Sraffa critica a visão neoclássica de mercados perfeitamente competitivos e leis de rendimentos. Ele argumenta que na realidade existem muitos pequenos mercados particulares com produtos diferenciados e empresas que possuem algum poder de mercado sobre preços. Além disso, as curvas de demanda das empresas não são perfeitamente elásticas e muitas operam com custos decrescentes, não se ajustando ao modelo neoclássico.
Sraffa critica a visão neoclássica de mercados perfeitamente competitivos e leis de rendimentos. Ele argumenta que na realidade existem muitos pequenos mercados particulares com produtos diferenciados e empresas que possuem algum poder de mercado sobre preços. Além disso, as curvas de demanda das empresas não são perfeitamente elásticas e muitas operam com custos decrescentes, não se ajustando ao modelo neoclássico.
Sraffa critica a visão neoclássica de mercados perfeitamente competitivos e leis de rendimentos. Ele argumenta que na realidade existem muitos pequenos mercados particulares com produtos diferenciados e empresas que possuem algum poder de mercado sobre preços. Além disso, as curvas de demanda das empresas não são perfeitamente elásticas e muitas operam com custos decrescentes, não se ajustando ao modelo neoclássico.
Sraffa critica a visão neoclássica de mercados perfeitamente competitivos e leis de rendimentos. Ele argumenta que na realidade existem muitos pequenos mercados particulares com produtos diferenciados e empresas que possuem algum poder de mercado sobre preços. Além disso, as curvas de demanda das empresas não são perfeitamente elásticas e muitas operam com custos decrescentes, não se ajustando ao modelo neoclássico.
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As críticas e proposições de Sraffa
Inadmissível a concepção de que as imperfeições seriam temporárias > os
obstáculos que rompem a unidade do mercado são forças ativas com efeitos permanentes e cumulativos Abandonar o caminho da livre concorrência e voltarmos para a direção do monopólio Crítica aos neoclássicos na: determinação de P* e Q*;lei dos rendimentos não proporcionais; inconsistências internas
1. A escola neoclássica manipulou as leis de rendimentos (crescentes e
decrescentes)
- Para obter curva de oferta à priori
- Lei dos rendimentos decrescentes como lei geral é inaceitável; - A escola neoclássica minimiza a importância das economias internas à empresa e valoriza as externas - Objetivo: garantir curva de oferta simétrica a da demanda
2. A inconsistências da lei dos rendimentos
- Na teoria neoclássica, a expansão da empresa é limitada para garantir a
hipótese do atomismo dos mercados concorrenciais - Exigência da clausula ceteris paribus e de independência das curvas de oferta e de demanda (incompatível com os rendimentos decrescentes e as economias externas com origem na economia em geral) Ceteris paribus e independência é a todo mundo esperando e a falta de interdependência?
Ou seja, apenas em duas situações particulares, a lei dos rendimentos não
proporcionais valeriam.
3. A curva de demanda individual infinitamente elástica e o formato em U das
curvas custos médio e marginal não são realistas
Segundo a teoria da concorrência perfeita,
a) Produtor não consegue afetar deliberadamente o preço de mercado + Indiferença por parte dos compradores quanto aos distintos produtores; b) Produtor opera em regime de custos crescentes > garantia do equilíbrio no modelo (CMg = Rmg). Logo, o limite à expansão da empresa adviria de condições internas de produção da empresa e não do mercado
Mas na realidade, o que ocorre é:
A) A curva de demanda individual da empresa é descendente – e não infinitamente elástica: qtd maiores só conseguem ser vendidas com redução de preços (ou maiores despesas com vendas), pois há preferências por parte dos consumidores; B) Muitas empresas trabalham com custos decrescentes, na faixa relevante da produção, até o limite do uso da capacidade produtiva. A restrição ao crescimento da empresa vem das condições (externas) do mercado.
As causas de preferência dos consumidores são variadas (proximidade,
qualidade, confiança, marca etc.), por mais que sejam produtos destinados a satisfazer a mesma necessidade específica. Os produtos não são homogêneos. Logo, a curva de demanda do produtor não é infinitamente elástica. Cada produtor possui a sua clientela (disposta até a pagar mais), o que lhe confere certas vantagens de “monopólio”. Quanto menos elástica for a demanda por seu produto, maior será sua influência sobre o mercado. Portanto, o mercado em geral está dividido em uma série de mercados particulares, com diferentes preços e qualidades. Há barreiras para ocupar espaço de mercado de outros (despesas adicionais ou redução de preços). Se reduzir o preço, além disso, é possível que os concorrentes efetivos reajam. Já o aumento de preço pode provocar a entrada de novos concorrentes (potenciais) no mercado. Até pequenas empresas, mesmo num mercado com muitos produtores, podem ter alguma escolha quanto aos seus preços, dependendo da diferenciação de seus produtos. Resumindo: mesmo em mercados atomizados (Nzão), o modelo de concorrência perfeita não corresponde à realidade, pois há muitos mercados particulares. E a analogia com o modelo de monopólio puro também não vai longe, pois
Sraffa não construiu um modelo alternativo, mas desenvolveu críticas e
ideias sobre o verdadeiro funcionamento da concorrência e que são ponto de partida para o entendimento da concorrência em mercados oligopolísticos (mesmo mercados atomizados podem estar muito próximos da situação de monopólio): - Diferenciação do produto - Preferência dos consumidores importa - Papel dos gastos de venda - As empresas levam em conta possíveis reações de seus concorrentes e resistem em reduzir o preço - Pode existir lucro extraordinário, devido às barreiras à entrada no mercado - Existência de limite ao endividamento da empresa