Caso Prático - Ação Popular
Caso Prático - Ação Popular
Caso Prático - Ação Popular
5) Fundamentos:
Art. 5º, LXXIII, da CF/88
Lei nº 4.717/65
6) Tese
A ação popular pode ser proposta por qualquer cidadão para proteção contra
atos que causem danos ao erário.
No caso em análise, havendo irregularidades na licitação, possível a ação
popular lastreada na violação dos princípios regentes da Administração
Pública (CF, art. 37, caput), quais sejam, moralidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
Bem como violação do inciso XXI – (ressalvados os casos especificados na
legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições
a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o
qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações).
7) Endereçamento (juízo competente):
O juízo competente é aquele com competência fazendária (art. 5º., da Lei nº.
4.717/65); Consoante o enunciado o Juízo competente é o da Comarca sede,
que tem competência fazendária.
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA DA
FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO WYK
(10 linhas)
AÇÃO POPULAR
I - DOS FATOS
O autor, cidadão atento e diligente sobre os acontecimentos à sua volta, foi
avisado por amigos que a Administração do Estado em que reside pretende
realizar obras vultosas, sem a realização de licitação e serão contratadas
empresas ligadas aos dirigentes de seu partido político.
A Administração alega que se justifica uma contratação sem licitação devido
a urgência de um grande evento a ser realizado no prazo de um ano.
Após o devido processo legislativo e com aprovação do orçamento, a
Administração dividiu a verba orçamentária entre três empresas que ficariam
incumbidas de realizar a obra, a Mastodonte S.A, Mamute S.A e Dente de
Sabre S.A, que já assinaram contrato com o Estado.
O total da obra é um bilhão de reais.
Inconformado com os indícios de ilegalidade, o autor propõe Ação Popular.
II – DO DIREITO
O autor, cidadão em dia com suas obrigações eleitorais, é legítimo para a
propositura da Ação Popular.
Colaciona-se o título eleitoral aos autos, requerendo-se a sua juntada, em
cumprimento ao Art. 1º, §3º da Lei 4717/65.
São legitimados passivos também o Estado de WYK e as empresas
Mastodonte S.A, Mamute S.A e Dente de Sabre S.A, tendo em vista que há
a participação de todos no ato lesivo, em conformidade ao Art. 6º, da Lei
4717/65.
Versa a Constituição da República, no Art. 5º, inciso LXXIII, que qualquer
cidadão é parte legítima para propor Ação Popular que vise anular ato lesivo
ao patrimônio público, sendo ação completamente pertinente ao caso
concreto.
Diversos princípios constitucionais foram transgredidos nos atos cometidos
pelos réus, elencados no Art. 37, caput da CRFB/88.
Houve ofensa ao princípio da legalidade, tendo em vista que não há previsão
legal para a forma da contratação realizada. Há também prejudicialidade ao
princípio da impessoalidade, haja vista que foram favorecidas empresas que
mantém contato com os dirigentes do partido político de um dos réus.
O princípio da moralidade também não se mostrou presente no procedimento
realizado, sendo dispensada a licitação sem se observar as incumbências
legais. E por todo emaranhado dos atos, ofendeu-se também o princípio da
eficiência e publicidade.
Outro dispositivo constitucional foi frontalmente violado, qual seja o Art. 37,
XXI da CRFB/88, que versa sobre a necessidade licitação para as
contratações públicas. Dispensou-se a licitação sem nenhuma previsão legal,
apenas por decisão discricionária da Administração Pública.
Local... Data...
Advogado...
OAB n.º...