Livro Texto - Unidade IV
Livro Texto - Unidade IV
Livro Texto - Unidade IV
Unidade IV
7 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
Antes de iniciar o processo de limpeza e desinfecção do ambiente é necessário que todos os objetos
e materiais estejam guardados, liberando as superfícies para facilitar a limpeza, além de contribuir com
as condições de trabalho da equipe.
7.1 Limpeza
Limpeza concorrente
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Unidade IV
Essa limpeza deve ser realizada sempre que ocorrer uma sujidade imediata com matéria orgânica.
Exemplo: sangue visível.
Deve ser realizada pela técnica spray‑wipe, que significa borrifar uma substância desinfectante, esfregar o
local com papel toalha descartável e borrifar novamente a mesma substância, deixando secar naturalmente.
Para a desinfecção, podem ser utilizados os agentes: álcool 70% (ou 770 GL),
compostos sintéticos
do iodo,
solução alcoólica de clorexidina (2 a 5% em álcool a 70%),
compostos fenólicos ou hipoclorito
de sódio (1%), de acordo com o material da superfície.
Limpeza de manutenção
A limpeza de manutenção exige vistoria contínua de pisos, banheiros, superfícies horizontais e lixos
para garantir que tudo esteja em ordem.
Essa limpeza pode ser utilizada para o chão, paredes, bancadas e até mesmo equipamentos que
permitam o contato com a água.
Para equipamentos, paredes e até mesmo bancadas, podemos utilizar a limpeza manual úmida,
esfregando uma esponja, espuma ou pano umedecido em solução detergente e enxugar com outro
pano umedecido em água limpa. Dessa maneira, tais superfícies não entram em contato com água
abundante, não danificando suas estruturas.
Para a limpeza do chão, devemos realizar a limpeza manual úmida de chão. Para tanto, usamos dois
mops (esfregão) diferentes: um para ensaboar, removendo as sujidades com o auxílio de um detergente
tensoativo bactericida; e outro para enxaguar o chão, utilizando água limpa.
Quando for possível realizar a limpeza manual molhada no chão, podemos espalhar a água com
detergente tensoativo, empurrando‑a para o ralo, e enxaguar o local várias vezes com água limpa.
Esse tipo de limpeza é mais efetivo, pois remove mais sujidades do chão, porém
só pode ser realizado
em locais onde houver ralo, sem contar que o gasto com água é maior.
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BIOSSEGURANÇA
Para as áreas não críticas e descobertas, ou seja, que não sofrem contaminação, podemos realizar
a limpeza a seco, com vassouras. Para as áreas não críticas cobertas, podemos utilizar o aspirador para
auxiliar a remoção de sujidades.
Os materiais utilizados nas limpezas devem ser guardados e precisam ser separados por áreas.
Entre esses materiais, temos mops distintos para cada procedimento ou baldes, detergente neutro ABS
aniônico, detergentes desencrostantes
ou enzimáticos, desencrostantes, tensoativos, panos e vassouras.
Quando se realiza o processo de limpeza, precisamos saber quais substâncias devemos utilizar em
cada caso. Para isso existem vários tipos de detergentes com características diferentes.
Lembrete
• Limpeza manual: utilizada com o auxílio de escova própria para limpeza e detergente enzimático
ou desencrostante. Sugere‑se utilizar uma cuba com tampa para deixar o material submerso
durante o tempo preconizada pelo fabricante, que pode variar de 15 a 30 minutos. Depois, é
realizada a limpeza com o auxílio da escova. O profissional deve sempre usar EPIs, como gorro,
máscara, óculos de proteção, avental e luvas de borracha grossas.
• Limpeza ultrassônica: realizada por cavitação. Por meio do aparelho de cuba ultrassônica, é
realizada a agitação, e então a limpeza é feita por vácuo. Esse tipo de limpeza também requer
detergentes específicos (os desencrostantes ou o enzimático). É a mais indicada para instrumentais.
Para ambos os métodos, é necessário realizar o preparo dos instrumentais da seguinte maneira:
4. A secagem dos artigos deverá ser feita de maneira criteriosa,
com o objetivo de evitar que a
umidade comprometa a sua esterilização.
5. Inspeção do material, que todo o instrumental deve passar por um processo de inspeção
sistemático e rigoroso, independentemente do processo utilizado (manual ou mecânico);
nesse passo é que se deve observar a presença de sujidade, oxidação e a funcionalidade
do instrumental.
• Sanitização: fase em que se utiliza uma substância para reduzir o número de micro‑organismos
num local ou material até níveis aceitáveis pela legislação sanitária.
7.2 Desinfecção
Inativação de todas as formas vegetativas, com exceção de bactérias esporuladas. Pode ser obtida
por processo químico, que deve ser escolhido em função das características do artigo.
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BIOSSEGURANÇA
Agora vamos destacar diversos tipos de agente químicos desinfetantes. Nem todos os materiais
suportam temperaturas elevadas, podendo sofrer um processo de esterilização. Para esses casos,
podemos utilizar produtos químicos para fazer a desinfecção, tomando muito cuidado na avaliação da
compatibilidade química com os utensílios.
A escolha de agente químico desinfetante deve ser feita baseando‑se nas propriedades ideais de um
desinfetante: alta atividade biocida, efetividade na presença de matéria orgânica, baixa toxicidade, efeito
residual, solubilidade em água e líquidos orgânicos, não ser corrosivo e não manchar. O desinfetante
deve, ainda, ter as seguintes características: fácil uso, odor agradável, ser econômico, ser considerado
desinfetante hospitalar para superfícies (efetivo contra Staphylococcus aureus, Salmonella chloreasius,
Pseudomonas aeruginosa) ou desinfetante hospitalar para artigos (efetivo contra Staphylococcus
aureus, Salmonella chloreasius, Pseudomonas aeruginosa; Micobacterium smegmatis; Micobacterium
bovis; Tricophyton mentagophytes).
Um dos produtos mais comuns nesse processo é o quaternário de amônia, utilizado na limpeza de
superfícies, paredes e mobiliários. Ele tem a vantagem de ser pouco tóxico para humanos, mas pode
causar irritações na pele e atacar borrachas sintéticas, cimento e alumínio.
Têm amplo espectro, são tuberculicidas, eficazes em metais, vidros, borrachas e plásticos. São registrados
como desinfetantes de superfície e de imersão.
Os compostos fenólicos também são menos tóxicos que o glutaraldeído. Possuem as seguintes
desvantagens: não são esporicidas; formam uma película cumulativa; devido ao seu alto poder de
penetração, são extremamente agressivos à pele e também não são indicados para artigos que entrem
em contato com as vias aéreas superiores, a menos que seja possível eliminar totalmente seu resíduo, o
que é feito por meio de enxágue abundante ou do uso de álcool 70% (v/v). Isso se dá após o seu período
de ação, que é de dez minutos para superfícies e de 30 minutos para imersão de artigos.
Outro antisséptico que destacamos é o iodo, que é o mais antigo para aplicação em pele e mucosa.
Age na síntese de proteínas sais protéicos. Além do uso como antisséptico, pode ser utilizado em
associação ao álcool para desinfecção de artigos. Possui ação antimicrobiana de largo espectro, inclusive
contra bactérias gram‑negativas, Micobacterium tuberculosis, esporos, fungos e a maioria dos vírus.
Entretanto, o iodo colore superfícies, é irritante, alergênico, corrói metais, aço, pele e tecidos, além
de produzir reação de hipersensibilidade. Devido a tais inconvenientes, foram criados os iodóforos,
compostos liberadores de iodo cujo carreador é a povinilpirrlidona (PVPI).
Os iodóforos também têm amplo espectro antimicrobiano, mas são menos irritantes aos tecidos,
menos alergênicos e têm ação prolongada após a aplicação. São amplamente usados na antissepsia de
pele e mucosas, em contexto pré‑cirúrgico e de degermação das mãos.
São tuberculicidas em cinco a dez minutos de exposição, porém a água dura (rica em sais de
Ca e Mg) pode inativá‑los. Seus nomes comerciais são: Povidine tópico, Povidine degermante,
Poviderm e PVPI.
O álcool é irritante à pele quando deixado por período prolongado. Dessa forma, é recomendado
para antissepsia, desinfecção de artigos e superfícies com tempo de exposição de dez minutos,
sendo aconselhadas três aplicações intercaladas pela secagem natural. Não é recomendado para
borrachas e plásticos.
As soluções de álcool iodado podem ser utilizadas em artigos, superfícies e bancadas. Após o tempo
de exposição, deve‑se friccionar o álcool para evitar o efeito corrosivo, principalmente em metais.
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BIOSSEGURANÇA
O ácido peracético tem atividade bactericida, fungicida, virucida e esporicida. Produz desnaturação
proteica e alteração da parede celular. É efetivo na presença de matéria orgânica. Não promove resíduos
tóxicos. Concentração: 0,001% a 0,02%.
7.3 Esterilização
O processo químico deve ser utilizado somente quando não houver outro recurso, uma vez que,
devido a inúmeras variáveis, não dá garantia total de esterilidade do material.
A esterilização ocorre por meio da mudança no estado físico dos micro‑organismos, podendo ser
feita por aumento de temperatura ou envolver radiação. São exemplos desses processos:
Processo que oferece maior segurança e economia, podendo ser realizado em autoclave convencional
horizontal ou autoclave a alto vácuo.
A autoclave vertical é própria para laboratórios, não devendo ser utilizada para a esterilização de
artigos médico‑cirúrgicos e odontológicos, pois os pacotes ficam superpostos, dificultando a drenagem
do ar, retardando a penetração do vapor e não permitindo a secagem dos artigos, o que não garante a
sua esterilização.
Devemos dispor os pacotes da seguinte maneira: os maiores ficam na parte inferior e os menores
na parte superior do aparelho. Mantém‑se espaço de cerca de 3 centímetros entre eles, evitando que
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Unidade IV
encostem nas paredes da autoclave. Artigos como jarros e bacias devem ser colocados em posição que
facilite a remoção do ar e escoamento do vapor.
O período de exposição varia de acordo com o artigo, o tipo de equipamento utilizado e a temperatura
em que está regulado o aparelho.
Qualidade do vapor
O vapor saturado seco é aquele que contém somente água no estado gasoso. Agrega tanta água
quanto possível (umidade relativa de 100%). É a forma mais efetiva de vapor esterilizante.
O vapor saturado úmido (condensado) contém vapor saturado de forma excessiva devido à
condensação. O excesso de água compromete a secagem da carga em processamento.
Os pacotes devem ser retirados da autoclave frios e secos para evitar que o vapor se condense na
temperatura ambiente, contaminando os artigos.
A autoclave deve ser limpa diariamente com pano úmido e sabão neutro. A limpeza dos filtros e do
purgador deve ser feita pelo técnico de manutenção especializado.
A esterilização por autoclave exige empacotamento com material permeável ao vapor, de preferência
em embalagem dupla, para evitar contaminação.
A embalagem mais indicada é o papel grau cirúrgico (Figura 7), que é normatizado pela NBR 12.946
(ABNT, 2000). Deve apresentar poro de 0,22 μ de diâmetro, porosidade mínima de 65 s a 105 s por 100 cm3
de ar. Deve ser resistente ao calor, à tração e à perfuração, não podendo conter amido ou corantes.
O papel grau cirúrgico pode se apresentar com duas faces de papel ou com uma face de papel e uma
de filme transparente.
É possível utilizar caixas metálicas perfuradas, porém elas devem ser recobertas por embalagens
permeáveis ao vapor, tais como o papel grau cirúrgico.
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BIOSSEGURANÇA
A validade da esterilização é de sete dias, a contar do dia em que o material foi esterilizado.
Esse prazo é considerado para os artigos esterilizados por processo físico, de acordo com a Resolução
SS‑374 (SÂO PAULO, 1995).
O calor gerado em estufa elétrica (forno de Pasteur) é de uso limitado, pois sua penetração e
distribuição dentro da câmara não se faz de maneira uniforme. Além disso, o processo requer um tempo
de exposição mais prolongado e altas temperaturas, o que é inadequado para certos materiais, tais como
tecido e borrachas.
Para facilitar a condução do calor sem encostar as caixas na parede da estufa, nem encostar o bulbo do
termômetro nas caixas, é preciso colocar as maiores nas prateleiras superiores e as menores nas inferiores.
Não é recomendado colocar grande quantidade de material dentro das caixas para não sobrecarregar
o aparelho. Deve‑se seguir o manual de instruções do fabricante.
Não é indicado interromper o processo de esterilização com a abertura da porta. Se isso acontecer, o
processo de esterilização será inadequado. Esse é um dos motivos pelos quais a Anvisa não recomenda
o uso da estufa nos consultórios odontológicos como método de esterilização, pois não há garantia de
que o processo não será interrompido.
Quando se compara o uso da autoclave e da estufa, observamos que é mais difícil de interromper o
processo de esterilização na autoclave, pois o aparelho encontra-se em alta temperatura e sob pressão,
e o processo de esterilização é automatizado.
Lembrando que para uma efetiva esterilização em autoclave é necessário aplicar uma temperatura
de 121 oC por 15 a 30 minutos, dependendo de se o material está limpo ou sujo. Para medicamentos que
não suportam 121 oC, pode-se diminuir a temperatura para 115 oC e aumentar o tempo de exposição
para 45 minutos.
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Unidade IV
Em estufa, as embalagens que suportam altas temperaturas, tais como caixas de alumínio fechadas,
são as mais indicadas. As caixas de aço inoxidável, embora sejam aceitas como embalagens para a
estufa, são menos recomendadas para o método. As lâminas de alumínio podem ser utilizadas para esse
método de esterilização.
Radiação ionizante
A radiação ionizante modifica o DNA da célula microbiana, provocando lesões estruturais graves e a
difusão de radicais livres. Nesse tipo de esterilização, é utilizada a radiação gama – cobalto 60, pois ele
possui um alto poder de penetração, modificando o DNA das células dos micro‑organismos e gerando
sua inativação.
Devido à sua dificuldade de operação e custo, esse tipo de esterilização é utilizado em materiais
implantáveis em medicina e odontologia, por exemplo, os implantes dentários.
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BIOSSEGURANÇA
Fazem parte dessa classificação de processos os tipos de esterilização que integram um meio físico
(temperatura) com uma substância química. Assim, devido a um aumento ou diminuição de temperatura,
a substância química auxiliará a inativação dos micro‑organismos. São exemplos desses processos: óxido
de etileno e peróxido de hidrogênio.
Óxido de etileno
É obtido por meio da ação combinada de um agente químico, o óxido de etileno (ETO.) e o calor na
forma de vapor saturado sob pressão, gerado em autoclave. Seu uso é restrito a unidades hospitalares
de grande porte devido ao custo das instalações e complexidade na operacionalização.
É necessário observar com rigor as disposições contidas na Portaria Interministerial 4 (BRASIL, 1991),
as instruções do fabricante e a supervisão das técnicas de manejo dos equipamentos de segurança física
e ambiental, além do uso da EPI, tais como luvas de proteção, óculos de proteção, máscara com filtro
químico próprio para vapores orgânicos, botas e roupas de PVC.
Devemos saber que a exposição continuada ao ETO pode provocar irritação cutânea, anemia e
vômito, além de ser carcinogênico e mutagênico.
O plasma gerado a partir do peróxido de hidrogênio (água oxigenada) é constituído de radicais livres
e de mais formas químicas altamente reativas, interagindo, assim, com as membranas celulares.
Como características, possui uma ação bactericida, esporicida, fungicida e virucida. Tempo de
exposição para esterilização: 75 minutos à temperatura de 40 °C a 55 °C.
Os processos químicos são utilizados apenas quando não podemos realizar a esterilização pelos
métodos físicos ou físico‑químicos.
Eles podem ser empregados quando os materiais que necessitam de esterilização não podem sofrer
drástica alteração de temperaturas.
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Unidade IV
Para essa esterilização, o material (artigo) terá que ficar imerso em contato com a substância por
determinado tempo, e isso será definido pelo fabricante.
O processo de esterilização química exige embalagem plástica com tampa. É preciso checar o tempo
de esterilização, a validade do produto, a submersão total dos instrumentos, a limpeza e desinfecção
prévia do material, assim como o fechamento do recipiente que contém o esterilizante.
Observação
Ácido peracético
Sua ação esterilizante se dá pela oxidação. O ácido peracético atua na parede celular e no interior da
célula, danificando o sistema enzimático e destruindo o micro‑organismo.
O ácido peracético só deve ser utilizado em materiais e instrumentais para uso imediato. Ele não
permite o acondicionamento e armazenamento, pois o material, ao ser retirado da imersão, não pode
mais ser considerado esterilizado.
Glutaraldeído
Atualmente os órgãos de saúde não estão recomendando o uso do glutaraldeído devido à sua
toxicidade e à possibilidade de ele não esterilizar alguns tipos de microbactérias.
Os artigos devem estar rigorosamente limpos, secos e desconectados (para permitir a ação do produto
químico) e totalmente imersos na solução em recipiente de vidro ou plástico com tampa (recomenda‑se
recipiente duplo perfurado e outro sem furo). Não se recomenda empregar metais diferentes devido à
corrosão eletrolítica.
e o acondicionamento ideal do instrumental. O material estéril deve ser armazenado em ambiente seco,
limpo e fechado.
Observação
Como não é possível visualizar os micro‑organismos presentes nos materiais, o risco biológico se
torna um problema, pois precisamos ter certeza de que o material está mesmo esterilizado. Dessa forma,
é necessário o uso de testes para verificar se a esterilização foi eficiente.
O teste mais seguro é promover a cultura dos micro‑organismos, porém o procedimento leva dias
para apresentar algum resultado. Devido à dificuldade, utiliza‑se a monitoração por intermédio de meios
mecânicos, químicos e biológicos:
• Meios mecânicos: é realizada uma inspeção no equipamento para conferir seu funcionamento
e observar se não há algum problema que possa comprometer a esterilização. Na estufa, é
necessário observar o termostato e conferir sua temperatura real por meio de um termômetro. Já
na autoclave devemos nos preocupar com as válvulas, os drenos, a borracha de vedação da porta,
pois esses itens comprometem a esterilização e acabam por interromper o ciclo.
• Meios químicos: são integradores químicos, e normalmente são tiras indicadoras impregnadas
com tinta termoquímica, que muda de coloração quando exposta à temperatura. As tintas
podem ser utilizadas internamente nas embalagens colocadas sobre todos os produtos a serem
esterilizados. Também podem ser usadas de maneira externa, podendo conter um integrador
químico, que mudará de cor após o material ser esterilizado.
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Unidade IV
Os artigos na área de saúde devem ter um cuidado especial, pois em sua grande maioria podem propagar
infecção cruzada entre os pacientes, os profissionais e até mesmo disseminá-lo no meio ambiente.
Esses artigos podem ser classificados de acordo com sua severidade para propagar infecção em:
artigos críticos, semicríticos e não críticos.
Artigos críticos
São os instrumentos que penetram na pele e mucosa o suficiente para atingir o tecido subepitelial.
São perfurocortantes, o que pode causar a ruptura da pele ou da mucosa. São considerados exemplos
de artigos críticos: agulhas, lâminas de bisturi e sondas.
Quando os materiais considerados como críticos não forem capazes de passar pelo processo de
esterilização, devem ser descartados após o uso, por exemplo, agulhas e lâminas de bisturi.
Artigos semicríticos
São os materiais que entram em contato com a pele e mucosa, porém sem penetrá‑la, não atingindo
o tecido subepitelial. Não possuem ponta ativa, pois as partes que entram em contato com pele e
mucosa não são consideradas perfurocortantes. O condensador e a espátula de inserção são exemplos
desses artigos.
Os materiais semicríticos também exigem cuidados. Sempre que for possível, devemos preconizar
sua esterilização. Contudo, quando o material não permitir a esterilização devido à sua resistência ao
processo, devemos realizar a desinfecção com um agente com alta atividade biocida, por exemplo, o
ácido peracético.
100
BIOSSEGURANÇA
São considerados materiais ou instrumentos que não entram em contato com a pele ou mucosa,
porém sofrem contaminação, podendo disseminar infecção cruzada.
Exemplos desses tipos de artigos são: bancadas, alças de refletores, comadres, papagaios, jarros, bacias,
cubas, aparelhos de pressão, termômetros, assim como outras superfícies que, durante um atendimento
hospitalar, são utilizadas e não entram em contato diretamente com a pele e a mucosa do paciente.
Por serem materiais não críticos, mas que ainda assim podem propagar infecção cruzada, temos de
ter cuidados em relação à sua desinfeção, realizando‑a com agentes com, no mínimo, média atividade
biocida. Alguns exemplos são: álcool etílico a 70% e hipoclorito de sódio a 1%.
Críticos Esterilização
Esterilização/desinfecção
Semicríticos
Alta atividade biocida
Artigos
Críticos Semicríticos Não críticos
Agulhas Endoscópios Cubas
Lâminas de bisturi Inaladores Termômetros
Implantes Nebulizador Esfignomanômetro
101
Unidade IV
Saiba mais
Para aprofundar seus conhecimentos sobre esterilização, leia:
As mãos são a nossa principal ferramenta de trabalho e na área da saúde elas têm um papel relevante.
À medida que tocamos nos objetos e pacientes entramos em contato com uma enorme quantidade de
micro-organismos.
Nossa própria pele é um reservatório de microrganismos e, por contato direto ou indireto, nossas
mãos são as responsáveis pela transferência desses micro-organismos de uma superfície para outra.
Logo, a higienização das mãos é uma das ações mais importantes no controle de infecção cruzada.
É preciso realizá‑la de maneira correta e com o auxílio de soluções antissépticas.
102
BIOSSEGURANÇA
Primeiramente, deve‑se remover joias, pulseiras, anéis e relógios, pois tais objetos podem acumular
micro‑organismos. Existem diferentes técnicas de higienização das mãos e elas podem variar de acordo
com o objetivo ao qual se destina. A seguir, incluímos algumas das técnicas de higienização:
Essa técnica tem como finalidade a remoção dos micro‑organismos que habitam nas camadas
superficiais da pele (como o suor, a oleosidade e as células mortas), retirando a sujidade propícia à
permanência e à proliferação de micro‑organismos.
2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a superfície
das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante..
4. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos, e
vice‑versa.
6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com
movimento de vai-e-vem, e vice-versa.
7. Esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda, realizando movimento circular,
e vice-versa.
8. Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada
em concha, fazendo movimento circular, e vice-versa.
9. Esfregar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, realizando movimento circular
e vice-versa.
10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato direto das mãos ensaboadas
com a torneira.
11. Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos.
No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilizar papel toalha.
103
Unidade IV
Lembrete
Essa prática é igual à descrita anteriormente (higienização simples), porém substituindo o sabão por
um antisséptico. Dessa forma, promove a remoção de sujeiras e micro‑organismos, bem como reduz a
carga microbiana nas mãos.
Saiba mais
Para saber sobre outras técnicas de higienização das mãos e para ver
figuras ilustrando as técnicas, acesse:
http://www.anvisa.gov.br
Para empregá‑los corretamente, devemos fazer uma fricção antisséptica das mãos. Essa ação objetiva
reduzir a carga microbiana, porém não remove totalmente a sujidade como no processo de higienização
das mãos com sabonetes antissépticos.
• Solução alcoólica.
104
BIOSSEGURANÇA
• Clorexidina a 2% ou 4%.
• Polivinil pirrolidona‑iodo (PVPI – solução aquosa, solução alcoólica, solução degermante, todas a
10%, com 1% de iodo ativo); ou o iodo, na forma de solução alcoólica a 1% (álcool iodado);
• Triclosano.
• Permanganato de potássio.
Para que sejam considerados efetivos e fazer um bom uso, os antissépticos necessitam ter alguns requisitos:
• Ação rápida.
• Odor agradável.
• Baixo custo.
Álcool
Amplamente utilizado, o álcool não possui efeito residual, pois tem a ação rápida. Assim, sua eficácia
depende do tempo de contato, do volume e da concentração e, dependendo do tamanho das mãos, é
preciso maior quantidade da substância.
Compostos de iodo
O iodo é um agente bactericida e fungicida, e também pode ser considerado como um ativo contra
vírus. O composto de iodo mais usado é o álcool iodado a 0.5 ou 1%.
O iodóforo mais usado para a antissepsia das mãos é á solução detergente de PVPI a 10% (1% de
iodo ativo), que é bactericida, fungicida e virucida.
Clorexidina
A solução de clorexidina é um germicida, do grupo das biguanidas, e age melhor contra bactérias
gram‑positivas do que gram‑negativas e fungos.
Como vantagens, possui ação imediata e tem efeito residual. Apresenta baixo potencial de toxicidade
e de fotossensibilidade ao contato, sendo pouco absorvida pela pele íntegra.
As formulações para uso satisfatório são: solução de gluconato de clorhexidina a 0,5%, em álcool
a 70%, e solução detergente não iônica de clorexidina a 4%, contendo 4% de álcool isopropílico ou
álcool etílico.
Além da degermação das mãos, utilizando a concentração de 4%, a clorexidina possui outras
aplicações clínicas:
Triclosan
Nitrato de prata
A solução utilizada é a de nitrato de prata a 1%. Sua maior aplicação acontecia em mucosa ocular
de recém‑nascidos, como profilaxia de conjuntivite. Contudo, essa solução está sendo substituída por
PVPI ou colírio de clorexidina.
Permanganato de potássio
Agente oxidante antisséptico usado nas diluições de 1: 5.000 e 1: 2.000 para lavagem de feridas e
mucosas em âmbito hospitalar.
106
BIOSSEGURANÇA
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada RDC 306/2004 (ANVISA, 2004), são classificados
como geradores de Resíduos de Serviço da Saúde (RSS):
• hospitais.
• Necrotérios e funerárias.
O documento que deverá ser elaborado descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos,
incluindo as características e riscos. Contempla, também, os aspectos referentes à geração, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como as
ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
Também é necessário elaborar ações específicas para situações de emergência e acidentes. Essas
medidas são referentes aos processos de prevenção de saúde do trabalhador. Dessa forma, são
importantes o desenvolvimento e a implantação de programas como:
• Cipa.
O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas a coleta, transporte e
disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde.
O manejo deve ser a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos, interna e externamente, desde
a geração até a disposição final.
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Unidade IV
A segregação consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com
as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
O transporte interno consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao
armazenamento temporário ou externo, com a finalidade de apresentação para a coleta. Essa condução
interna de resíduos deve ser realizada atendendo ao roteiro previamente definido e em horários não
coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior
fluxo de pessoas ou de atividades.
Após o transporte interno, deve‑se ter um local para armazenamento provisório, guardando
temporariamente os recipientes que contêm os resíduos já acondicionados em local próximo aos pontos
de geração. Isso é feito para agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre
os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa.
O tratamento dos RSS envolve processos mecânicos, físicos, químicos ou biológicos e que alteram
as características dos resíduos, visando à minimização do risco à saúde, à preservação da qualidade do
meio ambiente, à segurança e à saúde do trabalhador.
Uma excelente maneira para proceder o tratamento é fazer a desinfecção química ou térmica
(autoclavagem e incineração).
O aterro sanitário é um processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos no solo de forma
segura e controlada, garantindo a preservação ambiental e a saúde pública.
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BIOSSEGURANÇA
São os resíduos infectantes que apresentem risco biológico. Deverão ser acondicionados em sacos
brancos leitosos e identificados com o símbolo de substância infectante (desenhado na cor preta).
Alguns exemplos desses resíduos são: gazes, algodões, campos utilizados em cirurgia, luvas, máscaras
e aventais descartáveis.
São os resíduos contendo substância química que podem apresentar risco à saúde do profissional
ou até mesmo um risco ao meio ambiente. Para efetuar a separação no momento do descarte, é preciso
atentar‑se ao rótulo das substâncias e à sua simbologia.
Muitas substâncias químicas não devem ser descartadas em esgoto, devendo utilizar um coletor
rígido com vedação na tampa, identificado por meio do símbolo de risco associado, com discriminação
de substância química, bem como frases de risco.
Os materiais para o descarte devem ser representados pelo símbolo internacional de presença de
radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescidos
da expressão “dejeto radioativo”.
São os resíduos que não apresentam risco biológico, por exemplo, papel de sanitários e restos de alimentos.
Devem ser acondicionados em sacos de cor diferente do grupo A (branco) para não haver confusão
no momento da separação dos detritos.
Desse grupo fazem parte também os resíduos de coleta seletiva, que são identificados pelas
seguintes cores:
• Azul: papéis.
• Amarelo: metais.
• Verde: vidros.
• Vermelho: plásticos.
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BIOSSEGURANÇA
Fazem parte desse grupo todos os materiais considerados perfurocortantes. Para diminuir o risco de
uma exposição acidental, devem ser acondicionados em recipientes exclusivos.
São exemplos: agulhas, ampolas de vidro, brocas, lâminas de bisturi e vidros quebrados.
As embalagens que deverão ser utilizadas são as caixas rígidas de papelão ou os coletores de plástico.
Devem ser identificados pelo símbolo de substância infectante constante na NBR 7500, com rótulos de
fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescidos da inscrição de resíduo perfurocortante e de
indicação do risco que o resíduo apresenta.
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Unidade IV
É de grande importância que nos atentemos aos cuidados de conservação dos produtos que serão
utilizados tanto para a produção de medicamentos e cosméticos, como na maneira de armazená-los
e utilizá-los no dia a dia.
Desse modo, os efeitos desejados desses produtos serão mantidos, e as alterações indesejáveis ou
nocivas serão evitadas, assegurando que suas características estejam de acordo com suas especificações.
Diversos fatores são os responsáveis por essas alterações, e podem ser divididos em fatores extrínsecos
e fatores intrínsecos.
8.1.1 Calor
Com o aumento da temperatura, ocorre aceleração das reações químicas, podendo causar essas alterações.
Na maioria das vezes, os reagentes, insumos, medicamentos e cosméticos não sofrem alterações
em temperatura ambiente, a 25 ºC, mas em alguns casos é necessário que sejam armazenados em
temperaturas mais baixas, por exemplo, quando se tratam de vacinas, soros, insulina, certos kits de
análises clínicas e eventualmente kits cosméticos de tratamentos específicos.
Deve-se tomar cuidado para que ao resfriar esses produtos não ocorram formações de cristais de
gelo, porque, nesse caso, também haverá prejuízo às características iniciais do produto.
Uma maneira utilizada para evitar esse problema é a colocação de avisos sobre a temperatura correta
de armazenagem nas bulas, frascos e embalagens do produto. Seguindo as orientações, a possibilidade
de alteração será bem menor.
8.1.2 Luz
Muitos produtos e seus princípios ativos são fotossensíveis e nesse caso a incidência de luz acarretará
alterações de suas características.
Medicamentos e cosméticos fotolábeis, como tinturas, produtos com vitamina B12, cloridrato de
morfina, entre outros, devem ser resguardados da luz. Aqui também são importantes as orientações de
armazenamento ao abrigo da luz, mas, principalmente, devem ser mantidos em frasco âmbar ou em
embalagens que propiciem essa proteção.
112
BIOSSEGURANÇA
8.1.3 Umidade
A presença de umidade pode provocar hidrólise dos componentes em certos produtos, por exemplo,
quando há digoxina, benzodiazepínicos e ácido acetilsalicílico.
Para evitar esse problema são utilizados os sachês de sílica gel, armazenagem de certos produtos em
dessecador e avisos de armazenagem em locais longe de umidade.
Uma das maneiras de se evitar a contaminação é que o produto seja produzido com rígido controle
de qualidade, além disso é necessária a obediência às orientações sobre tempo de validade e os cuidados
com o manuseio. Por exemplo, não se deve deixar os frascos abertos por muito tempo; não se deve
retirar os produtos com as mãos, mas com espátulas; não se deve misturar as espátulas e os pincéis de
diferentes produtos ou frascos; e assim por diante.
O oxigênio presente na atmosfera provoca a oxidação de alguns princípios ativos, alterando sua
ação. Esse é o caso, por exemplo, da vitamina C, muito utilizada em cosméticos, em óleos etc. Por isso,
evitar o contato com o ar é o recomendado.
O gás carbônico do ar pode penetrar e fixar-se às substâncias. Por exemplo: água de cal, leite de
magnésia, água destilada etc.
113
Unidade IV
São eles:
• Metal: são liberados vestígios de ferro (Fe) e cobre (Cu). Isso pode ser amenizado com revestimento
com película plástica, no entanto, dependendo do plástico também poderá ser prejudicial.
• Tampas e rolhas de borracha ou de cortiça: também liberam substâncias que vão alterar os
produtos envazados.
Por isso, é importante que se utilizem materiais de qualidade, que liberem o mínimo possível de resíduos.
São eles:
Além dos recursos já citados anteriormente, existem alguns recursos mais específicos que devem
ser citados.
8.3.1 Estabilizantes
• Estabilizantes químicos: são utilizados antioxidantes, para evitar que ocorra a oxidação; por
exemplo, o metabissulfito de Na e o alfa tocoferol (vitamina E) que evita a rancificação de óleos
114
BIOSSEGURANÇA
e gorduras. Muito importante também são os estabilizadores de pH, através do uso dos tampões.
Os tampões podem ser tampões ácidos, formados por ácidos e sais fracos e tampões básicos,
formados por bases e sais fracos.
8.3.2 Conservantes
• Benzoato de sódio.
• Ácido benzoico.
• Uso de pH baixo.
• Álcool a 20%.
• Glicerina a 15%.
8.3.3 Liofilização
Sem a água, os produtos conservam-se por muito mais tempo, pois os microrganismos são eliminados
e a oxidação é evitada.
A substância resultante da liofilização é chamada de liófilo, que então terá grande afinidade
por água.
Resumo
115
Unidade IV
Exercícios
Questão 1. Com relação à higienização das mãos na estética e cosmética, afirma-se que:
A) A higienização das mãos com álcool deve ser escolhida sempre que houver umidade ou sujidade
visível nas mãos.
B) A higienização que antecede procedimentos estéticos deve ser sempre realizada com água e sabão
para eliminar a microbiota transitória das mãos da profissional.
C) Os princípios ativos, aceitos pelo Ministério da Saúde, para a antissepsia das mãos são o álcool a
70%, a clorexidina e o glutaraldeído, a 2%.
D) O sabonete utilizado para a lavagem das mãos deve ser, preferencialmente, sólido, podendo ser
aplicados sabões e detergentes destinados ao uso em objetos e superfícies.
116
BIOSSEGURANÇA
E) O profissional, antes de iniciar qualquer técnica de higienização das mãos, deve retirar relógio,
pulseiras e anéis, devendo as unhas ser mantidas aparadas.
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: a higienização antisséptica das mãos com álcool deve ser realizada antes de tocar o
paciente; antes de realizar procedimento limpo/asséptico; após risco de exposição a fluidos corporais;
após tocar o paciente e após contato com superfícies próximas ao paciente.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: a higienização que antecede procedimentos estéticos deve ser sempre realizada com
água e sabão ou com antissépticos, com a finalidade da remoção dos microrganismos que habitam
nas camadas superficiais da pele (como o suor, a oleosidade e as células mortas), retirando a sujidade
propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: os princípios ativos, aceitos pelo Ministério da Saúde, para a antissepsia das mãos são:
a solução alcoólica, a clorexidina a 2 ou 4%, o triclosano, o permanganato de potássio e as soluções
aquosas de sais de prata.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: o sabonete utilizado para a lavagem das mãos deve ser líquido ou espuma.
E) Alternativa correta.
Justificativa: deve‑se remover joias, pulseiras, anéis e relógios, pois tais objetos podem
acumular microrganismos.
Questão 2. (Fafipa 2014) Cosméticos são produtos para uso externo, destinados à proteção
ou ao embelezamento de diferentes partes do corpo. Para garantia da qualidade e segurança na
utilização destes medicamentos, são preconizadas uma série de testes que devem ser realizados
para cada produto. Ante o exposto, assinale a alternativa correta:
A) Para avaliação da estabilidade de cosméticos, podem ser utilizados, além dos parâmetros
organolépticos (por exemplo: cor e sabor), os parâmetros físico-químicos (por exemplo:
pH e viscosidade).
117
Unidade IV
B) A água no interior do cosmético não tem muita importância, pois quando essa atividade é baixa
a possibilidade de ocorrer a hidrólise é maior.
C) Todo cosmético deve ser testado quanto à viscosidade para determinar, entre outros fatores, a
espalhabilidade do produto.
E) Liofilização é uma técnica usada em produtos cosméticos para mantê-los bastante úmidos para
ajudar na sua conservação por um prazo maior, permitindo a oxidação.
Alternativa correta: A.
A) Alternativa correta.
Justificativa: os estabilizantes podem ser físicos, cujo papel é manter o aspecto físico do cosmético,
sendo espessantes, corantes ou flavorizantes ou químicos, com antioxidantes, tais como o metabissulfito
de Na e o alfa tocoferol (vitamina E), que evita a rancificação de óleos e gorduras e estabilizadores de pH.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: a água no interior do cosmético, chamada de atividade de água, também tem sua
importância, pois quando essa atividade é alta a possibilidade de ocorrer a hidrólise é maior.
C) Alternativa incorreta.
D) Alternativa incorreta.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: liofilização é uma técnica que tira a água, para melhor conservação do produto, pois os
microrganismos são eliminados e a oxidação é evitada. A substância resultante da liofilização é chamada
de liófilo, que então terá grande afinidade por água.
118
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
MAYHALL, C. G. Hospital Epidemiology and Infection Control. 2. ed. Lippincott Williams & Wilkins:
Filadélfia, 1999.
Figura 3
MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012. p. 15.
Figura 4
ABNT. NBR 7.500: segurança nos andaimes. Rio de Janeiro, ago. 1990.
Figura 5
MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012. p. 19.
Figura 6
Figura 9
ANVISA. Cartilha de proteção respiratória contra agentes biológicos para trabalhadores da saúde.
Brasília, 2009. p. 39. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/48b0da004745
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em: 11 mai. 2015.
Figura 10
ANVISA. Cartilha de proteção respiratória contra agentes biológicos para trabalhadores da saúde.
Brasília, 2009. p. 39. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/48b0da004745
88939240d63fbc4c6735/tecnovigilanca_cartilha_protecao_respiratoria.pdf?MOD=AJPERES. Acesso
em: 11 mai. 2015.
Figura 18
MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012. p. 30.
Figura 19
MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012. p. 30.
119
Figura 20
Figura 24
Figura 26
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Manual Básico de combate a incêndio. 2. ed.
Brasília: 2009. Disponível em: file:///C:/Users/Unip/Downloads/combate_incendiomodulo_1.pdf. Acesso
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Exercícios
Unidade I – Questão 2: VUNESP. Prefeitura de Valinhos (SP): Técnico em Segurança do Trabalho 2019.
127
Unidade II – Questão 2: CENTRO DE SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS (CESPE). Concurso Público
Juiz Federal Substituto da 5ª Região 2009: Prova Objetiva. Questão 87. Disponível em: http://www.
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128
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132
133
134
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136
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000