PPP5 (Testes Avaliacao 11)
PPP5 (Testes Avaliacao 11)
PPP5 (Testes Avaliacao 11)
Pendurados em cordas, de árvore em árvore – tal como o Tarzan, assim vão os praticantes
de arborismo até ao slide final!
“Parece que fazemos parte da floresta! Estamos no meio da Natureza, como os animais,
e até nos esquecemos que todas aquelas cordas foram ali postas por humanos. Além disso,
5 é bué adrenalítico!” Maria Madureira, 11 anos, adora fazer arborismo, tanto pela aventura como
pelo contacto com a Natureza. E são precisamente essas duas características que o tornam
tão popular.
Para quem não sabe, o arborismo é uma atividade em que se sobe às árvores e se passa de
umas árvores para outras através de estruturas de corda e de madeira montadas entre elas.
10 Estamos no Adventure Park, no Complexo Desportivo do Jamor, que fica na Cruz Quebrada
(Oeiras), e vamos fazer o Megacircuito – que é um dos maiores percursos de arborismo da
Península Ibérica.
É composto por 44 atividades, divididas em quatro grandes grupos de obstáculos, que
acabam sempre com um slide de mais de 200 m. Para podermos subir, temos de ter 1,40 m de
15 altura mínima. No ponto mais alto do circuito estaremos a 14 metros do chão, ou seja, mais ou
menos a altura de um prédio de quatro andares! Nada que atemorize o grupo de aventureiros
que acompanhamos.
Para Leonor, o Megacircuito é uma estreia, mas já tem experiência de circuitos mais
pequenos. “Fiz duas vezes arborismo no Parque Palmela, em Cascais, quando tinha oito e dez
20 anos. Nunca tive medo, porque o circuito que eu fiz não é muito alto nem muito difícil.”
Maria, por sua vez, estreou-se na sua festa de aniversário dos sete anos. “Quando a minha
mãe me perguntou se eu queria festejar com os meus amigos num parque assim, eu disse logo
que sim. Eu já gostava muito de subir às árvores, sempre que podia...”, conta. “Depois disso,
também já fiz duas vezes em Cascais, no Parque Palmela, e uma vez na Costa de Caparica,
25 no Fun Parque.”
Antes de começarem, Maria, Leonor e Simão têm de se equipar com o arnês 1 e ouvir com atenção
as explicações do monitor Paulo Semedo.
A questão da segurança é fundamental e é preciso aprender como abrir os dois mosquetões 2
que levam presos ao arnês e qual têm de colocar, onde e quando chegam a uma nova
30 plataforma. A ideia é que nunca podem estar soltos.
GRUPO II
De viagem…
Fizemos malas, desfizemos malas, vamos embora, não vamos embora, tira o mapa da
gaveta, volta a pôr o mapa na gaveta, cuidado não te entales, contámos o dinheiro pela 146. a
vez, a Rosa tolinha de todo a aumentar ainda mais a confusão agarrada às nossas pernas a
gritar “eu tenho cinco reis como a carochinha”, e o meu pai com aquele ar de quem não está
5 para achar graça nem à filha mais nova, quanto mais.
Não há dúvida: férias são rica invenção, sim senhora. Gasta-se mais dinheiro do que nos outros
dias (diz o meu pai), cansamo-nos mais do que a trabalhar (diz a minha mãe), deixamos a casa
fechada e sozinha o que é um perigo (diz a minha avó), não vou dormir na minha caminha e com
a minha almofada (diz a minha irmã), zangamo-nos todos à partida, à chegada, e quando não se
10 encontra o lugar para arrumar o carro (digo eu), mas não há nada melhor neste mundo, ó gentes!
Mas como eu ia dizendo, não há nada melhor que as férias. O ano passado tínhamos decidido
ir até Espanha. Mais propriamente Sevilha e Granada.
O meu pai foi buscar o atlas e mais o mapa que tem sempre no carro, e logo ali começamos
a viajar com os dedos – o que, diga-se de passagem, é bastante mais económico e menos
15 cansativo. E com um bocadinho de imaginação, sempre se vai conhecendo alguma coisa.
Só não se mandam bilhetes-postais aos amigos.
– Estás a ver, a gente pode sair de casa cedinho…
(Cedinho é a palavra que ele usa quando nos quer fazer levantar da cama às quatro da manhã.)
– … vai direitinho a Vila Real de Santo António, atravessa a fronteira em Ayamonte, segue por
20 Huelva e num instantinho está em Sevilha. Olha aqui.
Íamos seguindo o mapa onde, em duas páginas seguidas, se estendia a Península Ibérica. Ali
realmente era tudo um instantinho. Da fronteira a Sevilha era só uma distância igual a metade do
meu indicador.
O meu pai, depois de breve paragem, metia de novo a primeira e arrancava, agora para
25 Granada.
– Depois dávamos ainda um salto a Córdova, víamos a mesquita, ouvíamos as histórias do guia
sobre o Manolete…
(Aqui eu interrompi para perguntar quem era o Manolete, ele explicou-me que tinha sido um
grande toureiro, morto em plena praça pelo touro, e tornou a embalar.)
30 – … dávamos por lá uma volta e num instantinho estávamos em Granada.
Alice Vieira, Chocolate à chuva, Lisboa, Editorial Caminho, 2015, pp. 7-9 (texto com supressões)
3. Classifica as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo com o sentido do texto.
d) O pai dizia que era uma época em que havia mais despesas.
4. A dada altura, a narradora afirma: “mas não há nada melhor neste mundo, ó gentes!” (linha 10).
4.1. Justifica, por palavras tuas, a afirmação anterior.
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5. Identifica os dois instrumentos a que recorreu o pai para definir o seu roteiro.
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7. Indica as vantagens e as desvantagens de “viajar com os dedos” (linha 14), segundo a narradora.
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8. Justifica o uso de diminutivos como “Cedinho” (linha 18) e “instantinho” (linha 22) ao longo do texto.
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2. Completa cada uma das frases com a forma do verbo apresentado entre parênteses, no tempo e no modo
indicados.
a) Fazer as malas para as férias _________________ (ser, presente do indicativo) muito cansativo.
b) A família _________________ (gastar, pretérito perfeito do indicativo) muito dinheiro nas últimas férias.
c) A Mariana e os pais _________________ (ir, futuro do indicativo) a Paris nas próximas férias.
d) Afinal, a menina _________________ (acabar, pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo)
por se divertir com a família.
3. Assinala com um X a frase em que a expressão sublinhada desempenha a função de complemento direto.
GRUPO IV
O teu texto deve: ter um título adequado; ser narrado na 1. a pessoa gramatical; ter introdução,
desenvolvimento e conclusão bem marcados; ser correto e bem estruturado; ter o mínimo de 120 e o máximo
de 180 palavras.