Inteligência Emocional
Inteligência Emocional
Inteligência Emocional
Material Complementar
Marcela Gaspar
Psicóloga formada pela UNESP-Bauru.
Trabalha como Employee Experience e possui
atuação generalista na área de Gestão de
Pessoas em Empresas de Tecnologia.
É também Psicóloga Clínica e atende a partir da
abordagem psicanalítica Lacaniana.
Tem pesquisa desenvolvida nos temas de
Identidade de Gênero e Psicanálise.
linkedin.com/marcelagaspar
Instagram: psimarcelaziola
#PraCegoVer: Fotografia da
autora Marcela Gaspar.
Índice
Introdução
Definição
Nesse material vamos falar de Inteligência emocional com enfoque nas habilidades de
relacionamento interpessoal: um pré requisito básico para poder lidar com os conflitos
da rotina de trabalho - mas eu garanto que você vai poder estender o conteúdo para
outros tipos de relacionamentos e vínculos também!
Vamos lá?
definição
Podemos entender a inteligência emocional como
uma forma de ter uma boa leitura sobre os próprios
sentimentos e emoções bem como a do outro,
garantindo assim, uma boa leitura da situação
também. São pessoas que conseguem dar nome aos
seus afetos, se mostrar vulneráveis e com isso
estabelecer vínculos mais consistentes e saudáveis.
Pessoas emocionalmente inteligentes sabem se
colocar, estabelecer limites e lidar com as
adversidades de maneira sensata e resiliente. Sabem
admitir equívocos e, se for o caso, bancá-los. Em
geral, são pessoas que possuem interesse genuíno
pelas outras pessoas, a chamada “ empatia”.
“aquilo que não pode ser falado não pode ser esquecido” Freud
se permitem expor suas
vulnerabilidades ao outro
Conseguem admitir que determinadas coisas e situações afetam e mais
que isso: conseguem compartilhar sobre isso com o outro sem escudos.
Parece fácil, né? Mas acredite: falar e expor as próprias fragilidades requer
muita coragem!
sabem se comunicar
Tendo reconhecido e nomeado seus afetos, e tido a coragem de ser vulnerável
para o outro, fica muito mais fácil conversar a respeito de uma determinada
situação e encontrar soluções sem vieses. Isso acontece porque seguindo esse
fluxo você vai conseguir genuinamente olhar para o problema sem armaduras
ou mágoas, minando a necessidade de “atingir” o outro já que conseguiu antes
disso dar vazão a essas emoções de outras formas.
Perceba: não é sobre não se deixar afetar, é sobre assumir, bancar seus afetos e
canalizá-los para um destino saudável e produtivo para si e para o coletivo.
escutam ativamente
Escutar ativamente dá um trabalho danado - os psicólogos podem comprovar! Ouvir
não é o mesmo que escutar: podemos ouvir 100 vezes a mesma coisa e não escutar o
que foi falado em nenhuma delas. Além disso, a escuta tem uma função secundária
importante: a de reconhecer e validar a existência de quem fala, escutar o outro
atentamente é reconhecê-lo enquanto tal, ou seja, dar espaço para sua existência. Por
isso, a motivação da escuta não pode vir apenas do desejo de concordar com o outro,
é preciso superar essa premissa ou então estaremos falando sempre com o próprio
espelho.
“escutar é renunciar a telepatia” Christian Dunker
se responsabilizam
Já ouviu aquela famosa frase: “qual é a sua participação na desordem da qual
você se queixa”? É mais ou menos isso: resolver e enfrentar uma situação não se
trata de achar culpados. O único movimento efetivo a ser feito diante de uma
situação conflituosa é se questionar qual é a sua participação nela. Ou seja, o
que você pode fazer de diferente para evitar? Para fazer isso é preciso se
desvincular e superar os clássicos papéis de “vítima” versus “culpado”: a única
transformação que está ao seu alcance é a sua - e isso já é muita coisa!
você sabe a diferença entre
empatia e simpatia?
simpatia
Simpatia tem a ver com “sentir junto”,
identificação e alinhamento entre iguais. Nos
simpatizamos, por exemplo, quando percebemos
que o outro pensa parecido que nós, possui os
mesmos gostos. A simpatia permite a criação de
laços, é por meio dela que nos vinculamos,
fazemos amigos e nos relacionamos no âmbito
privado.