Monografia Riquito Retificado

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Riquito Eugénio Afonso

Factores que levaram os estudantes a escolherem um curso de STEM: Um estudo na


Universidade Rovuma 2022- Nampula

(Licenciatura em ensino de Matemática com habilitações em Fisica)

Universidade Rovuma
Nampula
2022
i

Riquito Eugénio Afonso

Factores que levaram os estudantesa escolher um curso de STEM: Um estudo na


Universidade Rovuma 2022- Nampula

Monografia a ser apresentada à Faculdade de


Ciências Naturais, Matemática e Estatística da
Universidade Rovuma, para a obtenção do Grau
Académico de Licenciatura em Ensino de
Matemática com Habilitações em Física.

Supervisor: MSC. Armando Raul Uacate Mualeite

Universidade Rovuma
Nampula
2022
ii

DECLARAÇÃO

Riquito Eugénio Afonso, declaro que esta Monografia Científica é resultado da minha
investigação pessoal e das orientações do meu supervisor MSC. Armando Raul Uacate
Mualeite, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. Declaro ainda que este trabalho
não foi apresentado em nenhuma outra instituição para a obtenção de qualquer grau
académico.

Nampula, aos ___ de_______________ de 2022

___________________________________________
Riquito Eugénio Afonso
iii

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a memoria dos meus pais que desde cedo me insetivaram a estudar.

Aos meus irmãos por toda a paciência, nos momentos que sempre eles precisaram de
mim e eu estava ausente por causa de minha formação.

A todos que deram uma companhia directa durante toda a caminhada e á minha família
em geral que através dessa consegui terminar superar obstáculos.
iv

AGRADECIMENTOS
Á Deus por ter me direccionado até aqui.
Á meu supervisor MSC. Armando Raul Uacate Mualeite, a quem direcciono maior
gratidão pela paciência e incentivo, que discutindo, me ajudou a descobrir a tornar esse
trabalho uma realidade.
Aos meus irmãos, por todo apoio incondicional e conselhos que me deram durante a
minha formação.
Aos meus amigos e colegas de turma, em especial Assane Nuro, Dionia Lapucheque,
Felizarda, Samariza e outros pelos conselhos e frases que enunciaram a fim de fortalecer
meus estímulos pelo estudo.
A universidade Rovuma delegação de Nampula, que se prestou a colaboração comigo e
muito ajudou a que o inquérito a que se refere este estudo fosse levado a cabo.
A todos aqueles que directas ou indirectamente contribuíram para este meu sonho se
tornasse realidade.
A todos muito obrigados.
.
v

LISTA DE TABELAS

Tabela3: Sexo dos estudantes

Tabela4: Curso dos estudantes em relação ao Sexo dos estudantes

Tabela5: Curso dos estudantes em relação ao Sexo dos estudantes

Tabela6: Testes de adequabilidade de KMO e esfericidade de Bartlett

Tabela7: Estatística de confiabilidade

Tabela8: Variância total explicada pela cada componente

Tabela9: Matriz de componente rotativa


vi

LISTA DE GRÁFICOS

Grafico1: Factor Reconhecimento Social……………………………………

Grafico2: Factor Meta-cognição…………………………………………………..

Grafico3:Factor Existência de condições objectivas……………………………..

Grafico4: Factor Existência de Referente


Grafico5:Factor Afinidade
vii

LISTA DE ABREVIATURAS
ACP Análise de Componentes Principais.

GK Guttman-Kaiser.

KMO Kaiser Meyer-Olkin.

SPSS Statistical Package for Social Sciens.

STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics)

UniRovuma Universidade Rovuma.


viii

Índice
Resumo.......................................................................................................................................x

1............................................................................................... CAPITULA I: INTRODUÇÃO


...................................................................................................................................................11

1.2..................................................................................................................... Problematização
...................................................................................................................................................12

1.3............................................................................................................................. Justificativa
...................................................................................................................................................13

1.4............................................................................................................................... Objectivos
...................................................................................................................................................13

1.4.1................................................................................................................... Objectivo Geral


...................................................................................................................................................13

1.4.2........................................................................................................ Objectivos específicos


...................................................................................................................................................14

2............................................................... CAPITULO II: FUMDAMENTACAOTEÓRICO


...................................................................................................................................................15

2.1....................................................................................................................... O termo STEM


...................................................................................................................................................15

2.2.................................................................................................. Facilidade com Matemática


...................................................................................................................................................16

2.3..............................................Carreiras STEM e Intervenção Vocacional no 1º e 2º ciclo


...................................................................................................................................................17

2.3.1........Promoção de carreiras STEM junto de alunos do 2º ciclo – linhas orientadoras


para a intervenção vocacional................................................................................................18

2.3.2.................Importância da colaboração das famílias na promoção de carreiras STEM


...................................................................................................................................................18

2.4....................................................... Professores nos percursos e nas competências STEM


...................................................................................................................................................19

2.5.................................................Psicólogo e intervenção vocacional nos domínios STEM


...................................................................................................................................................20
ix

2.6.................................................................... Factores que influenciam na escolha de curso


...................................................................................................................................................23

2.6.1......................................................................................................... Factores Psicológicos


...................................................................................................................................................24

2.6.2..................................................................................... Factores Reconhecimento Sociais


...................................................................................................................................................24

2.6.3.................................................................................... Factores Rendimento Económicos


...................................................................................................................................................25

3............................................................ CAPITULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA


...................................................................................................................................................26

3.1..................................................................................................................... Tipo de pesquisa


...................................................................................................................................................26

3.2............................................................................................................. População e Amostra


...................................................................................................................................................26

3.3...................................................................... Técnicas e instrumento de Colecta de Dados


...................................................................................................................................................26

3.4...................................................................... Técnicas e instrumento de Colecta de Dados


...................................................................................................................................................26

3.5................................................................................................................... CRONOGRAMA
...................................................................................................................................................27

3.6....................................................................................................................... ORÇAMENTO
...................................................................................................................................................28

4.......................CAPITULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


...................................................................................................................................................29

4.1............................................................................................................. Descrição de amostra


...................................................................................................................................................29

4.2.............................................................................. Teste de adequação do modelo factorial


...................................................................................................................................................31

4.3....................................................................................................... Interpretação de factores


...................................................................................................................................................32
x

4.3.1........................................................................................... Escala: Primeira Componente


...................................................................................................................................................34

4.3.2........................................................................................... Escala: Segunda Componente


...................................................................................................................................................36

4.3.3............................................................................................ Escala: Terceira Componente


...................................................................................................................................................37

4.3.4................................................................................................ Escala: QuartaComponente


...................................................................................................................................................38

4.3.5.............................................................................................. Escala: Quinta Componente


...................................................................................................................................................39

4.4................................................................................................................................ Conclusão
...................................................................................................................................................40

4.5............................................................................................................................... Referência
...................................................................................................................................................41

Apêndice/Anexo...................................................................................................................XLIII
xi

Resumo
Os recentes avanços e inovação da ciência, tecnologia e engenharia têm contribuído
para o crescente destaque das áreas denominadas pelo acrónimo STEM (Ciências,
Tecnologias, Engenharia e Matemática), sendo os conhecimentos nestas áreas cada vez
mais imprescindíveis não só ao nível do desempenho profissional, mas também ao
conhecimento necessário para a tomada de decisões em actividades diárias da sociedade
em geral. A literatura especializada refere, a par com a preocupação de dar resposta ao
mercado de trabalho, questões de justiça social e a necessidade de aumentar a
participação de grupos sub-representados na ciência, destacando a importância de
factores influentes como o reconhecimento social, afinidades e outros factores
contribuinte. Tem igualmente sido apontada pela literatura vocacional a importância da
infância como um período crítico na formação de atitudes e competências de exploração
da self, bem como das aspirações. Neste âmbito, está a ser estruturada uma intervenção
vocacional dirigida a curso dos estudantes da universidade rovuma.

Palavras-chave: STEM, Factor contribuinte, Estudante e Matemática.


12

1. CAPITULA I: INTRODUÇÃO
As áreas denominadas pelo acrónimo STEM (Science, Technology, Engineering and
Mathematics) têm vindo a ser alvo de importância na sociedade moderna, sendo
igualmente destacadas na literatura de âmbito vocacional. Associada aos avanços e
inovação da ciência, tecnologia e engenharia surge a necessidade de, cada vez mais,
deter conhecimentos relacionados com estas áreas, imprescindíveis para o desempenho
de um crescente número de empregos a todos os níveis (não apenas qualificações de
ensino superior), mas também na tomada de decisões quotidianas, quer individuais quer
em sociedade (National Research Council, 2011). À semelhança do expectável em
outros países, em Portugal, e tendo como horizonte 2025, é esperado um crescimento
significativo do emprego dos profissionais de áreas STEM de cerca de 32%, enquanto
para o conjunto da economia a previsão de crescimento é de 2.3% (Valente, 2014).
Apesar dos elevados níveis de empregabilidade previstos, o número de jovens inseridos,
ou a considerar frequentar cursos nestes domínios profissionais, tem vindo a decrescer,
colocando um enorme desafio aos sistemas educativos e de formação (Wang & Degol,
2013), havendo uma preocupação global de aumentar o número de cientistas com vista
ao crescimento económico desejado (Comissão Europeia, 2004; National Research
Council, 2011). De um modo geral, têm sido adotadas duas estratégias para contrariar
esta situação: a) uma maior expressão destes domínios do conhecimento nos currículos
escolares, sobretudo através de actividades experimentais nas ciências e tecnologias, e
b) programas, alguns deles de cariz vocacional, orientados para a promoção da
exploração de carreiras STEM. No âmbito da primeira estratégia, variáveis associadas à
estrutura e organização do contexto de ensino-aprendizagem têm sido identificadas
como favorecendo vs dificultando o envolvimento dos jovens em percursos STEM:
estrutura da sala de aula, diferenciação escolar precoce, expectativas por parte dos
professores, orientação pedagógica associada aos objectivos de realização valorizados,
estratégias educativas gerais (Wang & Degol, 2013), bem como o recurso a uma
organização curricular assente em modalidades de PBL (problembasedlearning),
personalização daaprendizagem, ensino interdisciplinar, projetos colaborativos e
parcerias com instituições de investigação e de promoção da inovação, promoção de
competências tecnológicas, de carreira e de vida (La Force, Noble, King, Holt,
&Century, 2014). Relativamente à segunda estratégia, tem-se procurado compreender
quais os fatores que promovem o envolvimento dos jovens em percursos STEM.
13

Onde há opções da escolha de algo não tem sido uma actividade fácil para determinar
hesitando que a alternativa optada não seja a pior, pois, uma melhor opção é aquela que
não traz frustrações e arrependimento ao optante. Escolha ou alternativa consiste num
processo mental de pensamento envolvendo o julgamento dos méritos de múltiplas
opiniões e a selecção de uma delas para acção. Escolher um curso é um desafio que o
indivíduo enfrenta antes de começar a ingressar o nível superior, no entanto, precisa de
orientações, aliás, esse acto é escolher a carreira profissional da vida do indivíduo
(Jacinto, 2015), ou seja, é decidir sobre “quem se quer ser” (Andrade etal, 2016).

Na escolha de um curso de licenciatura o indivíduo pode ficar sem opção por


existirvários cursos de licenciatura, Com base nas informações facultadas vão permitir
que os indivíduos obtenham um autoconhecimento e façam uma boa escolha tendo em
consideração que o fim último desta actividade é integrar os indivíduos de forma certa a
um lugar também certo para que desenvolvam um bom desempenho e se evite
frustrações (JACINTO, 2015).Uma escolha errada espera que a pessoa enfrente
problemas nos seus estudos e na sua carreira profissional.

A estrutura deste projecto está organizada em três capítulos sendo:

No primeiro, apresenta-se a introdução, o problema, justificativa, os objectivos gerais e


específicos. No segundo, fundamentação teórica. No terceiro, fala da metodologia de
pesquisa usada para elaboração do trabalho, população, amostra, as técnicas e
instrumentos de recolha de dados.

1.2. Delimitação espácio-temporal

O presente trabalho de pesquisa é uma monografia, a pesquisa realizada na


Universidade Rovuma Delegação de Nampula, localizada no bairro de Napipine, cidade
de Nampula, para a realização deste trabalho durou 3 meses.

1.3. Problematização
A Universidade Rovuma é uma das universidades públicas de Moçambique com mais
de 20 cursos. O acesso a frequência de um curso de licenciatura é por realização de
exames de admissão e obtendo a classificação “Admitido” e escolher um curso superior
“é decidir sobre quem se quer ser” (Andrade etal, 2016).
14

No tempo de frequência das aulas do autor aqui na Universidade, acompanhou muitas


conversas ou discussões entre colegas, sendo do mesmo curso ou diferentes a cerca de
melhor curso, chegando ao ponto de dizer que “os que fazem o curso y estão a perder
tempo” e até alguns aconselham os outros que pudessem mudar de curso.

Portanto pode se questionar da seguinte maneira, imagina uma pessoa que escolheu um
dos curso de STEM porque as disciplinas que o curso tem a pessoa percebe em relação
as cadeiras de outro curso e por um momento ela é aconselhável a mudar o seu curso
para outro curso como será o seu nível do aproveitamento? Por este motivo, tomou-se a
seguinte questão da pesquisa:

Quais são os principais factores associados na escolha de cursos de licenciatura aos


estudantes da Universidade Rovuma?

1.4. Justificativa
O interesse pelo tema surgiu perante ao próprio pesquisador, tendo feito exame de
admissão para o curso de licenciatura em ensino de Matemática e quando chegou no
referido curso, encontrou outros colegas a querer mudar para outros cursos, até alguns
colegas chegaram de mudar.
A importância pelo estudo regista-se pelo facto de reduzir conversas e discussões aos
estudantes da Universidade Rovuma sobre a desvalorização dos alguns cursos sabendo
que a escolha desses é por alguns factores que levam esses indivíduos e garantir que os
candidatos tenham informações suficientes dos cursos existentes nas universidades e
consigam fazer ligação entre estes e o mundo profissional, assim como os seus anseios,
capacidades, habilidades, aptidões e motivações, enquanto pessoa, deixando as escolhas
por emoção.
Feito isso, esperamos que o indivíduo fique tranquilo e diminua stress quanto ao curso
que faz, visto que, escolheu depois de ter informações suficientes a cerca desse curso,
suas vantagens e desvantagens.
Visto que quando uma pessoa é formada numa área que tem domínio, sabe fazer melhor
diferente numa área forçada, com este trabalho pretendemos lembrar aos estudantes os
principais factores que os levaram a escolher um curso de licenciatura e ainda incentivar
a permanecer no curso da sua preferência.
Sendo determinação da carreira, o indivíduo devia escolher um curso do seu gosto ou
aquele que não possa dar um resultado péssimo no terreno enquanto profissional e no
mercado do emprego.
15

1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivo Geral

Avaliar quais factores que são preponderantes para a escolha de curso de STEM para
licenciatura.

1.5.2. Objectivos específicos


 Identificar os factores que influenciam aos estudantes da Universidade Rovuma
na escolha do curso de licenciatura em ensino de Matemática;
 Determinar os critérios usados pelos alunos para a escolha do curso de
licenciatura em ensino de Matemática;
 Propor aspectos que possam motivar os alunos a aderirem o curso de
licenciatura em ensino de Matemática.

1.5.3. Hipótese
O papel fundamental das hipóteses na pesquisa é sugerir explicações para os fatos. Pode
ser verdadeira ou falso, mas conduzem a verificação empírica que é o propósito da
pesquisa científica.

Para responder a questão de partida, o estudo foi elaborado a seguinte hipótese de


pesquisa: A escolha de curso de STEM não depende do conhecimento da área mas sim
da facilidade.
16

2. CAPITULO II: FUMDAMENTACAO TEÓRICO


A escolha de um(a) curso/profissão não tem sido tarefa fácil, porquanto é uma fase
decisiva e conflituosa, já que isso implica optar dentre várias possibilidades apenas uma,
a qual vai ditar a vida futura do jovem, adolescente ou mesmo do adulto. O processo de
escolha da profissão acontece a partir de inúmeras situações na vida das pessoas, as
quais podem levar ao sentimento de motivação ou desmotivação em relação ao trabalho
que realizam. Para evitar que os adolescentes e jovens façam escolhas precipitadas estes
devem ser proporcionados serviços de orientação vocacional e profissional. JACINTO
(2015).

2.1. O termo STEM

STEM nada mais é que uma sigla para Science, Technology, Engineeringand
Mathematics, (ou Ciência tecnologia, Engenharia e Matemática, em português). Mais
precisamente, esse termo se refere a um currículo baseado na ideia de educar estudantes
nessas quatro áreas em uma abordagem interdisciplinar e aplicada.

Para assimilar melhor o que é STEM, é fundamental entender que o que separa esse
currículo da educação tradicional em Ciências e Matemática é o ambiente de
aprendizado combinado e a possibilidade de mostrar para os alunos como o método
científico pode ser aplicado à vida quotidiana. O incentivo ao ensino STEM começa
desde muito cedo, ainda na escola, e se intensifica no ensino superior. Entenda como
funciona:

a) Escola Primária

A educação STEM se concentra no nível introdutório e na conscientização dos campos


e ocupações em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Esta etapa inicial
fornece aprendizado estruturado baseado em padrões e em questões do mundo real,
conectando todas as quatro áreas STEM.

O objectivo de começar o incentivo a essas disciplinas tão cedo é despertar o interesse


dos alunos por afinidade e não por necessidade ou sentido de obrigação. Por isso há uma
ênfase na ponte de oportunidades que a educação STEM cria entre a escola e o mundo
fora dela.
17

b) Ensino Médio

Nesta fase, os cursos se tornam mais rigorosos e desafiadores. Ainda é buscada a


conscientização dos alunos sobre os campos e profissões STEM, bem como os
requisitos acadêmicos dessas áreas. A exploração por parte dos estudantes das carreiras
relacionadas com STEM começa neste nível.

c) Ensino Superior

Enquanto na escola o objectivo é demonstrar para os alunos que Ciência, Tecnologia,


Matemática e Engenharia são áreas conectadas, no Ensino Superior é quando os
estudantes se especializam em um desses campos. Ou seja, não existe um único diploma
para quem quer estudar nessas áreas. Na verdade, cada um dos campos que compõem o
STEM tem muitas opções que você pode escolher.

No campo das Ciências estão todas disciplinas de ciencias-naturais, que incluem cursos
das áreas de Ciências da Vida (como Biologia, Medicina e Veterinária); Física e seus
derivados (como Astronomia), além de Química e áreas afins. Só isso já abre um
enorme leque de opções de carreira, desde a pesquisa científica até profissões bastante
práticas.

2.2. Facilidade com Matemática

Nós já te contamos que a principal característica do ensino STEM é a integração entre


as disciplinas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Mas, de todas as
disciplinas que compõem esse ramo, a Matemática é a que mais se mistura às demais.
Afinal de contas, pode ser que você passe por um curso de programação sem aprender
conceitos de Biologia, mas certamente vai ter aulas de cálculo.

A Matemática é usada como ferramenta em todas as grandes áreas do STEM. Em


Ciências Naturais, por exemplo, ela é base para grande parte das pesquisas. Por isso,
para fazer um curso STEM você ganha pontos se tiver alguma afinidade com a
disciplina, já que vai passar um bom tempo se dedicando aos números.

Há uma grande repercussão globalmente sobre o uso de STEM ou STEAM na escola,


esta sigla significa ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática, que pauta
questões reais em uma aprendizagem significativa. A STEM remete a um projecto de
18

educação científica motivada pela indústria espacial durante a guerra fria (BACICH;
HOLANDA, 2020), recentemente acrescentou-se a letra “A” correspondendo a artes,
especificamente não trataremos acreditando que esta área pode ser inserida na
tecnologia por meio do design.
A necessidade social actual exprimiu a urgência de uma formação diferenciada em uma
sociedade em constante transformação. Uma das concepções que se enquadram na
metodologia STEM é a pedagogia baseada por projectos, que emprega recursos
interdisciplinares aliando o colectivo de modo cooperativista a fim de resolver
problemas reais.

2.3. Carreiras STEM e Intervenção Vocacional no 1º e 2º ciclo


Tal como referimos anteriormente, a literatura vocacional tem vindo a indicar que desde
cedo há factores, quer individuais (e.g., competências interpessoais, expectativas de
auto-eficácia, e interesses), quer sistémicos (e.g., nível socioeconómico, envolvimento
da família na educação das crianças, nível de educação dos pais, aspirações familiares)
que influenciam a formulação de aspirações de carreira. Diversas teorias procuram
explicar este processo, que já desde a infância pode ter implicações no futuro escolar e
profissional do indivíduo, desde as desenvolvimentistas (e.g., Gottfredson, 2005;
Savickas, 2005; Super, 1990), às teorias da aprendizagem social e sociocognitiva (e.g.,
Lent, Brown, &Hackett, 2002), destacando a importância das interacções entre a criança
e o seu meio para o desenvolvimento de crenças e de atitudes relativas à carreira, as
quais, numa perspectiva de desenvolvimento vocacional ao longo da vida, terão
impactos evidentes na estruturação da identidade e no processo de integração social
(Hartung, Porfeli, &Vondracek, 2005). Nesta linha de pensamento, a infância surge
assim como um período crítico para o desenvolvimento das atitudes e competências
necessárias à exploração do self e da realidade ocupacional (Hartung, Porfeli,
&Vondracek, 2008; Magnuson&Starr, 2000; Savickas, 2002), razão pela qual a
intervenção vocacional, sendo intencional e sistemática, pode promover a curiosidade e
a confiança, tão necessárias ao desenvolvimento de carreira, no âmbito de experiências
de aprendizagem significativas, que favoreçam a autorregulação e a cooperação com os
outros (McMahon& Watson, 2007). Também ao nível das áreas STEM, a literatura
ressalva que intervenções nestas áreas devem ter início desde cedo na escolaridade.
Com efeito, um estudo desenvolvido por Maltese e Thai (2010) em que profissionais na
área das ciências foram questionados acerca do início do interesse pela ciência, aponta
19

que 65% dos inquiridos refere que o mesmo teve lugar ainda antes da frequência da
middleschool (correspondendo aos 6º e 8º anos de escolaridade).

É neste âmbito que aqui se estrutura uma proposta de intervenção vocacional, dirigida
aos estudantes universitária, que tem como objectivo geral Avaliar quais factores que
são preponderantes para a escolha de curso de STEM para licenciatura, recorrendo a um
conjunto de actividades experimentais.

2.3.1. Promoção de carreiras STEM junto de alunos do 2º ciclo – linhas


orientadoras para a intervenção vocacional
Ao longo do 2º ciclo do ensino média, o desempenho de determinadas tarefas, bem
como a exposição directa e vicariante a um leque diversificado de possibilidades de
carreira, leva a um aumento do contexto experiencial destas crianças. Estas experiências
relacionais e de aprendizagem, mais ou menos estruturadas, concretizam-se em diversas
crenças relativamente às capacidades necessárias em vários domínios, bem como nos
resultados que poderão resultar desse desempenho. Por seu lado, as crenças de auto-
eficácia e de resultado são conducentes à formação de interesses relativas a carreiras
relevantes e objectivos, e, ao longo do tempo, tendem a ser mais definidos e
cristalizados, apesar de nestas faixas etárias ainda serem relativamente alteráveis,
recorrendo a informação adicional acerca do self (e.g., capacidades pessoais, valores) e
das carreiras (e.g., capacidades requeridas, reforços disponíveis). Esta abordagem, ao
salientar ainda a importância do apoio facultado, por exemplo, pela família, pelos
professores e pelos pares (factores externos) e a sua influência nas expectativas de auto-
eficácia de carreira e de resultados positivos (factores internos), na transformação de
interesses de carreira em objectivos e acções (Kenny&Medvide, 2013; Metheny,
McWhirter, & O’Neil, 2008).

2.3.2. Importância da colaboração das famílias na promoção de carreiras STEM


De acordo com a literatura, são vastas as evidências de que pais e professores
influenciam a construção de significados relativamente aos papéis associados ao género
e adicionalmente, à avaliação, desempenho e mérito, que por sua vez contribuem para o
desenvolvimentos de interesses e valores vocacionais (Taveira & Nogueira, 2004). Os
resultados dos estudos empíricos evidenciam que o suporte proporcionado pelas figuras
parentais é mediado pelas expectativas de auto-eficácia e pode repercutir-se em efeitos
20

directos ou indirectos na escolha de carreira dos filhos (Ginevra, Nota, & Ferrari, 2015;
Lentetal., 2000).
Fouad (2010) destaca que muitas raparigas evitam escolher disciplinas e percursos
educativos e profissionais nas áreas STEM por razões que estão relacionadas com as
percepções de competência e expectativas de resultado construídas em torno das
mesmas e nas quais a autoconfiança instilada pelos pais e professores tem um papel
ainda mais importante do que os seus próprios interesses iniciais. Bhanot e Jovanovic
(2005) exploraram a possibilidade de os pais transferirem estereótipos de género
académicos (e.g., rapazes são melhores amatemática e as raparigas a português) num
estudo que incluía participantes do 5.º ao 8.º ano de escolaridade. O incentivo intrusivo
dos pais mediou a relação entre estereótipos de género e a percepção de competência a
matemática. Os resultados sugerem ainda que a percepção de competência a matemática
nas raparigas é influenciada negativamente pelo comportamento dos pais, evidenciando
o estereótipo de que a matemática é um domínio do género masculino. Ing (2014), num
estudo longitudinal, que teve como finalidade analisar a relação entre o comportamento
parental e a persistência em carreiras STEM, verificou que este efeito ocorria apenas
quando as práticas parentais se dirigiam à promoção da motivação intrínseca. Por sua
vez, Garriott e colaboradores (2014) recorreram à malha conceptual da TSSC para
analisar o efeito do suporte parental e das experiências de aprendizagem no
desenvolvimento de interesses em ciências e matemática, numa amostra de estudantes
do ensino secundário

2.4. Professores nos percursos e nas competências STEM


A literatura em torno das STEM salienta o papel e importância do professor na
promoção de carreiras STEM, em particular, dos professores do 1º ciclo (Cotabish,
Robinson, Dailey, &Hughes, 2013). Intervenções STEM realizadas em contexto de sala
de aula, com professores aplicando estratégias de inquiry/problem–basedscience (PBS),
revelaram a existência de ganhos estatisticamente significativos nas capacidades
relativas ao processo científico, conceitos de ciência e conhecimento relativo ao
conteúdos científicos de alunos do ensino básico e médio, evidenciando a eficácia de
programas da implementação de currículos de ciência rigorosos e diferenciados
(Cotabishetal., 2013), mas também o interesse dos alunos por profissões que antes da
intervenção nunca tinha equacionado (Archeretal., 2013). Numarevisão publicada em
21

2017, Fouad e Santana sublinham a necessidade de um maior esforçode investigação


nos determinantes sociocognitivos e contextuais das carreiras STEM, namedida em que
são inúmeras as variáveis associadas

Neste sentido, é necessário que os professores tenham conhecimento sobre como


ensinar ciência e a forma como os alunos a aprendem. Assente na TSSC, Falco (2016)
enfatizada a relevância das fontes de informação nas crenças de auto-eficácia, sugere
que estas podem ser utilizadas para orientar o desenvolvimento de intervenções
(persuasão verbal: ação de sensibilização aos professores como dirigir-se aos alunos;
modelação: utilização de modelos que normalmente não estão associados a estereótipos
de género, engenheira electromecânica; experiências vicariante, jobshadowing) que
mediante esta exposição poderá favorecer o interesse e consequentemente ter impacto
positivo no compromisso com a carreira STEM.

2.5. Psicólogo e intervenção vocacional nos domínios STEM


Os psicólogos têm um papel fundamental no desenvolvimento da carreira dos
estudantes (eficácia / impacto) e encontram-se preparados (formação específica) para
promover intervenção neste domínio, podendo adoptar para tal diversas modalidade e
estratégias. A intervenção vocacional, sendo intencional e sistemática, pode promover a
curiosidade e a confiança, tão necessárias ao desenvolvimento de carreira, no âmbito de
experiências de aprendizagem significativas, que favoreçam a auto-regulação e a
cooperação com os outros (Watson &McMahon, 2007). Essa intervenção deve dedicar
uma atenção especial ao alargamento dos interesses, gestão das barreiras, promoção do
capital social e reestruturação dos contextos educativos e de trabalho, designadamente
em grupos queapresentem vulnerabilidades na escolha, persistência, satisfação e
perceção de sucesso em percursos de carreira STEM (Amon, 2017; Ashordetal., 2016;
Mark, 2016; Su& Rounds, 2015).
Para tal, enquanto agente particularmente vocacionado para a integração dos diferentes
contributos – prática relacional (Abreu, 2003), o psicólogo deve: a) envolver-se no
desenvolvimento curricular, sobretudo em disciplinas como a Matemática e as Ciências,
apoiando os professores na promoção das oportunidades de sucesso nestes domínios
disciplinares (mastery experiencies); b) promover o contacto com a realidade
ocupacional, através de atividades estruturadas de exploração, (por exemplo, em centros
de ciência viva, entrevistando profissionais, visitando contextos de trabalho), dando
22

uma especial atenção às situações que ajudem a combater os estereótipos de género; c)


colaborar na formação dos professores, sobretudo em modalidades centradas na prática
pedagógica (ex., oficinas de formação, grupos informais de discussão e partilha de
materiais, partilha de práticas bem sucedidas), as quais encerram um maior potencial de
mudança; e d) agilizar processos de envolvimento familiar, através da promoção de
atividades conjuntas pais-filhos (ex., resolução de dilemas), uma vez que será através
das famílias que as crianças irão transferir as competências e os interesses STEM para
as atividades do dia-a-dia.

a. Definições
Em primeiro lugar, vamos conhecer as definições dos conceitos estes termos para que
nos facilitem a compreensão.

b. Orientação
Segundo LEVENFUS (2002) apud RAMOS (2019:19), orientação é uma forma de
auxiliar alguém terapeuticamente a encontrar uma direcção para a sua vida, por meio de
reconhecimento de uma identidade profissional, a partir do conhecimento do seu mundo
interno e do mundo ocupacional.

Ainda a mesma autora na mesma página, RIBEIRO e SILVA (2011) consideram


orientação como um processo de ajuda ao conhecimento da pessoa, do mundo e de tudo
o que rodeia a fim de resolver problemas e alcançar o bem-estar. Ela visa preparar o
homem para a vida futura e ajuda a adquirir uma maturidade. E para MATLOMBE
(2008) Orientação é um processo que informa e orienta a respeito das profissões do
mercado de trabalho e aplica técnica de aprendizagem sem aprofundar as questões
psíquicas do orientando.

Onde pode-se concluir que dizer “orientação” segundo as definições, é o mesmo dizer
“direcção, guia, consequentemente dizemos que, é o acto de direccionar ou guiar a
alguém naquilo que precisa saber, ou seja, ajudar o outro a encontrar o seu caminho.
(CHIBEMO, 2018).

c. Vocação
Segundo Melo-silva, Lassance e Soares (2004), apud (RAMOS, 2019), vocação
significa chamamento, predestinação, tendência, disposição, talento e aptidão.

E para Moura e Silveira (2002) apud Ramos (2019), vocação é um conceito socialmente
construído na medida em que existe um conjunto de valores e normas sociais aos quais
23

se espera que as pessoas respondam, adequando suas características e padrões de um


dado momento básico.

Portanto, a vocação de uma pessoa é socialmente determinada e implicará numa


combinação única de sua história genética, pessoal, familiar e cultura. (RAMOS, 2019)

Analisando as definições dos autores acima aludidos, verifica-se que a ideia de Melo
Silva, Lassance e Soares (2004) é restritiva, visto que eles definem a vocação de forma
isolada, isto é, apontam apenas aspectos interiores do indivíduo, ao passo que a ideia de
Moura e Silveira (2002) é mais abrangente, por associar aspectos internos e externos.

d. Profissão
De acordo com Paim (2007) apud Matsumoto etal. (2015), a profissão é uma forma de
representação do indivíduo no campo social. Tornou-se comum dizer “Fulano de Tal,
Advogado” ou “Cicrano de tal, Médico”, acrescentando a profissão ao nome próprio
como se fosse uma espécie de sobrenome ou filiação situando o indivíduo no universo
social.

Soares (2002) apud Ramos (2019:14) define "a profissão como sendo actividade ou
ocupação especializada da qual se pode tirar meios de subsistência". Gonçalves et. al.
(2018, p. 17) explica que "na linguagem corrente, profissão é entendida como exercício
habitual de uma actividade económica como meio de vida, ofício, mister, emprego e
ocupação".

No entender de Bock (2013), numa determinada profissão há aspectos a considerar para


fazer a escolha certa: o mercado de trabalho, a importância social e a remuneração da
profissão e ainda o tipo de trabalho e as habilidades necessárias ao seu desempenho.
Todos estes elementos são avaliados pelo indivíduo e em algum momento podem
contribuir para que a pessoa escolha ou não a profissão. (RAMOS, 2019).

e. A orientação vocacional
É o processo pelo qual se dá uma ajuda psicológica a um indivíduo de modo a
identificar suas aptidões, interesses e seu auto conceito, na escolha de uma ocupação, a
preparar-se para ela, ingressar e progredir positivamente Soares (2002) apud Jacinto
(2015). Considerando assim, a Orientação Vocacional como um processo, uma
trajectória, uma evolução mediante a qual tudo o que se trabalha durante a orientação
vocacional tem por finalidade levar o orientando a pôr em práticas seu protagonismo
24

quanto ao autoconhecimento e sua visão da realidade, capacitando-o a tomar decisões


reflexivas. Os orientados reflectem sobre a sua problemática e buscam caminhos para
sua elaboração. (JACINTO, 2015).

f. A Orientação Profissional
É o processo de aprendizagem de uma escolha profissional que deverá estar,
necessariamente, articulado com a família, com a escola, com a comunidade produtiva e
com os meios de informação como factores que, inter-relacionados aos aspectos
pessoais (estrutura do aparelho psíquico, habilidades, interesses, desejos e
identificações), convergem para a definição de uma identidade profissional.

CARVALHO (1993) apud Jacinto (2015), define a Orientação Profissional como

Um processo de autoconhecimento e do conhecimento do mercado e das


profissões, com objectivo de auxiliar o indivíduo na escolha de uma
profissão que responda a seus anseios. Assim reduz-se o risco de
frustrações no âmbito profissional, as quais representam gasto de tempo e
dinheiro, além de desgaste emocional.

Para Melo-Silva, Lassance e Soares (2004) apud Fontes (2016) sobre Orientação
Profissional, dizem que ”trata-se da ajuda dada a um indivíduo para fazer uma escolha
adequada ao seu progresso profissional, de acordo com as suas características em
relação com a oferta existente no mercado de trabalho”.

2.6. Factores que influenciam na escolha de curso


Escolha de um curso é importante na vida de uma pessoa por ser uma decisão que marca
o início da sua vida profissional assim sendo, nessa escolha, vários factores que lhe
induzem a optar um determinado curso.

Muito embora a necessidade pelo precoce ingresso no mercado de trabalho e outros


factores socioeconómicos externos ao controle do indivíduo reconhecidamente
restrinjam-lhe a escolha profissional, existe a liberdade de cada indivíduo em decidir
pela própria sorte e construir seu destino, alterando rumos e ajustando-se a situações em
busca da felicidade. (BOMTEMPO, 2005).

Essa escolha pode parecer simples, no entanto, quando se pensa que tal escolha pode
influenciar directamente na vida do indivíduo começa a se tornar complexa. Pinheiro e
Santos (2010) apudHeyetal (2015) destacam que ao optar por uma carreira, é preciso
25

identificar quais factores podem motivar uma pessoa. Os indivíduos procuram


basearem-se em suas próprias expectativas, informações que possam ter recebido do
meio ambiente ou mesmo recompensas.

Muitos estudos realizados sobre o tema, mostram muitos factores que influenciam na
escolha de uma pessoa a um curso sendo eles divididos em três grandes grupos
nomeante, Factores Psicológicos, Factores Sociais e Factores Económicos. (CRITES,
1974, BOMTEMPO, 2005 apud HEY etal, 2015:3).

A seguir são os conjuntos dos elementos que compõem cada factor

2.6.1. Factores Psicológicos


Heyetal (2015:3) afirmam que “os Factores Psicológicos estão ligados a características
pessoais do indivíduo e partindo do princípio inicial do livre arbítrio de cada indivíduo”.
Com a informação podemos que os elementos dos Factores Psicológicos são:

 Habilidades pessoais: o indivíduo escolhe um curso porque tem domínio ou


tirava boas notas no ensino secundário, pensando assim que possa ser fácil fazer
um curso que tenha conteúdos de acordo com as suas habilidades; e
 Gosto ou desejo (da profissão): o indivíduo escolhe a carreira profissional que
gosta sem se preocupar de o quê o como será.

2.6.2. Factores Reconhecimento Sociais


Ainda Heyetal (2015) nos dizem que “Com relação aos Factores Reconhecimento
Sociais a escolha é vista como reflexo da influência da cultura e da sociedade, factores
como classe social, oportunidades de educação, família, religião, raça e nacionalidade,
são vistos como determinantes na escolha individual”.

O adolescente realiza sua opção dentro daquilo que o meio lhe permite escolher. A
cultura e a sociedade onde vive são elementos que o conduzem na formação dos
objectivos vocacionais. A escolha ocupacional ocorre dentro de uma relação de
profissões compatíveis com a classe social a que pertencem. Os adolescentes têm
consciência do prestígio diferencial das profissões e sabem a posição de suas famílias
nesse sistema de prestígio. (BOMTEMPO etal. 2012 apud HEY etal. 2015:4).

Heyetal (2015) ainda salientam que “Estes factores limitam a escolha do indivíduo,
visto que as opções a ele oferecidas começam a ser restringidas em função destes
factores sociais, que em um primeiro momento podem ser impedimentos e podem
26

acarretar em muitas dificuldades para ele, se vier a escolher uma carreira que esteja fora
dos seus padrões sociais”.

2.6.3. Factores Rendimento Económicos


Já relacionado a Factores Rendimento Económicos no momento de escolher
determinada profissão é normal observar aspectos económicos, como o mercado de
trabalho, procura pela mão-de-obra, salários, prestígio, estabilidade e segurança, etc.
Estas perspectivas de no futuro se dar bem na carreira escolhida, ter um bom emprego,
ter um rendimento satisfatório, status, interferem no momento da escolha da profissão.
(HEY etal, 2015:4).

Em Moçambique para além de encontrar um bom emprego, a facilidade de encontrar a


mesma conta. O adolescente procura um curso que o seu profissional é mais procurado
no mercado de emprego.

Partindo neste princípio, também podemos dizer que a internet faz parte dos factores
económicos visto que tem alguns sites que influenciam na escolha de curso alegando
que têm maior acesso no mercado de emprego.

A pesquisa visa identificar os factores que elevam os estudantes da Universidade


Rovuma a escolher ocurso de licenciatura em ensino de Matemática.
27

3. CAPITULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA


Sendo no primeiro ano é que mais se ouve a falar de mudanças de curso, esta pesquisa
foi dirigida aos estudantes do primeiro ano da Universidade Rovuma.

3.1. Tipo de pesquisa


A pesquisa quanto aos objectivos é descritiva, pois, o autor quer descrever os principais
factores que influenciam aos estudantes na escolha do curso de licenciatura em ensino
de Matemática e na visão de PRODANOV e FREITAS (2013), nos dizem que na
pesquisa descritiva, o pesquisador “Procura descrever a frequência com que um facto
ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações com outros factos”.

3.2. População e Amostra

No que diz respeito ao universo populacional, entende-se de acordo com Richardson


(1989: 49), por universo ou população alvo “a totalidade de indivíduos que possuam a
mesma característica definida para um determinado assunto”.

Nessa ordem de ideia, importa-nos referir que a população alva da pesquisa foi todos
estudantes do 1° Ano da Universidade Rovuma. E foi referida como amostra 120
estudantes do 1° Ano do curso de licenciatura em cursos de STEM da Universidade
Rovuma 2022. O tipo de amostragem usada para selecção de amostras é amostragem
aleatória simples, porque foram entrevistadas aleatoriamente ou sem seguir nenhum
padrão.

3.3. Técnicas e instrumento de Colecta de Dados


Para se realizar está pesquisa foi aplicado um questionário como o instrumento de
recolha de dados. O questionário foi composto por diferentes questões fechadas de
dimensões reconhecimento social, Meta-cognição, Existência de condições objectivas,
Existência de Referente e Afinidade que possam influenciar aos estudantes na escolha de
curso de STEM.

3.4. Técnicas e instrumento de Colecta de Dados


Após a recolha de dados procedemos à análise dos mesmos com o auxílio do Excel e
SPSS (StatisticalPackage for Social Scinces, isto é, Pacote Estatístico para Ciências
Sociais) usando as técnicas seguintes:
 Análise descritiva: usaremos esta análise para caracterizar a amostra.
 Medida de confiabilidade de alfa de Cronbach: com esta medida avaliaremos
a consistência interna do modelo factorial e das respostas do questionário.
28

 Análise de componentes principais: com esta análise nos permitira extrair novas
variáveis latentes em combinação com o conjunto de variáveis que explicaram os
factores que levaram os estudantes da Universidade Rovuma escolher os seus
cursos.
 O teste de KMO (Kaiser-Mayer Olkin) que mede as magnitudes dos coeficientes de
correlação observados com os coeficientes de correlação parcial. O índice KMO varia entre
0 a 1. Se o índice tende a 1, a correlação entre as variáveis é perfeita, valores de KMO
inferiores a 0,5 o teste é inaceitável.
 O teste de esfericidade de Bartlett que mede se a análise factorial é adequada ao
problema. Em outras palavras, deve-se verificar se existe correlação suficientemente forte
para que a análise factorial possa ser aplicada. E tem como hipóteses:
 H0: a matriz de correlação é uma matriz identidade, isto é, não há correlação
suficiente entre as variáveis.
 H1: a análise é adequada, existe correlação. (VIANA s/d)
29

4. CAPITULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


4.1. Descrição de amostra
Tabela3: Sexo dos estudantes

Fonte: Organizado pelo autor

A tabela 3 ilustrada, mostras nos que, para está pesquisa foi baseada com 120 estudantes
de diferente curso de licenciatura, dos quais 92 estudantes equivale há uma proporção
de 76,7% da amostra são estudantes de sexo masculino e 28 estudantes que equivale a
uma proporção de 23,3% da amostra. Por outro lado podemos propor que no curso de
STM é mais frequentado pelos homens.

Tabela4: Curso dos estudantes em relação ao Sexo dos estudantes

Fonte: Organizado pelo autor

Na tabela 4 podemos observar os quatro (4) cursos de licenciatura e distribuição da amostra em


sexo, assim afirmamos que para a pesquisa usou se apenas quatros (4) curso pertencente ao
STM, 31 estudantes que equivale a 25,8% da amostra são de sexo masculino e 8 estudantes que
equivale a 6,7% da amostra são de sexo feminino, no total de 39 que corresponde 32,5% são
estudantes que frequentam curso de licenciatura em ensino de Matemática, 23 estudantes que
equivale a 19,2% de sexo masculino e 8 estudantes que equivale a 6,7% são de sexo feminino,
no total de 31 que corresponde 25,8% são estudantes que frequentam curso de licenciatura em
30

ensino de física, 17 estudantes que equivale a 14,2% de sexo masculino e 9 estudantes que
equivale a 7,5% de sexo feminino, no total de 26 que corresponde 21,7% são estudantes que
frequentam curso de licenciatura em Engenharia Mecânica e por último 21 estudantes que
equivale a 17,5% de sexo masculino e 3 estudantes que equivale a 2,5% de sexo feminino, no
total de 24 que corresponde 20,0% são estudantes que frequentam curso de licenciatura em
Engenharia Electrónica. Assim concluímos que a maior parte dos estudantes que participaram a
pesquisa são do curso de Matemática em seguida física, engenharia Electrónica e por último
Engenharia Mecânica.

Tabela5: Curso dos estudantes em relação ao Sexo dos estudantes

Fonte: Organizado pelo autor

Na tabela 5 podemos observar os mesmos quatro (4) cursos de licenciatura e distribuição da


amostra em relação ao grupo feito no nível médio, assim afirmamos que para a pesquisa
constatou se dois grupo feito no nível médio, 23 estudantes que equivale a 19,2% fizeram grupo
C e 16 estudantes que equivale a 13,3% fizeram grupo B, no total de 39 que corresponde 32,5%
são estudantes que frequentam curso de licenciatura em ensino de Matemática, 18 estudantes
que equivale a 15,0% fizeram grupo B e 13 estudantes que equivale a 10,8% fizeram grupo C,
no total de 31 que corresponde 25,8% são estudantes que frequentam curso de licenciatura em
ensino de física,15 estudantes que equivale a 12,5% fizeram grupo B e 11 estudantes que
equivale a 9,2% fizeram grupo C, no total de 26 que corresponde 21,7% são estudantes que
frequentam curso de licenciatura em Engenharia Mecânica e por último 10 estudantes que
equivale a 8,3% fizeram grupo B e 14 estudantes que equivale a 11,7% fizeram grupo C, no
total de 24 que corresponde 20,0% são estudantes que frequentam curso de licenciatura em
Engenharia Electrónica. Assim concluímos que a maior parte dos estudantes que participaram a
pesquisa fizeram grupo B.
31

Tabela6: Testes de adequabilidade de KMO e esfericidade de Bartlett

Fonte: Organizado pelo autor

Considerando os resultados da tabela 6 verifica-se que os dados são adequados para o


uso da análise factorial pelo facto de teste de KMO dar 0.826 , um valor aceitável e o
2
teste de Bartlett ( χ (300) =362.944 , Sig .=0.001< 0.05), um resultado que nos permite
concluir que há correlação entre as variáveis, ou seja, a matriz das correlações não é
identidade.

4.2. Teste de adequação do modelo factorial

Tabela7: Estatística de confiabilidade

Para testar a adequação do modelo usamos a medida de alfa de Cronbach que mede a
consistência interna das respostas, medindo os factores individuais, em comum e o
questionário. Como alfa de Cronbach é 0,873. Os dados são adequados para extracção
das dimensões, para representar as nossas variável.

Tabela8: Variância total explicada pela cada componente


32

Fonte: Organizado pelo autor

A tabela 8 nos mostra que para o nosso estudo determinou-se 5 componentes principais,
com uma variabilidade total explicada de 55.88 %, indicando que o modelo com estas
componentes consegue explicar 55.88 % dos dadosobtidos a partir do questionário.

4.3. Interpretação de factores


Consideramos as variáveis com uma carga factorial maior que 0.430 (em valor
absoluto) em cada componente principal.

Primeiro: Dimensão Reconhecimento Social

O reconhecimento social é a primeira dimensão mais reconhecida com os estudantes,


está dimensão justifica que a aderência dos estudantes nos cursos de STEM é por
reconhecimento social dos cursos que lá contém, isto é, os cursos de STEM tem
facilidade de entrar ou empregar-se ou outras utilidades não mencionadas e por
motivação social os estudantes aderem os cursos.

Segundo: Dimensão Meta-cognição

Meta-cognição foi a segunda dimensão mas escolhida, cientificamente está palavra tem
como o prefixo meta que significa sobre si mesmo. Dessa forma a mete-cognição é
reflexão sobre o próprio pensamento. Para está dimensão justifica que alguns estudantes
escolhem o seu curso por sua livre vontade ou porque percebem as cadeiras relacionado
á curso. Também a meta-cognição é a capacidade de ser humano de monitorar e auto-
regular os processos cognitivos

Terceiro: Dimensão Existência de condições objectivas

Existência de condições objectivas é a terceira dimensão, já a condição de possibilidade


é o requisito maior que submete a relação processual a existência ou validez. Está
dimensão justifica que os estudantes aderem os cursos de STEM porque vinham sempre
sonhando e cujo para realizar o tal sonho deve fazer um dos cursos de STEM.

Quarto: Dimensão Existência de Referente

A existência de referente é a quarta dimensão classificada nesta pesquisa, e ela justifica


que os estudantes aderem os cursos de STEM porque tem alguém sucedido que fez este
curso do STEM, razão pelo qual eles também precisam do sucesso, ou também pode ser
por intervenção dos amigos, colegas até professores do ensino secundário.
33

Quinto: Dimensão Afinidade

A afinidade é a quinta e ultima dimensão classificada, a dimensão justifica que os


estudantes aderem curso de STEM porque não tem mais opção, eles entram por
afinidade, talvez porque tentaram outros cursos e não conseguem admitir por causas das
condições estabelecidas, olha os cursos de STEM como as últimas alternativas para
licenciar.

Em seguida são apresentados os gráficos e escala de cada dimensão detalhada.

Grafico1: Factor Reconhecimento Social

70.00%
62.50%
60.00%

50.00%

40.00%

30.00% 25.83%

20.00%

10.00%
10.00%
0.83% 0.83%
0.00%
Discordo Discordo Não tenho opinião Concordo Concordo
completamente completamente

Fonte: Organizado pelo autor

Como tínhamos mostrado anteriormente que o primeira dimensão que designamos


dimensão reconhecimento social, foi composta por nove variáveis na sua extracção, de
acordo com as opinião dos estudantes de diferente curso pertencente a STEM, 62,50%
dos estudantes concordam que este foi um dos factor para aderir o seu curso, 0,83%
também concordam completamente, e 25,83% dos estudantes afirmam que este não éum
dos factor que os levaram a aderir o seu curso 0,83% também discordam completamente
com o factor, apenas 10% dos estudantes não conseguiram dar as suas opiniões em
relação a este factor.
Concluindo podemos afirmar que o reconhecimento social é a primeira dimensão mais
reconhecida e que os levou para aderir curso de STEM.
34

4.3.1. Escala: Primeira dimensão

O valor de alfa de Cronbach mostrado na tabela (0,873) mede a consistência interna das
respostas, de todas as variáveis associada a este factor. Como alfa de Cronbach é 0,873
maior que 0,7 as informações que provem desta dimensão são confiáveis, isto é, é
confiável dizer que um dos factores que levou os estudantes a escolher um curso de
STEM é por reconhecimento social do curso de STEM.

Grafico2: Dimensão Meta-cognição


60.00%

50.83%
50.00%

40.00%

30.00%
25.83%
21.67%
20.00%

10.00%

1.67%
0.00%
0.00%
Discordo Discordo Não tenho opinião Concordo Concordo
completamente completamente

Fonte: Organizado pelo autor

A segunda dimensão que designamos dimensão meta-cognição, foi composta por cinco
variáveis na sua extracção, de acordo com as opinião dos estudantes de diferente curso
pertencente a STEM, a maioria deles 50,83% alegam que estão sem opinião se de facto
a meta-cognição foi uma das dimensão que os levou na sua escolha do curso mas
25,83% dos estudantes concordam que este foi um dos factor para aderir o seu curso e
não existe ninguém que concordam completamente, e 21,67% dos estudantes afirmam
que este não é um dos factor que os levaram a aderir o seu curso 1,67% também
discordam completamente com o factor.
35

Assim podemos afirmar que a meta-cognição não é uma das dimensões principais que
os levou para aderir curso de STEM.

4.3.2. Escala: Segunda dimensão

Para certificar a informação que concluímos na dimensão meta-cognição usamos a


medida de alfa de Cronbach que para medir a consistência interna da dimensão meta-
cognição. Como alfa de Cronbach é 0,608 e está no limite mínimo de aceitação ou
máximo de rejeição, assim concluímos que a informação concluída na dimensão (meta-
cognição não é uma das dimensões principais que os levou para aderir curso de STEM)
pode não ser real com o que aconteceu na população, ou afirmamos este componente
com mínima certeza.

Grafico3: Dimensão Existência de condições objectivas

35.00%

30.00%
30.00%
27.50%

25.00%

20.00%
17.50% 16.67%
15.00%

10.00% 8.33%

5.00%

0.00%
Discordo Discordo Não tenho opinião Concordo Concordo
completamente completamente

Fonte: Organizado pelo autor


36

A Terceira dimensão que designamos dimensão de existência de condições objectivas,


foi composta por três variáveis na sua extracção, de acordo com as opinião dos
estudantes de diferente curso pertencente a STEM, a maioria deles 30,00% alegam que
discordam completamente que a existência de condições objectivas foi um dos factores
que os levou na sua escolha do curso também27,50% dos estudantes Discordam que
este foi um dos factor para aderir o seu curso contra 8,33% que concordam
completamente 16,67% que apenas concordam, e 17,5% dos estudantes não tem opinião
se é ou não um dos factores que os levaram a aderir o seu curso de STEM. Concluindo
podemos afirmar que 57,50% dos estudantes rejeitam que este factor é um dos factores
para a escolha do seu curso de STEM.

4.3.3. Escala: Terceira dimensão

O valor de alfa de Cronbach mostrado na tabela mede a consistência interna das


respostas, de todas as variáveis associada a esta dimensão. Como alfa de Cronbach é
0,865 maior que 0,7 ainformação concluída neste factor é confiáveis, isto é, é confiável
dizer que a existência de condições objectiva não é um dos factores que levou os
estudantes a escolher um curso de STEM.

Grafico4: Dimensão Existência de Referente


37

40.00%
36.67%
35.00% 33.33%

30.00%

25.00%
21.67%
20.00%

15.00%

10.00%
5.83%
5.00%
2.50%

0.00%
Discordo Discordo Não tenho opinião Concordo Concordo
completamente completamente

Fonte: Organizado pelo autor

Como tínhamos mostrado no princípio que a quarta dimensão que designamos por
Existência de referente, foi composta por três variáveis na sua extracção, de acordo com
as opinião dos estudantes de diferente curso pertencente a STEM, 21,67% dos
estudantes concordam que este foi um dos factor para aderir o seu curso, 36,67%
também concordam completamente, e 33,33% dos estudantes afirmam que este não é
um dos factor que os levaram a aderir o seu curso 5,83% também discordam
completamente com o factor, apenas 2,50% dos estudantes não conseguiram dar as suas
opiniões em relação a este factor.
Concluindo podemos afirmar que a existência de um referente é um dos factores que
contribuiu para a escolha de um curso de STEM.
4.3.4. Escala: Quarta dimensão

Para certificar a informação que concluímos na dimensão existência de referente


usamos a medida de alfa de Cronbach que para medir a consistência interna do. Como
alfa de Cronbach é 0,840 e está acima do limite mínimo de aceitação, assim concluímos
que a informação concluída no factor (a existência de referente é um dos factores que
38

contribuiu para a escolha de um curso de STEM) pode ser real com o que aconteceu na
população, ou afirmamos a existência deste componente com máxima certeza.

Grafico5: Dimensão Afinidade

45.00%
40.83%
40.00%

35.00%

30.00%
25.83%
25.00%

20.00% 19.17%

15.00%
10.83%
10.00%

5.00% 3.33%

0.00%
Discordo Discordo Não tenho opinião Concordo Concordo
completamente completamente

Fonte: Organizado pelo autor


A quinta e última dimensão que designamos dimensão afinidade, foi composta por três
variáveis também, de acordo com as opinião dos estudantes de diferente curso
pertencente a STEM, a maioria deles 40,83% alegam que estão sem opinião se de facto
a afinidade foi um dos factores que os levou na sua escolha do curso mas 25,83% dos
estudantes concordam que este foi um dos factor para aderir o seu curso, 10,83% que
concordam completamente, e 19,17% dos estudantes discordam que este é um dos
factor que os levaram a aderir o seu curso 3,33% também discordam completamente
com o factor.
Assim podemos afirmar que afinidade não é um dos factores principais que os levou
para aderir curso de STEM.

4.3.5. Escala: Quinta dimensão

Para certificar a informação que concluímos na dimensão afinidade, usamos a medida


de alfa de Cronbach que para medir a consistência interna do factor. Como alfa de
39

Cronbach é 0,540 e está abaixo do limite mínimo de aceitação, assim concluímos que a
informação concluída no factor pode não ser real com o que aconteceu na população, ou
afirmamos este componente com mínima certeza.
40

4.4. Conclusão

O presente artigo buscou apresentar e discutir os factores relevantes para a escolha de


curso de licenciatura em uma das cadeira de STEM. Conforme discutido, os principais
fenômenos que geram a pouca participação das raparigas ou mulheres em carreiras
relacionadas à STEM são o teto de vidro, o efeito tesoura e o leaky pipeline, uma vez
que contribuem para a segregação vertical e explicitam a evasão das mulheres ao longo
da construção de suas carreiras, sendo tal evasão especialmente crítica no caso das áreas
de STEM.

Visando enfrentar as estatísticas e contribuir para a identificação de variáveis que


permitam o aumento e permanência de estudante em STEM, são propostas ações desde
a educação fundamental, passando pela graduação e atingindo a entrada no mercado e o
desenvolvimento da carreira, contando com possibilidades referentes tanto ao contexto
quanto a questões internas os novados.

O trabalho realizado pode contribuir para o desenvolvimento de ações e intervenções,


oportunidades para reconhecer e localizar seus pontos fortes, ajudando-as a lidar com as
barreiras encontradas no avanço em suas carreiras nas áreas de STEM. Adicionalmente,
este artigo contribui para avanços do desenvolvimento de carreira dos estudantes em
STEM.

Contudo, o artigo em questão apresenta limitação quanto a estudos e programas


nacionais já aplicados, uma vez que estes necessitam de orientações mais estruturadas
sobre a maneira que ocorreram, assim como a dificuldade de propor soluções que não
envolvam reflexões acerca da sociedade patriarcal, necessárias a qualquer mudança.
Dessa forma, pesquisas futuras podem explorar as ações, programas e workshops que já
foram desenvolvidos e aplicados, a fim de que se apresentem soluções práticas que
contribuam para o avanço dos estudantes nas carreiras em STEM e diminuição das
estatísticas atualmente desfavoráveis.
41

4.5. Referência
1. Abreu, M.V. (2003). Principais marcos e linhas de evolução da orientação
escolar e profissional em Portugal, In S.N. Jesus (Coord.), Psicologia em
Portugal (pp. 117-180). Coimbra, Quarteto

2. AMON, M. (2017). Looking through the Glass Ceiling: A Qualitative Study of


STEM Women’s Career Narratives. FrontiersinPsychology, 8, 1-10.
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Apêndice/Anexo
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