividade profissional 426
Congressos e seminários 427
DEDUÇÕES - OUTRAS
Deduções no serviço de transporte 432
Doações para partidos políticos e para candidatos 433
Advogados e despesas judiciais 434
Honorários advocatícios pagos em outros exercícios 435
Doações - entidades filantrópicas e de educação 436
GANHO DE CAPITAL
Operações sujeitas à apuração do ganho de capital 553
Alíquotas aplicáveis à apuração do ganho de capital 554
Isenções do ganho de capital 555
Alienação de imóvel residencial para construção de outro imóvel 556
Alienação de imóvel residencial - condomínio - isenção 557
Alienação de imóvel residencial - isenção 558
Não aplicação do produto da venda de imóveis residenciais em 180 dias - isenção 559
Compensação de prejuízos com ganhos no mês 560
Data de aquisição de bens comuns 561
Reembolso de bens e direitos - meação e herança 562
Atualização do valor de imóvel 563
Usucapião 564
Laudêmio 565
Bem originariamente possuído em usufruto e depois em propriedade plena 566
Revogação da doação em adiantamento da legítima 567
Custo de aquisição 568
Cessão do exercício do usufruto 569
Alienação do único imóvel - isenção 570
Cessão de precatório 571
Imóvel vendido em partes, em datas diferentes 572
Contrato com cláusula de rescisão 573
Alienação de imóvel residencial com posterior recompra 574
Contrato compra e venda - parcela de receita obtida com lavra de recursos minerais 575
Rescisão de contrato de promessa de compra e venda 576
Participações societárias - alienação sem preço predeterminado 577
Substituição de ações - cisão, fusão ou incorporação 578
Incorporação de ações 579
Transferência de bens para integralização de capital 580
Transferência de bens para integralização de capital - ganho de capital 581
Dissolução de sociedade - transferência de bens 582
Dissolução da sociedade conjugal ou da união estável - transferência de bens 583
Dissolução da sociedade conjugal ou da união estável - pagamento do imposto 584
Herança ou legado 585
Prazo de recolhimento no caso de herança ou legado 586
Doação a terceiros de bens ou direitos 587
Doação - valor do custo de aquisição 588
18
Prazo - doação em adiantamento da legítima 589
Alienação com recebimento parcelado em bens móveis 590
Cláusulas pro soluto ou pro solvendo 591
Alienação com dívida quitada com desconto 592
Notas promissórias correspondentes às prestações 593
Doação de notas promissórias 594
Alienação condicionada à aprovação de financiamento 595
Contrato particular de bem financiado pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) 596
Doação entre cônjuges 597
Bens recebidos por concursos, sorteios e outros 598
Transferência de titularidade de quotas de capital 599
Alienações efetuadas pelos cônjuges 600
Cessão de direitos hereditários 601
Alienação efetuada durante inventário 602
Dação em pagamento efetuada com imóvel 603
Arrendamento mercantil - leasing 604
Permuta de unidades imobiliárias 605
Permuta de uma unidade por duas ou mais 606
Permuta com pagamento de torna em dinheiro 607
Permuta entre bens móveis e imóveis 608
Permuta de imóveis rurais 609
Permuta com pessoa jurídica 610
Dação da unidade imobiliária em pagamento 611
Residente no Brasil - bens, direitos e aplicações financeiras adquiridos em moeda 612
estrangeira
Aplicação financeira no exterior. Ganho de capital 613
Isenção em aplicações financeiras no exterior 614
Conta remunerada no exterior 615
Alienação de moeda estrangeira mantida em espécie 616
Moeda estrangeira representada por cheques de viagem 617
Aplicações financeiras em moeda estrangeira 618
Alienação de criptoativos 619
Não residente - bens no Brasil 620
Redução sobre o ganho de capital 621
Edificação em terreno alheio - redução do ganho de capital 622
Imóvel construído após aquisição do terreno - redução 623
Desapropriação 624
Imóvel rural 625
Terra nua - ganho de capital 626
Valor da Terra Nua (VTN) de compra e alienação idênticos 627
Aquisição e/ou alienação sem apuração do Valor da Terra Nua (VTN) 628
Consórcio 629
Único imóvel - aquisição de outro por contrato particular 630
Alienações diversas - aplicabilidade da isenção 631
Alienações diversas - aplicabilidade de redução 632
Valor da alienação recebido parceladamente 633
Venda parcelada de imóvel - cláusulas de correção 634
Bens adquiridos até 1995 pela primeira vez declarados 635
Despesas que integram o custo de aquisição 636
Alienação de bens comuns - isenção de único imóvel 637
Bem de pequeno valor - condomínio 638
Saldo devedor do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) - custo de aquisição 639
Programa de arrendamento residencial - custo de aquisição 640
Valor da Terra Nua (VTN) do Diat menor que valor de venda da terra nua 641
Títulos de investimento coletivo 642
19
Passe de atleta 643
Bem de pequeno valor 644
Permuta com recebimento de torna em dinheiro 645
Imóvel adquirido pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) ou em consórcio 646
Alienação do único imóvel 647
Único imóvel - copropriedade 648
Unificação de terrenos contíguos 649
Alienação de parte do imóvel 650
Ativos recebidos - dissolução sociedade conjugal 651
Pagamento do IR - dissolução sociedade conjugal 652
Doação em adiantamento da legítima - tratamento 653
INCORPORAÇÃO E LOTEAMENTO
Incorporação de prédios em condomínio 654
Construções abrangidas pelas incorporações imobiliárias 655
Incorporador 656
Loteamento e desmembramento de terrenos 657
Pessoa física equiparada à jurídica 658
Falecimento de incorporador 659
ACRÉSCIMO PATRIMONIAL
Rendas consideradas consumidas e deduções sem comprovação 660
Empréstimo - Mútuo 661
Transações ilícitas 662
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OBRIGATORIEDADE DE ENTREGA
OBRIGATORIEDADE
001 — Quem está obrigado a apresentar a Declaração de Ajuste Anual relativa ao exercício de 2022,
ano-calendário de 2021?
Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual (DAA) referente ao exercício de 2022, a pessoa
física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2021:
1 - recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.559,70
(vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos);
2 - recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior
a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);
3 - obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do
imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
4 - relativamente à atividade rural:
a) obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 (cento e quarenta e dois mil, setecentos e noventa
e oito reais e cinquenta centavos);
b) pretenda compensar, no ano-calendário de 2021 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores
ou do próprio ano-calendário de 2021;
5 - teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total
superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);
6 - passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição se encontrava em 31 de
dezembro; ou
7 - optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de
imóveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado à aplicação na aquisição de imóveis residenciais
localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebração do contrato de venda, nos
termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.
Atenção:
Apresentação da declaração
A Declaração de Ajuste Anual (DAA) deve ser elaborada, exclusivamente, com o uso de:
i - computador, mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração (PGD) relativo ao
exercício de 2022, disponível no site da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), na
Internet, no endereço http://www.gov.br/receitafederal/pt-br;
ii - computador, mediante acesso ao serviço “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”,
disponível no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) no site da RFB na Internet, no endereço de
que trata o item “i” deste “Atenção”; ou
iii - dispositivos móveis, tais como tablets e smartphones, mediante acesso ao “Meu Imposto de
Renda”, por meio do respectivo APP disponível nas lojas de aplicativos Google Play, para o sistema
operacional Android, ou App Store, para o sistema operacional iOS.
Na apresentação da declaração original, o preenchimento do número do recibo da última
declaração apresentada relativa ao exercício de 2021 não é obrigatório. No caso de declaração
retificadora, o preenchimento do número do recibo da declaração imediatamente anterior do
exercício de 2022 é obrigatório.
O acesso ao serviço “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)” com a utilização de computador,
nos termos do item ii deste Atenção, será realizado, de acordo com o disposto na Instrução
Normativa RFB nº 1.995, de 24 de novembro de 2020.
O acesso à conta gov.br pode ser efetuado, inclusive, com a utilização de certificado digital:
a) pelo contribuinte; ou b) por seu representante, com procuração eletrônica ou com a procuração
de que trata a Instrução Normativa RFB nº 1.751, de 16 de outubro de 2017.
É vedado o preenchimento e a apresentação da declaração por meio do “Meu Imposto de Renda”,
disponível para dispositivos móveis, nas hipóteses de os declarantes ou seus dependentes
informados nessa declaração, no ano-calendário de 2021:
I – terem auferido rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste anual, cuja soma foi superior a
R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), apenas na hipótese de utilização do serviço por meio de
dispositivos móveis;
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II – terem recebido rendimentos do exterior;
III – terem auferido os seguintes rendimentos sujeitos à tributação exclusiva ou definitiva:
a) cuja soma seja superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), apenas na hipótese de
utilização do serviço por meio de dispositivos móveis;
b) ganhos de capital na alienação de bens ou direitos;
c) ganhos de capital na alienação de bens, direitos e aplicações financeiras adquiridos em
moeda estrangeira;
d) ganhos de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie; ou
e) ganhos líquidos em operações de renda variável realizadas em bolsa de valores, de
mercadorias, de futuros e assemelhadas, exceto para operações no mercado à vista de ações e
com fundos de investimento imobiliário;
IV - terem auferido os seguintes rendimentos isentos e não tributáveis:
a) cuja soma foi superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), apenas na hipótese de
utilização do serviço por meio de dispositivos móveis;
b) relativos à parcela isenta correspondente à atividade rural;
c) relativos à recuperação de prejuízos em renda variável realizadas em bolsa de valores, de
mercadorias, de futuros e assemelhados, exceto para operações no mercado à vista de ações);
d) correspondente ao lucro na venda de imóvel residencial para aquisição de outro imóvel
residencial;
e) correspondente ao lucro na alienação de imóvel residencial adquirido após o ano de 1969;
V - terem-se sujeitado:
a) ao imposto pago no exterior ou ao recolhimento do imposto sobre a renda na fonte de que
trata os §§ 1º e 2º do art. 2º da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004; ou
b) ao preenchimento dos demonstrativos referentes à atividade rural, ao ganho de capital ou à
renda variável, exceto, nesse último caso, para operações no mercado à vista de ações e com
fundos de investimento imobiliário; ou
VI - terem realizado pagamentos de rendimentos a pessoas físicas ou jurídicas cuja soma seja
superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), apenas na hipótese de utilização do serviço
por meio de dispositivos móveis.
Atividade rural
A pessoa física que se enquadrar em qualquer das hipóteses de obrigatoriedade previstas nos itens
de 1 a 3 e de 5 a 7 e que tenha obtido resultado positivo da atividade rural também deve preencher
o Demonstrativo da Atividade Rural.
(Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, art. 16; Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, art. 1º, inciso
IX; Lei nº 13.982, de 02.04.2020, art. 2º, § 2º-B; e Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de
fevereiro de 2022, arts. 2º, 4º, 5º e 7º)
Retorno ao sumário
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PESSOA FÍSICA DESOBRIGADA
002 — Pessoa física desobrigada pode apresentar a Declaração de Ajuste Anual (DAA)?
Sim. A pessoa física, ainda que desobrigada, pode apresentar a Declaração de Ajuste Anual (DAA), sendo
vedado a um mesmo contribuinte constar simultaneamente em mais de uma Declaração de Ajuste Anual, seja
como titular ou dependente, exceto nos casos de alteração na relação de dependência no ano-calendário de
2021.
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LIMITE DE IDADE PARA DECLARAR
006 — Existe limite de idade para a obrigatoriedade ou dispensa de apresentação da Declaração de
Ajuste Anual?
Não há limitação quanto à idade.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 1º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22
de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de fevereiro de 2022, art. 2º)
Retorno ao sumário
Atenção:
A pessoa física sujeita à apresentação da Declaração de Ajuste Anual deve nela relacionar os bens
e direitos que, no Brasil ou no exterior, constituam, em 31 de dezembro de 2020 e de 2021, seu
patrimônio e o de seus dependentes relacionados na declaração, bem como os bens e direitos
adquiridos e alienados no decorrer do ano-calendário de 2021.
Devem ser declarados quaisquer recebíveis que constituam créditos do declarante, tais como
cheques ou assemelhados.
Devem também ser informados as dívidas e os ônus reais existentes em 31 de dezembro de 2020
e de 2021, do declarante e de seus dependentes relacionados na Declaração de Ajuste Anual, bem
como os constituídos e os extintos no decorrer do ano-calendário de 2021.
Fica dispensada, em relação a valores existentes em 31 de dezembro de 2021, a inclusão de:
I - saldos de contas correntes bancárias e demais aplicações financeiras, cujo valor unitário não
exceda a R$ 140,00 (cento e quarenta reais);
II - bens móveis, exceto veículos automotores, embarcações e aeronaves, bem como os direitos,
cujo valor unitário de aquisição seja inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
III - conjunto de ações e quotas de uma mesma empresa, negociadas ou não em bolsa de valores,
bem como ouro, ativo financeiro, cujo valor de constituição ou de aquisição seja inferior a
R$ 1.000,00 (um mil reais);
IV - dívidas e ônus reais, cujo valor seja igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 25, § 1º; Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de
outubro de 2001, arts. 7º, 8º e Anexo Único; e Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de fevereiro
de 2022, art. 11)
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
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MAIS DE UMA FONTE PAGADORA
009 — O contribuinte deve apresentar uma Declaração de Ajuste Anual para cada fonte pagadora
dos rendimentos que auferir?
Não. O contribuinte deve apresentar somente uma Declaração de Ajuste Anual, independentemente do
número de fontes pagadoras, informando todos os rendimentos recebidos durante o ano-calendário de 2021.
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
DOENÇA GRAVE
011 — Contribuinte com doença grave está desobrigado de apresentar a declaração?
Não. A isenção relativa à doença grave especificada em lei não desobriga, por si só, o contribuinte de
apresentar declaração.
Retorno ao sumário
DESCONTO SIMPLIFICADO
DESCONTO SIMPLIFICADO - CONCEITO
012 — O que se considera como opção pelo desconto simplificado?
A opção pelo desconto simplificado implica a substituição de todas as deduções admitidas na legislação
tributária, correspondente à dedução de 20% do valor dos rendimentos tributáveis na Declaração de Ajuste
Anual, limitado a R$ 16.754,34 (dezesseis mil, setecentos e cinquenta e quatro reais e trinta e quatro
centavos). Não necessita de comprovação e pode ser utilizado independentemente do montante dos
rendimentos recebidos e do número de fontes pagadoras.
O valor utilizado a título de desconto simplificado não justifica variação patrimonial, sendo considerado
rendimento consumido.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art.10, inciso IX; Regulamento do Imposto sobre a Renda
- RIR/2018, art. 77, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa RFB nº 2.065, de 24 de fevereiro de 2022, art. 3º, §§ 1º e 2º)
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26
DESCONTO SIMPLIFICADO - DEPENDENTES COMUNS
013 — Um cônjuge ou companheiro que apresenta declaração utilizando-se das deduções legais
pode incluir um dependente comum se o outro cônjuge ou companheiro apresentou a declaração
utilizando-se do desconto simplificado e não incluiu tal dependente?
Sim. A apresentação de declaração com opção pelo desconto simplificado por um dos cônjuges ou
companheiros, em que não há a inclusão de dependente comum, não impede que o outro cônjuge ou
companheiro apresente declaração com a utilização das deduções legais, incluindo o dependente comum na
declaração e utilizando as deduções a ele relacionadas e vice-versa.
O desconto simplificado substitui todas as deduções previstas na legislação tributária às quais o contribuinte
faria jus caso optasse pela declaração com base nas deduções legais, entretanto, não substitui as deduções
relacionadas a pessoas que, embora possam ser consideradas dependentes perante a legislação tributária,
não constam da declaração.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, arts. 8º e 10; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29
de outubro de 2014, art. 71; e Solução de Consulta Interna Cosit nº 29, de 4 de novembro de 2013)
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(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art.10, inciso IX; Instrução Normativa RFB nº 1.131, de
20 de fevereiro de 2011, art. 54; e Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de fevereiro de 2022,
art. 3º)
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27
PAGAMENTOS E DOAÇÕES EFETUADOS
017 — O contribuinte que optar pelo desconto simplificado deve preencher as fichas “Pagamentos
Efetuados” e “Doações Efetuadas”?
Independentemente da forma de tributação escolhida pelo contribuinte, deve-se preencher as fichas
“Pagamentos Efetuados” e “Doações Efetuadas” incluindo todos os pagamentos e doações efetuados a:
- pessoas físicas, tais como pensão alimentícia, aluguéis, arrendamento rural, instrução, pagamentos a
profissionais autônomos (médicos, dentistas, psicólogos, advogados, engenheiros, arquitetos, corretores,
professores, mecânicos, e outros);
- pessoas jurídicas, quando constituam exclusão ou dedução na declaração do contribuinte.
A falta das informações relativas ao preenchimento da ficha “Pagamentos Efetuados” sujeita o contribuinte à
multa de 20% do valor não declarado.
(Decreto-lei nº 2.396, 21 de dezembro de 1987, art. 13; e Regulamento do Imposto sobre a Renda
- RIR/2018,, arts. 975 e 1.007, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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Não. A parcela isenta referente a rendimentos de aposentadoria recebidos por contribuinte maior de 65 anos
deve ser informada na Declaração de Ajuste Anual na ficha correspondente aos Rendimentos Isentos e Não
Tributáveis. O desconto simplificado aplica-se apenas aos rendimentos tributáveis e substitui as deduções
legais cabíveis, limitado a R$ 16.754,34.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art.10, inciso IX; e Instrução Normativa RFB nº 2.065,
de 24 de fevereiro de 2022, art. 3º, § 1º)
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Sim. O contribuinte, independentemente da opção pelo desconto simplificado ou não, pode informar como
rendimento tributável o valor recebido, excluindo os honorários pagos na proporção dos rendimentos
tributáveis.
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ALUGUÉIS
020 — O contribuinte que optar pelo desconto simplificado pode excluir as despesas com
condomínio, taxas, impostos, em relação a aluguéis recebidos?
Sim. O contribuinte, independentemente da opção pelo desconto simplificado ou não, deve informar como
rendimento tributável o valor dos aluguéis recebidos, podendo excluir os impostos, as taxas e os emolumentos
incidentes sobre o bem que produzir o rendimento, desde que o ônus desses encargos tenha sido
exclusivamente do declarante.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 689, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018)
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28
PRAZO PARA APRESENTAÇÃO
DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL — EXERCÍCIO DE 2022
021 — Qual é o prazo de apresentação da Declaração de Ajuste Anual do exercício de 2022?
A Declaração de Ajuste Anual deve ser apresentada no período de 7 de março a 29 de abril de 2022.
O serviço de recepção da declaração, pela Internet, será interrompido às 23h59min59s (vinte e três horas,
cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do último dia do prazo
estabelecido.
(Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de fevereiro de 2022, art. 7º)
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DECLARANTE NO EXTERIOR
022 — Qual é o prazo de apresentação da Declaração de Ajuste Anual para a pessoa física ausente
do Brasil?
A pessoa física que se encontra no exterior deve apresentar sua declaração até 29 de abril de 2022.
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Atenção:
a) A apresentação de Declaração de Ajuste Anual retificadora não está sujeita à multa por atraso
na entrega;
29
b) O contribuinte que deixou de apresentar, no prazo previsto, a Declaração de Ajuste Anual,
quando estava obrigado a fazê-lo, deverá fazer o download, do site da RFB na Internet, do programa
relativo ao ano-calendário correspondente e após preencher a declaração de acordo com as
instruções vigentes para aquele ano, apresentá-la:
b.1) pela Internet, mediante utilização do programa de transmissão Receitanet;
b.2) a partir do exercício de 2017, pela Internet, no respectivo programa IRPF, na opção “Entregar
Declaração”;
b.3) utilizando o serviço “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF” ou APP “Meu Imposto de
Renda” (consultar os itens “ii” e “iii” do “Atenção” da pergunta 001), na hipótese de apresentação
de declaração original; ou
b.4) em mídia removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 1.003, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de fevereiro de 2022, art.
10)
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Não é devida a multa por atraso na entrega da declaração para quem está desobrigado de apresentar a
Declaração de Ajuste Anual.
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Para o ano-calendário de 2021, exercício de 2022, deve ser utilizado o programa IRPF 2022 para
preenchimento da Declaração de Ajuste Anual (DAA).
O IRPF 2022, entre outras condições, observa os limites legais, apura automaticamente o imposto a pagar ou
a restituir e informa ao contribuinte a opção de declaração que lhe é mais favorável.
Para demais formas de elaboração da Declaração de Ajuste Anual consulte o “Atenção” contido na pergunta
001.
Atenção:
Da elaboração
a) A Declaração de Ajuste Anual, para o ano-calendário de 2021, exercício de 2022, deve ser
elaborada com o uso do computador mediante a utilização do programa IRPF 2022, localizado no
site http://www.gov.br/receitafederal/pt-br;
Da Declaração de Ajuste Anual Pré-Preenchida
b) O contribuinte pode utilizar a Declaração de Ajuste Anual Pré-preenchida, desde que:
b.1) inicie uma nova declaração, com a utilização de computador:
b.1.1) por meio do IRPF2022, a partir da tela de entrada do programa, aba “Nova”, selecionando a
opção “Iniciar Declaração a partir da Pré-Preenchida”; ou
b.1.2) mediante acesso ao serviço “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)” e a partir da tela
inicial do e-CAC, entrar com a conta gov.br (com selos Ouro e Prata), dentro do Menu “Declarações
e Demonstrativos”, do item “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)” e, em seguida, do item
“Preencher Declaração Online” e, por fim, do item “INICIAR DECLARAÇÃO COM A PRÉ-
PREENCHIDA”;
b.2) no momento da importação do arquivo referido no item “c” (abaixo), as fontes pagadoras ou as
pessoas jurídicas ou equiparadas, conforme o caso, tenham enviado para a RFB informações
relativas ao contribuinte referentes ao exercício de 2022, ano-calendário de 2021, por meio:
b.2.1) da Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf);
30
b.2.2) da Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed);
b.2.3) da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob);
b.2.4) do Sistema de Recolhimento Mensal Obrigatório (Carnê-Leão); ou
b.2.5) da e-Financeira.
c) A RFB disponibiliza ao contribuinte um arquivo a ser importado para a Declaração de Ajuste
Anual, já contendo algumas informações relativas a rendimentos, deduções, bens e direitos e
dívidas e ônus reais.
c.1) o acesso às informações do arquivo de que trata o item “b.2” a ser importado para a Declaração
de Ajuste Anual, dar-se-á somente com certificado digital e pode ser feito pelo:
I - contribuinte; ou
II - representante do contribuinte com procuração eletrônica ou procuração de que trata a Instrução
Normativa RFB nº 1.751, de 16 de outubro de 2017.
c.2) o arquivo pode ser obtido no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) no site da RFB, na Internet,
no endereço referido no item “a” deste Atenção;
d) É de inteira responsabilidade do contribuinte a verificação da correção de todos os dados pré-
preenchidos na Declaração de Ajuste Anual, devendo ele realizar as alterações, inclusões e
exclusões das informações necessárias, se for o caso.
(Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de fevereiro de 2022, art. 6º)
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O programa IRPF 2022 para a Declaração de Ajuste Anual pode ser obtido no site da Secretaria Especial da
Receita Federal do Brasil (RFB) na internet, no endereço http://www.gov.br/receitafederal/pt-br.
Localize o programa IRPF 2022 a partir da barra de menu na opção “Meu Imposto de Renda”, procure por
“IRPF 2022” e selecione "Download do Programa” e siga as orientações constantes no sítio da RFB na
Internet.
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EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
028 — Qual é o equipamento necessário para a utilização do programa IRPF 2022?
O PGD foi desenvolvido em Java multiplataforma e pode ser executado em diversos sistemas operacionais.
Não há mais a necessidade de o contribuinte instalar uma versão do Java, uma vez que ele já está incorporado
ao programa IRPF 2022.
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1 - Acesse o site da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço
http://www.gov.br/receitafederal/pt-br;
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TRANSMISSÃO DA DECLARAÇÃO
MEIOS DE TRANSMISSÃO DA DECLARAÇÃO
030 —Quais são os meios a serem utilizados para transmissão da Declaração de Ajuste Anual do
ano-calendário de 2021, exercício de 2022?
A Declaração de Ajuste Anual deve ser apresentada no período de 7 de março a 29 de abril de 2022, pela
Internet, mediante a utilização do próprio Programa Gerador da Declaração (PGD) da declaração ou mediante
a utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no site da RFB, no endereço
http://www.gov.br/receitafederal/pt-br ou do serviço “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)” ou, ainda,
pelo aplicativo “Meu Imposto de Renda”, disponível para dispositivos móveis (consulte os itens “ii” e “iii” do
“Atenção” da pergunta 001).
A comprovação da apresentação da Declaração de Ajuste Anual é feita por meio de recibo gravado após a
transmissão, em disco rígido de computador, em mídia removível ou no dispositivo móvel que contenha a
declaração transmitida, cuja impressão fica a cargo do contribuinte.
Atenção:
O recibo de entrega, contendo o carimbo de recepção, é gravado automaticamente no disco rígido
ou mídia removível, no ato da transmissão.
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OUTRAS INFORMAÇÕES
031 — Onde obter outras informações sobre a transmissão da declaração pela Internet, utilizando o
Receitanet?
Estão disponíveis no site da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço
http://www.gov.br/receitafederal/pt-br (acesso a partir do menu de navegação, procure por “Onde Encontro?”;
e depois por “Receitanet”), as respostas para as principais dúvidas e problemas que possam ocorrer em
relação à transmissão da declaração pela Internet, utilizando o Receitanet.
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LOCAL DE APRESENTAÇÃO
LOCAL DE APRESENTAÇÃO NO PRAZO
032 — Qual o local de apresentação no prazo da Declaração de Ajuste Anual do exercício de 2022?
A declaração deve ser apresentada pela Internet, por meio da funcionalidade “Entregar Declaração” do PGD
IRPF 2022, ou mediante a utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no site da RFB na
Internet ou do serviço “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)” ou, ainda, do aplicativo “Meu Imposto de
Renda”, disponível para dispositivos móveis (consulte os itens “ii” e “iii” do “Atenção” da pergunta 001)
A declaração pode ser transmitida até as 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e
cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia 29 de abril de 2022.
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Atenção:
A comprovação da apresentação da Declaração de Ajuste Anual é feita por meio de recibo gravado
depois da transmissão, em disco rígido de computador, em mídia removível ou no dispositivo móvel
que contenha a declaração transmitida, cuja impressão fica a cargo do contribuinte e deve ser feita
mediante a utilização do PGD.
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Atenção:
O disposto nas orientações constantes desta resposta não se aplica à Declaração de Ajuste Anual
elaborada com a utilização de computador, mediante acesso ao serviço “Meu Imposto de Renda
(Extrato da DIRPF)” de que trata o item “ii” do “Atenção” da pergunta 001.
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DECLARANTE NO EXTERIOR
034 — Qual é o local de apresentação da Declaração de Ajuste Anual para a pessoa física residente
no Brasil que esteja no exterior?
A declaração de contribuinte residente no Brasil que esteja no exterior deve ser enviada pela Internet.
O serviço de recepção da declaração, transmitida pela Internet, será interrompido às 23h59min59s (vinte e
três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do último dia do prazo
estabelecido.
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APRESENTAÇÃO APÓS O PRAZO
035 — Qual é o local de apresentação da Declaração de Ajuste Anual do exercício de 2022
apresentada fora do prazo?
A declaração, após 29 de abril de 2022, deve ser apresentada:
a) pela Internet, mediante utilização do programa de transmissão Receitanet;
b) a partir do exercício de 2017, pela Internet, no respectivo programa IRPF, na opção “Entregar Declaração”;
c) utilizando o serviço “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)” ou o aplicativo “Meu Imposto de Renda”
(consulte os itens “ii” e “iii” do “Atenção” da pergunta 001), na hipótese de apresentação de declaração
original; ou
d) em mídia removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente.
(Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de fevereiro de 2022, art. 8º)
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RETIFICAÇÃO DA DECLARAÇÃO
RETIFICAÇÃO
038 — O contribuinte pode retificar sua declaração de rendimentos?
Sim, desde que não esteja sob procedimento de ofício. Se apresentada após o prazo final (29/04/2022), a
Declaração de Ajuste Anual (DAA) retificadora deve ser apresentada observando-se a mesma natureza da
declaração original, não se admitindo troca de opção por outra forma de tributação.
Atenção:
O contribuinte poderá retificar a DAA apresentada, independente da opção da forma de tributação
(utilizando as deduções legais ou utilizando o desconto simplificado), para Declaração Final de
Espólio (DFE) ou para Declaração de Saída Definitiva do País (DSDP), conforme o caso.
Da mesma forma, também é possível a retificação de DFE ou de DSDP para DAA.
Ressalte-se, porém, que na hipótese de o contribuinte ter apresentado:
a) dentro do prazo, uma DAA e após o prazo apresentar DFE ou DSDP e, posteriormente, retificar
esta novamente para uma DAA, deverá, necessariamente, utilizar a mesma forma de tributação da
última DAA apresentada dentro do prazo;
34
b) após o prazo, uma DAA original e depois apresentar DFE ou DSDP e, posteriormente, retificar
esta novamente para uma DAA, deverá, necessariamente, utilizar a mesma forma de tributação da
DAA original.
O contribuinte deve informar o número do recibo de entrega da última declaração apresentada, relativa ao
mesmo ano-calendário. Esse número é obrigatório e pode ser obtido no recibo de entrega impresso ou
visualizado por meio do menu Declaração, opção Abrir, do programa IRPF2022.
Atenção:
A declaração retificadora tem a mesma natureza da declaração originariamente apresentada,
substituindo-a integralmente e, portanto, deve conter todas as informações anteriormente
declaradas com as alterações e exclusões necessárias, bem como as informações adicionais, se
for o caso.
Nas hipóteses de redução de débitos já inscritos em Dívida Ativa da União bem como de redução
de débitos objeto de pedido de parcelamento deferido, admite-se a retificação da declaração tão
somente após autorização administrativa, desde que haja prova inequívoca da ocorrência de erro
no preenchimento da declaração, e enquanto não extinto o crédito tributário.
(Medida Provisória nº 2.189-49, de 23 de agosto de 2001, art. 18; Instrução Normativa RFB nº 1.500,
de 29 de outubro de 2014, art. 9º, § 5º, e art. 82; e Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de
fevereiro de 2022, art. 9º)
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RETIFICAÇÃO - PRAZO
039 — Há limite de prazo para a retificação da declaração?
Sim. Extingue-se em cinco anos o direito de o contribuinte retificar a declaração de rendimentos, inclusive
quanto ao valor dos bens e direitos declarados.
Atenção:
Sobre o termo inicial da contagem do prazo de 5 anos:
a) se não tiver havido algum imposto pago antecipadamente (Carnê-leão, Imposto complementar,
IRRF): 5 (cinco) anos a partir de 1º de janeiro do ano seguinte ao ano inicial de apresentação da
declaração;
b) se tiver havido algum imposto pago antecipadamente: 5 (cinco) anos a partir do ano inicial de
apresentação da declaração.
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Atenção:
A transmissão da Declaração de Ajuste Anual retificadora elaborada mediante utilização do PGD
pode ser feita também com a utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no site
da RFB (http://www.gov.br/receitafederal/pt-br).
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DECLARAÇÃO RETIFICADORA - TROCA DE OPÇÃO
041 — O contribuinte pode retificar sua declaração para troca da opção da forma de tributação?
A escolha da forma de tributação é uma opção do contribuinte, a qual se torna definitiva com a apresentação
da Declaração de Ajuste Anual (DAA). Desse modo, é permitida a retificação da declaração de rendimentos
visando à troca de opção por outra forma de tributação, somente até 29 de abril de 2022.
Atenção:
O contribuinte poderá retificar a DAA apresentada, independente da opção da forma de tributação
(utilizando as deduções legais ou utilizando o desconto simplificado), para Declaração Final de
Espólio (DFE) ou para Declaração de Saída Definitiva do País (DSDP), conforme o caso.
Da mesma forma, também é possível a retificação de DFE ou de DSDP para DAA.
Ressalte-se, porém, que na hipótese de o contribuinte ter apresentado:
a) dentro do prazo, uma DAA e após o prazo apresentar DFE ou DSDP e, posteriormente, retificar
esta novamente para uma DAA, deverá, necessariamente, utilizar a mesma forma de tributação da
última DAA apresentada dentro do prazo;
b) após o prazo, uma DAA original e depois apresentar DFE ou DSDP e, posteriormente, retificar
esta novamente para uma DAA, deverá, necessariamente, utilizar a mesma forma de tributação da
DAA original.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 83; e Instrução Normativa RFB
nº 2.065, de 24 de fevereiro de 2022, art. 9º, § 3º)
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Atenção:
O contribuinte deve fazer o download, no site da RFB na Internet, no endereço
http://www.gov.br/receitafederal/pt-br, do programa relativo ao ano-calendário correspondente e
após preencher e retificar a declaração de acordo com as instruções vigentes para aquele ano,
deve apresentá-la pela Internet, mediante utilização do programa de transmissão Receitanet ou, a
partir do exercício de 2017, no respectivo programa IRPF na opção “Entregar Declaração”, ou,
ainda, em mídia removível, nas unidades da RFB.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 83)
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DECLARAÇÃO DO CÔNJUGE - ALTERAÇÕES
044 — Como proceder quando a declaração retificadora do contribuinte implicar modificações na
declaração do cônjuge ou companheiro?
O cônjuge ou companheiro também deve apresentar declaração retificadora.
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IMPOSTO - PAGAMENTO
045 — Como proceder quanto ao pagamento do imposto após a declaração retificadora?
1 - Quando a retificação resultar em redução do imposto declarado, observar o seguinte procedimento:
a) calcular o novo valor de cada quota, mantendo-se o número de quotas em que o imposto foi parcelado na
declaração retificada, desde que respeitado o valor mínimo;
b) os valores pagos a maior relativos às quotas vencidas, bem assim os acréscimos legais referentes a esses
valores, podem ser compensados nas quotas vincendas, ou ser objeto de pedido de restituição;
c) sobre o montante a ser compensado ou restituído incidem juros equivalentes à taxa Selic, tendo como termo
inicial o mês subsequente ao do pagamento a maior e como termo final o mês anterior ao da restituição ou da
compensação, adicionado de 1% no mês da restituição ou compensação.
2 - Quando a retificação resultar em aumento do imposto declarado, observar o seguinte
procedimento:
a) calcular o novo valor de cada quota, mantendo-se o número de quotas em que o imposto foi parcelado na
declaração retificada;
b) sobre a diferença correspondente a cada quota vencida incidem acréscimos legais, calculados de acordo
com a legislação vigente.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 83 e 84)
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
Atenção:
A parcela isenta na declaração está limitada a até R$ 1.903,98, por mês, no ano-calendário de
2021, a partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos.
Portanto, se o declarante com 65 anos ou mais receber, referente a proventos de aposentadoria,
reserva remunerada, reforma ou pensão, valor superior a R$ 1.903,98 ao mês, a parcela que
ultrapassar esse limite deverá ser informada como rendimento tributável, na ficha “Rend. Trib.
Receb. De Pessoa Jurídica”.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso XV)
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37
PDV - PROGRAMA DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA
048 — Como deve proceder o contribuinte que sofreu retenção na fonte sobre verbas especiais
indenizatórias pagas em decorrência de incentivo à adesão a Programa de Desligamento Voluntário
(PDV)?
Salvo na hipótese de a fonte pagadora ter efetuado a dedução do imposto retido a maior no mesmo ano-
calendário ou subsequente ao da ocorrência da retenção indevida, o contribuinte, ainda que desobrigado,
pode pleitear a devolução do valor pago a maior exclusivamente por meio da Declaração de Ajuste Anual
relativa ao ano-calendário da retenção.
As verbas especiais indenizatórias recebidas a título de PDV devem ser informadas na ficha “Rendimentos
Isentos e Não tributáveis”, no item “Outros” e o imposto retido na fonte sobre essas verbas deve ser informado
na ficha “Rend. Trib. Receb. De Pessoa Jurídica”.
Atenção:
1 - Não se incluem no conceito de verbas especiais indenizatórias recebidas a título de adesão ao
PDV:
a) as verbas rescisórias previstas na legislação trabalhista em casos de rescisão de contrato de
trabalho, tais como: décimo terceiro salário, saldo de salário, salário vencido, férias proporcionais
ou vencidas, abono e gratificação de férias, gratificações e demais remunerações provenientes do
trabalho prestado, remuneração indireta, aviso prévio trabalhado, participação dos empregados nos
lucros ou resultados da empresa; e
b) os valores recebidos em função de direitos adquiridos anteriormente à adesão ao PDV, em
decorrência do vínculo empregatício, a exemplo do resgate de contribuições efetuadas a entidades
de previdência complementar em virtude de desligamento do plano de previdência.
2 - Com relação à tributação de férias indenizadas, consulte a pergunta 170.
(Instrução Normativa SRF nº 4, de 13 de janeiro de 1999, art. 1º; Instrução Normativa RFB nº 1.717,
de 17 de julho de 2017, art. 20, § 1º; e Ato Declaratório SRF nº 3, de 7 de janeiro de 1999)
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Retorno ao sumário
COMPROVANTE DE RENDIMENTOS
COMPROVANTE ERRADO OU NÃO ENTREGUE
050 — Qual é o procedimento a ser adotado pela pessoa física quando a fonte pagadora não lhe
fornecer o comprovante de rendimentos ou fornecê-lo com inexatidão?
A fonte pagadora, pessoa física ou jurídica, deve fornecer à pessoa física beneficiária, até o último dia útil do
mês de fevereiro do ano subsequente àquele a que se referirem os rendimentos ou por ocasião da rescisão
do contrato de trabalho, se esta ocorrer antes da referida data, documentos comprobatórios, em uma via, com
indicação da natureza e do montante do pagamento, das deduções e do imposto retido no ano-calendário de
2021, conforme modelo oficial.
No caso de retenção na fonte e não fornecimento do comprovante, o contribuinte deve comunicar o fato à
unidade de atendimento da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) de sua jurisdição, para as
medidas legais cabíveis.
Ocorrendo inexatidão nas informações, tais como salários que não foram pagos nem creditados no ano-
calendário ou rendimentos tributáveis e isentos computados em conjunto, o interessado deve solicitar à fonte
pagadora outro comprovante preenchido corretamente.
Na impossibilidade de correção, por motivo de força maior, o contribuinte pode utilizar os comprovantes de
pagamentos mensais, ficando sujeito à comprovação de suas alegações, a critério da autoridade lançadora.
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É permitida a disponibilização, por meio da Internet, do comprovante para a pessoa física que possua
endereço eletrônico e, nesse caso, fica dispensado o fornecimento da via impressa.
(Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, art. 16; Instrução Normativa SRF nº 698, de 20 de dezembro
de 2006, arts. 1º e 2º; e Instrução Normativa RFB nº 2.060, de 13 de dezembro de 2021, arts. 2º a
4º)
Retorno ao sumário
(Lei nº 8.981, 20 de janeiro de 1995, art. 86, § 3º e § 4º; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 1.004, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução
Normativa SRF nº 698, de 20 de dezembro de 2006, arts. 6º e 7º; e Instrução Normativa RFB nº
2.060, de 13 de dezembro de 2021, arts. 5º e 6º)
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Está obrigada a inscrever-se no CPF a pessoa física não residente que possua no Brasil bens e direitos
sujeitos a registro público, inclusive imóveis, veículos, embarcações, aeronaves, participações societárias,
contas-correntes bancárias, aplicações no mercado financeiro e aplicações no mercado de capitais.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 32, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 5º; e
Instrução Normativa RFB nº 1.548, de 13 de fevereiro de 2015, art. 3º, inciso II, alínea “d”)
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39
DEPENDENTE - OBRIGATORIEDADE DE INSCRIÇÃO NO CADASTRO DE PESSOAS FÌSICAS (CPF)
054 — É obrigatória a inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de dependente relacionado
em Declaração de Ajuste Anual?
É obrigatória a inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) das pessoas físicas que constem como
dependente para fins do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física.
(Instrução Normativa RFB nº 1.548, de 13 de fevereiro de 2015, art. 3º, inciso III,§ 2º)
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Atenção:
Pedido de cópia de declaração não enseja prorrogação de prazo para apresentação.
Retorno ao sumário
(Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, art. 1º, inciso IX, e parágrafo único; e Instrução Normativa
RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, Anexo VII, inciso VI)
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BASE DE CÁLCULO
057 — O que se considera base de cálculo do imposto sobre a renda a ser apurado na declaração?
A base de cálculo do imposto devido é a diferença entre a soma dos rendimentos recebidos durante o ano-
calendário (exceto os isentos, não tributáveis, tributáveis exclusivamente na fonte ou sujeitos à tributação
definitiva) e as deduções permitidas pela legislação.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º; e Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 76, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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PAGAMENTO DO IMPOSTO
058 — O imposto apurado na Declaração de Ajuste Anual do exercício de 2022, ano-calendário de
2021 pode ser pago em quotas?
O saldo do imposto pode ser pago em até 8 (oito) quotas, mensais e sucessivas, observado o seguinte:
a) nenhuma quota deve ser inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais);
b) o imposto de valor inferior a R$ 100,00 (cem reais) deve ser pago em quota única.
c) a primeira quota ou quota única vence em 29 de abril de 2022, sem acréscimo de juros, se recolhida até
essa data.
d) as demais quotas vencem no último dia útil de cada mês subsequente ao da apresentação, e seu valor
sofre acréscimo de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
(Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do mês subsequente ao previsto
para a apresentação da declaração até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% referente ao mês do
pagamento, ainda que as quotas sejam pagas até as respectivas datas de vencimento.
Caso o pagamento venha a ser efetuado posteriormente ao prazo legal, incide a multa de mora de 0,33% ao
dia, limitada a 20%.
O saldo do imposto a pagar que resultar inferior a R$ 10,00 não deve ser pago, devendo ser adicionado ao
imposto correspondente aos exercícios subsequentes, até que o total seja igual ou superior a R$ 10,00,
quando, então, deve ser pago no prazo estabelecido na legislação para este último exercício.
Atenção:
É facultado ao contribuinte:
I - antecipar, total ou parcialmente, o pagamento do imposto ou das quotas, não sendo necessário,
nesse caso, apresentar Declaração de Ajuste Anual retificadora com a nova opção de pagamento;
II - ampliar o número de quotas do imposto inicialmente previsto na Declaração de Ajuste Anual,
até a data de vencimento da última quota pretendida, observado os itens de “a” a “d” da presente
resposta, mediante a apresentação de declaração retificadora ou o acesso ao site da RFB na
Internet, opção “Onde Encontro?” (acesso a partir do menu de navegação); “Extrato da DIRPF (Meu
Imposto de Renda)”.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 14; Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, art.
68, § 1º; e Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de fevereiro de 2022, art. 12)
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 937, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de fevereiro de 2022, art. 12,
§ 2º)
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Atenção:
1 - O pagamento da 1ª quota ou quota única deve ser efetuado até 29/04/2022;
2 – A partir do exercício de 2018, o programa da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a
Renda da Pessoa Física permite a impressão do Darf para o pagamento de todas as quotas,
inclusive em atraso, sendo necessário que esteja conectado à Internet.
O contribuinte também pode obter o Darf para pagamento de todas as quotas do Imposto sobre
a Renda da Pessoa Física, no site da RFB na Internet, no endereço
http://www.gov.br/receitafederal/pt-br, das seguintes formas:
2.1 - pelo acesso ao Centro Virtual de Atendimento (e-CAC), por meio do código de acesso,
previamente criado, ou por certificado digital. Na opção “Pagamentos e Parcelamentos”; “Meu
Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”; selecionar em “Pagamento”, consultar “Consultar
Débitos, Emitir DARF e Alterar Quotas” para saber o quantitativo de quotas solicitadas e a
situação de cada uma delas, e clicar na impressora para impressão do Darf da quota desejada;
ou
42
2.2 – a partir do menu de navegação, na opção “Serviços”; “Regularização de Impostos”; “Pagar
Impostos”; “Emitir DARF”; “Meu Imposto de Renda”; Preencher os dados referentes ao
contribuinte, conforme solicitado e, em seguida, informar os dados referentes ao município do
domicílio fiscal, período de apuração, quota(s), data de pagamento e o valor original da quota.
3 – O débito automático em conta-corrente bancária:
3.1 - somente é permitido para declaração original ou retificadora apresentada:
a) até 10 de abril de 2022, para quota única ou a partir da 1ª quota;
b) entre 11 e 29 de abril de 2022, para débitos a partir da 2ª quota;
3.2 - é autorizado mediante a utilização do PGD ou do serviço “Meu Imposto de Renda (Extrato da
DIRPF” ou do aplicativo “Meu Imposto de Renda” (consulte os itens “i”, “ii” e “iii” do “Atenção” da
pergunta 001) e formalizado no recibo de entrega da Declaração de Ajuste Anual;
3.3 - é automaticamente cancelado:
a) quando da apresentação de declaração retificadora depois do prazo previsto para a
apresentação da declaração original – 29 de abril de 2022;
b) na hipótese de envio de informações bancárias com dados inexatos;
c) quando o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) informado na declaração
for diferente daquele vinculado à conta-corrente bancária; ou
d) quando os dados bancários informados na declaração referirem-se a conta-corrente do tipo não
solidária;
3.4 - está sujeito a estorno, a pedido do contribuinte titular da conta-corrente, caso fique comprovada
a existência de dolo, fraude ou simulação;
3.5 – pode ser incluído, cancelado ou modificado, após a apresentação da declaração, mediante o
acesso ao site da RFB na Internet, no menu de navegação, opção “Onde Encontro?”; “Extrato da
DIRPF (Meu Imposto de Renda)”:
a) até as 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos),
horário de Brasília, do dia 14 de cada mês, produzindo efeitos no próprio mês;
b) após o prazo de que trata a alínea “a”, produzindo efeitos no mês seguinte.
4 – Caso o contribuinte já tenha apresentado declaração sem opção pelo débito automático e queira
fazer essa opção, desde que obedecidos os prazos citados no item 3 deste Atenção, basta
apresentar uma declaração retificadora e assinalar a opção pelo débito automático na aba
Parcelamento da ficha Resumo da Declaração/Cálculo do Imposto.
(Instrução Normativa SRF nº 283, de 14 de janeiro de 2003; e Instrução Normativa RFB nº 2.065,
de 24 de fevereiro de 2022, art. 12)
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PERDA DO DARF
062 — Como deve proceder o contribuinte que perdeu o Darf de recolhimento?
O contribuinte pode solicitar a confirmação do pagamento por meio de acesso ao Centro Virtual de
Atendimento (e-CAC), com a utilização de código de acesso, previamente criado, de certificado digital ou,
ainda na unidade de atendimento da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) de sua jurisdição
fiscal, por meio do formulário “Solicitação de Cópia de Documentos”, no site da RFB na internet.
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CORREÇÃO MONETÁRIA
063 — Há correção monetária na restituição ou compensação de imposto pago a maior ou
indevidamente?
Não. Sobre o valor a ser utilizado na compensação ou na restituição incidem juros equivalentes à taxa Selic,
para títulos federais, acumulada mensalmente a partir do mês subsequente ao do pagamento indevido ou a
maior até o mês anterior ao da compensação ou da restituição, e de 1% relativamente ao mês em que estiver
sendo efetuada.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 2005, art. 39, § 4º; Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997,
art. 73; e Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 942, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018)
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RESTITUIÇÃO / COMPENSAÇÃO DO IR
IR PAGO INDEVIDAMENTE
064 — Qual é o prazo para pleitear a restituição do imposto sobre a renda pago indevidamente?
O prazo para que o contribuinte possa pleitear a restituição do imposto pago indevidamente ou em valor maior
que o devido, inclusive na hipótese de o pagamento ter sido efetuado com base em lei posteriormente
declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação declaratória ou em recurso extraordinário,
extingue-se após o transcurso do prazo de 5 anos, contados da data da extinção do crédito tributário, tratando-
se de rendimentos sujeitos à tributação exclusiva na fonte, não tributáveis ou isentos.
Em se tratando de rendimentos recebidos ao longo do ano-calendário sujeitos ao ajuste anual, e tendo havido
antecipação do pagamento do imposto mediante retenção pela fonte pagadora, o termo inicial da contagem
do prazo de 5 anos é o dia 31 de dezembro do ano-calendário correspondente.
Esse mesmo prazo aplica-se também à restituição do imposto sobre a renda na fonte incidente sobre os
rendimentos recebidos como verbas indenizatórias a título de incentivo à adesão a Programas de
Desligamento Voluntário (PDV).
(Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional - CTN, arts. 165, inciso I, e
168, inciso I; Ato Declaratório SRF nº 96, de 26 de novembro de 1999, e Parecer Normativo
Cosit/RFB nº 6, de 4 de agosto de 2014)
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(Instrução Normativa SRF nº 76, de 18 de setembro de 2001; e Instrução Normativa RFB nº 1.717,
de 17 de julho de 2017, arts. 147 e 148)
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SITUAÇÕES INDIVIDUAIS
CONTRIBUINTE CASADO
070 — Como declara o contribuinte casado?
O contribuinte casado apresenta declaração em separado ou, opcionalmente, em conjunto com o cônjuge.
Declaração em Separado
a) cada cônjuge deve incluir na sua declaração o total dos rendimentos próprios e 50% dos rendimentos
produzidos pelos bens comuns, compensando 50% do imposto pago ou retido sobre esses rendimentos,
independentemente de qual dos cônjuges tenha sofrido a retenção ou efetuado o recolhimento; ou
b) um dos cônjuges inclui na sua declaração seus rendimentos próprios e o total dos rendimentos produzidos
pelos bens comuns, compensando o valor do imposto pago ou retido na fonte, independentemente de qual
dos cônjuges tenha sofrido a retenção ou efetuado o recolhimento.
Os dependentes comuns não podem constar simultaneamente nas declarações de ambos os cônjuges.
Verifique as instruções de preenchimento da Declaração de Bens e Direitos, relativamente aos bens privativos
e bens comuns, constantes do ajuda do programa IRPF 2022.
Declaração em conjunto
É apresentada em nome de um dos cônjuges, abrangendo todos os rendimentos, inclusive os provenientes
de bens gravados com cláusula de incomunicabilidade ou inalienabilidade, e das pensões de gozo privativo.
A declaração em conjunto supre a obrigatoriedade da apresentação da Declaração de Ajuste Anual a que
porventura estiver sujeito o outro cônjuge.
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45
BENS ADQUIRIDOS EM CONDOMÍNIO ANTES DO CASAMENTO
071 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos produzidos pelos bens adquiridos em
condomínio por contribuintes que venham a se casar posteriormente pelo regime de comunhão
parcial de bens?
Neste caso, os bens adquiridos antes do casamento mantêm a forma de tributação estabelecida para bens
adquiridos em condomínio, ou seja, cada cônjuge deve incluir em sua declaração 50% dos rendimentos
produzidos pelos bens em condomínio, salvo estipulação contrária em contrato escrito, quando deve ser
adotado o percentual nele previsto.
Atenção:
Os demais rendimentos de cada cônjuge (rendimentos próprios e rendimentos produzidos por bens
comuns) seguem as regras para contribuinte casado.
Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais,
no que couber, o regime da comunhão parcial de bens (Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002,
Código Civil, art. 1.725).
Retorno ao sumário
Atenção:
O contribuinte pode incluir o companheiro, abrangendo também as relações homoafetivas, como
dependente para efeito de dedução do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, desde que tenha
vida em comum por mais de 5 (cinco) anos, ou por período menor se da união resultou filho
(Parecer PGFN/CAT nº 1.503, de 19 de julho de 2010, aprovado pelo Ministro de Estado da
Fazenda em 26 de julho de 2010; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014,
art. 90, § 8º).
Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais,
no que couber, o regime da comunhão parcial de bens (Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, art.
1.725).
(Lei nº 8.971, de 29 de dezembro de 1994, art. 1º; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, arts. 6º e 7º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Lei nº 9.278,
de 10 de maio de 1996, art. 5º, caput; e Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, art. 1.725)
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CONTRIBUINTE SEPARADO DE FATO
074 — Como deve declarar o contribuinte separado de fato?
Apresenta declaração de acordo com as instruções para contribuinte casado.
Retorno ao sumário
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
Retorno ao sumário
CONTRIBUINTE VIÚVO
076 — Como deve declarar o contribuinte viúvo no decorrer do inventário?
No curso do inventário, apresenta declaração com o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas
(CPF) próprio, abrangendo bens e rendimentos próprios e os provenientes de bens não integrantes do
inventário do cônjuge falecido. O viúvo pode optar por tributar 50% dos rendimentos produzidos pelos bens
comuns na sua declaração ou integralmente na declaração do espólio.
Retorno ao sumário
CONTRIBUINTE MENOR
077 — Como deve declarar o contribuinte menor?
Apresenta declaração da seguinte maneira:
a) em separado: os rendimentos recebidos pelo menor são tributados em seu nome com número de inscrição
no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) próprio; ou
b) em conjunto: os rendimentos recebidos pelo menor devem ser tributados em conjunto com um dos pais.
No caso de menor sob a responsabilidade de um dos pais, em virtude de sentença ou acordo judicial, a
declaração em conjunto só pode ser feita com aquele que detém a guarda judicial do menor.
A declaração em conjunto supre a obrigatoriedade da apresentação da declaração a que porventura estiver
sujeito o menor.
Retorno ao sumário
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CONTRIBUINTE MENOR EMANCIPADO
078 — Como deve declarar o contribuinte menor emancipado?
Apresenta declaração em seu nome com número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) próprio.
Se preencher os requisitos para permanecer como dependente, pode apresentá-la em conjunto com um dos
pais.
Retorno ao sumário
CONTRIBUINTE INCAPAZ
079 — Como deve declarar o contribuinte incapaz?
A declaração é feita em nome do incapaz pelo tutor, curador ou responsável por sua guarda, usando o número
de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do incapaz.
Opcionalmente, o incapaz pode ser considerado dependente do tutor, curador ou responsável por sua guarda
judicial, desde que o declarante inclua os rendimentos do incapaz em sua declaração.
Retorno ao sumário
DECLARAÇÃO EM CONJUNTO
DECLARANTE EM CONJUNTO - CONCEITO
080 — Quem é considerado declarante em conjunto?
Somente é considerado declarante em conjunto o cônjuge, companheiro ou dependente cujos rendimentos
sujeitos ao ajuste anual estejam sendo oferecidos à tributação na declaração apresentada pelo contribuinte
titular.
Retorno ao sumário
Atenção:
O cônjuge ou filho que se enquadrar em qualquer das hipóteses de obrigatoriedade de
apresentação de declaração e não estiver declarando em conjunto fica dispensado de apresentá-
la, caso conste como dependente na declaração apresentada por outro cônjuge ou por um dos pais,
na qual sejam informados seus rendimentos, bens e direitos.
A pessoa física que se enquadrar apenas na hipótese de obrigatoriedade relativa à posse ou à
propriedade de bens e direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos
mil reais), em 31 de dezembro, e que, na constância da sociedade conjugal ou da união estável,
tenha os bens comuns declarados pelo outro cônjuge ou companheiro, fica dispensada da
apresentação da declaração, desde que o valor total dos seus bens privativos não exceda esse
limite.
(Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de fevereiro de 2022, art. 2º, § 1º, inciso I)
Retorno ao sumário
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DECLARAÇÃO EM SEPARADO
COMPENSAÇÃO DO IR - BENS EM CONDOMÍNIO OU COMUNHÃO
082 — O imposto referente a aluguel de imóvel possuído em condomínio ou em decorrência da
sociedade conjugal foi pago em nome de um dos proprietários. Pode o outro proprietário compensar
em sua declaração o valor do imposto pago sobre sua parte?
No caso de propriedade em condomínio: cada condômino tributa a parcela do rendimento que lhe cabe, mas
somente aquele em cujo nome foi efetuado o recolhimento pode compensar o imposto em sua declaração, a
não ser que seja retificado o Darf (carnê-leão) ou a Dirf (no caso de fonte).
No caso de propriedade em comum em decorrência da sociedade conjugal/união estável: o imposto pago por
um dos cônjuges/companheiros ou retido na fonte pode ser compensado meio a meio, independentemente
de quem o tenha pagado ou suportado a retenção; opcionalmente, o imposto pode ser compensado pelo total
na declaração de um deles, desde que tribute a totalidade dos rendimentos comuns.
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
PESSOA FALECIDA - IMPOSTO SOBRE A RENDA DEVIDO
084 — É devido imposto sobre a renda de contribuinte que faleceu após a apresentação da
declaração do exercício?
Se houver bens a inventariar, o imposto deve ser pago pelo espólio.
Inexistindo bens a inventariar, o cônjuge/companheiro sobrevivente ou os dependentes não respondem pelos
tributos devidos pela pessoa falecida.
Atenção:
A inscrição CPF do de cujus será enquadrada, quanto à situação cadastral, em titular falecido, não
ocorrendo o cancelamento do CPF.
(Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, arts. 18 a 21; e Instrução Normativa
RFB nº 1.548, de 13 de fevereiro de 2015, art. 21, inciso V)
Retorno ao sumário
PESSOA FALECIDA - RESTITUIÇÃO DO IMPOSTO SOBRE A RENDA
085 — É dispensável o alvará judicial na restituição, ao cônjuge viúvo ou aos herdeiros do falecido,
do imposto sobre a renda não recebido em vida pelo titular, quando já tenha sido encerrado o
inventário?
Existindo bens sujeitos a inventário ou a arrolamento, e tendo sido encerrado o inventário sem a inclusão do
imposto sobre a renda não recebido em vida pelo titular, a restituição depende:
a) de alvará judicial, caso o inventário tenha sido feito por processo judicial de inventário; ou
b) de escritura pública de inventário e partilha, na hipótese de o inventário ter sido feito dessa forma.
Não havendo bens sujeitos a inventário e existindo dependentes habilitados na forma da legislação
previdenciária ou militar, a restituição é liberada mediante requerimento dirigido ao delegado da Delegacia da
Receita Federal do Brasil da jurisdição do último endereço do de cujus.
O requerimento deve ser formulado pelo cônjuge viúvo, convivente ou por herdeiro capaz, ou pelo tutor ou
curador, conforme o caso, devendo nele constar os nomes completos e os demais dados civis de todos os
beneficiários habilitados à restituição, inclusive número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)
de quem estiver inscrito.
O pedido deve ser entregue acompanhado de:
- cópia da certidão de óbito;
49
- comprovação dos dependentes habilitados emitida pelo órgão de Previdência (Regime Geral de Previdência
Social, regimes de Servidores Públicos) ou Militar;
- declaração de inexistência de outros bens a inventariar ou arrolar, bem como autenticidade dos documentos
e dados apresentados, devendo ser usado como modelo os termos da declaração do Anexo II da Instrução
Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001.
Na hipótese de não haver bens ou direitos sujeitos a inventário ou arrolamento e o contribuinte não possuir
dependentes habilitados, na forma da legislação previdenciária ou militar, é obrigatória a apresentação de
alvará judicial ou de escritura pública extrajudicial que defina o direito do sucessor e o percentual a ser pago.
(Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, arts. 215 e 216; Lei nº 7.713, de 22 de
dezembro de 1988, art. 34, parágrafo único; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018,
art. 945, parágrafo único, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução
Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, arts. 17 a 19; e Instrução Normativa RFB nº 1.717,
de 17 de julho de 2017, art. 15).
Retorno ao sumário
Atenção:
Caso a pessoa falecida não tenha apresentado as declarações anteriores às quais estivesse
obrigada, essas declarações devem ser apresentadas em nome da pessoa falecida. Se essas
declarações foram apresentadas, porém constatou-se que ocorreram erros, omissões ou
inexatidões, elas devem ser retificadas (verificar as orientações contidas na pergunta 098).
A responsabilidade pelo imposto devido pela pessoa falecida, até a data do falecimento, é do
espólio.
Encerrada a partilha, a responsabilidade pelo imposto devido pela pessoa falecida, até aquela data,
é do sucessor a qualquer título e do cônjuge meeiro, limitando-se ao montante dos bens e direitos
a eles atribuídos.
(Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, art. 1.997; Lei nº 6.015, de 31 de dezembro
de 1973, art. 167, inciso I, itens 24 e 25; Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, arts.
9º, 10 e 21, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa
SRF nº 81, de 2001, art. 3º, §§ 2º ao 5º, e art. 23).
Retorno ao sumário
50
DECLARAÇÕES DE ESPÓLIO
087 — O que se considera declaração inicial, intermediária e final de espólio?
Declaração Inicial
É a que corresponde ao ano-calendário do falecimento.
Declarações Intermediárias
Referem-se aos anos-calendário seguintes ao do falecimento, até o ano-calendário anterior ao da decisão
judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação ou da lavratura da escritura pública de inventário e partilha
dos bens.
Atenção:
Aplicam-se, quanto à obrigatoriedade de apresentação das declarações de espólio inicial e
intermediárias, as mesmas normas previstas para os contribuintes pessoas físicas. Opcionalmente,
as referidas declarações poderão ser apresentadas pelo inventariante, em nome do espólio, em
conjunto com o cônjuge, companheiro ou dependente cujos rendimentos sujeitos ao ajuste anual
estejam sendo oferecidos à tributação nestas declarações.
Declaração Final
É a que corresponde ao ano-calendário da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação ou da
lavratura da escritura pública de inventário e partilha dos bens. Essa declaração corresponde ao período de
1º de janeiro à data da decisão judicial ou da lavratura de escritura pública de inventário e partilha.
É obrigatória a apresentação da Declaração Final de Espólio elaborada em computador mediante a utilização
do Programa Gerador da Declaração do IRPF 2022, sempre que houver bens a inventariar.
A Declaração Final de Espólio deve ser enviada pela Internet ou entregue em mídia removível, nas unidades
da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB).
Atenção:
Ocorrendo o falecimento a partir de 1º de janeiro do ano seguinte ao do recebimento dos
rendimentos, porém antes da apresentação da Declaração de Ajuste Anual, esta não se caracteriza
como de espólio, devendo, se obrigatória, ser apresentada em nome da pessoa falecida pelo
inventariante, cônjuge meeiro, sucessor a qualquer título ou por representante desses.
(Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, art. 3º, §§ 1º e 2º; e art. 6º, §§ 1º e 2º)
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
Atenção:
Responsabilidade dos Sucessores e do Inventariante
São pessoalmente responsáveis:
I - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão;
51
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
da partilha ou adjudicação, limitada essa responsabilidade ao montante do quinhão, do legado, da
herança, ou da meação;
III - o inventariante, pelo cumprimento da obrigação tributária do espólio resultante dos atos
praticados com excesso de poderes ou infração de lei.
(Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional - CTN, art. 131, incisos II e III;
Decreto-Lei nº 5.844, de 23 de setembro de 1943, art. 50; Regulamento do Imposto sobre a Renda
- RIR/2018, art. 21, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, arts. 7º e 23)
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SOBREPARTILHA - BENS
090 — Que bens são passíveis de sobrepartilha?
São passíveis de sobrepartilha os bens:
I - sonegados;
II - da herança, de que se tiver ciência após a partilha;
III - litigiosos, assim como os de liquidação difícil ou morosa;
IV - situados em lugar remoto da sede do juízo onde se processa o inventário.
A partir do ano-calendário de 2020, ainda que ocorra sobrepartilha, a partilha dos demais bens integrantes do
espólio implica a baixa desses bens na Ficha “Bens e Direitos” da Declaração Final de Espólio (DFE) da
partilha.
Se a sobrepartilha se referir:
I – ao mesmo ano-calendário da partilha, devem também ser informados na declaração final de espólio relativa
à partilha os bens da sobrepartilha e os rendimentos por eles produzidos; ou
II – a ano-calendário posterior ao da partilha, devem ser informados nas declarações de sobrepartilha
intermediárias, se obrigatórias, e final apenas os bens da sobrepartilha e os rendimentos por eles produzidos.
Caso o valor de transmissão do bem seja superior ao constante no campo do ano anterior, deve ser apurado
o ganho de capital, observadas as instruções específicas.
Até o ano-calendário de 2019, ocorrendo sobrepartilha, a apuração do imposto sobre a renda incidente sobre
o ganho de capital relativo a bens constantes da partilha somente se concretizava quando da apresentação
da Declaração Final de Espólio, que era entregue após o trânsito em julgado da decisão da sobrepartilha,
momento no qual era exigido o pagamento do referido imposto.
A partir do ano-calendário de 2020, a apuração do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital
relativo a bens constantes da partilha se concretiza quando da apresentação da DFE da partilha e deve ser
efetuado o pagamento do referido imposto até a data prevista para a entrega da DFE da partilha, ainda que
posteriormente ocorra sobrepartilha.
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52
DECLARAÇÃO FINAL DE ESPÓLIO E DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL DO MEEIRO -
DEPENDENTES
092 — Os mesmos dependentes podem constar na Declaração Final de Espólio e também na
Declaração de Ajuste Anual do meeiro?
Nas declarações de espólio, inclusive na final, podem ser considerados dependentes o cônjuge ou convivente
sobrevivente e demais dependentes, desde que não tenham recebido rendimentos ou, caso os tenham
recebido, sejam os mesmos incluídos nas declarações de espólio.
No caso de encerramento de espólio, a relação de dependência entre os dependentes e o espólio termina
com a entrega da Declaração Final de Espólio. Os dependentes nessa declaração podem ser, nesse ano,
dependentes também do meeiro, desde que preencham os requisitos legais para tanto.
(Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, art. 14, inciso III)
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 742, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, art. 25; e
Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 46)
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53
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA TRANSFERIDA A HERDEIROS
096 — Incidem acréscimos legais quando a responsabilidade pela obrigação tributária do espólio
for transferida aos herdeiros?
Sim. Incidem acréscimos legais sobre o valor do imposto devido pelo espólio, limitada essa responsabilidade
ao montante do quinhão, legado ou da meação.
(Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), art. 131, inciso II;
Decreto-Lei nº 5.844, de 23 de setembro de 1943, art. 50; e Regulamento do Imposto sobre a Renda
- RIR/2018, art. 21, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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I – Na hipótese de a declaração Final de Espólio (DFE) ainda não ter sido apresentada:
A partir do ano-calendário de 2020, se a sobrepartilha se referir:
a) ao mesmo ano-calendário da partilha, devem também ser informados na DFE relativa à partilha os bens da
sobrepartilha e os rendimentos por eles produzidos; ou
b) a ano-calendário posterior ao da partilha, devem ser informados nas declarações de sobrepartilha
intermediárias, se obrigatórias, e final apenas os bens da sobrepartilha e os rendimentos por eles produzidos.
Atenção:
Se os bens sobrepartilhados produziram rendimentos em anos anteriores ao da decisão judicial da
partilha ou adjudicação ou da lavratura da escritura pública de inventário e partilha, não alcançados
pela decadência, devem ser apresentadas declarações retificadoras. Caso os bens
sobrepartilhados tenham produzido rendimentos posteriormente ao ano em que foi proferida a
decisão homologatória da partilha ou adjudicação, devem ser apresentadas as declarações dos
exercícios correspondentes, onde serão incluídos apenas os bens sobrepartilhados e os
rendimentos por eles produzidos.
(Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, art. 13; e Instrução Normativa RFB nº
2.065, de 24 de fevereiro de 2022, arts. 15 e 16)
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Atenção:
Se o trânsito em julgado da decisão judicial de partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens
inventariados ocorrer entre 1º de março de 2022 e 28 de fevereiro de 2023, a Declaração Final de
Espólio deverá ser apresentada em 2023, até o último dia útil do mês de abril.
(Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997 art. 23; Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 – Código
de Processo Civil, arts. 610 e 611; e Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, art.
6º, § 4º)
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(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 15; Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 – Código
de Processo Civil, arts. 610 e 611; e Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, art.
8º e § 1º)
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55
DECLARAÇÃO FINAL DE ESPÓLIO - DECLARAÇÃO DE BENS
102 — Como deve ser preenchida a Declaração de Bens e Direitos da Declaração Final de Espólio?
Na Declaração de Bens e Direitos correspondente à declaração final deve ser informada, discriminadamente,
em relação a cada bem ou direito, a parcela que corresponder a cada beneficiário, identificado por nome e
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).
No item “Situação na Data da Partilha (R$)”, os bens ou direitos devem ser informados pelo valor, observada
a legislação pertinente, constante na última declaração apresentada pelo de cujus, atualizado até 31/12/1995,
ou pelo valor de aquisição, se adquiridos após essa data.
No item “Valor de Transferência (R$)”, deve ser informado o valor pelo qual o bem ou direito, ou cada parte
deste, será incluído na Declaração de Bens e Direitos do respectivo beneficiário.
(Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 23; Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro
de 2001, art. 9º; e Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, art. 3º, inciso II)
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Atenção:
Na hipótese de a propriedade de um bem ser adquirida parte por meação e parte por herança,
torna-se necessário conhecer as datas de aquisição de cada parte do bem para fins de apuração
do ganho de capital numa alienação futura.
A parte recebida por herança tem como data de aquisição aquela da abertura da sucessão.
Na parcela havida por meação, entretanto, considera-se data de aquisição:
a) a do instrumento original, se se tratar de bens ou direitos preexistentes à sociedade conjugal ou
união estável, se pertencentes ao alienante;
b) a do casamento, se pertencentes ao outro cônjuge e o regime for de comunhão de bens; e
c) a da aquisição, se adquiridos na constância da sociedade conjugal ou união estável.
(Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 23, § 2º; Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de
outubro de 2001, arts. 3º, inciso II, e 30, § 3º, inciso III; e Solução de Divergência Cosit nº 19, de 16
de setembro de 2013)
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56
MOLÉSTIA GRAVE – PROVENTOS E PENSÕES RECEBIDOS PELO ESPÓLIO OU HERDEIROS
105 — Qual é o tratamento tributário dos proventos de aposentadoria ou reforma e valores a título
de pensão de pessoa com moléstia grave recebidos pelo espólio ou por seus herdeiros?
Caso os proventos de aposentadoria ou reforma e valores a título de pensão de pessoa com moléstia grave
(falecido) sejam recebidos pelo espólio ou por seus herdeiros, independentemente de situações de caráter
pessoal, devem ser tributados na fonte e na Declaração de Ajuste Anual ou na Declaração Final de Espólio.
(Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 26, de 26 de dezembro de 2003; e Solução de Consulta
Cosit nº 48, de 10 de dezembro de 2013)
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EXTERIOR
BASES DA TRIBUTAÇÃO DA PESSOA FÍSICA
106 — Quais rendimentos recebidos de fontes no exterior por residentes no Brasil ou recebidos de
fontes no Brasil por não residentes são tributados pelo imposto sobre a renda no Brasil?
Os rendimentos recebidos de fontes situadas no exterior, inclusive de órgãos do Governo brasileiro localizados
fora do Brasil, e os ganhos de capital apurados na alienação de bens e direitos situados no exterior por pessoa
física residente no Brasil, bem assim os rendimentos recebidos e os ganhos de capital apurados no País por
pessoa física não residente no Brasil estão sujeitos à tributação pelo imposto sobre a renda.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, arts. 8º e 33; e Instrução Normativa SRF nº 208, de 27
de setembro de 2002, art. 1º)
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(Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, art. 12; e Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de
setembro de 2002, art. 2º)
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57
NÃO RESIDENTE NO BRASIL - CONCEITO
108 — Quem é considerado não residente no Brasil para fins de tributação pelo imposto sobre a
renda da pessoa física?
Considera-se não residente no Brasil,para fins de tributação pelo imposto sobre a renda, a pessoa física:
I - que não resida no Brasil em caráter permanente e não se enquadre nas hipóteses previstas na pergunta
107;
II - que se retire em caráter permanente do território nacional, na data da saída, com a entrega da Declaração
de Saída Definitiva do País ou da Comunicação de Saída Definitiva do País;
III - que, na condição de não residente, ingresse no Brasil para prestar serviços como funcionária de órgão de
governo estrangeiro situado no País, ressalvada a brasileira que adquiriu a condição de não residente no
Brasil e retorne ao País com ânimo definitivo;
IV - que ingresse no Brasil com visto temporário:
a) e permaneça até 183 dias, consecutivos ou não, em um período de até doze meses;
b) até o dia anterior ao da obtenção de visto permanente ou de vínculo empregatício, se ocorrida antes
de completar 184 dias, consecutivos ou não, de permanência no Brasil, dentro de um período de até
doze meses;
V - que se ausente do Brasil em caráter temporário, a partir do dia seguinte àquele em que complete doze
meses consecutivos de ausência.
(Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, art. 12; e Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de
setembro de 2002, art. 3º , art. 11, inciso I, e art. 11-A)
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(Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 2º , parágrafo único, e art. 3º, §
1º)
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A pessoa física que se ausente do território nacional em caráter temporário e permaneça no exterior por mais
de doze meses consecutivos, deve:
I - apresentar a Comunicação de Saída Definitiva do País a partir da data da caracterização da condição de
não residente e até o último dia do mês de fevereiro do ano-calendário subsequente. Os dependentes,
inscritos no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), que se retirem do território nacional na mesma data do titular
da Comunicação devem constar desta;
II - apresentar a Declaração de Saída Definitiva do País, relativa ao período em que tenha permanecido na
condição de residente no Brasil no ano-calendário da caracterização da condição de não residente, até o
último dia útil do mês de abril do ano-calendário subsequente ao da caracterização;
III - recolher em quota única, até a data prevista para a apresentação da declaração de que trata o inciso II, o
imposto nela apurado e os demais créditos tributários ainda não quitados, cujos prazos para pagamento são
considerados vencidos naquela data, se prazo menor não estiver estipulado na legislação tributária.
58
Portanto, a comunicação de saída definitiva do Brasil não dispensa:
- o envio da Declaração de Saída Definitiva do País;
- o envio das Declarações de Ajuste Anuais de anos anteriores;
- o pagamento dos impostos apurados.
Atenção:
A Declaração de Saída Definitiva do País (DSDP) é preenchida e enviada pelo mesmo programa
da Declaração de Ajuste Anual. Para declarar, baixe o programa do exercício e ano-calendário
correspondentes ao ano da sua saída do país.
Não há a possibilidade de opção pelo desconto simplificado na DSDP.
A Comunicação de Saída Definitiva do País (CSDP) encontra-se disponível no site da RFB na
internet (https://www.gov.br/pt-br/servicos/comunicar-saida-definitiva-do-pais). O contribuinte deve
acessar a CSDP e preencher os campos do formulário. Deve ser marcado o “Termo de
Responsabilidade” para indicar que as informações são verdadeiras e que o contribuinte está ciente
de que deve enviar a DSDP até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário seguinte e pagar
o saldo do imposto, em quota única, até a data prevista para o envio da declaração. Após o
preenchimento, deve clicar no botão “Confirmar” para enviar a comunicação.
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Os rendimentos recebidos nos primeiros doze meses consecutivos de ausência são tributados como os
rendimentos recebidos pelos demais residentes no Brasil.
Os rendimentos recebidos a partir do décimo terceiro mês consecutivo de ausência sujeitam-se à tributação
exclusiva na fonte ou definitiva, nos termos previstos nos arts. 26 a 45 da Instrução Normativa SRF nº 208,
de 27 de setembro de 2002.
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59
SAÍDA DEFINITIVA E RETORNO AO BRASIL
113 — Quem esteve ausente do Brasil por vários anos, perdendo a condição de residente, poderá
regressar ao país trazendo suas economias e bens adquiridos no exterior sem qualquer incidência
do imposto sobre a renda, por não ser residente e contribuinte no Brasil durante todo o período em
que esteve residente no exterior?
As pessoas físicas residentes no exterior são tributáveis no Brasil apenas quanto aos rendimentos que aqui
tenham sido produzidos, ou seja, por rendimentos imputáveis a fontes nacionais. De modo que, relativamente
aos não residentes no País, o imposto sobre a renda brasileiro não incide sobre rendimentos produzidos no
exterior, assim entendidos os imputáveis a fontes localizadas fora do território nacional, ainda que, como na
pergunta, estes venham a ser transferidos para o Brasil por pessoa física brasileira não residente no País que
retorne ao território nacional com ânimo definitivo, readquirindo a condição de residente na data de sua
chegada. Devem, porém, os bens e direitos serem informados na Ficha “Bens e Direitos” da Declaração de
Ajuste Anual.
(Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional - CTN, art. 43; Instrução
Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, arts. 2º, inciso IV, 4º e 6º; e Solução de Consulta
Cosit nº 63, de 29 de março de 2021)
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Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
60
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
II - o valor correspondente à dedução anual por dependente. Para o ano-calendário de 2021 esse valor está
fixado em R$ 2.275,08 por dependente;
III - as contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios,
cujo ônus tenha sido do próprio contribuinte e desde que destinadas ao seu próprio benefício;
IV - as contribuições para as entidades de previdência complementar domiciliadas no Brasil, destinadas a
custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social e para os Fundos de
Aposentadoria Programada Individual (Fapi), cujo ônus tenha sido do próprio contribuinte e desde que
destinadas a seu próprio benefício bem assim de seus dependentes, condicionadas, entretanto, ao
recolhimento, também, de contribuições para o regime geral de previdência social ou, quando for o caso, para
regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos estados, do Distrito
Federal ou dos municípios (para contribuições feitas a partir de 1º de janeiro de 2005, veja o tópico “Atenção”
da pergunta 325;
Relativamente à dedução a que se refere o item IV, deve ser observado que:
a) excetuam-se da condição nele previsto os beneficiários de aposentadoria ou pensão concedidas
por regime próprio de previdência ou pelo regime geral de previdência social, mantido, entretanto, o
limite de 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados na determinação da base de
cálculo do imposto devido na Declaração de Saída Definitiva do País;
b) as contribuições para planos de previdência complementar e para Fapi, cujo titular ou quotista seja
dependente, para fins fiscais, do declarante, podem ser deduzidas desde que o declarante seja
contribuinte do regime geral de previdência social ou, quando for o caso, para regime próprio de
previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos estados, do Distrito Federal
ou dos municípios;
c) na hipótese do item “b”, a dedução de contribuições efetuadas em benefício de dependente com
mais de 16 anos fica condicionada, ainda, ao recolhimento, em seu nome, de contribuições para o
regime geral de previdência social, observada a contribuição mínima, ou, quando for o caso, para
regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos estados,
do Distrito Federal ou dos municípios.
V – as contribuições para as entidades fechadas de previdência complementar de natureza pública de que
trata o § 15 do art. 40 da Constituição Federal, cujo ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear
benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social;
Relativamente à dedução a que se refere o item V, deve ser observado que:
a) desde que limitada à alíquota de contribuição do ente público patrocinador, não se sujeita ao limite
de 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo
do imposto devido na Declaração de Saída Definitiva do País;
b) os valores de contribuição excedentes ao disposto no item “a” poderão ser deduzidos desde que
seja observado o limite conjunto de dedução previsto no caput do art. 11 da Lei nº 9.532, de 10 de
dezembro de 1997.
VI - as despesas médicas e as despesas com instrução, próprias, de seus dependentes e de seus
alimentandos;
Relativamente à dedução a que se refere o item VI, deve ser observado que:
as despesas médicas e com instrução de alimentandos, quando realizadas pelo alimentante em
virtude de cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, podem ser
deduzidas a tais títulos na determinação da base de cálculo do imposto na declaração do alimentante,
observados os limites e condições fixados na legislação pertinente.
VII - as despesas escrituradas em livro-caixa.
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61
DECLARAÇÃO DE SAÍDA DEFINITIVA DO PAÍS – DEDUÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA
117 — Como devem ser informadas as deduções de pagamentos efetuados em moeda estrangeira
na Declaração de Saída Definitiva do País?
As deduções referentes a pagamentos efetuados em moeda estrangeira são convertidas em dólares dos
Estados Unidos da América, pelo valor fixado pela autoridade monetária do país no qual as despesas foram
realizadas para a data do pagamento e, em seguida, em reais pela cotação do dólar fixada, para venda, pelo
Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do pagamento.
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A pessoa física que se retire do Brasil em caráter temporário ou, se em caráter permanente, sem a
apresentação da Comunicação de Saída Definitiva do País, é considerada:
I - como residente no Brasil, durante os primeiros 12 meses consecutivos de ausência;
II - como não residente, a partir do dia seguinte àquele em que complete doze meses consecutivos de
ausência.
(Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, arts. 2º, inciso V, e 3º, inciso II e V)
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(Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 2º, inciso IV)
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NÃO RESIDENTE - RENDIMENTOS RECEBIDOS NO BRASIL
121 — Como são tributados os rendimentos recebidos no Brasil por não residente?
Os rendimentos recebidos de fontes situadas no Brasil, por não residente, estão sujeitos à tributação exclusiva
na fonte ou definitiva, conforme descrito a seguir.
Alienação de bens e direitos
A alienação de bens e direitos situados no Brasil realizada por não residente está sujeita à tributação definitiva
sob a forma de ganho de capital, com alíquotas que podem variar de 15% a 22,5%.
Na apuração do ganho de capital de não residente não se aplicam as isenções e reduções do imposto
previstas para os residentes no Brasil.
Operações financeiras
I - Ressalvado o disposto nos itens II e III, o não residente se sujeita às mesmas normas de tributação pelo
imposto sobre a renda previstas para os residentes no Brasil, em relação aos:
a) rendimentos decorrentes de aplicações financeiras de renda fixa e em fundos de investimento;
b) ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas;
c) ganhos líquidos auferidos na alienação de ouro, ativo financeiro, e em operações realizadas nos mercados
de liquidação futura, fora de bolsa;
d) rendimentos auferidos nas operações de swap.
II - Os rendimentos auferidos por investidor não residente, que realizar operações financeiras no Brasil de
acordo com as normas e condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), sujeita-se à
incidência do imposto sobre a renda às seguintes alíquotas:
a) 10% em aplicações nos fundos de investimento em ações, swap, registradas ou não em bolsa, e em
operações nos mercados de liquidação futura, fora de bolsa;
b) 15% nos demais casos, inclusive em operações de renda fixa, realizadas no mercado de balcão ou em
bolsa.
III - Não estão sujeitos à incidência do imposto os ganhos de capital apurados pelo investidor não residente
de que trata o item II, assim entendidos os resultados positivos auferidos:
a) nas operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, ressalvado o
disposto no item IV;
b) nas operações com ouro, ativo financeiro, fora de bolsa.
IV - A não incidência prevista na alínea "a" do item III não se aplica aos resultados positivos auferidos por não
residente nas operações conjugadas que permitam a obtenção de rendimentos predeterminados, tais como
as realizadas:
a) nos mercados de opções de compra e de venda em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros (box);
b) no mercado a termo nas bolsas de que trata a alínea "a" deste item, em operações de venda coberta e sem
ajustes diários;
c) no mercado de balcão.
Atenção:
Também se sujeitam à alíquota de 25%, os rendimentos de pensões e de aposentadorias recebidos
por não residente de forma acumulada, tendo em vista que, nesse caso, não se aplica a forma de
tributação de que trata o art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, uma vez que esses
rendimentos não se sujeitam à tabela progressiva.
Demais rendimentos
Os demais rendimentos pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos a não residente por fontes
situadas no Brasil, inclusive a título de juros sobre o capital próprio, bem assim os decorrentes de cessão de
direitos de atleta profissional, solicitação, obtenção e manutenção de direitos de propriedades industriais no
exterior, aquisição ou remuneração, a qualquer título, de qualquer forma de direito, e os relativos a comissões
e despesas incorridas nas operações de colocação, no exterior, de ações de companhias abertas,
64
domiciliadas no Brasil, desde que aprovadas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores
Mobiliários, sujeitam-se à incidência do imposto na fonte à alíquota de 15%, quando não tiverem tributação
específica prevista em lei, ou se recebidos por residente em país com tributação favorecida, à alíquota de
25%.
Atenção:
1. Rendimentos de não residentes recebidos de fonte no exterior não são tributáveis no Brasil;
2. Considera-se país com tributação favorecida aquele que não tribute a renda ou que a tribute à
alíquota inferior a 20%, conforme lista constante no art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.037,
de 4 de junho de 2010;
3. Caso o Brasil tenha celebrado tratado para evitar a dupla tributação com o país de residência
do contribuinte, o tratado deve ser consultado para verificar a existência de tratamento
diferenciado daquele previsto na legislação brasileira;
4. Consulte, também, as perguntas 170, 199, 503 e 712.
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65
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
66
III - as contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios,
cujo ônus tenha sido do próprio contribuinte e desde que destinadas a seu próprio benefício;
IV - as contribuições para as entidades de previdência complementar domiciliadas no Brasil, destinadas a
custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social e para os Fundos de
Aposentadoria Programada Individual (Fapi), cujo ônus tenha sido do próprio contribuinte e desde que
destinadas a seu próprio benefício bem assim de seus dependentes (esta dedução é limitada a 12% do total
dos rendimentos tributáveis computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na
declaração) - para contribuições feitas a partir de 1º de janeiro de 2005, veja “Atenção” da pergunta 325;
V - as despesas médicas e as despesas com instrução, próprias, de seus dependentes e de seus
alimentandos;
VI - as despesas escrituradas em livro-caixa, quando permitidas (Consulte a pergunta 410);
VII – as contribuições para as entidades fechadas de previdência complementar de natureza pública de que
trata o § 15 do art. 40 da Constituição Federal, cujo ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear
benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social.
3.2.1 - Declaração de Ajuste Anual
Outros rendimentos recebidos de fontes situadas no Brasil ou no exterior pelas pessoas físicas residentes no
Brasil devem ser declarados segundo as mesmas normas aplicáveis às demais pessoas físicas residentes no
Brasil.
A Declaração de Ajuste Anual deve ser transmitida pela Internet até o último dia útil do mês de abril do ano-
calendário subsequente ao do recebimento dos rendimentos.
O saldo do imposto apurado na declaração deve ser recolhido de acordo com as normas aplicáveis às demais
pessoas físicas residentes no Brasil.
Atenção:
Sobre acordos internacionais e legislação de reciprocidade, consulte a pergunta 128;
Sobre 13º salário recebido de governo estrangeiro, consulte a pergunta 259.
(Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, art. 2º e 3º; Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art.
8º, inciso II, alínea “c”, item 9; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 1.042,
aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 208, de
27 de setembro de 2002, arts. 14 a 16; Instrução Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de
2000; Solução de Consulta Interna Cosit nº 3, de 8 de fevereiro de 2012; Solução de Consulta Cosit
nº 69, de 30 de dezembro de 2013; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014,
arts. 53, inciso II, 55, 56 e 73)
Consulte as perguntas 128, 131, 132, 133, 134, 164, 259 e 260
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso VII, “c”, art. 128, § 4º, art. 680
e art. 741, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Solução de Consulta
Cosit nº 142, de 21 de setembro de 2021)
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67
RENDIMENTOS DE PAÍS SEM ACORDO COM O BRASIL
124 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos recebidos do exterior quando inexistir acordo
ou lei que preveja a reciprocidade?
Nesse caso, os rendimentos do exterior recebidos por residente no Brasil, transferidos ou não para o País,
submetem-se às disposições da legislação tributária brasileira vigente, não podendo ser compensado o valor
do imposto porventura pago no país de origem.
Retorno ao sumário
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso XV; Lei nº 11.053, de 29 de dezembro de
2004, art. 1º; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 42; e Solução de
Consulta Cosit nº 79, de 24 de março de 2015)
Retorno ao sumário
Atenção:
Também se sujeitam à alíquota de 25%, os rendimentos de pensões e de aposentadorias recebidos
por não residente de forma acumulada, tendo em vista que, nesse caso, não se aplica a forma de
tributação de que trata o art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, uma vez que esses
rendimentos não se sujeitam à tabela progressiva.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 1º; Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, arts. 7º e
8º; Lei nº 13.315, de 20 de julho de 2016, art. 3º; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro
de 2002, art. 3º, § 2º; e Solução de Consulta Cosit nº 337, de 28 de dezembro de 2018)
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68
NÃO RESIDENTE – RENDIMENTOS DO TRABALHO RECEBIDOS EM RECLAMATÓRIA
TRABALHISTA
127 — Como é feita a tributação dos rendimentos recebidos em reclamatória trabalhista, por não
residente no Brasil?
A tributação dos valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, por fonte situada no Brasil,
a pessoa física residente no exterior, decorrentes de reclamatória trabalhista, é realizada na modalidade de
retenção exclusiva na fonte, à alíquota de 25%, incidindo uma única vez, na ocorrência do primeiro evento –
pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa, não se aplicando as regras de tributação de rendimentos
recebidos acumuladamente. Sendo assim, os valores tributados quando do pagamento por meio de depósito
em conta bancária no Brasil não sofrerão uma segunda retenção por ocasião da remessa ao exterior para o
próprio beneficiário.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 1º; Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, arts. 741 e 746, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução
Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 10; e Solução de Consulta Cosit nº 337, de
28 de dezembro de 2018)
Retorno ao sumário
Atenção:
Os acordos internacionais podem ser consultados na página da Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil (RFB), na Internet, no endereço http://www.gov.br/receitafederal/pt-br. Na página
inicial, a partir do menu de navegação, procure por “Acesso à Informação” e selecione “Legislação”;
Selecione “Outros atos de interesse tributário e aduaneiro” e, em seguida, selecione “Acordos
Internacionais”; por fim, selecione “Acordos para evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal”.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 1.042, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 16,
§ 1º; e Parecer Normativo CST nº 250, de 15 de março de 1971)
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69
ESTRANGEIRO - TRANSFERÊNCIA PARA O BRASIL
129 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos recebidos no Brasil e no exterior por
estrangeiro que transfira residência para o Brasil?
Existindo acordo ou tratado para evitar a dupla tributação firmado entre o Brasil e o país de onde provenham
esses rendimentos, a tributação é a prevista nesses atos.
O tratamento tributário previsto na legislação brasileira é o seguinte:
I - quando caracterizada a condição de residente no Brasil, os rendimentos oriundos de fontes do exterior
estão sujeitos ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) com ajuste na Declaração de Ajuste Anual ou
à apuração do ganho de capital, conforme descrito na pergunta 122;
II - os rendimentos recebidos do exterior antes de caracterizada a condição de residente no País não estão
sujeitos à tributação no Brasil;
III - não cabe a compensação na declaração de ajuste de imposto pago sob as formas de tributação exclusiva
de fonte ou tributação definitiva;
IV - enquanto não caracterizada a condição de residência no Brasil, caso a pessoa física aufira rendimentos
no País, esses valores são tributados conforme descrito na pergunta 121, até a data do implemento da
condição de residente.
(Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, art. 7º; Lei nº 9.718, de 23 de novembro de 1998, art. 12;
Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 17, 741 e 1.042, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa nº 208, de 27 de setembro de 2002,
art. 16, § 1º)
Retorno ao sumário
Os lucros e dividendos recebidos de empresa domiciliada no exterior, transferidos ou não para o Brasil, estão
sujeitos ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) e ao ajuste na Declaração de Ajuste Anual,
observados os acordos, convenções e tratados internacionais firmados entre o Brasil e o país de origem dos
rendimentos.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 1.042, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art.
53, inciso II)
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Os pagamentos efetuados em moeda estrangeira devem ser convertidos em dólares dos Estados Unidos da
América com base na sua cotação para o dia em que forem realizados, e de dólares para reais com base no
valor fixado para venda pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior
ao do pagamento das despesas no exterior.
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70
IMPOSTO PAGO NO EXTERIOR - COMPENSAÇÃO/CONVERSÃO
132 — O imposto sobre a renda cobrado pelo país de origem pode ser compensado no Brasil quando
da existência de acordo internacional ou de reciprocidade de tratamento?
O imposto sobre a renda pago em país com o qual o Brasil tenha firmado acordo, tratado ou convenção
internacional prevendo a compensação, ou naquele em que haja reciprocidade de tratamento, pode ser
considerado como redução do imposto devido no Brasil desde que não seja compensado ou restituído no
exterior.
O imposto pago no país de origem dos rendimentos pode ser compensado na apuração do valor mensal a
recolher (carnê-leão) e na declaração de rendimentos até o valor correspondente à diferença entre o imposto
calculado com a inclusão dos rendimentos de fonte no exterior e o imposto calculado sem a inclusão desses
rendimentos.
Se o pagamento do imposto no exterior for posterior ao recebimento do rendimento, mas ocorrer no mesmo
ano-calendário, a pessoa física pode compensá-lo no carnê-leão do mês do efetivo pagamento do imposto no
exterior e na Declaração de Ajuste Anual relativa a esse ano-calendário.
Se o valor a compensar do imposto pago no exterior for maior do que o valor mensal a recolher (carnê-leão),
a diferença pode ser compensada nos meses seguintes até dezembro do ano-calendário e na declaração,
observado o limite de compensação.
O imposto pago no exterior deve ser convertido em dólares dos Estados Unidos da América pelo seu valor
fixado pela autoridade monetária do país no qual o pagamento foi realizado, na data do pagamento e, em
seguida, em reais mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América, fixado para compra
pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao recebimento do
rendimento.
A compensação mensal pode ser efetuada conforme demonstrado nos exemplos a seguir:
Exemplo 1: (as cotações constantes dos exemplos desta pergunta são fictícias)
Conversão em reais
Valor dos rendimentos em reais R$ 52.695,00
R$ 5.269,50
Imposto correspondente pago em reais
NOTA: Neste exemplo, o imposto correspondente aos rendimentos produzidos no exterior pode ser
compensado integralmente (R$ 5.269,50), uma vez que se enquadra no limite permitido para a
compensação.
71
Exemplo 2: (as cotações constantes dos exemplos desta pergunta são fictícias)
NOTA: Nesta hipótese, o imposto correspondente aos rendimentos produzidos no exterior pode ser
compensado até o limite de R$ 3.900,00.
Atenção:
O contribuinte deve providenciar a tradução para o português, por tradutor e intérprete púbilco, do
teor dos comprovantes dos rendimentos e do imposto pago, para que este possa ser compensado
na Declaração de Ajuste Anual.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 115 e 1.042, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002,
art. 16, §§ 1º, 4º, 6º e 8º; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 65, §
2º)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 1.042, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 16,
§§ 1º, 4º, 6º e 8º; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 65, § 2º)
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72
Estados Unidos da América: a legislação federal dos Estados Unidos da América permite a dedução do
tributo reconhecidamente pago no Brasil sobre receitas e rendimentos auferidos e tributados no Brasil, o que
configura a reciprocidade de tratamento. O imposto pago nos Estados Unidos da América pode ser
compensado com o imposto devido no Brasil, observados os limites a que se referem os arts. 15, § 1º, e 16,
§§ 1º, 2º e 6º, da Instrução Normativa SRF nº 208, de 2002.
Reino Unido: a legislação do Reino Unido permite a dedução do imposto sobre a renda comprovadamente
pago no Brasil sobre rendimentos auferidos e tributados no Brasil, o que configura a reciprocidade de
tratamento. O imposto pago no Reino Unido pode ser compensado com o imposto no Brasil, observados os
limites a que se referem os arts. 15, § 1º, e 16, §§ 1º, 2º e 6º, da Instrução Normativa SRF nº 208, de 2002.
Atenção:
A reciprocidade de tratamento não se comunica aos tributos pagos aos estados-membros e
municípios.
(Ato Declaratório SRF nº 28, de 26 de abril de 2000; Ato Declaratório SRF nº 48, de 27 de junho de
2000; Ato Declaratório Executivo SRF nº 72, de 22 de dezembro de 2005; e Ato Declaratório
Interpretativo nº 16, de 22 de dezembro de 2005)
Retorno ao sumário
(Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, art. 7º; Lei nº 13.315, de 20 de julho de 2016; Decreto nº
56.435, de 8 de junho de 1965 - promulga a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, art.
34, ‘d’; Decreto nº 61.078, de 26 de julho de 1967; Decreto nº 95.711, de 10 de fevereiro de 1988;
Parecer Normativo CST nº 154, de 28 de abril de 1972; e Parecer Normativo CST nº 129, de 13 de
setembro de 1973)
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73
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 20, inciso III, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002,
art. 23, inciso II)
(Convenção de Viena, Decreto nº 56.435, de 8 de junho de 1965, art. 37, 2; Lei nº 9.779, de 19 de
janeiro de 1999, art. 7º; Lei nº 13.315, de 20 de julho de 2016; Instrução Normativa SRF nº 208, de
27 de setembro de 2002, art. 24; e Parecer Normativo nº 129, de 13 de setembro de 1973)
Retorno ao sumário
(Convenção de Viena, Decreto nº 56.435, de 8 de junho de 1965, art. 37, 2 e 4; Lei nº 9.779, de 19
de janeiro de 1999, art. 7º; Lei nº 13.315, de 20 de julho de 2016; e Instrução Normativa SRF nº
208, de 27 de setembro de 2002, art. 24)
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74
RELIGIOSOS, MISSIONÁRIOS, PESQUISADORES E PROFESSORES
139 — Religiosos, missionários, pesquisadores e professores não residentes, trabalhando no Brasil,
e recebendo proventos diretamente de entidades e empresas sediadas no exterior, são contribuintes
do Imposto sobre a Renda no Brasil?
Não. As pessoas físias não residentes no Brasil na forma da pergunta 108, que recebem proventos de fontes
situadas no exterior, não são contribuintes do imposto sobre a renda no Brasil.
Atenção:
Caso a pessoa física também receba rendimentos de fonte situada no Brasil, enquanto permanecer
na condição de não residente, esses rendimentos são tributáveis exclusivamente na fonte.
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 1.042, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018)
Retorno ao sumário
75
(Parecer Normativo Cosit nº 3, de 28 de agosto de 1996; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27
de setembro de 2002, art. 21, § 1º, e art. 22; Nota PGFN CRJ nº 1.549/2012; Solução de Consulta
Cosit nº 64, de 7 de março de 2014; Solução de Consulta Cosit nº 194, de 5 de agosto de 2015; e
Nota PGFN CRJ nº 1.104/2017)
Consulte as perguntas 142, 143, 144, 145, 146, 147, 148, 149, 150, 151 e 152
Retorno ao sumário
PNUD
142 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos auferidos por funcionário do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento no Brasil (PNUD), da ONU?
Os rendimentos do funcionário do PNUD, da ONU, têm o seguinte tratamento:
1 - Funcionário não residente
Sobre os rendimentos do trabalho oriundos de suas funções específicas nesse organismo, bem como os
produzidos no exterior, não incide o imposto sobre a renda.
É contribuinte do imposto sobre a renda, na condição de não residente no Brasil, quanto aos rendimentos que
tenham sido produzidos no Brasil, tais como remuneração por serviços aqui prestados e por aplicação de
capital em imóveis no País, pagos ou creditados por qualquer pessoa física ou jurídica, quer sejam estas
residentes no Brasil ou não.
Caracteriza-se a condição de residente, se receber de fonte brasileira rendimentos do trabalho com vínculo
empregatício.
2 - Funcionário residente
Os rendimentos do trabalho oriundos de suas funções específicas nesse organismo não se sujeitam ao
imposto sobre a renda.
Entretanto, para que os rendimentos do trabalho oriundos do exercício de funções específicas no Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento no Brasil (PNUD), nas Agências Especializadas da Organização
das Nações Unidas (ONU), na Organização dos Estados Americanos (OEA) e na Associação Latino-
Americana de Integração (Aladi), situadas no Brasil, recebidos por funcionários aqui residentes, sejam
considerados isentos, é necessário que seus nomes sejam relacionados e informados à Secretaria Especial
da Receita Federal do Brasil (RFB) por tais organismos, como integrantes de suas categorias por elas
especificadas, em formulário específico conforme modelo constante no Anexo II da Instrução Normativa SRF
nº 208, de 27 de setembro de 2002, e enviado à Coordenação-Geral de Fiscalização (Cofis) da RFB até o
último dia útil do mês de fevereiro do ano-calendário subsequente ao do pagamento dos rendimentos.
Quaisquer outros rendimentos percebidos, quer sejam pagos ou creditados por fontes nacionais ou
estrangeiras, no Brasil ou no exterior, sujeitam-se à tributação como os demais residentes no Brasil.
3 - Pessoa física não pertencente ao quadro efetivo
Os rendimentos de técnico que presta serviços a esses organismos, sem vínculo empregatício, na condição
de perito de assistência técnica com contrato temporário com período pré-fixado ou por meio de empreitada
a ser realizada (apresentação ou execução de projeto e/ou consultoria) não se sujeitam ao imposto sobre a
renda. /PGFN/
Atenção:
Os proventos da aposentadoria, bem como as pensões, qualquer que seja a forma de pagamento,
pagos pelas Nações Unidas aos seus funcionários aposentados ou aos seus dependentes, não
estão sujeitos à tributação pelo imposto sobre a renda no Brasil.
(Decreto nº 27.784, de 16 de fevereiro de 1950, art. V, Seção 18, “b”; Decreto nº 52.288, de 24 de
julho de 1963, art. 6º, 19ª Seção, “b”Decreto nº 59.308, de 23 de setembro de 1966, art. V; Decreto
nº 63.151, de 22 de agosto de 1968; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002,
art. 21, §§ 1º e 2º; Parecer Normativo Cosit nº 3, de 28 de agosto de 1996; Nota PGFN CRJ nº
1.549/2012; Solução de Consulta Cosit nº 64, de 7 de março de 2014; Solução de Consulta Cosit
nº 194, de 5 de agosto de 2015; e Nota PGFN CRJ nº 1.104/2017)
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76
ONU E SUAS AGÊNCIAS ESPECIALIZADAS
143 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos auferidos por funcionário da Organização das
Nações Unidas (ONU) e de suas Agências Especializadas?
Os funcionários da ONU e de suas agências especializadas possuem isenção do imposto sobre a renda por
força da Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas e da Convenção sobre Privilégios e
Imunidades das Agências Especializadas, respectivamente, que se aplicam:
• à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Decreto nº 59.308, de 23 de setembro de 1966,
Decreto nº 59.309, de 23 de setembro de 1966 – International Atomic Energy Agency (AEA);
• à Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) Decreto nº 63.151, de 22 de agosto de 1968 –
International Development Association (IDA);
• ao Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento – Banco Mundial – Decreto nº
21.177, de 27 de maio de 1946; Decreto nº 63.151, de 22 de agosto de 1968 – International Bank for
Reconstruction and Development (IBRD);
• à Corporação Financeira Internacional (CFI) Decreto nº 63.151, de 22 de agosto de 1968 –
International Finance Corporation (IFC);
• ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Fisi) Decreto nº 62.125, de 16 de janeiro de 1968 –
United Nations Children Fund (Unicef);
• ao Fundo Monetário Internacional (FMI) Decreto nº 21.177, de 27 de maio de 1946; Decreto nº 63.151,
de 22 de agosto de 1968 – International Monetary Fund (IMF);
• à Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci) Decreto nº 63.151, de 22 de agosto de 1968 –
International Civil Aviation Organization (Icao);
• à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) Decreto nº 63.151, de 22
de agosto de 1968; Decreto nº 86.006, de 14 de maio de 1981 – Food And Agriculture Organization
of the United Nations (FAO);
• à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) Decreto nº 63.151, de
22 de agosto de 1968 – United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (Unesco);
• à Organização Internacional de Refugiados (OIR) Decreto nº 63.151, de 22 de agosto de 1968 – Office
of the United Nations High Comissioner for Refugies (UNHCR);
• à Organização Internacional do Trabalho (OIT) Decreto nº 63.151, de 22 de agosto de 1968 –
International Labour Organization (ILO);
• à Organização Marítima Consultiva Intergovernamental (OCMI) Decreto nº 63.151, de 22 de agosto
de 1968 – Inter-Governamental Maritime Consultative Organization (IMCO);
• à Organização Meteorológica Mundial (OMM) Decreto nº 63.151, de 22 de agosto de 1968 – World
Meteorological Organization (WMO);
• à Organização Mundial da Saúde (OMS) Decreto nº 63.151, de 22 de agosto de 1968 – World Health
Organization (WHO);
• à Organização Mundial do Turismo (OMT) Decreto nº 75.102, de 20 de dezembro de 1974; (segundo
o Sitio da ONU é Agencia Especializada da ONU);
• à União Internacional de Telecomunicações (UIT) Decreto nº 63.151, de 22 de agosto de 1968 –
International Telecomunication Union (ITU);
• à União Postal Universal (UPU) Decreto nº 63.151, de 22 de agosto de 1968 – Universal Postal Union
(UPU).
(Decreto nº 27.784, de 16 de fevereiro de 1950, art. V, Seção 18, “b”; Decreto nº 52.288, de 24 de
julho de 1963, art. 6º, 19ª Seção, “b”; Decreto nº 59.308, de 23 de setembro de 1966, art. V; Decreto
nº 63.151, de 22 de agosto de 1968; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setmbro de 2002,
art. 21, §§ 1º e 2º; Parecer Normativo Cosit nº 3, de 28 de agosto de 1996; e Solução de Consulta
Cosit nº 194, de 5 de agosto de 2015)
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77
ALADI
144 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos auferidos por funcionário da Associação
Latino-Americana de Integração (Aladi)?
O funcionário da Aladi tem seus rendimentos tributados da mesma forma e condições dos funcionários do
PNUD, da ONU, exceto no que concerne a proventos de aposentadoria e pensões pagos pela Aladi, que se
submetem ao imposto sobre a renda brasileiro, quando residente no Brasil.
(Decreto nº 50.656, de 24 de maio de 1961,art. 47; Decreto nº 57.784, de 11 de fevereiro de 1966,
art. 15; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 21, §§ 1º e 2º; e Parecer
Normativo Cosit nº 3, de 28 de agosto de 1996)
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OEA
145 — Qual é o tratamento dos rendimentos recebidos por funcionário da Organização dos Estados
Americanos (OEA)?
O funcionário da OEA tem seus rendimentos tributados da mesma forma e condições dos funcionários do
PNUD, da ONU, exceto no que concerne a proventos de aposentadoria e pensões pagos pela OEA, que se
submetem ao imposto sobre a renda brasileiro, quando residente no Brasil.
(Decreto nº 57.942, de 10 de março de 1966, art. 10, “b”; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27
de setembro de 2002, art. 21, §§ 1º e 2º; e Parecer Normativo Cosit nº 3, de 28 de agosto de 1996)
Retorno ao sumário
Atenção:
Os funcionários do quadro de Pessoal Internacional do Instituto Interamericano de Cooperação para
a Agricultura (IICA) estão isentos do imposto sobre a renda em relação aos salários e vencimentos
pagos pelo IICA, uma vez que esse organismo especializado possui acordo dispondo
expressamente sobre a isenção do imposto sobre a renda relativo a esses rendimentos.
Retorno ao sumário
AEE
147 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos auferidos por funcionário da Agência Espacial
Europeia (AEE)?
Não estão sujeitos ao imposto sobre a renda no Brasil os rendimentos pagos pela AEE a seus funcionários,
desde que estes não sejam residentes no Brasil ou aqui não permaneçam por mais de 183 dias em cada
exercício financeiro.
Retorno ao sumário
78
RITLA DO SELA
148 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos auferidos por funcionário da Rede de
Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla) do Sistema Econômico Latino-Americano (Sela)?
O funcionário da Secretaria do Comitê de Ação para o Estabelecimento da Rede de Informação Tecnológica
Latino-Americana (Ritla), do Sistema Econômico Latino-Americano (Sela), em nível de direção, técnico e
administrativo, que não seja brasileiro, nem residente no Brasil, está isento do imposto sobre a renda quanto
aos salários e vencimentos a ele pago pelo Sela, em decorrência de suas funções específicas.
Retorno ao sumário
INTELSAT
149 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos auferidos por funcionário da Organização
Internacional de Telecomunicações por Satélite (Intelsat)?
Os salários e vencimentos auferidos por membros do quadro de funcionários da Intelsat não estão sujeitos ao
imposto sobre a renda, excluindo pensões e outros benefícios similares.
(Decreto nº 85.306, de 30 de outubro de 1980, capítulo II, art. 7, item 1, “e”, do Protocolo sobre
Privilégios, Isenções e Imunidades da Intelsat)
Retorno ao sumário
OEI
150 — Qual é o tratamento tributário relativo aos salários e emolumentos pagos pela Organização
dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI)?
Os salários e emolumentos pagos pela OEI aos seus funcionários e especialistas estão sujeitos ao seguinte
tratamento tributário:
1 – se estrangeiro e residente no exterior:
Não incide o imposto sobre a renda.
(Decreto nº 5.128, de 6 de julho de 2004, art. 21, “d”; Decreto nº 8.289, de 25 de julho de 2014, art.
XIII, item 2; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 21, caput; Solução
de Consulta Cosit nº 14, de 16 de janeiro de 2017)
Retorno ao sumário
Os salários e emolumentos auferidos por funcionário do Conselho de Cooperação Aduaneira não estão
sujeitos ao imposto sobre a renda no Brasil. Esse organismo determina expressamente as categorias de
funcionários beneficiários dessa isenção.
Retorno ao sumário
79
CORPORAÇÃO INTERAMERICANA DE INVESTIMENTOS
152 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos auferidos por funcionário da Corporação
Interamericana de Investimentos?
Os salários e honorários auferidos por funcionário e empregado da Corporação, que não sejam brasileiros,
estão isentos do imposto sobre a renda.
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NDB
153 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos auferidos por diretores, suplentes, dirigentes
ou empregados do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB)?
Retorno ao sumário
A partir do momento em que a pessoa física deixa a organização internacional passa a ser tributada como os
demais residentes no Brasil, desde que se enquadre como tal, conforme pergunta 107, salvo disposição
expressa em acordo ou tratados internacionais em relação a proventos de aposentadoria.
Retorno ao sumário
Os rendimentos do trabalho assalariado, pagos por autarquias ou repartições do governo brasileiro situados
no exterior, em moeda estrangeira, são tributados da mesma forma que os rendimentos recebidos de fonte
brasileira pelos residentes no Brasil, porém são considerados tributáveis apenas 25% do valor total de tais
rendimentos (os 75% restantes são informados como rendimentos não tributáveis).
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, arts. 5º, § 3º; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, arts. 15, 37 e 684, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018;
Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, arts. 17 e 18; e Instrução Normativa
RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 28)
Retorno ao sumário
80
a) servidor da administração federal direta regido pela legislação trabalhista, da administração federal indireta
e das fundações sob supervisão ministerial;
b) servidor do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas da União;
c) no que couber, o servidor do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, bem como a pessoa sem
vínculo com o serviço público designada pelo Presidente da República.
Essas pessoas estão obrigadas a apresentar a Declaração de Ajuste Anual nas condições previstas no ajuda
do programa IRPF 2022.
Atenção:
Os servidores de empresa pública ou de sociedade de economia mista, bem assim o contratado
local de representações diplomáticas, não são considerados ausentes "a serviço do País no
exterior" quando em serviço específico dessas entidades fora do Brasil.
(Lei nº 5.809, de 10 de outubro de 1972, art. 1º; Decreto nº 71.733, de 18 de janeiro de 1973; e
Solução de Consulta Cosit nº 19, de 4 de novembro de 2013)
Retorno ao sumário
Atenção:
Os rendimentos referentes a diárias e ajudas de custo não estão sujeitos a tributação, devendo os
valores recebidos em moeda estrangeira, convertidos em reais na forma do item 2, serem
informados na Ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”.
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81
RENDIMENTOS NO EXTERIOR
159 — Como são tributados os rendimentos auferidos no exterior por residente no Brasil que saiu
do país para prestar serviço a empresa estrangeira?
A pessoa física que se ausentou do Brasil, exceto a serviço do País, tem seus rendimentos tributados
conforme se enquadre como residente ou não residente no Brasil.
Retorno ao sumário
A pessoa física que passou à condição de residente no Brasil, ou readquiriu tal condição, está sujeita às
normas vigentes na legislação tributária aplicáveis aos demais residentes, a partir da data em que se
caracterizar a condição de residente, estando obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual (DAA) do
exercício de 2022, ano-calendário de 2021.
Na Declaração de Bens e Direitos da DAA devem ser relacionados, pormenorizadamente, os bens móveis,
imóveis, direitos e obrigações que, no Brasil e no exterior, constituíam o patrimônio da pessoa física e o de
seus dependentes, observadas as mesmas regras de preenchimento da declaração de bens e direitos
aplicáveis a quem tenha mantido a condição de residente no País durante todo o ano, e ainda:
I - O campo “Situação em 31/12/2020 (R$)”: deverá conter as informações referentes à data em que
caracterizou a condição de residente no ano de 2021;
II - O custo dos bens e direitos situados no exterior, adquiridos no período em que o contribuinte se encontrava
na situação de não residente no Brasil é o valor de aquisição convertido:
a) em reais pela cotação cambial de venda da moeda em que o bem foi adquirido, fixada pelo Banco Central
do Brasil para a data da aquisição, no caso de bens adquiridos até 31 de dezembro de 1999;
b) em dólares dos Estados Unidos da América e, em seguida, em reais pela cotação do dólar fixada, para
venda, pelo Banco Central do Brasil, para a data da aquisição, no caso de bens adquiridos a partir de 1º de
janeiro de 2000;
Retorno ao sumário
Desde que não adquira a condição de residente no exterior (consulte as perguntas 106 a 109), o residente
no Brasil que se encontre temporariamente prestando serviços com vínculo empregatício em outro país
permanece sujeito ao imposto sobre a renda brasileiro.
Caso se configure dupla tributação sobre a renda, a pessoa física residente no Brasil deve verificar se o país
da fonte dos rendimentos possui Acordo para Evitar a Dupla Tributação com o Brasil ou se existem regras de
reciprocidade de tratamento (consulte as perguntas 124, 128, 132 e 134), que possibilitem a isenção do
imposto incidente em um dos dois países (de residência ou da fonte) ou a compensação, no carnê-leão e na
Declaração de Ajuste Anual no Brasil, do imposto pago no exterior.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 53, inciso II, § 4º, 54, 65, § 2º,
e 81)
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82
SERVIDOR BRASILEIRO NO EXTERIOR PARA ESTUDO
162 — Qual é o regime de tributação dos rendimentos do trabalho pagos por fontes situadas no
Brasil a servidores ou empregados brasileiros que estejam no exterior por motivo de estudos em
estabelecimento de ensino superior, técnico ou equivalente?
Não há tratamento tributário especial ao contribuinte nessa situação. Enquanto perdurar a condição de
residente no Brasil, os rendimentos provenientes do vínculo de emprego são tributados na fonte, normalmente,
às alíquotas aplicáveis aos rendimentos do trabalho assalariado, e incluídos pelo seu total na Declaração de
Ajuste Anual. Os rendimentos recebidos de outras fontes, situadas ou não no Brasil, têm o mesmo tratamento
de rendimentos auferidos por residente no País.
Após a perda da condição de residente no Brasil, os rendimentos recebidos de fontes situadas no Brasil são
tributados como os de não residente.
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DEDUÇÕES - EXTERIOR
164 — Quais são as deduções cabíveis na determinação da base de cálculo relativa a rendimentos
recebidos de fontes situadas no exterior?
1 - Na determinação da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto podem ser deduzidas:
• as importâncias pagas a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando
em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, inclusive a prestação de
alimentos provisionais, ou de escritura pública a que se refere o art. 733 da Lei nº 13.105, de 16 de março
de 2015 - Código de Processo Civil – a seguir transcrito (tratando-se de pensão paga em cumprimento de
sentença estrangeira, consulte a pergunta 348);
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
Atenção:
As deduções referentes aos pagamentos efetuados em moeda estrangeira são convertidas em
dólares dos Estados Unidos da América, pelo seu valor fixado pela autoridade monetária do país
no qual as despesas foram realizadas, na data do pagamento e, em seguida, em reais mediante
utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América, fixado para venda pelo Banco Central
do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do pagamento.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º, inciso II, alíneas “b”, item 10, e “c”, item 9; Medida
Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 61; Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007,
alterada pela Lei nº 12.469, de 26 de agosto de 2011, art. 2º e 3º; Instrução Normativa SRF nº 208,
de 27 de setembro de 2002, art. 16, §§ 3º e 4º; e Solução de Consulta Interna Cosit nº 3, de 8 de
fevereiro de 2012)
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84
PENSÕES E APOSENTADORIAS - EXTERIOR
165 — As pensões e aposentadorias recebidas do exterior são tributáveis no Brasil?
Para determinar a tributação correspondente a esses rendimentos, faz-se necessário verificar a existência de
acordo ou tratado firmado entre o país de origem dos rendimentos e o Brasil para evitar a dupla tributação,
devendo ser observadas as disposições neles contidas. A princípio, tais rendimentos são tributados no Brasil
por meio do recolhimento mensal (carnê-leão) na data de seu recebimento e na Declaração de Ajuste Anual.
Na inexistência de tratados ou reciprocidade de tratamento, não é permitida a compensação do imposto pago
no exterior.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 53, inciso II, § 4º, 54, 65, § 2º,
e 81)
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
(Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art. 10; Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014;
Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 756, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 45;
e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 8º, inciso I e § 2º)
Retorno ao sumário
85
A pessoa física que se ausente do país faz jus a essa isenção de rendimentos de ganho de capital aqui
referidos (regime especial de tributação para investidores estrangeiros) a partir da caracterização da condição
de não residente.
Atenção:
Para mais esclarecimentos sobre essas operações que ensejam o ganho de capital isento, ver
Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de dezembro de 2015, arts. 27, 47, 56, 88 e 90.
(Lei nº 8.891, de 20 de janeiro de 1995, art. 81; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro
de 2002, arts. 2º, 3º e 10, § 1º; Instrução Normativa SRF nº 1.008, de 9 de fevereiro de 2010, art.
2º; Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, arts. 88 a 90; Ato Declaratório
Interpretativo RFB nº 1, de 18 de janeiro de 2016; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 876, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Solução de
Consulta Cosit nº 111, de 29 de junho de 2021)
Retorno ao sumário
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
Na Declaração de Ajuste Anual, as férias são tributadas em conjunto com os demais rendimentos.
86
Atenção:
O Procurador-Geral da Fazenda Nacional editou Atos Declaratórios (AD) declarando que,
relativamente às hipóteses neles previstas, fica autorizada a dispensa de interposição de recursos
e a desistência dos já interpostos, desde que inexista outro fundamento relevante.
A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), em decorrência do disposto no art. 19,
inciso II, e art. 19-A, da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, não constituirá os créditos tributários
relativos às matérias de que tratam os AD do Procurador-Geral da Fazenda Nacional mencionados
abaixo.
(Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, art.19; Instrução Normativa RFB nº 936, de 5 de maio de
2009; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 29 e 62, caput, incisos
V, VII, VIII, IX, X, XI e § 1º)
Retorno ao sumário
Até 31/12/2012 a participação dos empregados nos lucros das empresas era tributada na fonte, em separado
dos demais rendimentos recebidos no mês, como antecipação do imposto sobre a renda devido na declaração
de rendimentos da pessoa física, competindo à pessoa jurídica a responsabilidade pela retenção e
recolhimento do imposto (Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000).
Regra vigente a partir de 1º de janeiro de 2013, diante do novo tratamento tributário introduzido pela Lei nº
12.832, de 20 de junho de 2013:
A participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa é tributada pelo imposto sobre a renda
exclusivamente na fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos, no ano do recebimento ou crédito,
com base na tabela progressiva anual abaixo indicada e não integrará a base de cálculo do imposto devido
pelo beneficiário na Declaração de Ajuste Anual.
Na determinação da base de cálculo da referida participação, poderão ser deduzidas as importâncias pagas
em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento
de decisão judicial, de acordo homologado judicialmente ou de separação ou divórcio consensual realizado
87
por escritura pública, desde que correspondentes a esse rendimento, não podendo ser utilizada a mesma
parcela para a determinação da base de cálculo dos demais rendimentos.
Retorno ao sumário
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, arts. 2º e 3º, § 1º; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de
29 de outubro de 2014, art. 62, caput, inciso XIII; AD PGFN nº 3 de 18 de setembro de 2008; e
Parecer PGFN/PGA/Nº 1.888/2008)
Retorno ao sumário
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 26; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 35, inciso VII, alínea “a” e art. 36, inciso I, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de
novembro de 2018; e Solução de Consulta Cosit nº 81, de 31 de março de 2014)
Retorno ao sumário
RESIDÊNCIA MÉDICA
174 — Qual é o tratamento aplicável às importâncias recebidas a título de residência médica ou por
estágio remunerado em hospitais, laboratórios, centro de pesquisa e universidades, para
complementação de estudo ou treinamento e aperfeiçoamento?
Essas importâncias são consideradas rendimentos do trabalho, ainda que não haja vínculo empregatício e
obrigatoriedade de desconto para o INSS, devendo compor a base de cálculo na apuração da renda mensal
sujeita à retenção na fonte e ao ajuste na Declaração de Ajuste Anual.
88
No caso específico das bolsas de estudo recebidas pelos médicos-residentes, em função do disposto no art.
26 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995 (a seguir transcrito), há previsão de isenção do imposto sobre
a renda, desde que atendidas às condições impostas nos citados dispositivos legais:
“Art. 26. Ficam isentas do imposto de renda as bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como
doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os
resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem
contraprestação de serviços.
Parágrafo único. Não caracterizam contraprestação de serviços nem vantagem para o doador, para
efeito da isenção referida no caput, as bolsas de estudo recebidas pelos médicos-residentes, nem as
bolsas recebidas pelos servidores das redes públicas de educação profissional, científica e
tecnológica que participem das atividades do Pronatec, nos termos do § 1º do art. 9º da Lei nº 12.513,
de 26 de outubro de 2011.”
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 26 e parágrafo único; e Regulamento do Imposto
sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso VII, alínea “a” e § 15, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018)
Retorno ao sumário
Exemplo:
O contribuinte João Pedro esteve em todo o ano-calendário de 2021 submetido ao regime do Simples Nacional
na condição de MEI. Exerceu atividade comercial, ficando, portanto, sujeito somente ao recolhimento mensal
de ICMS e de contribuição para a Seguridade Social relativa à pessoa do empresário, na qualidade de
contribuinte individual.
Suponha que tenha obtido R$ 80.000,00 de receita de suas atividades. Considere que teve R$ 20.000,00 de
despesas, aí incluído o valor anual de seus pro labores no valor de R$ 12.000,00.
Seu lucro, portanto, foi de R$ 60.000,00. Considerando que não possui escrituração contábil, será necessário
calcular qual o seu lucro que pode ser distribuído de forma isenta do imposto sobre a renda:
Lucro passível de distribuição isenta = Receita Bruta Anual da atividade x Percentual de presunção do Lucro
Presumido (Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art. 15, caput) = R$ 80.000,00 x 8% = R$ 6.400,00.
Assim sendo, caso apresente Declaração de Ajuste Anual (só por esses rendimentos não está obrigado),
deverá informar o valor de R$ 6.400,00 no campo “Tipo de Rendimento” da Ficha “Rendimentos Isentos e Não
Tributáveis”, no código “09 – Lucros e dividendos recebidos”.
Os valores distribuídos relativos à parcela não isenta são tributáveis, devendo ser informado na Ficha
“Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ pelo Titular”.
Em relação ao pro labore cuja soma no ano totalizou o valor de R$ 12.000,00, também deve ser informado na
Ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ pelo Titular”.
(Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, art. 14, caput e §§ 1º e 2º; e Resolução
CGSN nº 140, de 22 de maio de 2018, art. 145, caput e §§ 1º e 2º)
Retorno ao sumário
BENEFÍCIOS INDIRETOS
177 — Qual é o tratamento tributário dos benefícios indiretos concedidos pela empresa a
administradores, diretores, gerentes e assessores?
São computados, para fins de apuração do imposto sobre a renda na fonte, todos os pagamentos efetuados
em caráter de remuneração, inclusive as despesas de representação e os benefícios e vantagens concedidos
pela empresa a título de salários indiretos, tais como despesas de supermercado e cartões de crédito,
pagamento de anuidades escolares, clubes, associações etc.
Integram ainda a remuneração desses beneficiários, como salário indireto, as despesas pagas ou incorridas
com o aluguel de imóveis e com os veículos utilizados para o seu transporte, quando de uso particular,
computando-se, também, a manutenção, conservação, consumo de combustíveis, encargos de depreciação
e respectiva correção monetária, valor do aluguel ou do arrendamento dos veículos.
Atenção:
Se o beneficiário não for identificado, a tributação é definitiva e à alíquota de 35% sobre o
rendimento reajustado.
90
(Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, art. 61; Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, art.74;
Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 679, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Parecer Normativo Cosit nº 11, de 30 de setembro de 1992)
Retorno ao sumário
HORAS EXTRAS
178 — Qual é o tratamento a ser dado às parcelas relativas a horas extras pagas em virtude de acordo
coletivo mediado por sindicato?
Pagamentos de horas extras, mesmo que realizados em virtude de acordo coletivo mediado por sindicato,
configuram-se como rendimentos do trabalho, sujeitando-se à retenção na fonte e à tributação na Declaração
de Ajuste Anual.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 36, inciso I, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018)
Retorno ao sumário
91
os saldos acumulados referentes aos valores históricos dos prêmios de VGBL em 31 de dezembro do ano-
calendário anterior e em 31 de dezembro do ano-calendário, independentemente do valor atual (com
correção).
Cabe esclarecer que as importâncias pagas pelas entidades fechadas de previdência complementar a título
de reversão de valores não se enquadram no conceito de benefício previdenciário ou resgate, sujeitando-se
à incidência do Imposto sobre a Renda na Fonte e na Declaração de Ajuste Anual. Consulte a pergunta 293.
Atenção:
A Instrução Normativa RFB nº 1.343, de 5 de abril de 2013, estabelece normas e procedimentos
relativos ao tratamento tributário a ser aplicado na apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa
Física (IRPF) sobre os valores pagos ou creditados por entidade de previdência complementar a
título de complementação de aposentadoria, resgate e rateio de patrimônio em caso de extinção da
entidade de previdência complementar, correspondentes às contribuições efetuadas
exclusivamente pelo beneficiário no período de 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1995.
Para os beneficiários que se aposentarem a partir de 1º de janeiro de 2013, a entidade de
previdência complementar (fonte pagadora) fica desobrigada da retenção do imposto na fonte
relativamente à complementação de aposentadoria recebida de entidade de previdência
complementar, inclusive a relativa ao abono anual pago a título de décimo terceiro salário, no limite
que corresponda aos valores das contribuições efetuadas exclusivamente pelo beneficiário no
período de 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1995.
Os valores das contribuições, nas hipóteses descritas, devem ser abatidos da complementação de
aposentadoria recebida de previdência complementar, mês a mês, até se exaurirem.
A fonte pagadora deverá fornecer ao beneficiário comprovante de rendimentos, com a informação
dos referidos valores abatidos, no quadro correspondente aos rendimentos isentos e não
tributáveis.
Para os beneficiários que se aposentaram entre os anos de 2008 e 2012, consultar disciplinamento
contido na referida Instrução Normativa RFB nº 1.343, de 5 de abril de 2013, disponível no site da
Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) na internet, no endereço
http://www.gov.br/receitafederal/pt-br.
(Medida Provisória nº 2.159-70, de 24 de agosto de 2001, art. 7º; Lei nº 9.250, de 26 de dezembro
de 1995, art. 33; Lei nº 11.053, de 29 de dezembro de 2004, arts. 1º, 3º, e 5º; Regulamento do
Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 36, inciso XIV, e 690 a 696, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 588, de 21 de dezembro de 2005,
art. 12, § 4º, inciso I, e art. 13 a 15, 18 e 21; Instrução Normativa SRF nº 698, de 20 de dezembro
de 2006; Instrução Normativa RFB nº 1.343, de 5 de abril de 2013; Ato Declaratório Normativo Cosit
nº 28, de 27 de dezembro de 1996; e Ato Declaratório PGFN nº 4, de 16 de novembro de 2006)
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Atenção:
Pecúlio não se confunde com resgate de contribuições. As importâncias pagas a entidades de
previdência complementar a título de pecúlio (seguro) não são dedutíveis para fins de apuração do
imposto sobre a renda devido na declaração de ajuste anual da pessoa física.
92
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, caput, incisos VII e XIII; e Solução de Consulta
Interna Cosit nº 27, de 7 de julho de 2008)
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, arts. 3º, § 1º, e 6º, inciso XII; Regulamento do Imposto
sobre a Renda - RIR/2018, arts. 33 e 35, inciso II, alínea “d”, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22
de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 3º e
6º, inciso IV)
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(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, arts. 3º, § 1º, e 6º, incisos XIV e XXI; Regulamento do
Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 33 e 35, inciso II, alínea “c”, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018)
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SÍNDICO DE CONDOMÍNIO
183 — São tributáveis os rendimentos auferidos pelo síndico de condomínio?
Sim. Esses rendimentos são considerados prestação de serviços e devem compor a base de cálculo para
apuração do recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) e do ajuste anual, ainda que havidos como dispensa
do pagamento do condomínio.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 118 e 120, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018)
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93
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE E ASSEMELHADOS
184 — Como devem ser tributados os rendimentos oriundos da prestação de serviços efetuados
com a utilização de veículos, abrangendo transporte de passageiros e de cargas (inclusive por
aplicativos)?
Esses rendimentos, bem como aqueles referentes a fretes e carretos, aos prestados com tratores, máquinas
de terraplenagem, colheitadeiras e semelhantes, barcos, chatas, carros, camionetas, caminhões, aviões etc.,
podem ser considerados como de pessoa física ou jurídica.
São considerados rendimentos de pessoa física se observadas, cumulativamente, as condições descritas
abaixo (caso contrário, são considerados rendimentos de pessoa jurídica):
a) se executados apenas pelo locatário ou proprietário do veículo (ainda que este tenha sido adquirido com
reserva de domínio ou esteja sob alienação fiduciária);
b) se para auxiliá-lo na execução do serviço for necessária a participação remunerada de outras pessoas, com
ou sem vínculo empregatício, estas não podem ser profissionais qualificados, mas sim meros auxiliares ou
ajudantes;
c) se o veículo for de propriedade ou estiver na posse de duas ou mais pessoas, estas não podem explorar o
serviço em conjunto, por meio de sociedade regular ou não;
d) se houver a posse ou a propriedade de dois ou mais veículos, estes não podem ser utilizados ao mesmo
tempo na prestação de um determinado serviço.
Por força das disposições da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, tais rendimentos sujeitam-se ao
recolhimento mensal (carnê-leão), se recebidos de pessoa física ou, na fonte, se pagos por pessoa jurídica,
devendo, na segunda hipótese, a fonte pagadora fornecer ao beneficiário documento autenticado
comprobatório da retenção na fonte efetuada. O rendimento bruto dessas atividades é o correspondente a, no
mínimo, 10% do valor total dos fretes e carretos recebidos, bem como da prestação de serviços com tratores,
máquinas de terraplenagem, colheitadeiras e assemelhados, ou, no mínimo, 60% no caso de transporte de
passageiros.
O valor relativo a 90% dos fretes e 40% do transporte de passageiros deve ser informado na linha específica
da Ficha Rendimentos Isentos e Não Tributáveis. Esses valores não justificam acréscimo patrimonial, e a
pessoa física que desejar fazê-lo, deve incluir como tributável na Declaração de Ajuste Anual e no
recolhimento do carnê-leão percentual superior aos referidos acima.
(Lei nº 7.290, de 19 de dezembro de 1984; Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 9º;
Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 39 e 158, § 1º, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; e Parecer Normativo CST nº 122, de 8 de junho de 1974)
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94
REPRESENTANTE COMERCIAL AUTÔNOMO
186 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos recebidos por representante comercial
autônomo?
Os rendimentos recebidos por representante comercial autônomo que exerce exclusivamente a mediação
para a realização de negócios mercantis, nos termos do art. 1º da Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965,
quando praticada por conta de terceiros, são tributados na pessoa física. É irrelevante, para os efeitos do
imposto sobre a renda, a existência de registro, como firma individual, na Junta Comercial e no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
Alerte-se que, no caso de o representante comercial executar os negócios mercantis por conta própria, ele
adquire a condição de comerciante, independentemente de qualquer requisito formal, ocorrendo neste caso,
para efeitos tributários, equiparação da empresa individual a pessoa jurídica, por força do disposto no art. 162
do Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro
de 2018, sendo seus rendimentos tributados nessa condição.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 36, inciso IV, e art. 47, inciso IV, aprovado
pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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PRÊMIO RECEBIDO EM CONCURSOS E COMPETIÇÕES
189 — Os prêmios obtidos em concursos e competições artísticas, científicas, desportivas e
literárias são tributáveis?
Sim. Na hipótese da ocorrência de concursos artísticos, desportivos, científicos, literários ou a outros títulos
assemelhados, com distribuição de prêmios efetuada por pessoa jurídica a pessoa física, quando houver
vinculação quanto à avaliação do desempenho dos participantes, hipótese na qual tais prêmios assumem o
aspecto de remuneração do trabalho, independentemente se distribuídos em dinheiro ou sob a forma de bens
e serviços, o imposto sobre a renda incide na fonte, calculado de acordo com a tabela progressiva mensal, a
título de antecipação do devido na Declaração de Ajuste Anual (DAA).
No caso de não ocorrência da vinculação quanto à avaliação do desempenho dos participantes, consultar as
perguntas 306 e 308
(Parecer Normativo CST nº 173, de 26 de setembro de 1974; e Parecer Normativo CST nº 62, de
31 de agosto de 1976)
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95
PRÊMIO RECEBIDO EM COMPETIÇÕES ESPORTIVAS
190 — Os valores das gratificações, prêmios, participações etc., pagos a atleta profissional, em
decorrência dos resultados obtidos em competições esportivas, são tributáveis?
Sim. Os valores pagos pelo empregador a título de luvas, prêmios, bichos, direito de arena, publicidade em
camisas etc., como retribuição pelo contrato de serviços profissionais, por vitórias, empates, títulos e troféus
conquistados, possuem caráter remuneratório e, como tal, são considerados rendimentos do trabalho
assalariado devendo compor, juntamente com os salários pagos ou creditados em cada mês, a base de
cálculo para apurar a renda mensal sujeita à incidência na fonte e na Declaração de Ajuste Anual.
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Atenção:
1 - se a alíquota aplicável for fixa, o valor da parcela a deduzir é zero e T é a própria alíquota;
2 - se alíquota aplicável integrar a tabela progressiva, observar se o RR obtido pertence ou não à
classe de renda do RP. Se RR pertencer à classe de renda seguinte, o cálculo deve ser refeito,
utilizando-se a dedução e a alíquota da classe a que pertencer o RR apurado;
3 - o valor reajustado deve ser informado no Comprovante de Rendimentos e na Declaração de
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf).
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 786, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 64; e
Parecer Normativo CST 2, de 15 de janeiro de 1980)
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96
NOTAS PROMISSÓRIAS
192 — A quitação de honorários ou rendimentos do trabalho assalariado em notas promissórias é
tributável?
Sim. A nota promissória é um título de crédito que se basta a si mesmo, ou seja, tem característica de
independência, não se ligando ao ato originário de onde proveio.
Assim, a quitação de direitos mediante recebimento em notas promissórias ou título de crédito caracteriza a
disponibilidade jurídica referida no § 4º do art. 3º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, devendo o valor
a elas correspondente ser tributado no mês do recebimento do respectivo título e na Declaração de Ajuste
Anual.
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 47, inciso I, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; e Solução de Consulta Cosit nº 70, de 30 de dezembro de
2013)
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(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 3º, § 4º; e Regulamento do Imposto sobre a Renda
- RIR/2018, art. 1.039, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 34, parágrafo único, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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97
ACIDENTE DE TRABALHO
196 — O valor recebido em virtude de acidente de trabalho é tributável?
A indenização e os proventos de aposentadoria ou reforma recebidos em decorrência de acidente de trabalho
são isentos.
Atenção:
A pensão paga aos dependentes em decorrência do falecimento da pessoa acidentada é tributável.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, incisos IV e XIV; e Regulamento do Imposto
sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso II, alínea “b”, e inciso III, alínea “a”, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
Retorno ao sumário
(Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 24, de 4 de outubro de 2004; e Instrução Normativa RFB nº
1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 22, § 3º)
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Atenção:
Para determinação da base de cálculo sujeita ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão), no
caso de rendimentos de aluguéis de imóveis pagos por pessoa física, e no caso de aluguéis de
imóveis pagos por pessoa jurídica, não integrarão a base de cálculo para efeito de incidência do
imposto sobre a renda:
1) o valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o rendimento;
2) o aluguel pago pela locação do imóvel sublocado;
3) as despesas pagas para sua cobrança ou recebimento; e
4) as despesas de condomínio.
Os encargos citados acima somente poderão reduzir o valor do aluguel quando o ônus tenha sido
do locador.
Compõem a base de cálculo os juros de mora, atualização monetária, multas por rescisão de
contrato de locação, indenização por rescisão antecipada ou término do contrato e quaisquer
acréscimos ou compensações pelo atraso no pagamento do aluguel, bem como as benfeitorias
realizadas no imóvel pelo locatário não reembolsadas pelo locador e as luvas pagas ao locador,
ainda que cedido o direito de exploração.
No caso de rendimentos de aluguéis de imóveis recebidos por residentes ou domiciliados no
exterior, compete ao procurador a retenção do imposto mediante aplicação da alíquota de 15%.
(Lei nº 7.739, de 16 de março de 1989, art. 14; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018,
arts. 42 e 689, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa
RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 31 a 33; e Solução de Consulta Cosit nº 60, de 23
de junho de 2020)
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99
ALUGUÉIS RECEBIDOS POR NÃO RESIDENTE
200 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos de aluguel de imóvel localizado no Brasil
recebidos por não residente no Brasil?
Preliminarmente, deve-se verificar se há acordo ou tratado entre o Brasil e o país de origem do residente no
exterior. Existindo tais instrumentos, o tratamento fiscal será aquele neles previsto. Não havendo acordo o
rendimento é tributado exclusivamente na fonte à alíquota de 15%.
Atenção:
O imposto deve ser recolhido na data da ocorrência do fato gerador, sendo responsável pelo
recolhimento o procurador do residente no exterior. O procurador deve efetuar o recolhimento de
Darf, com código de receita 9478, em seu próprio CPF, posteriormente, na Dirf, informará o
beneficiário dos respectivos rendimentos.
(Decreto-Lei nº 5.844, de 23 de setembro de 1943, art. 100, parágrafo único, alínea ‘a’; Regulamento
do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 744, 763 e 781, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22
de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002; e Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 33)
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PAGAMENTO AO LOCADOR
201 — Quando ocorre o fato gerador no caso de o aluguel de imóvel ser pago ao locador em mês
subsequente ao do recebimento pela imobiliária?
O fato gerador ocorre no mês em que o locatário efetuar o pagamento do aluguel à imobiliária,
independentemente de quando o mesmo tenha sido repassado para o locador.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 31, § 2º)
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100
LOCAÇÃO DE ESPAÇO EM IMÓVEIS, INCLUSIVE CONDOMÍNIOS
204 — Como deve ser tributada a quantia recebida por locação de espaço físico em imóveis ou
condomínios edilícios?
As quantias recebidas por pessoa física pela locação de espaço físico sujeitam-se ao recolhimento mensal
obrigatório (carnê-leão) se recebidas de pessoa física ou de fonte no exterior, ou à retenção na fonte se pagas
por pessoa jurídica, e ao ajuste na Declaração de Ajuste Anual.
Ressalte-se que, diante da inexistência de personalidade jurídica do condomínio edilício, as receitas de
locação por este auferidas, na realidade, constituem-se em rendimentos dos próprios condôminos, devendo
ser tributados por cada condômino, na proporção do quinhão que lhe for atribuído, na forma explicada no
primeiro parágrafo. Ainda que os condôminos não tenham recebido os pagamentos em espécie, são eles os
beneficiários dessa quantia, observando-se isso, por exemplo, quando o valor recebido se incorpora ao fundo
para o qual contribuem, ou quando diminui o montante do condomínio cobrado, ou, ainda, quando utilizado
para qualquer outro fim.
Desde 14 de maio de 2014, são isentos do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas os rendimentos
recebidos pelos condomínios residenciais constituídos nos termos da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de
1964, observado o limite de R$ 24.000,00 (vinte e quatro mil reais) por ano-calendário, e desde que sejam
revertidos em benefício do condomínio para cobertura de despesas de custeio e de despesas extraordinárias,
estejam previstos e autorizados na convenção condominial, não sejam distribuídos aos condôminos e
decorram:
1 - de uso, aluguel ou locação de partes comuns do condomínio;
2 - de multas e penalidades aplicadas em decorrência de inobservância das regras previstas na convenção
condominial; ou
3 - de alienação de ativos detidos pelo condomínio.
(Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, art. 3º; e Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 2, de 27 de
março de 2007)
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BENFEITORIAS — COMPENSAÇÃO
205 — Como apurar o rendimento tributável de aluguel, inclusive quando o contrato de locação
contenha cláusula que admita a sua compensação com as despesas efetuadas com benfeitorias
pelo locatário?
Tributa-se o valor recebido de aluguel subtraído, quando o encargo tenha sido exclusivamente do locador,
somente das quantias relativas a:
a) impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o rendimento;
b) aluguel pago pela locação de imóvel sublocado;
c) despesas pagas para cobrança ou recebimento do rendimento;
d) despesas de condomínio.
O valor das benfeitorias efetuadas, compensadas em determinado mês com o valor total ou parcial do aluguel
de imóvel, tem natureza de rendimento de aluguel para o proprietário e sofre incidência do imposto sobre a
renda, juntamente com valores recebidos no mês a título de aluguel.
(Lei nº 7.739, de 16 de março de 1989, art. 14; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018,
arts. 42 e 689, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa
RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 31, § 1º)
Retorno ao sumário
101
Quando o contrato celebrado referir-se a parceria rural e o cedente não receber quantia fixa e participar dos
riscos do negócio, a tributação desses rendimentos é efetuada como atividade rural.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 41, inciso I, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts.
2º e 14; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 22, inciso VI, e 53,
inciso I)
Retorno ao sumário
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 3º, § 3º, e 65, § 1º)
Retorno ao sumário
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 3º; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 45, caput, inciso III, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e
Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 30 e 32)
Retorno ao sumário
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 3º; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 3º)
Retorno ao sumário
102
b) aluguel pago pela locação de imóvel sublocado;
c) despesas pagas para cobrança ou recebimento do rendimento;
d) despesas de condomínio.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso III; e Regulamento do Imposto sobre a
Renda - RIR/2018, arts. 35, inciso VII, alínea “b”, 41, § 1º, e 42, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018)
Retorno ao sumário
SUBLOCAÇÃO
211 — Os rendimentos oriundos da sublocação de imóvel são tributáveis?
Sim. Os rendimentos recebidos pelo sublocador estão sujeitos ao recolhimento mensal (carnê-leão), se
recebidos de pessoa física ou, à retenção na fonte, se pagos por pessoa jurídica e na Declaração de Ajuste
Anual. É dedutível do valor do rendimento bruto recebido pela sublocação o aluguel pago ao proprietário do
imóvel sublocado.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 41, inciso I, e 42, inciso II, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 31, inciso II)
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 5º, caput, e § 1º, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de
2014, art. 4º, inciso II e parágrafo único).
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103
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS – PENSÃO
PENSÃO PAGA POR ACORDO OU DECISÃO JUDICIAL
214 — Qual é o tratamento tributário aplicável à pensão alimentícia recebida mensalmente?
O rendimento recebido a título de pensão está sujeito ao recolhimento mensal (carnê-leão) e à tributação na
Declaração de Ajuste Anual. O contribuinte do imposto é o beneficiário da pensão, ainda que esta tenha sido
paga a seu representante legal. O beneficiário deve efetuar o recolhimento do carnê-leão até o último dia útil
do mês seguinte ao do recebimento.
Atenção:
Se um contribuinte informar em sua declaração de ajuste um dependente que receba pensão
alimentícia, deve incluir tais rendimentos como tributáveis, independentemente do valor. Pode ainda
o beneficiário da pensão apresentar declaração em nome próprio, tributando os rendimentos de
pensão em separado.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 53, inciso IV, e 103)
Retorno ao sumário
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, arts. 12-A e 12-B; e Regulamento do Imposto sobre a
Renda - RIR/2018, arts. 702 e 776, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
Retorno ao sumário
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 3º, § 1º; e Regulamento do Imposto sobre a Renda
- RIR/2018, art. 46, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
Retorno ao sumário
104
RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS - OUTROS
SERVIDÃO DE PASSAGEM — INDENIZAÇÃO
217 — Qual é o tratamento tributário da indenização recebida em decorrência de constituição de
servidão de passagem?
Na servidão o proprietário do imóvel suporta limitações em seu domínio, mas não perde o direito de
propriedade, portanto, não ocorre a alienação do bem. Assim, o valor recebido a título de indenização
decorrente de desvalorização de área de terras, para instituição de servidão de passagem (ex.: linha de
transmissão de energia elétrica), bem como a correção monetária incidente sobre a indenização, é tributável
na fonte, no caso de fonte pagadora pessoa jurídica, ou como recolhimento mensal (carnê-leão), no caso de
pagamento efetuado por pessoa física, e, em ambas as situações, na declaração de ajuste.
Retorno ao sumário
LAUDÊMIO
218 — O valor do laudêmio recebido por pessoa física é tributável?
Sim. É tributável o valor do laudêmio e do foro anual como carnê-leão, se recebidos de pessoa física, ou na
fonte, se recebidos de pessoa jurídica, conforme o caso, e na Declaração de Ajuste Anual.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 47, inciso XVIII, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Parecer Normativo CST nº 9, de 1º de julho de 1983)
Retorno ao sumário
Atenção:
Para declarar esses rendimentos, a pessoa física deverá informá-los no campo “outros” da ficha
“rendimentos isentos e não tributáveis”, com especificação da natureza do rendimento.
(Ato Declaratório PGFN nº 9, de 20 de dezembro de 2011, e Solução de Consulta Cosit nº 98, de 3
de abril de 2014)
Retorno ao sumário
Sim. A doação modal ou onerosa é aquela que traz consigo um encargo para o donatário. Os valores recebidos
em função desse encargo estão sujeitos ao recolhimento mensal (carnê-leão), se recebidos de pessoa física
ou, na fonte, se pagos por pessoa jurídica, e na Declaração de Ajuste Anual.
Retorno ao sumário
105
RENDIMENTOS DE EMPRÉSTIMOS
222 — Incide o imposto sobre a renda sobre os rendimentos recebidos por pessoa física decorrentes
de empréstimos?
Sim. Os juros decorrentes de empréstimos concedidos a pessoa jurídica estão sujeitos à incidência do imposto
sobre a renda, exclusivamente na fonte, às alíquotas de:
a) 22,5%, com prazo de até seis meses;
b) 20%, com prazo de seis meses e um dia até doze meses;
c) 17,5%, com prazo de doze meses e um dia até vinte e quatro meses;
d) 15%, com prazo acima de vinte e quatro meses.
Se recebidos de pessoa física, os juros recebidos estão sujeitos ao recolhimento mensal (carnê-leão) e à
tributação na Declaração de Ajuste Anual.
(Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, art. 5º; Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, art. 1º;
Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 790 e 791, inciso II, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 19, inciso XVIII)
Retorno ao sumário
Os rendimentos pagos em cumprimento de decisão judicial estão sujeitos ao imposto sobre a renda na fonte
mediante aplicação da tabela progressiva mensal. A retenção, de responsabilidade da pessoa física ou jurídica
obrigada ao pagamento, dar-se-á no momento em que, por qualquer forma, os rendimentos se tornem
disponíveis ao beneficiário (observadas as orientações contidas na pergunta 243).
Fica dispensada a soma dos rendimentos pagos no mês, para aplicação da alíquota correspondente, nos
casos de:
I - juros e indenizações por lucros cessantes; e
II - honorários advocatícios e remuneração pela prestação de serviços no curso do processo judicial, tais
como: serviços de engenharia, médico, contador, perito, assistente técnico, avaliador, leiloeiro, síndico,
testamenteiro, liquidante.
Atenção:
1 - Decisão da Justiça Federal
Desde 1º de fevereiro de 2004, os rendimentos pagos, em cumprimento de decisão da Justiça
Federal, mediante precatório ou requisição de pequeno valor, estão sujeitos à retenção do imposto
sobre a renda na fonte, pela instituição financeira responsável pelo pagamento, à alíquota de 3%
sobre o montante pago, sem quaisquer deduções, no momento em que, por qualquer forma, o
rendimento se torne disponível para o beneficiário (Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, arts.
27 e 93, inciso II; e Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, art. 21).
Fica dispensada a retenção do imposto quando o beneficiário declarar à instituição financeira
responsável pelo pagamento que os rendimentos recebidos são isentos ou não tributáveis.
O imposto retido na fonte é considerado antecipação do imposto apurado na Declaração de Ajuste
Anual do Imposto sobre a Renda das pessoas físicas.
Deve ser indicado como fonte pagadora o número do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)
da instituição financeira depositária do crédito.
b) contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
A inclusão dos rendimentos recebidos acumuladamente e respectivos dados, na Declaração de Ajuste Anual
(DAA), será feita mediante acesso ao menu “fichas da declaração” no Programa IRPF e seleção da ficha
“Rendimentos Recebidos Acumuladamente”, para fins de preenchimento.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, arts. 12-A e 12-B; Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de
2010, art. 44; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 702 e 776, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro
de 2014, art. 36 a 44; e Solução de Consulta Interna Cosit nº 3, de 8 de fevereiro de 2012)
Retorno ao sumário
107
PRECATÓRIOS
224 — Qual é o tratamento tributário de precatórios recebidos por pessoas físicas?
O imposto sobre a renda relativo a rendimentos pagos, em cumprimento de decisão da Justiça Federal,
mediante precatório ou requisição de pequeno valor, será retido na fonte pela instituição financeira
responsável pelo pagamento e incidirá à alíquota de 3% (três por cento) sobre o montante pago, sem
quaisquer deduções, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal (verificar as
orientações contidas na pergunta 223 e, em especial, o conteúdo a respeito da tributação de rendimentos
recebidos acumuladamente, constante da pergunta 243)
Vale ressaltar que o valor retido na fonte (3%) não é definitivo. O imposto retido será considerado antecipação
do imposto apurado, ou seja, o contribuinte deverá informar por ocasião da declaração de ajuste anual, o valor
dos rendimentos recebidos pelo precatório e respectiva antecipação, para fins de apuração do imposto sobre
a renda.
A retenção do imposto é dispensada, quando o beneficiário declarar à instituição financeira responsável pelo
pagamento que os rendimentos recebidos são isentos ou não tributáveis.
Atenção:
O Ato Declaratório PGFN Nº 2, de 10 de março de 2016, revogou o Ato Declaratório PGFN nº 1, de
27 de março de 2009, que considerava que o cálculo do imposto sobre a renda incidente sobre
rendimentos pagos acumuladamente deveria ser realizado levando-se em consideração as tabelas
e alíquotas das épocas próprias a que se referiram tais rendimentos, devendo o calculo ser mensal
e não global.
(Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, art. 27; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 25)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 740, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018)
Retorno ao sumário
PECÚLIO
226 — Qual é o tratamento tributário do pecúlio recebido por pessoas físicas?
O valor relativo ao pecúlio recebido é tributável quando pago, na demissão ou retirada, por ex-empregador,
institutos, caixas de aposentadoria ou entidades governamentais em decorrência de emprego, cargo ou função
exercido no passado, independentemente da denominação empregada, tal como pecúlio resgate, pecúlio
restituição, pecúlio patrimônio, pecúlio reserva de poupança, pecúlio devolução.
É isento quando pago por intermédio:
a) de companhia de seguro, por morte do segurado;
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso XIII)
b) do INSS, correspondente às contribuições pagas ou descontadas dos aposentados que tenham voltado a
trabalhar até 15/04/1994, quer seja o pecúlio recebido pelo segurado ou por seus dependentes, após sua
morte;
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso II, alínea “g”, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 6º, inciso VII)
c) de entidade de previdência complementar, quando se tratar de benefício de risco, com característica de
seguro, previsto expressamente no plano de benefício contratado, pago em prestação única em razão de
108
morte ou invalidez permanente do participante de plano de previdência complementar. As parcelas pagas a
entidade de previdência complementar originadoras deste direito não podem ter sido utilizadas para fins de
dedução do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso VII, com a redação dada pela Lei nº 9.250,
de 26 de dezembro de 1995, art. 32)
Consulte a pergunta 180
Retorno ao sumário
DOENÇA GRAVE – RENDIMENTOS RECEBIDOS POR PESSOA FÍSICA COM DOENÇA GRAVE
228 — São tributáveis os rendimentos recebidos por pessoa física com doença grave?
São isentos apenas os rendimentos recebidos por pessoa física residente no Brasil, com doença grave,
relativos a proventos de aposentadoria, reforma ou pensão, e suas respectivas complementações, ainda que
pagas por fonte situada no exterior. Tributam-se os demais rendimentos de outra natureza recebidos pelo
contribuinte.
Atenção:
Também é isenta a pensão judicial, inclusive alimentos provisionais, recebida por beneficiário com
doença grave. Para casos de falecimento da pessoa com doença grave, consulte a pergunta 105.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, incisos XIV e XXI; Regulamento do Imposto sobre
a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso II, alíneas “b” e “c”, e § 4º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 6º,
incisos II, III, §§ 4º e 5º)
Retorno ao sumário
Atenção:
1) a isenção do imposto sobre a renda sobre os proventos de aposentadoria, reforma ou pensão,
percebidos por pessoas com moléstias graves, nos termos do art. 6º, incisos XIV e XXI da Lei nº
7.713, de 1988, não exige a demonstração da contemporaneidade dos sintomas, nem a indicação
de validade do laudo pericial ou a comprovação da recidiva da enfermidade (Ato Declaratório PGFN
nº 5, de 3 de maio de 2016);
2) o laudo pericial deve conter, no mínimo, as seguintes informações:
a) o órgão emissor;
109
b) a qualificação da pessoa com a moléstia;
c) o diagnóstico da moléstia (descrição; CID-10; elementos que o fundamentaram; a data em
que a pessoa física é considerada com a moléstia grave, nos casos de constatação da existência
da doença em período anterior à emissão do laudo);
d) o nome completo, a assinatura, o nº de inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM),
o nº de registro no órgão público, e a qualificação do(s) profissional(is) responsável(is) pela emissão
do laudo pericial no serviço médico oficial.
3) não é mais necessário informar o prazo de validade do laudo pericial quando a moléstia é passível
de controle por força do Parecer PGFN/CRJ/Nº 701/2016 e do Ato Declaratório PGFN nº 5, de 3 de
maio de 2016.
(Lei nº 9250, de 26 de dezembro de 1995, art 30; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 6º, incisos II, III, §§ 4º e 5º; Solução de Consulta Interna Cosit nº 11, de 28 de
junho de 2012; Parecer PGFN/CRJ/Nº 701/2016; e Ato Declaratório PGFN nº 5, de 3 de maio de
2016)
Retorno ao sumário
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 12-A; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 6º, incisos II, III, §§ 4º e 5º)
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso XIV; e Ato Declaratório PGFN nº 1, de 12
de março de 2018)
Retorno ao sumário
110
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso V; Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990,
art. 28; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso III, alínea “c”, aprovado
pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Parecer Normativo Cosit nº 1, de 8 de agosto
de 1995)
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso V; Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990,
art. 28; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso III, alínea “c”, aprovado
pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Solução de Consulta Cosit nº 240, de 19 de
agosto de 2019)
(Lei nº 9.468, de 10 de julho de 1997, art. 14; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018,
art. 35, inciso III, alínea “b”, § 8º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e
Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 62, inciso I)
Retorno ao sumário
111
No entanto, exclui-se da incidência o valor do resgate das contribuições, cujo ônus tenha sido da pessoa física,
recebido por ocasião de seu desligamento do plano de benefícios da entidade de previdência complementar,
que corresponder às parcelas de contribuições efetuadas no período de 01/01/1989 a 31/12/1995.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 33; e Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, arts. 36, inciso XIV, e arts. 690 a 693, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de
novembro de 2018)
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(Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art. 10; e Solução de Consulta Interna Cosit nº 12, de
15 de maio de 2013).
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POOL HOTELEIRO
239 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos recebidos pela pessoa física em decorrência
da locação de unidade imobiliária em sistema denominado de pool hoteleiro?
(Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, arts. 991 a 996; e Ato Declaratório
Interpretativo SRF nº 14, de 4 de maio de 2004)
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(Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, art. 60; e Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 158, § 2º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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Em regra geral, esses valores são tributáveis na fonte e na Declaração de Ajuste Anual.
São isentos, entretanto, os rendimentos pagos pela previdência oficial da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios, ainda que pagos pelo empregador por força de convênios com órgãos
previdenciários, e pelas entidades de previdência complementar, decorrentes de seguro-desemprego, auxílio-
natalidade, auxílio-doença, auxílio-funeral e auxílio-acidente.
Atenção:
Para declarar as verbas alcançadas pelos Atos Declaratórios acima citados, a pessoa física deverá
informá-las no campo “outros” da ficha “rendimentos isentos e não tributáveis”, com especificação
da natureza do rendimento.
(Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, art. 48; Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, art. 19;
Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso II, alínea “k”, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Parecer PGFN/PGA/Nº 2683/2008, de 28 de
novembro de 2008, item 9; Parecer PGFN/CRJ/Nº 2118/2011, de 10 de novembro de 2011, Parecer
PGFN/CRJ Nº 2271/2013, de 6 de dezembro de 2013; Solução de Consulta Cosit nº 102, de 7 de
abril de 2014; e Solução de Consulta Cosit nº 152, de 26 de setembro de 2018)
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113
RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE (RRA)
RRA CORRESPONDENTES AO ANO-CALENDÁRIO EM CURSO
242 — Como são tributados os rendimentos recebidos acumuladamente em 2021 e correspondentes
a esse mesmo ano-calendário?
Desde o ano-calendário de 1989, por força da edição do art. 12 da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988,
os rendimentos recebidos acumuladamente, independente do período a que correspondiam, eram tributáveis
no mês de seu recebimento na fonte e na Declaração de Ajuste Anual, utilizando-se da tabela progressiva
vigente no momento do pagamento (Regime de Caixa).
No entanto, essa norma foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do que decorreu
sua revogação e alterações legislativas nos arts. 12-A e 12-B desse ato normativo, trazidas pelas Medidas
Provisórias nºs 497, de 27 de julho de 2010, convertida na Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010, e 670,
de 10 de março de 2015, convertida na Lei nº 13.149, de 21 de julho de 2015. Entendeu a Corte Suprema
pela aplicação da tabela progressiva mensal vigente à época de referência do pagamento dos rendimentos,
quando estes se referirem a anos-calendário anteriores ao do recebimento efetivo (Regime de Competência).
Assim sendo, os rendimentos recebidos acumuladamente, quando correspondentes ao ano-calendário em
curso, no caso 2021, continuam tributados no mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos,
diminuído apenas do valor das despesas com ação judicial necessárias à sua percepção, inclusive honorários
de advogados, se tiverem sido suportadas pelo contribuinte.
Ressalta-se que se a percepção da renda ou provento acumulado, quando correspondentes ao ano-calendário
em curso, se der em cumprimento de decisão da Justiça Federal ou Trabalhista, cabível será a aplicação da
retenção na fonte segundo os arts. 27 e 28 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 49, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; Lei º 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 12-B; Instrução Normativa
RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 44; e Instrução Normativa nº 1.558, de 31 de março
de 2015)
Retorno ao sumário
Atenção:
Nos termos do Parecer SEI nº 10167/2021/ME (tese em repercussão geral – Tema 808 – RE nº
855.091/RS) não incide imposto sobre a renda em relação aos juros de mora devidos pelo atraso
no pagamento de remuneração por exercício de emprego, cargo ou função.
Não se aplica a retenção na fonte no percentual de 3%, de que trata o art. 27 da Lei nº 10.833, de
29 de dezembro de 2003, a rendimento recebido acumuladamente relativo a ano-calendário anterior
decorrente do cumprimento de decisão de Justiça Federal e pago mediante precatório ou requisição
de pequeno valor.
O imposto será retido, pela pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento ou pela instituição
financeira depositária do crédito, e calculado sobre o montante dos rendimentos pagos, mediante a
utilização de tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se
114
referem os rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao
mês do recebimento ou crédito.
Do montante recebido poderão ser excluídas despesas, relativas aos rendimentos tributáveis, com ação
judicial necessária ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem
indenização; e deduzidas as seguintes despesas:
a) importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família,
quando em cumprimento de decisão judicial, de acordo homologado judicialmente ou de separação ou divórcio
consensual realizado por escritura pública; e
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
b) contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
A inclusão dos rendimentos recebidos acumuladamente e respectivos dados, na DAA, será feita mediante
acesso ao menu “fichas da declaração” no Programa IRPF e seleção da ficha “Rendimentos Recebidos
Acumuladamente”, para fins de preenchimento.
No caso de opção pela forma de tributação “Ajuste Anual”, à opção irretratável do contribuinte, os valores
relativos aos RRA integrarão a base de cálculo do Imposto sobre a Renda na DAA do ano-calendário do
recebimento. Nesse caso, o imposto decorrente da tributação na fonte efetuada durante o ano-calendário pela
fonte pagadora é considerado antecipação do imposto devido apurado na referida DAA.
Deve marcar essa opção o contribuinte cuja tributação dos RRA na fonte ocorreu:
a) de forma exclusiva e ele quer alterar a forma de tributação para ajuste anual; e
b) pelo ajuste anual e ele quer confirmar a opção por essa forma de tributação.
O contribuinte somente pode alterar a forma de tributação dos rendimentos recebidos acumuladamente para
ajuste anual até 29/04/2021.
Atenção:
Na hipótese em que a pessoa responsável pela retenção não a tenha feito em conformidade com
o disposto no Capítulo VII da Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, ou que
tenha promovido retenção indevida ou a maior, a pessoa beneficiária poderá alterar a forma de
tributação dos rendimentos recebidos acumuladamente para exclusiva ainda que após a data de
29/04/2022.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 12-A; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, arts. 36 a 42; Parecer PGFN/CAT nº 815/2010; Nota PGFN/CRJ nº 981/2015;
Nota PGFN/CRJ nº 1.040/2015; Solução de Consulta Cosit nº 201, de 14 de junho de 2019;
Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 48 e 702 a 706, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Parecer SEI nº 101672021/ME).
Retorno ao sumário
115
RRA CORRESPONDENTES A ANOS-CALENDÁRIO ANTERIORES AO DO RECEBIMENTO –
CONTRIBUINTE COM 65 ANOS OU MAIS
244 — Os rendimentos recebidos acumuladamente relativos a aposentadoria, pensão, transferência
para a reserva remunerada ou reforma pagos pela Previdência Social da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios ou por qualquer pessoa jurídica de direito público interno, ou
ainda, por entidade de previdência complementar, estão sujeitos à isenção prevista no inciso XV do
art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988?
O benefício da isenção limita-se apenas aos rendimentos sujeitos à tabela progressiva mensal e ao ajuste na
Declaração de Ajuste Anual. Dessa forma, esse benefício somente será aplicado no caso de o contribuinte
optar por incluir o total desses rendimentos na base de cálculo do imposto sobre a renda na Declaração de
Ajuste Anual do ano-calendário do recebimento, isto é, se optar pela forma de tributação “Ajuste Anual” na
Ficha “Rendimentos Tributáveis de Pessoa Jurídica Recebidos Acumuladamente pelo Titular”.
Ressalte-se que a referida isenção está limitada a R$ 1.903,98 por mês, no ano-calendário de 2021, a partir
do mês em que o contribuinte completar 65 anos.
(Solução de Consulta Cosit nº 337, de 15 de dezembro de 2014; e Solução de Consulta Cosit nº
206, de 24 de junho de 2019)
Atenção:
I - No caso de rendimentos recebidos acumuladamente provenientes de diferenças salariais,
verificar as orientações contidas na pergunta 223 e, em especial, o conteúdo a respeito da
tributação de rendimentos recebidos acumuladamente, constante das perguntas 242 e 243;
II - Não se beneficiam da isenção os valores relativos a proventos de aposentadoria, pagos
acumuladamente ao espólio ou diretamente aos herdeiros (mediante alvará judicial), ainda que a
pessoa falecida tivesse alguma moléstia grave no período a que se referem os rendimentos.
(Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional - CTN, art. 144; Regulamento
do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 34, parágrafo único, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 12-A; Instrução Normativa
SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, art. 14; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro
de 2014, art. 48; e Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 26, de 26 de dezembro de 2003)
116
RRA - CESSÃO DE PRECATÓRIO
246 — Qual é o tratamento tributário na cessão de direito de precatório referente a rendimentos
recebidos acumuladamente?
A Fazenda Pública por ocasião do pagamento do precatório ao cessionário deve efetuar o cálculo do imposto
com base na tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se referem os
rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do recebimento
ou crédito, nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro 1988.
Tanto o cedente quanto o cessionário de créditos referentes a Rendimentos Recebidos Acumuladamente
(RRA) a que se refere a referida legislação, devem apurar o ganho de capital e submetê-lo à incidência do
imposto sobre a renda.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 162, § 1º, incisos II e III, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
Retorno ao sumário
117
NÃO EQUIPARAÇÃO A EMPRESA INDIVIDUAL
249 — Quais as atividades exercidas por pessoas físicas que não a equiparam a empresa individual?
Não se caracterizam como empresa individual, ainda que, por exigência legal ou contratual, encontrem-se
cadastradas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica ou que tenham seus atos constitutivos registrados em
Cartório ou Junta Comercial, entre outras:
a) a pessoa física que, individualmente, exerça profissões ou explore atividades sem vínculo empregatício,
prestando tais serviços profissionais, mesmo quando possua estabelecimento em que desenvolva suas
atividades e empregue auxiliares (Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 162, § 2º, inciso
I, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018, Parecer Normativo CST nº 38, de 1975);
b) a pessoa física que explore, individualmente, contratos de empreitada unicamente de mão de obra, sem o
concurso de profissionais qualificados ou especializados (Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, art. 162, § 2º, inciso VI, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Parecer
Normativo CST nº 25, de 1976);
c) a pessoa física receptora de apostas da Loteria Esportiva e da Loteria de números (Quina, Lotofácil,
Lotomania, Mega-Sena etc.) credenciada pela Caixa Econômica Federal, ainda que, para atender exigência
do órgão credenciador, esteja registrada como pessoa jurídica, e desde que não explore, no mesmo local,
outra atividade comercial (Ato Declaratório Normativo Cosit nº 24, de 14 de setembro de 1999);
d) representante comercial que exerça exclusivamente a mediação para a realização de negócios mercantis,
como definido pelo art. 1º da Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, uma vez que não os tenham praticado
por conta própria (Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 162, § 2º, inciso III, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018, c/c o Ato Declaratório Normativo CST nº 25, de 1989);
e) a pessoa física que, individualmente, exerça as profissões ou explorem atividades consoante os termos do
art. 162, § 2º, incisos IV, V e VII, do Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018, como por exemplo: serventuários de justiça, tabeliães,
corretores, leiloeiros, despachantes, artistas e outros;
f) pessoa física que faz o serviço de transporte de carga ou de passageiros em veículo próprio ou locado,
mesmo que ocorra a contratação de empregados, como ajudantes ou auxiliares (Regulamento do Imposto
sobre a Renda – RIR/2018, art. 39, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018). Caso haja
a contratação de profissional para dirigir o veículo, descaracteriza-se a exploração individual da atividade,
ficando a pessoa física, que desta forma passa a explorar atividade econômica como firma individual,
equiparada a pessoa jurídica.
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118
Atenção:
Os condomínios na propriedade de imóveis não são considerados sociedades de fato, ainda que
deles também façam parte pessoas jurídicas. Assim, a cada condômino, pessoa física, serão
aplicados os critérios de caracterização da empresa individual e demais dispositivos legais, como
se ele fosse o único titular da operação imobiliária, nos limites da sua participação (Regulamento
do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 167, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro
de 2018).
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 162, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018)
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119
ESCRITOR QUE ARCA COM OS ENCARGOS DE IMPRESSÃO
254 — Como são tributados os rendimentos recebidos por escritor que assume os encargos da
publicação e venda de livros de sua autoria?
1 - Se tais atividades não forem exercidas com habitualidade, os rendimentos decorrentes da venda efetuada
a pessoas físicas sujeitam-se ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) e na declaração. Tratando-se
de venda a pessoa jurídica, sujeitam-se à retenção na fonte e na declaração.
2 - Se houver habitualidade, o autor é considerado empresa individual equiparada a pessoa jurídica e seus
ganhos são tributados nessa condição.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 162, § 1º, inciso II, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 162, § 1º, inciso II, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 162, § 1º, inciso II, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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120
CARNÊ-LEÃO
CARNÊ-LEÃO — RECOLHIMENTO
258 — Quem está sujeito ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão)?
Sujeita-se ao recolhimento mensal obrigatório a pessoa física residente no Brasil que receber:
1 - rendimentos de outras pessoas físicas que não tenham sido tributados na fonte no Brasil, tais como
decorrentes de arrendamento, subarrendamento, locação e sublocação de móveis ou imóveis, e os
decorrentes do trabalho não assalariado, assim compreendidas todas as espécies de remuneração por
serviços ou trabalhos prestados sem vínculo empregatício;
2 - rendimentos ou quaisquer outros valores recebidos de fontes do exterior, tais como, trabalho assalariado
ou não assalariado, uso, exploração ou ocupação de bens móveis ou imóveis, transferidos ou não para o
Brasil, lucros e dividendos. Deve-se observar o disposto nos acordos, convenções e tratados internacionais
firmados entre o Brasil e o país de origem dos rendimentos;
3 - emolumentos e custas dos serventuários da Justiça, como tabeliães, notários, oficiais públicos e demais
servidores, independentemente de a fonte pagadora ser pessoa física ou jurídica, exceto quando forem
remunerados exclusivamente pelos cofres públicos;
4 - importâncias em dinheiro a título de pensão alimentícia, em face das normas do Direito de Família, quando
em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, inclusive alimentos provisionais;
5 - rendimentos recebidos por residentes no Brasil que prestem serviços a embaixadas, repartições
consulares, missões diplomáticas ou técnicas ou a organismos internacionais de que o Brasil faça parte;
6 - rendimento de transporte de carga e de serviços com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e
assemelhados, considerando-se tributável, no mínimo, 10% do rendimento bruto, a partir de 1º de janeiro de
2013, conforme previsão contida no art. 18 da Lei nº 12.794, de 2 de abril de 2013, que alterou o disposto no
inciso I do art. 9º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988; e
7 - rendimento de transporte de passageiros, considerando-se tributável 60%, no mínimo, do rendimento bruto.
Atenção:
Os médicos, odontólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, advogados,
psicólogos, corretores e administradores de imóveis deverão informar na Ficha Rendimentos
Tributáveis Recebidos de Pessoa Física/Exterior da Declaração de Ajuste Anual (DAA) o número
de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do titular do pagamento e do beneficiário dos
serviços por eles prestados, bem como o valor dos referidos serviços.
Caso o contribuinte tenha preenchido o programa multiplataforma Recolhimento Mensal Obrigatório
(Carnê-Leão) relativo ao Imposto sobre a Renda da Pessoa Física com esses dados, poderá
importá-los por meio da DAA.
Os rendimentos em moeda estrangeira devem ser convertidos em dólares dos Estados Unidos da
América, pelo seu valor fixado pela autoridade monetária do país de origem dos rendimentos na
data do recebimento e, em seguida, em reais mediante utilização do valor do dólar fixado para
compra pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao
do recebimento do rendimento.
Não se sujeitam ao carnê-leão os rendimentos tributados como Ganho de Capital (moeda
estrangeira) na forma da Instrução Normativa SRF nº 118, de 28 de dezembro de 2000.
Os rendimentos sujeitos ao carnê-leão estão também sujeitos ao ajuste anual na Declaração de
Ajuste Anual, e o imposto pago será considerado antecipação do apurado nessa declaração.
As importâncias descontadas em folha a título de pensão alimentícia em face das normas do direito
de família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente,
inclusive a prestação de alimentos provisionais, não estão sujeitas à retenção na fonte, devendo o
beneficiário da pensão efetuar o recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão), se for o caso.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 118 a 121 e art. 123, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro
de 2014, arts. 24, § 4º, 53 e 54; Instrução Normativa RFB nº 1.531, de 19 de dezembro de 2014)
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121
CARNÊ-LEÃO — CÁLCULO
259 — Como se calcula o recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão)?
O imposto relativo ao carnê-leão é calculado mediante a aplicação da tabela progressiva mensal, vigente no
mês do recebimento do rendimento, sobre o total recebido no mês, devendo ser recolhido até o último dia útil
do mês subsequente ao do recebimento do rendimento, com o código 0190.
Na determinação da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto, quando não utilizados para fins
de retenção na fonte, podem ser deduzidos, observados os limites e condições fixados na legislação
pertinente:
I - as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família,
quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, inclusive a prestação de
alimentos provisionais, ou de escritura pública a que se refere o art. 733 da Lei nº 13.105, de 16 de março de
2015 - Código de Processo Civil;
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
A tributação incide sobre o valor total recebido no mês, independentemente de os valores unitários recebidos
serem inferiores ao limite mensal de isenção.
Nos casos de contratos de arrendamento, subarrendamento, locação e sublocação entre pessoas físicas, com
preço e pagamento estipulados para períodos superiores a um mês ou com recebimento acumulado,
antecipado ou não, o rendimento é computado integralmente, para efeito de determinação do cálculo do
imposto, no mês do efetivo recebimento. Se o bem produtor dos rendimentos for possuído em condomínio,
cada condômino deve considerar apenas o valor que lhe couber mensalmente para efeito de apurar a base
de cálculo sujeita à incidência da tabela progressiva mensal.
Havendo mais de um recebimento no mês, ainda que abaixo do limite da primeira faixa da tabela, e locação
por período menor que um mês, somar-se-ão os rendimentos para apuração do imposto.
122
Atenção:
O imposto pago no país de origem dos rendimentos pode ser compensado no mês do pagamento
com o imposto relativo ao carnê-leão e com o apurado na Declaração de Ajuste Anual, até o valor
correspondente à diferença entre o imposto calculado com a inclusão dos rendimentos de fontes
no exterior e o imposto calculado sem a inclusão desses rendimentos, observado os acordos,
tratados e convenções internacionais firmados pelo Brasil ou a existência de reciprocidade de
tratamento;
Se o pagamento do imposto no país de origem dos rendimentos ocorrer em ano-calendário posterior
ao do recebimento do rendimento, a pessoa física pode compensá-lo com o imposto relativo ao
carnê-leão do mês do seu efetivo pagamento e com o apurado na Declaração de Ajuste Anual do
ano-calendário do pagamento do imposto, observado o limite de compensação de que trata o
parágrafo anterior relativamente à Declaração de Ajuste Anual do ano-calendário do recebimento
do rendimento;
Caso o imposto pago no exterior seja maior do que o imposto relativo ao carnê-leão no mês do
pagamento, a diferença pode ser compensada nos meses subsequentes até dezembro do ano-
calendário e na Declaração de Ajuste Anual, observado o limite de que trata o primeiro parágrafo
deste Atenção.
(Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, arts. 1º e 3º; Lei nº 12.024, de 27 de agosto de 2009, art. 3º;
Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 121, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 53 a
57 e 65; Solução de Consulta Interna Cosit nº 3, de 8 de fevereiro de 2012; e Solução de Consulta
Interna Cosit nº 6, de 25 de maio de 2015)
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Consulte as perguntas 122, 129, 131, 132, 133, 134, 163 e 259
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Atenção:
Os rendimentos recebidos decorrentes de ganho de capital e renda variável não estão sujeitos ao
recolhimento por meio do carnê-leão e do recolhimento complementar.
123
(Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, art. 7º; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, arts. 53 a 57 e 67)
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Atenção:
No caso de recolhimento de carnê-leão dentro do prazo legal, em que foi preenchido no Darf, por
engano, o código 0246, o contribuinte pode solicitar sua retificação por meio de Redarf.
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ARRAS
265 — O valor do sinal ou arras recebido em virtude de rescisão de contrato é tributável?
"As arras ou sinal constituem a importância em dinheiro ou a coisa dada por um contratante ao outro, com o
escopo de firmar a presunção de acordo final e tornar obrigatório o ajuste; ou ainda, excepcionalmente, com
o propósito de assegurar, para cada um dos contratantes, o direito de arrependimento." (Enciclopédia Saraiva
do Direito, SP, Saraiva, 1978, V. 8, p. 19).
No caso de desistência do negócio por parte do promissário comprador, este perde o sinal dado que está
sujeito ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão), se recebido de pessoa física, ou à retenção na fonte,
se pagos por pessoa jurídica e, em ambos os casos, também ao ajuste na declaração anual, por parte do
promitente vendedor.
No caso de arrependimento por parte do promitente vendedor, este deve restituir ao promissário comprador o
sinal recebido, mais o equivalente. O valor correspondente ao sinal original não sofre incidência de imposto
sobre a renda, porém o valor recebido a maior (inclusive correção monetária e juros) é tributado no carnê-
leão.
Exemplo:
O promissário comprador Válter pagou a Gábor, promitente vendedor, a importância de R$ 20.000,00 como
sinal pela aquisição de imóvel. Válter, promissário comprador, arrependeu-se do negócio antes da escritura
definitiva, perdendo para Gábor o sinal pago. O promitente vendedor, Gábor, deve tributar o valor do sinal
recebido (R$ 20.000,00) como carnê-leão.
124
Tomando-se por base o exemplo acima, considere que a desistência do negócio tenha sido feita pelo
promitente vendedor, Gábor. Nesse novo exemplo, em atendimento aos termos do art. 418 do Código Civil,
Gábor deve devolver o sinal recebido de Válter mais o equivalente, isto é, R$ 40.000,00. O valor relativo ao
sinal devolvido (R$ 20.000,00) constitui para Válter, rendimento não tributável. Os restantes R$ 20.000,00
devem ser tributados como carnê-leão.
(Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, art. 418)
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Não. A Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, que reformulou o imposto sobre a renda da pessoa física,
em seu art. 3º, declara que "constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do trabalho ou da
combinação de ambos, os alimentos e pensões percebidos em dinheiro e demais proventos de qualquer
natureza, assim também entendidos os acréscimos patrimoniais não correspondentes aos rendimentos
declarados”. O art. 6º da citada Lei, com alterações posteriores, declara quais rendimentos estão isentos do
imposto sobre a renda, neles não estando incluída tal indenização.
Como a base de cálculo do imposto só pode ser fixada por meio de lei emanada do poder competente
(Constituição Federal, promulgada em 1988, art. 153, inciso III; e Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 –
Código Tributário Nacional – CTN, art. 97, inciso IV), entende-se que qualquer outra lei que não seja federal
não pode instituir ou alterar a base de cálculo do imposto sobre a renda.
Ademais, de acordo com o art. 4º combinado com o art. 109, ambos do CTN, são irrelevantes para qualificar
a natureza jurídica específica do tributo a denominação e as demais características formais adotadas pela lei
comum.
Assim, os referidos rendimentos estão sujeitos à incidência do imposto sobre a renda, tais como os recebidos
pelos magistrados, militares, prefeitos, vereadores, deputados, senadores.
Retorno ao sumário
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso V; Regulamento do Imposto sobre a Renda
- RIR/2018, art. 35, inciso III, alínea “c”, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de
2018; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 7º, inciso III; e Parecer
Normativo CST nº 179, de 1970)
Retorno ao sumário
125
LUCROS E DIVIDENDOS APURADOS NA ESCRITURAÇÃO EM 1993
268 — Como são tributados os lucros e dividendos apurados na escrituração comercial em 1993 e
distribuídos aos sócios em 2021 por pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real e
presumido?
Os rendimentos são isentos. No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido, a isenção
corresponde ao valor distribuído até o limite da base de cálculo do imposto deduzido do Imposto sobre a
Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).
Atenção:
Considera-se como custo, no caso de quotas e ações recebidas em bonificação por incorporação
de reservas ou lucros, a parcela correspondente ao lucro ou reserva capitalizado.
(Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, art. 75; Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, art.
20; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 8º, inciso I)
Retorno ao sumário
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, arts. 4º, inciso VI, alínea ‘i’e 8º, § 1º; Regulamento do
Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso II, alínea “a”, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 6º,
inciso I)
Retorno ao sumário
Em relação aos rendimentos tributáveis na Declaração de Ajuste Anual o contribuinte deve observar que:
1 – do valor mensal correspondente à soma dos proventos de aposentadoria ou pensão pagos por todas as
fontes pagadoras, somente é considerada isenta a parcela de R$ 1.903,98;
2 - na declaração de ajuste anual, somente deve ser informada como rendimento isento a soma dos valores
mensais isentos mencionados no item 1;
3 - compõe os rendimentos tributáveis na declaração de ajuste a diferença positiva entre o total dos proventos
de aposentadoria ou pensão recebidos no ano-calendário e o valor mencionado no item 2.
Atenção:
O beneficiário pode efetuar, no curso do ano-calendário no qual os rendimentos foram recebidos,
até o último dia útil do mês de dezembro, antecipação de imposto, mediante recolhimento
complementar, sob o código 0246.
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126
PENSÃO, APOSENTADORIA, RESERVA REMUNERADA OU REFORMA - 13º SALÁRIO
271 — Qual é a tributação do 13º salário, recebido a título de pensão e de proventos de
aposentadoria, reserva remunerada ou reforma, por contribuinte maior de 65 anos?
É tributada exclusivamente na fonte a gratificação natalina (13º salário) relativa a aposentadoria e pensão,
transferência para a reserva remunerada ou reforma paga pela Previdência Social da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios, por qualquer pessoa jurídica de direito público interno ou por entidades de
previdência complementar, no caso de contribuinte com idade igual ou superior a 65 anos.
A gratificação natalina (13º salário) deve ser integralmente tributada no mês da sua quitação, com base na
tabela progressiva do mês de dezembro, permitidas as seguintes deduções:
I - as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família,
quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, inclusive a prestação de
alimentos provisionais;
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 321,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
II – o valor de R$ 189,59, por dependente, para os meses de janeiro a dezembro do ano-calendário de 2021;
III - as contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios,
cujo ônus tenha sido do próprio contribuinte e desde que destinadas a seu próprio benefício;
IV - as contribuições para as entidades de previdência complementar domiciliadas no Brasil, destinadas a
custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social e para os Fundos de
Aposentadoria Programada Individual (Fapi), cujo ônus tenha sido do próprio contribuinte e desde que
destinadas a seu próprio benefício;
V - o valor de R$ 1.903,98, se a gratificação natalina tiver sido quitada no ano-calendário de 2021.
Atenção:
Caso o contribuinte receba 13º salário relativo a aposentadoria e pensão, transferência para a
reserva remunerada ou reforma de mais de uma fonte pagadora, a parcela isenta de cada fonte
pagadora, observado o limite do item V, deve ser informada como outros rendimentos isentos e não
tributáveis na Declaração de Ajuste Anual.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 4º; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 13 e 14; e Solução de Consulta Interna Cosit nº 5, de 28 de março de 2006)
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PENSIONISTA OU APOSENTADO MAIOR DE 65 ANOS - DEPENDENTE
272 — Pensionista ou aposentado pela previdência oficial ou complementar, maior de 65 anos,
dependente do declarante, perde direito à isenção de idade por ser dependente?
Não. O fato de o pensionista ou aposentado ser incluído como dependente não modifica a natureza do
rendimento, devendo, nesse caso, o declarante incluir os rendimentos recebidos a esse título.
Atenção:
Se o declarante for maior de 65 anos e tiver recebido rendimentos de aposentadoria ou pensão no
ano-calendário de 2021, estes também fazem jus à parcela isenta mensal de até R$ 1.903,98.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, XV; Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995,
art. 8º, § 1º; Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, arts. 1º e 2º; e Regulamento do Imposto sobre
a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso II, alínea “a”, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro
de 2018)
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127
COMPENSAÇÃO - ISENÇÃO - APOSENTADORIA
273 — Valor inferior à parcela isenta de rendimentos de aposentadoria de maior de 65 anos recebida
em determinado mês, pode ser compensada com valor superior à parcela isenta recebida em outro
mês?
Não. Caso em um determinado mês o contribuinte maior de 65 anos tenha recebido valor inferior à parcela
isenta e em outro mês valor superior, não pode compensar os valores recebidos para se beneficiar na
Declaração de Ajuste Anual, pois o limite de isenção, por mês, no ano-calendário de 2021 é de R$ 1.903,98
em cada mês do mesmo ano.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 4º, inciso VI, alínea ‘i’; e Regulamento do Imposto
sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso II, alínea “a”, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de
novembro de 2018)
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
1) Uma vez comprovada a “alienação mental”, a pessoa física portadora do mal de Alzheimer faz jus à isenção
do imposto sobre a renda incidente sobre os proventos de aposentadoria e pensão;
128
Para efeito de reconhecimento de isenção, a doença deve ser comprovada mediante laudo pericial emitido
por serviço médico oficial da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Sobre laudo pericial consultar as perguntas 228 e 229
(Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982, art. 4º-A; Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art.
6º, incisos XIV e XXI; Lei nº 12.190, de 13 de janeiro de 2010, arts. 1º e 2º; Lei nº 9.250, de 26 de
dezembro de 1995, art. 30; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso II,
alínea “b” e §§ 4º e 5º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 6º, incisos II e III, e §§ 4º e 5º; Solução de
Consulta Interna Cosit nº 11, de 28 de junho de 2012; Ato Declaratório PGFN nº 3, de 30 de março
de 2016; Ato Declaratório PGFN nº 5, de 3 de maio de 2016; Solução de Consulta Cosit nº 6, de 3
de janeiro de 2019; e Solução de Consulta Cosit nº 75, de 25 de junho de 2020)
Retorno ao sumário
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, incisos XIV e XXI; Lei nº 9.250, de 26 de dezembro
de 1995, art. 30; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso II, alíneas “b”
e “c”, e § 4º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa
RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 6º, incisos I, II e III, e §§ 4º e 5º; Ato Declaratório
Normativo Cosit nº 19, 25 de outubro de 2000; Solução de Consulta Interna Cosit nº 11, de 28 de
junho de 2012; e Solução de Consulta Cosit nº 75, de 25 de junho de 2020)
Retorno ao sumário
129
Entretanto, em decorrência da aprovação Parecer SEI Nº 110/2018/CRJ/PGACET/PGFN-MF, para os fins do
art. 19-A, caput e inciso III, da Lei n° 10.522, de 19 de julho de 2002, pelo Despacho nº 348/2020/PGFN-ME,
de 26/08/2020, que recomenda a não apresentação de contestação, a não interposição de recursos e a
desistência dos já interpostos, desde que inexista outro fundamento relevante, nas ações judiciais baseadas
no entendimento de que "por força do art. 6º, XIV, da Lei nº 7.713, de 1988, do art. 39, § 6º, do Decreto nº
3.000, de 1999, e do art. 6º, § 4º, III, da IN RFB nº 1.500, de 2014, a isenção de imposto de renda instituída
em benefício do portador de moléstia grave especificada na lei estende-se ao resgate das contribuições
vertidas a plano de previdência complementar.”
No transcurso do pagamento do benefício inexiste a possibilidade da ocorrência de resgate, nos termos
previstos nas normas previdenciárias em vigor.
A isenção não se aplica aos valores recebidos a título de pensão, inclusive complementações, quando o
beneficiário do rendimento for pessoa com moléstia profissional.
Para informações sobre laudo pericial consultar as perguntas 228 e 229
Atenção:
Para que a complementação de aposentadoria, reforma ou pensão, recebida de entidade de
previdência complementar, Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi) ou Programa
Gerador de Benefício Livre (PGBL) seja isenta é necessário estar aposentado pela Previdência
Oficial.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, incisos XIV e XXI; Lei nº 10.522, de 19 de julho
de 2002, art. 19-A, inciso III; Regulamento do Imposto sobre a Renda RIR/2018, art. 35, § 4º,
aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa RFB nº 1.500,
de 29 de outubro de 2014, art. 6º, §§ 4º e 5º; Parecer SEI Nº 110/2018/CRJ/PGACET/PGFN-MF,
aprovado pelo Despacho nº 348/2020/PGFN-ME, de 26 de agosto de 2020; Solução de Divergência
Cosit nº 10, de 14 de agosto de 2014; Solução de Consulta Cosit nº 356, de 17 de dezembro de
2014; e Solução de Consulta Cosit nº 138, de 8 de dezembro de 2020)
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(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, incisos XIV e XXI;; Ato Declaratório Cosit nº 35,
de 3 de outubro de 1995; e Solução de Consulta Cosit nº 234, de 16 de agosto de 2019)
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BOLSA DE ESTUDOS
279 — São isentos do imposto sobre a renda os rendimentos recebidos a título de bolsa de estudos?
Sim, desde que caracterize doação, ou seja, quando recebidos exclusivamente para proceder a estudo ou
pesquisa e o resultado dessas atividades não represente vantagem para o doador e não caracterize
contraprestação de serviços.
Os rendimentos isentos recebidos a título de bolsa de estudos não justificam acréscimo patrimonial.
Atenção:
Não caracterizam contraprestação de serviços nem vantagem para o doador, para efeito desta
isenção, as bolsas de estudo recebidas pelos médicos residentes, nem as bolsas recebidas pelos
servidores das redes públicas de educação profissional, científica e tecnológica que participem das
atividades do Pronatec. Também recebem o mesmo tratamento os rendimentos relativos às bolsas
de estímulo à inovação de que trata a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 26; Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, art.
9º, § 4º; Regulamento do Imposto sobre a Renda RIR/2018, art. 35, inciso VII, alínea “a”, aprovado
pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 11, inciso I e § 5º)
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130
PDV DE APOSENTADO
280 — Qual é o tratamento tributário aplicável ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) recebido
por empregado já aposentado pela previdência oficial ou que possua o tempo necessário para
requerer a aposentadoria?
As verbas especiais indenizatórias recebidas a título de adesão a PDV não se sujeitam à incidência do imposto
sobre a renda na fonte nem na Declaração de Ajuste Anual, independentemente de o funcionário já estar
aposentado pela previdência oficial, ou possuir o tempo necessário para requerer a aposentadoria pela
previdência oficial ou complementar.
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Atenção:
Os valores pagos a anistiados políticos a título de indenização, em prestação única ou em prestação
mensal, permanente e continuada, inclusive aposentadorias, pensões ou proventos de qualquer
natureza, são isentos do Imposto sobre a Renda nos termos do disposto no parágrafo único do art.
9º da Lei nº 10.559, de 13 de novembro de 2002, e Decreto nº 4.897, de 25 de novembro de 2003.
(Lei nº 9.140, de 4 de dezembro de 1995, arts. 10 e 11; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 35, inciso III, alínea “f”, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018;
e Ato Declaratório SRF nº 22, de 30 de abril de 1997)
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INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
282 — A indenização de transporte paga a servidor público da União é tributável?
Não. O valor da indenização de transporte a que se referem os arts. 60 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro
de 1990, e 1º, inciso III, alínea "b", da Lei nº 8.852, de 4 de fevereiro de 1994, é rendimento isento.
(Lei nº 9.003, de 16 de março de 1995, art. 7º; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018,
art. 35, inciso I, alínea “e”, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 5º, IV)
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Atenção:
Os adiantamentos de recursos para atender às despesas de viagens e estadas, quando sujeitos a
posterior prestação de contas, não se enquadram como diárias; entretanto, não compõem o
rendimento bruto do servidor, desde que devidamente comprovados, o deslocamento e as
despesas efetuadas, conforme acima exposto.
A indenização para execução de trabalhos de campo não guarda relação alguma com os institutos
da diária ou ajuda de custo, portanto sujeita-se à tributação pelo imposto sobre a renda na fonte e
na Declaração de Ajuste Anual.
Ajuda de custo: conceituam-se ajuda de custo, para fins do disposto no art. 6º, inciso XX, da Lei nº 7.713, de
22 de dezembro de 1988, os valores pagos em caráter indenizatório, destinados a ressarcir os gastos com
transporte, frete e locomoção do beneficiado e seus familiares, em caso de remoção de um município para
outro ou para o exterior.
A efetiva remoção está sujeita à comprovação posterior pelo beneficiário, a qualquer momento, por meio de
documentos emitidos pelo empregador.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, incisos II e XX; Regulamento do Imposto sobre
a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso I, alíneas “f” e “h”, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de
novembro de 2018; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 5º, incisos VI
e VII; Parecer Normativo CST nº 10, de 17 de agosto de 1992; Parecer Normativo Cosit nº 1, de 17
de março de 1994; Solução de Consulta Interna Cosit nº 7, de 17 de maio de 2012; e Solução de
Consulta Cosit nº 73, de 31 de dezembro de 2013 )
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(Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 14; Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art.
6º, inciso XXII e parágrafo único; Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009, art. 6º; e Regulamento do
Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 35, inciso VII, alínea ‘h’ e § 14, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018).
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132
INDENIZAÇÃO POR ATO ILÍCITO
286 — Os rendimentos correspondentes a indenizações reparatórias em decorrência de ato ilícito
são tributáveis?
Os prejuízos físicos ou materiais, em consequência de ato ilícito praticado por terceiros, são indenizáveis na
forma da lei civil. Essas indenizações têm por finalidade repor o patrimônio danificado ou destruído, bem como
substituir os rendimentos não percebidos em decorrência da perda do bem, de invalidez temporária,
permanente ou de morte.
As indenizações por ato ilícito podem ser:
1 - indenizações por bem material danificado ou destruído, denominadas "danos emergentes". São valores
que visam exclusivamente a repor o bem destruído ou a reparar o bem danificado, até o limite fixado em
condenação judicial. Não sofrem incidência do imposto sobre a renda;
2 - indenização reparatória por invalidez ou morte — o pagamento dessa indenização pode ocorrer das
seguintes maneiras:
a) quantia paga periodicamente, cujo total é indeterminável previamente (desconhecido o termo final da
obrigação), caracteriza-se como pensão civil por ato ilícito, também denominada "lucros cessantes". Sob essa
designação, o empregado postula os salários que deixa de perceber; o profissional liberal, os honorários; a
pessoa jurídica, os lucros; o locador, o aluguel; o aplicador, os rendimentos do título (correção monetária,
deságios, juros e outros). Tem por finalidade substituir os rendimentos que a vítima deixou de perceber em
razão da invalidez ou morte. Tais valores devem ser oferecidos à tributação, no mês do seu recebimento e na
declaração. Podem ser deduzidas as despesas judiciais ou extrajudiciais suportadas pelo contribuinte ou por
seu beneficiário para a obtenção dos rendimentos pagos acumuladamente, desde que não ressarcidas;
b) quantia certa paga de uma vez ou dividida em um número certo de parcelas — referindo-se ao
ressarcimento dos danos anteriormente causados e guardando com eles equivalência — caracteriza-se como
indenização. Esses valores não sofrem incidência do imposto sobre a renda.
Na hipótese do item 2, as quantias recebidas para cobrir despesas médico-hospitalares necessárias ao
restabelecimento da vítima, inclusive próteses de qualquer espécie, estão fora do campo de incidência do
imposto sobre a renda.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso III, alínea “h”, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro
de 2014, art. 7º, inciso VIII; e Ato Declaratório Normativo Cosit nº 20, de 1989)
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133
DESCONTO NO RESGATE ANTECIPADO DE NOTAS PROMISSÓRIAS
290 — O valor do desconto obtido pelo resgate antecipado de notas promissórias é tributável?
Esse valor não implica aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica para a pessoa física beneficiária.
Trata-se, em última análise, de simples redução do preço anteriormente contratado, sem corresponder,
portanto, a um acréscimo patrimonial. Assim, o valor do desconto não constitui rendimento e, por conseguinte,
não está sujeito à incidência do imposto sobre a renda. Caso se caracterize perdão de dívida, em troca de
serviços prestados, tal importância constitui rendimento tributável.
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134
IMPOSTO SOBRE A RENDA INCIDENTE NA FONTE
RETENÇÃO DE IR SOBRE PAGAMENTOS DE CONDOMÍNIO
294 — O condomínio edilício deve efetuar a retenção sobre os pagamentos efetuados a
empregados?
Sim. Embora não se caracterize como pessoa jurídica, o condomínio é responsável pela retenção e
recolhimento do imposto sobre a renda incidente na fonte, quando se enquadrar como empregador, em face
da legislação trabalhista e previdenciária, devendo reter o imposto sobre os rendimentos pagos aos seus
empregados.
(Ato Declaratório Normativo CST nº 29, de 25 de junho de 1986; e Regulamento do Imposto sobre
a Renda - RIR/2018, art. 681, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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VALE-BRINDE
297 — Como é tributada a distribuição de vale-brinde?
O vale-brinde constitui uma modalidade de distribuição de prêmio que consiste na colocação de pequenos
impressos (vales), dentro de determinado produto ou em seu envoltório, numerados em ordem crescente, a
partir de 1 (um), para distribuição gratuita de prêmios, como meio de propaganda.
O vale-brinde difere do sorteio e do concurso, também modalidades de distribuição gratuitas de prêmios, que
têm as seguintes definições:
Sorteio - modalidade onde são confeccionados cupons numerados que são entregues pelas empresas aos
clientes que, conforme os resultados de extração de alguma das loterias de números do governo ou de
qualquer extração permitida pela legislação, alguém é sorteado e contemplado com um prêmio, encerrando,
assim, a promoção;
Concurso - modalidade em que se visa premiar as habilidades dos participantes, tais como a inteligência, a
memória, a destreza esportiva etc., ou os predicados, como a beleza, a elegância etc.
Como o art. 63 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, abrange somente a distribuição de prêmios por
sorteio e por concurso, depreende-se que seu conteúdo não alcança a distribuição por vale-brinde,
modalidade distinta daquelas, não sofrendo, portanto, tributação.
135
(Decreto nº 70.951, de 9 de agosto de 1972; e Ato Declaratório Normativo Cosit nº 7, de 13 de
janeiro de 1997)
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 754, inciso IV, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; e Solução de Consulta Cosit nº 656, de 27 de dezembro de
2017)
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(Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010, art. 60; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018,
art. 753, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB
nº 1.645, de 30 de maio de 2016, art. 2º)
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(Lei nº 13.315, de 20 de julho de 2016, art. 2º, inciso I; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 754, inciso V, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução
Normativa RFB nº 1.645, de 30 de maio de 2016, art. 4º, inciso I e parágrafo único; e Solução de
Consulta Cosit nº 123, de 13 de setembro de 2021)
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136
REMESSA AO EXTERIOR – ENTIDADE ESTRANGEIRA SEM FINS LUCRATIVOS
301 — São tributáveis os valores pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos a empresa
domiciliada no exterior, qualificada como instituição educacional ou de assistência social
desprovida de finalidade lucrativa em seus pais de domicílio?
A isenção ou imunidade concedida pela legislação brasileira às pessoas físicas residentes no Brasil não se
estendem, automaticamente, aos residentes no exterior. Excetuam-se da incidência apenas os casos
expressamente previstos em legislação própria ou ainda os constantes de tratados e convenções
internacionais.
Assim, ainda que a Constituição da República Federativa do Brasil vede a instituição de impostos sobre
patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei, pagamentos realizados a empresa estrangeira qualificada como instituição
educacional ou de assistência social desprovida de finalidade lucrativa em seu país de origem, não estão,
automaticamente, abrangidos pela imunidade constitucional.
Portanto, é importante destacar que ao fazer pagamentos a essas empresas, a pessoa física pode estar
obrigada a efetuar a retenção do imposto sobre a renda, nos termos da legislação vigente.
(Constituição Federal de 1988, art. 150, inciso VI, alínea “c”; Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966
– Código Tributário Nacional, art. 98; Lei nº 13.315, de 20 de julho de 2016, art. 2º, inciso I; Instrução
Normativa RFB nº 1.645, de 30 de maio de 2016, art. 4º, inciso I, e parágrafo único; e Solução de
Consulta Cosit nº 123, de 13 de setembro de 2021)
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(Lei nº 13.315, de 20 de julho de 2016, art. 2º, inciso II; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 754, inciso VI, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e
Instrução Normativa RFB nº 1.645, de 30 de maio de 2016, art. 4º, inciso II)
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 744, caput e § 1º, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Solução de Consulta Cosit nº 309, de 26 de dezembro de
2018)
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137
REMESSAS EFETUADAS POR NÃO RESIDENTE NO BRASIL
305 — São tributáveis os rendimentos, os ganhos de capital e os demais proventos pagos,
creditados, entregues, empregados ou remetidos, por não residente no Brasil, a pessoa física ou
jurídica residente ou domiciliada no exterior?
Sim. O ponto crucial da questão está na situação da fonte dos rendimentos, ganhos de capital e demais
proventos. Assim, a pessoa física não residente no Brasil que efetue remessa de rendimentos para o exterior
a partir do Brasil é considerada fonte pagadora situada no Brasil, e por isso é sujeito passivo responsável pela
retenção do IRRF, apesar de não ser considerada contribuinte. A incidência e alíquota de IRRF dependerão
das regras de tributação aplicáveis ao beneficiário da remessa e à natureza do pagamento, inclusive
considerando-se eventual isenção.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 744, caput, e 775, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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138
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 732, inciso I, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; e Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, art. 56)
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PRÊMIOS EM DINHEIRO
308 — Como são tributados os prêmios em dinheiro, distribuídos por loterias, concursos ou
sorteios?
Os lucros decorrentes de prêmios em dinheiro obtidos em loterias, concursos desportivos em geral (exceto os
de amortização e resgate das ações das sociedades anônimas), os prêmios em concursos de prognósticos
desportivos e a distribuição, mediante sorteio, de benefícios aos aplicadores em títulos de capitalização, nos
casos em que não há amortização antecipada dos referidos títulos, são tributados exclusivamente na fonte à
alíquota de 30%.
Os benefícios líquidos pagos aos aplicadores em títulos de capitalização, mediante sorteio, nos casos em que
há amortização antecipada dos referidos títulos, sujeitam-se à incidência do imposto sobre a renda
exclusivamente na fonte à alíquota de 25%.
No caso de concursos, quando não se tratar de concursos de prognósticos desportivos e concursos
desportivos em geral, o imposto sobre a renda incide na fonte, calculado de acordo com a tabela progressiva
mensal, a título de antecipação do devido na Declaração de Ajuste Anual (DAA);
Na hipótese da ocorrência de concursos artísticos, desportivos, científicos, literários ou a outros títulos
assemelhados, com distribuição de prêmios efetuada por pessoa jurídica a pessoa física, quando houver
vinculação quanto à avaliação do desempenho dos participantes, hipótese na qual tais prêmios assumem o
aspecto de remuneração do trabalho, independentemente se distribuídos em dinheiro ou sob a forma de bens
e serviços, o imposto sobre a renda incide na fonte, calculado de acordo com a tabela progressiva mensal, a
título de antecipação do devido na Declaração de Ajuste Anual (DAA).
(Lei nº 4.506, 30 de novembro de 1964, art. 14; Decreto-lei nº 1.493, de 7 de dezembro de 1976,
art. 10; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 732, incisos I e II, e 736, incisos
I e II de seu § único, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Parecer
Normativo CST nº 173, de 26 de setembro de 1974; e Decisão Cosit nº 2, de 2000; Parecer Cosit
nº 30, de 28 de setembro de 2001)
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 732 e 786, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; e Ato Declaratório Cosar nº 47, de 27 de novembro de 2000)
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(Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art. 9º, § 2º; e Regulamento do Imposto sobre a Renda
- RIR/2018, art. 726, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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139
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO RECEBIDO ACUMULADAMENTE
311 — Como se tributa o décimo terceiro salário recebido acumuladamente com rendimentos de
outra natureza?
Há que ser observado o conteúdo a respeito da tributação de rendimentos recebidos acumuladamente,
constante da pergunta 243.
Atenção:
O Ato Declaratório PGFN nº 2, de 10 de março de 2016, revogou o Ato Declaratório PGFN nº 1, de
27 de março de 2009, que considerava que o cálculo do imposto sobre a renda incidente sobre
rendimentos pagos acumuladamente deveria ser realizado levando-se em consideração as tabelas
e alíquotas das épocas próprias a que se referiram tais rendimentos, devendo o cálculo ser mensal
e não global.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 12-A; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, arts. 36 a 42)
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 780, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 65)
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HONORÁRIO DE PERITO
314 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos pagos a título de honorário de perito?
O imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos pagos a título de honorário de perito, em processos
judiciais, deverá ser retido na fonte, pela pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento.
A retenção dar-se-á no momento em que o rendimento se torne disponível para o beneficiário.
O imposto incidirá sobre a importância total posta à disposição do perito quando do depósito judicial efetuado
para este fim.
140
As despesas necessárias à percepção da receita e à manutenção da fonte produtora, escrituradas e
relacionadas pelo perito em livro-caixa, inclusive com a contratação de outros profissionais sem vínculo
empregatício, desde que sejam comprovadas com documentação hábil e idônea, poderão ser deduzidas, para
fins de apuração da base de cálculo do imposto sobre a renda, no recolhimento mensal obrigatório (carnê-
leão), caso receba rendimentos sujeitos a essa forma de recolhimento, e na Declaração de Ajuste Anual.
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141
VENCIMENTO - IMPOSTO NÃO RETIDO
318 — Qual é a data de vencimento do imposto, cujo recolhimento é de responsabilidade do
beneficiário do rendimento, caso a decisão final confirme como devido o imposto em litígio?
Tratando-se de rendimento sujeito ao ajuste anual, considera-se vencido o imposto na data prevista para a
apresentação da declaração. No caso de rendimento sujeito à tributação exclusiva, considera-se vencido o
imposto no prazo originário previsto para o recolhimento do imposto que deveria ter sido retido.
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Atenção:
Apenas o depósito judicial ou administrativo tempestivo é que interrompe a multa e juros de mora.
(Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, art. 63, § 2º; e Parecer Normativo Cosit nº 1, de 24 de
setembro de 2002, itens 19.1 a 19.3)
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 786, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018)
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DEDUÇÕES – GERAL
DEDUÇÕES PERMITIDAS
321 — Quais as deduções permitidas na legislação para determinação da base de cálculo do imposto
sobre a renda?
1 - Na determinação da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto podem ser deduzidos
do rendimento tributável:
a) no caso de retenção na fonte:
• importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de
Família, quando em cumprimento de decisão judicial, inclusive a prestação de alimentos provisionais,
de acordo homologado judicialmente, ou por escritura pública a que se refere o art. 733 da Lei nº
13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil – a seguir transcrito (Lei nº 9.250, de 26
de dezembro de 1995, art. 4º, inciso II; e Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art.
709, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018);
142
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
• a quantia mensal, por dependente, de R$ 189,59, para os meses de janeiro a dezembro do ano-
calendário de 2021 (Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 4º, inciso III, “i”).
• as contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios
(Lei nº 9.250, de 1995, art. 4º, inciso IV; e Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art.
710, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018);
• as contribuições para as entidades de previdência complementar domiciliadas no Brasil, cujo ônus
tenha sido do contribuinte, destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da
Previdência Social, observadas as condições e limite estabelecidos no art. 11 da Lei nº 9.532, de 10
de dezembro de 1997 (Lei nº 9.250, de 1995, art. 4º, inciso V; e Regulamento do Imposto sobre a
Renda - RIR/2018, art. 710, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018);
Atenção:
Esta dedução aplica-se exclusivamente à base de cálculo relativa aos rendimentos abaixo,
assegurada, nos demais casos, a dedução dos valores pagos a esse título, por ocasião da apuração
da base de cálculo do imposto devido no ano-calendário (Lei nº 9.250, de 1995, art. 4º e parágrafo
único):
I – do trabalho com vínculo empregatício ou de administradores; e
II – proventos de aposentados e pensionistas, quando a fonte pagadora for responsável pelo
desconto e respectivo pagamento das contribuições previdenciárias.
• as contribuições aos Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), cujo ônus tenha sido do
contribuinte, destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da previdência
social, cujo titular ou cotista seja trabalhador com vínculo empregatício ou administrador, observadas
as condições e limite estabelecidos no art. 11 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, com a
redação dada pela Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, art. 13 (Instrução Normativa RFB nº 1.500,
de 29 de outubro de 2014, art. 52, inciso IV);
Atenção:
Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto das contribuições para as entidades
de previdência complementar e Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), os valores
pagos a esse título podem ser considerados para fins de dedução da base de cálculo sujeita ao
imposto mensal, desde que haja anuência da fonte pagadora e que o beneficiário lhe forneça o
original do comprovante de pagamento (Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de
2014, art. 52, § 1º).
Atenção:
As deduções relativas às contribuições para as entidades de previdência complementar de natureza
pública de que trata o § 15 do art. 40 da Constituição Federal, desde que limitadas à alíquota de
contribuição do ente público patrocinador, não se sujeitam ao limite conjunto de dedução de 12%
do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na
declaração de ajuste anual (Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 11, caput, e § 6º).
• o valor de R$ 1.903,98, por mês, para os meses de janeiro a dezembro do ano-calendário de 2021,
relativo à parcela isenta de aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou
reforma, paga pela previdência oficial, ou complementar, a partir do mês em que o contribuinte
completar 65 anos de idade (Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso XV);
143
b) no caso de recolhimento mensal (carnê-leão):
• as despesas escrituradas em livro-caixa, quando permitidas e comprovadas documentalmente
(Consulte a pergunta 410);
• importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de
Família, quando em cumprimento de decisão judicial, inclusive a prestação de alimentos provisionais,
de acordo homologado judicialmente ou por escritura pública a que se refere o art. 733 da Lei nº
13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil - quando não utilizadas como deduções
para fins de retenção na fonte (Lei nº 9.250, de 1995, art. 4º, inciso II; e Regulamento do Imposto
sobre a Renda - RIR/2018, art. 72, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018);
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
• a quantia mensal, por dependente, de R$ 189,59, para os meses de janeiro a dezembro do ano-
calendário de 2021, quando não utilizada essa dedução para fins de retenção na fonte (Lei nº 9.250,
de 26 de dezembro de 1995, art. 4º, inciso III, “h” e “i”; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 56);
• as contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, quando não utilizados como deduções para fins de retenção na fonte (Lei nº 9.250, de
1995, art. 4º, inciso IV; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 67, inciso I, aprovado
pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 56).
Atenção:
A comprovação da despesa médica deve ser realizada mediante documento fiscal ou outra
documentação hábil e idônea que contenha, no mínimo:
I – nome, endereço, número de inscrição no Cadastro de Pessas Físicas (CPF) ou CNPJ do
prestador do serviço;
II – a identificação do responsável pelo pagamento, bem como a do beneficiário caso seja pessoa
diversa daquela;
III – data de sua emissão; e
IV – assinatura do prestador de serviço, salvo na hipótese de emissão de documento fiscal.
Na falta de documentação, a comprovação poderá ser feita com a indicação de cheque nominativo
ao prestador do serviço. A juízo da autoridade lançadora ou julgadora, justificativas e outras
comprovações adicionais poderão ser solicitadas.
144
de acordo homologado judicialmente ou por escritura pública a que se refere o art. 733 da Lei nº
13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil;
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
• a contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 67, inciso I, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018);
• a contribuições para as entidades fechadas de previdência complementar de natureza pública de que
trata o § 15 do art. 40 da Constituição Federal, cujo ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a
custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social (Lei nº 9.250, de 1995,
art. 8º, inciso II, alínea “i”), observados os limites e condições do art. 11 da Lei nº 9.532, de 10 de
dezembro de 1997;
• a contribuições para as entidades de previdência complementar domiciliadas no País, desde que o
ônus tenha sido do próprio contribuinte, em beneficio deste ou de seu dependente, destinadas a
custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social, observadas as
condições e limite estabelecidos no art. 11 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, com a
redação dada pela Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, art. 13 (Regulamento do Imposto sobre a
Renda - RIR/2018, art. 67, inciso II, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e
Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 61);
• a contribuições aos Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), desde que o ônus tenha
sido do próprio contribuinte, em beneficio deste ou de seu dependente, observadas as condições e
limite estabelecidos no art. 11 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, com a redação dada pela
Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, art. 13 (Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018,
art. 75, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Medida Provisória nº 2.158–
35, de 24 de agosto de 2001, art. 61);
• ao somatório das parcelas isentas mensais até o valor de R$ 1.903,98, nos meses de janeiro a
dezembro de 2021, relativas à aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou
reforma, pagas pela previdência oficial, ou complementar, a partir do mês em que o contribuinte
completar 65 anos (Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso XV, alínea “i”;
Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 76, § 1º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018);
• ao limite anual de R$ 2.275,08 por dependente (Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º,
inciso II, “c”); e
• a despesas pagas com instrução do contribuinte, de alimentandos em virtude de decisão judicial, de
acordo homologado judicialmente ou de escritura pública a que se refere o art. 733 da Lei nº 13.105,
de 16 de março de 2015 – Código de Processo Civil, e de seus dependentes, observadas as
condições previstas na Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º, inciso II, “b”, até o limite
anual individual de R$ 3.561,50 (Lei nº 9.250, de 1995, art. 8º, inciso II, alínea ‘b’, item 10 e § 3º).
Atenção:
1 - Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto das contribuições para as entidades
de previdência complementar e Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), os valores
pagos a esse título podem ser considerados para fins de dedução da base de cálculo sujeita ao
imposto mensal, desde que haja anuência da fonte pagadora e que o beneficiário lhe forneça o
original do comprovante de pagamento.
2 - O somatório das contribuições a entidades de previdência complementar e aos Fundos de
Aposentadoria Programada Individual (Fapi) destinadas a custear benefícios complementares,
assemelhados aos da previdência oficial, cujo ônus tenha sido do participante, está limitado a 12%
do total dos rendimentos tributáveis computados na determinação da base de cálculo do imposto
devido na declaração. Consulte a pergunta 325.
3 - As deduções referentes às contribuições a entidades de previdência complementar e aos Fapi
destinadas a custear benefícios complementares, assemelhados aos da previdência oficial ficam
145
condicionadas ao recolhimento, também, de contribuições para o regime geral de previdência social
ou, quando for o caso, para o regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo
efetivo da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios.
4 – Excetuam-se da condição estabelecida no item 3 os beneficiários de aposentadoria ou pensão
concedidas por regime próprio de previdência ou pelo regime geral de previdência social, mantido,
entretanto, o limite de 12% do total dos rendimentos computados na determinação da base de
cálculo do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual.
5.1 – A dedução das contribuições para as entidades fechadas de previdência complementar de
natureza pública de que trata o § 15 do art. 40 da Constituição Federal, cujo ônus tenha sido do
contribuinte, limitada à alíquota de contribuição do ente público patrocinador, não se sujeita ao limite
previsto de 12% do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do
imposto devido na Declaração de Ajuste Anual.
5.2 – Por sua vez, o valor de contribuição excedente ao limite da aplicação da alíquota de
contribuição do ente público patrocinador, está sujeito ao limite de 12% dos rendimentos
computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na declaração de rendimentos
conjuntamente com eventuais contribuições a outros planos de previdência complementar.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, arts. 4º e 8º; Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997,
art. 11; Lei nº 13.043, de 13 de novembro de 2014, art. 85; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de
29 de outubro de 2014, arts. 52 a 56 e 87; e Solução de Consulta Interna Cosit nº 20, de 13 de
agosto de 2013)
Retorno ao sumário
Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
II – a quantia de R$ 189,59, por dependente, nos meses de janeiro a dezembro, do ano-calendário de 2021;
III - as contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios;
IV - as contribuições para as entidades de previdência complementar domiciliadas no Brasil, destinadas a
custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social e para os Fundos de
Aposentadoria Programada Individual (Fapi), cujo ônus tenha sido do próprio contribuinte e desde que
destinadas a seu próprio benefício, observadas as condições e limite estabelecidos no art. 11 da Lei nº 9.532,
de 10 de dezembro de 1997;
V – as contribuições para as entidades fechadas de previdência complementar de natureza pública de que
trata o § 15 do art. 40 da Constituição Federal, cujo ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear
benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social, observadas as condições e limites
estabelecidos no art. 11, caput e §§ 6º e 7º, da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997;
VI - o valor de R$ 1.903,98, nos meses de janeiro a dezembro, para o ano-calendário de 2021, relativo à
parcela isenta de aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, paga pela
146
previdência oficial, por pessoa jurídica de direito público interno ou por entidade de previdência complementar,
a partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos de idade.
Atenção:
O décimo terceiro salário é tributado exclusivamente na fonte, portanto, as deduções devem ser
correspondentes a esse rendimento e não podem ser utilizadas na Declaração de Ajuste Anual.
(Lei nº 8.134, de 27 de dezembro de 1990, art. 16, incisos III e IV; Lei nº 9.250, de 26 de fevereiro
de 1995, art. 4º, inciso III, alínea ‘i’; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 700,
incisos III e IV, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa
RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 13; e Solução de Consulta Interna Cosit nº 3, de 8 de
fevereiro de 2012)
Retorno ao sumário
DEDUÇÕES – PREVIDÊNCIA
CONTRIBUIÇÃO À PREVIDÊNCIA OFICIAL
323 — A contribuição à previdência oficial, descontada de rendimentos isentos do próprio
contribuinte ou por este recolhida na condição de contribuinte individual (autônomo), é dedutível na
Declaração de Ajuste Anual?
Sim, desde que o contribuinte tenha rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste na declaração anual.
Retorno ao sumário
Atenção:
1 - As deduções relativas às contribuições para entidades de previdência complementar e
sociedades seguradoras domiciliadas no País e destinadas a custear benefícios complementares
aos da Previdência Social, cujo ônus seja da própria pessoa física, ficam condicionadas ao
recolhimento, também, de contribuições para o regime geral de previdência social ou, quando for o
caso, para regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União,
dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, observada a contribuição mínima, e limitadas a
12% do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido
na Declaração de Ajuste Anual.
2 - O disposto no item 1 acima aplica-se, inclusive, às contribuições ao Fundo de Aposentadoria
Programada Individual (Fapi).
3.1 – A dedução das contribuições para as entidades fechadas de previdência complementar de
natureza pública de que trata o § 15 do art. 40 da Constituição Federal, cujo ônus tenha sido do
contribuinte, limitada à alíquota de contribuição do ente público patrocinador, não se sujeita ao limite
previsto de 12% do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do
imposto devido na Declaração de Ajuste Anual;
147
3.2 – Por sua vez, o valor de contribuição para a previdência complementar pública excedente ao
limite da aplicação da alíquota de contribuição do ente público patrocinador, está sujeito ao limite
de 12% dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na
declaração de rendimentos conjuntamente com eventuais contribuições a outros planos de
previdência complementar.
4 - Excetua-se da condição referida no item 1 acima o beneficiário de aposentadoria ou pensão
concedida por regime próprio de previdência ou pelo regime geral de previdência social, mantido,
entretanto, o limite de 12% do total dos rendimentos computados na determinação da base de
cálculo do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual.
5 - Se o titular ou quotista for dependente do declarante, para a dedução das contribuições aplicam-
se ao declarante a condição e o limite acima referidos no item 1.
6 - Na hipótese de dependente com mais de 16 anos, a dedução referida fica condicionada, ainda,
ao recolhimento, em seu nome, de contribuições para o regime geral de previdência social,
observada a contribuição mínima, ou, quando for o caso, para regime próprio de previdência social
dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos
municípios.
Exemplo 1:
José Maurício recebeu um total de rendimentos tributáveis de R$ 100.000,00 e o ente público patrocinador
efetuou contribuição para a entidade fechada de previdência complementar de natureza pública no valor de
R$ 8.000,00.
O contribuinte José Maurício efetuou as seguintes contribuições:
- para entidades de previdência complementar: R$ 7.000,00;
- para o Fapi: R$ 3.000,00;
- para a entidade fechada de previdência complementar de natureza pública: R$ 8.000,00
Como a contribuição do patrocinador foi igual à do contribuinte, toda a parcela de contribuição efetuada pelo
contribuinte à previdência complementar (R$ 8.000,00) é dedutível.
As demais contribuições somaram R$ 10.000,00 (R$ 7.000,00 + R$ 3.000,00), não atingindo o limite de 12%
e, portanto, são integralmente dedutíveis.
O contribuinte pode deduzir, portanto, o valor de R$ 18.000,00 (R$ 8.000,00 + R$ 7.000,00 + R$ 3.000,00).
Exemplo 2:
Regina recebeu um total de rendimentos tributáveis de R$ 100.000,00 e o ente público patrocinador efetuou
contribuição para a entidade fechada de previdência complementar de natureza pública no valor de
R$ 6.500,00.
A contribuinte Regina efetuou as seguintes contribuições:
- para entidades de previdência complementar: R$ 7.000,00;
- para o Fapi: R$ 3.000,00;
- para a entidade fechada de previdência complementar de natureza pública: R$ 7.500,00
A contribuição da participante limitada à do patrocinador (R$ 6.500,00) é dedutível. O valor excedente
(R$ 1.000,00) será somado às demais contribuições para a previdência complementar para verificação do
limite global de 12%:
R$ 11.000,00 (R$ 7.000,00 + R$ 3.000,00 + R$ 1.000,00) é menor do que 12% dos rendimentos tributáveis
(R$ 12.000,00), portanto, esse valor de R$ 11.000,00 poderá ser deduzido.
A contribuinte poderá deduzir, portanto, R$ 17.500,00 (R$ 6.500,00 + R$ 11.000,00).
Exemplo 3
Susanna recebeu um total de rendimentos tributáveis de R$ 100.000,00 e o ente público patrocinador efetuou
contribuição para a entidade fechada de previdência complementar de natureza pública no valor de
R$ 6.500,00.
A contribuinte Susanna efetuou as seguintes contribuições:
- para entidades de previdência complementar: R$ 9.000,00;
- para o Fapi: R$ 3.000,00;
- para a entidade fechada de previdência complementar de natureza pública: R$ 7.500,00
148
A contribuição da participante limitada à do patrocinador (R$ 6.500,00) é dedutível. O valor excedente
(R$ 1.000,00) será somado às demais contribuições para a previdência complementar para verificação do
limite global de 12%:
R$ 13.000,00 (R$ 9.000,00 + R$ 3.000,00 + R$ 1.000,00) é maior do que 12% dos rendimentos tributáveis
(R$ 12.000,00), portanto, somente parte desse valor (R$ 12.000,00) poderá ser deduzido.
A contribuinte poderá deduzir, portanto, R$ 18.500,00 (R$ 6.500,00 + R$ 12.000,00).
Exemplo 5
Clarice, servidora pública federal, no ano-calendário de 2021, efetuou mensalmente contribuições obrigatórias
ao Funpresp no valor de R$ 2.000,00. O ente patrocinador recolheu igual valor. Houve, também, recolhimento
no valor de R$ 2.000,00 relativo ao 13º, tanto pela servidora quanto pelo ente patrocinador. A servidora
efetuou, ainda, o recolhimento mensal de contribuição facultativa no valor de R$ 500,00. Em relação a essa
contribuição facultativa, não há recolhimento por parte do ente patrocinador.
Preenchimento na DAA em Pagamentos Efetuados, código 37:
Campo “Valor pago”: (R$ 2.000,00 x 12) + (R$ 500,00 x 12) = R$ 30.000,00
Campo “Contribuição do ente público patrocinador”: R$ 2.000,00 x 12 = R$ 24.000,00
(Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 11 e §§ 5º a 7º; Medida Provisória nº 2.158-35, de
24 de agosto de 2001, art. 61; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 67, aprovado
pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 588, de 21 de
dezembro de 2005, arts. 6º e 7º; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014,
art. 72, § 1º e arts. 86 e 88)
Retorno ao sumário
149
MONTEPIO CIVIL OU MILITAR
326 — As contribuições descontadas para o montepio civil ou militar são dedutíveis da base de
cálculo do imposto sobre a renda?
Sim. As contribuições, destinadas a custear benefícios complementares aos da previdência social, são
dedutíveis na determinação da base de cálculo para retenção mensal do imposto sobre a renda incidente na
fonte e na declaração de ajuste.
Atenção:
As contribuições às entidades de previdência complementar, aos Fundos de Aposentadoria
Programada Individual (Fapi) e as contribuições para as entidades fechadas de previdência
complementar de natureza pública de que trata o § 15 do art. 40 da Constituição Federal efetuadas
pelo contribuinte acima da alíquota da entidade patrocinadora, destinadas a custear benefícios
complementares, assemelhados aos da previdência oficial, cujo ônus tenha sido do participante,
em beneficio deste ou de seu dependente, estão limitadas a 12% do total dos rendimentos
computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na declaração de ajuste.
(Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 11; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 67, inciso II, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Medida
Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2.001, art. 61; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de
29 de outubro de 2014, art. 72, § 1º e arts. 87 e 88)
Retorno ao sumário
Sim, em se tratando de contribuição previdenciária oficial do próprio declarante, este pode deduzir na sua
declaração os valores pagos a esse título.
Retorno ao sumário
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 72, § 1º e arts. 87 e 88; Ato
Declaratório Normativo Cosit nº 9, de 1º de abril de 1999; e Medida Provisória nº 2.158-35, de 24
de agosto de 2001, art. 61)
Retorno ao sumário
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 4º, inciso V, art. 8º, inciso II, “e” e art. 33; Lei nº
11.053, de 21 de dezembro de 2004; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 67,
inciso II, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Ato Declaratório Normativo
Cosit nº 9, de 1º de abril de 1999; e Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art.
61)
Retorno ao sumário
DEDUÇÕES - DEPENDENTES
DEPENDENTES
330 — Quem pode ser dependente de acordo com a legislação tributária?
Podem ser dependentes, para efeito do imposto sobre a renda:
1 - companheiro(a) com quem o contribuinte tenha filho ou viva há mais de 5 anos, ou cônjuge;
2 - filho(a) ou enteado(a), até 21 anos de idade;
3 – filho(a) ou enteado(a) com deficiência, de qualquer idade, quando a sua remuneração não exceder as
deduções autorizadas por lei (tendo em vista a decisão do Supremo Tribunal Federal – STF, na Ação Direta
de Inconstitucionalidade nº 5.583/DF);
4 - filho(a) ou enteado(a), se ainda estiverem cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica
de segundo grau, até 24 anos de idade;
5 - irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, de quem o contribuinte detenha a guarda judicial, até
21 anos, ou em qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho;
6 - irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, com idade de 21 anos até 24 anos, se ainda estiver
cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau, desde que o contribuinte
tenha detido sua guarda judicial até os 21 anos;
7 - Irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a) com deficiência, sem arrimo dos pais, do(a) qual o contribuinte detém a
guarda judicial, em qualquer idade, quando a sua remuneração não exceder as deduções autorizadas por lei
(tendo em vista a decisão do Supremo Tribunal Federal – STF, na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
5.583/DF);
8 - pais, avós e bisavós que, em 2021, tenham recebido rendimentos, tributáveis ou não, até R$ 22.847,76;
9 - menor pobre até 21 anos que o contribuinte crie e eduque e de quem detenha a guarda judicial;
10 – pessoa absolutamente incapaz, da qual o contribuinte seja tutor ou curador.
Atenção:
A inclusão na declaração de um dependente que receba rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste
anual, de qualquer valor, obriga a que sejam incluídos tais rendimentos na Declaração de Ajuste
Anual do declarante. No caso de dependentes comuns e declaração em separado, cada declarante
pode deduzir os valores relativos a qualquer dos dependentes comuns, desde que nenhum deles
conste simultaneamente na declaração do outro declarante.
É obrigatória a inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de pessoa, de qualquer idade, que
conste como dependente em Declaração de Ajuste Anual.
Filho de pais separados:
• o contribuinte pode considerar como dependentes os filhos que ficarem sob sua guarda, em
cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente. Nesse caso, deve oferecer
à tributação, na sua declaração os rendimentos recebidos pelos filhos, inclusive a importância
recebida do ex-cônjuge a título de pensão alimentícia;
• havendo guarda compartilhada, cada filho(a) pode ser considerado como dependente de apenas
um dos pais;
• o filho somente pode constar como dependente na declaração daquele que detém a sua guarda
judicial. Se o filho declarar em separado, não pode constar como dependente na declaração do
responsável;
151
• o responsável pelo pagamento da pensão alimentícia pode deduzir o valor efetivamente pago a
esse título, sendo vedada a dedução do valor correspondente ao dependente, exceto no caso de
separação judicial ocorrida em 2021, quando podem ser deduzidos, nesse ano, os valores relativos
a dependente e a pensão alimentícia judicial paga.
Relação homoafetiva:
O contribuinte pode incluir o companheiro, abrangendo também as relações homoafetivas, como
dependente para efeito de dedução do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, desde que tenha
vida em comum por mais de 5 (cinco) anos, ou por período menor se da união resultou filho.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 90, § 8º e Parecer PGFN/CAT
nº 1.503, de 19 de julho de 2010, aprovado pelo Ministro de Estado da Fazenda em 26 de julho de
2010)
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 35; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 71, § 1º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 90; e Instrução Normativa RFB nº 1.548,
de 13 de fevereiro de 2015, art. 3º, inciso III, com a redação dada pela Instrução Normativa RFB nº
1.760, de 16 de novembro de 2017)
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152
DEPENDENTE PRÓPRIO, DECLARADO PELO OUTRO CÔNJUGE
335 — Para efeito de dedução, os dependentes próprios de um dos cônjuges ou companheiros
podem ser considerados na declaração do outro cônjuge ou companheiro?
Não. O contribuinte pode efetuar apenas as deduções correspondentes a seus dependentes próprios.
Assim, somente se um cônjuge ou companheiro apresentar declaração em conjunto onde estejam sendo
tributados rendimentos de ambos os cônjuges ou companheiros, seus dependentes próprios podem ser
incluídos na declaração apresentada em nome do outro cônjuge ou companheiro. Contudo, se o cônjuge ou
companheiro apresentar declaração em separado, os seus dependentes próprios só podem constar em sua
declaração de rendimentos.
Ressalte-se que os rendimentos dos dependentes também devem ser informados na declaração.
Exemplo:
Vani e Aristóteles são casados, possuem uma filha de 10 anos chamada Cristiane. A mãe de Vani chama-se
Terezinha e tem rendimentos mensais de um salário mínimo.
a) se Vani e Aristóteles apresentarem declaração em conjunto, Terezinha e Cristiane poderão constar como
dependentes (nessa hipótese, observar a obrigatoriedade de se informar, na declaração, a renda anual de
Terezinha);
b) se Vani e Aristóteles apresentarem declaração em separado:
b.1) Terezinha só poderá constar como dependente na declaração de Vani; e
b.2) Cristiane poderá constar como dependente na declaração de Vani ou na de Aristóteles, mas não nas
duas simultaneamente.
Atenção:
Na ficha Pagamentos Efetuados, da Declaração de Ajuste Anual, devem ser
selecionados/informados o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)
de todos os beneficiários da pensão e o valor total pago no ano, ainda que tenha sido descontado
pelo seu empregador em nome de apenas um dos beneficiários.
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153
DEPENDENTE - FALECIMENTO NO ANO-CALENDÁRIO
338 — Pode ser considerado dependente o filho que nasce e morre no ano-calendário, cônjuge e
outros dependentes que faleçam durante o ano-calendário?
Sim. É admissível a dedução pelo valor total anual da dedução de dependente.
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(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 35, III, § 1º; Regulamento do Imposto sobre a Renda
- RIR/2018, art. 71, §§ 1º, inciso III, e 2º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de
2018; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 90; e Solução de Consulta
Cosit nº 204, de 5 de agosto de 2015)
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CRÉDITO EDUCATIVO
341 — Pessoa que passe a receber o crédito educativo pode ser considerada dependente?
O fato de o dependente receber crédito educativo (Programa de Financiamento Estudantil – FIES, por
exemplo) não descaracteriza a condição de dependência. Se o beneficiado preencher as condições legais
pode ser considerado dependente para fins de dedução.
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O simples recebimento de herança ou doação não acarreta a perda da qualidade de dependente, observados
os requisitos legais. Os bens ou direitos devem ser incluídos na declaração do responsável. O valor
correspondente deve ser informado como rendimento isento e não tributável e os rendimentos produzidos por
esses bens ou direitos são tributados na declaração do responsável.
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154
NORA — GENRO
343 — Casal sem rendimentos próprios sustentado pelos pais de um deles pode ser considerado
dependente?
Apenas o filho ou filha, ainda que casados ou conviventes, podem ser dependentes dos pais desde que se
enquadrem em uma das condições de dependência elencadas na resposta à pergunta 330.
Caso o filho ou filha, considerados dependentes na declaração dos pais, estejam declarando em conjunto com
estes, seu cônjuge ou convivente, desde que não esteja declarando em separado, também pode ser
dependente na mesma declaração.
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SOGRO (A)
345 — A sogra ou sogro podem ser considerados dependentes na declaração do genro ou nora?
De acordo com a Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 35, os pais podem ser considerados
dependentes na declaração dos filhos, desde que não aufiram rendimentos, tributáveis ou não, superiores ao
limite de isenção anual (R$ 22.847,76).
O sogro ou a sogra não podem ser dependentes, salvo se seu filho ou filha estiver declarando em conjunto
com o genro ou a nora, e desde que o sogro ou a sogra não aufiram rendimentos, tributáveis ou não, superiores
ao limite de isenção anual (R$ 22.847,76), nem estejam declarando em separado.
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MENOR EMANCIPADO
346 — Menor de 21 anos que se emancipe pode ainda figurar como dependente dos pais ou
responsáveis?
A emancipação transforma o menor em plenamente capaz para todos os atos da vida civil (Lei nº 10.406, de
10 de janeiro de 2002 - Código Civil, art. 9º, inciso II). Em princípio, o emancipado deve declarar em separado,
com o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) próprio. Entretanto, se o emancipado ainda
se enquadrar nas condições que autorizem a dependência para fins de imposto sobre a renda, pode figurar
como tal na declaração de um dos pais.
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Atenção:
As despesas com instrução e as despesas médicas pagas pelo alimentante, em nome do
alimentando, em razão de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente ou por escritura
pública, a que se refere o art. 733 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo
Civil, podem ser deduzidas somente na declaração de rendimentos, em seus campos próprios,
observado o limite anual relativo às despesas com instrução (R$ 3.561,50).
Na ficha Pagamentos Efetuados da Declaração de Ajuste Anual, devem ser
selecionados/informados o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)
de todos os beneficiários da pensão e o valor total pago no ano, mesmo que tenha sido descontado
pelo empregador em nome de apenas um dos beneficiários.
O contribuinte que paga pensão não pode incluir o filho como dependente, observada a resposta à
pergunta 336.
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, arts. 4º, inciso II, e 8º, inciso II, alínea “f”; Lei nº 9.307,
de 23 de setembro de 1996, arts 1º e 31; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art.
72, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa RFB nº
1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 17, § 6º, art. 39, inciso I e parágrafo único e art. 52, inciso I e
§ 2º; e Solução de Consulta Interna Cosit nº 3, de 8 de fevereiro de 2012)
Consulte a pergunta 350
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156
PAGAMENTOS EM SENTENÇA JUDICIAL QUE EXCEDAM A PENSÃO ALIMENTÍCIA
350 — São dedutíveis os pagamentos estipulados em sentença judicial que excedam a pensão
alimentícia?
Somente é dedutível a título de pensão o valor pago como pensão alimentícia.
As quantias pagas decorrentes de sentença judicial para cobertura de despesas médicas e com instrução,
destacadas da pensão, são dedutíveis sob a forma de despesas médicas e despesas com instrução dos
alimentandos, desde que obedecidos os requisitos e limites legais.
Os demais valores estipulados na sentença, tais como aluguéis, condomínio, transporte, previdência
complementar, não são dedutíveis.
Atenção:
Idêntico tratamento pode ser aplicado quando tais valores forem pagos em decorrência de acordo
homologado judicialmente ou de escritura pública de separação e divórcio consensual.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º, § 3º; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 72, §§ 4º e 5º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e
Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 91, § 3º)
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Atenção:
No exemplo que consta da Solução de Consulta Cosit nº 354, de 2014, observar que:
- o valor de R$ 18.319,40 equivale a R$ 18.835,31 – (3 x R$ 171,97), considerando haver 3
dependentes;
- R$ 171,97 era o valor de dedução por dependente para o ano-calendário de 2013 (o do exemplo).
(Solução de Consulta Cosit nº 354, de 17 de dezembro de 2014)
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 700, inciso IV, 707 e 709, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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157
PENSÃO PAGA POR LIBERALIDADE
353 — As pensões pagas por liberalidade, ou seja, sem decisão judicial, acordo homologado
judicialmente ou em decorrência de escritura pública são dedutíveis?
As pensões pagas por liberalidade não são dedutíveis por falta de previsão legal.
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Atenção:
Para efeitos da aplicação da referida dedução, observe-se que:
1) as importâncias pagas relativas ao suprimento de alimentos, em face do Direito de Família, serão
aquelas em dinheiro e somente a título de prestação de alimentos provisionais ou a título de pensão
alimentícia;
2) tratando-se de sociedade conjugal, a dedução somente se aplica, quando o provimento de
alimentos for decorrente da dissolução daquela sociedade;
3) o beneficiário da pensão não necessita se enquadrar nas condições descritas na pergunta 330,
que trata de dedução de dependentes;
4) não alcança o provimento de alimentos decorrente de sentença arbitral, de que trata a Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996.
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158
No caso de despesas com aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias, exige-se a comprovação
com receituário médico ou odontológico e nota fiscal em nome do beneficiário.
Consideram-se também despesas médicas ou de hospitalização:
• os pagamentos efetuados a empresas domiciliadas no Brasil destinados à cobertura de despesas
com hospitalização, médicas e odontológicas, bem como a entidades que assegurem direito de
atendimento ou ressarcimento de despesas da mesma natureza;
• as despesas de instrução de deficiente físico ou mental, desde que a deficiência seja atestada em
laudo médico e o pagamento efetuado a entidades destinadas a deficientes físicos ou mentais.
• os pagamentos a operadora de plano de saúde ou a administradora de benefícios que cubram as
despesas ou assegurem o direito a atendimento:
1) domiciliar dos serviços de saúde previstos na alínea “a” do inciso II do art. 8º da Lei nº 9.250, de
26 de dezembro de 1995;
2) pré-hospitalar de urgência, desde que prestado por meio de UTI móvel, instalada em ambulância
de suporte avançado (tipo “D”) ou em aeronave de suporte médico (tipo “E”); ou
3) pré-hospitalar de emergência, realizado por meio de UTI móvel, instalada em ambulância tipo “A”,
“B”, “C” ou “F”, quando necessariamente conte com a presença de um profissional médico e
possua em seu interior equipamentos que possibilitem oferecer ao paciente suporte avançado de
vida.
A dedução dessas despesas é condicionada a que os pagamentos sejam especificados, informados na ficha
Pagamentos Efetuados da Declaração de Ajuste Anual, e comprovados com documentos originais que
indiquem, no mínimo, nome, endereço e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de quem prestou o serviço, a identificação do responsável pelo
pagamento, bem como do beneficiário caso seja pessoa diversa daquela, data de sua emissão, e assinatura
do prestador de serviço, caso não seja documento fiscal.
Admite-se que, na falta de documentação, a comprovação possa ser feita com a indicação do cheque
nominativo com o qual foi efetuado o pagamento ao prestador de serviço. Conforme previsto no art. 66 do
RIR/2018, a juízo da autoridade fiscal, todas as deduções estarão sujeitas à comprovação ou justificação, e,
portanto, poderão ser exigidos outros elementos necessários à comprovação da despesa médica.
As despesas médicas ou de hospitalização realizadas no exterior também são dedutíveis, desde que
devidamente comprovadas com documentação idônea. Os pagamentos efetuados em moeda estrangeira
devem ser convertidos em dólares dos Estados Unidos da América, pelo seu valor fixado pela autoridade
monetária do país no qual as despesas foram realizadas, na data do pagamento e, em seguida, em reais
mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América, fixado para venda pelo Banco Central
do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do pagamento.
Atenção:
Não são dedutíveis as despesas referentes a acompanhante, inclusive de quarto particular utilizado
por este.
Despesas de internação em estabelecimento geriátrico são dedutíveis a título de hospitalização
apenas se o referido estabelecimento se enquadrar nas normas relativas a estabelecimentos
hospitalares editadas pelo Ministério da Saúde e tiver a licença de funcionamento aprovada pelas
autoridades competentes (municipais, estaduais ou federais).
Não são admitidas as deduções de despesas médicas ou de hospitalização que estejam cobertas
por apólices de seguro ou quando ressarcidas, por qualquer forma ou meio, por entidades de
qualquer espécie, nacionais ou estrangeiras.
São dedutíveis da base de cálculo do IRPF as despesas médicas comprovadas independentemente
da especialidade, inclusive as relativas à realização de cirurgia plástica, reparadora ou não, com a
finalidade de prevenir, manter ou recuperar a saúde, física ou mental, do paciente.
As despesas com prótese de silicone não são dedutíveis, exceto quando o valor dela integrar a
conta emitida pelo estabelecimento hospitalar relativamente a uma despesa médica dedutível.
As despesas com instrumentador cirúrgico somente poderão ser deduzidas quando o valor integrar
a conta emitida pelo estabelecimento hospitalar, relativamente a uma despesa médica dedutível.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, arts. 5º, § 2º, e 8º, inciso II, "a", e § 2º; Regulamento do
Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 73, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de
2018; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 16, § 4º; Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 94 a 100; Solução de Consulta Cosit nº
173, de 3 de julho de 2015; e Solução de Consulta Cosit nº 207, de 16 de novembro de 2018)
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159
DESPESAS MÉDICAS DEDUTÍVEIS - DOCUMENTO COMPROBATORIO
357 — Como deve ser comprovada a despesa médica dedutível?
As despesas médicas devem ser especificadas e comprovadas mediante documentação hábil e idônea.
Na hipótese de o comprovante de pagamento do serviço médico prestado ter sido emitido em nome do
contribuinte sem a especificação do beneficiário do serviço, pode-se presumir que esse foi o próprio
contribuinte, exceto quando, a juízo da autoridade fiscal, forem constatados razoáveis indícios de
irregularidades.
No caso de o serviço médico ter sido prestado a dependente do contribuinte, sem a especificação do
beneficiário do serviço no comprovante, essa informação poderá ser prestada por outros meios de prova,
inclusive por declaração do profissional ou da empresa emissora do referido documento comprobatório.
Consulte a pergunta 356
(Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil - CPC, art. 369; Lei nº 9.250, de
26 de dezembro de 1995, art. 8º, inciso II, alínea “a” e § 2º, Regulamento do Imposto sobre a Renda
– RIR/2018, art. 73, § 1º, incisos II e III, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de
2018; Solução de Consulta Interna Cosit nº 23, de 30 de agosto de 2013; e Solução de Consulta
Cosit nº 161, de 27 de setembro de 2021)
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EXAME DE DNA
358 — Os gastos com exame de DNA para investigação de paternidade são dedutíveis como despesa
médica na Declaração de Ajuste Anual?
Não. O exame de DNA para investigação de paternidade não é considerado despesa médica para fins
tributários.
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(Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), art. 111; Regulamento
do Imposto Sobre a Renda - RIR/2018, art. 73, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro
de 2018; Parecer Normativo CST nº 36, de 30 de maio de 1977, itens 3 e 4; e Solução de
Divergência Cosit nº 16, de 27 de setembro de 2012.
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160
MARCAPASSO
362 — Marcapasso é dedutível?
Sim, desde que o seu valor esteja incluído na conta hospitalar ou na conta emitida pelo profissional.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 94, § 10, inciso I)
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PARAFUSOS E PLACAS
363 — São considerados dedutíveis os gastos com parafusos e placas nas cirurgias ortopédicas ou
odontológicas?
Sim, contanto que integrem a conta emitida pelo estabelecimento hospitalar ou pelo profissional.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 94, § 10, inciso II)
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PRÓTESE DENTÁRIA
364 — Quais os gastos que se enquadram no conceito de prótese dentária?
Enquadram-se no conceito de prótese dentária os aparelhos que substituem dentes, tais como dentaduras,
coroas e pontes.
Retorno ao sumário
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 94, § 10, inciso IV)
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LENTE INTRAOCULAR
3667 — O gasto com colocação de lente intraocular em cirurgia de catarata pode ser considerado
como despesa médica?
Sim, é considerada despesa médica a cirurgia para a colocação de lente intraocular. O valor referente à lente
é dedutível se integrar a conta emitida pelo profissional ou estabelecimento hospitalar.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 94, § 10, inciso III)
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161
TESTES PARA COVID-19
368 — Os testes para a detecção da Covid-19 são dedutíveis na Declaração de Ajuste Anual?
Sim, desde que feitos em laboratórios de análises clínicas, hospitais e clínicas, no Brasil ou no Exterior. Não
é dedutível, entretanto, a despesa com testes para a detecção da Covid-19 feitos em farmácias.
Para regras de conversão, na hipótese de teste realizado no exterior, consulte a pergunta 163.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 5º, § 2º, art. 8º, inciso II, alínea “a”)
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SEGURO-SAÚDE
371 — Há limite para dedução dos pagamentos efetuados pelo contribuinte a instituições que
oferecem cobertura de despesas médico-hospitalares, comumente denominadas de seguro-saúde?
Não. Pode ser deduzido o total dos valores das prestações mensais pagas para participação em planos de
saúde que assegurem direitos de atendimento ou ressarcimento de despesas de natureza médica,
odontológica ou hospitalar, operados por empresas domiciliadas no Brasil, em benefício próprio ou de seus
dependentes relacionados na Declaração de Ajuste Anual.
Essa dedução pode ser usufruída pelo contribuinte pessoa física, quer o contrato de prestação de planos de
saúde seja efetuado diretamente entre o participante e a empresa prestadora ou entre esta e a empresa
empregadora do participante, desde que os pagamentos sejam desembolsados pelo contribuinte.
A dedução a esse título é condicionada a que os pagamentos sejam especificados, para titular e cada
dependente, informados na ficha Pagamentos Efetuados da Declaração de Ajuste Anual, e, quando
requisitados, comprovados com documentação contendo o nome, o endereço e o número de inscrição no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa, podendo, na sua falta, ser feita indicação do
cheque nominativo com que se efetuou o pagamento.
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162
DESPESAS MÉDICAS - RESSARCIMENTO
372 — Empregados que tenham despesas médicas pagas pelos empregadores e sofram desconto
parcelado dessas despesas em seus salários podem deduzir os valores descontados?
Os desembolsos relativos a despesa médica ou dentária ocorridos no ano podem ser deduzidos pelo
contribuinte que suporta o encargo, desde que os descontos venham devidamente discriminados no
documento da fonte pagadora.
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DESPESAS MÉDICAS - REEMBOLSO EM ANO-CALENDÁRIO POSTERIOR
374 — Como declarar o reembolso de despesa médica recebido em ano-calendário posterior ao de
sua dedução?
O reembolso deve ser informado na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoas Jurídicas” da
Declaração de Ajuste Anual correspondente ao ano-calendário de seu recebimento.
Na hipótese de a despesa médica ter sido referente a um dependente, há que se observar o seguinte:
a) se o dependente constava, nessa condição, na Declaração de Ajuste Anual (DAA) do contribuinte no ano
da despesa e também no ano-calendário posterior, deduz integral no ano-calendário da despesa, e oferece à
tributação o valor reembolsado na DAA seguinte;
b) se o dependente constava, nessa condição, na DAA do contribuinte no ano da despesa, mas já não consta
como dependente na DAA relativa ao ano-calendário posterior (o do reembolso), cabe ao contribuinte oferecer
o valor reembolsado à tributação, pois foi ele quem pagou a despesa e se beneficiou da dedução (integral),
apenas sendo deslocado no tempo, o valor do reembolso;
c) é irrelevante o fato de o dependente para fins do imposto sobre a renda deixar de ser, no ano-calendário
posterior, dependente do contribuinte para fins do seu plano de saúde.
Exemplo:
Andréa (titular) paga despesa médica de seu filho, Gabriel, em 12.2020 no valor de R$ 500,00. O plano de
saúde reembolsa o valor de R$ 200,00 somente em 01.2021.
Na DAA de 2021/2020, Andreia pode deduzir o valor integral da despesa médica (R$ 500,00), pois não ocorreu
reembolso no ano de 2020.
Na DAA de 2022/2021, Andreia, mesmo que Gabriel não seja mais dependente dele nessa DAA,
deverá oferecer à tributação o valor de R$ 200,00.(Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, arts. 33 e 34, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 94, § 5º)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 73, § 3º, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art.
95)
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163
MEDICAMENTOS
376 — Os gastos com medicamentos, inclusive vacinas, podem ser deduzidos como despesas
médicas?
Não, a não ser que integrem a conta emitida pelo estabelecimento hospitalar.
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164
Para os fins aqui tratados, a entidade familiar compreende todos os ascendentes e descendentes do
declarante, bem como as demais pessoas físicas consideradas seus dependentes perante a legislação
tributária.
A comprovação do ônus financeiro deve ser feita mediante documentação hábil e idônea, tais como contrato
de prestação de serviço ou declaração do plano de saúde e comprovante da transferência de recursos ao
titular do plano.
Aplica-se o conceito de entidade familiar tanto aos valores pagos a empresas operadoras de planos de saúde,
destinados a cobrir planos de saúde, como às despesas pagas diretamente aos profissionais ou prestadores
de serviços de saúde, bem assim aos pagamentos de despesas com instrução, do contribuinte e de seus
dependentes.
Exemplo:
Cristóvão, casado com Samyra, possui dois filhos: Humberto e Iacy. Samyra, Humberto e Iacy constam como
seus dependentes na Declaração de Ajuste Anual. Cristóvão é o titular do plano de saúde, e, para fins desse
plano, além da esposa e dos dois filhos, faz parte do plano, na condição de seu dependente, Silas, seu primo.
Cristóvão e Samyra pagam anualmente ao plano de saúde, cada um, o valor de R$ 7.000,00. Seus filhos
pagam, cada um, R$ 4.000,00. Já Silas paga o valor de R$ 6.000,00.
Cristóvão poderá deduzir as despesas com o plano de saúde relativas a ele, sua esposa e seus filhos na
Declaração de Ajuste Anual (com Samyra, Humberto e Iacy constando como seus dependentes) no valor de
R$ 22.000,00 (R$ 7.000,00 + R$ 7.000,00 + R$ 4.000,00 + R$ 4.000,00), mas não poderá incluir as despesas
relativas a Silas (R$ 6.000,00), pois este não é seu dependente para fins do imposto sobre a renda (ele é
dependente de Cristóvão apenas para fins do plano de saúde).
Silas, entretanto, poderá deduzir o valor correspondente à sua parcela de R$ 6.000,00 em sua Declaração de
Ajuste Anual, desde que comprove o seu vínculo com o plano de saúde de Cristóvão e comprove, ainda, a
transferência de recursos no patamar de R$ 6.000,00 para Cristóvão, uma vez que ele não faz parte da
entidade familiar de Cristóvão.
(Constituição Federal de 1988, arts. 226 e 229; Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil), arts. 1.565, 1566 e 1.579; Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, arts. 8º, inciso II, alínea
“a”, e § 2º, incisos de I a IV, e 35; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014,
art. 100, § 1º)
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MÉDICO NO EXTERIOR
383 — São dedutíveis os gastos efetuados com médico não residente no Brasil?
Sim, desde que tais despesas sejam comprovadas.(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 98)
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165
DEDUÇÕES – DESPESA COM INSTRUÇÃO
DESPESAS COM INSTRUÇÃO - DEDUÇÃO
384 — Podem ser deduzidas as despesas efetuadas com instrução?
Sim. São dedutíveis os pagamentos de despesas com instrução do contribuinte e de seus dependentes
relacionados na declaração, inclusive de alimentandos, em decorrência de cumprimento de decisão judicial,
ou de acordo homologado judicialmente ou de escritura pública, efetuados a estabelecimentos de ensino,
relativamente:
1. à educação infantil, compreendendo as creches e as pré-escolas;
2. ao ensino fundamental;
3. ao ensino médio;
4. à educação superior, compreendendo os cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado, doutorado
e especialização);
5. à educação profissional, compreendendo o ensino técnico e o tecnológico.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º, inciso II, "b"; Regulamento do Imposto sobre a
Renda - RIR/2018, art. 74, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa RFBF nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 91)
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(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º, inciso II, "b"; Regulamento do Imposto sobre a
Renda - RIR/2018, art. 74, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 91, caput)
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MENSALIDADES E ANUIDADES
386 — O limite global para a dedução de despesas com instrução compreende somente o pagamento
de mensalidade e anuidade escolar?
Sim. Não se enquadram no conceito de despesas com instrução, por exemplo, as efetuadas com uniforme,
transporte, material escolar e didático, com a aquisição de máquina de calcular, tablet e computador.
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EDUCAÇÃO INFANTIL
387 — O que se considera educação infantil?
A educação infantil é aquela que precede o ensino fundamental obrigatório, oferecida em creches ou entidades
equivalentes e pré-escolas, compreendendo as despesas efetuadas com a educação de crianças de até cinco
anos de idade.
(Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, arts. 29 e 30; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de
29 de outubro de 2014, art. 91, § 1º, inciso I)
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166
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
388 — O que se considera curso de especialização?
Considera-se curso de especialização aquele que se realiza após a graduação em curso superior e atende às
exigências de instituições de ensino. Nesse conceito enquadram-se, por exemplo, os cursos de pós-
graduação lato sensu.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 91, § 1º, inciso IV)
Retorno ao sumário
(Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, art. 21; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 91, § 1º, inciso V)
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CRECHE
390 — Despesas com creche podem ser deduzidas como instrução?
Sim. Esses gastos são considerados despesas com instrução, obedecidos aos limites e às condições legais.
(Medida Provisória nº 2.159-70, de 24 de agosto de 2001, art. 8º; Lei nº 9.250, de 26 de dezembro
de 1995, art. 8º, inciso II, “b”; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 74, § 4º,
inciso I, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB
nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 91, § 1º, inciso I)
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FILHO OU ENTEADO
391 — O contribuinte pode deduzir despesas de instrução com filho ou enteado dependente?
Sim, até 21 anos, ou até 24 anos se o filho ou enteado estiver cursando estabelecimento de nível superior ou
escola técnica de segundo grau. Caso o dependente tenha rendimentos próprios, estes devem ser somados
aos do responsável na Declaração de Ajuste Anual.
Retorno ao sumário
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º, inciso II, alínea “b”; e Instrução Normativa RFB
nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 90, § 4º)
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167
NETO, BISNETO, IRMÃO, PRIMO, SOBRINHO
393 — Contribuinte que pague instrução de neto, bisneto, irmão, primo ou sobrinho pode deduzir
essas despesas?
O laço de parentesco, bem como o efetivo pagamento das despesas com a instrução dessas pessoas, não
são condições suficientes para permitir sua dedução pelo parente que suporta o encargo. Esta só é permitida
quando o beneficiado possa ser enquadrado na condição de dependente do contribuinte.
Podem ser dedutíveis as despesas com instrução de irmão, neto ou bisneto, sem arrimo dos pais, até 21 anos,
desde que o contribuinte detenha a guarda judicial, ou de qualquer idade, em se tratando de pessoa com
deficiência, tendo em vista a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 5.583/DF.
No caso de irmão, neto ou bisneto sem arrimo dos pais, com idade de 21 a 24 anos, a dedução é possível se
o dependente ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de 2º grau, desde
que o contribuinte tenha detido sua guarda judicial até os 21 anos.
No caso de primo ou sobrinho, pode ser feita a dedução somente quando esse se enquadrar como menor
pobre e desde que o contribuinte o crie e eduque, até que complete 21 anos e detenha sua guarda judicial.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 35, incisos IV e V; Regulamento do Imposto sobre
a Renda - RIR/2018, art. 71, § 1º, incisos IV e V, e art. 74, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22
de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 90)
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MENOR POBRE
394 — Podem ser deduzidas as despesas com instrução de menor pobre?
Essas despesas podem ser deduzidas desde que o contribuinte crie e eduque o menor pobre, até que este
complete 21 anos, e detenha a guarda judicial nos termos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto
da Criança e do Adolescente).
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 90, inciso IV)
Retorno ao sumário
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º, inciso II, alínea “b”; Regulamento do Imposto
sobre a Renda - RIR/2018, art. 74, § 3º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de
2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 90, § 3º)
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DISSERTAÇÕES E TESES
396 — As despesas relativas à elaboração de dissertação de mestrado ou tese de doutorado podem
ser deduzidas como gastos com instrução?
Não. As despesas relativas à elaboração de dissertação de mestrado ou tese de doutorado, tais como:
contratação de estagiários, computação eletrônica de dados, papel, fotocópia, datilografia, digitação, tradução
de textos, impressão de questionários e de tese elaborada, gastos postais e de viagem, não são consideradas
despesas de instrução.
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168
ENCICLOPÉDIAS, LIVROS, PUBLICAÇÕES E MATERIAIS TÉCNICOS
397 — As despesas com a aquisição de enciclopédias, livros, publicações e materiais técnicos
podem ser deduzidas?
Não. O valor relativo à aquisição dessas publicações não pode ser deduzido na Declaração de Ajuste Anual.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 92, inciso II)
Retorno ao sumário
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 92, inciso IV)
Retorno ao sumário
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 92, incisos III e V)
Retorno ao sumário
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 92, inciso VI)
Retorno ao sumário
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 92, inciso VII)
Retorno ao sumário
169
DESPESAS DE INSTRUÇÃO - REMESSA PARA O EXTERIOR
402 — O valor dos recursos remetidos para dependente que estude no exterior pode ser deduzido
como despesas de instrução na declaração do contribuinte?
Podem ser deduzidos apenas os valores relativos a despesas de instrução, em estabelecimentos de ensino
regular, comprovadas por meio de documentação hábil, realizadas no exterior com dependentes, observados
os requisitos e o limite previstos na legislação.
Os pagamentos efetuados em moeda estrangeira devem ser convertidos em dólares dos Estados Unidos da
América, pelo seu valor fixado pela autoridade monetária do país no qual as despesas foram realizadas, na
data do pagamento e, em seguida, em reais mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da
América, fixado para venda pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês
anterior ao do pagamento.
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Não. Tais despesas não são dedutíveis por falta de previsão legal.
Atenção:
O valor do imposto sobre a renda retido sobre a remessa, no caso de estudo ou estágio no exterior,
não pode ser computado como despesa com instrução nem pode ser considerado para fins de
compensação na declaração de rendimentos da pessoa que suporta o encargo.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 93, §§ 1º e 2º)
Retorno ao sumário
O filho ou enteado pode ser considerado dependente até 24 anos de idade, quando estiver cursando
estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de 2º grau. Assim, o filho que manteve a matrícula
trancada durante todo o ano-calendário de 2021 não pode ser considerado dependente na declaração.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 35, inciso III e § 1º; Regulamento do Imposto sobre
a Renda - RIR/2018, art. 71, § 1º, inciso III, e § 2º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de
novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 90)
Retorno ao sumário
Sim, mas as importâncias recebidas para esse fim se constituem em rendimento tributável, qualquer que tenha
sido a designação adotada pelo empregador para intitular essas vantagens, inclusive na hipótese de a
empresa optar pelo reembolso diretamente aos empregados e filhos destes dos seus gastos com educação.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 36, inciso I, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018)
Retorno ao sumário
170
DESPESAS COM INSTRUÇÃO - RESSARCIMENTO
406 — São dedutíveis os valores ressarcidos pelo empregado, por motivo de rescisão contratual, ao
empregador que patrocinava suas despesas com instrução?
Não se consideram despesas com instrução as importâncias pagas a título de indenização por perdas e danos,
por não cumprimento de cláusula contratual, não sendo, portanto, dedutíveis na declaração da pessoa física
que efetua o ressarcimento.
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CRÉDITO EDUCATIVO
407 — O pagamento do valor do crédito educativo pode ser deduzido como despesa com instrução?
Não, por falta de previsão legal. O crédito educativo (Programa de Financiamento Estudantil – FIES, por
exemplo) caracteriza-se como empréstimo oneroso, com ônus e encargos próprios desses contratos. O valor
pago à instituição de ensino, ainda que com recursos do crédito educativo, pode ser deduzido como despesa
com instrução, observado os limites previstos na legislação, no ano do efetivo pagamento à instituição de
ensino.
Atenção:
O valor pago referente ao empréstimo não pode ser deduzido como despesa com instrução.
Retorno ao sumário
Não. Essas despesas integram os gastos ligados à percepção dos rendimentos da atividade rural e são
consideradas despesas para efeito de apuração do resultado dessa atividade.
Retorno ao sumário
Sim. Uma vez que o pagamento ocorreu já no ano-calendário de 2021, essa despesa poderá ser deduzida na
Declaração de Ajuste Anual (DAA) do exercício de 2022, obedecidos aos limites e condições legais. Ressalte-
se que caso o contribuinte não deduza essa despesa na DAA do exercício de 2022, não poderá fazê-lo na
DAA do exercício de 2023.
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DEDUÇÕES – LIVRO-CAIXA
UTILIZAÇÃO DO LIVRO-CAIXA
410 — Quem pode deduzir as despesas escrituradas em livro-caixa?
O contribuinte que receber rendimentos do trabalho não assalariado, inclusive os titulares de serviços notariais
e de registro e os leiloeiros podem deduzir, da receita decorrente do exercício da respectiva atividade, as
seguintes despesas escrituradas em livro-caixa:
1 - a remuneração paga a terceiros, desde que com vínculo empregatício, e os respectivos encargos
trabalhistas e previdenciários;
2 - os emolumentos pagos a terceiros, assim considerados os valores referentes à retribuição pela execução,
pelos serventuários públicos, de atos cartorários, judiciais e extrajudiciais;
3 - as despesas de custeio pagas, necessárias à percepção da receita e a manutenção da fonte produtora;
171
4 - as importâncias pagas, devidas aos empregados em decorrência das relações de trabalho, ainda que não
integrem a remuneração destes, caso configurem despesas necessárias à percepção da receita e à
manutenção da fonte produtora, observando-se que na hipótese de convenções e acordos coletivos de
trabalho, todas as prestações neles previstas e devidas ao empregado constituem obrigações do empregador
e, portanto, despesas necessárias à percepção da receita e à manutenção da fonte produtora.
O excesso de deduções apurado no mês pode ser compensado nos meses seguintes, até dezembro, não
podendo ser transposto para o ano seguinte.
Atenção:
Não são dedutíveis:
- as quotas de depreciação de instalações, máquinas e equipamentos, bem como as despesas de
arrendamento (leasing);
- as despesas de locomoção e transporte, salvo no caso de representante comercial autônomo,
quando correrem por conta deste;
- as despesas relacionadas à prestação de serviços de transporte e aos rendimentos auferidos
pelos garimpeiros.
As despesas de custeio escrituradas em livro-caixa podem ser deduzidas independentemente de
as receitas serem oriundas de serviços prestados como autônomo a pessoa física ou jurídica.
(Lei nº 8.134, de 27 de dezembro de 1990, art. 6º; Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art.
4º, inciso I; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 68 e 69, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 104)
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DESPESAS DE CUSTEIO
411 — O que se considera e qual é o limite mensal da despesa de custeio passível de dedução no
livro-caixa?
(Lei nº 8.134, de 27 de dezembro de 1990, art. 6º; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 69, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 104, § 3º)
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(Lei nº 8.134, de 27 de dezembro de 1990, art. 6º; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, arts. 68 e 69, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 104, § 3º)
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172
SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO
413 — Qual é o alcance da expressão "serviços notariais e de registro", inserida no caput do art. 11
da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988?
Esta expressão alcança apenas os titulares dos serviços notariais e de registros em geral, exercidos em
caráter privado, por delegação do Poder Público, não se estendendo às pessoas que para eles trabalham,
assalariados ou autônomos.
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(Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 23, caput, inciso IV; Regulamento do Imposto sobre
a Renda - RIR/2018, art. 45, caput, inciso IV, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro
de 2018)
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174
PAGAMENTOS EFETUADOS A TERCEIROS
423 — São dedutíveis os pagamentos efetuados por profissional autônomo a terceiros?
Sim. O profissional autônomo pode deduzir no livro-caixa os pagamentos efetuados a terceiros com quem
mantenha vínculo empregatício. Podem também ser deduzidos os pagamentos efetuados a terceiros sem
vínculo empregatício, desde que caracterizem despesa de custeio necessária à percepção da receita e à
manutenção da fonte produtora.
(Lei nº 8.134, de 27 de dezembro de 1990, art. 6º, incisos I e III; Regulamento do Imposto sobre a
Renda - RIR/2018, art. 68, incisos I e III, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de
2018; e Ato Declaratório Normativo CST nº 16, de 27 de julho de 1979)
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CONGRESSOS E SEMINÁRIOS
427 — Gastos relativos a participação em congressos e seminários por profissional autônomo são
dedutíveis?
Sim. As despesas efetuadas para comparecimento a encontros científicos, como congressos, seminários etc.,
se necessárias ao desempenho da função desenvolvida pelo contribuinte, observada, ainda, a sua
especialização profissional, podem ser deduzidas, tais como os valores relativos a taxas de inscrição e
comparecimento, aquisição de impressos e livros, materiais de estudo e trabalho, hospedagem, transporte,
desde que esses dispêndios sejam escriturados em livro-caixa, comprovados por documentação hábil e
idônea e não sejam reembolsados ou ressarcidos. O contribuinte deve guardar o certificado de
comparecimento dado pelos organizadores desses encontros.
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175
DEDUÇÕES – RENDIMENTOS DE ALUGUÉIS
EXCLUSÕES DOS RENDIMENTOS DE ALUGUÉIS
428 — Quais são os valores passíveis de exclusão dos rendimentos de aluguéis?
Podem ser excluídos do valor do aluguel recebido, quando o encargo tenha sido exclusivamente do locador,
as quantias relativas a:
• impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o rendimento;
• aluguel pago pela locação de imóvel sublocado;
• despesas pagas para cobrança ou recebimento do rendimento; e
• despesas de condomínio.
Atenção:
Não há previsão legal para dedução das despesas com “taxa de manutenção de Associação de
Proprietários” da base de cálculo do imposto sobre a renda.
As taxas dedutíveis são as compreendidas no conceito de tributo cobrado por uma atuação estatal
específica, conforme disposto na Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário
Nacional - CTN, arts. 77 a 80.
(Lei nº 7.739, de 16 de março de 1989, art. 14; art. 50; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, arts. 30 e 31; e Solução de Consulta Cosit nº 116, de 26 de março de 2019)
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(Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 31, inciso II)
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176
DEDUÇÕES - OUTRAS
DEDUÇÕES NO SERVIÇO DE TRANSPORTE
432 — O contribuinte que auferir rendimentos da prestação de serviços de transporte de carga ou
de passageiros, em veículo próprio, pode tributar rendimentos em percentual inferior a 10% e 60%,
respectivamente, utilizando como dedução do livro-caixa o percentual excedente?
Não, pois constitui rendimento mínimo a ser tributado 10% do rendimento total decorrente do transporte de
carga e 60% do rendimento total decorrente do transporte de passageiros.
O valor não tributado é considerado renda consumida, não podendo justificar acréscimo patrimonial, nem ser
considerado despesa dedutível escriturada em livro-caixa, tendo em vista a vedação legal.
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 9º; e Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, arts. 39, § 3º, e 68, parágrafo único, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro
de 2018)
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Atenção:
1) os valores doados não constituem dedução do imposto sobre a renda.
2) são considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados na Lei nº 9.504, de 30
de setembro de 1997:
a – confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho, observado que adesivos
poderão ter a dimensão máxima de 50 (cinquenta) centímetros por 40 (quarenta) centímetros;
b – propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação, destinada a
conquistar votos;
c – aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;
d – despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das
candidaturas;
e – correspondência e despesas postais;
f – despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e serviços necessários às
eleições;
g – remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços às candidaturas
ou aos comitês eleitorais;
h – montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados;
i – a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura;
j – produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda
gratuita;
k – realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
l – custos com a criação e inclusão de sites na internet e com o impulsionamento de contúdos
contratados diretamente com provedor da aplicação de internet com sede e foro no País;
m – multas aplicadas aos partidos ou candidatos por infração do disposto na legislação eleitoral; e
n – produção de jingles, vinhetas e slogans para propaganda eleitoral.
(Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995, art. 39; Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, arts.
23, caput e §§ 1º e 7º, e 26; Resolução TSE nº 22.250, de 2006, art. 14; Portaria Conjunta SRF/TSE
nº 74, de 10 de janeiro de 2006; e Instrução Normativa Conjunta SRF/TSE nº 609, de 10 de janeiro
de 2006)
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177
ADVOGADOS E DESPESAS JUDICIAIS
434 — Honorários advocatícios e despesas judiciais podem ser diminuídos dos valores recebidos
em decorrência de ação judicial?
Os honorários advocatícios e as despesas judiciais podem ser diminuídos dos rendimentos tributáveis, desde
que não sejam ressarcidas ou indenizadas sob qualquer forma. Da mesma maneira, os gastos efetuados
anteriormente ao recebimento dos rendimentos podem ser diminuídos quando do recebimento dos
rendimentos.
Os honorários advocatícios e as despesas judiciais pagos pelo contribuinte devem ser proporcionalizados
conforme a natureza dos rendimentos recebidos em ação judicial, isto é, entre os rendimentos tributáveis, os
sujeitos a tributação exclusiva e os isentos e não tributáveis.
O contribuinte deve informar como rendimento tributável o valor recebido, já diminuído do valor pago ao
advogado, independentemente do modelo utilizado (opção pelo desconto simplificado ou opção por utilizar as
deduções legais).
Na Declaração de Ajuste Anual, deve-se preencher a ficha Pagamentos Efetuados, informando o nome, o
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e o valor pago ao beneficiário do pagamento (ex:
advogado).
(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 12-A e 12-B; Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de
1992, art. 46, § 1º, inciso II; e Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 776, § 1º,
inciso II, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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Atenção (ECA):
Doações aos Fundos Nacional, estaduais, Distrital e municipais realizadas diretamente na
Declaração de Ajuste Anual:
Na Declaração de Ajuste Anual (DAA) do exercício de 2022, ano-calendário de 2021, apresentada
até 29 de abril de 2022, quando utilizado o modelo de DAA que permite a opção pela utilização das
deduções legais, a pessoa física pode optar pela dedução das doações, em espécie, aos fundos
controlados pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente Nacional, Distrital, estaduais
ou municipais - observando-se o seguinte:
a) as doações poderão ser deduzidas até o percentual de 3% sobre o Imposto sobre a Renda devido
apurado na declaração;
b) a dedução está sujeita ainda ao limite global de 6% (seis por cento) do Imposto sobre a Renda
devido apurado na declaração, juntamente com as demais deduções de incentivo, inclusive quanto
às contribuições efetuadas aos fundos controlados pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do
Adolescente Nacional, Distrital, estaduais ou municipais no decorrer do ano-calendário de 2021;
c) o pagamento da doação deve ser efetuado, impreterivelmente, até 29 de abril de 2022, até o
encerramento do horário de expediente bancário das instituições financeiras autorizadas, inclusive
se realizado pela Internet ou por terminal de autoatendimento;
d) o não pagamento da doação até 29 de abril de 2022 implica a glosa definitiva dessa parcela de
dedução, e obriga a pessoa física ao recolhimento da diferença de imposto devido apurado na DAA
com os acréscimos legais previstos na legislação.
e) após 29 de abril de 2022, não será admitida a retificação que tenha por objetivo o aumento do
montante dedutível;
f) o programa da DAA emitirá um Darf para o pagamento de cada doação ao fundo beneficiário
indicado, no valor informado pelo declarante e com código de receita 3351, que não se confunde
com o Darf emitido para pagamento de eventual saldo de imposto sobre a renda devido;
g) o pagamento da doação informada na DAA deverá ser realizado mesmo que a pessoa física
tenha direito a restituição ou tenha optado pelo pagamento do saldo de imposto por meio de débito
automático em conta-corrente bancária;
h) uma vez recolhido o montante indicado no Darf, a doação efetuada ao fundo nele indicado torna-
se irreversível e eventual valor recolhido a maior que o passível de dedução será também
repassado ao fundo indicado, não cabendo devolução, compensação ou dedução desse valor;
i) se o valor recolhido for menor que o informado na declaração, o contribuinte:
i.1) poderá, até 29 de abril de 2022, complementar o recolhimento; ou
i.2) deverá, dentro do prazo decadencial e desde que não esteja sob procedimento de ofício,
retificar a DAA para corrigir a informação referente ao valor doado;
j) se o valor recolhido for maior que o informado na declaração, o contribuinte:
j.1) poderá, até 29 de abril de 2022, retificar a DAA para corrigir a informação referente ao valor
doado, respeitados o limite individual de 3% (três por cento) e o limite global de 6% (seis por cento);
ou
j.2) deverá considerar como não dedutível o valor recolhido que ultrapassar o limite individual de
3% (três por cento) e o limite global de 6% (seis por cento), observado que esse valor a maior será
também repassado ao fundo indicado;
k) o pagamento da doação não está sujeito a parcelamento.
Consulte a pergunta 440
III - Incentivo à Cultura - a título de doações ou patrocínios, tanto mediante contribuições ao Fundo
Nacional de Cultura (FNC) como em apoio direto, desde que enquadrados nos objetivos do Programa
Nacional de Apoio à Cultura, a programas, projetos e ações culturais:
1) em geral, de natureza cultural, com o objetivo de desenvolver as formas de expressão, os modos de
criar e fazer, os processos de preservação e proteção do patrimônio cultural brasileiro, e os estudos e
métodos de interpretação da realidade cultural, bem como contribuir para propiciar meios, à população em
geral, que permitam o conhecimento dos bens de valores artísticos e culturais, compreendendo, entre
outros, os seguintes segmentos (Lei nº 8.313, de 1991, art. 25):
a) teatro, dança, circo, ópera, mímica e congêneres;
b) produção cinematográfica, videográfica, fotográfica, discográfica e congêneres;
180
c) literatura, inclusive obras de referência;
d) música;
e) artes plásticas, artes gráficas, gravuras, cartazes, filatelia e outras congêneres;
f) folclore e artesanato;
g) patrimônio cultural, inclusive histórico, arquitetônico, arqueológico, bibliotecas, museus, arquivos e
demais acervos;
h) humanidades; e
i) rádio e televisão, educativas e culturais, de caráter não comercial.
2) exclusivos dos segmentos de (Lei nº 8.313, de 1991, art. 18, caput e § 3º):
a) artes cênicas;
b) livros de valor artístico, literário ou humanístico;
c) música erudita ou instrumental;
d) exposições de artes visuais;
e) doações de acervos para bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos e cinematecas, bem como
treinamento de pessoal e aquisição de equipamentos para a manutenção desses acervos;
f) produção de obras cinematográficas e videofonográficas de curta e média metragem e preservação
e difusão do acervo audiovisual;
g) preservação do patrimônio cultural material e imaterial; e
h) construção e manutenção de salas de cinema e teatro, que poderão funcionar também como centros
culturais comunitários, em municípios com menos de 100.000 (cem mil) habitantes.
181
V – Incentivo ao desporto - doações ou patrocínios no apoio direto a projetos desportivos e
paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte:
Os projetos desportivos atenderão a pelo menos uma das seguintes manifestações, nos termos, limites e
condições definidas em regulamento:
a) desporto educacional;
b) desporto de participação;
c) desporto de rendimento.
A dedutibilidade referente ao incentivo ao desporto está condicionada a que:
- podem receber recursos do incentivo os projetos desportivos destinados a promover a inclusão social
por meio do esporte, preferencialmente em comunidades de vulnerabilidade social.
- é vedada a utilização dos recursos do incentivo para o pagamento de remuneração de atletas
profissionais, em qualquer modalidade desportiva.
- o valor da dedução atenda ao limite mencionado no tópico “Atenção”
Atenção:
1) Limites gerais de dedução:
a) o somatório das deduções referidas nos incisos I a V (deduções relativas a Estatuto da Criança,
Fundos do idoso, Incentivo à Cultura, Incentivo à Atividade Audiovisual e incentivo ao desporto)
está limitado a 6% do imposto devido apurado na declaração de ajuste; esse limite é calculado pelo
próprio programa do imposto e a dedução só se aplica à declaração em que o contribuinte optar
pelas deduções legais.
b) podem ser deduzidos, observado o limite de que trata a alínea “a” deste item, no caso do incentivo
à Cultura, a que se refere o inciso III:
b.1) 80% (oitenta por cento) do somatório das doações e 60% (sessenta por cento) do somatório
dos patrocínios, na hipótese do item 1; e
b.2) o valor efetivo das doações e patrocínios, na hipótese do item 2;
esse limite é calculado pelo próprio programa do imposto e a dedução só se aplica à declaração
em que o contribuinte optar pelas deduções legais.
2) Informações sobre os beneficiários:
Informe os pagamentos efetuados na Ficha de Doações Efetuadas, em relação aos incisos I a VII,
indicando o nome do beneficiário, o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
(CNPJ) ou no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), o código e o valor pago ou doado;
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 12; Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art.
22; Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990; Lei nº 8.242, de 12 de outubro de 1991; Lei nº 8.313, de
23 de dezembro de 1991; Lei nº 8.685, de 20 de julho de 1993; Medida Provisória nº 2.228-1, de 6
de setembro de 2001; Lei nº 11.324, de 19 de julho de 2006, art. 1º; Lei nº 11.437, de 28 de
dezembro de 2006; Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006; Lei nº 11.472, de 2 de maio de
2007; Lei nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012, art. 87; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, arts. 84 a 114, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução
Normativa RFB nº 1.131, de 20 de fevereiro de 2011; e Lei Complementar nº 150, de 1º de junho
de 2015)
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182
CONTRIBUIÇÃO PATRONAL PAGA À PREVIDÊNCIA SOCIAL
439 — Podem ser deduzidos os valores referentes à contribuição patronal pagos à Previdência
Social pelo empregador doméstico?
A contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico não tem mais previsão legal
para ser deduzida do valor do imposto sobre a renda apurado.
O inciso VII do art. 12 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, previu a vigência dessa dedução somente
até o ano-calendário de 2018 e não houve prorrogação para os ano-calendário seguintes, tornando os valores
pagos a título de contribuição patronal no ano-calendário de 2020 como indedutíveis.
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(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 12, inciso I; Regulamento do Imposto sobre a Renda
- RIR/2018, art. 98, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa RFB nº 1.131, de 20 de fevereiro de 2011)
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 162, § 1º, inciso III, 163 e 164, aprovado
pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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183
CONTA BANCÁRIA DE MAIS DE UMA TITULARIDADE
443 — Como deve ser relacionada na declaração de bens a informação relativa à conta bancária de
mais de uma titularidade?
Cada titular deve informar conforme a sua participação na conta bancária. Se não for possível a identificação
do valor atribuído a cada titular, o valor deve ser proporcionalizado igualmente entre os titulares.
Atenção:
Na constância da união estável observar o contrato escrito, se houver.
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Atenção:
O doador deve proceder da seguinte forma:
informar no item relativo ao bem doado, no campo “Discriminação” da Declaração de Bens e
Direitos, o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de quem recebeu
a doação; deixar em branco o campo “Situação em 31/12/2021 (R$)”; informar ainda o valor na ficha
“Doações Efetuadas”, sob o código 81.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 130 e 132, inciso I, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
184
DOAÇÕES EM DINHEIRO - DONATÁRIO
447 — Como o donatário deve declarar as doações recebidas em dinheiro?
O valor das doações recebidas em dinheiro deve ser incluído na ficha Rendimentos Isentos e Não tributáveis,
informando o nome, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do doador e o valor
recebido.
O destino da doação (bens, valor em espécie, aplicações financeiras etc.), se ainda existente em 31/12/2021,
deve ser informado na declaração de bens.
Consulte o “Atenção” da pergunta 007 e as perguntas 442, 444, 445 e 460
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O doador deve declarar na Ficha de Doações Efetuadas, no código 80 (Doações em espécies), o nome e o
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do beneficiário e o valor doado.
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EMPRÉSTIMOS A EMPRESAS
449 — Como declarar empréstimos efetuados a empresa?
Os empréstimos feitos devem ser informados na Declaração de Bens e Direitos, no Grupo 05 – Créditos, sob
o Código 01 – Empréstimos concedidos.
Os juros pagos pela pessoa jurídica tomadora do empréstimo são tributados exclusivamente na fonte.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 25, § 4º; Instrução Normativa SRF nº 118, de 28 de
dezembro de 2000, art. 11; e Solução de Consulta Cosit nº 115, de 29 de junho de 2021)
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BENS EM CONDOMÍNIO
452 — Como declarar bens adquiridos em condomínio?
Cada condômino deve informar a parte que lhe cabe. Assim, na Declaração de Bens e Direitos, ao descrever
o bem e a transação, deve-se informar que o bem foi adquirido em sociedade e o percentual da propriedade
do declarante no condomínio.
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186
reais de cada alienação efetuada no ano-calendário de 2021, observando-se que o custo da moeda adquirida
é:
- no caso de aquisição em reais, o valor pago;
- no caso de aquisição em moeda estrangeira, a quantidade de moeda estrangeira convertida em dólares
dos Estados Unidos da América, pelo valor fixado pela autoridade monetária do país emissor da moeda,
para a data da aquisição e, em seguida, em reais pela cotação média mensal do dólar para venda,
divulgada pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), que pode ser acessada no
endereço https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/tributos/tabelas-de-
conversao-para-reais-do-dolar-pessoa-fisica-IRPF.
Caso o total de alienações de moeda estrangeira mantida em espécie, no ano-calendário de 2021, tenha sido
superior ao equivalente a cinco mil dólares dos Estados Unidos da América, deve ser apurado o Ganho de
Capital, por meio do Programa de Apuração dos Ganhos de Capital - Moedas em Espécie. Ver Instruções de
Preenchimento.
(Instrução Normativa SRF nº 118, de 28 de dezembro de 2000, arts. 7º e 14, inciso III)
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187
Atenção:
Código 02: outras criptomoedas, que não sejam o Bitcoin (BTC), conhecidas como altcoins (moedas
alternativas ao Bitcoin).
Código 03: criptomoedas atreladas a um ou mais ativos financeiros, como dólar, ouro, entre outros.
Código 99: outros criptoativos não inseridos nos códigos 01, 02, 03 ou 10. Refere-se a diversos
tokens de utilidade (utility tokens), usados para acesso a serviços específicos, como games, fan
tokens (para fãs de clubes de futebol ou de outros esportes), assim como tokens vinculados a ativos
reais ou direitos sobre recebíveis, tais como imóveis, ações, precatórios, consórcios contemplados,
passes de jogadores de futebol, crédito de carbono, entre outros.
A Instrução Normativa RFB nº 1.888, de 3 de maio de 2019, instituiu a obrigatoriedade de prestação
de informações relativas às operações realizadas com criptoativos.
Considera-se:
Criptoativo: a representação digital de valor denominada em sua própria unidade de conta, cujo
preço pode ser expresso em moeda soberana local ou estrangeira, transacionado eletronicamente
com a utilização de criptografia e de tecnologias de registros distribuídos, que pode ser utilizado
como forma de investimento, instrumento de transferência de valores ou acesso a serviços, e que
não constitui moeda de curso legal; e
Exchange de criptoativo: a pessoa jurídica, ainda que não financeira, que oferece serviços
referentes a operações realizadas com criptoativos, inclusive intermediação, negociação ou
custódia, e que pode aceitar quaisquer meios de pagamento, inclusive outros criptoativos.
Estão obrigados a essa prestação de informação:
I - a exchange de criptoativos domiciliada para fins tributários no Brasil;
II - a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no Brasil quando:
a) as operações forem realizadas em exchange domiciliada no exterior; ou
b) as operações não forem realizadas em exchange.
No caso do item II, as informações deverão ser prestadas sempre que o valor mensal das
operações, isolado ou conjuntamente, ultrapassar R$ 30.000,00.
A obrigatoriedade de prestar informações aplica-se à pessoa física ou jurídica que realizar
quaisquer das operações com criptoativos relacionadas a seguir:
I - compra e venda;
II - permuta;
III - doação;
IV - transferência de criptoativo para a exchange;
V - retirada de criptoativo da exchange;
VI - cessão temporária (aluguel);
VII - dação em pagamento;
VIII - emissão; e
IX - outras operações que impliquem transferência de criptoativos.
Para a conversão de valores em reais, o valor expresso em moeda estrangeira deve ser convertido
em dólar dos Estados Unidos da América e convertido em moeda nacional pela cotação do dólar
dos Estados Unidos da América fixada, para venda, pelo Banco Central do Brasil (BCB) para a data
da operação ou saldo, extraída do boletim de fechamento PTAX divulgado pelo BCB.
As informações deverão ser prestadas com a utilização do sistema Coleta Nacional, disponível no
Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) da RFB, no endereço:
http://www.gov.br/receitafederal/pt-br. Uma vez no Portal e-CAC, selecione “Cobrança e
Fiscalização”; em seguida “Obrigação Acessória – Formulários online e Arquivo de Dados”.
As informações deverão ser transmitidas à RFB mensalmente, até o último dia útil do mês
subsequente àquele em que as operações com criptoativos foram realizadas.
No caso de omissão, incorreção ou atraso na prestação das citadas informações, a pessoa física
ou jurídica ficará sujeita às multas previstas no art. 10 da Instrução Normativa RFB nº 1.888, de 3
de maio de 2019, a serem recolhidas utilizando o código de receita 5720.
A Instrução Normativa, os leiautes e o manual de preenchimento podem ser encontrados na página
da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) na internet, no endereço:
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/declaracoes-e-
demonstrativos/criptoativos
188
O contribuinte deverá guardar documentação que comprove a autenticidade dos valores referentes
à aquisição e à alienação das operações efetuadas.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 25, § 1º, inciso II; Instrução Normativa RFB nº 1.888,
de 3 de maio de 2019; Instrução Normativa RFB nº 2.065, de 24 de fevereiro de 2022, art. 11, § 2º,
inciso II; Ato Declaratório Executivo Codac nº 23, de 4 de dezembro de 2019; e Solução de Consulta
Cosit nº 214, de 20 de dezembro de 2021)
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(Instrução Normativa SRF nº 118, de 28 de dezembro de 2000; e Solução de Consulta Interna Cosit
nº 5, de 15 de fevereiro de 2013)
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HERANÇA NO EXTERIOR
458 — Como declarar os bens e direitos recebidos em herança no exterior?
No campo “Discriminação”, informe os bens e direitos e o valor de aquisição em moeda estrangeira, constantes
nos instrumentos de transmissão do país onde ocorreu a partilha, os quais devem ser traduzidos por tradutor
juramentado.
No campo “Situação em 31/12/2021 (R$)”, informe o valor em reais dos bens e direitos recebidos em herança
no exterior.
O valor de aquisição dos bens e direitos, quando expresso em moeda estrangeira, deve ser convertido em
dólares dos Estados Unidos da América pelo valor fixado pela autoridade monetária do país emissor da moeda
para a data da aquisição e, em seguida, em reais pela cotação do dólar fixada, para venda, pelo Banco Central
do Brasil, para a data da aquisição.
Em Rendimentos Isentos e Não tributáveis, informe o valor em reais dos bens e direitos recebidos em herança
no exterior.
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189
BENS E DIREITOS NO EXTERIOR
459 — Como declarar os bens e direitos adquiridos no exterior?
No campo “Discriminação”, informe os bens e direitos e o valor de aquisição em moeda estrangeira, constantes
nos instrumentos de transferência de propriedade. Informe, ainda, o montante de rendimentos auferidos
originariamente em reais e/ou em moeda estrangeira utilizados na aquisição.
No campo ”Situação em 31/12/2021 (R$)”, informe o valor em reais dos bens e direitos adquiridos.
O valor de aquisição dos bens e direitos, quando expresso em moeda estrangeira, deve ser convertido em
dólares dos Estados Unidos da América pelo valor fixado pela autoridade monetária do país emissor da moeda
para a data da aquisição e, em seguida, em reais pela cotação do dólar fixada, para venda, pelo Banco Central
do Brasil, para a data da aquisição.
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A demolição de residência deve ser informada no campo “Discriminação” da Declaração de Bens e Direitos,
informando o valor do bem demolido e os gastos referentes à nova construção. Esses gastos devem ser
somados ao custo de aquisição informado no campo ”Situação em 31/12/2020 (R$)” e o resultado declarado
no campo ”Situação em 31/12/2021 (R$)”.
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CONSÓRCIO - CONTEMPLADO
462 — Como declarar bem adquirido por meio de consórcio?
Caso o bem tenha sido recebido em 2021, informar no Grupo 99 – Outros Bens e Direitos, sob o Código 05 –
Consórcio não contemplado, no campo ”Situação em 31/12/2020 (R$)”, o valor constante na Declaração de
Ajuste Anual do exercício de 2021, ano-calendário de 2020. Não preencher o campo “Situação em 31/12/2021
(R$)”.
No código específico do bem, informar no campo “Discriminação” os dados do bem e do consórcio. Deixar em
branco o campo ”Situação em 31/12/2020 (R$)”. No campo ”Situação em 31/12/2021 (R$)”, informar o valor
declarado no Ano de 2020, no código 95, acrescido dos valores pagos em 2021, inclusive do valor dado em
lance, se for o caso.
Retorno ao sumário
No caso de consórcio ainda não contemplado, informar no Grupo 99 – Outros Bens e Direitos, sob o código
05 – Consórcio não contemplado e os dados do consórcio no campo “Discriminação” da Declaração de Bens
e Direitos.
No campo ”Situação em 31/12/2020 (R$)”, repetir o valor já declarado no exercício de 2021, ano-calendário
de 2020. No campo ”Situação em 31/12/2021 (R$)”, informar o valor declarado no Ano de 2020, acrescido dos
valores pagos em 2021.
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190
IMÓVEL ADQUIRIDO/QUITADO COM O FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO (FGTS)
464 — Como declarar imóvel adquirido ou quitado com a utilização do FGTS?
O contribuinte deve informar o bem na Declaração de Bens e Direitos, e no campo “Discriminação” os valores
oriundos do FGTS. Somar o valor do FGTS aos demais valores pagos pela aquisição e informar o resultado
no campo ”Situação em 31/12/2021 (R$)”. Em Rendimentos Isentos e Não Tributáveis informar o valor do
FGTS recebido.
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CONTRATO DE GAVETA
465 — Como declarar as aquisições efetuadas por meio de contrato particular de compra e venda
ou contrato de gaveta, quando a aquisição ocorre num determinado ano-calendário e a escritura em
cartório em outro ano-calendário?
O contrato particular firmado entre construtora/agente financeiro ou pessoa física e o adquirente é instrumento
válido para configurar a aquisição do imóvel, mesmo que o adquirente não tenha desembolsado qualquer
quantia. Assim, o adquirente deve informar os dados da aquisição no campo “Discriminação” e o valor pago
até 31 de dezembro, no campo da situação referente ao ano-calendário do contrato.
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Retorno ao sumário
LEASING
467 — Como declarar contrato de leasing de bens móveis?
Para leasing realizado:
a) com opção de compra exercida no final do contrato, ocorrida em 2021, utilize o código relativo ao bem, e:
• no campo “Discriminação”, informe os dados do bem e do contratante;
• no campo ”Situação em 31/12/2020 (R$)”, informe os valores pagos até 31/12/2020, no caso de
leasing contratado em 2021, deixe este campo “em branco”;
• no campo ”Situação em 31/12/2021 (R$)”, informe o valor constante no campo ”Situação em
31/12/2020 (R$)”, se for o caso, acrescido dos valores pagos em 2021, inclusive o valor residual;
191
b) em 2021, com opção de compra a ser exercida no final do contrato, após 2021, utilize no Grupo 99 – Outros
Bens e Direitos, sob o Código 99 – Outros bens e direitos, e:
• no campo “Discriminação”, informe os dados do bem, do contratante e o total dos pagamentos
efetuados;
• não preencha os campos “Situação em 31/12/2020 (R$)” e ”Situação em 31/12/2021 (R$)”;
c) antes de 2021, com opção de compra já exercida no ato do contrato, utilize o código relativo ao bem, e:
• no campo “Discriminação”, informe os dados do bem e do contratante;
• nos campos ”Situação em 31/12/2020 (R$)” e ”Situação em 31/12/2021 (R$)”, informe o valor do bem;
• em Dívidas e Ônus Reais, informe nos campos ”Situação em 31/12/2020 (R$)” e ”Situação em
31/12/2021 (R$)”, respectivamente, o saldo remanescente da dívida em 31/12/2020 e em 31/12/2021.
d) em 2021, com opção de compra exercida no ato do contrato, utilize o código relativo ao bem, e:
• no campo “Discriminação”, informe os dados do bem e do contratante;
• não preencha o campo ”Situação em 31/12/2020 (R$)”;
• no campo ”Situação em 31/12/2021 (R$)”, informe o valor do bem;
• em Dívidas e Ônus Reais, informe o valor da dívida no campo ”Situação em 31/12/2021 (R$)”.
Retorno ao sumário
O resultado da atividade rural, quando positivo, integrará a base de cálculo do imposto na Declaração de
Ajuste Anual. Para sua apuração, as receitas, as despesas e os investimentos são computados mensalmente
pelo regime de caixa.
(Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 7º; Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 9º;
Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, arts. 50, 60 e 61, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
arts. 1º e 11)
Retorno ao sumário
O resultado da exploração da atividade rural exercida pela pessoa física é apurado mediante a escrituração
do livro-caixa, abrangendo as receitas, as despesas, os investimentos e demais valores que integram a
atividade.
A escrituração e a apuração devem ser feitas separadamente, por contribuinte e por país, em relação a todas
as unidades rurais exploradas individualmente, em conjunto ou em comunhão em decorrência do regime de
casamento.
Quando a receita bruta total auferida no ano-calendário não exceder a R$ 56.000,00, é permitida a apuração
mediante prova documental, dispensada a escrituração do livro-caixa, encontrando-se o resultado pela
diferença entre o total das receitas e o das despesas/investimentos.
Também é permitido à pessoa física apurar o resultado pela forma contábil. Nesse caso, deve efetuar os
lançamentos em livros próprios de contabilidade, necessários para cada tipo de atividade (Diário, Caixa, Razão
etc.), de acordo com as normas contábeis, comerciais e fiscais pertinentes a cada um dos livros utilizados.
Ressalte-se que, no caso de exploração de uma unidade rural por mais de uma pessoa física, cada produtor
rural deve escriturar as parcelas da receita, da despesa de custeio, dos investimentos e dos demais valores
que integram a atividade rural que lhe caibam.
A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) disponibiliza o programa aplicativo Livro-Caixa da
Atividade Rural para pessoa física que exerça a atividade rural no Brasil ou no exterior, o qual permite a
escrituração pelo sistema de processamento eletrônico, no site http://www.gov.br/receitafederal/pt-br.
192
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 18; Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, art. 53, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 22 a 25)
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INSUFICIÊNCIA DE CAIXA
470 — Como deve proceder o contribuinte que, tendo escriturado as receitas e as despesas (e
investimentos) da atividade rural, encontra insuficiência de caixa em qualquer mês do ano-
calendário?
A escrituração consiste em assentamentos das receitas, despesas de custeio, investimentos e demais valores
que integram a atividade rural, em livro-caixa. As insuficiências de caixa apuradas devem estar
inequivocamente justificadas pelos rendimentos das demais atividades, rendimentos tributados
exclusivamente na fonte ou isentos e por adiantamentos ou empréstimos, subsídios e subvenções obtidos,
coincidentes em datas e valores, comprovados por documentação hábil e idônea.
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LIVRO-CAIXA ELETRÔNICO
471 — É permitida a escrituração do livro-caixa eletronicamente?
É permitida a escrituração do livro-caixa pelo sistema de processamento eletrônico, com subdivisões
numeradas em ordem sequencial ou tipograficamente.
O livro-caixa independe de registro em órgão da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) ou
em qualquer repartição pública, deve ser numerado sequencialmente e conter, no início e no encerramento,
anotações em forma de "Termos" que identifiquem o contribuinte e a finalidade do livro.
A RFB disponibiliza o programa aplicativo do Livro-Caixa da Atividade Rural para pessoa física que exerça a
atividade rural no Brasil ou no exterior, no site http://www.gov.br/receitafederal/pt-br.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 53, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 23, §§
1º, 2º e 3º)
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Atenção:
A escrituração do Livro Caixa Digital do Produtor Rural deve ser realizada conforme o leiaute vigente
e o manual de preenchimento divulgados pela Coordenação-Geral de Programação e Estudos
(Copes) da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), devendo a entrega do arquivo
digital do LCDPR ser realizada até o final do prazo de apresentação da Declaração de Ajuste Anual
do respectivo ano-calendário.
O contribuinte que auferir, no ano-calendário, receita bruta total da atividade rural inferior à prevista
para o ano-calendário, mesmo desobrigado, poderá escriturar e entregar o LCDPR.
O produtor rural pessoa física, obrigado à entrega do LCDPR, que deixar de apresenta-lo até o fim
do prazo de apresentação da DAA do respectivo ano-calendário, ou o apresentar com incorreções
ou omissões, estará sujeito às multas previstas no art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24
de agosto de 2001.
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193
ENCERRAMENTO DE ESPÓLIO OU SAÍDA DEFINITIVA - ATIVIDADE RURAL
473 — Como deve ser tributado o resultado da atividade rural no caso de encerramento de espólio
ou saída definitiva do Brasil durante o ano-calendário?
Nesses casos, o resultado da atividade rural exercida até a data da decisão judicial da partilha, sobrepartilha
ou adjudicação dos bens, ou da lavratura da escritura pública de inventário (encerramento de espólio) ou até
o dia anterior à data da aquisição da condição de não residente (saída definitiva do Brasil), quando positivo,
integrará a base de cálculo do imposto devido na Declaração Final de Espólio ou na Declaração de Saída
Definitiva do País.
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Não. De acordo com a legislação do ITR, estão obrigados a inscrever-se nesse cadastro apenas o proprietário
do imóvel rural, o possuidor a qualquer título inclusive o usufrutuário e o titular de domínio útil (o
enfiteuta/foreiro).
(Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996, art. 4º)
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ARRENDATÁRIO E PARCEIRO
476 — Qual é a conceituação de arrendatário e parceiro?
Para fins de exploração da atividade rural, conceitua-se como arrendatário ou subarrendatário (também
conhecido como locatário ou foreiro) e como parceiro-outorgado ou subparceiro-outorgado (também
conhecido como sócio, meeiro, terceiro, quartista ou percentista) a pessoa ou o conjunto familiar representado
pelo seu chefe, que recebe o imóvel ou a unidade rural, parte ou partes dos mesmos, incluindo, ou não, outros
bens, benfeitorias e facilidades, e neles exerce qualquer atividade agrícola, pecuária, agroindustrial, extrativa
vegetal ou mista, sob contrato de arrendamento ou parceria rural.
Atenção:
Para ter plena validade perante o fisco, esses contratos devem ser comprovados por instrumento
escrito hábil e idôneo.
194
Arrendatário e parceiros na exploração de atividade rural, bem como condôminos e cônjuges,
devem apurar o resultado, separadamente, na proporção das receitas e despesas que couber a
cada um.
(Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, arts. 95 e 96; Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art.
13; Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, arts. 52 e 57, parágrafo único, aprovado
pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de
outubro de 2001, arts. 14 e 15)
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(Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 13; Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018,
art. 59, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF
nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 14)
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RENDIMENTOS NO USUFRUTO
478 — Quem deve tributar os rendimentos de propriedade rural objeto de usufruto?
O usufrutuário deve tributar os rendimentos de propriedade rural objeto de usufruto de acordo com a natureza
destes, ou seja, deve apurar o resultado da atividade rural, desde que exerça essa atividade no referido imóvel,
caso contrário, o rendimento de qualquer outra natureza sujeita-se ao carnê-leão, se recebido de pessoa física,
ou à retenção na fonte, se pago por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na declaração anual.
Ressalte-se que o usufruto deve estar formalizado por escritura pública transcrita no registro de imóvel
competente.
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195
CONTRATOS COM GADO
480 — Considera-se rendimento da atividade rural o ganho auferido por proprietário de gado que
entrega certa quantidade de animais à parte contratante, para procriação ou terminação?
Uma vez que os rendimentos devem ser classificados segundo a sua natureza, somente é considerado
rendimento da atividade rural, neste caso, aquele oriundo de contrato de parceria em que haja partilha dos
riscos, frutos, produtos e resultados havidos, nas proporções estipuladas no contrato.
Nos demais casos, trata-se de arrendamento, pois o proprietário dos animais recebe retribuição líquida e certa
pelo prazo estipulado, sem qualquer risco, mesmo que o rendimento seja predeterminado em número de reses
no contrato, e o rendimento sujeita-se ao carnê-leão, se recebido de pessoa física, ou à retenção na fonte, se
pago por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na Declaração de Ajuste Anual (DAA).
Ressalte-se que o ganho auferido com investimento em títulos representativos de animais (tipo “boi gordo”)
deve ser tributado exclusivamente na fonte conforme as instruções contidas na resposta à pergunta 629.
(Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, art. 96; Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, art. 51, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 4º, inciso IV)
Retorno ao sumário
Atenção:
O beneficiamento ou a industrialização de pescado in natura não são considerados atividade rural
para efeito do art. 2º da Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990.
(Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 2º; Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018,
arts. 50 e 51, inciso IV, alínea “f”, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e
Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 2º, inciso V)
Retorno ao sumário
(Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 2º; Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018,
art. 51, inciso IV, alínea “f”, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 2º, 5º e 14)
Retorno ao sumário
(Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 21; e Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, art. 41, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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196
PASTEURIZAÇÃO COM ACONDICIONAMENTO DO LEITE DE TERCEIROS
484 —Considera-se atividade rural a pasteurização, com acondicionamento do leite produzido por
terceiros?
Não. A pasteurização, com acondicionamento, do leite, bem como o acondicionamento e embalagem de
apresentação do mel e do suco de frutas, são considerados atividade rural apenas quando efetuados com
produção própria.
Retorno ao sumário
(Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 21; Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, art. 41, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 4º, inciso V)
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RENDIMENTO DA AVICULTURA
486 — O rendimento proveniente da exploração da avicultura é considerado como sendo de
atividade rural?
Sim. A avicultura é considerada pela legislação tributária como atividade rural, nela incluída a produção de
ovos, que não se descaracteriza como tal, em virtude da utilização de máquinas para lavagem, classificação
e embalagem de ovos.
Atenção:
O fato de o produtor rural entregar, mediante contrato de prestação de serviços, ovos férteis de sua
produção, para que sejam incubados por terceiros, não descaracteriza a atividade rural, uma vez
que o risco da atividade permanece com o produtor. A incubação faz parte da produção dos
"pintinhos de um dia", portanto é irrelevante se a mesma é executada pelo produtor ou por terceiros.
(Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 2º; Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018,
arts. 51 e 54, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa
SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 2º, inciso IV)
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TURISMO RURAL
487 — O turismo rural é considerado atividade rural?
Não. As atividades de turismo rural, hotéis-fazenda, locais de passeio etc., não constituem atividade rural.
(Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 4º, inciso XI)
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197
IMÓVEL RURAL NÃO EXPLORADO COM ATIVIDADE RURAL
488 — Como deve ser declarado o imóvel rural, com bens e benfeitorias, de contribuinte que não
explora a atividade rural?
O imóvel rural, seus bens e benfeitorias devem constar na Declaração de Bens e Direitos da Declaração de
Ajuste Anual com a informação de que não é usado na atividade rural. Deste modo, quando alienados,
sujeitam-se à apuração do ganho de capital.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, arts. 128 a 153 e 890, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001,
art. 3º, inciso I)
Retorno ao sumário
Atenção:
Considera-se atividade rural o cultivo de florestas que se destinem ao corte para comercialização,
consumo ou industrialização (Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, art. 59).
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198
VENDA DE MINÉRIO EXTRAÍDO DE PROPRIEDADE RURAL
491 — Os rendimentos recebidos pela pessoa física com a venda de minério extraído de propriedade
rural são tributados na atividade rural?
Não. Os rendimentos recebidos na venda de minério extraído de propriedade rural têm o seguinte tratamento:
1 - os rendimentos auferidos na venda são tributados como ganho de capital, se essa atividade não for
exercida com habitualidade (Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 3º, § 2º); ou
2 - se houver habitualidade e fim especulativo de lucro, a pessoa física é considerada empresário (empresa
individual) equiparado a pessoa jurídica, sendo seus lucros tributados nessa condição (Regulamento do
Imposto sobre a Renda – RIR/2018, arts. 162, 623 e 624, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro
de 2018).
Atenção:
Quando houver cessão de direitos para pesquisar e extrair os recursos minerais (metal nobre,
pedras preciosas, areia, aterro, pedreiras etc.), os rendimentos, auferidos pelo cedente do direito,
sujeitam-se à apuração do ganho de capital.
(Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 4º, inciso VI)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 54, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 5º; e
Parecer Normativo CST nº 130, de 8 de julho de 1970)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 58, § 3º, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 11
e 12)
Retorno ao sumário
(Decreto-Lei nº 5.844, de 23 de setembro de 1943, art. 45; Regulamento do Imposto sobre a Renda
– RIR/2018, art. 10, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 15)
Retorno ao sumário
199
ADIANTAMENTO UTILIZADO PARA AQUISIÇÃO DE BENS
495 — Adiantamento de recursos financeiros obtidos especificamente para emprego em atividade
rural pode ser utilizado para aquisição de bens não empregados nessa atividade?
O valor recebido por conta de adiantamento de recursos financeiros para aplicação em custeio ou
investimentos, referente a produto rural a ser entregue em ano posterior, informado no campo “Apuração do
Resultado Não Tributável” do Demonstrativo da Atividade Rural, deve ser usado pelo contribuinte na forma
prevista no contrato firmado entre as partes, e, nesse caso, os respectivos valores não podem justificar
acréscimo patrimonial.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, arts. 54, § 2º, e 55, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 19)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, § 12, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 21)
Retorno ao sumário
(Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 2º; Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018,
arts. 50 e 51, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa
SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 2º, inciso VI, alínea “e”)
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
Atenção:
Os dados declarados pelo contribuinte ficam sujeitos a comprovação com documentos hábeis e
idôneos, a critério da autoridade lançadora, quando esta o solicitar. À falta destes, o rendimento
proveniente da atividade rural no exterior sujeita-se ao carnê-leão e, também, ao ajuste na
declaração anual.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 21; Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, arts. 62 e 115, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 27 e 28; e Instrução Normativa SRF nº 208,
de 27 de setembro de 2002, art. 15)
Retorno ao sumário
201
ATIVIDADE RURAL EXERCIDA NO BRASIL E NO EXTERIOR
502 — Como apurar a base de cálculo do imposto devido no caso de o contribuinte residente no
Brasil exercer atividade rural no Brasil e no exterior?
A base de cálculo é apurada da seguinte maneira:
a) o resultado da atividade rural no Brasil deve ser calculado em relação a todas as atividades rurais
exploradas individualmente, em conjunto ou em comunhão em decorrência do regime de casamento;
b) o resultado da atividade no exterior deve ser calculado separadamente da atividade rural exercida no Brasil
e para cada país onde a atividade rural foi exercida (na moeda original e posteriormente convertido para US$)
e em seguida totalizado pela soma algébrica do resultado em US$ de cada país (posteriormente convertida
para R$), sendo aplicadas as mesmas normas previstas para o contribuinte que exerce a atividade no Brasil;
c) é vedada a compensação de resultado total negativo do exterior com resultado positivo do Brasil ou de
resultado negativo do Brasil com resultado total positivo do exterior, sendo, porém, permitida a compensação
de resultado negativo com o positivo, ambos no Brasil, bem como de resultado total negativo do exterior com
resultado total positivo do exterior de anos posteriores, segundo as mesmas regras previstas para a
compensação de prejuízos apurados no Brasil;
d) deve ser preenchido o Demonstrativo da Atividade Rural tanto na parte referente à atividade exercida no
Brasil, quanto à exercida no exterior;
e) o programa IRPF 2022 automaticamente consolida o resultado tributável da atividade rural exercida no
exterior, quando positivo, com o resultado tributável da atividade rural exercida no Brasil, quando positivo, para
efeito de apuração da base de cálculo do imposto;
f) o imposto pago no exterior pode ser compensado na Declaração de Ajuste Anual até o valor correspondente
à diferença entre o imposto calculado com a inclusão do resultado da atividade rural exercida no exterior e o
imposto calculado sem a inclusão desses rendimentos e desde que não seja restituído ou compensado no
país de origem, observados os acordos, tratados e convenções internacionais firmados entre o Brasil e o país
de origem dos rendimentos ou a existência de reciprocidade de tratamento.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, arts. 9º e 21; Regulamento do Imposto sobre a Renda
– RIR/2018, arts. 61, 62 e 115, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018;
Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 27 e 28; e Instrução Normativa
SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 15)
Retorno ao sumário
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 20; Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, arts. 63, § 2º, e 64, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018;
Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 26; e Instrução Normativa SRF nº
208, de 27 de setembro de 2002, art. 42, caput e § 3º)
Retorno ao sumário
202
IMPOSTO PAGO NO EXTERIOR
504 — Como compensar o imposto pago no exterior referente à atividade rural?
O imposto pago no exterior pode ser compensado na Declaração de Ajuste Anual até o valor correspondente
à diferença entre o imposto calculado com a inclusão do resultado da atividade rural exercida no exterior e o
imposto calculado sem a inclusão desses rendimentos e desde que não seja restituído ou compensado no
país de origem, observados os acordos, tratados e convenções internacionais firmados entre o Brasil e o país
de origem dos rendimentos ou a existência de reciprocidade de tratamento.
(Lei nº 4.862, de 29 de novembro de 1965, art. 5º; Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, art. 115, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 15)
Retorno ao sumário
O contribuinte deve declará-los, neste ano, na Declaração de Bens e Direitos da própria Declaração de Ajuste
Anual, e na descrição informar que se trata de bem destinado à exploração da atividade rural, sem indicação
do respectivo valor, ficando-lhe assegurado o direito de declará-los no Demonstrativo da Atividade Rural, no
primeiro exercício em que estiver novamente obrigado a apresentá-lo.
Retorno ao sumário
Inicialmente deve-se destacar que na alienação de propriedade rural pode ocorrer a alienação apenas da terra
nua (sobre a qual se apura o ganho de capital), ou da terra nua mais benfeitorias. Caso o instrumento de
transmissão identifique separadamente o valor de alienação da terra nua e das benfeitorias e o custo dessas
benfeitorias (tanto as adquiridas pelo alienante quanto as por este realizadas) tenha sido deduzido como custo
ou despesa da atividade rural, o valor de sua alienação deve ser oferecido à tributação como receita da
atividade rural.
Quando o instrumento de transmissão não identificar separadamente o valor de alienação da terra nua e das
benfeitorias, o valor destas deve ser apurado por meio de cálculo específico, conforme regras que constam
nas perguntas a seguir indicadas.
Atenção:
Caso o custo das benfeitorias (tanto as adquiridas pelo alienante quanto as por este realizadas) não
tenha sido deduzido como custo ou despesa da atividade rural, o seu valor integra o custo de
aquisição para fins de apuração do ganho de capital, sobre o valor total da alienação.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 54, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 5º; § 2º,
inciso III; e Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, arts. 3º, 9º, caput e §§ 1º e
2º, e 19, inciso VI)
Retorno ao sumário
203
RECOLHIMENTO COMPLEMENTAR
507 — O resultado tributável apurado na atividade rural pode compor a base de cálculo do
recolhimento complementar?
Sim. É facultado ao contribuinte efetuar o recolhimento complementar sobre o resultado tributável da atividade
rural. O código de recolhimento no Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) é 0246.
(Lei nº 8.383, de 1991, art. 7º; Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 125,
aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.500,
de 29 de outubro de 2014, arts. 67 a 69 e 107)
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
II - Caso o custo dos bens e benfeitorias que estejam sendo transferidos não tenha sido deduzido como custo
ou despesa da atividade rural, pelo espólio, ex-cônjuge ou doador, o seu valor integra o custo de aquisição,
podendo ser somado ao valor da terra nua, para efeito de eventual apuração de ganho de capital, se for o
caso.
204
Atenção:
Caso o de cujus tenha recebido adiantamento de recursos financeiros por conta de venda para
entrega futura, a qual não foi feita e ficou a cargo do meeiro(a) ou dos sucessores legítimos, a
receita correspondente é tributada como rendimento da atividade rural destes, caso continuem a
exploração da atividade rural na unidade recebida, ou do espólio caso não encerrado o inventário,
no mês da entrega dos produtos (Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art.
19).
(Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 23; e Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de
outubro de 2001, art. 20)
Retorno ao sumário
Na alienação de imóvel rural com valor de alienação recebido parceladamente e atualizado por índice de
cotação de produtos rurais (arroba de boi ou vaca, saca de soja ou milho etc.), o imposto deve ser apurado
da forma a seguir descrita.
1 - Contribuinte possui imóvel rural sem benfeitorias ou com benfeitorias que não foram deduzidas
como despesas de custeio ou investimentos da atividade rural em anos anteriores:
Nesse caso, apura-se o ganho de capital em relação ao valor total da alienação, podendo o valor das
benfeitorias, se existentes, integrar o custo (Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, arts. 128 a
153, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018).
Os acréscimos auferidos no negócio, correspondentes à variação positiva do índice combinado, devem ser
tributados em separado do ganho de capital, sujeitando-se ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão),
se recebidos de pessoa física, ou à retenção na fonte, se pagos por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na
declaração anual.
2 - Contribuinte possui imóvel rural com benfeitorias que foram deduzidas como despesas de custeio
ou investimentos da atividade rural em anos anteriores:
Nesse caso, apura-se o ganho de capital em relação apenas ao valor da terra nua, devendo a receita
correspondente às benfeitorias ser tributada como da atividade rural.
Os acréscimos auferidos no negócio, correspondentes à variação positiva do índice combinado, devem ser
tributados:
a) em relação à terra nua, em separado do ganho de capital, sujeitando-se ao recolhimento mensal obrigatório
(carnê-leão), se recebidos de pessoa física, ou à retenção na fonte, se pagos por pessoa jurídica, e, também,
ao ajuste na declaração anual;
b) em relação às benfeitorias, como receita da atividade rural, juntamente com o valor original recebido pela
venda destas.
Atenção:
Caso a variação do índice contratado resulte em diminuição do valor a pagar em relação ao previsto
originalmente, não haverá redução na base de cálculo do ganho de capital.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, arts. 54, 128 a 153, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
arts. 5º, § 2º, inciso III, e 18; e Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, art. 3º)
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205
ALIENAÇÃO DE BEM RURAL - CONVERSÃO POR ÍNDICE DE PRODUTOS RURAIS
511 — Como deve o contribuinte tributar a variação ocorrida entre a data da venda e a do efetivo
recebimento, no caso de alienação de bens móveis da atividade rural com recebimento parcelado
atualizado por índice de cotação de produtos rurais?
Na alienação de bens móveis da atividade rural com valor de alienação recebido parceladamente e atualizado
por índice de cotação de produtos rurais (arroba de boi ou vaca, saca de soja ou milho etc.), o imposto deve
ser apurado da forma a seguir descrita.
1 - Contribuinte não deduziu o valor dos bens móveis como despesas de custeio ou investimentos da
atividade rural em anos anteriores:
Nesse caso, apura-se o ganho de capital em relação ao valor total da alienação (Regulamento do Imposto
sobre a Renda – RIR/2018, arts. 128 a 153, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018).
Os acréscimos auferidos no negócio, correspondentes à variação positiva do índice combinado, devem ser
tributados em separado do ganho de capital, sujeitando-se ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão),
se recebidos de pessoa física, ou à retenção na fonte, se pagos por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na
declaração anual.
2 - Contribuinte deduziu o valor dos bens móveis como despesas de custeio ou investimentos da
atividade rural em anos anteriores:
Nesse caso, o valor original recebido pela venda dos bens móveis e os acréscimos auferidos no negócio,
correspondentes à variação positiva do índice combinado, devem ser tributados como receita da atividade
rural.
Caso se trate de bens alienados juntamente com imóvel rural, sem que o instrumento de transmissão
identifique separadamente seu valor, deve ser apurada a parcela da receita correspondente à alienação dos
bens, por meio de cálculo específico, conforme regras constantes da pergunta 526.
Atenção:
Caso a variação do índice contratado resulte em diminuição do valor a pagar em relação ao previsto
originalmente, não haverá redução na base de cálculo do ganho de capital.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 54, §§ 1º e 4º, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
arts. 5º, § 2º e 18)
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FUNDO DE LIQUIDEZ
512 — Qual é o tratamento tributário das operações referentes à linha de crédito destinada a financiar
a liquidação de dívidas de produtores rurais de que trata a Lei nº 11.524, de 24 de setembro de 2007?
No caso de pessoa física, os valores das participações para constituição do fundo de liquidez de que trata o
artigo 3º da referida lei poderão ser considerados como despesa da atividade rural, enquanto que os bônus
de adimplência de que trata o inciso III do § 1º do mesmo artigo serão classificados como receita da atividade
rural.
(Lei nº 11.524, de 24 de setembro de 2007, art. 3º; e Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 18, de
6 de dezembro de 2007)
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VARIAÇÃO CAMBIAL
513 — Qual é o tratamento tributário da variação cambial apurada quando da liquidação de
empréstimos obtidos em moeda estrangeira?
O valor da variação cambial apurada no momento da liquidação de empréstimo obtido em moeda estrangeira,
pela diferença em comparação com o valor contratado, será considerado receita ou despesa da atividade
rural, conforme o caso, na data de pagamento de cada parcela.
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206
ATIVIDADE RURAL — RECEITAS
VALOR DO ARRENDAMENTO RECEBIDO EM PRODUTOS
514 — Como deve proceder o contribuinte que receber, em produtos rurais, o valor correspondente
a determinado arrendamento rural?
O valor dos produtos rurais deve ser convertido em moeda pelo preço corrente de mercado, no mês do
recebimento, ou pelo preço mínimo oficial, o maior dos dois, sujeitando-se ao carnê-leão, se recebido de
pessoa física, ou à retenção na fonte, se pago por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na declaração anual.
Quando estes bens forem vendidos, o contribuinte deve apurar o ganho de capital considerando como custo
o valor anteriormente a eles atribuído como rendimento (para efeito da apuração da base de cálculo do carnê-
leão ou da retenção na fonte).
(Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 198; Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art.
1.039, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Decreto nº 59.566, de 14 de
novembro de 1966, arts. 16, 18 e 19)
Retorno ao sumário
(Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 13; Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018,
arts. 50 e 51, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa
SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 14; e Parecer Normativo CST nº 68, de 14 de setembro
de 1976)
Retorno ao sumário
207
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 54, § 2º, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 19)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 54, § 2º, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art.19)
Retorno ao sumário
DEVOLUÇÃO DE COMPRAS
518 — Qual é o tratamento tributário do valor recebido em moeda corrente do fornecedor, decorrente
da devolução de bens e insumos rurais anteriormente adquiridos e pagos?
Caso a devolução ocorra no mesmo ano-calendário do pagamento da aquisição, este valor deve ser diminuído
da importância considerada como despesa, porém, se houver a devolução no ano-calendário seguinte (ou
seguintes), este valor constituirá receita da atividade rural no mês do recebimento.
Retorno ao sumário
Não, tributa-se como ganho de capital a transferência (cessão de direito à aquisição de bem) enquanto não
recebido o bem. Entretanto, no caso de bem já contemplado, considera-se receita da atividade rural o valor
recebido pela cessão do próprio bem.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, §§ 5º e 6º, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
arts. 5º, e 17, §§ 2º e 3º)
Retorno ao sumário
Os valores recebidos de órgãos públicos, tais como auxílios, subvenções, subsídios, Aquisições do Governo
Federal (AGF), Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e as indenizações recebidas do Programa de
Garantia da Atividade Agropecuária (Pro-Agro) são considerados como receita da atividade rural no mês em
que forem recebidos.
Atenção:
Também classificam-se como receita da atividade rural os valores recebidos a título de crédito
tributário, como, por exemplo, as transferências de crédito de Imposto sobre Operações relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), quando previstas nas respectivas legislações.
208
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 54, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 5º, § 2º,
inciso I)
Retorno ao sumário
RECEBIMENTO DE SEGURO
521 — Qual é o tratamento tributário do valor recebido por liquidação de sinistro, furto ou roubo de
insumos, bens ou produtos rurais?
O valor recebido das companhias seguradoras, nestes casos, deve ser considerado receita da atividade rural,
com o mesmo efeito de ter sido alienado, tendo em vista a anterior apropriação destes itens como custo ou
despesa daquela atividade.
Retorno ao sumário
Os valores correspondentes à venda a prazo, vinculada à emissão de notas promissórias rurais, são
considerados como receita da atividade rural no mês em que o vendedor vier a receber efetivamente o
pagamento garantido pelos títulos.
Retorno ao sumário
DECISÃO JUDICIAL
523 — Como devem ser tributados as receitas da atividade rural, a atualização monetária e os juros
recebidos em decorrência de decisão judicial, em virtude de mora do devedor?
Independentemente do ano a que se refiram, todos esses valores são considerados receita da atividade rural
apenas no mês de seu efetivo recebimento.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 54, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 18)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 54, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 5º; e
Parecer Normativo CST nº 66, de 5 de setembro de 1986)
Retorno ao sumário
209
ANIMAIS, PRODUTOS OU BENS RURAIS ENTREGUES PARA INTEGRALIZAÇÃO DE QUOTAS
525 — Animais, produtos ou bens rurais entregues para integralizar quotas subscritas em sociedade
(empresa rural) configuram receita da atividade rural?
Sim, a entrega de animais, produtos ou bens rurais para integralização de capital em sociedade por quotas
implica obtenção de receita e, em consequência, deve compor o resultado da atividade rural. O valor pelo qual
os animais, produtos ou bens rurais forem transferidos deve ser incluído como receita para apuração do
rendimento tributável.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 54, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 5º, § 2º,
inciso V)
Retorno ao sumário
No caso de alienação de bens ou benfeitorias juntamente com a terra nua, sem que o instrumento de
transmissão identifique separadamente o valor da terra nua, o valor de venda a ser atribuído aos bens ou
benfeitorias é determinado da maneira a seguir descrita.
210
Atenção:
Em qualquer das hipóteses, o valor de alienação da terra nua não constitui receita da atividade rural
e sujeita-se à apuração do ganho de capital.
(Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 4º, § 3º; Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, arts. 54 e 128 a 153, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e
Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 5º e 9º)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 54, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 6º)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 54, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 5º)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 54, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de novembro de 2001, art. 5º)
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
(Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 6º; Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018,
art. 55, § 2º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa
SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 8º, inciso VII)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 17 § 3º)
Retorno ao sumário
212
DESPESAS COM VEÍCULOS
533 — Podem ser deduzidas na atividade rural as despesas de aluguel, uso e manutenção de
veículos?
Sim, desde que as despesas sejam realizadas com veículos utilizados diretamente na atividade rural, tais
como os gastos realizados com aluguel, peças de reposição, manutenção e uso de veículos, combustíveis,
óleos lubrificantes, serviços de mecânico, salários do condutor.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, § 1º, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 7º)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, arts. 41 e 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 7º)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, § 1º e § 2º, inciso III, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro
de 2001, arts. 7º e 8º, inciso III)
Retorno ao sumário
(Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 21; Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, arts. 41 e 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 7º)
Retorno ao sumário
213
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DA ATIVIDADE RURAL
537 — O que se considera prestação de serviços da atividade rural, para fins de dedução como
despesa de custeio?
Considera-se prestação de serviços da atividade rural, para fins de dedução como despesa de custeio, aquela
necessária à percepção dos rendimentos e à manutenção da fonte produtora e que contribui normalmente
para a realização da produção rural, como por exemplo:
• as operações culturais, de colheita, debulha, enfardação, ceifa e recolha, incluindo operações de
sementeira e de plantação;
• as operações de embalagem e de acondicionamento, tais como a secagem, limpeza, trituração,
desinfecção e ensilagem de produtos agrícolas;
• a armazenagem de produtos agrícolas;
• a guarda, criação ou engorda de animais;
• a locação, para fins rurais, dos meios normalmente utilizados nas explorações agrícolas, pecuárias,
silvícolas ou de pesca;
• a assistência técnica;
• a destruição de plantas e animais nocivos, o tratamento de plantas e de terreno por pulverização;
• a exploração de instalações de irrigações e de drenagem; e
• a poda de árvores, corte de madeira e outros serviços silvícolas.
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 7º; e
Parecer Normativo CST nº 90, de 1978)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, §§ 5º e 6º, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001,
art. 17, §§ 2º e 3º)
Retorno ao sumário
214
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
540 — Como devem ser consideradas as importâncias recebidas a título de financiamento ou
empréstimo para formação e manutenção da atividade rural?
As importâncias correspondentes aos financiamentos ou empréstimos obtidos são consideradas recursos no
ano em que forem recebidas e declaradas pelo saldo em 31 de dezembro de cada ano na ficha Dívidas
Vinculadas à Atividade Rural do Demonstrativo da Atividade Rural. Os dispêndios com formação e
manutenção da atividade rural são considerados despesas ou investimentos no mês em que forem efetivados
como custeio ou como inversão de capital. Os encargos financeiros efetivamente pagos em decorrência de
empréstimos contraídos para o financiamento de custeio e investimentos da atividade rural podem ser
deduzidos como despesa na apuração do resultado.
Ressalte-se que as parcelas de amortização do financiamento ou empréstimo, no montante correspondente
ao valor do principal, não podem ser deduzidas como despesa quando de seu pagamento, devendo apenas
ser informadas na ficha Dívidas Vinculadas à Atividade Rural do Demonstrativo da Atividade Rural.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, arts. 54 e 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 16; e
Parecer Normativo CST nº 90, de 16 de outubro de 1978)
Retorno ao sumário
DEDUÇÃO DE MULTAS
541 — Podem ser deduzidas da receita bruta da atividade rural as multas pagas durante o ano-
calendário?
A regra geral é que são indedutíveis como despesa da atividade rural os pagamentos de multas efetuados
durante o ano-calendário, especialmente aquelas decorrentes de infrações legais aplicadas por auto de
infração/notificação.
Entretanto, as multas moratórias decorrentes do pagamento em atraso de despesas dedutíveis da atividade
rural têm o mesmo tratamento destas despesas e, nesse caso, são também dedutíveis.
Também as multas decorrentes do descumprimento de obrigações acessórias, de que não resulte falta ou
insuficiência de pagamento de tributos, são dedutíveis, bem como as decorrentes do descumprimento de
obrigações contratuais que representem despesas dedutíveis da atividade rural.
Retorno ao sumário
215
(Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 4º, § 2º; Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, art. 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 8º)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, § 2º, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 9º)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 8º,
incisos VII e X)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, arts. 54 e 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580,
de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 5º,
§ 2º, inciso IV, e 8º)
Retorno ao sumário
(Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990, art. 4º, § 2º; Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, art. 55, § 11, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 8º e 16)
Retorno ao sumário
216
INVESTIMENTO NA CAPTURA IN NATURA DO PESCADO
547 — O que se considera investimento no caso de exploração animal na captura in natura do
pescado?
Considera-se investimento na captura in natura do pescado a efetiva aplicação de recursos financeiros,
durante o ano-calendário, que vise ao desenvolvimento da atividade rural para a expansão, captura e melhoria
da produtividade da pesca, tais como reforma/aquisição de motores, de embarcações, de frigoríficos, de redes
de pesca, de botes ou caíques, de rádios de comunicação, de bússolas, de sondas, de radares, de guinchos,
de cordas, de anzóis e de boias.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 8º, inciso
III)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 8º)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 8º; e
Parecer Normativo CST nº 90, de 16 de outubro de 1978, item 4)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 8º, inciso
VI)
Retorno ao sumário
217
AQUISIÇÃO DE QUOTAS OU PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS
551 — A aquisição de quotas de cooperativa rural ou de participação societária no capital de
empresa rural é considerada investimento na atividade rural?
Não, este dispêndio é considerado apenas aquisição de participação societária e deve ser incluído na ficha
de Bens e Direitos da Declaração de Ajuste Anual.
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 55, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, art. 8º)
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GANHO DE CAPITAL
OPERAÇÕES SUJEITAS À APURAÇÃO DO GANHO DE CAPITAL
553 — Quais as operações sujeitas à apuração do ganho de capital?
Estão sujeitas à apuração de ganho de capital as operações que importem:
I - alienação, a qualquer título, de bens ou direitos ou cessão ou promessa de cessão de direitos à sua
aquisição, tais como as realizadas por compra e venda, permuta, adjudicação, dação em pagamento,
procuração em causa própria, promessa de compra e venda, cessão de direitos ou promessa de cessão de
direitos e contratos afins;
II - transferência a herdeiros e legatários na sucessão causa mortis, a donatários na doação, inclusive em
adiantamento da legítima, ou atribuição a ex-cônjuge ou ex-convivente, na dissolução da sociedade conjugal
ou união estável, de bens e direitos por valor superior àquele pelo qual constavam na Declaração de Ajuste
Anual do de cujus, do doador, do ex-cônjuge ou ex-convivente que os tenha transferido;
III - alienação de bens ou direitos e liquidação ou resgate de aplicações financeiras, de propriedade de pessoa
física, adquiridos, a qualquer título, em moeda estrangeira.
Atenção:
Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT):
No período de 04/04/2016 a 31/10/2016 foi permitida, por opção, a regularização cambial e tributária
de patrimônio localizado no Brasil ou no Exterior, em nome do próprio declarante ou de terceiro,
desde que atendidas as seguintes condições:
I – ser residente no Brasil, para fins tributários, em 31 de dezembro de 2014;
II – apresentar, no período de 4 de abril de 2016 a 31 de outubro de 2016, a Declaração de
Regularização Cambial e Tributária (Dercat);
III – informar na DAA referente ao ano-calendário de 2014 os recursos, bens e direitos de qualquer
natureza constantes na Dercat;
IV – pagar o imposto sobre ganho de capital com alíquota de 15%, tendo como base de cálculo o
valor de mercado, do bem ou direito regularizado, em 31/12/2014;
V – pagar a multa de igual valor ao imposto apurado no item IV;
VI – não incorrer nas condições impeditivas aplicáveis ao RERCT.
Reabertura do RERCT:
A regularização cambial (RERCT) foi reaberta no período de 03/04/2017 a 31/07/2017, exigindo
o atendimento das seguintes condições:
218
I – ser residente no Brasil, para fins tributários, em 30 de junho de 2016;
II – apresentar, no período de 3 de abril de 2017 a 31 de julho de 2017, a Declaração de
Regularização Cambial e Tributária (Dercat);
III – informar na DAA referente ao ano-calendário de 2016 os recursos, bens e direitos de qualquer
natureza constantes na Dercat. Tendo sido necessário retificar a DAA do exercício de 2017, o
prazo para apresentar a retificadora em virtude da Regularização Cambial e Tributária ocorreu
em 30 de dezembro de 2017.
IV – pagar o imposto sobre ganho de capital com alíquota de 15%, tendo como base de cálculo
o valor de mercado, do bem ou direito regularizado, em 30/06/2016;
V – pagar a multa de valor igual a 135% (cento e trinta e cinco por cento) do imposto apurado no
item IV;
VI – não incorrer nas condições impeditivas aplicáveis ao Regime Especial de Regularização
Cambial e Tributária (RERCT).
O Regime Especial aqui tratado aplica-se ainda ao espólio cuja sucessão tenha sido aberta até a
data de adesão ao RERCT.
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Na hipótese de alienação em partes do mesmo bem ou direito, a partir da segunda operação, desde que
realizada até o final do ano-calendário seguinte ao da primeira operação, o ganho de capital deve ser somado
aos ganhos auferidos nas operações anteriores, para fins de definição da alíquota aplicável, deduzindo-se o
montante do imposto pago nas operações anteriores.
Atenção:
As alíquotas progressivas se aplicam, inclusive, ao ganho de capital decorrente:
a) da alienação de bens ou direitos adquiridos e da liquidação ou resgate de aplicações financeiras
realizadas em moeda estrangeira; e
b) da doação de bens a terceiros, por valor superior ao constante na declaração do doador.
A apuração do imposto sobre a renda com a utilização de alíquotas progressivas não se aplica:
- ao Fundo de Investimento Imobiliário (FII) - 20% (Lei nº 8.668, de 25 de junho de 1993, art. 18);
- aos Fundos de Investimento em Participações - 15% (Lei nº 11.312, de 27 de junho de 2006, art. 2º);
- aos Fundos de Investimentos em Cotas de Fundos de Investimento em Participações - 15% (Lei nº 11.312,
de 27 de junho de 2006, art. 2º);
- aos Fundos de Investimentos em Empresas Emergentes - 15% (Lei nº 11.312, de 27 de junho de 2006, art.
2º);
- à diferença a maior entre o valor de mercado e o valor pelo qual o bem ou direito constavam na declaração
de bens do de cujus, do doador ou do ex-cônjuge ou ex-convivente, nas transferências de direito de
propriedade por sucessão, dissolução da sociedade conjugal ou da unidade familiar, nos casos de herança,
219
legado ou por doação em adiantamento da legítima, nas hipóteses de os bens e direitos serem avaliados a
valor de mercado - 15% (Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 23).
(Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, art. 21; Lei nº 13.259, de 16 de março de 2016; e Ato
Declaratório Interpretativo RFB nº 3, de 27 de abril de 2016)
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Atenção:
A parcela da indenização, correspondente às benfeitorias, é computada como receita da atividade
rural quando esta tiver sido deduzida como despesa de custeio ou investimento.
3 - Alienação, por valor igual ou inferior a R$ 440.000,00, do único bem imóvel que o titular possua,
individualmente, em condomínio ou em comunhão, independentemente de se tratar de terreno, terra nua, casa
ou apartamento, ser residencial, comercial, industrial ou de lazer, e estar localizado em zona urbana ou rural,
desde que não tenha efetuado, nos últimos cinco anos, outra alienação de imóvel a qualquer título, tributada
ou não, sendo o limite considerado em relação:
• à parte de cada condômino ou coproprietário, no caso de bens possuídos em condomínio;
• ao imóvel possuído em comunhão, no caso de sociedade conjugal ou união estável (salvo contrato
escrito entre os companheiros);
Consulte as perguntas 600, 624, 647, 648, 649 e 650
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 23)
5 - O valor da redução do ganho de capital para imóveis adquiridos entre 1969 e 1988;
6 - A partir de 16/06/2005, o ganho auferido por pessoa física residente no Brasil na venda de imóveis
residenciais, desde que o alienante, no prazo de 180 dias contado da celebração do contrato, aplique o produto
da venda na aquisição, em seu nome, de imóveis residenciais localizados no País;
A opção pela isenção de que trata este item é irretratável e o contribuinte deve informá-la no respectivo
Demonstrativo da Apuração dos Ganhos de Capital da Declaração de Ajuste Anual.
Atenção:
A contagem do prazo de 180 dias inclui a data da celebração do contrato.
No caso de venda de mais de 1 (um) imóvel, o prazo de 180 (cento e oitenta) dias é contado a partir
da data da celebração do contrato relativo à primeira operação.
A aplicação parcial do produto da venda implica tributação do ganho proporcionalmente ao valor da
parcela não aplicada.
No caso de aquisição de mais de 1 (um) imóvel, a isenção de que trata este item aplica-se ao ganho
de capital correspondente apenas à parcela empregada na aquisição de imóveis residenciais.
O contribuinte somente pode usufruir do benefício de que trata este item 1 (uma) vez a cada 5
(cinco) anos, contados a partir da data da celebração do contrato relativo à operação de venda com
220
o referido benefício ou, no caso de venda de mais de 1 (um) imóvel residencial, à 1ª (primeira)
operação de venda com o referido benefício.
Na hipótese de venda de mais de 1 (um) imóvel, estão isentos somente os ganhos de capital
auferidos nas vendas de imóveis residenciais anteriores à primeira aquisição de imóvel residencial.
Não integram o produto da venda, para efeito do valor a ser utilizado na aquisição de outro imóvel
residencial, as despesas de corretagem pagas pelo alienante.
Considera-se imóvel residencial a unidade construída em zona urbana ou rural para fins residenciais,
segundo as normas disciplinadoras das edificações da localidade em que se situar.
(Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, art. 39; Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de
dezembro de 2005, art. 2º; Solução de Consulta Cosit nº 70, de 28 de março de 2014; Solução de
Consulta Cosit nº 240, de 19 de maio de 2017; Solução de Consulta Cosit nº 211, de 24 de junho
de 2019).
221
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 22; Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de
dezembro de 2005, art. 1º; e Solução de Consulta Cosit nº 264, de 25 de setembro de 2019)
8 - Restituição de participação no capital social mediante a entrega à pessoa física, pela pessoa jurídica, de
bens e direitos de seu ativo avaliados por valor de mercado;
9 - Transferência a pessoas jurídicas, a título de integralização de capital, de bens ou direitos pelo valor
constante na declaração de rendimentos;
Atenção:
Nas operações de permuta realizadas por contrato particular, somente se configura a permuta se a
escritura pública, quando lavrada, for de permuta.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 132, inciso II, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018)
11 - Permuta, caracterizada com a entrega, por valor não superior ao de face, pelo licitante vencedor, de títulos
da dívida pública federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, ou de outros créditos contra a União, o
Estado, o Distrito Federal ou o Município, como contrapartida à aquisição das ações ou quotas leiloadas, no
âmbito dos respectivos programas de desestatização;
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 147, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018)
(Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 24, § 6º, inciso I; Instrução Normativa
SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000, art. 14, inciso I)
13 – A variação cambial decorrente das alienações de bens ou direitos adquiridos e das liquidações ou
resgates de aplicações financeiras realizadas com rendimentos auferidos originariamente em moeda
estrangeira);
Atenção:
Somente é isenta a variação cambial, sendo tributável o ganho obtido em moeda estrangeira
(Consulte a pergunta 612).
(Instrução Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000, art. 14, inciso II)
14 – A variação cambial dos saldos dos depósitos mantidos em instituições financeiras no exterior);
15 – Alienação de moeda estrangeira mantida em espécie, cujo total de alienações, no ano-calendário, seja
igual ou inferior ao equivalente a cinco mil dólares dos Estados Unidos da América. Consulte a pergunta 616;
(Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 24, § 6º, inciso II; e Instrução
Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000, art. 14, inciso III)
222
Atenção:
No caso de alienação de bens recebidos em doação, para efeito de apuração de ganho de capital,
o custo de aquisição é igual a zero (Lei nº 10.451, de 10 de maio de 2002, art. 5º).
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Atenção:
No caso de aquisição de casa pré-fabricada e terreno onde foi construída, poderá usufruir da
isenção, desde que cumpridos os demais requisitos previstos no art. 39 da Lei nº 11.196, de 2005,
e apenas se comprovado que o imóvel objeto dessa operação destina-se a fins residenciais,
segundo as normas disciplinadoras das edificações da localidade em que se situar).(Lei nº 11.196,
de 21 de novembro de 2005, art. 39; Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de dezembro de 2005,
art. 2º; Solução de Consulta Cosit nº 70, de 28 de março de 2014; Solução de Consulta Cosit nº
240, de 19 de maio de 2017; Solução de Consulta Cosit nº 211, de 24 de junho de 2019; e Solução
de Consulta Cosit nº 4, de 3 de março de 2021)
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(Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, art. 39; Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de
dezembro de 2005, art. 2º; e Solução de Consulta Cosit nº 211, de 24 de junho de 2019)
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(Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, art. 39; Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de
dezembro de 2005, art. 2º; e Solução de Consulta Cosit nº 211, de 24 de junho de 2019)
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223
NÃO APLICAÇÃO DO PRODUTO DA VENDA DE IMÓVEIS RESIDENCIAIS EM 180 DIAS — ISENÇÃO
559 — Quais são as consequências legais no caso de não observância do prazo de 180 dias para a
compra de imóveis residenciais?
A inobservância das condições legais previstas importa em exigência do imposto com base no ganho de
capital, acrescido de:
a) juros de mora, calculados a partir do 2º (segundo) mês subsequente ao do recebimento do valor ou de
parcela de valor do imóvel vendido; e
b) multa, de mora ou de ofício, calculada a partir do 2º (segundo) mês seguinte ao do recebimento do valor
ou de parcela do valor do imóvel vendido, se o imposto não for pago em até 210 (duzentos e dez) dias
contados da data da celebração do contrato.
Atenção:
Não descaracteriza a aplicação do produto da venda na aquisição de outro imóvel residencial o fato
de o contribuinte ter utilizado o produto da alienação em aquisição de consórcio imobiliário para,
dentro do prazo de 180 dias, utilizar a carta de crédito do consórcio para a aquisição do imóvel
residencial.
(Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, art. 39; Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de
dezembro de 2005, art. 2º; Solução de Consulta Interna Cosit nº 10, de 5 de junho de 2014; e
Solução de Consulta Cosit nº 60, de 23 de junho de 2020)
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(Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, art. 2º, parágrafo único)
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224
Atenção:
Aplica-se o mesmo entendimento exposto, com relação à data, nos demais casos de dissolução de
sociedade conjugal reconhecida por decisão judicial, ou por escritura pública, ainda que o registro
do imóvel no cartório competente tenha sido feito em nome de apenas um dos participantes da
sociedade.
(Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, art. 21, inciso III; Solução de Divergência
Cosit nº 19, de 16 de setembro de 2013)
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Cabe destacar, ainda, que essas despesas somente poderão ser incorporadas ao custo de
imóvel se estiverem comprovadas com documentação hábil e idônea (notas fiscais para as
despesas com pessoas jurídicas, recibos para as despesas com pessoas físicas), que deverá
ser mantida em poder do contribuinte por pelo menos cinco anos após a alienação do
imóvel.Consulte a pergunta 636
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USUCAPIÃO
564 — O que se considera como data e custo de aquisição quando o imóvel é adquirido por
usucapião?
A data e o custo de aquisição são determinados da forma a seguir:
1 - Usucapião extraordinário
Neste caso, considera-se como data de aquisição aquela em que tenha se consumado o prazo de prescrição
aquisitiva, ou seja, quinze anos de posse ininterrupta, mansa e pacífica do imóvel, independentemente de
título e boa-fé, podendo-se requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o
registro no Cartório de Registro de Imóveis. O prazo estabelecido reduz-se a dez anos se o possuidor houver
estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
O custo de aquisição será igual a zero, tendo em vista que não houve valor pago pela aquisição do imóvel.
(Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, art. 1.238; e Solução de Consulta Cosit nº
600, de 21 de dezembro de 2017)
2 - Usucapião ordinário
Nesta hipótese, nenhuma dificuldade há para identificar a data e o custo de aquisição, uma vez que entre seus
requisitos estão o justo título e a posse contínua e incontestada por dez anos. Este prazo é de cinco anos se
o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório,
cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado
investimentos de interesse social e econômico.
(Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, art. 1.242)
225
3 - Usucapião especial
Neste caso, considera-se como data de aquisição aquela em que tenha se consumado o prazo de cinco anos.
Quanto ao custo de aquisição, também será igual a zero, tendo em vista que não houve valor pago pela
aquisição do imóvel.
(Constituição Federal de 1988, arts. 183 e 191; e Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código
Civil, arts. 1.239 e 1.240)
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LAUDÊMIO
565 — Integra o custo de aquisição o valor do laudêmio pago na transferência de domínio útil de
bem gravado por enfiteuse?
Sim. Integra o custo de aquisição o valor de laudêmio pago ao senhorio ou proprietário por desistir do seu
direito de opção na transferência do domínio útil de bem gravado por enfiteuse.
(Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, art. 17, inciso I, alínea “h”)
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(Lei nº 7.713, de 1988, art. 3º, § 3º; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 128, §
4º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 84,
de 11 de outubro de 2001, arts. 3º e 21)
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CUSTO DE AQUISIÇÃO
568 — Qual é o custo de aquisição de bens ou direitos adquiridos até 31/12/1991 e os adquiridos
entre 01/01/1992 a 31/12/1995, no caso de contribuinte desobrigado de apresentar a declaração dos
exercícios de 1992, ano-calendário de 1991, e seguintes?
(Lei nº 8.383, de 1991, art. 96 e §§ 4º, 5º, 8º e 9º; Lei nº 8.981, de 1995, art. 22, inciso I; Lei nº 9.249,
de 1995, arts. 17 e 30; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 138 e 140,
aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 84, de
11 de outubro de 2001, arts. 5º a 8º)
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(Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, art. 80, inciso I e art. 1.225, inciso IV)
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CESSÃO DE PRECATÓRIO
571 — Qual é o tratamento tributário na cessão de direito de precatório?
Quanto ao cedente:
A diferença positiva entre o valor de alienação e o custo de aquisição na cessão de direitos representados por
créditos líquidos e certos contra a Fazenda Pública (precatórios) está sujeita à apuração do ganho de capital,
pelo cedente.
Os ganhos de capital serão apurados, pela pessoa física cedente, no mês em que forem auferidos, e tributados
em separado, mediante aplicação de uma das alíquotas progressivas estabelecidas pela Lei nº 13.259, de 16
de março de 2016, não integrando a base de cálculo do imposto na declaração de rendimentos, e o valor do
imposto pago não poderá ser deduzido do devido na declaração.
O custo de aquisição na cessão original, ou seja, naquela em que ocorre a primeira cessão de direitos, é igual
a zero, porquanto não existe valor pago pelo direito ao crédito. Nas subsequentes, o custo de aquisição será
o valor pago pela aquisição do direito na cessão anterior.
Considera-se como valor de alienação o valor recebido do cessionário pela cessão de direitos do precatório.
Quanto ao cessionário:
O cessionário sub-roga-se no crédito do cedente, que para aquele transfere todos os direitos, inclusive os
acessórios do crédito.
227
Por ocasião do recebimento do precatório, o cessionário apurará o ganho de capital considerando como valor
de alienação o valor líquido passível de compensação, isto é, após excluídas as deduções legais. Considera-
se como custo de aquisição o valor pago ao cedente, quando da aquisição da cessão de direitos do precatório.
Os ganhos de capital serão apurados, pela pessoa física cessionária, no mês em que forem auferidos, e
tributados em separado, mediante aplicação de uma das alíquotas progressivas estabelecidas pela Lei nº
13.259, de 16 de março de 2016, não integrando a base de cálculo do imposto na declaração de rendimentos,
e o valor do imposto pago não poderá ser deduzido do devido na declaração.
Atenção:
O crédito líquido e certo, decorrente de ações judiciais, instrumentalizado por meio de precatório,
mantém por toda a sua trajetória a natureza jurídica do fato que lhe deu origem, independendo,
assim, de ele vir a ser transferido a outrem. O acordo de cessão de direitos relativo ao precatório
não pode afastar a tributação na fonte dos rendimentos tributáveis no momento em que for quitado
pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios.
Em função da natureza jurídica do crédito cedido, ocorrerá a incidência de imposto sobre a renda
retido na fonte, quando cabível, no momento do pagamento do precatório, considerado como tal
quando ocorrer a homologação da compensação do precatório com débitos de natureza tributária
do cessionário para com a União, os estados, o Distrito Federal ou os municípios.
Em virtude da transação efetuada, o imposto sobre a renda retido na fonte não constitui ônus do
cessionário nem do cedente, não integrando a base de cálculo do ganho de capital e não sendo
passível de compensação ou dedução na Declaração de Ajuste Anual.
(Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional (CTN), art. 123; Lei nº 7.713,
de 22 de dezembro de 1988, arts. 1º, 2º, 3º, caput e §§ 2º a 4º, 16, caput e § 4º; Lei nº 8.981, de 20
de janeiro de 1995, art. 21, caput e §§ 1º e 2º; Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código
Civil (CC), arts. 286, 287, 347 e 348; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 128
e 140, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº
84, de 11 de outubro de 2001, arts. 2º, 3º, 18 e 27; Parecer Cosit nº 26, de 29 de junho de 2000;
Solução de Consulta Cosit nº 153, de 11 de junho de 2014; e Solução de Consulta Cosit nº 674, de
27 de dezembro de 2017)
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228
Esclareça-se que a cláusula de retrovenda é condição resolutória, não suspensiva do ato.
Atenção:
A rescisão do contrato de alienação não implica restituição do imposto pago pelo alienante.
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 44, 45 e 688, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; e Solução de Consulta Cosit nº 183, de 25 de junho de 2014)
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229
PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS — ALIENAÇÃO SEM PREÇO PREDETERMINADO
577 — Como devem ser tributados os resultados obtidos em alienações de participações societárias
quando o preço não pode ser predeterminado?
Para efeito de apuração de ganho de capital na alienação de participações societárias, o custo de aquisição
das ações ou quotas é apurado pela média ponderada dos custos unitários, por espécie, desses títulos.
Quando não houver valor determinado, por impossibilidade absoluta de quantificá-lo de imediato (ex.: a
determinação do valor das prestações e do preço depende do faturamento futuro da empresa adquirida, no
curso do período do pagamento das parcelas contratadas), o ganho de capital deve ser tributado na medida
em que o preço for determinado e as parcelas forem pagas.
Não obstante ser indeterminado o preço de alienação, toma-se como data de alienação a da concretização
da operação ou a data em que foi cumprida a cláusula preestabelecida nos atos contratados sob condição
suspensiva.
Contudo, alerte-se que o tratamento descrito deve ser comprovado pelas partes contratantes sempre que a
autoridade lançadora assim o determinar.
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Atenção:
O montante das novas participações societárias deve ser igual ao custo de aquisição da
participação societária originária.
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INCORPORAÇÃO DE AÇÕES
579 – Qual é o tratamento tributário na incorporação de ações?
Na operação de incorporação de ações, uma companhia incorpora a totalidade das ações de outra, sendo
que esta última não se extingue, continuando a ter direitos e obrigações. A incorporadora passa a ser a única
acionista da companhia cujas ações forem incorporadas. Não há incorporação de uma sociedade pela outra,
mas de elemento patrimonial, representado pelas ações incorporadas, cujos títulos farão parte do ativo da
incorporadora.
Assim sendo, na operação de incorporação de ações, a transferência destas para o capital social da
companhia incorporadora caracteriza alienação cujo valor, se superior ao indicado na declaração de bens da
pessoa física que as transfere, é tributado pela diferença a maior, como ganho de capital, na forma da
legislação.
(Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, art. 252; Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art.
3º; Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art. 23; e Instrução Normativa SRF nº 84, de 2001,
arts. 2º, 3º, 16, 27 e 30; e Solução de Consulta Cosit nº 224, de 14 de agosto de 2014)
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230
A pessoa física deve lançar, na declaração correspondente ao exercício em que efetuou a transferência, as
ações ou quotas subscritas pelo valor pelos quais os bens ou direitos foram transferidos.
Se a transferência dos bens ou direitos tiver sido efetuada por valor superior ao constante para estes na
Declaração de Bens e Direitos, a diferença a maior é tributável como ganho de capital.
(Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art. 23; e Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, art. 142, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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(Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art. 22; e Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 143, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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(Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 23; e Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de
outubro de 2001, art. 20)
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231
O Darf do pagamento do imposto deve ser preenchido em nome do ex-cônjuge ou ex-convivente ao qual o
bem ou direito for atribuído e este deve pagar o imposto.
(Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 23; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 130, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, art. 30, inciso V e § 3º, inciso V)
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HERANÇA OU LEGADO
585 — Qual é o tratamento tributário na transferência de bens ou direitos por herança ou legado?
Na transferência do direito de propriedade por sucessão, nos casos de herança ou legado, os bens e direitos
podem ser avaliados pelo valor constante na última Declaração de Bens e Direitos do de cujus, atualizado
monetariamente até 31/12/1995, ou por valor superior àquele declarado, observado o seguinte:
a) se os bens ou direitos forem transferidos por valor superior ao anteriormente declarado, a diferença positiva
entre o valor de transmissão e o valor constante na última Declaração de Bens e Direitos do de cujus ou o
custo de aquisição, é tributada como ganho de capital à alíquota de 15%:
a.1) nesta hipótese, o contribuinte do imposto é o espólio, devendo ser preenchido, utilizando-se do
programa gerador específico, o Demonstrativo da Apuração dos Ganhos de Capital, exportando o resultado
para a Declaração Final de Espólio;
a.2) o Darf do pagamento do imposto deve ser preenchido em nome do espólio;
b) se a transferência for pelo valor constante na última Declaração de Bens e Direitos do de cujus, não há
ganho de capital no ato da transferência;
c) a opção pelo valor constante na última Declaração de Bens e Direitos do de cujus ou por valor superior a
este será feita em relação a cada um dos bens transferidos;
d) o herdeiro ou legatário deve incluir os bens ou direitos, em sua Declaração de Bens e Direitos, pelo valor
de transmissão da parte de que lhe coube, o qual constitui custo para efeito de apuração de ganho de capital
numa eventual alienação futura. Considera-se data de aquisição a da abertura da sucessão (falecimento).
Atenção:
Para efeito de apuração do limite de isenção, na alienação de bens de pequeno valor até
R$ 35.000,00, devem ser somados os valores de transferência de todos os bens da mesma
natureza.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 130, 132, inciso I, 133, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro
de 2001, art. 3º, inciso II; Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de dezembro de 2005, art. 1º; e
Solução de Consulta Cosit nº 82, de 2 de abril de 2014)
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Atenção:
Ocorrendo sobrepartilha, a apuração do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital
relativo a bens constantes da partilha somente será concretizada quando da apresentação da
Declaração Final de Espólio, quando será exigido o pagamento do referido imposto.
232
No caso de alienação a prazo efetuada pelo de cujus, com parcela paga após a partilha ou
adjudicação, cabe ao sucessor, na qualidade de responsável tributário, o pagamento do IRPF
incidente sobre o ganho de capital referente a essa parcela, em nome do qual deverá ser realizado
o pagamento do Darf, até o último dia útil do mês subsequente ao do recebimento.
(Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 23; Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, art. 16;
Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, arts. 3º, inciso II, e 30, § 3º, inciso III;
Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 130, 132, inciso I, 133, 140, inciso III, e
843, § 2º, inciso I, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Solução de
Consulta Cosit nº 50, de 22 de junho de 2020; e Solução de Consulta Cosit nº 135, de 1º de
dezembro de 2020)
Retorno ao sumário
Atenção:
Na hipótese de doação de livros, objetos fonográficos ou iconográficos, obras audiovisuais e obras
de arte, para os quais seja atribuído valor de mercado, efetuada por pessoa física a órgãos públicos,
autarquias, fundações públicas ou entidades civis sem fins lucrativos, desde que os bens doados
sejam incorporados ao acervo de museus, bibliotecas ou centros de pesquisa ou ensino, no Brasil,
com acesso franqueado ao público em geral:
I - o doador deve considerar como valor de alienação o constante em sua declaração de bens;
II - o donatário registra os bens recebidos pelo valor atribuído no documento de doação.
Na hipótese aqui prevista, ocorrendo a alienação futura dos bens recebidos em doação, o custo de
aquisição será considerado igual a zero para efeito de apuração de ganho de capital.
(Lei nº 10.451, de 10 de maio de 2002, art. 5º; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018,
arts. 35, inciso VII, alínea “c”, 130, § 4º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de
2018; Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, art. 3º; e Solução de Consulta
Cosit nº 122, de 26 de março de 2019)
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233
PRAZO — DOAÇÃO EM ADIANTAMENTO DA LEGÍTIMA
589 — Qual é o prazo para o pagamento do imposto na transferência de bens ou direitos na doação
em adiantamento da legítima?
O imposto deve ser pago até o último dia útil do mês subsequente ao da doação pelo doador e em seu nome
deve ser feito o Darf do pagamento do imposto, com a utilização do código 4600.
(Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 23; e Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de
outubro de 2001, art. 30, inciso IV e § 3º)
Retorno ao sumário
Atenção:
A posterior alienação dos bens móveis recebidos configura uma nova operação de alienação,
devendo o ganho de capital, porventura apurado, ser tributado, atribuindo-se aos bens, como custo
de aquisição, o valor de mercado na data em que foram recebidos.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 47, inciso IV, 134, e 151, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro
de 2001, arts. 18 e 19,incisos I e II, e § 3º)
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234
ALIENAÇÃO COM DÍVIDA QUITADA COM DESCONTO
592 — Como proceder quanto à tributação de bens ou direitos alienados a prazo sendo a dívida
quitada com desconto?
O desconto obtido não constitui rendimento para o beneficiário e, de forma alguma, enseja ao alienante motivo
para restituição de imposto caso tenha havido incidência do imposto sobre a renda sobre o ganho obtido na
alienação.
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Esta hipótese configura modalidade de ato jurídico sob condição suspensiva, ou seja, o fato gerador da
obrigação tributária (alienação) somente ocorre com o implemento da condição, isto é, com a aprovação do
financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e a celebração do contrato definitivo de compra e
venda, concretizando a transmissão dos direitos sobre o imóvel (PMF nº 80, de 1979, item 7).
Como exemplo, suponha-se que a operação sob essa condição foi acordada em 20/10/2020, sendo o
financiamento liberado e o contrato celebrado em 28/03/2021. Assim, somente na data do implemento da
condição (28/03/2021), considera-se consumada a transmissão do imóvel, com todos os efeitos fiscais dela
decorrentes.
235
Na hipótese de ter havido qualquer pagamento inicial em 20/10/2020 (como o sinal para garantia do negócio),
o alienante e o adquirente devem registrar esse fato em suas declarações de bens, historiando a operação
efetuada e o valor pago ou recebido, a fim de evitar a ocorrência de variação patrimonial não justificada no
período correspondente. Contudo, para fins de apuração de ganho de capital pelo alienante, considera-se
como data de alienação 28/03/2021 e como valor de alienação, o preço efetivo de venda acordado também
nessa data, incluído aí o sinal recebido.
Como custo de aquisição, o adquirente deve considerar o total dos valores pagos até março de 2021, incluindo
o sinal registrado na declaração de bens (ou valor correspondente), as prestações pagas a cada ano-
calendário, os juros e demais acréscimos pagos no respectivo financiamento (não se aplica à hipótese de
multa por atraso de pagamento), bem como as despesas permitidas pela legislação do imposto como
integrantes daquele custo (tais como: construção, ampliação, reforma etc).
Outro exemplo bastante comum de modalidade de ato jurídico sob condição suspensiva é caso de o
proprietário contratar a alienação da casa onde reside, mas que a transmissão só seria efetivada depois que
ele se mudasse para outro imóvel. Assim, somente após a desocupação do imóvel e celebração do contrato
de compra e venda ocorreria o implemento da condição, gerando os efeitos fiscais referidos.
Para o novo comprador do imóvel, considera-se data de aquisição 28/03/2021 e o custo de aquisição os
valores efetivamente pagos para efeito de registro da aquisição na Declaração de Ajuste Anual (DAA).
Atenção:
Neste exemplo, o pagamento inicial, recebido pelo alienante em 20/10/2020, comporá a parcela
sujeita à tributação do ganho de capital em 28/03/2021, devendo o imposto decorrente ser pago até
o último dia útil de abril de 2021.
Alerte-se que a condição suspensiva deve constar expressamente do contrato inicial para que o
exposto tenha plena validade. Caso contrário, considera-se consumada a transmissão do imóvel
na data da assinatura do documento inicial, ainda que firmado por instrumento particular.
(Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional - CTN, art. 117, inciso I;
Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001; e Solução de Consulta Interna Cosit
nº 2, de 14 de janeiro de 2014.)
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Atenção:
Para os bens e direitos adquiridos por meio de concursos ou sorteios recebidos até 31 de dezembro
de 1994, o custo de aquisição é zero.
(Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, art. 63; e Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro
de 2001, art. 14 e parágrafo único)
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Atenção:
Nas alienações de bens comuns, decorrentes do regime de casamento, o ganho de capital é
apurado em relação ao bem como um todo. Apenas a tributação do ganho apurado é que deve ser
feita na razão de 50% para cada cônjuge ou, opcionalmente, 100% em um dos cônjuges.
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237
CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS
601 — Como proceder quando os herdeiros desistem, no curso do processo de inventário, em favor
dos outros co-herdeiros, aos bens e direitos que lhes cabiam por direito sucessório?
Preliminarmente, é necessário determinar se houve renúncia ou cessão de direitos hereditários.
A renúncia é genuinamente abdicativa. Nela existe o desejo de recusa ou não aceitação da herança (Lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil de 2002, arts. 1.805, § 2º e 1.806), sendo seu alcance muito
mais amplo, pois se entende que ela retroage ao momento da abertura da sucessão, de modo que o herdeiro
renunciante é considerado como se jamais houvesse sido herdeiro. Assim, a renúncia, em rigor e por força de
seu efeito retroativo, não equivale a uma transmissão (ainda que gratuita) de bens. Dessa forma, a renúncia
gratuita, pura e simples, feita em benefício dos demais co-herdeiros (ascendentes, descendentes ou
colaterais) não configura a alienação prevista na Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988.
Todavia, se o herdeiro aceitar a herança e ceder seus direitos hereditários, ainda que a título gratuito,
considera-se que houve a alienação prevista na Lei, visto a cessão ser caracteristicamente translativa (pois
só se cede o que se possui), equivalente da compra e venda, aplicando-se a ela as mesmas regras desse
contrato.
Na Declaração de Bens e Direitos, no caso de renúncia, não há necessidade de registrar esse fato (embora o
renunciante possa fazê-lo se o desejar), cabendo aos herdeiros beneficiados incluir os bens e direitos em suas
declarações, com as informações próprias dessa situação.
Havendo cessão de direitos hereditários, o cedente deve registrar esse fato em sua Declaração de Bens e
Direitos e praticar todos os demais atos próprios decorrentes da alienação de bens e direitos, apurando o
ganho de capital de acordo com as disposições legais e normativas previstas para essa operação.
(Instrução Normativa SRF nº 81, de 11 de outubro de 2001, art. 10, §§ 7º e 8º)
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(Parecer Normativo CST nº 8, de 1979; Parecer Normativo CST nº 72, de 1979; e Ato Declaratório
Normativo CST nº 11, de 1978)
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A dação em pagamento realizada com imóvel configura uma alienação, devendo o ganho de capital ser
apurado quando da transferência do imóvel. O valor de mercado do bem recebido em pagamento caracteriza,
para o adquirente, rendimento sujeito ao carnê-leão ou ao imposto sobre a renda incidente na fonte, conforme
o imóvel seja recebido de pessoa física ou jurídica, e ao ajuste na Declaração de Ajuste Anual.
(Lei nº 7.713, de 1988, art. 3º, § 3º; e Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 47,
inciso I, e 128, § 4º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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238
ARRENDAMENTO MERCANTIL - LEASING
604 — Qual é o custo de aquisição de bens adquiridos por arrendamento mercantil (leasing)?
O custo de aquisição de bens adquiridos por arrendamento mercantil (leasing) corresponde aos valores pagos
a esse título obtidos da seguinte forma:
a) com a opção de compra realizada ao final do contrato, pela soma dos valores pagos a título de
arrendamento mercantil acrescido do valor residual pago;
b) com a opção de compra realizada no ato do contrato, pela soma de todos os valores pagos (aluguel mais
valor residual pago a cada parcela).
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 24; e Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 144, caput, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018)
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Para efeitos tributários, considera-se permuta toda e qualquer operação que tenha por objeto a troca de uma
ou mais unidades imobiliárias, prontas ou a construir, por outra ou outras unidades imobiliárias, ainda que
ocorra, por parte de um dos proprietários-contratantes, o pagamento de parcela complementar, em dinheiro,
comumente denominada torna.
A expressão "unidade imobiliária ou unidades imobiliárias prontas ou a construir", compreende:
a) o terreno adquirido para venda, com ou sem construção;
b) cada lote oriundo de desmembramento de terreno;
c) cada terreno decorrente de loteamento;
d) cada unidade distinta resultante de incorporação imobiliária;
e) o prédio construído para venda como unidade isolada ou autônoma;
f) cada casa ou apartamento construído ou a construir.
É necessário que a escritura, quando lavrada, seja de permuta.
Não se considera permuta a operação que envolva qualquer outro bem ou direito, que não seja bem imóvel,
apurando-se o ganho de capital como dação em pagamento.
Exemplos
Contribuinte Amanda:
Contribuinte Heitor:
239
2) permuta com torna:
Contribuinte Amanda:
Contribuinte Heitor:
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 128, § 4º, inciso II, 134, § 3º e 136, § 6º,
aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Solução de Consulta Cosit nº 166,
de 28 de maio de 2019)
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Nesse caso, o permutante que as receber deve determinar o valor individual de cada unidade imobiliária
proporcionalmente ao valor do imóvel dado em permuta.
(Instrução Normativa SRF nº 107, de 14 de julho de 1988, inciso 1.8; e Solução de Consulta Cosit
nº 166, de 28 de maio de 2019)
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240
PERMUTA COM PAGAMENTO DE TORNA EM DINHEIRO
607— Como proceder no caso de permuta com pagamento de torna em dinheiro?
Sempre que houver pagamento de torna, a pessoa física que dela se beneficiar deve apurar o ganho de
capital, podendo deduzir a parcela proporcional do custo da unidade dada em permuta correspondente à torna,
conforme exemplo da pergunta 605.
Quando a torna for contratada para pagamento a prazo, a parcela apurada pode ser tributada
proporcionalmente, em cada mês, na medida em que for recebida.
Atenção:
Para os imóveis adquiridos até 31/12/1988, pode ser aplicado o percentual de redução previsto no
art. 18 da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, sobre o ganho de capital correspondente à
torna.
No caso de permuta com pagamento de torna em bens móveis ou direitos (exceto dinheiro), não é
aplicável o tratamento de permuta previsto no art. 132, inciso II, do Regulamento do Imposto sobre
a Renda - RIR/2018, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018, devendo ser
apurado normalmente o ganho de capital relativamente a cada uma das alienações.
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241
DAÇÃO DA UNIDADE IMOBILIÁRIA EM PAGAMENTO
611 — Como proceder quando a pessoa física efetua com pessoa jurídica operação de compra e
venda com dação de unidade imobiliária em pagamento?
São aplicáveis às operações quitadas de compra e venda de terreno, seguidas de confissão de dívida e
promessa de dação em pagamento de unidade imobiliária construída ou a construir, todos os procedimentos
e normas da permuta, desde que sejam observadas as condições cumulativas a seguir referidas:
1 - a alienação do terreno e o compromisso de dação em pagamento sejam levados a efeito na mesma data,
mediante instrumento público; e
2 - o terreno objeto da operação de compra e venda seja, até o final do ano-calendário seguinte àquele em
que esta ocorrer, dado em hipoteca para obtenção de financiamento, ou, no caso de loteamento, oferecido
em garantia ao poder público, nos termos da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979.
A não observância das condições cumulativas estipuladas sujeita a pessoa jurídica, promitente da dação, à
apuração dos resultados da operação e recolhimento do imposto sobre o ganho de capital da pessoa física,
tomando por base, para determinação do preço de alienação dos bens permutados, o valor de mercado ou,
na ausência de laudo de avaliação, o valor que vier a ser arbitrado pela autoridade fiscal. Nesta hipótese, a
apuração do resultado da operação reporta-se ao mês em que esta tiver ocorrido, sujeitando-se o promitente
da dação (pessoa jurídica) ao recolhimento do imposto sobre a renda sobre o ganho de capital da pessoa
física como tributo postergado.
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Para fatos geradores ocorridos a partir de 01/01/2000, as operações que importem na alienação, a qualquer
título, de bens ou direitos adquiridos em moeda estrangeira, ações e outros ativos financeiros em bolsa de
valores, de mercadorias, de futuros ou assemelhadas, ou em qualquer mercado do exterior e na liquidação ou
resgate de aplicações financeiras realizadas em moeda estrangeira, por pessoa física na condição de
residente no Brasil estão sujeitas à apuração de ganho de capital tributável, segundo alíquotas progressivas
estabelecidas em função do lucro, de acordo com as três situações abaixo:
Na hipótese de bens ou direitos adquiridos e aplicações financeiras realizadas em moeda estrangeira com
rendimentos auferidos originariamente em reais, o ganho de capital corresponde à diferença positiva, em reais,
entre o valor de alienação, liquidação ou resgate e o custo de aquisição do bem ou direito ou o valor original
da aplicação financeira.
O valor de alienação, liquidação ou resgate, quando expresso em moeda estrangeira, deve ser convertido em
dólares dos Estados Unidos da América e, em seguida, em moeda nacional pela cotação do dólar fixada, para
compra, pelo Banco Central do Brasil, para a data do recebimento.
O custo de aquisição de bens ou direitos ou o valor original de aplicações financeiras, quando expresso em
moeda estrangeira, corresponde ao valor de aquisição ou aplicação convertido em dólares e, em seguida, em
reais pela cotação do dólar fixada, para venda, pelo Banco Central do Brasil, para a data do pagamento.
A conversão de moeda estrangeira para dólares dos Estados Unidos da América é feita pelo valor fixado pela
autoridade monetária do país emissor da moeda, para a data do pagamento, na aquisição, e para a data do
recebimento, na alienação, liquidação ou resgate.
242
Item Cálculo
Valor de alienação US$ 50,000.00 x R$ 2,8500 (*) = R$ 142.500,00
Custo de aquisição US$ 40,000.00 x R$ 1,8516 (**) = R$ 74.064,00
Ganho de Capital R$ 142.500,00 - R$ 74.064,00 = R$ 68.436,00
Imposto devido (vencimento em 30/07/2021) R$ 68.436,00 x 15% = R$ 10.265,40
(*) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 15/06/2021 (data do
recebimento);
(**) Cotação do dólar fixada para venda, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 23/03/1999 (data do
pagamento, na aquisição).
(*) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 15/06/2021 (data do
recebimento da 1ª parcela).
243
b) recebimento da 2ª parcela:
Item Cálculo
Valor da parcela recebida em reais US$ 15,000.00 x R$ 2,86690 (*) = R$ 43.003,50
Custo de aquisição proporcional R$ 74.064,00 x (US$ 15,000.00 / US$ 50,000.00) =
[Custo total de aquisição x (Valor da parcela R$ 22.219,20
recebida / Valor total de alienação)]
Ganho de Capital R$ 43.003,50 - R$ 22.219,20 = R$ 20.784,30
Imposto devido (vencimento em 31/08/2021) R$ 20.784,30 x 15% = R$ 3.117,65
(*) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 30/07/2021 (data do
recebimento da 2ª parcela).
(*) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 13/08/2021 (data do
recebimento da 3ª parcela).
Como o resultado foi positivo, este é o valor do imposto com vencimento em 30/09/2021. Se o resultado fosse
negativo, este seria o imposto pago a maior, que poderia ser compensado ou restituído nos termos da
legislação vigente.
Item Cálculo
Ganho de Capital em US$ US$ 50,000.00 - US$ 40,000.00 = US$ 10,000.00
Ganho de Capital em reais US$ 10,000.00 x R$ 2,85000 (*) = R$ 28.500,00
Imposto devido (vencimento em 30/07/2021) R$ 28.500,00 x 15% = R$ 4.275,00
(*) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 15/06/2021 (data do
recebimento).
244
2.2. Operações a prestação.
Nas operações a prestação, o ganho de capital deve ser apurado, para cada parcela, em dólares dos Estados
Unidos da América, e, em seguida, convertido em moeda nacional, pela cotação do dólar fixada, para compra,
pelo Banco Central do Brasil, na data de cada recebimento.
O custo de aquisição, para cada parcela, é o resultado da multiplicação do custo de aquisição total, em dólares
dos Estados Unidos da América, pelo quociente do valor de cada parcela recebida pelo valor total de
alienação.
A conversão de moeda estrangeira para dólares dos Estados Unidos da América é feita pelo valor fixado pela
autoridade monetária do país emissor da moeda, para a data do pagamento, na aquisição, e para a data do
recebimento, na alienação, liquidação ou resgate.
a) recebimento da 1ª parcela:
Item Cálculo
Custo de aquisição proporcional US$ 40,000.00 x (US$ 20,000.00 / US$ 50,000.00) =
[Custo total de aquisição x (Valor da parcela US$ 16,000.00
recebida / Valor total de alienação)]
Ganho de Capital em US$ US$ 20,000.00 - US$ 16,000.00 = US$ 4,000.00
Ganho de Capital em reais US$ 4,000.00 x R$ 2,85000 (*) = R$ 11.400,00
Imposto devido (vencimento em 30/07/2021) R$ 11.400,00 x 15% = R$ 1.710,00
(*) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 14/06/2021 (data do
recebimento da 1ª parcela).
b) recebimento da 2ª parcela:
Item Cálculo
Custo de aquisição proporcional US$ 40,000.00 x (US$ 15,000.00 / US$ 50,000.00) =
[Custo total de aquisição x (Valor da parcela US$ 12,000.00
recebida / Valor total de alienação)]
Ganho de Capital em US$ US$ 15,000.00 - US$ 12,000.00 = US$ 3,000.00
Ganho de Capital em reais US$ 3,000.00 x R$ 2,86690 (*) = R$ 8.600,70
Imposto devido (vencimento em 31/08/2021) R$ 8.600,70 x 15% = R$ 1.290,11
(*) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 30/07/2021 (data do
recebimento da 2ª parcela).
Item Cálculo
Custo de aquisição proporcional US$ 40,000.00 x (US$ 15,000.00 / US$ 50,000.00) =
[Custo total de aquisição x (Valor da parcela US$ 12,000.00
recebida / Valor total de alienação)]
Ganho de Capital em US$ US$ 15,000.00 - US$ 12,000.00 = US$ 3,000.00
Ganho de Capital em reais US$ 3,000.00 x R$ 2,99220 (*) = R$ 8.976,60
Imposto devido (vencimento em 30/09/2021) R$ 8.976,60 x 15% = R$ 1.346,49
(*) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 13/08/2021 (data do
recebimento da 3ª parcela).
245
3. Bens e direitos adquiridos e aplicações financeiras realizadas com rendimentos auferidos
originariamente parte em reais, parte em moeda estrangeira.
Na hipótese de bens ou direitos adquiridos e aplicações financeiras realizadas em moeda estrangeira com
rendimentos auferidos originariamente parte em reais, parte em moeda estrangeira, os valores de alienação,
liquidação ou resgate e os custos de aquisição ou valores originais são determinados, para fins de apuração
do ganho de capital, de forma proporcional à origem do rendimento utilizado na aquisição ou realização.
(*) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 11/06/2021 (data do
recebimento da 1ª parcela).
(**) calculado proporcionalmente à parcela cujos rendimentos foram obtidos originariamente em reais.
(*) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 16/07/2021 (data do
recebimento da 2ª parcela).
(**) calculado proporcionalmente à parcela cujos rendimentos foram obtidos originariamente em reais.
246
a.3) recebimento da 3ª e última parcela:
Item Cálculo
Valor da parcela recebida em dólares dos EUA US$ 18,750.00 x 80% = US$ 15,000.00
Valor da parcela recebida em reais US$ 15,000.00 x R$ 2,99220 (*) = R$ 44.883,00
Valor total de alienação R$ 57.000,00 + R$ 43.003,50 + R$ R$ 44.883,00 =
R$ 144.886,50
Custo total de aquisição R$ 74.064,00
Ganho de Capital Total R$ 144.886,50 - R$ 74.064,00 = R$ 70.822,50
Imposto total R$ 70.822,50 x 15% = R$ 10.623,38
Saldo de imposto (vencimento em 30/09/2021) R$ 10.623,38 - R$ 4.106,16 - R$ 3.117,65 =
R$ 3.399,57
(*) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 13/08/2021 (data do
recebimento da 3ª parcela).
b) Ganho de Capital da parte adquirida com rendimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira:
Valor de alienação proporcional = US$ 62,500.00 x 20% = US$ 12,500.00;
Custo de aquisição proporcional = US$ 50,000.00 x 20% = US$ 10,000.00;
Item Cálculo
Valor da parcela recebida em dólares dos EUA US$ 25,000.00 x 20% = US$ 5,000.00
Custo de aquisição proporcional (*) US$ 10,000.00 x (US$ 5,000.00 / US$ 12,500.00)
[Custo total de aquisição x (Valor da parcela = US$ 4,000.00
recebida / Valor total de alienação)]
Ganho de Capital US$ 5,000.00 - US$ 4,000.00 = US$ 1,000.00
Ganho de Capital em reais US$ 1,000.00 x R$ 2,85000 (**) = R$ 2.850,00
Imposto devido (vencimento em 30/07/2021) R$ 2.850,00 x 15% = R$ 427,50
(*) calculado proporcionalmente à parcela cujos rendimentos foram obtidos originariamente em moeda
estrangeira.
(**) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 11/06/2021 (data
do recebimento da 1ª parcela).
Item Cálculo
Valor da parcela recebida em dólares dos EUA US$ 18,750.00 x 20% = US$ 3,750.00
Custo de aquisição proporcional (*) US$ 10,000.00 x (US$ 3,750.00 / US$ 12,500.00)
[Custo total de aquisição x (Valor da parcela = US$ 3,000.00
recebida / Valor total de alienação)]
Ganho de Capital US$ 3,750.00 - US$ 3,000.00 = US$ 750.00
Ganho de Capital em reais US$ 750.00 x R$ 2,86690 (**) = R$ 2.150,18
Imposto devido (vencimento em 31/08/2021) R$ 2.150,18 x 15% = R$ 322,53
(*) calculado proporcionalmente à parcela cujos rendimentos foram obtidos originariamente em moeda
estrangeira.
(**) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 16/07/2021 (data
do recebimento da 2ª parcela).
247
b.3) recebimento da 3ª e última parcela
Item Cálculo
Valor da parcela recebida em dólares dos EUA US$ 18,750.00 x 20% = US$ 3,750.00
Custo de aquisição proporcional (*) US$ 10,000.00 x (US$ 3,750.00 / US$ 12,500.00)
[Custo total de aquisição x (Valor da parcela = US$ 3,000.00
recebida / Valor total de alienação)]
Ganho de Capital US$ 3,750.00 - US$ 3,000.00 = US$ 750.00
Ganho de Capital em reais US$ 750.00 x R$ 2,99220 (**) = R$ 2.244,15
Imposto devido (vencimento em 30/09/2021) R$ 2.244,15 x 15% = R$ 336,62
(*) calculado proporcionalmente à parcela cujos rendimentos foram obtidos originariamente em moeda
estrangeira.
(**) Cotação do dólar fixada para compra, pelo Banco Central do Brasil, para o dia 13/08/2021 (data
do recebimento da 3ª parcela).
Portanto, o imposto devido pelo contribuinte a cada parcela recebida é:
Atenção:
As cotações constantes dos exemplos desta pergunta são fictícias.
O imposto sobre a renda pago em país com o qual o Brasil tenha firmado acordos, tratados ou
convenções internacionais prevendo a compensação, ou naquele em que haja reciprocidade de
tratamento, pode ser considerado como redução do imposto devido no Brasil, desde que não seja
compensado ou restituído no exterior.
O imposto pago no exterior deve ser convertido em dólares dos Estados Unidos da América, pelo
valor fixado pela autoridade monetária do país de origem dos rendimentos na data do pagamento
e, em seguida, em moeda nacional pela cotação do dólar fixada, para compra, pelo Banco Central
do Brasil, para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do recebimento do
rendimento.
Efetuada a alienação em 2021, o contribuinte deve dar baixa do bem na Declaração de Bens e
Direitos, incluindo-se o valor de alienação expresso em moeda do país estrangeiro no campo
“Discriminação”, bem assim o valor expresso em reais, após efetuada a conversão na forma do art.
2º, § 1º, da Instrução Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000, deixando em branco o
campo “Situação em 31/12/2021 (R$)”.
Na hipótese dos bens e direitos estarem situados em país com o qual o Brasil mantém acordo,
tratado ou convenção para evitar a dupla tributação internacional de renda, o tratamento fiscal é
aquele previsto no ato internacional.
Não incide imposto sobre a renda sobre o ganho de capital auferido na alienação de bens
localizados no exterior ou representativos de direitos no exterior, e na liquidação ou resgate de
aplicações financeiras, adquiridos, a qualquer título, pela pessoa física na condição de não
residente no Brasil (Instrução Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000, art. 14, inciso I).
Consideram-se rendimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira os ganhos de capital
obtidos na alienação de bens ou direitos no exterior.
A apuração do ganho de capital por ocasião da alienação de bens imóveis por pessoa física
residente no Brasil está sujeita aos fatores de redução previstos no art. 40 da Lei nº 11.196, de 21
de novembro de 2005.
(Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 24; Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de
1995, art. 21; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002; Instrução Normativa
SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000; Solução de Consulta Interna Cosit nº 5, de 15 de fevereiro
de 2013; e Solução de Consulta Cosit nº 33, de 26 de fevereiro de 2015)
Retorno ao sumário
248
APLICAÇÃO FINANCEIRA NO EXTERIOR. GANHO DE CAPITAL
613 — Qual o tratamento tributário para ganho de capital apurado na alienação de bens ou direitos
e na liquidação ou resgate de aplicações financeiras, adquiridos, a qualquer título, em moeda
estrangeira?
O ganho de capital apurado na alienação de bens ou direitos e na liquidação ou resgate de aplicações
financeiras, adquiridos, a qualquer título, em moeda estrangeira, é tributado pelo imposto sobre a renda da
pessoa física em conformidade com o disposto no art. 24 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto
de 2001. É isento do imposto sobre a renda da pessoa física o ganho de capital auferido na alienação de bens
e direitos de pequeno valor, cujo valor de alienação, no mês em que esta se realizar seja igual ou inferior a
R$ 20.000,00 (vinte mil reais), no caso de alienação de ações negociadas no mercado de balcão, e
R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), nos demais casos. O limite de R$ 35.000,00 aplica-se, no caso de
operações financeiras sujeitas à apuração de Ganho de Capital em Moeda Estrangeira, em relação ao total
das liquidações ou resgates realizados no mês por residente no Brasil.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 22; Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto
de 2001, art. 24; Instrução Normativa SRF nº 118, de 28 de dezembro de 2000, arts. 1º, 17 e 18;
Instrução Normativa RFB nº 599, de 28 de dezembro de 2005, art. 1º; Instrução Normativa RFB nº
1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 10; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art.
133, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Ato Declaratório Interpretativo
SRF nº 8, de 2003, art. 1º; e Solução de Consulta Cosit nº 48, de 24 de março de 2021)
Retorno ao sumário
Sim. É isento do imposto sobre a renda o ganho de capital auferido na liquidação ou resgate de aplicações
financeiras mantidas no exterior por pessoa física residente no Brasil, desde que o total das operações
financeiras realizadas com aplicações de mesma natureza, dentro de um mesmo mês, seja igual ou inferior a
R$ 35.000,00. Caso as liquidações ou resgates realizados no mês ultrapassem esse valor, o ganho de capital
porventura auferido deve sofrer a incidência do imposto sobre a renda em sua totalidade.
(Instrução Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000; Instrução Normativa SRF nº 599,
de 28 de dezembro de 2005; e Solução de Consulta Cosit nº 48, de 24 de março de 2021)
Retorno ao sumário
O crédito de rendimentos relativos a depósito remunerado realizado em moeda estrangeira, por pessoa física
residente no Brasil, implica a apuração de ganho de capital tributável, desde que o valor creditado seja passível
de saque pelo beneficiário.
A tributação da variação cambial (ganho de capital) nas aplicações financeiras realizadas em moeda
estrangeira com rendimentos auferidos originariamente em reais só ocorrerá no momento da liquidação ou
resgate (parcial ou total) da aplicação financeira.
Sobre o valor dos juros creditados, desde que este valor seja passível de saque pelo beneficiário, incide o
imposto sobre a renda sobre o ganho de capital, sendo o custo de aquisição igual a zero. Em relação a tais
juros, não se aplica a isenção dos ganhos de capital decorrentes da alienação de bens de pequeno valor (valor
igual ou inferior a R$ 35.000,00), já que não há, nesse caso, alienação ou resgate, apenas crédito de
rendimentos.
Os juros decorrentes da aplicação com rendimentos auferidos originariamente em reais, quando não sacados,
configuram, para fins do disposto no art. 24 da MP nº 2.158-35, de 2001, uma nova aplicação e são
considerados rendimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira, sendo o custo de aquisição
destes juros o próprio valor reaplicado.
Não incide o imposto sobre a renda sobre a variação cambial de aplicações financeiras realizadas com
rendimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira.
249
Atenção:
São isentos os ganhos de capital relativos às aplicações financeiras realizadas em moeda
estrangeira pela pessoa física na condição de não residente no Brasil correspondentes ao primeiro
crédito de rendimentos ocorrido a partir da data da caracterização da condição de residente no
Brasil, na hipótese de aplicação financeira realizada por tempo indeterminado, inclusive depósito
remunerado. Os créditos posteriores estarão sujeitos à apuração do ganho de capital.
Exemplo:
Depósito remunerado no valor de US$ 100,000.00, realizado em 02/06/2021 por José Henrique com
rendimentos auferidos originariamente em reais. Nesta conta houve quatro operações sujeitas à apuração do
ganho de capital em 2021:
a) créditos de juros no valor de US$ 1,000.00 em 29/06/2021 (não sacados);
b) resgate parcial de US$ 50,000.00 em 15/10/2021;
c) créditos de juros no valor de US$ 600.00 em 21/12/2021 (não sacados); e
d) resgate parcial de US$ 30.000,00 em 28/12/2021.
As cotações constantes neste exemplo são fictícias.
Cotações do dólar dos Estados Unidos da América (EUA):
Item Cálculo
Valor dos juros creditados US$ 1,000.00 x 2,80 = R$ 2.800,00
Ganho de Capital R$ 2.800,00 – R$ 0,00 = R$ 2.800,00
Imposto sobre a Renda (vencimento em 30/07/2021) 0,15 x 2.800,00 = R$ 420,00
Do saldo da aplicação (US$ 101,000.00), US$ 100.000,00 são considerados como aplicação realizada com
rendimentos auferidos originariamente em reais e US$ 1,000.00 como rendimentos auferidos originariamente
em moeda estrangeira.
Item Cálculo
Resgate (Rend. Orig. em reais) 50,000.00 x 100,000.00/101,000.00 = US$ 49,504.95
Resgate (Rend. Orig. em moeda estrangeira) 50,000.00 - 49,504.95 = US$ 495.05
Portanto, neste exemplo:
Item Cálculo
Valor do resgate tributável 49,504.95 x 2,00 = R$ 99.009,90
Valor Original 49,504.95 x 2,50 = R$ 123.762,38
Ganho de Capital 99.009,90 - 123.762,38 = - R$ 24.752,48
Imposto sobre a Renda (vencimento em 30/11/2021) Perda de capital
250
Do saldo da aplicação (US$ 51,000.00), US$ 50,495.05 (100,000.00 - 49,504.95) são considerados como
aplicação realizada com rendimentos auferidos originariamente em reais e US$ 504.95 (1,000.00 - 495.05)
como aplicação realizada com rendimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira.
Item Cálculo
Valor dos juros creditados US$ 600.00 x 2,10 = R$ 1.260,00
Ganho de Capital R$ 1.260,00 – R$ 0,00 = R$ 1.260,00
Imposto sobre a Renda (vencimento em 28/01/2022) 0,15 x 1.260,00 = R$ 189,00
Do saldo da aplicação (US$ 51,600.00), US$ 50,495.05 são considerados como aplicação realizada com
rendimentos auferidos originariamente em reais e US$ 1,104.95 (US$ 504.95 + US$ 600.00) como aplicação
realizada com rendimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira.
Item Cálculo
Resgate (Rend. Orig. em reais) 30,000.00 x 50,495.05/51,600.00 = US$ 29,357.59
Resgate (Rend. Orig. em moeda estrangeira) 30,000.00 - 29,357.59 = US$ 642.41
Item Cálculo
Valor do resgate tributável 29,357.59 x 2,60 = R$ 76.329,73
Valor Original 29,357.59 x 2,50 = R$ 73.393,97
Ganho de Capital 76.329,73 – 73.393,98 = R$ 2.935,76
Imposto sobre a Renda (Vencimento em 28/01/2022) 0,15 x 2.935,76 = R$ 440,36
Do saldo da aplicação (US$ 21,600.00), US$ 21,137,46 (50,495.05 – 29,357.59) são considerados como
aplicação realizada com rendimentos auferidos originariamente em reais e US$ 462.54 (1,104.95 – 642.41)
como aplicação realizada com rendimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira.
Atenção:
Desde 1º de janeiro de 2017 as alíquotas passaram a ser progressivas em função do ganho de
capital apurado.
(Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 24; Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de
1995, art. 21; Instrução Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000, arts. 2º, 4º, 6º e 8º; Ato
Declaratório Interpretativo SRF nº 8, de 23 de abril de 2003; Solução de Consulta Interna Cosit nº
5, de 15 de fevereiro de 2013; Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 8, de 23 de abril de 2003; e
Solução de Consulta Cosit nº 48, de 24 de março de 2021)
Retorno ao sumário
251
ALIENAÇÃO DE MOEDA ESTRANGEIRA MANTIDA EM ESPÉCIE
616 — Qual é o tratamento tributário da alienação de moeda estrangeira mantida em espécie?
Os ganhos em reais obtidos na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie estão sujeitos à
tributação definitiva, sob a forma de ganho de capital, apurado da seguinte forma:
1 - o ganho de capital correspondente a cada alienação é a diferença positiva, em reais, entre o valor de
alienação e o respectivo custo de aquisição;
2 - o valor de alienação, quando expresso em moeda estrangeira, é convertido em dólares dos Estados Unidos
da América, na data da alienação, e, em seguida, em reais, pela cotação média mensal do dólar, para compra,
divulgada pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB);
3 - a conversão de moeda estrangeira para dólares dos Estados Unidos da América é feita pelo valor fixado
pela autoridade monetária do país emissor da moeda, para a data do pagamento, na aquisição, e para a data
do recebimento, na alienação, liquidação ou resgate;
4 - o custo de aquisição de moeda estrangeira em poder do contribuinte em 31/12/1999 é o resultado da
multiplicação da quantidade em estoque pela cotação fixada, para venda, pelo Banco Central do Brasil, para
essa data;
5 - para moeda estrangeira adquirida a partir de 01/01/2000, a cada aquisição, o custo em reais é o resultado
da multiplicação da quantidade de moeda estrangeira adquirida, convertida em dólares dos Estados Unidos
da América, na data da aquisição, pela cotação média mensal do dólar, para venda, divulgada pela Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasil (RFB);
6 - quando da alienação, o custo de aquisição da quantidade de moeda estrangeira alienada é o resultado da
multiplicação do custo médio ponderado do estoque existente na data de cada alienação pela quantidade
alienada;
7 - o custo médio ponderado do estoque é o resultado da divisão do valor total das aquisições em reais pela
quantidade de moeda estrangeira existente;
8 - a cada aquisição ou alienação, são ajustados os saldos em reais e a quantidade de moeda estrangeira
remanescente, para efeito de cálculos posteriores do custo médio ponderado;
9 - o ganho de capital total é a soma dos ganhos apurados em cada alienação;
10 - o imposto incide sobre o ganho de capital total e é apurado anualmente à alíquota estabelecida
progressivamente em função do lucro, devendo ser informado na Declaração de Ajuste Anual e recolhido, em
quota única, até a data prevista para a apresentação da declaração.
Atenção:
A isenção dos ganhos de capital decorrentes da alienação de bens de pequeno valor (alienação de
bens de mesma natureza cujo conjunto das operações resulta em valor igual ou inferior a
R$ 35.000,00) não se aplica à alienação de moeda estrangeira mantida em espécie.
Não incide o imposto sobre a renda sobre o ganho de capital auferido na alienação de moeda
estrangeira mantida em espécie, cujo total de alienações, no ano-calendário, seja igual ou inferior
ao equivalente a cinco mil dólares dos Estados Unidos da América. Para esse limite, a conversão
para dólares é feita na data de cada alienação.
O dispêndio, a qualquer título, de moeda estrangeira, em espécie ou representada por cheques de
viagem, inclusive para o pagamento de despesas de viagem ao exterior, é considerado como
alienação, e sujeita-se à apuração de ganho de capital.
O ingresso no Brasil e a saída do Brasil, de reais e moeda estrangeira, são processados
exclusivamente por meio de transferência bancária, cabendo ao estabelecimento bancário a
perfeita identificação do cliente ou do beneficiário, à exceção do porte, em espécie, dos valores:
a) quando em reais, até R$ 10.000,00;
b) quando em moeda estrangeira, o equivalente a R$ 10.000,00;
c) quando comprovada a sua entrada no Brasil ou sua saída do Brasil, na forma prevista na
regulamentação pertinente.
(Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995, art. 65; Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de
2001, art. 24; e Instrução Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000, arts. 7º, 9º, 10, 14,
inciso III e parágrafo único, e 18, inciso II)
Retorno ao sumário
252
MOEDA ESTRANGEIRA REPRESENTADA POR CHEQUES DE VIAGEM
617— Qual é o tratamento tributário do dispêndio de moeda estrangeira representada por cheques
de viagem?
O dispêndio, a qualquer título, de moeda estrangeira representada por cheques de viagem, inclusive para o
pagamento de despesas de viagem ao exterior, é considerado como alienação, sujeita à apuração de ganho
de capital, conforme disposto nas perguntas 612 e 616.
Atenção:
A moeda estrangeira representada por cheques de viagem deve ser informada na Declaração de
Bens e Direitos da mesma forma prevista para a moeda estrangeira mantida em espécie. Consulte
a pergunta 454
Retorno ao sumário
(Instrução Normativa SRF nº 118, de 27 de dezembro de 2000, art. 4º, parágrafo único; e Solução
de Consulta Interna Cosit nº 5, de 15 de fevereiro de 2013)
Retorno ao sumário
ALIENAÇÃO DE CRIPTOATIVOS
619 — Os ganhos obtidos com a alienação de criptoativos são tributados?
Os ganhos obtidos com a alienação de criptoativos cujo total alienado no mês seja superior a R$ 35.000,00
são tributados, a título de ganho de capital, segundo alíquotas progressivas estabelecidas em função do lucro,
e o recolhimento do imposto sobre a renda deve ser feito até o último dia útil do mês seguinte ao da transação,
no código de receita 4600.
A isenção relativa às alienações de até R$ 35.000,00 mensais deve observar o conjunto de criptoativos
alienados no Brasil ou no exterior, independente de seu tipo(Bitcoin, altcoins, stablecoins, NFTs, entre outros).
Caso o total alienado no mês ultrapasse esse valor, o ganho de capital relativo a todas as alienações estará
sujeito à tributação.
O contribuinte deverá guardar documentação que comprove a autenticidade das operações de aquisição e de
alienação, além de prestar informações relativas às operações com criptoativos, por meio da utilização do
sistema Coleta Nacional, disponível no e-Cac, quando as operações não forem realizadas em exchange ou
quando realizadas em exchange domiciliada no exterior, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.888, de
3 de maio de 2019.
Atenção:
O ganho de capital apurado na alienação de criptomoedas, quando uma é diretamente utilizada na
aquisição de outra, ainda que a criptomoeda de aquisição não seja convertida previamente em real
ou outra moeda fiduciária, é tributado pelo imposto sobre a renda da pessoa física, sujeito a
alíquotas progressivas, devendo o valor de alienação da criptomoeda ser avaliado em reais pelo
valor de mercado que tiver na data do recebimento.
(Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional - CTN, art. 118; Lei nº 8.981,
de 20 de janeiro de 1995, art. 21; Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001;
Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de dezembro de 2005; Ato Declaratório Interpretativo RFB
nº 3, de 27 de abril de 2016; Solução de Consulta Cosit nº 214, de 20 de dezembro de 2021)
Retorno ao sumário
253
NÃO RESIDENTE - BENS NO BRASIL
620 — Qual é o tratamento tributário do ganho de capital auferido na alienação de bens ou direitos
situados no Brasil por não residente?
É pacífico em Direito Internacional que os bens ou direitos sujeitam-se à legislação do país onde estão
situados, quer seu proprietário resida ou não no mesmo território. Esse critério também está presente no
campo tributário, sendo exemplo disso as cláusulas dos acordos entre Estados soberanos, com o fito de evitar
a dupla tributação internacional da renda, os quais, de modo geral, determinam que os lucros obtidos nessas
operações são tributáveis no Estado contratante em que os bens estiverem situados.
Dessa forma, o ganho de capital auferido por não residente, nas operações com bens situados no Brasil,
sujeita-se à legislação tributária brasileira, sofrendo incidência de imposto a alíquotas progressivas
estabelecidas em função do lucro (art. 18 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, c/c art. 21 da Lei nº
8.981, de 20 de janeiro de 1995) ou, na hipótese de haver acordo entre o Brasil e o país de residência do
alienante, o determinado nesse ato internacional, se essa hipótese estiver expressa no acordo.
O ganho de capital é determinado pela diferença entre o valor de alienação e o custo de aquisição do bem ou
direito, atualizado até 31/12/1995, com base nos índices da Tabela de Atualização do Custo de Bens e Direitos
anexa à Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001. O custo dos bens e direitos adquiridos a
partir de 01/01/1996 não está sujeito a atualização. Não sendo possível comprovar o custo de aquisição
conforme descrito, o valor de aquisição é igual a zero.
Na apuração do ganho de capital para não residente no Brasil, não se aplicam as isenções e reduções do
imposto previstas para o residente no Brasil.
Para implemento dos efeitos tributários aqui tratados, é irrelevante que o proprietário ingresse no Brasil para
efetuar a venda do bem, ou o faça por intermédio de procurador devidamente credenciado para esse fim.
O imposto deve ser pago, nesse caso, na data da alienação (Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 153, § 1º, inciso III, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018).
Atenção:
A fonte pagadora adquirente, pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no Brasil, deve reter
e recolher o imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital, sob o código 0473, auferido
por pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior que alienar bens localizados no
Brasil, ou o procurador do adquirente quando este também for residente no exterior (Lei nº 10.833,
de 29 de dezembro de 2003, art. 26; e Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art.
153, § 1º, inciso III, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018).
A pessoa física brasileira não residente no País faz jus à isenção de rendimentos de ganho de
capital auferidos por investidor estrangeiro não residente em País com Tributação Favorecida, nos
termos da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996 (regime especial de tributação para investidores
estrangeiros) a partir do momento em que se caracteriza como não residente, nos termos do art. 3º
da Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002.
(Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art. 18; Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, arts.
26 e 93, inciso II; Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 26; e Solução
de Consulta Cosit nº 111, de 29 de junho de 2021)
Retorno ao sumário
254
PERCENTUAIS DE REDUÇÃO DO GANHO DE CAPITAL NA ALIENAÇÃO DE BEM IMÓVEL
ANO DE % DE ANO DE % DE ANO DE % DE ANO DE % DE ANO DE % DE
AQUISIÇÃO REDUÇÃO AQUISIÇÃO REDUÇÃO AQUISIÇÃO REDUÇÃO AQUISIÇÃO REDUÇÃO AQUISIÇÃO REDUÇÃO
255
3 - Alienações ocorridas a partir de 1º/12/2005:
Redução 1: BC1 – redução da Lei nº 7.713, de 1988 = BC2;
Redução 2: BC2 x FR1 = BC3;
Redução 3: BC3 x FR2 = BC4;
IR = BC4 x 15%.
III - Quadro Resumo:
O quadro seguinte resume as quatro situações previstas na legislação:
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(Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de dezembro de 2005, art. 3º, §§ 4º a 6º; e Ato Declaratório
Normativo CST nº 10, de 1991)
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DESAPROPRIAÇÃO
624 — O ganho de capital decorrente de desapropriação é tributável?
Tratando-se de desapropriação para fins de reforma agrária, não se apura o ganho de capital relativo à terra
nua, conforme o disposto no § 5º do art. 184 da Constituição Federal de 1988.
Quanto às demais formas de desapropriação, o valor recebido como indenização pela desapropriação está
dispensado da incidência do imposto sobre a renda das pessoas físicas, em decorrência da Súmula Carf nº
42, com efeito vinculante atribuído pela Portaria MF nº 277, de 7 de junho de 2018.
Ademais, o item 69 da Nota PGFN/CRJ nº 1.114, de 14 de junho de 2012, o qual também vincula a Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasi, entendeu que a indenização decorrente de desapropriação não encerra
ganho de capital, tendo em vista que a propriedade é transferida ao Poder Público por valor justo e
determinado pela Justiça a título de indenização, não ensejando lucro, mas mera reposição do valor do bem
expropriado. Afastou, assim, a incidência do imposto sobre a renda relativo às verbas auferidas a título de
indenização advinda de desapropriação, seja por utilidade pública ou por interesse social.
As disposições acima são válidas tanto para a indenização relativa à desapropriação amigável quanto para a
indenização relativa à desapropriação judicial.
Atenção:
O bem objeto de desapropriação deve ser baixado da Declaração de Bens e Direitos do ano-
calendário em que se der o pagamento integral da indenização.
No caso de bem em que ainda não tenha sido recebido o valor integral da indenização, o
contribuinte deve preencher o campo “Discriminação”, da Declaração de Bens ou Direitos,
informando essa circunstância e especificando os valores recebidos até 31/12/2021. Não incluir as
parcelas referentes a juros.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 131, inciso I, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018; Súmula Carf nº 42; Nota PGFN/CRJ nº 1.114, de 14 de junho
de 2012, item 69; Solução de Consulta Cosit nº 105, de 7 de abril de 2014; e Solução de Consulta
Cosit nº 72, de 30 de março de 2021)
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IMÓVEL RURAL
625 — Como apurar o ganho de capital de imóvel rural?
O ganho de capital corresponde à diferença entre o valor de alienação e o custo de aquisição da terra nua
(sem as benfeitorias) e depende da data de aquisição do imóvel rural. Caso o custo das benfeitorias (tanto as
adquiridas pelo alienante quanto as por este realizadas) não tenha sido deduzido como custo ou despesa da
atividade rural, o seu valor integra o custo de aquisição para fins de apuração do ganho de capital.
257
1 - Imóveis adquiridos até 31/12/1996
Para os imóveis rurais adquiridos até 31/12/1996, aplicam-se as regras para apuração do ganho de capital
vigentes antes da edição da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996.
Atenção:
Se as benfeitorias tiverem sido deduzidas como despesa de custeio na apuração da determinação
da base de cálculo do imposto da atividade rural, o valor de alienação referente a elas será tributado
como receita da atividade rural.
(Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, art. 29; Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996, art. 8; e
Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, arts. 9º e 10)
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258
TERRA NUA - GANHO DE CAPITAL
626 — O que se considera terra nua para fins de apuração do ganho de capital?
Considera-se terra nua o imóvel rural, por natureza, que compreende o solo com sua superfície e respectiva
floresta nativa, despojado das construções, instalações e melhoramentos, das culturas permanentes, das
árvores de florestas plantadas e das pastagens cultivadas ou melhoradas, que se classificam como
investimentos (benfeitorias).
O Valor da Terra Nua (VTN) deve refletir o preço de mercado de terras, apurado em 1º de janeiro do ano a
que se referir o Documento de Informação e Apuração do ITR (Diat), e será considerado auto-avaliação da
terra nua a preço de mercado.
(Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996, arts. 8º, 10, § 1º, inciso I, e 19; Lei nº 8.023, de 12 de
abril de 1990, art. 4º, § 3º; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 55, aprovado
pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de
outubro de 2001, art. 9º, § 1º; e Instrução Normativa SRF nº 256, de 11 de dezembro de 2002, art.
32, § 2º)
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(Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, art. 10, § 1º, inciso II)
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CONSÓRCIO
629 — Consorciado que no ano-calendário foi contemplado e alienou o veículo pelo valor de
mercado. Para tanto, liberou a alienação fiduciária do veículo e assumiu a dívida do consórcio com
a administradora, por meio de nota promissória. A dívida assumida integra o custo do veículo, para
apuração do ganho de capital?
Sim. Nesse caso, para efeito de apuração do ganho de capital, considera-se como custo o valor das parcelas
pagas até a alienação do bem, corrigido até 31/12/1995, acrescido do valor da dívida assumida.
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso VI, alínea “b”, e art. 133, inciso
II, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 84,
de 11 de outubro de 2001, art. 29, I)
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Sim. Tais transferências também são beneficiadas com esses fatores de redução, desde que satisfaçam às
exigências legais.
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O ganho de capital é apurado como alienação à vista e o imposto deve ser pago de acordo com o recebimento
das parcelas, até o último dia útil do mês subsequente ao do recebimento. O ganho de capital diferido é
calculado aplicando-se o percentual resultante da relação entre o ganho de capital total e o valor total da
alienação sobre o valor de cada parcela recebida.
Se o parcelamento incluir cláusula de reajuste, qualquer que seja a designação dada à mesma (juros, correção
monetária, reajuste de parcelas etc.), a parte correspondente ao reajuste deve ter tratamento tributário de
juros.
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260
tributação na fonte, quando recebida de pessoas jurídicas, bem como ao ajuste na Declaração de Ajuste
Anual.
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Atenção:
O valor da corretagem, quando suportado pelo alienante, é deduzido do valor da alienação e,
quando se tratar de venda a prazo, com diferimento da tributação, a dedução far-se-á sobre o valor
da parcela do preço recebida no mês do pagamento da referida corretagem.
O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCMD)
pago na transmissão por herança não pode ser adicionado ao custo de aquisição de ações em
bolsa de valores ou outros bens móveis, por falta de previsão legal
(Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, art. 17 e § 4º do art. 19; Solução de
Consulta Cosit nº 60, de 20 de fevereiro de 2014; e Solução de Consulta Cosit nº 50, de 22 de junho
de 2020)
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261
ALIENAÇÃO DE BENS COMUNS - ISENÇÃO DE ÚNICO IMÓVEL
637 — Um casal, cujo regime de casamento é o de comunhão parcial de bens, ou companheiros em
união estável, alienou/alienaram um bem imóvel comum, sendo que um dos cônjuges possui outro
bem imóvel adquirido antes do casamento. O cônjuge ou companheiro que possui apenas o bem
imóvel comum faz jus à isenção de alienação do único imóvel?
Não. O bem adquirido na constância do casamento em regime de comunhão parcial de bens ou em união
estável, salvo contrato escrito entre as partes, pertence a ambos cônjuges/companheiros. Nas alienações de
bens comuns, decorrentes do regime de casamento, o ganho de capital é apurado em relação ao bem como
um todo. Para a apuração do ganho de capital, deve ser observado se qualquer um dos
cônjuges/companheiros possui outro imóvel ou tenha alienado algum imóvel nos últimos cinco anos. Em caso
positivo, não se pode considerar como alienação de único bem para efeito da isenção prevista em lei. Assim,
o bem comum alienado pelo casal, sendo um dos cônjuges/companheiros proprietário de outro imóvel, está
sujeito ao imposto sobre a renda sobre o ganho de capital tributável.
(Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, art. 1.725; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 35, inciso VI, alínea “b, e art. 133, inciso II, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de
novembro de 2018; e Solução de Consulta Cosit nº 261, de 26 de maio de 2017)
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Atenção:
No caso de bens comuns, o limite aplica-se ao valor total dos bens ou conjunto de bens alienados.
Neste caso, consulte as perguntas 554 e 637.
Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais,
no que couber, o regime da comunhão parcial de bens e, portanto, os bens adquiridos nessa
condição são comuns (Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, art. 1.725).
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262
VALOR DA TERRA NUA (VTN) DO DIAT MENOR QUE VALOR DE VENDA DA TERRA NUA
641 — No caso de alienação em que o Valor da Terra Nua (VTN) do Diat do ano da alienação for
menor que o valor efetivo da venda da terra nua do imóvel rural, como deve ser declarada a diferença
entre os valores?
O valor de alienação para apuração do ganho de capital é o constante no Diat do ano de alienação. Assim a
diferença entre o valor de alienação e o declarado no Diat deve ser informado como rendimento isento e não
tributável.
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PASSE DE ATLETA
643 — Qual é o tratamento tributário da cessão de direito sobre passe de atleta?
Na hipótese de a pessoa física titular de direito sobre passe de atleta cedê-lo a terceiros, a diferença positiva
entre o preço de aquisição atualizado até 31/12/1995 e o de cessão deve ser tributada como ganho de capital
na alienação de direitos.
Esse direito deve estar informado na Declaração de Bens e Direitos de seu titular.
Atenção:
As quantias remetidas para o exterior, para pagamento do valor do passe, são tributáveis na fonte,
nos termos dos arts. 741, inciso I, e 746 do Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018,
aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018.
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Atenção:
1) Na determinação do limite deve ser observado que:
a) no caso de alienação de diversos bens ou direitos da mesma natureza, deve ser considerado o
valor do conjunto dos bens ou direitos alienados em um mesmo mês, tais como automóveis e
motocicletas, imóvel urbano e terra nua, quadros e esculturas, instrumentos financeiros negociados
em bolsa de valores no exterior, como ETFs (Exchange Traded Funds), REITs (Real Estate
Investment Trust), ADRs (American Depositary Receipt) e Stoks (ações), criptoativos e moedas
virtuais. Sendo ultrapassado esse limite, o ganho de capital deve ser apurado em relação a cada
um dos bens;
263
b) no caso da sociedade conjugal ou união estável (salvo contrato escrito entre os companheiros),
o limite de isenção aplica-se em relação ao valor de cada um dos bens ou direitos possuídos em
comunhão e ao valor do conjunto dos bens ou direitos da mesma natureza, alienados em um
mesmo mês;
c) na alienação de bens ou direitos em condomínio, como no caso de cônjuges casados sob o
regime de separação total de bens ou de união estável com estipulação contratual de separação
patrimonial entre os companheiros, o limite aplica-se em relação à parte de cada condômino ou
coproprietário;
d) quando se tratar de permuta com recebimento de torna em dinheiro deve ser considerado o valor
total da alienação e não apenas o valor da torna;
e) no caso de operações financeiras realizadas em moeda estrangeira, deve ser considerado o
valor total das liquidações ou resgates realizados no mês;
2) As alienações de ações em bolsa de valores no Brasil estão sujeitas à apuração de ganhos
líquidos em renda variável (consulte a pergunta 669).
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 22, I e II; Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002,
art. 1.725; Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de dezembro de 2005, art. 1º; Solução de
Consulta Cosit nº 320, de 20 de junho de 2017; e Solução de Consulta Cosit nº 264, de 24 de junho
de 2019)
Consulte as perguntas 554, 555, 585, 616, 619, 631, 638, 645 e 646
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(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso VI, alínea “a”, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de
dezembro de 2005, art. 1º)
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264
Atenção:
No regime de separação de bens, os requisitos para a isenção devem ser verificados
individualmente, por cônjuge, observada a parcela que lhe couber.
(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 23; Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, art.
1.725; Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 35, inciso VI, alínea “b”, aprovado
pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de
outubro de 2001, art. 29, inciso I; e Solução de Consulta Cosit nº 256, de 15 de setembro de 2014)
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Na transferência do direito de propriedade por doação em adiantamento de legítima, os bens e direitos podem
ser avaliados pelo valor constante na última Declaração de Bens e Direitos do doador ou por valor superior
àquele declarado (valor de mercado), conforme legislação pertinente.
Se os bens ou direitos forem transferidos por valor superior àquele declarado, a diferença positiva entre este
e o valor constante na última Declaração de Bens e Direitos do doador é tributada como ganho de capital à
alíquota de 15% (quinze por cento), em nome do doador.
Se a transferência for efetuada pelo valor constante na última Declaração de Bens e Direitos do doador, não
há cobrança de imposto no ato da transferência, mas o donatário deve incluir os bens ou direitos, em sua
Declaração de Bens e Direitos, pelo valor constante na declaração do doador, o qual constitui custo para efeito
de apuração de ganho de capital em eventual futura alienação.
Atenção:
O valor relativo à opção por qualquer dos referidos critérios de avaliação independe do valor
atribuído em avaliação adotada para efeito do pagamento do imposto estadual de transmissão.
A doação em adiantamento da legítima de cotas de fundo fechado de investimento em ações não
resulta em resgate das referidas cotas e deve seguir as regras tributárias do ganho de capital de
bens e direitos, quando efetuada para beneficiário pessoa física, assim, caso seja efetuada por valor
superior ao valor constante da Declaração de Ajuste Anual (DAA) do doador, a diferença positiva
será tributada pelo imposto sobre a renda a uma alíquota de 15%, devendo ser retido e recolhido
pelo doador. O donatário deve informar, em sua DAA, as cotas de fundo fechado de investimento
em ações recebidas pelo valor de transferência.
(Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 23; Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro
de 2001, art. 3º, inciso II; Solução de Consulta Cosit nº 66, de 23 de junho de 2020; e Solução de
Consulta Cosit nº 98, de 21 de junho de 2021)
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266
INCORPORAÇÃO E LOTEAMENTO
INCORPORAÇÃO DE PRÉDIOS EM CONDOMÍNIO
654 — O que se considera como incorporação de prédios em condomínio?
Considera-se incorporação imobiliária a atividade exercida com o intuito de promover e realizar a construção,
para alienação total ou parcial (antes da conclusão das obras), de edificações ou conjunto de edificações
compostas de unidades autônomas, sob o regime de condomínio.
O incorporador vende frações ideais do terreno, vinculadas às unidades autônomas (apartamentos, salas,
conjuntos etc.), em construção ou a serem construídas, obtendo, assim, os recursos necessários para a
edificação. Pode também alienar as unidades já construídas.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 163, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018)
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INCORPORADOR
656 — Quem é considerado "incorporador"?
Considera-se incorporador a pessoa física ou jurídica, comerciante ou não, que, embora não efetuando a
construção, compromisse ou efetive a venda de frações ideais de terreno objetivando a vinculação de tais
frações a unidades autônomas, em edificações a serem construídas ou em construção sob regime
condominial, ou que meramente aceita propostas para efetivação de tais transações, coordenando e levando
a termo a incorporação e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega, em certo prazo, a preço e em
determinadas condições, das obras concluídas.
Estende-se a condição de incorporador aos proprietários e titulares de direitos aquisitivos que contratem a
construção de edifícios que se destinem à constituição em condomínio, sempre que iniciarem as alienações
antes da conclusão das obras.
Tendo em vista as disposições da Lei nº 4.591, de 1964, especificamente os arts. 29 a 32 e 68, é irrelevante
a forma da construção efetuada (vertical, horizontal, autônoma, isolada etc.) para que a pessoa física seja
considerada incorporador e se submeta ao regime de equiparação a pessoa jurídica, para efeitos fiscais,
desde que existentes os demais pressupostos para a configuração dessa forma de tributação dos resultados
auferidos nesse empreendimento.
Atenção:
De acordo com o art. 68 da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, os proprietários ou titulares
de direito aquisitivo sobre as terras rurais, ou sobre terrenos onde pretendam construir ou mandar
construir habitações isoladas para aliená-las antes de concluídas, mediante pagamento do preço a
prazo, ficam sujeitos ao regime instituído para os incorporadores, no que lhes for aplicável.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 163 e 164, aprovado pelo Decreto nº
9.580, de 22 de novembro de 2018)
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267
LOTEAMENTO E DESMEMBRAMENTO DE TERRENOS
657 — O que se considera como loteamento e desmembramento de terrenos?
Desmembramento é a subdivisão de uma gleba (área) em lotes para edificação, na qual seja aproveitado o
sistema viário oficial local, isto é, não se abrem vias, ruas ou logradouros públicos nem se ampliam ou
modificam os existentes, para que as edificações e os acessos a elas sejam factíveis.
Loteamento é a subdivisão de uma gleba (área) em lotes destinados a edificações, com abertura de novas
vias de circulação e de logradouros públicos ou de ampliação, modificação ou prolongamento dos existentes.
Atenção:
A promoção de loteamento por pessoa física, seja de terreno urbano ou rural, a equipara a pessoa
jurídica para os efeitos do imposto sobre a renda.
A subdivisão ou desmembramento de imóvel rural, havido após 30/06/1977, em mais de 10 (dez)
lotes, ou alienação de mais de 10 (dez) quinhões ou frações ideais do terreno, equipara-se a
loteamento e, em consequência, equipara a pessoa física a pessoa jurídica, exceto se a subdivisão
ou desmembramento se efetivar por força de partilha amigável ou judicial, em decorrência de
herança, legado, doação como adiantamento da legítima, ou extinção de condomínio.
(Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, art. 2º e §§; Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 165, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Parecer
Normativo CST nº 6, de 19 de fevereiro de 1986)
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FALECIMENTO DE INCORPORADOR
659 — Na hipótese de falecimento de pessoa física equiparada a pessoa jurídica pela promoção de
loteamento, como fica a situação fiscal do cônjuge meeiro, casado em comunhão de bens com o de
cujus, em relação aos créditos vincendos e aos remanescentes?
A morte, enquanto termo final da personalidade, implica exclusão do de cujus do mundo jurídico, mas não a
extinção dos efeitos tributários que decorrem do empreendimento imobiliário e alcançam o espólio, o cônjuge
meeiro e os sucessores causa mortis.
Assim, se a lei fiscal equiparou a pessoa física responsável pelo empreendimento imobiliário a pessoa jurídica,
a equiparação se prolonga até os sucessores causa mortis, porque, em face das leis que disciplinam o
parcelamento do solo, eles continuam loteadores. É o que se depreende do art. 29 da Lei nº 6.766, de 19 de
dezembro de 1979: "Aquele que adquirir a propriedade loteada (...) por sucessão causa mortis sucederá o
transmitente em todos os direitos e obrigações, ficando obrigado a respeitar os compromissos de compra e
venda ou as promessas de cessão, em todas as cláusulas, sendo nula qualquer disposição em contrário,
ressalvado o direito do herdeiro ou legatário de renunciar à herança ou ao legado".
A situação jurídica do cônjuge, em face do regime de casamento, é idêntica àquela desfrutada pelo consorte
falecido; assim sendo, também se equiparou em tal ocasião. Dessa forma, impõe-se que ele prossiga
apurando os resultados na condição de pessoa jurídica por equiparação, em relação à parcela do patrimônio
que lhe for adjudicada, cumprindo todas as condições impostas pela legislação tributária. Os herdeiros e
legatários, na condição de sucessores, conforme definição do art. 29 da Lei nº 6.766, de 1979, devem
constituir-se em pessoa jurídica (por equiparação) a fim de, nesta condição, darem continuidade à apuração
dos resultados, na forma disposta na legislação tributária, em relação à parcela do patrimônio que lhes couber
na partilha.
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268
ACRÉSCIMO PATRIMONIAL
RENDAS CONSIDERADAS CONSUMIDAS E DEDUÇÕES SEM COMPROVAÇÃO
660 — As rendas consideradas consumidas e as deduções permitidas em lei, sem comprovação,
podem justificar acréscimo patrimonial?
Não. Quando o contribuinte, por determinação legal, tributa unicamente parte do rendimento bruto, a exemplo
de 10% e 60% para transporte de carga e de passageiros (caminhoneiro e taxista), respectivamente, e 10%
para garimpeiro, ou efetua qualquer dedução sem necessidade de comprovação de gastos, tais como
dedução com dependentes ou 20% a título de desconto simplificado, considera-se consumida a importância
não tributada ou deduzida, por presunção legal, não podendo justificar acréscimo patrimonial.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018, arts. 39, incisos I, II e § 4º, e 40, § 3º, aprovado
pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art.
10, parágrafo único; e Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, arts. 9º e 10)
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EMPRÉSTIMO - MÚTUO
661 — Como declarar a quantia recebida como pagamento de empréstimo concedido?
Informar, no campo “Discriminação” da Declaração de Bens e Direitos, o valor do empréstimo, o nome e o
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do mutuário e as datas e os valores recebidos
para quitação do mesmo, ainda que o empréstimo tenha sido concedido e integralmente recebido no ano de
2021. Nos campos “Situação em 31/12/2020 (R$)” e “Situação em 31/12/2021 (R$)” informar os saldos em
31/12/2020 e 31/12/2021, respectivamente.
O valor recebido deve ser não só comprovado por meio de documentação hábil e idônea e pelo devido
lançamento do mútuo nas respectivas declarações, como também ser compatível com os rendimentos e
disponibilidades financeiras declaradas pelos mutuantes, nas respectivas datas de entrega e recebimento dos
valores.
A simples alegação de que parte ou todo o acréscimo patrimonial é proveniente do recebimento de quantias
anteriormente emprestadas a terceiros não justifica o aumento patrimonial.
Atenção:
Os juros recebidos de pessoas físicas em decorrência deste empréstimo são tributáveis no carnê-
leão e no ajuste anual.
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TRANSAÇÕES ILÍCITAS
662 — Acréscimo patrimonial oriundo de transações ilícitas é tributável?
Sim. Os rendimentos derivados de atividades ou transações ilícitas ou percebidos com infração à lei são
tributáveis por força do art. 26 da Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, sem prejuízo das demais sanções
legais que couberem em cada caso.
(Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional, art. 118; Regulamento do
Imposto sobre a Renda - RIR/2018, art. 47, inciso X, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de
novembro de 2018; e Parecer Normativo CST nº 28, de 29 de dezembro de 1983)
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(Lei nº 9.959, de 27 de janeiro de 2000, art. 8º; Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010, art. 45;
e Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, art. 65)
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RENDA VARIÁVEL - ALÍQUOTA/INCIDÊNCIA DO IR
668 — Qual é a alíquota de incidência do IR aplicável às operações do mercado de renda variável
realizadas em bolsa?
Os ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros, e
assemelhadas, inclusive day trade, serão tributados às seguintes alíquotas:
a) 20%, no caso de operação day trade;
b) 15%, nas operações realizadas nos mercados à vista, a termo, de opções e de futuros.
As operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros, e assemelhadas estão sujeitas à
retenção do imposto sobre a renda incidente na fonte à alíquota de 0,005% (cinco milésimos por cento), salvo
se o valor da retenção do imposto seja igual ou inferior a R$ 1,00, como antecipação, podendo ser
compensado com o imposto sobre a renda mensal na apuração do ganho líquido.
No caso de incidência do imposto sobre a renda na fonte em operações day trade, consulte a pergunta 674.
(Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, art. 2º, caput, incisos I e II, e §§ 1º e 2º; e Instrução
Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, arts. 57, 63 e 65)
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Atenção:
Ocorrendo alienação no mesmo mês de ações e de ouro, ativo financeiro, os limites de isenção dos
itens I e II acima aplicam-se separadamente a cada modalidade de ativo.
A isenção não se aplica, entre outras, às operações de day trade, às negociações de cotas dos fundos de
investimento em índice de ações, aos resgates de cotas de fundos ou clubes de investimento em ações e à
alienação de ações efetivada em operações de exercício de opções e no vencimento ou liquidação antecipada
de contratos a termo.
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(Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, art. 27; e Regulamento do Imposto sobre a Renda -
RIR/2018, art. 841, caput e § 2º, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e
Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, art. 56, § 3º)
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271
RENDA VARIÁVEL - COMPENSAÇÃO DE PERDAS
671 — É permitida a compensação de perdas com ganhos em operações de renda variável?
Sim. Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas incorridas
nas operações de renda variável nos mercados à vista, de opções, futuros, a termo e assemelhados, poderão
ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou nos meses subsequentes, em outras
operações realizadas em qualquer das modalidades operacionais previstas nesses mercados.
Atenção:
As perdas incorridas em operações de day trade, somente poderão ser compensadas com ganhos
líquidos auferidos em operações da mesma espécie (day trade), realizadas no mês ou meses
subsequentes. Do mesmo modo, as perdas incorridas em operações comuns somente são
compensáveis com os ganhos líquidos auferidos nessas operações.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 841, §§ 1º e 2º, aprovado pelo Decreto
nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de
2015, art. 64)
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Não se pode compensar resultados negativos de um mês com ganhos auferidos em meses anteriores, pois a
base de cálculo do imposto é apurada mensalmente.
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Atenção:
As perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day trade) somente são
compensáveis com os ganhos líquidos auferidos nessas operações (day trade), em uma ou mais
modalidades operacionais. Do mesmo modo, as perdas incorridas em operações comuns somente
são compensáveis com os ganhos líquidos auferidos nessas operações.
Retorno ao sumário
Sim. Os rendimentos auferidos em operações day trade realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de
futuros e assemelhadas, por qualquer beneficiário, sujeitam-se à incidência do imposto sobre a renda incidente
na fonte à alíquota de 1%.
(Lei nº 9.959, de 27 de janeiro de 2000, art. 8º; e Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto
de 2015, art. 65)
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272
DAY TRADE - RESPONSÁVEL PELA RETENÇÃO DO IR
675 — Quem é o responsável pela retenção do imposto sobre a renda retido na fonte incidente sobre
operações day trade?
O responsável pela retenção e recolhimento do imposto sobre a renda na fonte é a instituição intermediadora
da operação de day trade que receber, diretamente, a ordem do cliente.
(Lei nº 9.959, de 27 de janeiro de 2000, art. 8º, § 3º; Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010, art.
45, § 3º; e Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, art. 65, § 5º)
Retorno ao sumário
Sim. O valor do imposto retido na fonte sobre operações day trade pode ser deduzido do imposto incidente
sobre ganhos líquidos apurados no mês ou compensado com o imposto incidente sobre os ganhos líquidos
apurados nos meses subsequentes se, até o mês de dezembro do ano-calendário da retenção, houver saldo
de imposto retido.
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Não. O valor do imposto retido na fonte sobre operações day trade somente pode ser compensado até o mês
de dezembro do ano-calendário da retenção.
Atenção:
Se ao fim do ano-calendário houver saldo de imposto retido na fonte a compensar, fica facultado à
pessoa física solicitar restituição, nos termos previstos na legislação de regência.
(Lei nº 9.959, de 27 de janeiro de 2000, art. 8º, § 5º; e Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de
agosto de 2015, art. 65, § 9º)
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ATIVOS NEGOCIADOS
678 — Quais os ativos que são negociados nos mercados à vista e nos demais mercados?
São negociados nos mercados à vista ações emitidas por companhias abertas e ouro, ativo financeiro, sendo
este último negociado dentro e fora das bolsas, desde que com interveniência de instituição financeira. Nos
demais mercados (a termo, opções e futuro) podem ser negociados, além das ações, contratos tendo por
objeto outros ativos, como índices de ações, taxa de juros, dólar, café, boi gordo etc. Sobre outros valores
mobiliários, vide art. 2º da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976.
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273
Mercado de balcão organizado - ambiente de negociação administrado por instituições auto-reguladoras,
autorizadas e supervisionadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que mantêm sistema de
negociação (eletrônico ou não) e regras adequadas à realização de operações de compra e venda de títulos
e valores mobiliários.
Mercado de balcão não organizado - mercado de títulos e valores mobiliários cujos negócios não são
supervisionados por entidade auto-reguladora.
Mercados de bolsa e mercados de balcão organizado não se assemelham na medida em que distintos quanto
a suas características de funcionamento, em especial no que diz respeito aos diferentes mecanismos de
formação de preços.
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MERCADO À VISTA
682 — O que é o mercado à vista?
É uma modalidade de mercado em que são negociados valores mobiliários e ouro, ativo financeiro, cuja
liquidação física (entrega do ativo pelo vendedor) e financeira (pagamento do ativo pelo comprador) ocorrem,
no máximo, até o 3º dia após ao da negociação.
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O ganho líquido é constituído pela diferença positiva entre o valor de venda do ativo e o seu custo de aquisição.
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274
MERCADO À VISTA - CUSTO DOS ATIVOS
684 — Como se calcula o custo de aquisição dos ativos no mercado à vista?
O custo de aquisição é calculado pela média ponderada dos custos unitários.
(Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, art. 58)
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CUSTO DE BONIFICAÇÕES
685 — Qual é o custo de aquisição de bonificações recebidas em virtude de incorporação de lucros
e reservas no caso de ações?
1 - No caso de ações recebidas em bonificação, em virtude de incorporação ao capital social da pessoa jurídica
de lucros ou reservas, considera-se custo de aquisição da participação o valor do lucro ou reserva capitalizado
que corresponder ao acionista ou sócio, independentemente da forma de tributação adotada pela empresa.
2 - Na hipótese de lucros apurados nos anos-calendário de 1994 e 1995, as ações bonificadas terão custo
zero.
(Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, art. 58, §§ 1º e 2º)
Retorno ao sumário
O custo das ações recebidas em virtude de desdobramento do número de ações originalmente possuídas
pelo investidor é igual a zero, ou seja, aumenta apenas a quantidade de ações e permanece inalterado o valor
total das ações.
(Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, art. 58, § 7º, inciso II)
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MERCADO A TERMO
687 — O que é mercado a termo?
É uma modalidade de mercado a prazo em que se negocia a compra ou venda de determinado ativo por preço
e prazo preestabelecidos em contrato (liquidação diferida, geralmente 30, 60, 90 dias).
É exigido das partes contratantes, vendedor e comprador, um depósito de margem em garantia.
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275
O ganho líquido é a diferença positiva entre o preço do ativo recebido constante no contrato a termo e o custo
de aquisição.
Exemplo:
O investidor vendeu a termo 1.000 ações K, ao preço de R$ 10,00 por ação, totalizando o valor do contrato
em R$ 10.000,00, com vencimento para 30 dias. No vencimento, tendo o mercado registrado movimento de
baixa no período, o investidor comprou no mercado à vista o lote de 1.000 ações K por R$ 9.500,00, para
honrar a liquidação do contrato a termo. Assim, sem considerar a corretagem e outras despesas, temos:
Valor contratual recebido R$ 10.000,00
Custo de aquisição do ativo (R$ 9.500,00)
Ganho líquido R$ 500,00
Atenção:
O ganho obtido pelo vendedor coberto nas operações de financiamento realizadas no mercado a
termo com ações é tributado como aplicação de renda fixa.
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MERCADO DE OPÇÕES
689 — O que é mercado de opções?
É uma modalidade de mercado a prazo em que são negociados direitos de comprar ou de vender um
determinado ativo, mediante pagamento pelo comprador (titular) ao vendedor (lançador) de um valor chamado
prêmio, com preço do ativo e prazo de exercício previamente fixados.
É exigido da posição lançadora um depósito de margem em garantia, no caso de lançador descoberto.
Retorno ao sumário
Exemplo:
O investidor adquiriu opção de compra de 10.000 ações K, pagando o prêmio unitário de R$ 1,00, totalizando
o prêmio de R$ 10.000,00, com vencimento para 60 dias e preço de exercício de R$ 10,00 por ação K.
Antes do vencimento, em face da tendência favorável do mercado, o investidor decidiu encerrar (zerar) sua
posição compradora, e vendeu opção de compra de 10.000 ações K, da mesma série, recebendo o prêmio
total de R$ 12.000,00.
Desconsiderando a corretagem e outras despesas, temos:
Valor do prêmio recebido R$ 12.000,00
Valor do prêmio pago pela compra (R$ 10.000,00)
Ganho líquido R$ 2.000,00
O ganho líquido é obtido pela diferença positiva entre o valor médio do prêmio recebido em cada opção
multiplicado pela quantidade de opções de mesma série objeto da operação de encerramento e o valor desta
operação.
Exemplo:
O investidor vendeu opção de compra de 10.000 ações K, recebendo o prêmio unitário de R$ 1,00, totalizando
o prêmio de R$ 10.000,00, e, dias depois, vendeu novamente opção de compra de 5.000 ações K, da mesma
série, recebendo o prêmio unitário de R$ 1,10, totalizando o prêmio de R$ 5.500,00. Ambas as operações
com vencimento para 60 dias e preço de exercício de R$ 10,00 por ação K.
Antes do vencimento, em face da tendência indefinida do mercado, o investidor decidiu encerrar parcialmente
sua posição vendedora, e adquiriu opção de compra de 12.000 ações K, da mesma série, pagando o prêmio
unitário de R$ 1,00, totalizando o prêmio de R$ 12.000,00.
Desconsiderando a corretagem e outras despesas, temos:
Item Cálculo
Prêmio total recebido R$ 15.500,00
Valor médio do prêmio recebido R$ 15.500,00 ÷ 15.000 = R$ 1,03
Valor do prêmio recebido pela parte encerrada R$ 12.000,00 X R$ 1,03 = R$ 12.360,00
Valor do prêmio pago pela parte encerrada R$ 12.000,00
Ganho líquido R$ 360,00
Valor do saldo de opções vendidas R$ 15.500,00 - R$ 12.360,00 = R$ 3.140,00
Retorno ao sumário
O custo de aquisição é o preço de exercício do ativo acrescido do valor do prêmio pago. Considera-se preço
de exercício o valor de compra do ativo acordado para liquidação da operação.
O ganho líquido é a diferença positiva entre o valor de venda à vista do ativo, na data do exercício, e o seu
custo de aquisição.
Ocorrendo a venda posteriormente à data do exercício, o ganho líquido será a diferença positiva entre o valor
recebido pela venda do ativo e o custo médio de aquisição, apurado conforme estabelecido para o mercado
à vista.
Exemplo:
O investidor adquiriu opção de compra de 10.000 ações K, pagando o prêmio total de R$ 10.000,00, com
vencimento para 60 dias e ao preço de exercício de R$ 10,00 por ação K. No vencimento, estando o preço de
mercado da ação K acima do preço de exercício, o investidor decidiu exercer a opção, mediante manifestação
a sua sociedade corretora com simultânea ordem de venda à vista das 10.000 ações K. A venda à vista
totalizou R$ 130.000,00, enquanto o preço de exercício totalizou R$ 100.000,00.
277
2 - Lançador de opção de compra (vendedor)
O custo de aquisição:
I - para o lançador coberto, é o custo médio de aquisição do ativo conforme estabelecido para o mercado à
vista.
II - para o lançador descoberto, é o preço de aquisição do ativo objeto do exercício.
O ganho líquido é a diferença positiva entre o preço de exercício do ativo, acrescido do valor do prêmio
recebido, e o seu custo de aquisição.
Considera-se preço de exercício, o valor de venda do ativo acordado para liquidação da operação.
Retorno ao sumário
Exemplo:
O investidor adquiriu opção de venda de 20.000 ações K, pagando o prêmio total de R$ 20.000,00, com
vencimento para 60 dias e preço de R$ 10,00 por ação K. No vencimento, estando o preço de mercado da
ação K abaixo do preço de exercício, o investidor decidiu exercer a opção, mediante manifestação a sua
sociedade corretora com simultânea ordem de compra no mercado à vista das 20.000 ações K. A compra à
vista totalizou R$ 160.000,00, enquanto o preço de exercício totalizou R$ 200.000,00.
Considera-se preço de exercício o valor de compra do ativo acordado para liquidação da operação.
O ganho líquido é a diferença positiva entre o preço de venda à vista do ativo, na data do exercício, e o seu
custo de aquisição.
Ocorrendo a venda posteriormente à data do exercício, o ganho líquido é a diferença positiva entre o valor
recebido pela venda do ativo e o custo médio de aquisição, apurado conforme estabelecido para o mercado
à vista.
Não ocorrendo o encerramento ou exercício da opção, o valor do prêmio recebido constitui ganho líquido para
o lançador.
Retorno ao sumário
278
PRÊMIO - NÃO EXERCÍCIO OU ENCERRAMENTO DA OPÇÃO
693 — Qual é o tratamento dado ao valor do prêmio quando não ocorre o exercício ou o
encerramento da opção?
O valor do prêmio constitui ganho para o lançador e perda para o titular na data do vencimento da opção.
Retorno ao sumário
MERCADO FUTURO
694 — O que é o mercado futuro?
É uma modalidade de mercado a prazo em que são negociados contratos de lotes padronizados, de
determinado ativo, com data de liquidação futura previamente acordada.
É exigida da posição compradora e da vendedora uma margem (depósito) para garantir eventual oscilação de
preço do ativo.
Além da margem, existem, nestes mercados, os ajustes diários, que são pagamentos de perdas ou
recebimentos de ganhos.
Retorno ao sumário
(Lei nº 11.051, de 29 de dezembro de 2004, art. 32, § 2º, inciso II; e Instrução Normativa RFB nº
1.585, de 31 de agosto de 2015, art. 61)
Retorno ao sumário
Atenção:
Fica dispensado de preencher este Demonstrativo o contribuinte que tenha auferido, no ano-
calendário, ganhos líquidos nas operações isentas abaixo relacionadas, exceto no caso de
pretender compensar as perdas apuradas com ganhos auferidos em operações realizadas em
bolsa sujeitas à incidência do imposto:
I - com ações, no mercado à vista de bolsas de valores ou mercado de balcão, se o total das
alienações desse ativo, realizadas no mês, não exceder a R$ 20.000, 00 (vinte mil reais);
II - com ouro, ativo financeiro, se o total das alienações desse ativo, realizadas no mês, não exceder
a R$ 20.000,00 (vinte mil reais);
III – com ações de pequenas e médias empresas a que se refere o art. 16 da Lei nº 13.043, de 13
de novembro de 2014.
279
(Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, art. 3º, inciso I; Lei nº 13.043, de 13 de novembro de
2014, art. 16; e Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, art. 59, incisos I, II e
III e § 1º)
Retorno ao sumário
PRAZO - PAGAMENTO DO IR
697 — Qual é o prazo para o pagamento do IR sobre os ganhos líquidos auferidos no mercado de
renda variável?
O imposto sobre a renda deve ser pago até o último dia útil do mês subsequente àquele em que os ganhos
houverem sido apurados.
O código a ser utilizado no Documento de Arrecadação das Receitas Federais (Darf) para pagamento desse
tributo é 6015.
(Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, art. 56, § 5º)
Retorno ao sumário
FUNDOS DE AÇÕES
699 — Como são tributados os ganhos obtidos pelos quotistas de fundos de ações?
São tributados no resgate de quotas à alíquota de 15%. Esse imposto será retido pelo administrador do fundo
na data do resgate das quotas, sendo considerado exclusivo de fonte.
(Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, art.1º, § 3º; e Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31
de agosto de 2015, art. 18)
Retorno ao sumário
Atenção:
Esse regime de tributação não se aplica a investimento oriundo de país que não tribute a renda ou
que a tribute a alíquota inferior a 20%, o qual sujeitar-se-á às mesmas regras estabelecidas para os
residentes no Brasil.
(Lei nº 8.981, de 1995, arts. 78 e 81; Medida Provisória nº 2.189, de 2001, art. 16; e Instrução
Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, arts. 85 a 99)
Retorno ao sumário
(Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, art. 1º; e Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de
agosto de 2015, art. 46)
Retorno ao sumário
(Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, art. 70, inciso II)
Retorno ao sumário
Atenção:
1) A alíquota é 0% no caso de rendimentos auferidos por pessoas físicas em operações com cotas
de emissão dos fundos de investimento a que se referem os arts. 2º e 3º da Lei nº 12.431, de 24
de junho de 2011:
2) Os rendimentos auferidos por cotistas de Fundos de Índice de Renda Fixa cujas carteiras sejam
compostas por ativos financeiros que busquem refletir as variações e rentabilidade de índices de
renda fixa nos termos do art. 2º da Lei nº 13.043, de 13 de novembro de 2014, sujeitam-se às
seguintes alíquotas:
281
2.1) 25%, no caso de Fundos cuja carteira de ativos financeiros apresente prazo médio de
repactuação igual ou inferior a 180 (cento e oitenta) dias;
2.2) 20%, no caso de Fundos cuja carteira de ativos financeiros apresente prazo médio de
repactuação superior a cento e oitenta dias e igual ou inferior a 720 (setecentos e vinte) dias; e
2.3) 15%, no caso de Fundos cuja carteira de ativos financeiros apresente prazo médio de
repactuação superior a 720 (setecentos e vinte) dias.
Os ganhos de capital auferidos por cotistas dos Fundos de Índice de Renda Fixa são tributados
como aplicações financeiras de renda fixa, aplicando-se as alíquotas acima.
Retorno ao sumário
Retorno ao sumário
282
(Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, art. 3º, incisos II a V, e parágrafo único; Lei nº 8.981,
de 20 de janeiro de 1995, art. 68; Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011, arts. 2º e 3º; Lei nº 13.097,
de 19 de janeiro de 2015, art. 90, inciso I; e Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de
2015, arts. 34, § 1º, inciso I, 40, 48, inciso I, e 55; e ADI RFB nº 12, de 2016).
Retorno ao sumário
TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO
706 — Como são tributados os rendimentos oriundos de títulos de capitalização?
São tributados exclusivamente na fonte:
1 - à alíquota de 25%:
• os benefícios líquidos resultantes da amortização antecipada, mediante sorteio, dos títulos de
economia denominados capitalização;
• os benefícios atribuídos aos portadores de títulos de capitalização nos lucros da empresa emitente.
2 - à alíquota de 20%:
• nas demais hipóteses, inclusive no caso de resgate sem ocorrência de sorteio.
3 - à alíquota de 30%:
• os prêmios em dinheiro, mediante sorteio, sem amortização antecipada.
(Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 14; Regulamento do Imposto sobre a Renda –
RIR/2018, art. 736, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução
Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, art. 54)
Retorno ao sumário
Atenção:
A comprovação dos rendimentos obtidos em operações com ouro não considerado como ativo
financeiro pode ser feita por meio dos documentos normalmente utilizados em negócios de compra
e venda, tais como notas fiscais, contratos ou recibos, desde que neles constem a identificação dos
interessados e demais informações pertinentes às operações, inclusive com a indicação de seus
endereços e dos respectivos números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), conforme o caso.
(Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015, arts. 52 e 53)
Retorno ao sumário
283
LUCRO - VENDA DE PEDRAS E METAIS PRECIOSOS
708 — Qual é o tratamento tributário do lucro obtido na venda de pedras e metais preciosos?
O tratamento tributário depende da forma sob a qual o metal ou a pedra for negociado:
1 - Adquirido e revendido em sua forma bruta (pedra bruta, pó, grão, pepita):
O lucro resultante é tributado como ganho de capital, se eventual a operação ou como o é na pessoa jurídica,
se habitual a operação. As operações de alienação efetuadas pelos garimpeiros a empresas legalmente
habilitadas são tributadas na fonte e na Declaração de Ajuste Anual, em Rendimentos Tributáveis Recebidos
de Pessoas Jurídicas.
2 - Adquirido em qualquer das formas referidas no item 1 e transformado em joias ou já adquirido sob a forma
de joias:
O lucro apurado em sua venda, se eventual a operação, tem o tratamento tributário de ganho de capital.
Atenção:
A comprovação dos rendimentos obtidos nessas operações, por tratar-se de negócios comuns e
franqueados a qualquer pessoa física ou jurídica, pode ser feita por meio de documentos
normalmente utilizados nos negócios de compra e venda, tais como notas fiscais, contratos ou
recibos, desde que neles constem a identificação dos interessados e demais informações
pertinentes às operações, inclusive com a indicação de seus endereços e dos respectivos números
de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
(CNPJ), conforme o caso.
Retorno ao sumário
Os rendimentos obtidos em caderneta de poupança pela pessoa física estão isentos do imposto sobre a renda,
ainda que em virtude de decisão judicial que tenha determinado a correção dos valores depositados por índice
diferente do fixado pela autoridade monetária.
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 35, inciso V, alínea “a”, aprovado pelo
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018; e Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de
agosto de 2015, art. 55, inciso I)
Retorno ao sumário
A caderneta de poupança tipo pecúlio, instituída pelo Decreto-Lei nº 2.301, de 21 de novembro de 1986,
constituída com instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) - sociedades
de crédito imobiliário, caixas econômicas e associações de poupança e empréstimos - e destinada à formação
voluntária de poupança para desfrute durante a aposentadoria do seu titular, tem o mesmo tratamento
tributário determinado para as demais cadernetas de poupança do SFH, ou autorizadas pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN), isto é, os rendimentos produzidos estão isentos do imposto sobre a renda.
Retorno ao sumário
284
CADERNETA DE POUPANÇA - MENOR DE IDADE
711 — Qual é o tratamento tributário dos rendimentos produzidos por caderneta de poupança em
nome de menor, cujo depósito é efetuado em decorrência de ordem judicial?
Retorno ao sumário
Não. Relativamente aos juros de caderneta de poupança, o não residente sujeita-se às mesmas normas de
tributação previstas para o residente no Brasil. Assim, os rendimentos correspondentes aos juros creditados
estão isentos.
(Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, arts. 68, inciso III, e 78; e Instrução Normativa RFB nº 1.585,
de 31 de agosto de 2015, art. 55, inciso I, e art. 85, § 4º)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, art. 147, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de
22 de novembro de 2018; Lei nº 8.383, de 1991, art. 65; e Medida Provisória nº 2.159-70, de 24 de
agosto de 2001, art. 2º)
Retorno ao sumário
(Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/2018, arts. 128, § 4º, 151, 841 e 854, aprovado
pelo Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018).
Retorno ao sumário
285
286