Eletromagnetismo: Guilherme de Lima Lopes
Eletromagnetismo: Guilherme de Lima Lopes
Eletromagnetismo: Guilherme de Lima Lopes
Introdução
O magnetismo está presente em muitas situações cotidianas, seja de forma
explicita — como no caso dos ímãs de geladeira, no uso de bússolas,
etc. — seja de forma menos evidente — como no funcionamento de
aparelhos de alto-falantes, televisões, telefones, entre outras (Válio, 2016).
Desde as primeiras descobertas do material magnetita, na Grécia,
capaz de atrair certos metais, até o desenvolvimento da teoria do eletro-
magnetismo, passou-se um grande período. Hoje, somos capazes de criar
eletroímãs, dispositivos que utilizam corrente elétrica para gerar campos
magnéticos, capazes de elevar toneladas de metais por vez.
Dos ímãs permanentes, como a magnetita, até os eletroímãs, compor-
tam-se segundo algumas leis, como a de atração e repulsão magnética,
lei de Ampère e outras que serão discutidas aqui.
Neste capítulo, você vai entender o que é o campo elétrico, quais as
propriedades do campo que é possível gerar campos magnéticos de
diferentes fontes e, por fim, como traçar as linhas de campo magnético
e encontrar a intensidade dele em algumas configurações geométricas
definidas.
2 Campo magnético e fontes de campo magnético
Campo magnético
Em uma região da Magnésia (na Grécia central), os gregos antigos encontraram
diversos tipos de minerais naturais capazes de atrair e repelir uns aos outros
e certos tipos de metal, como o ferro (BAUER, 2012).
Aos materiais que, em seu estado natural, produzem campo magnético,
damos o nome de “ímãs permanentes”.
As interações entre ímãs permanentes e agulhas de bússolas podem ser
explicadas por meio do conceito de polos magnéticos. Dessa maneira, quando
suspenso pelo centro de gravidade, um ímã permanente tende a se orientar
com os polos terrestres. Assim, definimos polo norte como a parte do ímã que
aponta próximo ao norte geográfico da Terra; utilizando o mesmo raciocínio,
a parte que aponta ao sul geográfico é denominada polo sul. Esse é o princípio
de funcionamento de uma bússola, que aponta sempre ao norte geográfico da
Terra. Observe a Figura 1.
Agora, vamos analisar as forças de atração e repulsão magnéticas que
ocorrem entre os polos e, depois, aprofundaremos o estudo do campo magnético
terrestre e suas orientações geográficas.
Figura 2. (a) Polos opostos atraem-se; (b) Polos iguais repelem-se; e (c) Qualquer polo de
um ímã atrai um objeto não imantado.
B = B1 + B2 + ... + Bn
∫ B ∙ ds = μ0ienv
A Figura 3 mostra um fio longo retilíneo percorrido por uma corrente i. O campo
magnético produzido pela corrente tem o mesmo módulo em todos os pontos situados
a uma distância do fio, com uma simetria cilíndrica em relação a este.
Aplicando as devidas simetrias, vemos que a integral do campo magnético dá-se por:
∫ B ∙ ds = ∫ B ∙ cos θ ds = B ∫ ds = B(2πr)
Sendo a corrente envolvida pela curva igual a i, temos o lado direito da lei de Ampère
dado por:
B(2πr) = μ0 ∙ i
Então, o campo magnético, produzido por uma corrente elétrica em um fio condutor
retilíneo a uma distância r, é dado por:
μi
B= 0
2πr
8 Campo magnético e fontes de campo magnético
μ ∙i
B = 20 ∙ r
BAUER, W.; WESTFALL, G.; DIAS, H. Física para universitários: eletricidade e magnetismo.
Porto Alegre: McGraw-Hill, 2012.
HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos de física, volume 3:eEletromagnetismo. 9. ed.Rio
de Janeiro: LTC, 2012.
YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. FÍSICA II : eletromagnetismo. São Paulo: Pearson, 2012.
Leituras recomendadas
FERRARO, N. G.; SOARES, P. A. T.; FOGO, R. FÍSICA básica. São Paulo: Atual, 2009.
VÁLIO, A. B. M.; FUKUI, A.; FERDINIAN, B.; OLVIVEIRA, G. A. ; MOLINA, M. M.; VENÊ. Ser
protagonista: fíica – 3. São Paulo: Edições SM, 2016.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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