Anatomia Uerj
Anatomia Uerj
Anatomia Uerj
2 Em Anatomia, utilizam-se critérios estatísticos para definir o que é normal: normal é aquilo
que é mais freqüente, ou seja, a estrutura (in cluindo a forma) que se encontra mais
frequentemente na amostragem de indivíduos. A simples observação de um grupamento
humano evidencia de imediato diferenças morfológicas entre os elementos que compõem o
grupo. Estas diferenças morfológicas são denominadaa variações anatômicas e podem
apresentar-se externamente ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isto traga
prejuízo funcional para o individuo. Exemplo o padrão de distribuição das veias superficiais nos
antebraços de um mesmo indivíduo: é fácil verificar que o padrão não é o mesmo nos dois
antebraços. Assim até em um mesmo individuo ocorrem variações. anatômicas quando com
paramos os dois lados.As variações anatômicas, portanto, estão dentro dos limites da
normalidade.
Anomalia
variações morfológicas que determinam perturbação funcional, como acontece nas más
formações. o indivíduo pode nascer com um dedo a menos na mão direita por exemplo.
Quando o desvio do padrão anatômico perturba a função, diz-se que se trata de uma anomalia
e não de uma variação. As anomalias podem ser congênitas ou adquiridas. Neste último caso
são resultantes de uma lesão ou doença. Exemplos de anomalias: lábio leporino, fenda
palatina, dedos supranumerários.
3 funções de:
Suporte. O esqueleto é o arcabouço estrutural do corpo, sustentando os tecidos moles e forne
cendo pontos de fixação para os tendões da maioria dos músculos esqueléticos.
Proteção. O esqueleto protege os órgãos internos mais importantes de lesão. Por exemplo, os
ossos do crânio protegem o encéfalo e a caixa torácica protege o coração e os pulmões.
Assistência ao movimento. A maioria dos músculos esqueléticos fixa
se aos ossos; quando os músculos se contraem,
tracionam os ossos para produzir o movimento.
Homeostasia mineral (armazenamento e liberação). O tecido ósseo compõe aproximadamente
18% do peso do
corpo humano. Ele armazena diversos minerais, especialmente cálcio e fósforo, que contribue
m para a resistência dos
ossos. O tecido ósseo armazena em torno de 99% do cálcio corporal. Conforme a necessidade,
os ossos liberam os
minerais para a corrente sanguínea de modo a manter o equilíbrio mineral essencial (homeost
asia) e distribuílos às outras partes do corpo.
Produção de células sanguíneas. No interior de determinados ossos, um tecido conjuntivo cha
mado medula óssea
vermelha produz hemácias (eritrócitos), leucócitos e plaquetas em um processo chamado hem
atopoese. A medula
óssea vermelha é composta por hemácias em desenvolvimento, adipócitos, fibroblastos e mac
rófagos em uma rede de
fibras reticulares; é encontrada nos ossos em desenvolvimento do feto e em alguns ossos do a
dulto, como os ossos do
quadril; costelas e esterno, vértebras, crânio e extremidades do úmero e fêmur. No recém
nascido, toda a medula
óssea é vermelha e está envolvida na hematopoese. Com o avanço da idade, grande parte da
medula óssea passa de vermelha para amarela.
Armazenamento de triglicerídios. A medula óssea amarela consiste, principalmente, em adipóc
itos que armazenam
triglicerídios. Os triglicerídios armazenados são uma reserva potencial de energia química.
O cíngulo do membro inferior (quadril) é formado pelos dois ossos do quadril, também chama
dos de ossos coxais . Os ossos do quadril ou ossos
iliacos se unem anteriormente na articulação chamada de sínfise púbica; unem se
posteriormente com o sacro nas articulações sacroilíacas.
O ílio, o maior dos três componentes do osso do quadril , é composto por uma asa superior e u
m corpo
inferior. O corpo é um dos integrantes do acetábulo, o encaixe para a cabeça do fêmur. A marg
em superior do ílio, a crista
ilíaca, termina anteriormente em uma espinha ilíaca anterossuperior romba. A contusão dessa
parte da crista ilíaca e dos
tecidos moles associados, que ocorre em esportes de contato físico, é chamado contusão da cr
ista ilíaca ou avulsão de inserções musculares da crista ilíaca.
Ísquio
ísquio, a parte posteroinferior do osso do quadril , compreende um corpo superior e um ramo i
nferior.
O ramo é a parte do ísquio que se funde com o púbis. Os acidentes anatômicos do ísquio englo
bam a proeminente espinha
isquiática, a incisura isquiática menor abaixo da espinha e um túber isquiático rugoso e espess
o onde se fixam os músculos posteriores da coxa bíceps
femural,sememebranoso,semitendinoso. Uma vez que essa
tuberosidade proeminente se encontra logo abaixo da pele, é comum que comece a doer após
um tempo relativamente curto
na posição sentada sobre uma superfície dura. Juntos, o ramo e o púbis circundam o forame o
bturado, o maior forame do
esqueleto. O forame é assim chamado porque, mesmo que vasos sanguíneos e nervos passem
por ele, ele é quase que completamente fechado pela fibrosa membrana obturadora.
5 Osso irregular: apresenta uma morfologia completa que não encontra correspondência em
formas ge ométricas conhecidas. As vértebras e o osso temporal são exemplos marcantes.
6 patela
7 por que em crianças os ossos ainda estão crescendo ossos do quadril no bebê ainda não
estão fusionados estão soltos e também nos ossos do crânio não se uniram totalmente um
excesso de impacto nos ossos em idades em desenvolvimento pode acontecer de haver muita
perda de cálcio e pouca reposição no osso ou até mesmo fraturas lesões rompimento de
tendões pouca sensibilidade dos receptores a neurotransmissores por desensibilisacao junções
intracelulares podem ser desfeitas e pode haver perda de aderência entre células ou alguns
ossos pequenos podem ser comprometidos por sofrerem mais impactos perda de controle da
temperatura por rompimento de nervos .
8 O tecido ósseo esponjoso está sempre localizado no interior do osso,
protegido por uma camada de osso ompacto. O tecido ósseo esponjoso consiste em lamelas di
spostas em um padrão
irregular de finas colunas chamadas trabéculas. Entre as trabéculas, é possível observar espaço
s a olho nu. Esses espaços
macroscópicos são preenchidos por medula óssea vermelha nos ossos que produzem células s
anguíneas e por medula óssea amarela (tecido adiposo) em outros ossos.
medula óssea vermelha é um tecido conjuntivo extremamente vascularizado localizado nos es
paços microscópicos
entre as trabéculas do tecido ósseo esponjoso. É encontrada principalmente nos ossos do esqu
eleto axial, nos cíngulos dos
membros superiores e inferiores e nas epífises proximais do úmero e fêmur. De 0,05 a 0,1% da
s células da medula óssea vermelha são chamadas de células
tronco pluripotentes ou hemocitoblastos, que são derivadas do mesênquima (tecido a
partir do qual a maioria dos tecidos conjuntivos evolui). Essas células são capazes de se desenv
olver em muitos tipos de
células diferentes .Com o envelhecimento do indivíduo, a velocidade de formação de células sa
nguíneas diminui; a medula
óssea vermelha na cavidade medular dos ossos longos se torna inativa e é substituída por med
ula óssea amarela, formada
principalmente por células gordurosas. Em determinadas condições, como sangramentos grav
es, a medula óssea amarela
pode voltar a ser medula óssea vermelha; isso ocorre porque células
tronco formadoras de sangue da medula óssea
vermelha vão para medula óssea amarela, que é repovoada por células
tronco pluripotentes.as células
tronco pluripotentes na medula óssea vermelha produzem mais dois tipos de células
tronco, que possuem a capacidade de se desenvolver em vários tipos celulares. Essas células
tronco são chamadas de células tronco mieloides e célula tronco linfoides. As células
tronco mieloides começam o seu
desenvolvimento na medula óssea vermelha e dão origem a hemácias, plaquetas, monócitos,
neutrófilos, eosinófilos, basófilos e mastócitos (macrófagos mata microorganismo por
fagocitose). As células tronco linfoides, que dão origem aos linfócitos (secretam anticorpos ou
auxiliam na defesa ), começam o seu desenvolvimento na
medula óssea vermelha, porém o completam nos tecidos linfáticos (baco, timo
linfonodos ) . As células tronco linfoides também originam as células natural killer (NK) matam
células infectadas com microorganismos. Embora as diversas células
tronco apresentem diferentes marcadores de identidade celular nas suas
membranas plasmáticas
mhc , elas não podem ser distinguidas histologicamente e se assemelham aos linfócitos.
9 As epífises são as extremidades proximal e distal do osso
10
O tecido ósseo compacto apresenta poucos espaços e é a forma de tecido ósseo mais resistent
e. É
encontrado abaixo do periósteo de todos os ossos e constitui a maior parte das diáfises dos os
sos longos. O tecido ósseo
compacto oferece proteção e suporte e resiste aos estresses produzidos pelo peso e moviment
o.
O tecido ósseo compacto é composto por unidades estruturais repetidas – os ósteons ou siste
mas de Havers. Cada
ósteon é constituído por lamelas concêntricas distribuídas ao redor de um canal central ou can
al de Havers. Lembrando os
anéis de crescimento de uma árvore, as lamelas concêntricas são lâminas circulares de matriz
extracelular mineralizada, de
diâmetro crescente, que circundam uma pequena rede de vasos sanguíneos e nervos localizad
a no canal central . Essas unidades de osso similares a tubos geralmente formam uma série de
cilindros paralelos que, nos ossos
longos, tendem a ser paralelos ao eixo longitudinal do osso. Entre as lamelas concêntricas, são
encontrados pequenos
espaços chamados lacunas, contendo osteócitos. Irradiando para todas as direções a partir das
lacunas, observamos
canalículos cheios de líquido extracelular. Nos canalículos, são encontrados finos processos dig
itiformes dos osteócitos.Os osteócitos vizinhos se comunicam por junções comunicantes . Os
canalículos conectam as lacunas umas às outras e aos canais centrais, formando um complexo
sistema miniatura de canais
interconectados por todo o osso. Esse sistema oferece muitas rotas para os nutrientes e oxigê
nio chegarem aos osteócitos e para a remoção de resíduos.
Os ósteons no tecido ósseo compacto são alinhados na mesma direção e paralelos ao comprim
ento da diáfise. Por isso,
a diáfise de um osso longo resiste à envergadura ou à fratura mesmo quando uma força consid
erável é aplicada nas
extremidades. O tecido ósseo compacto tende a ser mais espesso nas partes do osso onde as t
ensões são aplicadas em
relativamente poucas direções. As linhas de tensão em um osso não são estáticas. Elas mudam
conforme a pessoa aprende
a andar e em resposta à atividade física extrema repetitiva como treinamento com peso. As lin
has de tensão em um osso
também podem mudar por conta de fraturas ou deformidades físicas. Dessa forma, a organiza
ção dos ósteons não é estática
e muda ao longo do tempo em resposta às demandas físicas aplicadas ao esqueleto.
As áreas entre os ósteons vizinhos contêm lamelas chamadas lamelas intersticiais, as quais tam
bém apresentam
lacunas com osteócitos e canalículos. As lamelas intersticiais são fragmentos de ósteons mais a
ntigos parcialmente destruídos durante o crescimento ou a reconstrução óssea.
Os vasos sanguíneos e nervos do periósteo penetram no osso compacto através de canais perf
urantes transversos ou
canais de Volkmann. Os vasos e nervos dos canais perfurantes se conectam àqueles da cavidad
e medular, do periósteo e dos canais centrais.
As lamelas chamadas lamelas circunferenciais se encontram distribuídas ao redor de toda a cir
cunferência interna e
externa da diáfise de um osso longo. Elas se desenvolvem durante a formação óssea inicial. As
lamelas circunferenciais
diretamente profundas ao periósteo são chamadas lamelas circunferenciais externas, as quais
se conectam ao periósteo
pelas fibras perfurantes (Sharpey). As lamelas circunferenciais que revestem a cavidade medul
ar são chamadas lamelas circunferenciais internas.
Osso esponjoso
Em contraste com o tecido ósseo compacto, o tecido ósseo esponjoso, também chamado tecid
o ósseo reticular ou
trabecular, não contém ósteons . O tecido ósseo esponjoso está sempre localizado no interior
do osso,
protegido por uma camada de osso compacto. O tecido ósseo esponjoso consiste em lamelas d
ispostas em um padrão
irregular de finas colunas chamadas trabéculas. Entre as trabéculas, é possível observar espaço
s a olho nu. Esses espaços
macroscópicos são preenchidos por medula óssea vermelha nos ossos que produzem células s
anguíneas e por medula óssea .O tecido ósseo esponjoso compõe a maior parte do tecido ósse
o interno dos ossos curtos, planos, sesamoides e
irregulares. Nos ossos longos, ele constitui o cerne da epífise abaixo da fina camada, como de
papel, de osso compacto e
ma uma borda estreita variável que margeia a cavidade medular da diáfise. O osso esponjoso é
sempre coberto por uma camada de osso compacto para efeito de proteção.
A princípio, as trabéculas do tecido ósseo esponjoso podem parecer menos organizadas que os
ósteons do tecido ósseo
compacto. Entretanto, estão precisamente orientadas ao longo das linhas de tensão, uma cara
cterística que ajuda os ossos a
resistir a estresses e transferir forças sem quebrar. O tecido ósseo esponjoso tende a se localiz
ar onde os ossos não são
fortemente tensionados ou onde os estresses são aplicados a partir de muitas direções. As tra
béculas não atingem sua
disposição final até que a locomoção seja completamente aprendida. Na verdade, a distribuiçã
o pode ainda ser alterada, já
que as linhas de tensão podem mudar em decorrência de uma deformidade ou fratura mal rep
arada.
O tecido ósseo esponjoso é diferente do tecido ósseo compacto em dois aspectos. Primeiro, o
tecido ósseo esponjoso é
leve, o que reduz o peso geral do osso. Essa redução de peso possibilita a movimentação mais
ágil quando o osso é
tracionado pelo músculo esquelético. Segundo, as trabéculas do tecido ósseo esponjoso suport
am e protegem a medula
óssea vermelha. O osso esponjoso nos ossos do quadril, nas costelas, no esterno, nas vértebra
s e nas extremidades
proximais do úmero e do fêmur é onde medula óssea vermelha é armazenada e, portanto, o lo
cal onde ocorre a hematopoese (produção de células sanguíneas) em adultos.