Código de Ética Do Biomédico
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
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CAPÍTULO II
Deveres Profissionais do Biomédico
Art. 4º Obriga-se o biomédico a:
I - Zelar pela existência, fins e prestígio dos Conselhos de Biomedicina, dos
mandatos e encargos que lhe forem confiados e cooperar com os que forem investidos
de tais mandatos e encargos;
II - Manifestar, quando de sua inscrição no Conselho, a existência de qualquer
impedimento para o exercício da profissão e comunicar, no prazo de trinta dias, a
superveniência de incompatibilidade ou impedimento;
III - Respeitar as leis e normas estabelecidas para o exercício da profissão;
IV - Guardar sigilo profissional;
V - Exercer a profissão com zelo e probidade, observando as prescrições legais;
VI - Zelar pela própria reputação, mesmo fora do exercício profissional;
VII - Representar ao poder competente contra autoridade e empregado por falta
de exação no cumprimento do dever;
VIII - Pagar em dia, anuidade, taxas, emolumentos e multas devidas ao CRBM
IX - Observar os ditames da ciência e da técnica, bem como as boas práticas no
exercício da profissão;
X - Respeitar a atividade de seus colegas e outros profissionais;
XI - Zelar pelo perfeito desempenho ético da Biomedicina e pelo prestígio e bom
conceito da profissão;
XII - Comunicar às autoridades sanitárias e profissionais, com discrição e
fundamento, fatos que caracterizem infração a este Código e às normas que regulam o
exercício das atividades biomédicas;
XIII - Comunicar ao Conselho Regional de Biomedicina e às autoridades sanitárias
a recusa ou a demissão de cargo, função ou emprego, motivada pela necessidade de
preservar os legítimos interesses da profissão, da sociedade, da saúde pública e do meio
ambiente;
XIV - Denunciar às autoridades competentes quaisquer formas de poluição,
deterioração do meio ambiente ou riscos inerentes ao trabalho, prejudiciais à saúde e à
vida;
XV - Oficiar pelos canais competentes ao CRBM todos os vínculos profissionais,
com dados completos da empresa (razão social, nome dos sócios, CNPJ, endereço,
horário de funcionamento e, se possuir, informar a responsabilidade técnica), manter
atualizado o endereço residencial, telefones e e-mail;
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CAPÍTULO III
Do Exercício Profissional
Art. 5º No exercício de sua atividade, o biomédico também deverá:
I - Empregar todo o seu zelo e diligência na execução de seus misteres;
II - Não divulgar resultados ou métodos de pesquisas que não estejam, científica e
tecnicamente, comprovados;
III - Defender a profissão e prestigiar suas entidades;
IV - Não criticar o exercício da atividade de outras profissões;
V - Selecionar, com critério e escrúpulo, os auxiliares para o exercício de suas
atividades, reconhecidas pelo CFBM, sob sua responsabilidade, utilizando os insumos e
tecnicas adequadas;
VI - Agir com dignidade e retidão para com seus colegas, contribuindo para a
harmonia da profissão;
VII - Não ser conivente com erro e comunicar aos órgãos de fiscalização
profissional as infrações legais e éticas que forem de seu conhecimento;
VIII - Receber justa remuneração por seu trabalho, a qual deverá corresponder às
responsabilidades assumidas e aos valores de remuneração e honorários fixados pela
entidade competente da classe;
IX - Zelar sempre pela dignidade da vida;
X - Cooperar com a proteção do meio ambiente e da saúde pública;
XI - Não participar de qualquer tipo de experiência com fins bélicos, eugênicos ou
em que se constate desrespeito a algum direito inalienável da vida;
XII - O biomédico não poderá praticar procedimentos que não sejam reconhecidos
pelo CFBM;
XIII - Não praticar ato profissional que cause dano físico, moral ou psicológico ao
usuário do serviço que possa ser caracterizado como imperícia, negligência ou
imprudência;
XIV - Não deixar de prestar assistência profissional efetiva ao estabelecimento ou
usuário com o qual mantém vínculo na prestação de serviços, não permitindo a
utilização do seu nome por qualquer estabelecimento ou instituição onde não exerça
efetivamente suas atividades;
XV - Não realizar ou participar de atos fraudulentos relacionados à profissão
biomédica, em todas as suas atividades reconhecidas pelo CFBM;
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XVI - Não declarar e/ou induzir entendimento de possuir habilitação que não
possa comprovar ou não reconhecida pelo CFBM;
XVII - Não exercer a profissão em estabelecimento que não esteja devidamente
registrado nos órgãos de fiscalização sanitária e do exercício profissional;
XVIII - Não se omitir e/ou acumpliciar-se com os que exerçam ilegalmente a
Biomedicina, ou com profissionais ou instituições biomédicas que pratiquem atos
ilícitos;
XIX - Não manter vínculo com entidade, empresas ou outro designo que os
caracterizem como empregado, credenciado ou cooperado quando as mesmas se
encontrarem em situação ilegal, irregular ou inidônea;
XX - Não se prevalecer do cargo de gestor ou de empregador para desrespeitar a
dignidade humana;
Parágrafo Único: Quando atuante no serviço público, é vedado ao biomédico:
a) utilizar-se do serviço ou cargo público para executar trabalhos de empresa
privada de sua propriedade ou de outrem;
b) cobrar ou receber remuneração do usuário do serviço;
c) reduzir, irregularmente, quando em função de gestor, a remuneração devida a
outro biomédico.
CAPÍTULO IV
Direitos do Biomédico
Art. 6º São direitos do Biomédico:
I - Exercer com liberdade e dignidade a Biomedicina em todo o território nacional
sem ser discriminado por questões de credo religioso, sexo, raça, nacionalidade,
orientação sexual, idade, condição social, opinião política ou de qualquer outra
natureza;
II - Indicar falhas nos regulamentos e normas das instituições em que trabalhe,
quando as julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais à coletividade,
devendo dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes e, obrigatoriamente ao
Conselho Regional de Biomedicina de sua jurisdição;
III - Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as
condições de trabalho sejam indignas ou possam prejudicar pessoas e mesmo a
coletividade;
IV - Suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a instituição
pública ou privada para qual labore deixar de oferecer condições mínimas para o
exercício da profissão ou não o remunerar condignamente, ressalvadas as situações de
urgência e emergência, devendo comunicar incontinente sua decisão ao Conselho
Regional de Biomedicina ao qual seja inscrito;
V - Resguardar o sigilo profissional;
VI - Ter respeitada, em nome da liberdade de profissão e do sigilo profissional, a
inviolabilidade do seu local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua
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CAPÍTULO V
Dos Limites para Propaganda, Publicidade e Anúncio da Atividade Biomédica.
Art.7º A atividade do profissional biomédico é de sua exclusiva responsabilidade
Art. 8º Considera-se propaganda, publicidade ou anúncio, qualquer divulgação
relativa à atividade profissional oriunda ou promovida pelo profissional biomédico,
independentemente do meio de divulgação.
I- A participação do profissional biomédico na divulgação de assuntos de seu
âmbito profissional deve-se pautar pela prévia condição de conteúdo que apresente
evidências científicas, visando primordialmente o esclarecimento e a educação da
população, além do interesse público, vedada a autopromoção, a prática enganosa,
abusiva ou em desacordo aos direitos do consumidor;
II- É obrigação do profissional biomédico observar os princípios éticos de sua
profissão na publicidade, propaganda ou anúncio, em especial no campo dos
procedimentos assistenciais;
III- O profissional biomédico, responsável legal/administrador e/ou Responsável
Técnico por estabelecimento, de igual forma torna-se responsável pela publicidade,
propaganda e/ou anúncio que a Pessoa Jurídica realizar.
Art. 9º Na propaganda, publicidade ou anúncio individual ou coletiva, deverão
constar:
a) nome do biomédico, da pessoa jurídica e seus respectivos números de
inscrições no Conselho;
b) habilitações devidamente registradas;
c) títulos do profissional;
d) endereços e horários de trabalho;
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CAPÍTULO VI
Das Relações com os Colegas
Art. 12 Nas relações com os colegas, o biomédico deve manter sempre respeito,
urbanidade, dignidade e solidariedade, sendo vedado:
a) Fazer críticas em público por razões de ordem profissional;
b) angariar usuário, renunciando a qualquer vantagem de ordem pecuniária ou
propaganda, anúncio e divulgação, em qualquer mídia não permitida pelo órgão de
fiscalização profissional descumprindo determinação legal ou regulamentar;
c) oferecer denúncia sem possuir elementos comprobatórios, capazes de justificá-
la;
d) pleitear de forma desleal, para si ou para outrem, emprego, cargo ou função
que esteja sendo exercido por outro biomédico, bem como praticar atos de
concorrência desleal.
CAPÍTULO VII
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CAPÍTULO VIII
Das Relações com o Conselho Federal e os Regionais de Biomedicina.
Art. 14 Nas relações com o Conselho Federal e os Regionais, o biomédico deverá:
I - Cumprir, integral e fielmente, obrigações e compromissos assumidos mediante
contratos e outros instrumentos, visados e aceitos, pelo CRBM, relativos ao exercício
profissional;
II - Acatar, respeitar e cumprir resoluções, portarias e atos baixados pelo CFBM ou
CRBM;
III - Tratar, com urbanidade e respeito, os representantes do órgão profissional,
quando no exercício de suas funções, favorecendo e facilitando o seu desempenho, bem
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CAPÍTULO IX
Das Infrações Disciplinares
Art. 16 Constituem infrações disciplinares:
I - Transgredir preceito do Código de Ética Profissional, não acatar, não respeitar,
inobservar, não cumprir as resoluções, as portarias e os atos baixados pelo CFBM ou
CRBM;
II - Exercer a profissão quando impedido de fazê-lo, facilitar, omitir-se e/ou
acumpliciar-se, por qualquer meio, com não inscritos ou impedidos que exercem
ilegalmente a profissão biomédica ou com os profissionais ou instituições que pratiquem
atos ilícitos;
III - Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos na
legislação em vigor;
IV - Valer-se de agenciador, mediante participação nos honorários a receber;
V - Violar sem justa causa sigilo profissional;
VI - Prestar concurso a usuários ou a terceiros para realização de ato contrário à
lei ou destinado a fraudá-la;
VII - Praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei define como crime
ou contravenção;
VIII - Deixar de atender convocação feita pelo órgão profissional, a não ser por
motivo de força maior, comprovadamente justificado e não cumprir no prazo
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CAPÍTULO X
Responsável Técnico e Legal
Art. 18 Ao responsável técnico, solidariamente ao responsável legal, cabe a
fiscalização técnica e ética da instituição pública ou privada pela qual é responsável,
devendo orientá-la, de forma documentada, inclusive sobre as formas de divulgação
utilizadas, como propaganda, anúncio e publicidade em qualquer mídia.
§1º É dever do responsável técnico, solidariamente ao responsável legal, primar
pela fiel aplicação deste Código na pessoa jurídica em que trabalha.
§2º É dever do responsável técnico, solidariamente ao responsável legal, informar
ao Conselho Regional, imediatamente, pelos canais oficiais de comunicação, quando da
constatação do cometimento de infração ética, acontecida na empresa em que exerça
sua responsabilidade.
CAPÍTULO XI
Sanções Éticas e Disciplinares.
Art. 19 As infrações éticas e disciplinares serão apenadas sem prejuízo das sanções
de natureza civil ou penal cabíveis, com as penas conforme o Art. 16 deste Código de
Ética.
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CAPÍTULO XII
Disposições Finais.
Art. 32 O exercício da Biomedicina exige conduta compatível com os preceitos
deste Código, em obediência às Leis, Resoluções, Portarias, Normativas e com os demais
princípios da legalidade, da moral individual, ética social e profissional.
Art. 33 O profissional biomédico, obrigatoriamente tem que contribuir para o
aprimoramento da Biomedicina e das instituições que a ela se encontram interligadas.
Art. 34 O profissional condenado por sentença criminal, definitivamente
transitada em julgado, por crime praticado no uso do exercício da profissão, ficará
suspenso da atividade enquanto durar a execução da pena privativa de liberdade, com
cumprimento de regime fechado.
Art. 35 O biomédico condenado em processo administrativo ético, com decisão
transitada em julgado, é impedido de participar dos pleitos eleitorais de sua categoria
pelo período de 8 (oito) anos, aplicando-se o mesmo impedimento àqueles que tiverem
respondido a processo crime ou de improbidade administrativa transitado em julgado.
Art. 36 As disposições deste Código obrigam igualmente as pessoas jurídicas, os
tecnólogos e técnicos inscritos nos Conselhos Regionais de Biomedicina, no que lhes
forem aplicáveis.
Art. 37 O anúncio, a propaganda e a publicidade poderão ser feitos em qualquer
meio de comunicação, desde que obedecidos os preceitos deste Código.
Art. 38 São considerados “canais oficiais de comunicação dos Conselhos”:
a) Diário Oficial da União, dos Estados e dos Municípios;
b) Endereço eletrônico dos Conselhos Federal e Regionais;
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c) Serviços on line que constam nos sites oficiais dos Conselhos Regionais;
d) Serviço de Informação ao Consumidor – SIC;
e) Correios.
Art. 39 O Conselho Federal de Biomedicina, ouvidos os Conselhos Regionais de
Biomedicina, promoverá a revisão e a atualização do presente Código quando
necessárias.
Art. 40 Os casos não contemplado neste Código serão sanados pelo Conselho
Federal de Biomedicina.
Art. 41 O presente Código de Ética entra em vigor na data de sua publicação e
revoga o anterior Código de Ética aprovado pela Resolução do C F B M – nº 198/2011,
de 21 de fevereiro de 2011 e demais disposições em contrário.
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