Roma Antiga

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ROMA ANTIGA

Prof. João Rocha


LINHA DO TEMPO

753 a.C. 509 a.C. 27 a.C. 476 d.C.

MONARQUIA REPÚBLICA IMPÉRIO


* Fundação de * Predomínio do Senado * Auge da dominação romana
Roma
* Guerras Púnicas * Pax Romana
* Domínio Etrusco
* Expansionismo militar * Problemas fronteiriços com
* Conflitos “bárbaros”
plebeus-patrícios * Roma como superpotência
* Divisão do Império
* Formação das * Revoltas de escravos
estruturas sociais e * Queda de Roma
políticas romanas

a.C. d.C.
FORMAÇÃO

A Península Itálica foi ocupada por diversos povos, a


partir do século XI a.C. A mistura destes povos levou à
configuração étnica e cultural de Roma.
POVO LOCAL CONTRIBUIÇÕES
PRINCIPAIS
Etruscos Norte da Península Militarismo
Itálica Urbanização

Italiotas (latinos, Região central da Idioma


sabinos, etc.) Península Itálica
Gregos Sul da Península Arquitetura
Itálica (Magna Religião
Graecia) Sistema político
• Roma foi fundada em 753 a.C., a partir da união de
diferentes aldeias agropastoris, motivada pela
invasão etrusca da região.

Mito de Rômulo e Remo –


explicação tradicional sobre a
origem do povo romano

• Os etruscos centralizaram o governo, ampliaram a


população e promoveram obras importantes, como
drenagem de pântanos, construção de pontes e da
primeira muralha da cidade.
A MONARQUIA (753-509 a.C.)
A MONARQUIA (753-509 a.C.)
• Rei compartilhava o poder com o Senado e uma
Assembleia.
– O Senado (do latim senex, “velho”) era composto por patrícios
com mais de 45 anos. Com o passar do tempo, se tornou a
principal instituição romana.
– A Assembleia era um conselho militar formado por jovens
líderes guerreiros, que decidiam sobre a guerra ou paz.

• Disputas de poder contínuas entre etruscos e os


povos locais.

• Reis passam a conceder benefícios à população


comum à revelia do Senado, concentrando poder em
suas mãos.
Representação do
Senado romano em
funcionamento
ESTRUTURA SOCIAL ROMANA
Patrícios – Elite, composta
por grandes proprietários
rurais.

Plebeus – Maioria da
população romana,
composta de camponeses,
artesãos e comerciantes
livres

Clientes – Indivíduos livres,


às vezes estrangeiros, que
prestavam serviços diretos
aos Patrícios em troca de
benefícios

Escravos – Oriundos de
guerras, ou cativos por
dívidas
• Temendo perder importância, os patrícios romanos
depuseram o último rei romano, Tarquínio, e
implantaram um novo sistema de governo, inspirado
no modelo grego – a República.

• O Senado assume o comando político, e se torna o


principal órgão romano.

RES PVBLICAE: “coisa pública”,


administração coletiva e
transparente
Senatvs Popvlvsqve Romanvs
“Senado e o Povo Romano”
A REPÚBLICA (509 A 27 a.C.)
A REPÚBLICA (509 a 27 a.C.)

• A república manteve os privilégios da elite,


porém reorganizou o sistema político.

• O resultado foi uma intensificação dos conflitos


sociais, com a plebe e os escravos pressionando o
patriciado por reformas e melhores condições de
vida.

• Plebeus recusavam-se a trabalhar nos campos, a


servir o exército, e ameaçaram fundar uma
cidade própria caso as negociações não
avançassem.
CONSULADO: Dois cônsules eleitos pelos magistrados para mandatos de
apenas um ano.
Um dos cônsules cuidava da administração pública, e outro do exército.

SENADO: Expandido para


300 membros. Tomava as
decisões finais sobre guerra,
impostos e leis.

MAGISTRATURAS
ASSEMBLEIAS
• Pretores: Justiça
• Censores: Estatística e • Assembleia das tribos
presidência do Senado • Assembleia da plebe
• Edis: Organização • Assembleia centuriata
urbana
• Questor: Coleta de
impostos
AS CONQUISTAS DA PLEBE

• Após muitas lutas, recusando-se a trabalhar e a lutar


nas guerras, os plebeus foram conquistando uma série
de direitos:
– O fim da escravidão por dívidas
– A permissão do casamento entre plebeus e patrícios
– A criação de uma magistratura para a plebe – o Tribuno da
Plebe, que poderia vetar decisões do Senado consideradas
ruins para os plebeus
– O acesso dos plebeus ao cargo de sacerdotes
– A obrigatoriedade da escolha de um Cônsul plebeu
– O primeiro código escrito de leis romanas, em 450 a.C. – a
Lei das Doze Tábuas -, que garantia igualdade jurídica a
todos os homens livres (teoricamente).
CONSULADO
Cônsul Patrício e Cônsul Plebeu

SENADO: Expandido para


300 membros. Tomava as
decisões finais sobre guerra,
impostos e leis.
Acesso dos plebeus

MAGISTRATURAS ASSEMBLEIAS
• Pretores: Justiça • Assembleia das tribos
• Censores: Estatística e • Assembleia da plebe
presidência do Senado ganha maior
• Edis: Organização importância
urbana • Assembleia centuriata
• Questor: Coleta de
impostos
• Tribuno da Plebe
Cópia da Lei das Doze
Tábuas, em placas de
bronze
AS GUERRAS PÚNICAS (264 a 146 a.C.)

• Três guerras entre Roma, uma potência em


ascensão, e Cartago, que dominava o comércio
no Mediterâneo.
– 1ª Guerra Púnica: Vitória romana. Roma anexa as ilhas
da Córsega, Sardenha e Sicília.
– 2ª Guerra Púnica: O general cartaginês Aníbal tenta
atacar Roma pelo norte, cruzando os Alpes. Nova
vitória romana. Roma anexa o território cartaginês na
Península Ibérica.
– 3ª Guerra Púnica: Roma destrói Cartago e vende sua
população como escravos.
Tropas de Aníbal
marcham pelos Alpes
para atacar Roma
Representação da cidade
de Cartago. Note as
muralhas que protegem a
cidade, e seu enorme
porto circular fortificado.
CONSEQUÊNCIAS DAS GUERRAS PÚNICAS
- Destruição de Cartago
- Roma se transforma na principal potência
do Mediterrâneo
- Início do expansionismo militar romano.
Em poucos séculos, Roma iria conquistar a
Grécia, o Egito, a Síria e quase todo o entorno
do Mediterrâneo.
- Economia romana deixa de ser apenas
agropastoril e passa a ter um enfoque comercial.
O EXPANSIONISMO ROMANO

• A entrada de novas
riquezas e a
profissionalização do
exército romano levaram
à conquista de muitos
territórios.

• Roma dominou grande


parte da Europa e do
entorno do
Mediterrâneo, ainda
durante a República.
Mapa da evolução territorial romana desde o
início da República. Os números mostram as
datas (valores negativos estão antes de
Cristo)
• A conquista de novos territórios transformou
Roma em diversos aspectos.
– A economia romana, antes agrícola e pastoril passou a
ser essencialmente comercial.
– Os comandantes militares, responsáveis pelas
conquistas romanas, adquiriram cada vez mais poder.
Eles eram responsáveis por distribuir parte das terras
e riquezas entre seus soldados e, por isso, recebiam
grande obediência.
– Muitos plebeus enriqueceram com o expansionismo,
passando a fornecer produtos (alimentos, armas) e
serviços (construção de estradas e pontes) ao Estado
romano. Tornaram-se u grupo social cada vez ais
importante: a nobreza.
• Os romanos apelidaram o Mediterrâneo de mare
nostrvm (“nosso mar”), demonstrando seu poder.

• Roma viveu um crescimento acelerado no número de


escravos, capturados em suas guerras de conquista.

• Com escravos desempenhando grande parte das


atividades econômicas, sobrou pouco espaço para a
maioria dos integrantes da plebe. Muitos plebeus se
viram obrigados a abandonar o campo e partir para a
cidade em busca de sobrevivência Êxodo rural
LUTAS INTERNAS

• Com a desigualdade social aumentando e o


desemprego, especialmente no campo, surgiram
propostas de reforma agrária – ou seja, de uma
redistribuição das terras de Roma.

• Os maiores defensores dessa ideia foram os


irmãos Tibério e Caio Graco. Eleitos tribunos da
plebe, propuseram a reforma e a distribuição de
alimentos aos romanos pobres. Sofreram forte
oposição do patriciado, e acabaram mortos –
Tibério assassinado e Caio forçado a se suicidar.
Representação dos irmãos Tibério e Caio
Graco. Note que eles seguram um papel, que
simboliza suas propostas – interrompidas
pela morte violenta que sofreram.
• Ocorreram, também,
diversas revoltas de
escravos em Roma. Eles
lutavam por melhores
condições de vida ou por
sua liberdade.
• A maior rebelião foi
liderada pelo escravo
Espártaco, que chegou a
formar um exército de 60
mil homens, mas acabou
derrotado e morto pelas
tropas romanas. Representação de Espártaco, líder da mais
famosa rebelião de escravos sofrida por
Roma
• O exército se fortaleceu pelas conquistas
externas e o combate às revoltas internas.
Três generais – Crasso, Pompeu e Júlio César, o
chamado Triunvirato – passaram a governar
Roma em conjunto, se tornando mais
poderosos que o Senado.

• Júlio César derrotou os outros dois e


concentrou o poder em suas mãos, tornando-
se ditador vitalício de Roma. Tendo perdido
poder, o Senado conspirou para que César
fosse assassinado.
Representação do assassinato de Júlio César,
que aparece caído no chão em roupas
coloridas, sendo atacado pelos conspiradores
no Senado romano
• Com a morte de César, um novo triunvirato foi
formado – incluindo seu filho adotivo, Marco
Antônio.
• Após uma sangrenta guerra civil, Marco
Antônio assume todo o poder e é proclamado
Imperador de Roma. Assim, o Senado perde
importância, e se encerra a fase republicana
da História de Roma. Tem início o Império.
Vitória romana
Guerras Púnicas
Roma se torna a maior potência do
Mediterrâneo

Início do expansionismo romano

Economia se torna comercial


Instabilidade política
Número de escravos aumenta
vertiginosamente Desemprego; Concentração de terras
e riquezas
Ascensão social de determinados
plebeus e comandantes militares Rebeliões de escravos (Espártaco)

Chegada de militares ao poder


- Triunvirato
- Júlio César
IMPÉRIO - Marco Antônio
O IMPÉRIO (27 a.C. a 476 d.C.)

Baixo Império (Séculos I a.C. a III d.C.)


Alto Império (Séculos III a V d.C.)
O ALTO IMPÉRIO (SÉCULOS I a.C. a III d.C.)

• Período de máxima extensão territorial. Roma


dominava quase toda a Europa, o norte da
África e partes do Oriente Médio.

• Construção ou crescimento de cidades por


todo o Império (ou seja, urbanização),
contando com sistemas de abastecimento de
água, esgotos, termas e ricos prédios públicos.
• Política de “pão e
circo”: nobreza realizava
festivais, concedia
feriados e distribuía
alimentos para manter
a população calma e
obediente.

• Pax Romana (“Paz


Romana”): Período de
tranquilidade, com o
fim das guerras internas Durante os festivais promovidos pela elite
para o povo, uma das principais atrações
e a desaceleração dos eram os combates de gladiadores. Aqui,
conflitos externos. vemos um cartaz convidando o público para
o espetáculo violento.
O BAIXO IMPÉRIO (SÉCULOS III d.C. a V d.C.)

• Período de crise em que o Império Romano


começa a enfrentar grandes dificuldades
– Economia: Fim das guerras de expansão faz
reduzir o número de escravos (menos prisioneiros
= menos escravos), causando uma crise na
produção agrícola.
– Política: Começam contínuas disputas pelo poder
em Roma. Diversos Imperadores foram depostos
ou assassinados, e as disputas trouxeram o caos à
política romana.
• Do ponto de vista administrativo, o Império havia
conquistado um território tão grande que era difícil
governar e manter a ordem nas províncias. Em locais
distantes da capital, governantes locais começaram a
mandar mais que o próprio imperador.

• Além disso, cada vez mais bárbaros (os romanos


consideravam bárbaros todos aqueles povos que não
falavam latim, nem seguiam os hábitos romanos)
começaram a entrar no Império, de duas formas:
– Alguns vinham pacificamente, através de acordos. Podiam
viver nas terras romanas, e mesmo servir ao exército
romano.
– Outros adentravam o território através de violentos
ataques, que destruíam e saqueavam cidades romanas.
A QUEDA DE ROMA

• Com o passar do tempo, os problemas se


tornaram insustentáveis. O exército romano já
não conseguia mais conter as invasões bárbaras,
e o Império se empobrecia.

• Em 284 d.C., na tentativa de amenizar o


problema, o Império foi dividido em duas partes
– o Império Romano do Ocidente, com capital
em Roma, e o Império Romano do Oriente,
sediado em Constantinopla.
Divisão do Império Romano. Note as duas
capitais – Roma e Constantinopla
• A divisão, contudo, não foi suficiente para conter
a crise do Império.

• Os constantes ataques bárbaros, em especial dos


povos germanos, hunos e celtas, enfraqueceu o
Império.

• No ano de 476 d.C. a própria cidade de Roma foi


atacada e saqueada, e o Imperador do Ocidente
foi deposto. Foi o fim do Império Romano do
Ocidente – e da Idade Antiga, tendo início o longo
período da história europeia conhecido como
Idade Média.

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