Projeto Técnico Tratamento Efluente

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PROJETO TÉCNICO

Tratamento de Efluentes Industrias

Empreendedor:

Agroindústria
Planalto Alimentos
Proponente:

Marau, Agosto de 2017


Agroindústria Planalto 2

Sumário

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3

2. INFORMAÇÕES GERAIS .......................................................................................................... 4

2.1 EMPREENDEDOR ................................................................................................................. 4

2.2 REPRESENTANTE DA EMPRESA ..................................................................................... 4

2.3 RESPONSABILIDADE TÉCNICA ....................................................................................... 4

3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................................... 5

3.1 LOCALIZAÇÃO ....................................................................................................................... 5

3.2 DESCRIÇÃO DO USO ............................................................................................................ 6

4 DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO.......................................................................... 6

5 ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS .............................................................................. 8

5.1 EFLUENTES SANITÁRIOS .................................................................................................. 8

5.2 EFLUENTES INDUSTRIAIS ................................................................................................ 9

6 ESTRATEGIAS DE MINIMIZAÇÃO .....................................................................................12

7 CONCLUSÕES ...........................................................................................................................13

8 RESPONSABILIDADE TÉCNICA ..........................................................................................14


Agroindústria Planalto 3

1. INTRODUÇÃO

A preocupação com a preservação ambiental assume hoje suma importância


para as empresas. Um aspecto importante de ser observado na questão ambiental
contemporânea é o grau de comprometimento cada vez maior de empresários e
administradores na busca de soluções ambientalmente adequadas para os
problemas da produção, distribuição, consumo de bens e serviços e adequação a
legislações ambientais vigentes.
O que tem ocorrido recentemente é que as dimensões econômicas,
mercadológicas e legais das questões ambientais tem tornado-se cada vez mais
relevantes. Elas têm representado custos e/ou benefícios, limitações e/ou
potencialidades, ameaças e/ou oportunidades para as empresas.
Inevitavelmente, qualquer atividade exercida pelo homem em busca da sua
sobrevivência e atendimento às necessidades de consumo traz consequências
diretas e indiretas para o meio ambiente. Desta forma, com o objetivo de
compatibilizar as atividades humanas com a proteção ambiental, todas as ações,
projetos, obras ou eventos, sejam da atividade pública ou privada, que provoquem
impactos ambientais, são passíveis de licenciamento, através do órgão ambiental
competente.
Através deste processo administrativo, o órgão ambiental competente
licencia a localização, a instalação, a ampliação e a operação de empreendimentos e
atividades utilizadores de recursos ambientais ou causadores de poluição ou
degradação ambiental. Com a inexistência ainda de lei federal específica sobre o
assunto, ele vem sendo regulado pelas resoluções do CONAMA, em especial a
001/86 e 237/97, além de normas estaduais e municipais.
Nesse contexto, primando pela proteção ambiental para a busca da melhoria
contínua e ao desenvolvimento e qualidade de vida de toda população em geral,
encontra-se a Agroindústria Planalto, a qual busca iniciar as suas atividades de
forma correta em relação à legislação ambiental vigente. Visando os melhores
processos e serviços prestados, auxiliando na preservação do meio ambiente
através de tecnologias que visem mitigar possíveis impactos ambientais causados
pela atividade de: Fabricação de derivados de cana de açúcar, (melado, açúcar
mascavo e rapadura).
Agroindústria Planalto 4

Reiterando este compromisso, e agindo de uma forma pró-ativa em relação


às questões ambientais, apresenta tal projeto que traz consigo a descrição das
atividades realizadas pelo empreendimento, demonstrando a viabilidade ambiental
do empreendimento.

2. INFORMAÇÕES GERAIS

2.1 EMPREENDEDOR

Nome empresarial: Agroindústria Planalto alimentos

Atividade: Fabricação de doces em pasta, cristalizados, em


pasta. (Açúcar mascavo, rapadura e melado)

Endereço: Santo Antônio do Planalto, Interior

CEP: 99150-000

Município: Marau – RS

2.2 REPRESENTANTE DA EMPRESA

Nome: Divanir Benin

CPF: 394.157.320-91

Endereço: Santo Antônio do Planalto, Interior

CEP: 99150-000

Município: Marau – RS

Telefone: (54) 996076536

2.3 RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Nome: Patrícia Dal Moro

Atribuição profissional: Engenheira Ambiental


Agroindústria Planalto 5

CREA/RS: 184171

Endereço: Rua Reinoldo Matte, 1258

Município: Marau - RS

CREA/RS: 184171

Telefone: (54) 99649-2412

3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

3.1 LOCALIZAÇÃO

A Agroindústria Planalto, pretende instalar suas atividades na comunidade


de Santo Antônio do Planalto, interior do Município de Marau, RS.

Figura 1: Localização do empreendimento

FONTE: Google Earth, (2017)


Agroindústria Planalto 6

3.2 DESCRIÇÃO DO USO

O objetivo do empreendimento é a fabricação de derivados de cana de açúcar,


como: Açúcar mascavo, melado e rapadura, atendendo clientes do município de
Marau e região.

4 DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO

O processo produtivo da Agroindústria Planalto se dará conforme o


fluxograma apresentado na Figura 1.
Agroindústria Planalto 7

Figura 1: Fluxograma Processo Produtivo

Segundo o fluxograma apresentado o processo produtivo se dará através:


Chegada da Cana de açúcar, a qual passará na moenda para a extração do
caldo, após passará por um peneiramento para a separação de impurezas contidas
no caldo, e cozimento.
Para a produção de melado, o caldo irá para os tachos e fervido até atingir a
concentração obtida pela evaporação da água até que atingir um teor de sólidos (
Brix ) entre 65 e 75%.
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Para a produção da rapadura, segue-se o mesmo processo do melado, porem


com uma concentração mais elevada de (brix) de 82 a 85%, o qual possibilita a
solidificação.
O açúcar mascavo é a massa em elevada concentração de sólidos que por
resfriamento produz um açúcar solto, o qual encera em sua composição além da
sacarose, glicose e frutose, todos os sais minera e muitas outras substâncias que
fazem parte da composição da cana-de- açúcar.
No procedimento para obtenção do açúcar mascavo é semelhante a de
produção da rapadura, o diferencial está na concentração mais elevada, entre 90 e
95º Brix.
Verifica-se que o processo produtivo não gera efluentes, sendo o caldo da
cana a principal matéria prima, o qual deverá ser totalmente utilizado, gerando os
produtos apenas com o aquecimento. Com isso o efluente gerado se dará apenas da
higienização de equipamentos e pisos.

5 ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

5.1 EFLUENTES SANITÁRIOS

Os efluentes sanitários contêm aproximadamente 99,99% de água e 0,1% de


sólidos, sendo essa última fração composta de sólidos orgânicos como proteínas,
carboidratos e lipídeos; sólidos inorgânicos como amônia, nitrato, ortofosfatos;
microrganismos com bactérias, fungos, protozoários, vírus e helmintos etc. (VON
SPERLING, 1996).
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Tabela 1. Composição típica do esgoto doméstico (MENDONÇA et al., 1990).

A agroindústria contará com um sistema de coleta e tratamento desse


efluente, consistindo em tratamento anaeróbico simples, com fossa, filtro e seguidos
de um sumidouro, que busca atender os padrões estabelecidos pela Resolução
CONAMA 357/2005, alterada pela Resolução CONAMA 397/08, Decreto Estadual
14.250/81 e Resolução CONSEMA 01/07, tendo, como corpo receptor, o solo.
Conforme apresenta o projeto hidrosanitário anexo a este processo.

5.2 EFLUENTES INDUSTRIAIS

Tendo a bibliografia estudada sobre os efluentes provenientes de processos


de fabricação de cana de açúcar, encontrou-se que:
Os efluentes do processo industrial de derivados de cana-de-açúcar como a
fabricação de água ardente e álcool, geram efluentes que merecem atenção, os quais
devem ser tratados e se possível reaproveitados na forma de fertilizantes
É prática comum incorporar grande parte dos efluentes líquidos (à vinhaça)
para disposição no solo por meio da técnica de fertirrigação. Assim é feito com as
águas geradas no processo de fabricação do açúcar e álcool. A vinhaça, resíduo do
processo de destilação do álcool, é gerada à razão de 12 litros por cada litro de álcool
e apresenta: temperatura elevada, pH ácido, corrosividade, alto teor de potássio,
além de quantidades significativas de nitrogênio, fósforo, sulfatos, cloretos, entre
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outros. Seu despejo em rios e lagos provoca o fenômeno de eutrofização e morte dos
peixes (GONÇALVES, 2005).

Já para a fabricação de derivados de cana de açúcar como, açúcar mascavo,


melado e rapadura, o efluente gerado é apenas da higienização dos equipamentos e
pisos, Lorra, (2000) em seu estudo apresenta a seguinte Tabela 2.

Tabela 2: Principais resíduos da produção de açúcar e álcool.

Fonte: Lora (2000).

Com isso, verifica-se a as atividades que serão desenvolvidas pela


Agroindústria Planalto podem ser utilizadas para a Fertirrigação, descarte ou Fossa
e sumidouros.
Neste sentido foi proposto para a Agroindústria um sistema de fossa e filtro
conforme apresenta a Figura 2.
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Figura 2: Projeto Hidrosanitário

OBS: Em anexo a este projeto encontra-se o projeto hidrosanitário para melhor


entendimento.

O Efluente proveniente do processo produtivo da agroindústria passará


pelos ralos, os quais irão reter o material orgânico grosseiro, após passará por uma
caixa de inspeção, a qual foi pensada para realizar o monitoramento desse efluente,
e seguirá para fossa, filtro e sumidouro.
Em caso deste efluente não atender os parâmetros estabelecidos pela
legislação vigente (CONAMA 430 DE 13 DE MAIS DE 2011, a qual dispõe sobre as
condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução
no 357, de 17 de março de 2005), o empreendedor irá realizar a fertirrigação. Será
verificada a concentração de matéria orgânica e PH, DQO, DBO entre outras, para
assim evitar a contaminação do solo.
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6 ESTRATEGIAS DE MINIMIZAÇÃO

A minimização de resíduos industriais, portanto, faz parte de um novo


conceito de gerenciamento de poluentes, baseado numa sistemática de medidas que
visam reduzir no máximo possível a quantidade de resíduos a serem tratados ou
dispostos, possuindo uma estrutura de ação fundamentada na sua prevenção e
reciclagem. O melhor resíduo é aquele que não é gerado. Porém quando não se pode
evitar a sua produção é preferível reutilizá-lo (MARCHIZELI, 2003).
Neste sentido são necessárias algumas medidas de minimização desses
efluentes. Podem-se delinear algumas alternativas neste sentido, que certamente
implicam em tomadas de decisão e investimentos:
 Redução do desperdício de água;
 Praticas que minimizem o consumo e evitem o desperdício de água;
 Tratamento e reuso da água (Fertirrigação).
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7 CONCLUSÕES

Como demonstram as considerações e dados apresentados anteriormente,


pode-se constatar que as atividades que a Agroindústria Planalto pretende exercer
não apresentam significativos impactos ao meio ambiente e podem ter suas
atividades e serviços prestados realizados de forma ambientalmente correta.
Desta forma, a Agroindústria Planalto nitidamente preocupa-se em
enquadrar-se à legislação específica vigente, bem como todas as condicionantes a
ela exigidas para seu funcionamento, evitando a ocorrência de qualquer tipo de
transtorno ou impacto ambiental negativo significativo e demonstrando que suas
atividades podem ser realizadas harmonicamente com o meio ambiente.
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8 RESPONSABILIDADE TÉCNICA

A responsabilidade técnica do presente trabalho foi firmado e consolidado


pela Engenheira Ambiental Patrícia Dal Moro.

_______________________________________

Patrícia Dal Moro


Engenheira Ambiental
CREA/RS 184171

Pela Agroindústria Planalto

____________________________________________

Divanir Benin
Empreendedor
CPF: 394.157.320-91
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

GONÇALVES, A. A., Avaliação exergética dos efluentes do processo industrial do


álcool. Dissertação de Mestrado, Escola de Engenharia de São Carlos. São Carlos, SP.
2005. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-
17052006-105609/pt-br.php. Acesso em: 04/07/2017.

LORA, E. S. Controle da poluição do ar na indústria açucareira. Itajubá: STAB, 2000.


74 p.

MARCHIZELI, J. H. C.; ALVES, S. M.; HEYMEYER, T. Gestão e Gerenciamento de


resíduos sólidos para o Núcleo de Manufatura Avançada (NUMA)- disciplina SHS
5715 – Gerenciamento de Resíduos Sólidos, EESCUSP. (2003).

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