Apoptose
Apoptose
Apoptose
FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA
PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA
Fortaleza
2015
ISABEL CRISTINA OLIVEIRA DE MORAIS
Fortaleza
2015
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
CDD 615.1
DEDICATÓRIA
À Deus que guia e protege minha vida, pelas oportunidades e conquistas. Por
me dar força e coragem para enfrentar os momentos difíceis.
Aos meus pais (Socorro e Vicente), minha Irmã (Vilmara) e a toda minha
família por todo o amor, apoio, educação, exemplo, confiança e incentivo durante
minha vida.
À Enrique Pérez Payá (in memoriam) e Mar Orzáez Cataluyad por terem me
aceitado no laboratório de Peptídeos e Proteínas e por tudo que fizeram para meu
aprendizado como pesquisadora e para melhorar este trabalho.
Aos meus grandes amigos Roberta Jeane, Sonnara Correia, Gustavo Pereira,
Aline Marinho, Dânya Bandeira, Melca Amanda, Mary Sandra e Jennifer Cabral pela
força no dia a dia, pelas confidências, cumplicidade e amizade. Espero tê-los para
sempre em minha vida.
À todos os professores que tive nessa longa jornada, que construíram passo
a passo o conhecimento que hoje detenho. Obrigada pela dedicação, amor e
competência.
José de Alencar
1 INTRODUÇÃO 19
1.1 Gênero Bothrops e Bothropoides 19
1.1.1 Bothrops leucurus 21
1.1.1.1 Distribuição geográfico- epidemiológica 22
1.2 Veneno botrópico 23
1.2.1 Composição química 23
1.2.2 Efeitos tóxicos 26
1.2.2.1 Insuficiência Renal Aguda (IRA) 27
1.2.2.1.1 Nefrotoxicidade direta induzida pelo veneno botrópico e seus 29
componentes
2. JUSTIFICATIVA 36
3. OBJETIVOS 38
3.1 Objetivo Geral 38
3.2 Objetivos específicos 38
4. MATERIAIS E MÉTODOS 40
4.1 Materiais 40
4.1.1 Obtenção de LAAO-Bl 40
4.2 Linhagens Celulares 40
4.2.1 Cultivo das linhagens celulares 41
4.3 Estudo da atividade citotóxica in vitro 41
4.3.1 Ensaio com MTT 41
4.3.1.1 Princípio do método 41
4.3.2 Ensaio de atividade da enzima Lactato desidrogenase (LDH) 42
4.3.2.1 Princípio do método 42
4.4 Detecção de células apoptóticas e necróticas por marcação com 44
Anexina V/Iodeto de propídeo
4.4.1 Princípio do método 44
4.5 Medida do potencial de membrana mitocondrial (∆Ψm) 45
4.5.1 Princípio do método 45
4.6 Medidas da variação do Ca2+ intracelular 46
4.6.1 Princípio do método 46
4.7 Geração de Espécies Reativas de Oxigênio (EROS) 48
4.7.1 Princípio do método 48
4.8 Ensaio de ativação da caspase 3 e 7 49
4.8.1 Princípio do método 49
4.9 Análise de proteínas por western blott 50
4.9.1 Extratos proteicos totais 50
4.9.2 Eletroforese das proteínas em SDS-PAGE 50
4.9.3 Imunodetecção de proteínas (Western blot) 51
4.10 Ensaio de liberação de citocromo c 51
4.10.1 Princípio do método 51
4.11 Perfusão de rim isolado 52
4.11.1 Animais 52
4.11.2 Sistema utilizado 52
4.11.2.1 Calibração do sistema 53
4.11.3 Análises bioquímicas 57
4.11.4 Cálculo dos parâmetros funcionais renais 57
4.12 Análise estatística 58
4.13 Comitê de Ética 59
5. RESULTADOS 61
5.1 Efeito da LAAO-Bl sobre a viabilidade das células tubulares renais 61
(MDCK e HK2).
5.2 Efeito da LAAO-Bl sobre a liberação da enzima lactato desidrogenase 61
(LDH).
5.3 Análise do tipo de morte celular por citometria de fluxo 62
5.4 Efeito da LAAO-Bl sobre o potencial de membrana mitocondrial nas 63
células MDCK
5.5 Efeito da LAAO-Bl na mobilização de cálcio citosólico nas células 65
MDCK
5.6 Estresse oxidativo induzido por LAAO-Bl nas células MDCK 66
5.7 Avaliação da ativação de caspases executores do processo de morte 68
celular por apoptose
5.8 Avaliação da liberação de citocromo c induzido por LAAO-Bl nas 71
células HK2
5.9 Efeitos da LAAO-Bl em rim isolado de rato 72
6. DISCUSSÃO 76
7. CONCLUSÕES 84
REFERÊNCIAS 86
INTRODUÇÃO
19
1. INTRODUÇÃO
O Brasil possui uma vasta fauna ofídica totalizando 381 espécies, distribuídas
em 10 famílias e 75 gêneros. Apenas 2 famílias (Elapidae e Viperidae) reúnem as
espécies chamadas de peçonhentas, ou seja, aquelas que produzem toxinas em
suas glândulas especializadas e possuem aparelhos apropriados para inoculá-las
(BÉRNILS, 2012).
A serpente Bothrops leucurus foi descrita pela primeira vez por Wagler em
1824 e pertencia a um complexo da Bothrops atrox, o qual compreendia as
serpentes Bothrops marajoensis, Bothrops moojeni, Bothrops asper, Bothrops
leucurus, Bothrops colombienses, Bothrops isabelae, Bothrops lanceolatus aidae,
Bothrops lanceolatus nacaridae. Na década de 60, as serpentes incluídas neste
complexo, foram divididas em espécies distintas de acordo com sua localização
geográfica e a composição dos venenos (WÜSTER et al., 1997).
É popularmente conhecida como jararaca-do-rabo-branco e/ou caiçara,
quando filhote, e malha-de-sapo, cabeça de capanga e jararaca, quando adulta
(LIRA-DA-SILVA, 2009). Apresenta um par de fossetas loreais (órgão
termorreceptor), um olho e uma narina de cada lado de sua cabeça, daí sua
denominação popular de cobra de “quatro-ventas”. A dentição é do tipo solenóglifa,
é uma espécie de médio porte (28 a 187 cm) que possui vários padrões de
coloração. Diferenças mais marcantes podem ser encontradas entre indivíduos
adultos e jovens. Geralmente apresentam um padrão dorsal cinza ou amarronzado,
com manchas negras em formato de “V” invertido (Figura 1). Apresentam também
uma faixa pós-ocular bem definida e um ventre enxadrezado de coloração cinza e
amarelada (PORTO; TEIXEIRA, 1995).
Sua incidência varia desde o Norte da região Sudeste (Espírito Santo) até o
Nordeste brasileiro (Figura 2). No Nordeste a distribuição dessa espécie é mais
ampla, se estendendo para o norte do Estado do Maranhão, Sul do Ceará e na
Bahia ela ocorre na Chapada Diamantina e no Chapadão Ocidental de São
Francisco (MELGAVAREJO, 2003). É comum em áreas florestadas do Nordeste e
se adapta bem em ambientes urbanos, incluindo os ambientes peridomiciliares. Foi
registrada a incidência dessa espécie também na região de Caatinga na Bahia
(ULLOA et al., 2004), em que prevalece a vegetação secundária desse tipo de
ecossistema, altamente impactado pela ação antrópica. Além disso, ela também foi
localizada em remanescentes da Mata Atlântica no Estado de Pernambuco. Essa
incidência indica que B. leucurus está aumentando a sua distribuição geográfica
para áreas com diferentes características pedoclimáticas e vegetacionais, invadindo
diferentes biotas, fato provavelmente favorecido pelo desmatamento e pela sua
grande plasticidade ecológica (GUARNIERI et al., 2000; LIMA-DUARTE et al., 2003).
contribuem para o efeito tóxico quando combinadas com outras proteínas presentes
no veneno (BRAUD et al., 2000). Na captura de presas, as serino proteinases agem
em conjunto com as metaloproteinases, que também podem apresentar atividade
fibrinogenolítica, produzindo uma hemorragia incontrolável no animal capturado,
facilitando sua digestão (GUTIÉRREZ et al., 2009).
Os efeitos clínicos são vistos localmente no membro picado e por todo o corpo.
Pode haver sangramento espontâneo a partir de tecidos, observáveis muitas vezes
como sangramento das gengivas (gengivorragia), mas também como sangramento
no trato gastrointestinal (TGI), com hematêmese e melena, hemorragia nos pulmões,
com hemoptise, sangramento no trato genito-urinário, com hematúria ou menorragia.
Cada um destes pode variar de leve a grave, capaz de provocar um choque com risco
de vida (WHITE, 2005).
que IRA ocorreu em 1,5% a 10% dos casos, mas provavelmente a real magnitude
deste problema é subestimada (TORREZ et al., 2014).
Figura 4: Fisiopatologia dos efeitos renais induzidos pelo veneno botrópico e suas toxinas. (Fonte:
Adaptado de Sitprija e Sitprija, 2012).
29
A ativação da apoptose pode ser deflagrada por estímulos externos por meio
da ativação de receptores específicos presentes na superfície celular (via extrínseca
ou via de receptor de morte celular), ou pelo estresse intracelular (via intrínseca ou
mitocondrial). Ambas as vias culminam com a ativação de caspases que levam à
morte celular (ZHU et al., 2015).
vez, clivam múltiplos componentes vitais para as células, levando a morte por
apoptose (CHEN et al., 2015; SAKAMAKI et al., 2015).
citocromo c liberado se oligomeriza com APAF-1 e pró-caspase 9, para formar o complexo ativador da
caspase 9 chamado apoptossoma, uma vez ativada a caspase 9 cliva e ativa a pró-caspase 3,
induzindo a apoptose (Fonte: Galluzzi, Blomgren, Kroemer , 2009).
setas tracejadas indicam as possíveis vias de ação das enzimas/toxinas da peçonha nas células. As
setas contínuas indicam vias já estabelecidas na literatura. X = bloqueio de integrinas ou canais
iônicos. U = aumento na expressão; V = redução na expressão. (Fonte: NASCIMENTO, 2008).
Tabela 1: Estudos de nefrotoxicidade direta com venenos de Bothrops no modelo de perfusão de rim
isolado de rato.
PP: Pressão de Perfusão; RVR: Resistência Vascular Renal; RFG: Ritmo de Filtração Glomerular; FU:
Fluxo Urinário; %TNA: percentual de sódio transportado.
JUSTIFICATIVA
36
2. JUSTIFICATIVA
OBJETIVOS
38
3. OBJETIVOS
MATERIAIS E MÉTODOS
40
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Materiais
L- aminoácido oxidase foi gentilmente cedida pelo Prof. Dr. Marcos Hikari
Toyama da Universidade do Estado de São Paulo (UNESP), Campus do Litoral
Paulista, Unidade de São Vicente.
reparação ao nível da célula tubular (ROMITI et al., 2008; VERZOLA et al., 2014).
As células MDCK (Madin-Darby Canine Kidney) constituem uma linhagem
imortalizada proveniente do túbulo renal de cadelas, com características morfológicas
e funcionais semelhantes às células do ducto colector e/ou túbulo distal de mamíferos
e têm sido muito utilizadas na investigação de uma variedade de processos celulares,
incluindo o transporte epitelial e resposta celular a agentes tóxicos (COLLARES-
BUZATO et al., 2002; DE MORAIS et al., 2013;)
Protocolo experimental
Figura 8: Esquema do ensaio de LDH: A LDH catalisa a redução do piruvato pelo NADH, que é
convertido em lactato, transformando o NADH em NAD. A concentração catalítica é determinada a
partir da velocidade de extinção do NADH, medida espectrofotometricamente em 490nm.
Protocolo experimental
Figura 9: Esquema do ensaio de marcação com Anexina V/IP: A anexina V tem uma grande
afinidade por fosfatidilserina, tal característica pode ser utilizada para identificar células apoptóticas.
Células viáveis excluem o iodeto de propideo (IP) da interação com a membrana, enquanto que a
membrana de células mortas ou danificadas pode ser penetrada pelo IP. Células que são positivas
para FITC-Anexina V e negativas para IP estão no estágio precoce da apoptose. Células que são
45
Protocolo experimental
estável seja alcançada. Quando uma base estável não foi obtida, devido à
photobleashing ou efeitos de fotodinâmica, as células foram descartadas.
Protocolo experimental:
2+
Figura 10: Esquema da medida de variação de Ca intracelular: O Fura-2-AM é um indicador
2+
de Ca permeante à membrana plasmática, devido à sua porção acetoximetil éster (AM). Quando o
2+
Fura-2-AM está ligado ao Ca , a fluorescência em 340 nm aumenta, enquanto que a fluorescência em
380 nm diminui. Desta maneira, a razão 340/380 nm corresponde às variações de cálcio citosólico
Protocolo experimental
Protocolo experimental
Protocolo experimental
Protocolo experimental
4.11.1 Animais
Foram utilizados ratos Wistar machos pesando entre 250 e 300g, obtidos do
Biotério do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Universidade Federal do
Ceará. Os animais foram acondicionados em caixas de polipropileno, climatizados
entre 22 ± 0,5ºC, luminosidade (12 horas de ciclo claro/escuro), umidade e circulação
de ar controlados, recebendo ração padrão (Biotec®) e água “ad libitum”. Os mesmos
foram mantidos em jejum cerca de 8 a 12 horas antes dos experimentos de perfusão
renal apenas com água “ad libitum”.
Figura 11: Foto do sistema de perfusão de rim isolado. (Fonte: LAFAVET – UFC)
Figura 12 : Desenho esquemático do sistema de perfusão de rim isolado. (Fonte: LAFAVET –UFC).
O sistema foi calibrado sempre antes do início dos experimentos com uma
solução de cloreto de sódio a 0,9% mantida a 37°C. Foi avaliado em cada uma das
bombas (1,2,3,4,5) a pressão de perfusão (PP) em mmHg, o fluxo urinário (L/min) e o
54
Figura 13: Valores de pressão de perfusão (PP) registrados durante a calibração do sistema (n = 6).
Figura 14: Valores registrados pelo fluxômetro (L/min) durante a calibração do sistema (n=6).
55
Figura 15: Valores de volume urinário (mL/min) registrados durante a calibração do sistema (n = 6).
Protocolo experimental
-1 -1
2. FU (mL.g . min ) – Fluxo Urinário FU = Peso do volume urinário/ peso do rim
esquerdo x 10
-1 -1
3. RFG (mL .g . min ) – Ritmo de Filtração RFG = (DOUin / DOPin x FU) sendo DOUin =
Glomerular densidade ótica da inulina na urina e DOPin =
densidade ótica da inulina no perfusato.
-1 -1
4. FPR (mL .g . min ) – Fluxo de perfusão renal Registrado a cada 10 min/peso do rim/intervalo
de tempo
58
-1 -1
5. RVR (mmHg/mL .g . min ) – Resistência RVR = PP (mmHg) / FPR
vascular renal.
+ -1 -1 + +
6. FNa (µEq.g . min ) – Sódio filtrado FNa = RFG x PNa
+ -1 -1 + +
7. ENa (µEq.g . min ) – Sódio excretado ENa = FU x UNa
+ -1 -1 + + +
8. TNa (µEq.g . min ) - Sódio transportado TNa = FNa - ENa
+ + + +
9. %TNa - Percentual de sódio transportado %TNa = TNa x 100/ FNa
+ -1 -1 + +
10. FKa (µEq.g . min ) – Potássio filtrado FKa = RFG x PKa
+ -1 -1 + +
11. EK (µEq.g . min ) – Potássio excretado EK = FU x UKa
+ -1 -1 + + +
12. TK (µEq.g . min ) – Potássio transportado TK = FK - EK
+ + + +
13. %TK - Percentual de potássio transportado %TK = TK x 100/ FK
- -1 -1 - - -
14. TCl (µEq.g . min ) – Cloreto transportado TCl = FCl - ECl
- - - -
15. %TCl - Percentual de cloreto transportado %TCl = TCl x 100/ FCl
- -1 -1 - -
16. FCl (µEq.g . min ) – Cloreto filtrado FCl = RFG x PCl
- -1 -1 - -
17. ECl (µEq.g . min ) – Cloreto excretado ECl = FU x UCl
RESULTADOS
61
5. RESULTADOS
Figura 17: Efeito da LAAO-Bl sobre a viabilidade de células tubulares renais ensaio com MTT.
As células foram tratadas com diferentes concentrações de LAAO-Bl por 12 h. Os resultados se
expressam como porcentagem de morte celular das amostras tratadas comparadas com as amostras
controle. Valores foram dados como média ± EPM de três experimentos independentes. * p <0,05
comparado ao grupo controle (teste Anova One-way, seguido do pós-teste de Dunnett).
MDCK HK2
Figura 18: Efeito da LAAO-Bl sobre a liberação da enzima lactato desidrogenase (LDH).
Liberação percentual da enzima lactato desidrogenase (LDH) nas células MDCK (a) e HK2 (b)
induzidas pelo tratamento com LAAO-Bl por 12 horas. Valores foram dados como média ± EPM de
três experimentos independentes. * p <0,05 comparado ao grupo controle (teste Anova One-way,
seguido do pós-teste de Dunnett).
células apoptóticas / necróticas após tratamento com LAAO-Bl. Nas células MDCK,
LAAO-Bl significativamente aumentou a porcentagem de células em apoptose
(Anexina-V+, IP-), necrose (Anexina-V-, IP+) e necrose secundária (Annexin-V+, IP +)
quando comparado ao grupo controle sem tratamento (Fig. 19a). Nas células HK-2,
corroborando com os dados obtidos da liberação de LDH, Anexina-V- IP demonstrou
um aumento na porcentagem de células em necrose (células IP +) e em necrose
secundária (Annexin-V+, IP +) de maneira concentração dependente (Fig. 19b). O
tratamento com estaurosporina (1 µg/mL) e doxorubicina (10 µM) por 12 horas foi
usado como controle positivo.
Figura 19: Análise do tipo de morte celular por citometria de fluxo: Quantificação do tipo de
morte celular (Apoptose/Necrose) utilizando marcação de fluorescência com Anexina V e Iodeto de
Propídeo (IP) nas células MDCK (a) e HK2 (b) expostas a diferentes concentrações de LAAO-Bl por
um período de 12h. Cinco mil eventos foram considerados em cada experimento. Estaurosporina
(1µg/mL) e Doxorrubicina (10µM) foram usadas como controle positivo. Valores foram dados como
média ± EPM de três experimentos independentes. * p <0,05 comparado ao grupo controle (teste
Anova One-way, seguido do pós-teste de Dunnett).
tratamento com LAAO-Bl (15 min) que o sinal de fluorescência das células MDCK
aumentou rapidamente (hiperpolarização) (Fig 20a). Os dados foram confirmados
por citometria de fluxo, LAAO-Bl induziu um aumento na fluorescência do TMRE
indicando que o ∆Ψm também aumentou quando as células MDCK foram expostas a
LAAO-Bl (50 µg/mL) por 12 horas (Fig 20b). Para testar a sensibilidade do TMRE,
FCCP, um desacoplador da fosforilação oxidativa, foi adicionado às células com
TMRE. Após adição de FCCP, a fluorescência do TMRE diminuiu imediatamente
indicando despolarização mitocondrial (30 Min).
Figura 20: Medida do ΔΨm nas células MDCK: As células MDCK foram marcadas com TMRE 50
nM por 15 min, 37 °C, antes e após a adição de LAAO-Bl (a) A aquisição das imagens foi feita em
microscópio confocal. 0 min : Células marcadas com TMRE- 15 min : após a exposição com LAAO-Bl
que mostra o aumento do ΔΨm nas células MDCK em relação aos níveis basais. 30 min: Células
foram tratadas com o desacoplador FCCP (5 µM) usado como controlo positivo (b) histogramas
representativos obtidos a partir de células MDCK marcadas com TMRE, expostas a LAAO-Bl (50
ug/mL) e analisadas por citometria de fluxo.
65
Figura 21: Efeito da LAAO-Bl na mobilização de cálcio citosólico nas células MDCK: Gráfico de
2+
colunas representando os efeitos máximos do aumento de Ca citosólico em relação ao basal
(considerado como valor zero), nas células MDCK. As células MDCK foram carregadas com Fura-2
AM e as respostas máximas de cálcio promovidas pela adição de LAAO-Bl (50 µg/mL) na presença
de diferentes antagonistas: tapsigargina (TAP, 2 μM, 20 min), 2-APB (100 μM, 10 min) e rianodina (
20 μM, 20 min). * representa as diferenças entre LAAO x (TAP+LAAO, 2APB+LAAO). Diferença
considerada quando p < 0,05 (one-way ANOVA; pós-teste: Tukey).
catalase (100 μg/mL, 30 min) que bloqueia a ação do peróxido. Nossos resultados
mostraram que apoptose induzida por LAAO-Bl nas células MDCK não foi revertida
quando bloqueamos a ação do Ca2+ citosólico. Por outro lado, ao bloquear a ação do
peróxido de hidrogênio, houve uma redução significativa na apoptose induzida por
LAAO-Bl, confirmando a importância da produção de EROS na sinalização da
apoptose induzida por LAAO-Bl (Fig. 22b)
Figura 22: Determinação do aumento intracelular de EROS nas células MDCK: (a) As células
MDCK foram tratadas com LAAO-Bl (50 ug / mL) durante 12h e foram incubas com DCFH-DA (5 µM,
30 min a 37˚C), em seguida, examinadas por citometria de fluxo. Geração de ROS foi expressa como
uma proporção da intensidade de fluorescência relativa em comparação com o grupo controle. Foi
utilizado t-BHP (5 µM) como controle positivo. (b) Análise quantitativa do percentual de apoptose por
citometria de fluxo de células marcadas com iodeto de propídio (IP, 50 ug /mL) após tratamento com
LAAO-Bl (50 ug/ml) durante 12 horas, na presença ou ausência de catalase (CAT- 100 µg/mL) ou
68
BAPTA-AM (20 µM). Os dados representam a média ± SEM de pelo menos três experimentos
independentes. * Diferença considerada quando p < 0,05 (one-way ANOVA; pós-teste: Dunnet).
MDCK HK2
A
71
Figura 24: Western blotting das proteínas envolvidas na morte celular por apoptose. As células
MDCK e HK2 foram tratadas com LAAO-Bl por 12 horas nas concentrações indicadas na figura. A (a)
caspase 3, (b) caspase 7, (c) Bax nas células MDCK. B (a) caspase 3, (b) caspase 7 nas células
HK2. As figuras mostradas são representativas de 2 experimentos independentes. As bandas de
proteínas foram analisadas e normalizadas para os valores densitométricos de Tubulina: Controle
interno. Doxorrubicina (Doxo 10µM) controle positivo.
citocromo c (morfologia tubular) e nas células que foram tratadas com LAAO-Bl
verifica-se um padrão difuso, indicando que houve a liberação do citocromo c da
mitocôndria para o citosol.
Figura 25: Efeito da LAAO-Bl na liberação de citocromo c no citosol nas células HK2: As células
HK2 foram tratadas com LAAO-Bl por 6 horas nas concentrações indicadas na figura. As células
foram marcadas com um anticorpo primário contra Citocromo c (SC13561; Santa Cruz), seguido de
anti-IgG de rato conjugado com FITC (Jackson ImmunoResearch). As imagens foram obtidas usando
o microscópio Leica DM 6000 (câmera Leica DC500) com uma objetiva de 20X
73
Figura 26: Efeitos da LAAO-Bl em rim isolado de rato: Efeitos de LAAO-Bl (10 µg/mL) sobre
Pressão de Perfusão (A), Ritmo de Filtração Glomerular (B), Fluxo urinário (C), Porcentagem de
Transporte tubular de sódio, potássio e cloreto (D, E, F). Os dados são expressos como (média ±
E.P.M.). Análise estatística foi realizada pelo teste ANOVA (teste de Bonferroni) e teste t de Student,
considerando p<0,05. LAAO foi adicionada ao sistema 30 minutos após o inicio de cada perfusão .
75
DISCUSSÃO
76
6. DISCUSSÃO
BUZATO et al., 2002) e HK-2 isolada do túbulo proximal humano (LIN et al., 2014).
Nossos resultados mostraram que LAAO-Bl induziu morte celular de maneira
concentração dependente em ambas as linhagens. Ensaio de liberação de LDH e
marcação com Anexina V/IP sugerem que a morte celular ocorreu por necrose e
apoptose.
As células tubulares epiteliais são os principais alvos dos efeitos tóxicos dos
venenos (MARROTA et al., 2006; SITPRIJA e SITPRIJA, 2012). A apoptose nessas
células é responsável pela perda da função renal e pode ser induzida por vários
estímulos, incluindo, disfunção mitocondrial, estresse oxidativo, distúrbio na
sinalização do Ca2+ e privação de energia (LIN et al., 2014). Alguns estudos
sugerem que a apoptose induzida por LAAO, pode ser sinalizada através da via
mitocondrial ou pela via do receptor de morte consequente a um efeito secundário
da produção do peróxido (WEI et al., 2009; DEOLINDO et al., 2010) .
CONCLUSÕES
84
7. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
86
REFERÊNCIAS
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