Constelação Familiar

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Constelação familiar: o que

é, preço e como funciona


Método terapêutico promove a elucidação de conflitos no sistema familiar e
pode transformar vidas

Especialista consultado Amélia Kassis


Psicologia - CRP 06358014/SP
Por Cinthya Dávila - Em 22/8/2018

O que é Constelação Familiar


A Constelação Familiar é uma prática terapêutica usada para tratar questões
físicas e mentais a partir de revelação obtidas em dinâmicas ocultas de uma
família. Por meio da constelação familiar é possível identificar acontecimentos
que, mesmo desconhecidos, podem trazer problemas para a vida de uma
pessoa.

Como funciona a constelaçao familiar


A constelação familiar uma terapia breve e, por isso, não necessita de muitas
sessões para elucidar uma questão.

Isso acontece porque a constelação familiar atua de forma energética e visa


solucionar um conflito por vez.
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Suas dinâmicas consistem em montar o sistema familiar e entrar em contato


com o campo morfogenético do sistema familiar do cliente.

Esse contato possibilita identificar os motivos que possam ter ocasionado um


desequilíbrio nesse sistema.

Desse modo, quando uma pessoa sente que há uma questão em sua vida de
difícil resolução e que está bloqueando o andamento de sua vida, é possível
contar com o auxílio da constelação familiar.
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Assim como as demais terapias, a constelação familiar conta com a orientação
de um profissional, o constelador ou facilitador, uma pessoa é um terapeuta
com formação em constelação familiar.

Benefícios da Constelação Familiar

Centelhas conta que é possível obter transformações significativas na vida,


como melhora no relacionamento entre parentes, solução de problemas
financeiros, afetivos e, em alguns casos, até mesmo na saúde. É importante ter
em mente que assim como a dinâmica tem suas particularidades, os benefícios
também podem variar de pessoa para pessoa.
Mas de maneira geral, existem alguns esclarecimentos que podem ser úteis
para a vida do cliente. Veja a seguir:
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 Identificar emaranhamentos ocultos no sistema familiar


 Ajudar a encontrar o lugar certo de cada indivíduo dentro do sistema
familiar

 Romper com comportamentos e condicionamentos que prejudicam a


vida dos que estão envolvidos no sistema familiar

 Possibilidade de integrar conflitos passados e obter melhorias nas


questões que antes eram aflitivas

Constelação familiar não substitui terapia


De acordo com a Associação Brasileira de Constelações Sistêmicas, a terapia
de Constelação Familiar não tem o objetivo de substituir outras
terapias ou se colocar acima da medicina convencional, mas sim servir de
complemento e possibilitar que o indivíduo tenha conhecimento de seu sistema
familiar.

Em março de 2018, o Ministério da Saúde incluiu a Constelação Familiar no rol


de procedimentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). A terapia foi
incluída no escopo das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) como
forma de ser uma terapia complementar que pode contribuir para a saúde e
bem-estar da população.
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Como nasceu a Constelação Familiar


A terapia da Constelação Familiar foi criada pelo terapeuta, filósofo, teólogo e
pedagogo alemão Bert Hellinger. Durante 16 anos, ele atuou como missionário
na África do Sul, numa tribo Zulu, e percebeu que os integrantes da tribo
possuíam uma dinâmica própria para a resolução de conflitos. "Ninguém tinha
um problema na tribo. Quando algo acontecia, esse problema era de todos, não
haviam fatos isolados e sim um porquê coletivo", explica o terapeuta
transacional e de Constelação Familiar transacional Diego Centelhas
De volta à Alemanha, Hellinger estudou de forma profunda a psicologia,
tornando-se proficiente em diferentes tipos de terapia, como psicanálise,
terapia gestáltica, análise transacional, hipnoterapia e terapia de sistemas
familiares.

Essas diferentes correntes, associadas a outros conceitos estudados por


Hellinger, foram fundamentais para que ele chegasse ao entendimento
do método de Constelação Familiar.
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Quando foi criada, nos anos 1980, ainda não era possível todos os mecanismos
da terapia. Porém, na década seguinte, com o mapeamento do Genoma
Humano, foi possível descobrir que os genes transmitem memórias ancestrais
para gerações futuras.

Essas memórias passaram a ser conhecidas em âmbito científico


como memórias epigenéticas. Mais para frente o biólogo inglês Rupert
Sheldrake fundamenta a teoria dos campos morfogenéticos.

Memória coletiva
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No livro "Constelações Familiares - O Reconhecimento das Ordens do Amor", de


Bert Hellinger e Gabriele ten Hovel, é explicado que quando uma pessoa nasce,
além da herança genética ocorre uma transmissão de informações por meio dos
campos mórficos.

Nesses campos existe uma espécie de memória coletiva da espécie a que se


pertence. E essa memória é enriquecida em cada indivíduo da espécie e cada
indivíduo dessa espécie está ligado a essa memória.

"De certa forma, a teoria de Sheldrake dá embasamento científico para o que


Carl Jung chamava de inconsciente coletivo", explica Centelhas.
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O inconsciente coletivo é uma das principais teorias de Carl Jung, na qual


acredita-se que existe um conjunto de pensamentos e sentimentos
compartilhados com outras pessoas.
Sendo assim, a mente humana teria características inatas impressas como
resultado da evolução e essas predisposições são originadas dos nossos
ancestrais.

Diego conta que a partir desse entendimento a constelação familiar se tornou


algo mais viável de trabalhar ao longo da história.
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Pilares da Constelação Familiar


Ao criar a Constelação Familiar, Hellinger descobriu, observou e validou as
"Ordens do Amor".

Segundo a coach sistêmica Juliana Isliker, facilitadora de grupos de constelação


familiar online e presencial e organizadora do livro "O Poder da Constelação em
27 relatos", da Giostri Editora, essas leis têm o potencial de influenciar tanto a
vida individual das pessoas quanto também um sistema familiar.

Juliana explica que o não cumprimento dessas leis é um dos fatores que pode
desencadear desequilíbrios e emaranhamentos no sistema familiar, ocasionando
assim em problemas afetivos, financeiros, fobias, doenças e tendências
suicidas.
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As "Ordens do Amor" escritas por Hellinger e que iremos explicar melhor neste
conteúdo são respectivamente:

 Lei do pertencimento
 Lei da hierarquia

 Lei do equilíbrio

Lei do pertencimento

Todo indivíduo por natureza tem a necessidade de pertencer. Sendo assim, ao


nascer, uma pessoa precisa se sentir parte de um sistema familiar ou
institucional e ter sua posição reconhecida e valorizada.

"Essa premissa vale, inclusive, se algum membro da família cometeu algum ato
considerado moralmente errado, como um assassinato, roubo, incesto, abuso
sexual", explica Centelhas.
De acordo com o especialista, quando isso acontece, é comum que as pessoas
da família prefiram esconder e esquecer o assunto, com o objetivo de fazer
com que aquele indivíduo não faça mais parte da família

O problema é que quando uma pessoa é afastada ou excluída do sistema


familiar isso causa um sofrimento chamado "Dor dos Excluídos" e pode
ocasionar problemas nas gerações futuras. Isso faz com que os sucessores da
família reproduzam e sejam, de alguma forma, afetados por essa exclusão, sem
saberem o real motivo.

A Lei do Pertencimento também se aplica quando uma pessoa foi prejudicada


por alguém da família. Um exemplo seria um dos pais ter tido uma relação
afetiva mal resolvida no passado antes de conhecer a pessoa com quem se
casou.

Uma situação hipotética para exemplificar a lei seria um pai que teve uma noiva
que foi abandonada por ele pra que o mesmo pudesse constituir a atual família.
Essa falta de resolução gera uma injustiça que desequilibra o sistema familiar.

Essa situação vivida no passado pode ter sido esquecida, mas não deixa de
existir. E pode fazer com que, por exemplo, a filha do casal tenha um
relacionamento conturbado com o pai.

Uma possível explicação para esse relacionamento conturbado entre pai e filha
seria o fato da garota estar manifestando a dor da mulher que foi substituída.

Segundo o livro "Ordens do Amor" escrito por Bert Hellinger, "quando alguma
pessoa é excluída seu destino é inconscientemente assumido por membros
subsequentes da família".

A solução para equacionar o conflito seria integrar novamente à família a


pessoa que foi excluída, pois essa aceitação possibilita que a injustiça seja
compensada e os destinos não precisam mais ser repetidos.

Lei da hierarquia

Além de pertencer, cada indivíduo ocupa uma posição dentro do sistema


familiar. De acordo com Hellinger essa lei precisa contemplar a hierarquia de
respeitar quem veio primeiro.
Logo, a Lei da Hierarquia institui que os pais têm precedência aos filhos e os
relacionamentos anteriores desses pais também ocupam um lugar de respeito
na história de cada cônjuge.

"É muito comum que os filhos passem a ocupar o papel dos pais dentro de uma
família. Isso causa um desequilíbrio", explica Centelhas. Ele pontua que "os
filhos não podem ser maiores do que os pais. Quando isso acontece as pessoas
param de ocupar os seus respectivos lugares dentro do sistema familiar".

Esse tipo de desequilíbrio pode fazer com que, por exemplo, os pais naquela
família manifestem um comportamento infantilizado e os filhos fiquem ansiosos,
pois estão carregando uma carga emocional que não é sua.

Segundo Juliana, respeitar a hierarquia não significa se fidelizar ao sistema


familiar, mantendo os mesmos comportamentos e padrões, pois implicaria em
manter o sistema vigente, mas reconhecer e honrar aos que vieram antes de
nós.

Ao respeitar e aceitar a hierarquia dos antepassados, é possível equilibrar


novamente a segunda ordem do amor

Lei do equilíbrio

Muitos dos desequilíbrios no sistema familiar acontecem porque não há um


equilíbrio entre dar e receber dentro do sistema familiar. Esse tipo de
manifestação pode acontecer, por exemplo, dentro de um relacionamento
afetivo em que um dos dois se doa mais do que o outro.

Somos acostumados a acreditar que se doar por amor não traz consequências
negativas. No entanto, à luz da Constelação Familiar, esse desequilíbrio pode
fazer com que a pessoa que recebeu demais torne-se dependente do par,
passando a ser também menos interessante como parceiro(a). Isso faz com
que a pessoa que se doou demais, mas não recebeu em troca, busque outras
distrações ou outros parceiros(as), ocasionando assim uma traição entre o
casal.

Da mesma forma, pode acontecer de a pessoa que está recebendo demais


sentir-se culpada por não conseguir retribuir o amor que está recebendo e daí
ela encontra uma forma de sair daquela relação, ou então atacar a pessoa que
se doou demais para fazer com que ela se sinta inferior.

Vale ressaltar que o emaranhamento da lei do equilíbrio pode se manifestar


também quando abandona-se a própria vida por alguém, um parceiro (a), filho,
emprego.

Todos nós estamos submetidos às Leis do Amor?


Os especialistas ouvidos pelo Minha Vida explicam que o campo morfogenético
é presente na vida de todas as famílias. Portanto, todas as pessoas são
afetadas pelas Leis do Amor, mesmo que não tenham conhecimento de sua
existência.

Constelação familiar individual


Esse tipo de atendimento é realizado apenas pelo terapeuta e o cliente. Como
dito anteriormente, a constelação familiar busca acessar o campo
morfogenético a fim de identificar qual é o emaranhamento que acomete o
sistema familiar do cliente.

Ao acessar o campo energético é possível ter entender as dinâmicas que fazem


parte do sistema familiar. O próximo passo é utilizar representantes simbolizar
os membros da família do cliente. Em uma constelação feita em grupo esse tipo
de representação é feita por pessoas escolhidas no momento. Já quando se
está trabalhando em uma constelação individual, essa representação é feita
com o auxílio de bonecos ou outros objetos.

O cliente então seleciona os objetos que representarão os integrantes de sua


família e os posiciona a partir do direcionamento do campo. Muitas pessoas têm
a impressão de que o processo individual dificulta o acesso ao campo. Porém,
de acordo com Hellinger, em seu livro "Ordens do Amor", ao se aproximar dos
objetos é possível perceber a sensação dos integrantes da família envolvidos na
cena. Ao presenciar essa energia, é possível seguir com a constelação.

A partir da movimentação do campo e também com auxílio de sua


sensibilidade, o constelador consegue identificar onde está o desequilíbrio no
sistema familiar. "Existe um sistema de checagem para o constelador. Por isso
é importante que o terapeuta esteja com a mente vazia para conseguir estar
presente na cena. Quando se está presente a resposta sempre chega", explica
Diego Centelhas.

No livro "Constelações Familiares - O Reconhecimento das Ordens do Amor",


Hellinger explica que a validação das hipóteses do constelador se dá pelas
reações manifestadas pelo cliente. De acordo com ele, a revelação faz com que
o cliente adquira entendimento sobre seu sistema familiar e isso pode ser
libertador.

Após o desequilíbrio ser revelado é hora de fazer o processo de integração do


conflito. Sendo assim, o constelador pode orientar ao cliente a dinâmica mais
adequada para aquela situação, que pode ser a integração de alguém que foi
excluído da família, a aceitação de algum fato que estava sendo ignorado e até
mesmo o afastamento em uma relação que não está equilibrada. "É importante
ter em mente que cada família tem sua história, portanto para cada situação é
necessária uma abordagem personalizada", alerta Juliana.

Constelação Familiar em grupo


O objetivo da constelação familiar feita em grupo é o mesmo da individual:
visualizar o campo morfogenético do cliente a fim de identificar o
emaranhamento em seu sistema familiar.

No entanto, esse tipo de constelação conta com a participação de outras


pessoas, que podem tanto atuar como representantes quanto apenas assistir à
constelação.

As constelações em coletivas costumam ser realizadas em workshops


agendados previamente com o constelador.

Assim como na constelação individual, quando uma pessoa vai participar da


dinâmica coletiva, o cliente diz no ouvido do constelador qual é a sua questão.
Em seguida, o constelador pede ao cliente que escolha pessoas da plateia para
simbolizarem seu círculo familiar.

De acordo com o livro "O Poder da Constelação em 27 Relatos", ser


representante requer uma responsabilidade em deixar de lado o próprio
sistema, ego, julgamentos e preconceitos. Entra-se assim em uma realidade
nova, na qual é necessário suportar o destino daquilo que está sendo
apresentado. O contato com esses representantes possibilita que o constelado
tenha chance de reencontrar com pessoas que morreram, com seus desafetos,
medos e doenças.

Com os representantes selecionados, o constelador pode pedir ao cliente que


posicione cada um dos selecionados de acordo com sua sensação interna. No
livro "Constelações Familiares - O Reconhecimento das Ordens do Amor",
Hellinger explica que as pessoas escolhidas para atuarem como representantes
"se sentem como as pessoas reais tão logo se encontrem na constelação".
Segundo ele, pode acontecer de os representantes manifestarem sintomas dos
membros daquela família, mesmo sem saber algo sobre eles.

A medida que o campo se abre e os envolvidos entram em contato com a


dinâmica, eles passam a ser guiados pela energia do campo morfogenético.

O ideal é que o constelador faça o mínimo de interferências durante a dinâmica.


Porém, é possível perceber que em determinados momentos o constelador
pergunta aos envolvidos como se sentem, se estão incomodados com alguma
coisa ou como gostariam de agir.

Da mesma forma que na constelação individual, durante o processo em público


o constelador observa o que se manifesta e busca validar hipóteses a fim de
identificar a situação que desencadeou o emaranhamento no sistema familiar.
Quando chega à resposta, então, se dá o momento de integrar o conflito. Vale
ressaltar, no entanto, que cada situação requer um tipo de desfecho. Sendo
assim, é importante ter em mente que cada constelação possui suas próprias
particularidades.

Preço da Constelação Familiar


A Constelação Familiar tem um preço que varia muito, principalmente entre as
cidades. Em São Paulo, é possível encontrar profissionais capacitados que
façam por uma média que varia entre R$ 400 a R$ 1000.

Segundo a psicóloga Amélia Kassis, "melhor opção é buscar sempre um bom


profissional, com o qual se sinta afinidade, confiança e empatia e que tenha, é
claro, reputação, vivência e experiência sólidas em Constelação Sistêmica
Familiar"
O que acontece depois que a constelação termina
Quando uma pessoa faz constelação não é somente ela que sente os efeitos do
processo, os familiares e pessoas envolvidas na dinâmica, como indivíduos que
não estavam integrados ao sistema, também podem sentir a influência. Isso
acontece porque todos nós temos campo morfogenéticos emaranhados. Sendo
assim, quando uma questão é integrada ocorre uma reação em cadeia.

Assim que a constelação familiar termina o ideal é que o cliente saia da sessão
e procure não pensar muito no que aconteceu na dinâmica e tente não
comentar com outras pessoas. É importante dizer que muitas das informações
vistas no campo morfogenético podem ser difíceis de lidar em um primeiro
momento.

Conversar com outros profissionais sobre como foi a constelação também não é
adequado. Cada profissional que atua com esse tipo de terapia tem seus
próprios recursos para interagir com a situação.

Não existem vítimas


Existem situações na vida que nos tiram o chão. Diante de fatos assim, é
comum se sentir como vítima. Em uma sessão de constelação familiar, o
terapeuta não aceita a posição de vítima. "Se eu vejo meu cliente como vítima,
estou dizendo que ele não é capaz de se curar", esclarece Centelhas.

Ao primeiro momento, isso pode parecer um comportamento rígido diante da


fragilidade. Mas na verdade pode ser compreendido como um exercício de
enxergar o cliente em sua totalidade, apesar do que ele pensa de si mesmo.
"Se um cliente chega no consultório se colocando no papel de vítima, ele
precisa ser orientado que não é esse o caminho", diz o terapeuta.

Dentro da premissa da constelação familiar, as pessoas têm responsabilidade


pelas situações que vivenciam. Esse tipo de informação pode causar diferentes
sentimentos. Mas isso acontece pelo fato de conhecermos apenas uma
pequena parte sobre o sistema familiar e sermos muito apegados aos nossos
julgamentos.

Não há o que ser perdoado


Assim como não há vítimas, também não há o que precise ser perdoado dentro
de uma dinâmica de constelação familiar. "Quando eu perdoo alguém eu me
coloco como se fosse superior. Esse tipo de sentimento pode gerar um
desequilíbrio no campo. Como disse, todos têm responsabilidade pelos fatos
que vivenciam. Logo, não há necessidade de perdão", esclarece Centelhas.

Algumas descobertas podem ser difíceis de lidar


Em uma terapia de constelação familiar o contato com o campo morfogenético
pode mostrar situações difíceis de lidar - como assassinatos, mortes, abortos,
abusos sexuais e injustiças. Receber esse tipo de informação pode ser difícil,
mas segundo Centelhas, faz parte da prática terapêutica, pois o cliente precisa
saber o que campo mostra.

Da mesma forma, adquirir esse entendimento pode ser igualmente libertador


para entender e integrar os conflitos que estão presentes no sistema familiar.

As descobertas vistas no campo são ditas de forma direta


Diego explica que o "constelador tem um compromisso muito sério com a cura
de seus clientes, mas não com o ego ou as crenças limitantes que carregam".
Sendo assim, o constelador não irá esconder do cliente uma informação que
seja importante para sua cura. Hellinger explica no livro "Ordens do Amor" que
o constelador é uma pessoa que traz realidades à luz e são essas realidades
que ajudam e curam os clientes.

Existe um período de tempo que deve ser respeitado entre


uma constelação e outra
Passar por uma terapia de constelação familiar pode trazer transformações
significativas para a vida de uma pessoa. No entanto, ela mexe com a energia
do campo morfogenético do sistema familiar e essa movimentação pode ser
intensa. Sendo assim, não é indicado que seja repetida em um curto espaço de
tempo. O ideal é esperar seis meses para repetir o procedimento.

Todo tipo de questão pode ser constelada


Seja uma unha encravada, uma pessoa com doença terminal ou até mesmo
uma empresa, é fato que todo tipo de questão pode ser constelada e ter seu
conflito inserido no sistema familiar.
Como eu agendo uma constelação familiar?
Quem tiver interesse em realizar uma sessão de Constelação Familiar pelo
Sistema Único de Saúde pode procurar atendimento na Unidade Básica de
Saúde mais próxima. Lá os profissionais darão orientação sobre as etapas a
serem seguidas para participar da dinâmica. É importante ressaltar que a data
do agendamento depende das vagas disponíveis no sistema de saúde.

Além disso, também é possível agendar uma sessão com os terapeutas que
realizam constelação familiar. Alguns terapeutas realizam a sessão no próprio
consultório. Caso seja uma constelação em grupo, a dinâmica poderá ser
realizada em um workshop

Constelação familiar: depoimento


Constelação Familiar: depoimento

Livros sobre constelação familiar


Constelações familiares: o reconhecimento das ordens do amor

Escrito pelo psicoterapeuta Bert Hellinger, o livro tem o objetivo de tratar


problemas familiares, deixando para trás e desavenças através do que o autor
chama de "movimentos da alma". Disponível na Amazon por R$ 23,69

Constelação familiar: desfaça os emaranhados da sua vida para criar


laços

Através de exemplos de situações e perguntas sistêmicas, a obra ensina como


romper círculos viciosos e criar laços positivos. Além disso, ela conta sobre o
impacto que os padrões familiares causam no dia a dia. Disponível
na Amazon por R$ 21,40.

Constelações familiares e o caminho da cura

A obra da terapeuta Stephan Hausner traz uma breve introdução às bases da


terapia de constelações familiares com o objetivo de relatar como a relação da
família pode impactar na cura de uma pessoa enferma. Disponível
na Amazon por R$ 29,80.

Constelações sistêmicas
O livro traz 100 cartas baseadas nos aprendizados das constelações de Bert
Hellinger, demonstrando como os fatores familiares influenciam a tomada de
decisão e a importância de reverter os aspectos negativos em positivos.
Disponível na Amazon por R$ 27,91.

Ordens do amor: um guia para o trabalho com constelações familiares

A obra conta com um amplo material didático, trazendo detalhes sobre o


desenvolvimento das Constelações Familiares e esclarecendo todas as leis
sistêmicas da técnica. Disponível na Amazon por R$ 38,60.

Fontes
Juliana Isliker coach sistêmica, facilitadora de grupos de constelação familiar
online e presencial e organizadora do livro "O Poder da Constelação em 27
relatos", da Giostri Editora

Diego Centelhas terapeuta de Constelação Familiar, terapeuta transacional

Livros "O Poder da Constelação em 27 relatos", organizado por Juliana Isliker e


publicado pela Giostri Editora

"Ordens do Amor", de Bert Hellinger, publicado pela editora Cultrix

"Constelações Familiares - O Reconhecimento das Ordens do Amor"

Ministério da Saúde Associação Brasileira de Constelações Sistêmicas

Amélia Kassis, psicóloga Junguiana com especialização em Técnicas Corporais e


Terapeuta Shiatsu

*Os valores mencionados na matéria estão sujeitos a alterações após a data de


publicação.

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