DI - Desenho de Observação e Representação (2022)
DI - Desenho de Observação e Representação (2022)
DI - Desenho de Observação e Representação (2022)
Representação
André Lemoine
Curso Técnico em
Design de Interiores
Desenho de Observação e
Representação
André Lemoine
Curso Técnico em
Design de Interiores
Educação a Distância
Recife
Revisão Diagramação
André Lemoine Neves Jailson Miranda
Referências ................................................................................................................................. 56
Bons estudos!
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1.Competência 01 | Conhecer os Fundamentos da Linguagem Visual e os
Materiais de Execução do Desenho de Representação, Exercitar e
Aprimorar o Traço
Nesta competência serão vistos fundamentos do desenho e os materiais necessários para
a sua execução da melhor forma possível, demonstrando os elementos básicos da comunicação visual
e as formas de uso dos materiais para uma representação primorosa e útil para o desenvolvimento
dos projetos de interiores.
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/arte-rupestre
https://conhecimentocientifico.com/hieroglifos-o-que-sao/
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Estudante, tendo visto as origens do desenho, observe a figura abaixo que mostra uma
montagem de diversas formas de representação do mundo, de épocas, estilos e técnicas diferentes.
Figura 01: Várias formas de representação visual: pinturas rupestres, arte clássica, fotografia, arte moderna, etc.
Fonte: https://pt.quizur.com/trivia/a-arte-esta-em-tudo-que-percebemos-HwyO
Audiodescrição da Figura: 12 ilustrações em um quadro, como: desenho de um boi rupestre, vaso, figuras humanas.
Como foi mostrada na imagem acima, a linguagem visual é muito rica e pode ser usada
de muitas formas para representar o mundo em que vivemos e a forma como o compreendemos. A
seguir, você verá os elementos básicos da comunicação visual.
Nesta disciplina, o desenho é a comunicação visual que será desenvolvida para você,
estudante. O desenho é feito a partir de elementos geométricos básicos que são combinados entre
si para a produção de tudo o que já foi feito até hoje em termos de desenho, arte, pintura, etc. A
partir de agora, você vai estudar esses elementos básicos e suas aplicações. Vamos lá?!
Ponto: O ponto é um elemento geométrico que não possui definição nem medida. É
adimensional, ou seja, não possui, largura, nem comprimento e, a partir dele, todos os outros
elementos são criados. Veja sua representação na figura abaixo:
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Figura 02: O ponto.
Fonte: https://www.linguagemvisual.com.br/ponto.php
Audiodescrição da Figura: um ponto na cor preta.
Linha: a linha pode ser definida como uma sucessão de pontos ou um ponto em
movimento sobre um plano que cria um elemento unidimensional, possuindo apenas comprimento,
mas que possui direção – horizontal, vertical, curva e diagonal. Ver figuras a seguir.
Forma: as formas são obtidas a partir de linhas sobre um plano e as formas geométricas
básicas – o quadrado, o triângulo e o círculo são criados a partir de linhas retas e curvas – sendo
possível, a partir delas, criar quase tudo em termos de desenho. As figuras abaixo mostram as três
formas geométricas básicas.
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Figura 05: As três formas geométricas básicas – o quadrado, o triângulo e o círculo.
Fonte: https://acrilex.com.br/portfolio-item/edicao-08/
Audiodescrição da Figura: um quadrado, um triangulo e um círculo.
Direção: como foi dito, as linhas podem ser retas e curvas, ortogonais (formando um
ângulo de 90° em relação ao plano ou a outra linha) ou diagonais (formando ângulos maiores ou
menores que 90° em relação ao plano ou a outra linha). Para a criação de desenhos complexos, existe
sempre a associação de linhas e direções diferentes para a criação do que se quer representar (Ver
figura abaixo).
Tom: o tom ou tonalidade é um tipo de gradação de cores que, geralmente, vai do mais
claro ao mais escuro no espectro visual, sendo muito útil em estudos de sombra, por exemplo. A
figura, a seguir, apresenta um exemplo de tonalidades da cor azul.
Cor: a cor é um fenômeno ótico muito interessante, uma vez que ela, em si, não existe,
mas é visível ao olho humano através da incidência da luz sobre os objetos e que varia de acordo com
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a intensidade dessa luz. A luz branca quando incide sobre um prisma se divide em cerca de trinta
cores, sendo predominantes o azul, o vermelho e o verde. A luz do sol, que é branca, quando
decomposta por um prisma gera as chamadas sete cores do arco-íris: vermelho, laranja, amarelo,
verde, azul, anil e violeta. A figura abaixo mostra o círculo cromático.
Textura: a textura é uma propriedade da superfície dos materiais que pode ser lisa,
rugosa, fina, áspera, etc. e que faz diferença no projeto de Design de Interiores, influenciando o
resultado de interiores, mobiliário, etc. No desenho, as texturas podem ser obtidas através de linhas,
cores ou tipos de papel. Na prática, as texturas podem ser obtidas através de tecidos, pedras naturais,
cerâmicas, madeiras, tintas, massa corrida, papel de parede, etc. (Ver figuras abaixo).
Figura 09: Exemplos de texturas obtidas sobre massa corrida, através de desempenadeiras, espátulas e lixas.
Fonte: https://www.fmetropolitana.com.br/aplicacao-de-texturas-personaliza-parede-de-forma-simples-e-facil/
Audiodescrição da Figura: cinco texturas em um quadro.
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Figura 10: Exemplos de texturas – pedras naturais, fibra de nylon, metais, madeiras, etc..
Fonte: https://www.allanbrito.com/2015/04/28/download-de-128-texturas-gratuitas-da-pixar/
Audiodescrição da Figura: nove exemplos de texturas: verde, mármore, madeira, granito, etc..
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Figura 12: Elementos de dimensão em figura 2D e 3D.
Fonte: https://www.infoescola.com/geometria-espacial/
Audiodescrição da Figura: dois desenhos, o primeiro um paralelepípedo retangular com as palavras altura, largura e
comprimento, e a segunda, um retângulo com as palavras comprimento e largura.
Escala: a escala é uma relação numérica entre uma medida real e um fator de redução ou
de ampliação. É muito usada na área de Design de Interiores, seja em projetos de ambientes ou de
mobiliário. As escalas são descritas como uma razão ou divisão: 1/10 ou 1:10 (1 por 10); 2/1 ou 2:1 (2
por 1), etc.
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Figura 14: Exemplos de linhas em movimento.
Fonte: https://www.anfer.com.br/produtos/detalhes/42510/tela-para-quadros-desenho-geometrico-em-movimento-
afic13330/
Audiodescrição da Figura: desenho de várias linhas brancas em movimentos circulares, em um fundo preto.
Uma das obras mais conhecidas sobre como desenhar é “Desenhando com o lado direito
do cérebro”, de Betty Edwards (2004) – que demonstra como desenvolver a capacidade de desenhar
sob várias formas e fala sobre as cinco habilidades básicas para aprender a desenhar:
1 - Percepção das bordas: é a percepção da forma do objeto, representada pelas linhas
que usamos para desenhar o que vemos;
2 - Percepção dos espaços: é a percepção do que está à nossa volta ou à volta daquilo que
estamos desenhando;
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3 - Percepção dos relacionamentos: é a percepção das relações entre as partes, as
proporções, volume ou perspectiva;
4 - Percepção de luzes e sombras: é a percepção de como a luz incide sobre os objetos e
como são geradas as sombras que contribuem para a noção de volume nos objetos, pessoas e
paisagens;
5 - Percepção do todo (Gesltalt): a percepção do todo sobre as partes que compõem esse
todo é chamada de Gestalt (“forma” em alemão). É uma teoria surgida na Psicologia, mas que tem
aplicação na percepção do ambiente e na forma como ele pode ser percebido pelo observador, sendo
assim, pode ser usada como técnica de desenho a partir da percepção geral daquilo que se quer
desenhar – ou seja: ao desenhar uma cena, deve-se ter a ideia do todo e não de suas partes, pois a
soma das partes não explica o todo.
Essas cinco habilidades são acompanhadas de mais duas, que Edwards (2004) chama de
“avançadas” para garantir criatividade e a expressividade ao desenho:
• Desenhar de memória: que seria a capacidade de reproduzir no papel objetos,
pessoas ou cenas a partir das nossas lembranças;
• Desenhar a partir da imaginação: que seria a capacidade de criar novas cenas e
personagens a partir da nossa capacidade criativa, da nossa própria invenção.
Estudante, que tal dar uma pequena parada e assistir o vídeo abaixo que fala
sobre como aprimorar suas habilidades de desenho?
https://www.youtube.com/watch?v=HE0gdL8RmXM
Certo de que você pode e deve desenhar, que tal conhecer os materiais de desenho mais
usados?
Para desenhar, é preciso ter em mãos uma série de materiais que podem ir da mais
simples folha de papel e do mais simples lápis grafite, até os materiais mais caros e complexos que,
não necessariamente ajudarão a criar “obras-primas”, caso quem use, não souber as técnicas de
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desenho. A seguir, você vai conhecer uma série de materiais disponíveis no mercado e que servirão
para suas experiências no desenho de observação e representação e nos demais tipos de desenho
usados no Design de Interiores.
Papel: o papel é a base na qual desenhamos, criamos esboços, ideias de ambientes,
mobiliário e, claro, os desenhos artísticos de grande beleza e significado. Os papéis têm como
características: tamanho, espessura, gramatura e textura. A figura a seguir, apresenta vários
exemplos de papel.
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Figura 17: A dureza do grafite.
Fonte: https://aminoapps.com/c/kpoppt/page/blog/tutorial-cabelo-realista-
asiatico/maVe_zltku0LlR3JEd3dJ2YYg6wKjeLkGd (Alterada pelo autor)
Audiodescrição da Figura: diversos quadrados em tons diversos preto e branco com indicações embaixo de letras e
números.
Estilete: o estilete é um material usado para corte, formado por um cabo e uma lâmina
metálica, usada, principalmente, para o corte de papel e, às vezes, para apontar lápis de grafite ou
lápis de cor. Evitar cortar o papel, tendo uma régua ou esquadros como apoio, pois são danificados
pelo estilete (Ver figura abaixo).
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Figura 19: Modelo de estilete.
Fonte: https://www.elastobor.com.br/estilete-tramontina-retratil-18mm-com-trava-de-seguranca-6-/p
Audiodescrição da Figura: foto de um estilete na cor azul.
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Figura 21: Vários tipos de borrachas.
Fonte: http://genniartist.blogspot.com/2016/04/tipos-de-borrachas-para-desenhos.html
Audiodescrição da Figura: figuras de vários tipos de borrachas: lápis borracha, borrachas brancas, etc..
Nanquim: a tinta nanquim é um tipo de tinta mineral utilizada há milhares de anos. Já foi
usada para pintura, caligrafia e desenho com o uso de penas de aves e penas metálicas. Hoje em dia,
já é possível comprar canetas com tinta nanquim com as mais variadas espessuras A figura, a seguir,
mostra diversas tintas nanquim, penas e canetas nanquim.
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Figura 24: Canetas de nanquim atuais com espessuras diferentes.
Fonte: https://www.mikroshop.com.br/produtos/caneta-nanquim-uni-pin/#product-gallery-1
Audiodescrição da Figura: diversas canetas na cor preta de nanquim.
Caneta hidrográfica de ponta fina: as canetas hidrográficas são muito usadas nas escolas
infantis para as atividades artísticas das crianças, mas também podem ser utilizadas para
composições artísticas complexas. Atualmente, existem coleções de canetas hidrográficas com
grandes possibilidades de cores e tonalidades. A figura abaixo, mostra várias canetas hidrográficas.
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Figura 26: Lápis de cor.
Fonte: https://blog.grafittiartes.com.br/lapis-de-cor-como-escolher-tipos-e-tecnicas-para-usa-los/
Audiodescrição da Figura: diversos lápis coloridos.
Pastel: o pastel seco é um material muito usado para desenhos artísticos. É vendido em
caixas com várias cores e tonalidades e pode ser usado para a criação de belíssimos desenhos com
ótimos efeitos gerados pela textura do pastel associado a determinados tipos de papel. A figura exibe
vários lápis pasteis.
Marcador: os marcadores são usados para sublinhar ou marcar textos, mas também
podem ser usados como material de desenho como as canetas hidrográficas, dispondo de grande
gama de cores e tonalidades. A figura mostra diversos marcadores coloridos.
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Figura 28: Caixa com vários marcadores de texto com várias cores.
Fonte: https://www.joom.com/pt-br/products/5edda0ec28fc71010194fb04
Audiodescrição da Figura: caixa transparente com diversos lápis pretos com tampas coloridas.
Estudante, tente obter alguns materiais básicos de desenho para treinar a sua
capacidade criativa:
• Papel Canson A4 ou A3;
• Papel Sulfite A4 ou A3;
• Lápis grafite HB e 2B;
• Borracha branca macia;
• Estilete ou apontador;
• Lápis de cor;
• Caneta hidrográfica.
Com os materiais básicos na mão, você pode treinar o traço e começar a se desenvolver.
Desenhar é uma questão de prática. Ninguém pode partir do princípio de que algumas
pessoas conseguem desenhar e outras não. É preciso treinar e testar materiais.
Um dos primeiros exercícios é treinar o traço que pode ser feito com vários tipos de lápis
grafite, com espessuras e durezas diferentes. É possível, através do treino do traço, estudar linhas,
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texturas, sombreamento, posição do lápis, etc. É um estudo livre e mais intuitivo, depois dele, é
importante começar a treinar as formas. A figura mostra diversos tipos de linhas.
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2.Competência 02 | Conhecer e Aplicar as Técnicas Visuais Compositivas
da Imagem
Na competência anterior, você viu os fundamentos da linguagem visual e os principais
materiais de desenho. Nesta competência, você verá como aplicar as técnicas de desenho e
composição visual e saber como aplicá-las no Design de Interiores.
Para desenhar um objeto, é preciso definir se ele será representado sozinho, junto com
outros e como ele se apresenta no seu local original. O olho humano enxerga tridimensionalmente e
isso gera os chamados planos que, no desenho, auxiliam na localização do objeto no espaço. Os
planos do desenho podem partir do detalhe do objeto até a visão geral do conjunto onde o objeto
está inserido, como pode ver na figura abaixo:
Figura 30: Vários tipos de enquadramento – do mais geral até o detalhe da figura.
Fonte: https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/caderno/documentario/oficinas/etapa-1-o-que-define-
o-enquadramento/
Audiodescrição da Figura: o desenho de um homem com vários retângulos, de tamanhos diferentes, em seu entorno,
representando planos de visão do homem.
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Um desenho, seja técnico ou artístico, precisa de um método para ser desenvolvido. É
preciso trabalhar a composição e o enquadramento da melhor forma possível. Existe uma ideia errada
de que os desenhos artísticos podem ser feitos sem critérios – o senso comum acha que para
desenhar ou pintar uma obra de arte só é preciso inspiração e nada mais. Na verdade, a inspiração
para o tema de um desenho ou pintura é de imensa importância, mas para pôr essa inspiração em
prática é preciso compor com base em conhecimentos técnicos sólidos.
A base de todos os desenhos é a Geometria – a partir dos objetos geométricos básicos
(quadrado, triângulo e círculo) é possível criar, praticamente tudo. As grandes obras da pintura
possuem uma série de eixos que servem como elementos estruturadores: linhas verticais e
horizontais, pontos de fuga, etc. (Ver figuras abaixo).
Figura 31: A Última Ceia (1495-1498) de Leonardo da Vinci. As linhas de composição parte da figura de Cristo, no
centro da pintura.
Fonte: http://esteticaehistoriadasartes.blogspot.com/2011/10/perspectiva-na-arte-renascentista.html
Audiodescrição da Figura: duas fotos. A primeira da Última Ceia, com 12 homens sentados numa mesa coberta com
toalha branca e copos e pratos em cima. Por trás, aberturas em paredes e uma paisagem. A segunda, a mesma foto,
mas toda coberta com um retângulo branco e diversas linhas apontando para o centro da foto.
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Figura 32: Composição geométrica da fachada da Igreja de Santa Maria Novella, Florença (1456-1470), projeto de
Leon Battista Alberti.
Fonte: https://www.trf3.jus.br/documentos/emag/Cursos/435_-_Historia_da_Arte_-_Modulo_I_-
_Idade_Antiga/13o_Encontro/13_HA_Renascimento.pdf
Audiodescrição da Figura: desenho de uma igreja com diversas linhas e círculos em cima.
Agora, você vai aprender a aplicar técnicas compositivas ao ambiente interno através das
técnicas de desenho.
Estudante, você agora dará uma olhada em algumas técnicas de composição que podem
ser aplicadas nos processos de criação de desenhos que serão depois utilizados no Design de
Interiores:
Contraste: a ideia de contraste se baseia na oposição entre elementos de um mesmo
ambiente – claro e escuro, liso e áspero, reto e curvo, etc. Trabalhar com contrastes exige cuidados
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já que é preciso buscar equilíbrio em situações que parecem ser de conflito. A figura abaixo, apresenta
um exemplo de contraste em ambiente.
Figura 34: Contraste entre um grande elemento curvo em um espaço predominantemente reto.
Fonte: https://pt.socialdesignmagazine.com/mag/architettura/contrasti-cromatici-e-texture-materiche-per-linterior-
design-di-unabitazione-su-2-livelli/
Audiodescrição da Figura: sala de estar com sofá, mesas de centro e canto com objetos em cima, cadeiras e uma
parede em madeira no formato curvo.
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b) Contraste de cor: cor quente x cor fria ou complementar
As cores, podem ser classificadas em cores quentes (vermelho, laranja, amarelo, etc.) e
frias (azul, verde, violeta, etc.) e complementares (aquelas que estão na posição contrária no círculo
cromático – azul e laranja, vermelho e verde, etc.) e essas diferenças podem gerar composições
infinitas, onde é possível trabalhar com complementaridade de cores, tons, claro e escuro, etc. (Ver
exemplo abaixo)
Figura 36: Contraste por escala – espaço muito grande em relação aos móveis.
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/vazio-limpo-dois-andares-interior-loft-industrial-design-estudio-
fotografico-oficina-sala-de-estar-em-apartamento-cheio-sofas-set-arte-escadas-lampadas-sistema-ar-
condicionado_19127928.htm
Audiodescrição da Figura: interior de uma casa com pé-direito duplo toda na cor branca, e ao fundo dois sofás, um azul
e um vermelho.
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A noção de cheio e vazio, num espaço, gera efeitos diversos no ambiente, e o uso de
espaços mais densamente ocupados e outros mais vazios geralmente é uma questão de estilo. Vários
aspectos podem ser levados em conta na composição de espaços cheios ou vazios ou da combinação
dos dois em um mesmo ambiente (Ver exemplo abaixo)
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Figura 38: Ambiente equilibrado com uma composição Figura 39: Ambiente com elementos de instabilidade.
tranquila. Fonte: https://www.criatives.com.br/2012/01/o-design-
Fonte: https://designculture.com.br/criando-atmosferas- aplicado-em-restaurantes-criativos/
em-projetos-de-interiores Audiodescrição da Figura: restaurante com diversos
Audiodescrição da Figura: sala de estar toda na cor elementos e usos de cores em listas pretas e brancas e
branca, parede, piso, sofás, mesas de canto e de centro e alguns móveis vermelhos e amarelos.
objetos. Uma cadeira na cor preta e um quadro na
parede colorido.
Figura 40: O ambiente mostra uma composição Figura 41: Sala de estar assimétrica, não existe relação
simétrica, tudo o que existe de um lado, existe do entre os dois lados da composição.
outro. Fonte: https://www.liderinteriores.com.br/blog/12-
Fonte: https://www.lopes.com.br/blog/decoracao- arquitetos-brasileiros-para-voce-acompanhar-e-se-
paisagismo/8-regras-de-design-de-interiores-que- inspirar/
sempre-funcionam/ Audiodescrição da Figura: sala de estar com sofás,
Audiodescrição da Figura: uma sala de jantar com mesa poltronas, mesas de centro e de canto, com objetos em
e oito cadeiras, tudo em madeira. Uma luminária em cima, uma estante com objetos e vegetação, uma cortina
cima da mesa e um aparador ao fundo do ambiente com cobrindo uma janela e luminárias penduradas no teto.
objetos em cima.
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- Simplicidade x Complexidade: ambientes com características de simplicidade tratam de
composições com poucas cores, pouco mobiliário e soluções mais limpas, claras e os ambientes com
características de complexidade unem elementos bastante diferentes com composições complexas
de leitura do ambiente. As figuras abaixo exibem espaços com simplicidade e complexidade.
Figura 42: Sala de estar, com estilo escandinavo, Figura 43: Restaurante com características de ambiente
simples e sofisticado. complexo.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/design- Fonte: https://abd.org.br/quais-sao-as-principais-
escandinavo/ diferencas-entre-o-design-de-interiores-a-decoracao-e-a-
Audiodescrição da Figura: sala de estar com cores arquitetura-de-interiores
brancas predominando no piso, paredes, teto, e Audiodescrição da Figura: restaurante com diversos
poltronas e cadeiras. Tapete nas cores preta e branca e elementos, cores e materiais.
almofadas, nas cores pretas, brancas e preta e branca,
quadro pendurado na parede e luminária de pé ao lado
de uma das cadeiras
- Sutileza x Ousadia: a sutileza tem a ver com o uso de cores, texturas e formas que se
destacam no ambiente de forma suave e tranquila, sem que haja impacto e, no final os elementos
acabam dialogando entre si. Já a ousadia é o contrário: as peças e as formas de disposição do
mobiliário competem entre si, criando conflito na composição (Ver figuras abaixo).
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Figura 44: Sala de estar com composições que se baseia no Figura 45: Cozinha com cores e texturas com
diálogo entre formas e cores de forma calma. características de ousadia.
Fonte: Fonte: http://rosefritz.com.br/blog/design-de-
https://www.revistaambientesce.com.br/2020/05/20/sutileza- interiores-salvador/ousadia-na-casa-do-bbb-12/
no-design/ Audiodescrição da Figura: cozinha nas cores rosa e
Audiodescrição da Figura: sala de estar com um sofá na cor laranja e texturas com curvas.
azul, mesas de centro, uma cadeira e um móvel em frente do
sofá.
Tarefa rápida!
Estudante, que tal verificar à sua volta (casa, trabalho, escola) se existem
composições como as que foram vistas no tópico acima?
Que tal agora ver as modalidades de expressão gráfica para pôr em prática experiências
de composição de espaços interiores.
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Figura 46: Desenho do personagem Homem-Aranha Figura 47: Desenho de uma sala de estar feita apenas
feito apenas com linhas. com linhas.
Fonte: https://blog.printloja.com.br/desenhos-para- Fonte: https://www.istockphoto.com/br/vetor/sala-de-
colorir-e-imprimir/ estar-com-estampa-em-preto-e-branco-interior-o-
Audiodescrição da Figura: desenho de um homem desenho-de-ilustra%C3%A7%C3%A3o-de-vetor-
fantasiado. gm828382332-134775299
Audiodescrição da Figura: desenho de uma sala de estar
com sofá, mesa de centro, aparador e prateleira com
objetos em cima, um espelho, e luminárias no teto.
Pintura: a pintura é uma forma de expressão gráfica obtida através do uso de pigmentos
dos mais variados tipos sobre uma série de bases: papel, pedra, gesso, tecido, etc. A pintura já faz
parte da história humana há mais de 45.000 anos e possui um significado muito importante para a
nossa existência, representando reis, santos, deuses, gente comum, fatos históricos, sonhos, desejos,
etc. Como foi dito, há inúmeros tipos de pintura e abaixo, vamos dar uma olhada nas mais conhecidas:
a) Pintura mural: a pintura mural é aquela que é feita sobre paredes e, geralmente possui
uma área bastante grande. A técnica mais usada em pintura mural é o afresco que é quando se pinta
sobre uma parede revestida de gesso ainda fresco e quando ele seca, a tinta da pintura fica
definitivamente fixada no revestimento da parede (Ver figura a seguir).
Figura 48: Exemplo de pintura mural/afresco: A criação do Homem, trecho do teto da Capela Sistina (1473-1481), de
autoria de Michelangelo Buonarroti.
Fonte: https://escolaeducacao.com.br/michelangelo-buonarroti/
Audiodescrição da Figura: quadro pintado com duas pessoas tocando os dedos das mãos. Um numa pedra sem
vestimentas, e o outro com anjinhos, uma bata e mais ao alto.
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b) Pintura a óleo: a pintura a óleo geralmente é feita sobre tela ou madeira com o uso de
tintas baseadas em óleo de linhaça com a possibilidade de uso de vernizes. Grandes obras foram
pintadas com tinta a óleo. A figura abaixo, apresenta uma ilustração com pintura a óleo.
Figura 49: Exemplo de pintura a óleo – “Moça com brinco de pérola” (c. 1665) de Johannes Vermeer.
Fonte: https://laparola.com.br/pinturas-a-oleo-mais-famosas
Audiodescrição da Figura: pintura de uma moça olhando de lado com lenço na cabeça.
c) Pintura em aquarela: a aquarela é uma tinta com base em água que pode ser usada
para pintura em papel, tela e tecido. Seu efeito de “aguada” pode gerar imagens muito bonitas e ser
usada, inclusive em estudos de projetos de interiores, onde haja tempo e disponibilidade do
profissional para uma apresentação mais artística (Figuras abaixo, em aquarela).
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Figura 50: Pintura em aquarela representando um Figura 51 (À direita): Pintura em aquarela de uma sala
elefante africano entre flores. de jantar.
Fonte: https://www.elo7.com.br/pintura-em-aquarela- Fonte:
elefante-flores-54-x54-cm/dp/DBE09F https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-
Audiodescrição da Figura: pintura de um elefante em stock-desenho-de-esbo%C3%A7o-m%C3%A3o-livre-da-
tons azuis com rosas ao redor. aquarela-e-da-tinta-da-sala-de-jantar-lisa-do-
apartamento-simbolizando-aproxima%C3%A7%C3%A3o-
original-image56482883
Audiodescrição da Figura: pintura de uma sala de jantar
com mesa retangular e quatro cadeiras e luminárias
coloridas no teto.
d) Pintura com tinta guache: a tinta guache é uma mistura de goma arábica, glicerina,
dextrina e pigmentos para dar cor. Pode ser diluída em água, mas sua textura é de azeite, diferente
da aquarela, que fica com a aparência de “água colorida”. Gera uma pintura mais densa. A figura a
seguir, apresenta uma ilustração com tinta guache.
e) Pastel seco: o pastel seco ou giz pastel seco é um tipo de bastão de giz feito de uma
mistura de carbonato de cálcio e aglutinantes como tragacanto ou alcatira e pigmentos. Serve para
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desenho e pintura a seco, dando um resultado opaco e que pode gerar ótimos efeitos visuais,
dependendo do controle da técnica do uso do material (Figura abaixo, com pastel a seco)
Figura 53: Retrato feito em pastel seco, representando uma mulher, de autoria de Ruben Belloso Adorna.
Fonte: https://www.mdig.com.br/index.php?itemid=29044
Audiodescrição da Figura: retrato de uma mulher sendo desenhado em uma parede por um homem.
f) Pintura acrílica: a tinta acrílica é uma tinta solúvel em água formada por resina acrílica,
solventes orgânicos, cargas minerais e pigmentos, usada de forma a criar camadas que podem ser
finas ou grossas, de secagem rápida e sendo possível ser combinada com outras tintas como a
aquarela e tinta à óleo. Pode ser usada para pintura em telas ou paredes (Ver figura a seguir)
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Gravura: a palavra gravura vem de gravar, ou seja, imprimir algo sobre uma superfície –
essa superfície, geralmente é mais rígida e, a partir dela, fazem as “gravações” que podem ser
copiadas para uma superfície mais suave, como o papel. Os principais tipos de gravura são:
a) Xilogravura: do grego xilós que quer dizer madeira – é um tipo de gravura feita em
madeira, usando instrumentos chamados goivas. Você desenha o tema em um pedaço plano de
madeira, esculpe com o uso das goivas e depois passa a tinta sobre essa parte esculpida, colocando
uma folha sobre ela e imprimindo o desenho na folha de papel. A xilogravura ainda é muito usada no
interior do Nordeste para a produção de quadros e literatura de cordel. Em Pernambuco, temos J.
Borges como um dos maiores xilogravuristas do Brasil. A figura abaixo mostra um exemplo de gravura
em xilogravura.
b) Litografia: também chamada de litogravura, do grego lithós que quer dizer pedra – é
um tipo de gravura feita sobre uma pedra onde se desenha e, através do uso de tintas e óleos
especiais, é possível tirar várias cópias. Está técnica surgiu na região alemã da Baviera, no século XVIII.
Atualmente, litografias são muito raras, uma vez que a jazida de onde eram retiradas as pedras usadas
como base para o desenho/pintura das imagens está esgotada (Ver figura abaixo).
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Figura 56: Exemplo de litografia representando Johannes Gutenberg.
Fonte: https://i1.wp.com/simplesmenteartes.com.br/wp-
content/uploads/2018/09/51785c8035f9175b25007dd0be06f337.jpg
Audiodescrição da Figura: pedra desenhada de um homem, e um papel com esse mesmo desenho segurado por uma
mão.
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sobre um fotolito que permite a impressão em vários tipos de material, como papel, plástico,
borracha, madeira, vidro, tecido, etc. Exemplo de serigrafia, na figura abaixo.
Figura 59: Exemplo de colagem denominada “Essência feminina” formado por várias imagens que associam fauna e
flora e composições de cores e formas a um rosto humano.
Fonte: https://www.artmajeur.com/pt/anaclaralonven/artworks/13421837/essencia-feminina
Audiodescrição da Figura: ilustração de um rosto de uma mulher negra com flores e vegetação na composição.
Com as técnicas acima, você vai descobrir os tipos de representação visual e qual delas
mais se adequa ao seu estilo de representação.
Estudante, como você viu acima, existem várias formas de fazer imagens, pinturas,
gravuras, etc. e, além dessas técnicas de pintura, existem também tipos de representação visual, ou
seja, formas de mostrar ao observador o que se passa na mente daquele que pinta, desenha, etc.:
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Representação Estilizada, Representação Realista e Representação Esquemática que são produzidas
de acordo com a época, o artista, as questões socioculturais e religiosas, entre outras. Abaixo, você
vai ver como cada uma dessas formas de representação são produzidas e “funcionam”:
a) Estilizada: a representação estilizada ou desenho estilizado é aquela onde a imagem
que se quer mostrar é formada por poucas linhas e o resultado final é quase um signo que evoca a
criatura ou objeto que se quer representar. Quase sempre é um desenho bidimensional, uma vez que
simplifica ao máximo a coisa representada. Abaixo, tem-se uma figura estilizada.
Figura 60: Imagem estilizada de um gato, formada por menos de vinte linhas.
Fonte: https://br.pinterest.com/marisafrancelin/animais-de-estima%C3%A7%C3%A3o-pets/
Audiodescrição da Figura: desenho de um gato com poucas linhas.
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muito usado no ensino do próprio desenho, funcionamento de órgãos, montagem de instrumentos,
mobiliário, etc. Exemplo de desenho esquemático na figura abaixo:
Estudante, aqui é concluída a segunda competência da disciplina onde foram vistas várias
técnicas compositivas de imagens. Na competência 3, você vai conhecer a aplicação de técnicas de
composição na apresentação de projetos de Design de Interiores. Preparado?!
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3.Competência 03 | Técnicas de Desenho e Representação em Projetos de
Interiores
Estudante, nesta competência, você vai utilizar as técnicas de desenho para representar
os ambientes internos de forma realista e que ajudem na visualização dos projetos de interiores tanto
para você – futuro profissional, quanto para o cliente.
Mas antes da leitura, escuta nosso podcast e depois volta para obter mais
informações na competência.
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Figura 63: Croqui de levantamento físico de um espaço arquitetônico, com localização de paredes, pilares e cotas.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/821977369463473676/
Audiodescrição da Figura: desenho de uma planta baixa com cotas e desenho de pilares e vigas.
Uma vez feito o levantamento físico, ou seja, a medição dos ambientes e todos os seus
elementos (largura, comprimento, altura, portas, janelas, etc.) é possível fazer a planta baixa no estilo
de croqui com as primeiras ideias de layout. Importante, mais uma vez, salientar a necessidade de se
fazer um desenho proporcional, caso não use os instrumentos. Neste momento, o papel milimetrado
pode ajudar muito para aqueles que estão iniciando o desenho com proporção correta, mas feito à
mão. A figura abaixo apresenta o primeiro desenho por cima de um papel milimetrado e um croqui
de uma planta baixa.
Figura 64: Exemplos de plantas baixas com croquis de propostas de layout feitas à mão.
Fonte: https://ibdi-edu.com.br/etapas-do-trabalho-do-designer-de-interiores/
Audiodescrição da Figura: dois desenhos de plantas baixas de com divisão de ambientes e mobiliários.
Depois, é possível fazer perspectivas com soluções de layout, texturas e cores, como você
verá na figura abaixo. Essas perspectivas podem ser feitas à mão livre (para os mais experientes), a
instrumento ou numa técnica que misture desenho à mão livre e desenho a instrumento.
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Figura 65: Perspectiva feita à mão e instrumentos de uma proposta de ambientação de uma área de lazer.
Fonte: https://www.homify.com.br/livros_de_ideias/6206922/o-que-e-croqui-na-arquitetura-tudo-que-voce-precisa-
saber-10-exemplos
Audiodescrição da Figura: desenho de uma área de churrasqueira com diversos móveis em madeira.
Por fim, é possível apresentar as soluções de interiores com o uso de perspectivas feitas
a instrumento (lapiseira, régua, esquadros, etc., segundo as técnicas desenvolvidas na disciplina de
Desenho Técnico), associando essas técnicas com formas mais realistas de apresentação de cores,
texturas e hachuras, conforme figura abaixo.
Figura 66: Perspectiva a lápis e esquadros representando um projeto de interiores (sala de jantar e cozinha
americana).
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/821977369463473676/
Audiodescrição da Figura: desenho de uma sala de jantar e cozinha americana.
Pelo que foi apresentado acima, o desenvolvimento do projeto passa por fases e tipos
específicos de desenho – partindo do esboço, do desenho mais simples, que serve de registro rápido
e inicial de algo existente ou de ideias do designer; passando por uma representação gráfica mais
elaborada e, por fim o projeto apresentado de uma forma gráfica mais refinada, envolvendo técnica
e arte. O desenho, seja ele qual for só pode ser dominado através da prática e, como foi dito lá atrás,
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existem técnicas muito interessantes para o domínio dessa linguagem e, estamos certos de que você,
estudante, tem como dominar todas essas técnicas, ok?
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Figura 68: Tabela de hachuras da NBR-12298/1995.
Fonte: ABNT, 1995.
Audiodescrição da Figura: diversos retângulos em uma tabela representando materiais como: vidro, cerâmica, rocha,
concreto, etc.
Como você pode ver, as hachuras definidas pelas normas são simplificadas, como uma
forma de representar os materiais de uma forma mais rápida e convencional. No caso do desenho de
observação e representação, é possível usar essas hachuras mais simplificadas e outras, mais
realistas. As hachuras apresentadas acima, são utilizadas como representação de desenho técnico ou
arquitetônico, sua função é indicar os materiais que serão usados nos projetos, principalmente de
interiores e móveis e outros objetos. As hachuras também podem dar a impressão de profundidade
e luz e sombra, gerando imagens belas e interessantes – principalmente em desenhos artísticos e, em
determinados tipos de gravura como na calcografia, por exemplo. As figuras abaixo, apresentam
exemplos.
Figura 69: Imagem de uma moça com semblante triste feita com o uso de hachuras.
Fonte: https://laart.art.br/blog/hachuras-desenho/
Audiodescrição da Figura: desenho de um rosto de mulher com linhas curvas por trás, tudo nas cores preto e branco.
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Figura 70: A crucificação de Cristo do artista alemão Albrecht Dürer (1471-1528) é uma calcografia onde todo o
sombreamento das imagens é feito através de hachuras.
Fonte: https://www.metmuseum.org/art/collection/search/391171
Audiodescrição da Figura: desenho da crucificação de Cristo e várias pessoas ao redor.
Figura 71: Estudo preliminar de uma cadeira usando representação técnica com uso de hachuras e cores para definir
melhor o design da peça.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/696791373572469952/
Audiodescrição da Figura: desenho de diversas cadeiras, e apenas uma na cor azul.
Nos projetos de interiores, o uso de hachuras, texturas e cores serve, principalmente para
a elaboração de plantas humanizadas, muito usadas para mostrar aos clientes os resultados das
propostas projetuais. A figura abaixo, exibe um exemplo de planta baixa humanizada.
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Figura 72: Planta humanizada e uma perspectiva onde os materiais usados – cerâmica, madeira, vidro, etc. – são
representados por cores, texturas e hachuras específicos para cada um.
Fonte: https://www.garecultural.com.br/cursos/tecnico-em-design-de-interiores/
Audiodescrição da Figura: desenho de uma planta baixa e perspectiva de uma cozinha com área de serviço e banheiro.
Figura 73: Várias texturas representando tijolos, pedra, metal, madeira, couro, etc.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/824651381753612340/
Audiodescrição da Figura: diversos desenhos coloridos representando texturas como: pedra, tijolo, couro, etc.
Figura 74: Perspectiva de topo mostrando um quarto onde podemos ver as texturas do piso (madeira), cortinas
(tecido), janelas (vidro), etc. feitos à mão livre.
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Fonte: https://www.projetou.com.br/posts/detalhamento-de-interiores-o-que-e-como-fazer/
Audiodescrição da Figura: desenho de um quarto de casal com diversos móveis e objetos desenhados a instrumentos e
mão livre e com aplicação de várias texturas.
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Figura 76: Iluminação direta em um pequeno ambiente de jantar.
Fonte: https://www.decorfacil.com/projeto-luminotecnico/
Audiodescrição da Figura: a figura exibe uma sala de estar toda em tons marrom e várias luminárias no teto.
Figura 78: Um quarto com sombras projetadas pelos brises que compõem a vedação do ambiente.
Fonte: https://fattoarquitetura.files.wordpress.com/2015/10/luz-e-sombra.jpg
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Audiodescrição da Figura: a figura mostra um quarto com brises em suas janelas e refletindo sombra na cama.
• Luz refletida: é a luz que não é absorvida por uma superfície e “escapa” ou reflete no
ambiente, sendo captada por nossos olhos. A figura abaixo, mostra luzes refletidas
em um ambiente.
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Figura 81: A forma como nomeamos os elementos de luz e sombra podem mudar.
Fonte: https://aucagencia.wordpress.com/2016/07/07/oficina-de-desenho-artistico-aula-4/
Audiodescrição da Figura: a figura mostra o desenho de uma esfera um cilindro e um cubo com sombras.
Figura 82: Esboço de um espaço de estar e trabalho com estudo de luz e sombra, desenhado com lápis de cor.
Fonte: https://construcaoedesign.com/a-arte-de-desenhar-croquis-de-interiores/
Audiodescrição da Figura: a figura apresenta o desenho de um quarto com luz e sombra.
Figura 83: Perspectiva de um ambiente de estar, colorido a aquarela e onde podemos ver várias formas de iluminação
e sombra.
Fonte: https://abra.com.br/cursos-ead-ao-vivo/decoracao-de-interiores/
Audiodescrição da Figura: a figura exibe o desenho de uma sala de estar em aquarela.
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A seguir, você vai ver como a representação de projetos a partir de técnicas tradicionais
e técnicas de CAD.
Figura 84: Projeto do frontispício da igreja de São Francisco de Assis de São João Del Rei (1774), de Antônio Francisco
Lisboa, o Aleijadinho. Notar os detalhes e o estudo de luz e sombra.
Fonte: http://ihgt.blogspot.com/2014/11/
Audiodescrição da Figura: a figura mostra partes de elementos de uma igreja.
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Figura 85: Projeto de interiores de uma casa, projeto de Frank Lloyd Wright (1936) com amplo uso de cores, texturas
e efeitos de luz.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/337277459582186876/
Audiodescrição da Figura: a figura exibe o desenho de uma casa, vista externamente com efeitos de luz.
Atualmente, na área do Design de Interiores, essa técnica tem sido obtida através de
programas de CAD como o Revit, 3D Studio Max, Lumion, etc.
A renderização é um processo de acabamento das imagens que busca mostrar com
clareza os materiais que compõem um espaço, no caso específico do Design de Interiores. No
desenho à mão, existem técnicas para representação de materiais e suas respectivas cores e texturas
e, o termo “renderização” não é usado para tais representações, até porque a origem da palavra é
inglesa. Nos tempos anteriores ao uso de programas de CAD, era muito comum o uso do termo
“molho” para designar a aplicação de cores, texturas e efeitos de luz e sombra. Nos programas de
CAD, as representações são fotorrealistas, permitindo um entendimento claro daquilo que se quer
mostrar.
Apesar de haver, atualmente, uma certa “dependência” dos programas de CAD e seus
resultados que encantam a todos pela precisão, beleza e realismo, ainda existem profissionais que
desenham os ambientes à mão livre, criando desenhos muito interessantes e belos (Ver figuras
abaixo), mas infelizmente, a tendência é de desaparecimento desse tipo de profissional: as pressões
por rapidez na entrega dos projetos associadas ao desinteresse progressivo pelo desenho à mão livre
farão com que essa forma de representação deixe de existir.
Figura 86: Perspectiva de uma cozinha renderizada à mão. Notar o aspecto artístico da representação, com a inclusão
de cores, texturas e trabalho de luz e sombras.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/663295851350156155/
Audiodescrição da Figura: a figura mostra o desenho de uma cozinha renderizada a mão com jogo de luz e sombra.
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Figura 87: Renderização de uma perspectiva de ambientes internos e externos feita com o programa Lumion. A
representação foto-realista encanta os clientes.
Fonte: https://lumion.com/blog/lumion-computer-advice-for-faster-3d-rendering.html
Audiodescrição da Figura: a figura mostra o desenho de uma perspectiva de um quarto renderizado com um programa.
Cabe aqui uma crítica rápida a essa situação: o desenho à mão livre é, além de uma
ferramenta profissional, um excelente exercício para o nosso cérebro – perder o interesse por essa
forma de linguagem é uma perda muito grande para nós, humanos.
Estudante, aqui é concluída a terceira competência da disciplina onde foram vistas várias
técnicas de apresentação e finalização de projetos de interiores através de métodos tradicionais e
métodos baseados em programas gráficos – neste momento, é importante que você teste seus
conhecimentos de desenho de observação e representação em exercícios que você pode fazer
através de modelos já existentes ou de suas próprias ideias. Pratique, treine e mostra suas ideias no
fórum, porque a gente sabe que o resultado vai ser ótimo!
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Conclusão
Estudante!
Aqui encerra a disciplina de Desenho de Observação e Representação e desejo que a
aquisição destes novos conhecimentos contribua para a sua formação como Técnico em Design de
Interiores.
Como você deve ter percebido, o Desenho de Observação e Representação é uma das
linguagens que são usadas para o registro das ideias sobre o Design de Interiores. É uma forma de
linguagem que devemos dominar.
O desenvolvimento de Projetos de Ambientação passa por muitos conhecimentos e o
conhecimento do Desenho de Observação e Representação traz mais subsídios para o profissional
representar o que está vendo ou as ideias que ele gera para iniciar os projetos. Dominar o desenho é
sempre crucial para ser um bom profissional, além do prazer em criar desenhos artísticos que, muitas
vezes, encantam os clientes.
Espero que tenha gostado e até logo!
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Referências
CURTIS, Brian. Desenho de observação: Uma introdução ao desenho. 2.ed. Porto Alegre: Editora
AMGH, 2015. 368 p.
DINUCCI, Gina; VILELA, André. Desenho de observação. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional
S/A, 2017. 200 p.
DONDIS, Donis A. A sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991. p. 51-83.
EDWARDS, Betty. Desenhando com o lado direito do cérebro. São Paulo: Editora nVersos, 2021. 344
p.
MELO, Fagner F. Q. de. Desenho de observação e percepção visual – Um estudo de técnicas de Betty
Edwards. Caruaru: UFPE/C.A. Agreste/Núcleo de Design, 2015. 112 p.
MONTENEGRO, Gildo. Desenho arquitetônico. São Paulo: Blucher, 2001.
NETTO, Claudia Campos. Desenho arquitetônico e design de interiores. São Paulo: Saraiva, 2014. 128
p.
STRAUB, Ericson Luiz et al. ABC do Rendering. Porto Alegre: Bookman, 2013. 136 p.
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Minicurrículo do Professor
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