Aula - 16 - Quimica Geral C - QUI003 - 1 - 2022
Aula - 16 - Quimica Geral C - QUI003 - 1 - 2022
Aula - 16 - Quimica Geral C - QUI003 - 1 - 2022
Termoquímica
Disciplina:
Disciplina: Química
Química Geral
Geral B
2022
2020
Calorimetria 2
Exemplo: Uma amostra de 0,828 g de metanol (álcool de madeira, CH3OH) é colocada numa
bomba calorimétrica com uma quantidade de gás oxigênio (sob pressão) suficiente para assegurar
a combustão completa. O calorímetro contém 1,35 kg de água, e a capacidade calorífica do
interior do calorímetro (sem água) é 1,06 kJ°C-1. Quando o metanol queima, a temperatura
aumenta de 23,10 para 25,90°C. Qual é o calor molar de combustão do metanol? (Quanto calor é
liberado durante a combustão de 1,00 mol de metanol?)
Resposta: 725 kJ
Calorimetria 3
25
C8 H18 (l) + O2(g) → 8CO2(g) + 9H 2O(g)
2
Uma amostra de 1,00 g de octano é queimada em um calorímetro de volume constante. O calorímetro
está em um recipiente isolado contendo 1,20 kg de água. A temperatura de água e da bomba aumenta
de 25,00 °C para 33,20 °C. A capacidade calorífica da bomba, Cbomba, é 837 J/K. a) Qual é o calor de
combustão por grama de octano? b) Qual é o calor de combustão por mol de octano?
Energia interna (U) 4
▪ Não se pode medir a energia interna do sistema em determinado estado, mas é possível
determinar ∆U.
Qualquer função de estado depende apenas do estado atual do sistema, e não do caminho percorrido
Adaptado Fonte: Brown, 2017
A 1ª lei da termodinâmica 6
Exemplo:
Suponha que um sistema receba da
vizinhança um deposito de 50 Joules de
trabalho e que a vizinhança saque 85
Joules de calor. Qual será a magnitude e o
sinal da variação da Energia interna?
U = q + w
U > 0 U < 0
U = −85 + 50
Convenções de sinal para a Energia Interna
Fonte: Brown, 2017 U = −35 J
Calor, trabalho e Energia 8
Exemplo: Um sistema com um volume de 25,00 L absorve 1,000 kJ de calor. Calcule ∆U para o
sistema se: (a) o calor é absorvido a volume constante; (b) o sistema expande para um volume
de 28,95 L, contra uma pressão constante de 1,00 atm; (c) o sistema expande para um volume
de 42,63 L, contra uma pressão constante de 0,560 atm.
Resposta: (a) 1,000 kJ (b) 0,600 kJ (c) 0
Entalpia 9
Reação
▪ A variação de entalpia (ΔH) corresponde ao Endotérmica
▪ Considere um sistema fechado que não é capaz de executar qualquer tipo de trabalho na
vizinhança. Nessas condições:
w = −p ext . ΔV ΔU = q + w
w=0 ΔU = q v
Vfinal = Vinicial
Exemplo: Uma certa reação química se realiza à pressão constante e libera 225 kJ de
calor. Enquanto o processo se realiza, o sistema se contrai quando as vizinhanças
realizam trabalho de 15 kJ. Calcule os valores de q, w, ΔU e ΔH do sistema.
Resposta:
Entalpias de mudança de fases 13
Entalpia de vaporização, ∆Hvap: diferença de entalpia molar entre os estados líquido e vapor de
uma substância.
H vap = H m(vapor) − H m(líquido)
A entalpia de vaporização da maior parte das substâncias muda pouco com a temperatura.
Curvas de aquecimento
Ponto de
ebulição
100
Temperatura
Ponto de
fusão
0
Calor fornecido
A temperatura de uma amostra é constante nos pontos de fusão e ebulição, mesmo quando ainda
sujeitas a aquecimento.
Entalpias de reação 16
∆𝑯 = 𝑯𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 − 𝑯 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍
▪ rH de uma reação é igual em magnitude, mas apresenta sinal oposto ao ΔrH da reação
inversa.
▪ Explicado pelo fato da entalpia ser uma função de estado.
▪ A variação da entalpia para uma reação depende do estado dos reagentes e dos produtos.
Importante: sempre especificar os estados físicos dos reagentes e produtos em equações químicas
Entalpia padrão de formação 19
∆H°f (O2,g) = 0
Entalpia padrão de formação 20
Imagine que ao invés de formar vapor de água, forme água líquida. Neste caso será produzido mais ou
menos calor? Justifique. Qual é a quantidade de calor liberado?
Variação de entalpia
baseado na Lei de Hess
▪ A lei de Hess estabelece que a variação da entalpia global da reação é Fonte: Atkins, 2018
Observe que:
H1 = H2 + H3
A entalpia de formação padrão e a Lei de Hess 25
Exemplo: Calcule a entalpia padrão de formação para a formação do monóxido de carbono, CO,
obtido a partir do grafite, utilizando os dados fornecidos
C (gr) + ½ O2 (g) → CO (g)
A primeira coisa que vamos fazer é inverter a equação b
a) C (gr) + O2 (g) → CO2 (g) rH° = -393,5 kJ
b) CO (g) + ½ O2 (g) → CO2 (g) rH° = -283,0 kJ b') CO2 (g) → CO(g) + ½ O2(g) rH° = +283,0 kJ
▪ A primeira lei, porém, não traz informações sobre o sentido espontâneo de uma reação.
Um processo espontâneo é aquele que acontece por conta própria, sem qualquer assistência externa. Um
processo espontâneo ocorre uma única direção.
O inverso de qualquer
processo espontâneo é
sempre não espontâneo.
• De modo geral, os processos que são espontâneos em uma direção não são
espontâneos na direção oposta.
• Condições experimentais, como temperatura e pressão, costumam ser
importantes para determinar se um processo é espontâneo.
▪ O simples fato de um processo ser espontâneo não significa necessariamente que ele vá ocorrer a
▪ A termodinâmica revela a direção e a extensão de uma reação, mas não diz nada sobre a velocidade;
a) b)
Termodinâmica → Reação Espontânea
Cinética → Tempo necessário para a espontânea
transformação muito elevado.
Grafite (a) e Diamante (b)
A entropia e a espontaneidade das reações 31
▪ A 2ª lei relaciona-se com a espontaneidade das reações. Segundo ela, para um processo ser
espontâneo, deverá ocorrer um aumento da desordem.
Espontâneo
▪ A expansão do gás provoca um aumento da
desordem do sistema.
entropia.
entalpia, H.
q −1
S = = J .K
T
A entropia e a espontaneidade das reações 33
Exemplo: O calor de fusão do ouro é 12,36kJ/mol, e a sua entropia de fusão é 9,250 J/(Kmol).
Qual é o ponto de fusão do ouro?
Resposta: T= 1336 K
Exemplo: Calcule ∆S° para a reação, a 25°C: 2 CH3OH(l) + 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 4 H2O(g)
▪ Um gás é menos ordenado do que um líquido, que é menos ordenado do que um sólido.
▪ Gases a baixas pressões tem maiores entropias do que a pressões mais altas.
▪ Uma substância a uma temperatura elevada tem, geralmente, uma entropia maior do que a uma baixa
temperatura.
▪ Qualquer processo que aumenta o número de moléculas de gás leva a um aumento em entropia.
▪ Quando NO(g) reage com O2(g) para formar NO2(g), o número total de moléculas de gás diminui e a
entropia diminui.
A entropia e a espontaneidade das reações 35
Como podemos usar ΔH e ΔS para determinar se certa reação que ocorre a temperatura e
pressão constantes será espontânea?
J. Willard Gibbs (1839–1903) propôs uma nova função de estado, agora chamada de energia
livre de Gibbs (ou apenas energia livre), G, para um processo isotérmico.
G = H − TS
A entropia e a espontaneidade das reações 36
G H sistema − T Ssistema
A entropia e a espontaneidade das reações 37
▪ Podemos avaliar a espontaneidade de uma reação por meio de uma análise da expressão
G = H - TS, considerando os valores da entalpia e da entropia.
▪ O sinal de G irá depender dos sinais e das ordens de grandezas de H e -TS
H S O processo é espontâneo?
+ - Não, G > 0
Fatores que favorecem a espontaneidade
Fonte: Atkins, 2018
A entropia e a espontaneidade das reações 39
Exemplo: Calcule a variação da energia livre de Gibbs (G) do processo de fusão da água pura
a 1atm nas temperaturas de 10,0 °C e 0,0 °C. Verifique para cada temperatura se a fusão é
espontânea ou não. Considere o fusH = 6,01 kJ.mol-1 e o fusS = 22,0 J.mol-1.K-1 e
independentes da temperatura.
T (K) = 273,15 + 10 = 283,15 T (K) = 273,15 + 0 = 273,15
G = fusH - TfusS G = fusH - TfusS
G = 6,01 x103J.mol-1 - 283,15 K.( 22,0 J. mol-1K-1) G = 6,01 x103J.mol-1 - 273,15 K.( 22,0 J. mol-1K-1)
G = -219,3 J.mol-1 G = + 0,7 J.mol-1
O valor de G nos mostra que esse processo é O valor de G nos mostra que esse processo não
espontâneo é espontâneo
A entropia e a espontaneidade das reações 40
Exemplo: Calcule a energia livre de Gibbs-padrão molar de combustão do etano para formar CO2 e
H2O(g), a 25°C.
C2H6(g) + 7/2 O2(g) → CO2(g) + 3 H2O(g)
Um estado de entropia mínima é uma estado de ordenação máxima. Tal estado somente pode
existir para um cristal puro e perfeito, no zero absoluto.
A terceira lei da termodinâmica estabelece que a entropia de um sólido cristalino, puro e perfeito
é igual a zero no zero absoluto.
S0→T = ST − S0
Referencias usadas 42
▪ ATKINS, P.; JONES, L.; LAVERMAN, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018.
▪ BROWN , T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J.R. Química. A Ciência Central. 13. ed. São
Paulo: Pearson, 2017.
▪ CHANG, R.; GOLDSBY, K. A. Química. 11. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
▪ KOTZ, J.; TREICHEL, P.; TOWNSEND, J.; TREICHEL, D. Química geral e reações químicas - vol. I. 3.ed.
São Paulo, Cengage Learning, 2015.