O documento discute as vicissitudes das relações jurídicas, que são os fenômenos que podem ocorrer na vida das relações jurídicas. Estas incluem a constituição, modificação, aquisição, transmissão e extinção de direitos. A aquisição pode ser originária, quando um novo direito surge, ou derivada, quando um direito depende de um direito anterior. A modificação envolve alterações nos sujeitos ou objetos de um direito, enquanto a extinção resulta na perda ou desaparecimento de um direito
O documento discute as vicissitudes das relações jurídicas, que são os fenômenos que podem ocorrer na vida das relações jurídicas. Estas incluem a constituição, modificação, aquisição, transmissão e extinção de direitos. A aquisição pode ser originária, quando um novo direito surge, ou derivada, quando um direito depende de um direito anterior. A modificação envolve alterações nos sujeitos ou objetos de um direito, enquanto a extinção resulta na perda ou desaparecimento de um direito
O documento discute as vicissitudes das relações jurídicas, que são os fenômenos que podem ocorrer na vida das relações jurídicas. Estas incluem a constituição, modificação, aquisição, transmissão e extinção de direitos. A aquisição pode ser originária, quando um novo direito surge, ou derivada, quando um direito depende de um direito anterior. A modificação envolve alterações nos sujeitos ou objetos de um direito, enquanto a extinção resulta na perda ou desaparecimento de um direito
O documento discute as vicissitudes das relações jurídicas, que são os fenômenos que podem ocorrer na vida das relações jurídicas. Estas incluem a constituição, modificação, aquisição, transmissão e extinção de direitos. A aquisição pode ser originária, quando um novo direito surge, ou derivada, quando um direito depende de um direito anterior. A modificação envolve alterações nos sujeitos ou objetos de um direito, enquanto a extinção resulta na perda ou desaparecimento de um direito
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Tema: As vicissitudes das relações jurídicas.
-----------(Teoria Geral do Direito Civil)------------
. 1 - O que entendes por vicissitudes das relações jurídicas? R: De acordo com o exposto na obra do Dr Carlos Alberto B. Burity da Silva (TGDC, pág 407), Corresponde ao conjunto de fenômenos que podem ocorrer na vida das relações jurídicas. . 2 - Quais são as características das vicissitudes das relações jurídicas? R: A matéria em causa é caracterizada por uma diversidade de opiniões doutrinárias: . _ Para Oliveira Ascensão as vicissitudes das situações jurídicas frequentemente referidas são: a) - A Constituição; b) - A modificação; c) - A transmissão e; d) - A extinção. . _ Para Carvalho Fernandes, distinguem-se vicissitudes, num plano objectivo sendo estas caracterizadas pela: a) - Constituição; b) - Aquisição; c) - Modificação; d) - Extinção e; e) - A perda. . _ Para Manuel de Andrade, Mota Pinto, Orlando de Carvalho corroborando da mesma ideia apresentam três características das vicissitudes das relações jurídicas que são: . a) - A constituição (este primeiro é pouco relevante na nossa realidade angolana); . b) - A aquisição e; . c) - A aquisição. . 3 - O que difere a constituição da aquisição? R: A diferença entre constituição e aquisição é que, aquisição de direitos é a ligação de um direito a uma pessoa. É, pois, o fenômeno pelo qual uma pessoa se torna titular de um direito. Assim, um direito é adquirido por uma pessoa quando esta se torna titular dele, e a constituição de um direito é o seu surgimento, é a criação de um direito que não existia anteriormente. . 4 - Quais são modalidades da aquisição de direito? R: A aquisição de direitos apresentam dois fundamentais tipos que são: a) - A aquisição originária; b) - A aquisição derivada. . 5 - O que é aquisição originária? R: A aquisição originária é aquela em que surge um direito novo que não depende jurídico-geneticamente de um direito anterior: não depende senão do facto aquisitivo, do facto jurídico que o fez nascer. Ex: A ocupação de coisas imóveis (artigos 1.1318. e ss), a usucapião (artigos 1.287. e ss), a aquisição de direitos de autor pela criação literária, artística ou científica, etc. . 6 - O que é aquisição derivada? R: Na visão de ORLANDO DE CARVALHO a aquisição derivada é aquela em que o direito que se adquire, seja novo ou não, depende jurídico geneticamente de um direito anterior. Ex: aquisição do direito de propriedade, ou de outro direito real, por força de um contrato (venda, doação, troca, dação em pagamento, etc.), a aquisição de um crédito ou de uma relação contratual por cessão; aquisição de direitos por sucessão "mortis-causas" . 7 – Quais são as modalidades da aquisição derivada? R: Dentro da aquisição derivada é comum distinguirmos tradicionalmente três modalidades: . Aquisição derivada translativa. Nesta modalidade o direito adquirido é o mesmo direito que já pertencia ao anterior titular. A relação jurídica transita de uma esfera jurídica para outra, tal como existia na anterior. Ex: A cessão de créditos (artigos 577. ˚ e ss.) ou a aquisição da propriedade da coisa ou da titularidade do direito de propriedade de compra e venda (artigo 879. ˚, al. a) . Aquisição derivada constitutiva. Trata-se aqui de um direito existente na titularidade de certo indivíduo onde se destacam alguns poderes com os quais se constitui um novo direito, de imediato atribuído a outra pessoa. Forma-se à custa dele, limitando-o ou comprimindo-o. Mas não preexiste como entidade autônoma e específica na esfera jurídica dessa pessoa. Ex: o proprietário dum prédio constituir (por venda, etc) uma servidão (artigos 1543. ˚ e ss.) a favor de outrem. Podem ainda extrair-se exemplos do usufruto (artigo 1439. ˚), do direito de superfície (artigo 1524. ˚), etc. . Aquisição derivada restitutiva. Tem-se aqui em vista a hipótese de o titular de um direito real limitado (servidão, etc) se demitir dele, unilateral ou contratualmente (a tituo gratuíto ou a titulo oneroso), recuperando assim ipso facto o proprietário a plenitude dos seus poderes, em virtude da conhecida elasticidade ou força expansiva do direito de propriedade. Ex: se se extinguir o direito de usufruto constituído por A a favor de B, o direito de propriedade de A, por efeito da natureza expansiva dos direitos reais, readquirirá a sua plenitude. . 8 – Haverá alguma diferença entre aquisição derivada e sucessão? R: É salutar dizer que há sim uma diferença entre aquisição derivada e sucessão. Aquisição consiste apenas, portanto, com direitos sem contudo submeter-se à dívidas ou obrigações do titular anterior. Sucessão, é o subingresso de uma pessoa na titularidade de todas as relações jurídicas de outrem. Em rigor coincide portanto com a aquisição derivada translativa, pois só nesta modalidade é que o direito adquirido é o mesmo do autor. Em outra palavras, na sucessão ao contrário da aquisição, referem-se igualmente às dívidas contraídas pelo titular anterior e não só os direitos. . 9 – Porquê é importante distinguir a aquisição derivada da aquisição originária? R: É de suma importância distinguirmos a aquisição derivada da aquisição originária por causa da regra “nemo Plus juris in alium transferre potest quam ipse habet”: . Aquisição Originária. Nesta modalidade a extensão do direito adquirido depende apenas do facto ou título aquisitivo. Neste sentido diz-se, quanto à usucapião, “tantum possessum quantum praescriptum”. . Aquisição Derivada. Na aquisição derivada a extensão do direito do adquirente depende do conteúdo do facto aquisitivo, mas não depende ainda da amplitude do direito do transmitente, não podendo em regra geral ser maior que a deste direito “Nemo Plus juris in alium transferre potest quam ipse habet” ninguém pode transferir mais direitos do que aqueles que possui. Ex: um comprador só adquire direitos sobre a coisa se o vendedor tinha esses direitos. Se ele não os possuia, não os pode transmitir. . 10 – Quais são as condições para que a transmição de direitos de um titular a outro seja válida? R: As condições apresentadas para que a transmissão de direitos de um determinado titular passe para outro são: a) – Instituto do registo. O registo não é, portanto, meio de aquisição de direitos, sendo o acto plenamente eficaz “inter partes”, seus herdeiros ou representantes, mesmo na falta de registo. A consequência da falta de registo é a ineficácia do acto em relação a terceiros (artigos 4.˚ e 5.˚ do Código de Registo Predial) Ex: vide Teoria Geral do Direito Civil, página 417. . b) – Inoponibilidade da simulação a terceiros de boa-fé. A par do instituto do registo, viu-se desde cedo necessidade de proteger a terceiros de boa-fé contra a declaração de nulidade em virtude de simulação dado o carácter retroactivo que toda a invalidação do negócio jurídico implica (artigo 289.˚ do Código Civil). Sendo a simulação uma divergência intencional entre o que se quer (a vontade) e o que se diz (a declaração), decorrente de um acordo (acordo simulatório) entre declarante e declaratário com intuíto de enganar terceiros (artigo 240.˚ Código Civil), os que acreditam na declaração mentirosa (na validade do acto simulado) e adquirem direitos com base nela, precisam de uma especial atenção quando a simulação seja arguida e o negócio simulado se declare nulo. Os negócios simulados são nulos e, como tal não produzem quaisquer efeitos. . c) – Inoponibilidade das nulidades e anulabilidades a terceiro de boa-fe. Com base na lição de outros sistemas jurídicos, em razões de bom senso e na lógica da lei nestas excepções ao princípio “ nemo plus iuris...” só se visam proteger as pessoas que por força da invalidade, vêem o seu direito em risco porque o seu causante ou autor, em virtude dela, careceria de legitimidade para transmitir ou constituir. Se na sua própria aquisição há outra causa de invalidade além dessa (causa directa), o terceiro já não merece tutela. . 11 – O que entendes por modificação do direito? R: Modificação do direito é a alteração ou mudança de um elemento de um direito, permanecendo a identidade do referido direito, apesar da vicissitude ocorrida. . 12 – Como pode ser a modificação do direito? R: A modificação do direito pode ser: . Modificação subjectiva das relações jurídicas. Resulta de uma multiplicação dos sujeitos por adjunção. Ex: um novo devedor assume a obrigação para com o credor, permanecendo o devedor vinculado (assunção cumulativa, co-assunção de dívida ou adesão à dívida). . Modificação objectiva das relaçoes jurídicas. Se muda o conteúdo ou objecto do direito, permanecendo este idêntico. a) – muda-se o conteúdo se, por exemplo, é concedida pelo credor ao devedor uma prorrogação do prazo para o cumprimento. . b) – muda-se o objecto, se, por exemplo, não cumprindo o devedor culposamente a obrigação, o seu dever de prestar é substituído por um dever de indemnizar. . 13 – O que é extinção de direito? R: Traduz-se quando um direito deixa de existir na esfera jurídica de uma pessoa. Quebra-se uma relação de pertinência entre um direito e a pessoa do seu titular. E esta pode ser: Extinção Subjectiva ou perda de direito. Verifica-se sempre que tem lugar uma sucessão na titularidade do direito e este extinguiu-se para o seu autor ou transmitente (causante). . Extinção objectiva. Sucede na eventualidade de o direito desaparecer, deixando de existir para o seu titular ou para qualquer outra pessoa. A extinção também pode ser: Extinção por prescrição – Sucede quando o titular de um direito não o exerce durante certo tempo fixado na lei. Extinção por caducidade – Desaparecimento de efeitos jurídicos em consequência de um facto jurídico stricto sensu, sem necessidade, pois, de qualquer manifestação da vontade tendente a esse resultado