DICKEN, Peter. Questionando A Globalização
DICKEN, Peter. Questionando A Globalização
DICKEN, Peter. Questionando A Globalização
AS NOVAS FRONTEIRAS DA
ECONOMIA MUNDIAL
1
Questionando a ‘globalização’
A globalização é uma realidade... Não apenas no campo financeiro, mas também na comuni-
cação, tecnologia, cada vez mais na cultura, na recreação. No mundo da Internet, da tecnolo-
gia de informação e da TV, haverá globalização. E no comércio, o problema não está no fato
de existir muita globalização; ao contrário, há pouca incidência de globalização… A questão
não está em como interromper a globalização mas, sim, em como utilizar o poder da comuni-
dade para combiná-la à justiça… a alternativa à globalização é o isolamento.
Tony Blair, primeiro ministro britânico, 2001
A globalização – conforme anunciada, prometida e confirmada como inevitável nos anos 70,
80 e grande parte dos anos 90 – já se esgotou. Continua aqui e ali. Em outros lugares, já
entrou ou está entrando em colapso, ou está sendo bloqueada. E diversas outras forças entra-
ram em cena, arrastando-nos para muitas direções… O desejo das pessoas de organizarem suas
vidas em torno de sua realidade é fundamental para o retorno do nacionalismo.
John Rawlston Saul, 2005
Vivemos em uma era em que tudo mudou e a maioria das coisas está mudando. O gelo
derreteu nas conhecidas paisagens da segunda metade do século XX. O poder em todas
24 MUDANÇA GLOBAL
as suas formas está mudando rapidamente e de modo imprevisível. Seria possível até
afirmar que estamos no início da História.2
um termo usado [frequentemente demais] por muitos pensadores insensatos, que tratam
da mesma maneira todo tipo de tendências superficialmente convergentes… e chamam
isso de globalização, sem tentar distinguir o que é importante do que é trivial, nas causas
ou nas consequências.3
tudo tem sido a proliferação dos movimentos de protesto globais: a explosão de de-
monstrações de rua nas principais reuniões políticas internacionais. Esses protestos têm
envolvido uma variedade surpreendente de grupos de pressão, variando desde organiza-
ções de sociedade civil (OSC) de longa data a grupos totalmente novos com enfoques
muito específicos ou muito gerais para os respectivos protestos, aliados a anarquistas e
elementos revolucionários com uma ampla pauta anticapitalista.
Ganhando destaque pela primeira vez na reunião da Organização Mundial de
Comércio em Seattle, em novembro de 1999, os movimentos de protesto globais torna-
ram-se imediatamente um aspecto permanente de toda reunião internacional de orga-
nizações governamentais subsequente. Em alguns casos, eles se manifestaram em even-
tos globalmente generalizados, como os concertos ‘Live8’ em 2005, organizados para
coincidir com a conferência das maiores economias do mundo (G8) e a campanha
‘Make Poverty History’. No outro extremo político, os líderes das grandes empresas
têm as próprias reuniões ‘tribais’, principalmente o Fórum Econômico Mundial realiza-
do anualmente em Davos, Suíça.
Alto Globalização
pura
Grau de integração funcional das atividades econômicas
Baixo Alto
Alcance da expansão geográfica das atividades econômicas
‘Internacionalistas céticos’
Em que pese que a ideia de mundo econômico globalizado tenha sido amplamente
aceita, alguns adotam uma posição mais cética, propondo que a ‘novidade’ da situação
atual foi muito exagerada. Argumenta-se que a economia mundial na verdade estava
mais aberta e integrada no meio século antes da Primeira Guerra Mundial (1870–1913)
do que nos dias atuais.7 A evidência empírica usada para justificar esse posicionamento
é quantitativa e agregadora, com base nos estados da nação como unidades estatísticas.
Esses dados revelam um mundo em que o comércio, investimento e, principalmente, a
migração da população fluíam em volumes cada vez maiores entre os países. Esses níveis
de comércio e investimento internacionais não foram alcançados novamente (após a
depressão mundial dos anos 30 e da Segunda Guerra Mundial) até as últimas décadas
do século XX. Na verdade, a migração internacional da população não voltou aos níveis
iniciais, pelo menos no que diz respeito à proporção da população mundial participante
no movimento entre países. Com base nessa evidência quantitativa, Hirst e Thompson
afirmam que ‘não temos uma economia totalmente globalizada, o que existe mesmo é
uma economia internacional’.8
‘Enraizando a globalização’
Esses dados quantitativos em nível nacional devem ser levados a sério. Mas representam
apenas uma parte da história. Eles não nos informam os tipos de mudanças qualitativas
ocorridos na economia global. Mais expressivas foram as mudanças no local e no modo da
produção, distribuição e consumo físicos dos produtos e serviços (inclusive, em particular,
no campo financeiro). As antigas geografias da produção, distribuição e consumo estão
sendo continuamente afetadas; novas geografias de produção, distribuição e consumo estão
sendo sempre criadas. Houve uma grande transformação na natureza, no nível de interliga-
ção na economia mundial e, principalmente, na velocidade com que essa conectividade ocor-
re, envolvendo tanto uma expansão quanto uma intensificação das relações econômicas.9
A integração econômica internacional antes de 1914 – e, inclusive, até cerca de
quatro décadas atrás – era basicamente superficial, manifestada em grande parte através
de transações de mercado em produtos e serviços entre empresas independentes, e por
meio de movimentos internacionais de carteira de títulos e de investimento direto relativa-
mente simples. Hoje, vivemos em um mundo em que uma profunda integração, organizada
basicamente dentro de e entre redes de produção transacionais geograficamente extensas e
complexas, e através de uma diversidade de mecanismos, é cada vez mais o padrão.
Essas mudanças qualitativas simplesmente não são captadas nos dados agregados
de comércio ou de investimento do tipo utilizado pelos céticos. Por exemplo, no caso
do comércio internacional, as mudanças no volume – embora importantes – não são
tão relevantes quando as mudanças na composição. Houve um grande aumento no co-
mércio intraindustrial e intraempresarial, que são claros indicadores de processos de
produção mais funcionalmente fragmentados e geograficamente dispersos.10
28 MUDANÇA GLOBAL
Alto
Globalização
pura
R
Nível de integração funcional das atividades econômicas
Processos localizantes
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Processos internacionalizantes
Baixo
Alto
Alcance da expansão geográfica das atividades econômicas
“Variedades de capitalismo” —
configurações geograficamente específicas
de práticas e instituições socioculturais
PROCESSOS DE ESPAÇO-TEMPO
Empresas
Mão de obra Consumidores
PROCESSOS
Processos de imbricamento
O ponto crítico em relação às redes é que elas envolvem pensamento relacional. O que
liga as pessoas através do tempo e espaço? De que modo as coisas e pessoas são
conectadas e incorporadas em termos econômicos, políticos e culturais? De que manei-
ras os produtos, as informações e o capital fluem e por que são canalizados para determi-
QUESTIONANDO A ‘GLOBALIZAÇÃO’ 31
nados vértices e nós? … Pensar em termos de redes nos obriga a pensar processos
socioeconômicos como entrelaçados e mutuamente constitutivos.16
ções, na qual cada estágio agrega valor ao processo de produção de produtos ou serviços.
No contexto global, a ideia de cadeia de commodities global (CCG) ou, mais recente-
mente, cadeia de valores global (CVG) foi amplamente desenvolvida por Gary Gereffi
e seus colegas.17 Como o próprio nome indica, uma cadeia de produção é basica-
mente linear e representa a sequência de operações necessárias para produzir e dis-
tribuir um produto ou serviço (serviços, como qualquer outro item de consumo,
precisam ser ‘produzidos’). Entretanto, como já vimos, os processos econômicos
são longos e indiretos, e não lineares. Há uma circularidade presente ao se ligar os
principais estágios do processo de produção, como a forma circular que consiste de
loops de feedback ligando o consumo – um componente fundamental, se bem que
frequentemente ignorado, do processo de produção – com os processos de produ-
ção e distribuição.
A Figura 1.4a apresenta uma versão ‘reduzida’ de um circuito de produção hipoté-
tico. No núcleo, há um conjunto de quatro operações básicas, ligadas por uma sequên-
cia de transações entre um elemento e o seguinte. As entradas são transformadas em
produtos distribuídos e consumidos. Mas perceba que os processos são bidirecionais:
Entretanto, isso não é tudo, como mostram as Figuras 1.4b e 1.4c. Cada elemento
individual no circuito de produção depende de:
• insumos tecnológicos
• entradas de serviços
• sistemas (de movimento) logísticos
• sistemas financeiros
• sistemas de coordenação e controle
cuitos de produção, como também em sua formatação através das respectivas decisões
de avaliação sobre o que (e onde) investir para obter o retorno mais alto (e ocasional-
mente, o mais rápido).
Serviços de logística
(movimentação de materiais, produtos, pessoas e informações)
Serviços de logística
(movimentação de materiais, produtos, pessoas e informações)
Redes de produção
Os circuitos de produção individuais estão, por sua vez, envolvidos em redes de produção
mais abrangentes de relacionamentos interempresarias e intraempresariais.19 Na reali-
dade, essas redes são estruturas extremamente complexas com complicadas ligações–
horizontais, verticais, diagonais – formando treliças multidimensionais, de várias camadas
de atividade econômica. Elas variam consideravelmente dentro e entre os diversos setores,
como constataremos nos capítulos de estudo de casos da Parte 3. A natureza complexa
das redes de produção será discutida com detalhes no Capítulo 5. Nesse estágio, preci-
samos observar apenas a importância especial de três dimensões das redes de produção:
nova geoeconomia (consulte os Capítulos 4 e 5). É empregada aqui uma definição mais
ampla de ETN – que vai além da definição convencional baseada nos níveis de proprie-
dade de ativos com bases internacionais – para abranger a diversidade e complexidade
das redes transnacionais.
Uma empresa transnacional é uma empresa que tem poder para coordenar e controlar
operações em mais de um país, mesmo que não sejam de propriedade dessa empresa.
Na verdade, as ETNs geralmente possuem esses ativos, mas elas também estão,
como veremos no Capítulo 5, envolvidas em várias complicadas teias de aranha de
relações de colaboração com outras empresas juridicamente independentes em todo o
planeta.
A natureza do processo de coordenação dentro da rede de produção de uma ETN
depende, em parte, do local onde a empresa define o limite entre as funções que ela
internaliza (isto é, executa ‘internamente’) e as que ela externaliza (ou seja, terceiriza
para outras empresas). Teoricamente, em um extremo, a rede de produção total da
ETN pode ser internalizada dentro da empresa como um sistema integrado verticalmen-
te cruzando as fronteiras nacionais. Nesse caso, os vínculos consistem de uma série de
transações internalizadas, organizadas ‘hierarquicamente’ através da estrutura organiza-
cional interna da empresa. No extremo oposto, cada função pode ser executada por
empresas distintas. Nesse caso, os vínculos consistem em uma série de transações exter-
nalizadas, organizadas através do ‘mercado’ ou com a colaboração de outras empresas
em uma espécie de rede ‘virtual’.
Essa dicotomia – entre transações externalizadas, controladas pelo mercado, e tran-
sações internalizadas controladas hierarquicamente – simplifica extremamente a rique-
za e diversidade dos mecanismos de controle na economia contemporânea. Na verdade,
há um espectro de formas diferentes de coordenação, consistindo de redes de inter-rela-
cionamentos dentro e entre empresas. Essas redes consistem cada vez mais de uma
mescla de estruturas intraempresariais e interempresariais, são dinâmicas e em um esta-
do contínuo de fluxo; a fronteira entre a internalização e a externalização muda cons-
tantemente. O modo exato como elas são coordenadas depende, em um grau conside-
rável, da natureza precisa dos respectivos processos de produção, distribuição e consu-
mo. Examinaremos esse aspecto com mais detalhes no Capítulo 5 e nos casos setoriais
na Parte 3. Nesse estágio, basta observar que o controle das redes de produção reflete a
configuração de poder específica existente entre elas. Em alguns casos, um ator domi-
nante declara diretamente todas as suas intenções; em outros casos, o poder pode estar
mais pulverizado, com um grau maior de colaboração.
biente construído) e menos tangível (na forma das relações sociais localizadas e nas
instituições e práticas culturais distintas). Por conseguinte, a natureza exata e a articula-
ção das redes de produção voltadas para empresas são profundamente influenciadas
pelos contextos sociopolítico, institucional e cultural concretos aos quais estão incorpo-
radas, em que são produzidas e reproduzidas.23
O estado nacional continua sendo a mais importante forma territorial delimitada à
qual as redes de produção estão incorporadas. Todos os elementos de uma rede de pro-
dução são regulamentados em algum tipo de estrutura política, cuja unidade básica é o
estado nacional, mas que também abrange instituições supranacionais, como o Fundo
Monetário Internacional e a Organização Mundial do Comércio, grupos econômicos
regionais, como a União Europeia ou o Acordo de Livre Comércio da América do
Norte, e os estados ‘locais’ na escala subnacional.
Por definição, todas as redes de produção transnacionais devem operar em sistemas
reguladores multiescalares e estão, portanto, sujeitas a uma multiplicidade de influências
políticas, sociais e culturais, geograficamente variáveis. Por um lado, as ETNs tentam
tirar proveito das diferenças nacionais existentes nos regimes reguladores, enquanto,
por outro lado, os Estados procuram minimizar essa ‘arbitragem reguladora’. O resulta-
do é uma situação muito complexa na qual as empresas e os Estados participam em
vários tipos de jogos de poder: um nexo triangular de interações compreendendo rela-
cionamentos empresa-empresa, Estado-Estado e empresa-Estado (Figura 1.6).24 Em
outras palavras, e nova geoeconomia está basicamente sendo estruturada e reestrutura-
da não apenas pelas ações das empresas ou dos Estados isoladamente, mas também
pelas interações complexas e dinâmicas entre os dois conjuntos de instituições. É evi-
dente que as relações com os Estados não são as únicas. Como vimos na Figura 1.3, as
ETNs se envolvem continuamente em relações (às vezes conflitantes, outras vezes de
colaboração) com outros atores importantes – mão de obra, consumidores, OSCs –
todos eles com sólidas bases territoriais.
Em
o
tad
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s
o-E
sa-
tad
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Es
pre
sa
Estado-Empresa
FIGURA 1.6 O nexo triangular dos relacionamentos entre empresas e Estados.
Fonte: baseado em Stopford e Strange, 1991: Figura 1.6.
40 MUDANÇA GLOBAL
Grupos geográficos de
atividade econômica
Clusters Clusters
Generalizados Especializados
Economias de Economias de
‘urbanização’ ‘localização’
Externalidades
Interdependências Interdependências
‘via mercado’ ‘extramercado’
Dentro de limites amplos, atualmente, o poder de atração de um centro tem sua origem
principalmente no acaso histórico de que algo aconteceu ali em certa época, e não em
diversos outros lugares onde poderia também ter iniciado de modo adequado ou melhor,
e que o início alcançou êxito.34
Redes de redes
A economia global, por conseguinte, pode ser vislumbrada como a ligação de dois con-
juntos de redes:
Comunidade Sistemas
local territoriais
Nação
Região
Setores
individuais de
manufatura
e serviços
Redes de produção Sistemas territoriais em escalas Redes de produção
transnacionais geográficas diferentes transnacionais
Resíduos
Conclusão
Procuramos, neste capítulo, examinar o conceito da ‘globalização’ e refutar a visão po-
pular de que ela é um tipo de força absorvente, inexorável, irreversível e uniformizado-
ra. Em vez disso, o mundo em que vivemos é constituído de (e transformado por) um
complexo de processos inter-relacionados e não por uma força isolada chamada ‘globa-
50 MUDANÇA GLOBAL
Notas
1 ILO (2004b: 12–23).
2 Stephens (2005). A referência ao ‘início da História’ parece ser um contraste deliberado à previsão de
Fukuyama (1992) do ‘fim da História’ após o colapso do sistema soviético.
3 Strange (1995: 293).
4 Held et al. (1999: 1–28) traz uma discussão útil de algumas das principais correntes nos debates sobre
globalização. Consulte também Cameron e Palan (2004).
5 Consulte Tickell e Peck (2003).
6 Para obter um exemplo dessa posição, consulte Friedman (1999; 2005). Escritores com outros posiciona-
mentos quanto a essa estrutura geral são Bhagwati (2004) e Wolf (2004).
7 Hirst e Thompson (1992; 1999), Kozul-Wright (1995).
8 Hirst e Thompson (1992: 394).
9 Held et al. (1999: 15).
10 Consulte Feenstra (1998), Gereffi (2005).
11 Mittelman (2000: 4).
12 Jessop (2002: 113–14).
13 Thrift (1990: 181). Consulte também Amin (2002), Brenner (1998), Swyngedouw (2000).
14 O material contido nessa seção se baseia em Dicken (2004).
15 Hudson (2004: 462).
16 Mitchell (2000: 392).
17 Consulte, por exemplo, Gereffi e Korzeniewicz (1994), Gereffi et al. (2005).
18 Rabach e Kim (1994: 123)
19 Literatura recente sobre as redes de produção globais ou transnacionais engloba Coe et al. (2004), Dicken
(2005), Ernst e Kim (2002), Henderson et al. (2002).
QUESTIONANDO A ‘GLOBALIZAÇÃO’ 51
20 Latour citado em Thrift (1996: 5).
21 Consulte, por exemplo, O’Brien (1992), Cairncross (1997).
22 Castells (1996).
23 Granovetter (1985) foi o pioneiro do conceito da ‘incorporação’ no campo da sociologia econômica.
Desde então, tornou-se um termo consagrado (ainda que contestado). Consulte Hess (2004) para obter
uma discussão recente sobre o conceito em um contexto espacial/territorial.
24 Stopford e Strange (1991).
25 Essa distinção é feita para fins analíticos. Na realidade, a fronteira entre eles geralmente é muito tênue.
26 Maslow (1970).
27 Hirsch (1977).
28 Hudson (2005: 65).
29 Miller (1995: 1).
30 Gereffi (1994: 97).
31 The Economist (2 de abril de 2005: 9).
32 Markusen (1996).
33 O cluster tornou-se recentemente um tema empolgante nos debates sobre políticas nas diversas partes do
mundo (Krugman, 1998; Porter, 1990; 1998; 2000). Entretanto, o conceito tem uma longa história:
consulte, por exemplo, Amin e Thrift (1992), Bathelt et al. (2004), Dicken e Lloyd (1990), Malmberg
(1999), Markusen (1996), Martin e Sunley (2003), Scott (1998), Storper (1997).
34 Myrdal (1958: 26).
35 Dicken e Malmberg (2001).
36 Consulte Cairncross (1992), Dauvergne (2005), Hudson (2001: Capítulo 9), McNeill (2000), Turner et
al. (1994).
37 Hudson (2001: 300).
38 Simonis e Bruhl (2002: 98).
39 Turner et al. (1994: 15–23).
40 Turner et al. (1994: 17).
41 Hudson (2001: 301).
42 Hudson (2001: 288).
43 McNeill (2000: 109).
44 McNeill (2000: 109).
45 McNeill (2000: 114).